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Professores de artes

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Introduo

As artes no Egito Antigo estavam muito relacionadas com a vida religiosa. A maioria das esttuas, pinturas, monumentos e obras arquitetnicas estavam ligados, direta ou indiretamente, aos temas religiosos. Pintura Egpcia

Grande parte das pinturas eram feitas nas paredes das pirmides. Estas obras retratavam a vida dos faras, as aes dos deuses, a vida aps a morte entre outros temas da vida religiosa. Estes desenhos eram feitos de maneira que as figuras eram mostradas de perfil. Os egpcios no trabalhavam com a tcnica da perspectiva (imagens tridimensionais). Os desenhos eram acompanhados de textos, feitos em escrita hieroglfica (as palavras e expresses eram representadas por desenhos).As tintas eram obtidas na natureza (p de minrios, substncias orgnicas, etc).

Escultura Egpcia

Nas tumbas de diversos faras foram encontradas diversas esculturas do ouro. Os artistas egpcios conheciam muito bem as tcnicas de trabalho artstico em ouro. Faziam estatuetas representando deuses e deusas da religio politesta egpcia. O ouro tambm era utilizado para fazer mscaras morturias que serviam de proteo para o rosto da mmia.

Arquitetura Egpcia

Os egpcios desenvolveram vrios conhecimentos matemticos. Com isso, conseguiram erguer obras que sobrevivem at os dias de hoje. Templos, palcios e pirmides foram construdos em homenagem aos deuses e aos faras. Eram grandiosos e imponentes, pois deviam mostrar todo poder do fara. Eram construdos com blocos de pedra, utilizando-se mo-de-obra escrava para o trabalho pesado. No Antigo Egito, a ideia de que o desenvolvimento das artes constitua um campo autnomo de sua cultura no corresponde ao espao ocupado por esse tipo de prtica. Assim como em tantos outros aspectos de sua vida, os egpcios estabeleciam uma forte aproximao de suas manifestaes artsticas para com a esfera religiosa. Dessa forma, so vrias as ocasies em que percebermos que a arte dessa civilizao esteve envolta por alguma concepo espiritual.A temtica morturia era de grande presena. A crena na vida aps a morte motivava os egpcios a construrem tumbas, estatuetas, vasos e mastabas que representavam sua concepo do alm-vida. As primeiras tumbas egpcias buscavam realizar uma reproduo fiel da residncia de suas principais autoridades. Em contrapartida, as pessoas sem grande projeo eram enterradas em construes mais simples que, em certa medida, indicava o prestgio social do indivduo.

O processo de centralizao poltica e a divinizao da figura do fara tiveram grande importncia para a construo das primeiras pirmides. Essas construes, que estabelecem um importante marco na arquitetura egpcia, tm como as principais representantes as trs pirmides do deserto de Giz, construdas pelos faras Qups, Qufren e Miquerinos. Prxima a essas construes, tambm pode se destacar a existncia da famosa esfinge do fara Qufren.

Tendo funes para fora do simples deleite esttico, a arte dos povos egpcios era bastante padronizada e no valorizava o aprimoramento tcnico ou o desenvolvimento de um estilo autoral. Geralmente, as pinturas e baixos-relevos apresentavam uma mesma representao do corpo, em que o indivduo tinha seu tronco colocado de frente e os demais membros desenhados de perfil. No estudo da arte, essa concepo ficou conhecida como a lei da frontalidade.

Ao longo do Novo Imprio (1580 1085 a.C.), passados os vrios momentos de instabilidade da civilizao egpcia, observamos a elaborao de novas e belas construes. Nessa fase, destacamos a construo dos templos de Luxor e Carnac, ambos dedicados adorao do deus Amon. No campo da arte funerria, tambm podemos salientar o Templo da rainha Hatshepsut e a tumba do jovem fara Tutancmon, localizado no Vale dos Reis.

A escultura egpcia, ao longo de seu desenvolvimento, encontrou caractersticas bastante peculiares. Apesar de apresentar grande rigidez na maioria de suas obras, percebemos que as esttuas egpcias conseguiam revelar riqussimas informaes de carter tnico, social e profissional de seus representados. No governo de Amenfis IV temos uma fase bastante distinta em que a rigidez da escultura substituda por impresses de movimento.

