Segunda-feira 16 Julho de 2012 · www.destak.pt · Jornal de distribuição gratuita · Edição nº 1858 · Ano 10 · Directora: Isabel Stilwell

Lisboa

Mandela, um longo caminho para a liberdade

EM DESTAK PÁGINAS 02 E 03

Ciência sai à rua durante as férias de Verão

ACTUALIDADE PÁGINA 06

Muitas estreias e regressos Mais de 95 mil pessoas nos primeiros dois dias do Alive.

ARTE & LAZER PÁGINA 08

A estranha morte do filho de Stallone

FAMA & TV PÁGINA 09

Benfica amealhou quase 20 milhões

DESPORTO PÁGINA 07

Fazer o Caminho de Santiago a partir de Lisboa

GRANDE LISBOA PÁGINA 04

PSP regista três vezes mais atropelamentos de crianças em Junho

DESPORTO PÁGINA 07

Sérgio Paulinho esteve na frente da Volta a França mas ficou-se pelo 6.º lugar

Proteja-se das falsas ofertas de emprego no estrangeiro Consulado português em França e várias associações de apoio alertam para aumento de anúncios de trabalho que prometem muito, mas cumprem pouco. E reforçam necessidade de maior cuidado.

ACTUALIDADE PÁGINA 05 GRANDE LISBOA PÁGINA 04

Despiste fatalACTUALIDADE PÁGINA 05

O acidente com um autocarro em Boticas fez ontem um morto e 18 feridos, oito dos quais em estado grave.

PEDRO ROSARIO/LUSA

NICOLAS BOUVY/EPA

2ª Feira · 16 de Julho de 201202 ·

Em Destak

NELSON MANDELA Líder sul-africano celebra 94.º aniversário no dia 18 de Julho com um pedido especial: dedicarmos 67 minutos a tornar o mundo melhor.

baptizado com o nome Nelson e foi para a escola.

Quando tinha apenas nove anos perdeu o pai e foi envia-do para a Casa Grande, a ca-pital provisória do reino dos Tembos, onde continuou os seus estudos sob a responsa-bilidade de um tutor e perce-beu que a vida «tinha muito mais para oferecer do que ser campeão da luta do pau».

O caminho da contestação Na tradição do povo xossa, ao qual Mandela pertence, tor-nar-se homem só é possível por um único meio: a circuncisão. Se tal não acontecer, não po-de herdar os bens do pai, nem casar e será sempre conside-rado um rapaz.

Foi aos 16 anos, que Man-dela se tornou homem e em vez de seguir a profissão de mi-neiro, como a maioria dos seus colegas de ritual, continuou a estudar em Clarkebury, onde aprendeu que «tinha de se de-sembaraçar pelo trabalho e não pela ascendência».

No entanto, foi na Univer-sity College de Fort Hare que assumiu uma postura mais contestatária e activa, contri-buindo mesmo para quebrar tradições dentro daquela ins-tituição. Foi aqui que aprendeu a dançar e a representar e que vestiu pela primeira vez um pi-jama e usou uma escova para lavar os dentes em vez de cin-za e um palito.

A fuga para Joanesburgo Perante um casamento arran-jado com a apaixonada do seu melhor amigo, Mandela or-

«O que nos distingue dos outros não é o que nos

dão, é o que conseguimos fazer com aquilo que temos.» A afir-mação é do próprio Nelson Mandela na autobiografia Um Longo Caminho Para a Liber-dade e o líder sul-africano é um exemplo disso mesmo. Fez bom uso daquilo que tinha e após múltiplas iniciativas de protesto e quase três décadas atrás das grades alcançou o seu maior objectivo: libertar o povo africano do ‘apartheid’, um sistema de opressão que impunha a superioridade dos brancos sobre os negros.

Mas esta é a parte da his-tória de vida de Mandela que quase todos conhecemos. Na autobiografia deste líder sul-africano há um sem número de factos de tornam possível perceber a evolução da sua vi-da e as opções que o tornaram na pessoa que é hoje.

Nelson Mandela pertence ao clã Madiba, nome pelo qual ainda hoje é apelidado de for-ma carinhosa pelo povo sul-africano, é filho da terceira mulher do pai e na infância via a Natureza como o seu pátio de recreio. Aprendeu a caçar, a montar e a ordenhar e quan-do a mãe se tornou cristã foi

Mandela esteve preso quase três décadas, mas a sua luta foi distinguida com o Nobel da Paz.