Passado o governo de Tutancmon, a arte egpcia passou a ganhar forte e clara conotao poltica. As construes, esculturas e pinturas passaram a servir de espao para o registro dos grandes feitos empreendidos pelos faras. Ao fim do Imprio, a civilizao egpcia foi alvo de sucessivas invases estrangeiras. Com isso, a hibridao com a perspectiva esttica de outros povos acabou desestabilizando a presena de uma arte tpica desse povo.Arte do Antigo EgitoOrigem: Wikipdia, a enciclopdia livre.Ir para: navegao, pesquisa Este artigo ou seco contm uma ou mais fontes no fim do texto, mas nenhuma citada no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informaes. (desde abril de 2010)Por favor, melhore este artigo introduzindo notas de rodap citando as fontes, inserindo-as no corpo do texto quando necessrio.

Mscara funerria de Tutancmon.A arte egpcia refere-se arte desenvolvida e aplicada pela civilizao do antigo Egito localizada no vale do rio Nilo no Norte da frica. Esta manifestao artstica teve a sua supremacia na religio durante um longo perodo de tempo, estendendo-se aproximadamente pelos ltimos 3000 anos antes de Cristo e demarcando diferentes pocas que auxiliam na clarificao das diferentes variedades estilsticas adoptadas: Perodo Arcaico, Imprio Antigo, Imprio Mdio, Imprio Novo, poca Baixa, Perodo Ptolemaico e vrios perodos intermdios, mais ou menos curtos, que separam as grandes pocas, e que se denotam pela turbulncia e obscuridade, tanto social e poltica como artstica. Mas embora sejam reais estes diferentes momentos da histria, a verdade que incutem somente pequenas nuances na manifestao artstica que, de um modo geral, segue sempre uma vincada continuidade e homogeneidade.O tempo e os acontecimentos histricos encarregaram-se de ir eliminando os vestgios desta arte ancestral, mas, mesmo assim, foi possvel redescobrir algo do seu legado no sculo XIX, em que escavaes sistemticas trouxeram luz obras capazes de fascinar investigadores, coleccionadores e mesmo o olhar amador. A partir do momento em que se decifram os hierglifos na Pedra de Roseta possvel dar passos seguros a caminho da compreenso da cultura, histria, mentalidade, modo de vida e naturalmente da motivao artstica dos antigos egpcios.ndice 1 Motivao e objetivos 2 Estilo e normas 2.1 As cores 2.2 Lei da Frontalidade 3 O artista 4 Variantes temporais 4.1 Perodo Arcaico ou Tinita 4.2 Imprio Antigo 4.2.1 Escultura 4.3 Primeiro Perodo Intermedirio 4.4 Imprio Mdio 4.4.1 Arquitetura 4.4.2 Pintura e estrutura 4.4.3 Artes decorativas e outras artes 4.5 Segundo Perodo Intermedirio 4.6 Imprio Novo 4.6.1 Arquitetura 4.6.2 A arte de Amarna 4.7 Terceiro Perodo Intermedirio 4.8 poca Baixa 4.9 Egipto ptolemaico 5 Ver tambm 6 Bibliografia 7 Ligaes externasMotivao e objetivos

Histria da arte

Por perodo

Pr-histria[Expandir]

Antiguidade[Expandir]

Idade Mdia[Expandir]

Idade Moderna[Expandir]

Arte moderna[Expandir]

Arte contempornea[Expandir]

Por expresso artstica Arquitectura Pintura Escultura - Design Literatura - Msica Teatro Cinema

ve

A arte do antigo Egito serve polticos e religiosos. Para compreender a que nvel se expressam estes objetivos necessrio ter em conta a figura do soberano absoluto, o fara. Ele dado como representante de Deus na Terra e este seu aspecto divino que vai vincar profundamente a manifestao artstica.Deste modo a arte representa, exalta e homenageia constantemente o fara e as diversas divindades da mitologia egpcia, sendo aplicada principalmente a peas ou espaos relacionados com o culto dos mortos, isto porque a transio da vida morte vista, antecipada e preparada como um momento de passagem da vida terrena vida aps a morte, vida eterna e suprema.O fara imortal e todos seus familiares e altos representantes da sociedade tm o privilgio de poder tambm ter acesso outra vida. Os tmulos so, por isto, dos marcos mais representativos da arte egpcia, l so depositados as mmias ou esttuas (corpo fsico que acolhe posteriormente a alma, ka) e todos os bens fsicos do cotidiano que lhe sero necessrios existncia aps a morte.Estilo e normas

Pintura de oferendas na cmara tumular de Menna.

Pintura na cmara tumular de Nefertari, mulher de Ramss II.Todas as representaes artsticas esto repletas de significados que ajudam a caracterizar figuras, a estabelecer nveis hierrquicos e a descrever situaes. Do mesmo modo a "simbologia" serve estruturao, simplificao e clarificao da mensagem transmitida criando um forte sentido de ordem e racionalidade extremamente importantes.A harmonia e o equilbrio devem ser mantidos, qualquer perturbao neste sistema , consequentemente, um distrbio na vida aps a morte. Para atingir este objetivo de harmonia so utilizadas linhas simples, formas estilizadas, nveis rectilneos de estruturao de espaos, manchas de cores uniformes que transmitem limpidez e s quais se atribuem significados prprios.A hierarquia social e religiosa traduz-se, na representao artstica, na atribuio de diferentes tamanhos s diferentes personagens, consoante a sua importncia. Como exemplo, o fara ser sempre a maior figura numa representao bidimensional e a que possui esttuas e espaos arquitectnicos monumentais. Refora-se assim o sentido simblico, em que no a noo de perspectiva (dos diferentes nveis de profundidade fsica), mas o poder e a importncia que determinam a dimenso.As coresA arte egpcia, semelhana da arte grega, apreciava muito as cores. As esttuas, o interior dos templos e dos tmulos eram profusamente coloridos. Porm, a passagem do tempo fez com que se perdessem as cores originais que cobriam as superfcies dos objetos e das estruturas.As cores no cumpriam apenas a sua funo primria decorativa, mas encontravam-se carregadas de simbolismo, que se descreve de seguida: Preto (kem): era obtido a partir do carvo de madeira ou de pirolusite (xido de mangansio do deserto do Sinai). Estava associado noite e morte, mas tambm poderia representar a fertilidade e a regenerao. Este ltimo aspecto encontra-se relacionado com as inundaes anuais do Nilo, que trazia uma terra que fertilizava o solo (por esta razo, os Egpcios chamavam Khemet, "A Negra", sua terra). Na arte o preto era utilizado nas sobrancelhas, perucas, olhos e bocas. O deus Osris era muitas vezes representado com a pele negra, assim como a rainha deificada Amsis-Nefertari. Branco (hedj): obtido a partir da cal ou do gesso, era a cor da pureza e da verdade. Como tal era utilizado artsticamente nas vestes dos sacerdotes e nos objetos rituais. As casas, as flores e os templos eram tambm pintados a branco. Vermelho (decher): obtido a partir de ocres. O seu significado era ambivalente: por um lado representava a energia, o poder e a sexualidade, por outro lado estava associado ao malfico deus Set, cujos olhos e cabelo eram pintados a vermelho, bem como ao deserto, local que os Egpcios evitavam. Era a vermelho que se pintava a pele dos homens. Amarelo (ketj): para criarem o amarelo, os Egpcios recorriam ao xido de ferro hidratado (limonite). Dado que o sol e o ouro eram amarelos, os Egpcios associaram esta cor eternidade. As esttuas dos deuses eram feitas a ouro, assim como os objetos funerrios do fara, como as mscaras. Verde (uadj): era produzido a partir da malaquite do Sinai. Simboliza a regenerao e a vida; a pele do deus Osris poderia ser tambm pintada a verde. Azul (khesebedj): obtido a partir da azurite (carbonato de cobre) ou recorrendo-se ao xido de cobalto. Estava associado ao rio Nilo e ao cu. pretoLei da FrontalidadeEmbora seja uma arte estilizada tambm uma arte de ateno ao pormenor, de detalhe realista, que tenta apresentar o aspecto mais revelador de determinada entidade, embora com restritos ngulos de viso. Para esta representao so s possveis trs pontos de vista pela parte do observador: de frente, de perfil e de cima, e que cunham o estilo de um forte componente de esttica, de uma imobilidade solene.O corpo humano, especialmente o de figuras importantes, representado utilizando dois pontos de vista simultaneos, os que oferecem maior informao e favorecem a dignidade da personagem: os olhos, ombros e peito representam-se vistos de frente; a cabea e as pernas representam-se vistos de lado.O fato de, ao longo de tanto tempo, esta arte pouco ter variado e se terem verficado poucas inovaes, deve-se aos rgidos cnones e normas a que os artistas deveriam obedecer e que, de certo modo, impunham barreiras ao esprito criativo individual.A conjugao de todos estes elementos marca uma arte robusta, slida, solene, criada para a eternidade.O artista