PATRÍCIA SUSANO FERREIRA pferreira@destak.pt

questrou uma fuga para Joa-nesburgo e aí começou a sua carreira como advogado. Ape-sar de não conseguir apontar o momento em que se conver-teu à política, foi em 1943 que participou pela primeira vez num protesto público contra o aumento do preço dos bilhetes do comboio.

Sistema de segregação racial Em 1949 teve início o ‘apar-theid’ na África do Sul com a vitória eleitoral do Partido Na-cionalista que tinha slogans como «O preto no seu lugar» ou «O perigo negro». No ano seguinte, Mandela participou pela 1ª vez numa iniciativa na-cional: o Dia Nacional do Pro-testo. A vida política de Man-dela era tão activa que por es-ta altura o seu filho mais vel-ho, com 5 anos, chegou mes-mo a perguntar, «Onde vive o papá?». «Senti-lhes imenso a falta durante esses dias, mui-to antes de saber que viria a passar décadas longe deles», desabafou Mandela na sua au-tobiografia.

Em 1952 abriu o seu pró-prio escritório de advogados onde defendia casos de violên-cia da polícia, e em 1956 foi de-tido por alta traição e conspi-ração - era apenas a primeira de muitas detenções. Oito anos depois foi condenado a perpétua e foi libertado 27 anos depois.

Os esforços para libertar a África do Sul de um sistema de opressão valeram-lhe o No-bel da Paz em 1993 e as bases para ser eleito presidente da África do Sul em 1994.

«Ao chegar ao cimo de uma grande mon-tanha, a única coisa que descobrimos é que há montanhas maiores para subir»

«Ser pela liberdade não é apenas tirar as correntes de al-guém, mas viver de forma que respeite e melhore a liberdade dos outros»

«O dinheiro não cria o sucesso, mas sim a liberdade de criar o sucesso» NELSON MANDELA

O líder sul-africano Nelson Mandela casou com a sua terceira mulher, a moç

GRANDE REPORTAGEM COM ENTREVISTAS EXCLUSIVAS A PRÉMIOS NOBEL DA PAZ E A CAVACO SILVA A RTP1 exibe amanhã à noite uma grande reportagem dedicada a Nelson Mandela, assinada pelo jornalista António Ma-teus com entrevistas exclusivas aos prémios Nobel da Paz Desmond Tutu e Frederik de Klerk e ainda a Cavaco Silva.

CRONOLOGIA

1939 ENTRA NA FACULDADE Nelson Mandela entrou na uni-versidade de Fort Hare em 1939. Esta instituição foi a pri-meira faculdade da África do Sul a ministrar cursos superio-res para negros. No entanto, foi expulso no ano seguinte acusado de activismo político.

1949 INÍCIO DO APARTHEID Foi em 1949 que o Governo da África do Sul aprovou o regime legal segracionista: apartheid. Três anos depois, Mandela tor-nou-se o porta-voz da Cam-panha do Desafio que comba-teu o ‘apartheid’ e foi várias vezes detido.

1964 PRISÃO PERPÉTUA A 11 de Junho de 1964, Man-dela recebeu uma pena de pri-são perpétua e foi levado para a Ilha Robben onde ocupou a cela número 46664. Aqui ficou isolado do mundo num espaço de dimensões reduzidas: 2,5 por 2,1 metros.

Contra um país a preto e

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2ª Feira · 16 de Julho de 2012 · 03

Como foi a primeira vez que con-tactou de perto com Mandela? Senti-me, por ‘culpa’ dele, a pessoa mais importante do mundo. Porque é assim que ele faz sentir todos aqueles que toca ou o procuram. É um ser humano que desperta o me-lhor em todos à sua volta. Acredita (e pratica) que todos temos uma metade de luz e ou-tra de sombra e é nossa a es-colha da que procuramos e in-centivamos nos outros. O que mais o surpreendeu na personalidade de Mandela? A imensa humildade. A pro-cura constante de trabalhar os extremos. De se auto-enri-quecer sujeitando o seu olhar e convicções ao teste da di-vergência de opiniões.

Que expectativas é que tinha quando em 1990

foi trabalhar como jornalis-ta para a África do Sul ? Nelson Mandela acabara de ser libertado e eu era o primeiro jornalista portu-guês destacado, a tempo in-teiro, para acompanhar o fim do apartheid e, a partir de Joanesburgo, os confli-tos em Angola e Moçambi-que. Foi uma escola de jor-nalismo no terreno única e, ainda maior, de vida. Não é possível ficar ‘incólume’ a acompanhar diariamente pessoas como Mandela, Al-bie Sachs, Desmond Tutu, Frederik de Klerk e Ahmed Kathrada, o melhor amigo de Madiba ainda vivo. Ali fui chefe de delegação da Lusa e colaborador da BBC (rádio), SIC, TVI e RTP. Vinte e dois anos após o iní-cio dessa experiência o que o marcou mais como pessoa e como profissional? Uma das maiores lições que aprendi com Mandela é a urgência da recupe-ração de valores morais, de respeito pelo saber dos mais velhos, de dignidade, da família colectiva que to-dos somos. Mesmo (e espe-cialmente) quando disso nos esquecemos.