Ilustrao de Imhotep, o primeiro arquitecto conhecido.Os criadores do legado egpcio chegam aos nossos dias annimos, sendo que s em poucos casos se conhece efectivamente o nome do artista. To pouco se sabe sobre o seu carcter social e pessoal, que se cr talvez nem ter existido tal conceito no grupo artstico de ento. Por regra, o artista egpcio no tem um sentido de individualidade da sua obra, ele efectua um trabalho consoante uma encomenda e requisies especficas e raramente assina o trabalho final. Tambm as limitaes de criatividade impostas pelas normas estticas, e as exigncias funcionais de determinado empreendimento, reduzem o seu campo de actuao individual e, juntamente com o facto de ser considerado um executor da vontade divina, fazem do artista um elemento de um grupo annimo que leva a cabo algo que o transcende.O trabalho efectuado em oficinas, onde se renem os executores e os seus mestres nas diferentes tipologias artsticas, escultores, pintores, carpinteiros e mesmo embalsamadores. Nestes locais trabalha-se em srie e os trabalhos saem em srie.No entanto possvel identificar diferenas entre distintas obras e estilos que reflectem traos individuais de determinados artistas, onde se observam, por exemplo, inovaes a nvel de composio decorativa. Do mesmo modo tanto possvel reconhecer artistas com talento, genialidade e perfeito conhecimento dos materiais em obras de grande qualidade, como artistas que se limitam a fazer cpias.Mas o artista tambm visto como um indivduo com uma tarefa divina importante. Mesmo que se trate de um executor ele necessita de contacto com o mundo divino para poder receber a sua fora criadora. Sem ele no seria possvel tornar visvel o contedo espiritual, o invisvel. O prprio termo para designar este executor, s-ankh, significa o que d vida.Variantes temporaisA arte egpcia prima, de um modo geral, pela constante homogeneidade e expressa um mundo pictrico e formal nicos. Esta caracterstica cunha a arte de tal modo, que a identificao de determinada obra como pertencente a este grande movimento estilstico no oferece dificuldade. Contudo existem algumas nuances no seu eixo estruturador que so, em grande parte, resultado da sucesso de acontecimentos histricos.Perodo Arcaico ou TinitaDurante o Perodo Arcaico, e aps a descoberta da escrita, o Egipto est unido e o seu desenvolvimento acelera, estabelecendo-se e cristalizando-se j aqui os traos principais do que ser a arte egpcia. Pouco sobreviveu desta poca, mas alguns tmulos e o seu respectivo recheio possibilitam uma ideia da arte da poca. Perde-se o primitivismo formal e so ainda presentes algumas influncias da arte mesopotmica, especialmente nas fachadas de templos, e domina ainda o uso do adobe cozido ao sol, substitudo no final do perodo pela pedra.Imprio Antigo

Pirmides de GizA III dinastia remetida por alguns autores j para o incio do Imprio Antigo. Com a transio para a pedra surge tambm a arquitectura monumental e a vincada noo egpcia de eternidade vinculada ao fara. A mastaba assume-se como o tmulo para particulares por excelncia, inicialmente em forma quadrangular ou de pirmide truncada (mais tarde a pirmide de degraus). As propores do corpo humano tornam-se mais equilibradas e harmoniosas, cresce a ateno ao pormenor. tambm desta altura Imhotep, o nome do primeiro construtor a ficar registrado, responsvel pelo uso da pedra talhada e da sua aplicao, no s a uma funo, como tambm a objetivos expressivos. A edificao assume um objetivo simblico.Com o Imprio Antigo estabelece-se a calma e a segurana, bases ao prspero e veloz desenvolvimento da sociedade onde se estabelecem hierarquias governamentais. Durante a IV dinastia edificam-se as monumentais pirmides faranicas de Giz (Qufren, Quops e Miquerinos) que fascinam pela sua impressionante construo. Talha-se a Esfinge perto da pirmide de Quefren em dimenses monumentais, assumindo-se e homenageando-se o poder faranico, embora na V dinastia se reduzam as dimenses monumentais para propores mais humanas. tambm nesta altura que se impulsiona o gosto pelas esttuas-retrato de grande robustez pelo seu volume cbico e imobilidade. As figuras apresentam-se de p (em que a perna esquerda avana ligeiramente frente) ou sentadas (na V dinastia surge tambm a posio do escriva sentado de pernas cruzadas) e denota-se a diferente colorao da pele usada nas figuras masculinas (mais escura) e femininas (mais clara). Em termos de decorao tumular propagam-se as representaes realistas do quotidiano.Escultura

Uma trade de MiquerinosNo que diz respeito escultura podem ser estabelecidas diferenas de concepo entre a estaturia real e a estaturia de particulares. Na primeira verifica-se um desejo de imponncia, enquanto que a segunda tende para um maior realismo, detectvel em trabalhos como o grupo escultrico de Rahotep e Nofert (IV dinastia).A esttua do rei Djoser colocada no serdab do seu complexo funerrio em Sakara revela ainda ligaes com a arte do perodo anterior, mas como o rei Khafr e a sua conhecida esttua em diorite na qual o deus-falco Hrus protege com as suas asas, oriunda do seu templo funerrio em Guiza, nota-se j uma evoluo. Do rei Miquerinos chegaram at aos dias de hoje as chamadas dades e trades. As primeiras consistem em esttuas do rei com a sua esposa, a rainha Khamerernebti II. Quanto s trades, o rei surge representado com a deusa Hathor e uma personificao de um nomo.Do tempo da V dinastia so escassas as esttuas de reis, mas em compensao abundam as esttuas de particulares. So desta poca as vrias esttuas de escribas que se encontram hoje em dia no Museu Egpcio do Cairo e no Museu do Louvre, que retratam estes funcionrios na pose de pernas cruzadas, uma forma de representao que se manter at poca Greco-Romana.Os materiais utilizados na escultura deste perodo foram diorite, granito, xisto, basalto, calcrio e alabastro.Primeiro Perodo IntermedirioOs tempos polticos conturbados reflectem-se tambm na arte tornando-a quase inexistente e com uma maior incidncia nos textos literrios, que expressam a revoluo espiritual da poca. Atravs das pilhagens de tmulos, a arte restrita dos faras e figuras de maior importncia passa para a mo do homem mortal que acredita ter o mesmo privilgio da vida eterna.Imprio MdioAps o perodo de decadncia do poder central e de instabilidade poltica que foi o Primeiro Perodo Intermedirio (e que se reflectiu na arte com o abandono dos cnones estabelecidos) inicia-se o Imprio Mdio que corresponde XI e XII dinastias.ArquiteturaNa arquitetura adaptam-se os padres estilsticos anteriores ao nvel da construo, procurando-se retomar a construo de pirmides. Contudo, estas pirmides no atingem a grandeza das pirmides do Imprio Antigo. Construdas com materiais de baixa qualidade e com tcnicas deficientes, o que resta hoje destas construes praticamente um monte de escombros. As mais altas pirmides construdas nesta poca foram a de Sesstris III (78 metros) e a de Amenems III (75 metros).Mentuhotep, monarca que reunificou o Egipto aps o Primeiro Perodo Intermedirio, manda construir na regio de Tebas Ocidental o seu complexo funerrio, no qual se detectam elementos da arquitectura do Imprio Antigo, como um templo do vale que conduz atravs de um caminho processional ao templo funerrio junto rocha.Pintura e estruturaA principal caracterstica da pintura e baixos-relevos egpcios a representao de figuras humanas segundo a lei da frontalidade, ou seja, com a cabea e os ps de perfil e o resto do corpo de frente. Da escultura egpcia destaca-se o contraste entre esttuas colossais, rgidas e sem expresso dos faras e as estatuetas de particulares, tais como funcionrios e escribas, as quais apresentavam expressividade e naturalismo de movimentos. A expresso humana na escultura vai ganhar uma nova dimenso e realismo nesta poca, passando-se a representar nas esttuas reais o envelhecimento. Mesmo a representao bidimensional perde a sua dependncia dos cnones adoptando uma maior naturalidade e mesmo noes de profundidade tridimensional. Nesta poca criam-se esfinges reais nas quais o rosto do monarca surge emoldurado por uma juba, como o caso de uma esfinge de Amenems III. Os locais onde a Pintura do Antigo Egipto melhor se manifestou foram os tmulos dos governadores dos nomos, em cujas paredes se recriam cenas de caa, pesca, banquetes ou danas. Seguindo a tradio anterior, o dono do tmulo surge representado em tamanho superior s outras personagens. A pintura realizada sobre estuque fresco ou sobre relevo.Artes decorativas e outras artes

Hipoptamo em faianaAs artes decorativas do Imprio Mdio conhecem uma das pocas mais importantes, sobretudo no que diz respeito aos trabalhos de joalharia. Os amuletos, os pentes, os espelhos, as caixas e as candeiais caracterizam-se pela sua beleza. So bastante conhecidos os pequenos hipoptamos em faiana decorados com motivos vegetais.A literatura desenvolve o gosto pelo provrbio, o romance, a histria, passa tambm a obedecer a outras funes como as de influenciar a poltica, homenagear faras e mesmo descrever e caracterizar profisses. Mas tambm a cunhar este momento est a inquietude herdada do perodo anterior.Segundo Perodo IntermedirioEste mais um perodo escuro e de inseguridade do qual pouco se sabe e no qual se praticaram mais a matemtica, a medicina e a cpia de papiros de pocas anteriores.Imprio NovoArquitetura

Templo de HatchepsutNo Imprio Novo d-se de novo a unificao do Egipto e a arte volta ter mais uma das suas pocas de ouro, com um novo comeo em que se vo reavivar as tradies do passado e em que as foras criadoras vo erguer vrios edifcios de pedra de construo arrojada e que ainda hoje podem ser admirados.Foi na capital do Imprio Novo, a cidade de Tebas, que se ergueram os grandes edifcios desta poca. A divindade da cidade era Amon e seu principal centro de culto era o Templo de Karnak, ao qual praticamente todos os monarcas do Imprio Novo procuram acrescentar estruturas como pilones.No Imprio Novo os reis abandonaram a tradio de serem sepultados em pirmides, optando por mandar escavar os seus tmulos nos rochedos prximos, num local que hoje designado como Vale dos Reis. Nesta atitude so seguidos pelos altos dignitrios. A principal razo para esta mudana estaria relacionada com uma tentativa de evitar os saques. Porm, a inteno revelou-se um fracasso: dos tmulos desta era apenas chegaram intactos at poca contempornea o de Tuntankhamon, o do casal Iuia e Tuia (genros do rei Amenfis III e pais da rainha Ti) e dos dignitrios Sennedjem e Khai.Num local conhecido como Deir el-Bahari encontra-se o templo funerrio da rainha Hatchepsut, mandando construir pelo seu arquitecto Senemut. O templo enquadra-se perfeitamente na falsia de calcrio em que se encontra, situando-se junto ao vizinho templo de Mentuhotep II, construdo quinhentos anos antes.A arte de AmarnaVer artigo principal: Perodo AmarnaMas ainda na XVIII dinastia d-se, com Amenfis IV (que mudou o nome para Aquenton), uma revoluo religiosa, em que o fara proclama um "monotesmo" com o culto de uma s divindade, o disco solar Aton. Nesta altura propaga-se o chamado Estilo Aquenton ou Estilo Amarniano (em funo do nome moderno da cidade mandada construir por Aquenton, Amarna), que se caracteriza por ser muito naturalista, em que se tenta quebrar com as regras anteriores da solidez e imobilidade. As obras deste perodo tm maior fluidez e flexibilidade. Principalmente na escultura assumem-se formas orgnicas e pouco geomtricas, que atingem por vezes aspectos de caricatura. Os membros da famlia real so representados em cenas da vida familiar (aspecto completamente novo na arte egpcia) com crnios alongados, que no se sabe se seriam representaes veristas da famlia (avanando alguns autores a hiptese de que a famlia real sofreria de sndrome de Marfan) ou apenas uma espcie de vanguarda artstica. Apesar dos eventuais excessos, data deste perodo o famoso busto da esposa de Aquenton, Nefertiti, descoberto em 1922 por uma equipa arqueolgica alem na casa do seu autor, o escultor Tutms.O gosto pela representao do mundo animal e vegetal est igualmente presente. Os sucessores de Aquenton devolvem a arte aos padres anteriores e com Tutancmon est-se j, de novo, no politesmo. Busto de Akhenaton Busto de Nefertiti Duas filhas de Akhenaton Uma filha de Akhenaton, talvez MeketatonDa XIX dinastia egpcia de referir Ramss II que impulsionou diversas construes. Neste momento d-se o pico da pintura e do relevo e a literatura abandona o pessimismo voltando-se para o relato ligeiro de histrias mitolgicas, fbulas, picos de guerra e tambm para poesia romntica. At ao final deste perodo vo-se impor estilos variados no representativos, que retomam antigas tradies, especialmente a nvel da escultura.Terceiro Perodo Intermedirio

Pendente em ouro de Osorkon II, que representa uma trade de deuses composta por Osris (ao centro), Hrus e sisA poca que se seguiu ao reinado de Ramss III foi marcada pela progressiva desagregao do poder faranico, sendo os ltimos soberanos da XX dinastia meros reis fantoches. O Terceiro Perodo Intermedirio, poca que compreende cerca de trezentos e cinquenta anos e que corresponde XXI at XIV dinastias, vai continuar no essencial a arte desenvolvida no Imprio Novo.Deste perodo destaca-se a perfeio alcanada no trabalho dos metais, que se detecta em trabalhos como as mscaras funerrias dos reis Psusennes I e Chechonk II, no pendente em ouro de Osorkon II e na esttua em bronze da adoradora divina de Amon Karomama. [1]poca BaixaA XXVI dinastia conseguiu reunificar o Egito, dando incio poca Baixa que se desenrola at XXX dinastia, embora a presena de povos estrangeiros, como lbios, nbios e persas seja constante neste perodo.Durante a poca Baixa, o centro do poder real vai localizar-se na regio do Delta, onde se encontram as capitais das vrias dinastias, como Sais, Mendes e Sebenitos. nestas cidades que se ordenam os grandes trabalhos arquitectnicos.Na escultura da poca Baixa verifica-se um arcasmo, uma inspirao nos modelos da poca do Imprio Antigo. Na XXVI dinastia nota-se igualmente o apuro na polidez da pedra, dando origem a trabalhos que alguns autores denominam como "arte lambida".Egipto ptolemaico

Templo de Filas, em Assuo.Em 343 a.C. o Egito assiste ao segundo perodo de dominao persa que termina em 332 a.C., quando Alexandre Magno conquistou o Egito. Aps a sua morte ser fundada no pas das Duas Terras, por um dos seus generais, Ptolemeu I, uma dinastia que governar o pas at conquista romana de 30 a.C..Apesar da sua origem macednia, a dinastia ptolemaica adoptou as formas artsticas dos Egpcios. Os reis ptolemaicos foram representados nos templos como os antigos faras. Das obras que ainda hoje se podem visitar no Egito permaneceram, em maior parte, as do perodo grego onde a arte adquire a forte influncia da harmonia helenstica. So desta poca os conhecidos templos de sis em Filas, o templo de Hrus em Dendera e o templo de Edfu.