PATRÍCIA SUSANO FERREIRA pferreira@destak.pt

Mateus com Desmond Tutu, também prémio Nobel da Paz.

António Mateus Jornalista durante 10 anos na África do Sul relata ao Destak como foi acompanhar o fim do apartheid e contactar com Mandela. A experiência está no livro ‘A Construção de Um Homem’.

Mandela desperta o que há de melhor em todos

DR

ELMOND JIYANE/EPA

çambicana Graça Machel, em 1998

MANDELA EM CRUZADA CONTRA A SIDA, DOENÇA QUE VITIMOU UM DOS SEUS FILHOS Desde que deixou a presidência da África do Sul, em 1999, Mandela embarcou numa cruzada contra a SIDA e incentivou a prevenção e tratamento da doença. Quinze anos depois, o seu filho Makgatho morreu de SIDA.

67 minutos dedicados a melhorar o mundo

No dia em que celebra o 94.º aniversário, 18 de Julho, Nel-son Mandela pede que dedi-quemos 67 minutos a contri-buir para um mundo melhor, tantos minutos quantos os anos que dedicou à mesma causa. Este desafio global ganha força ao ser endos-sado por todas as 17 agên-cias da ONU. Um gesto pode mesmo fazer a diferença!

Memórias escritas na primeira pessoa A autobiografia de Mandela, ‘Um Longo Caminho para a Liberdade’, chegou às livra-rias nacionais pela mão da editora Planeta e é um relato que começou a ser escrito pelo Nobel da Paz em 1974, quando ainda estava preso na Ilha de Robben. Apesar da cópia do manuscrito ter sido confiscada pelas autorida-des, os colegas de prisão sal-varam o original.

Como caracteriza o papel de Nel-son Mandela na África do Sul e no resto do Mundo? Foi e é-o ainda, um dos heróis vivos dos nossos dias. Um ho-mem que insiste não ser “um santo, mas sim um pecador que continua a tentar”. O que o motivou a escrever o li-vro ‘Mandela – A Construção de Um Homem’? O querer partilhar a vivência de uma década a acompanhar Mandela enquanto correspon-dente estrangeiro na África do Sul. E legar essa mesma vivên-cia aos vindouros. Porque Ma-diba ficará, indiscutivelmen-te, para a História como uma personalidade incontornável. Mandela é um homem que to-ca e comove todos.

1990 DIA DA LIBERTAÇÃO Após 27 anos preso, Mandela foi libertado em Fevereiro de 1990 e um mês depois eleito presidente do partido Con-gresso Nacional Africano. Esta força política é um símbolo da luta contra o apartheid e todas as formas de opressão.

1993 PRÉMIO NOBEL DA PAZ Mandela partilhou o Prémio Nobel da Paz com Frederik Willem de Klerk, pelos esforços desenvolvidos no sentido de acabar com a segregação racial, pôr fim ao apartheid e lançar as bases para a Demo-cracia na África do Sul.

1994 ELEITO PRESIDENTE Mandela venceu as primeiras eleições presidenciais multir-raciais de sempre na África do Sul e esteve à frente do país até 1999. Quando saiu da polí-tica voltou-se para as causas de várias organizações sociais e de direitos humanos.

branco

2ª Feira · 16 de Julho de 201204 ·

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FICHA TÉCNICA Título Registado no E.R.C. sob o n.º 123881; Proprie-dade/Editor: Metro News, Publicações, SA; Empresa Jornalística n.º 223575; Matrícula n.º 505434229 da C.R.C. de Cascais; NIPC505434229;

Capital Social: € 156.480,00; Principais Accionistas: Cofina, SGPS, SA, António Stilwell Zilhão, Fran-cisco Pinto Barbosa, Gonçalo Sousa Uva; Conselho de Administração: António Stilwell Zilhão, Fran-cisco Pinto Barbosa, Gonçalo Sousa Uva, Laurentina Martins, Luís Santana; Nome da Publicação: Destak; Directora: Isabel Stilwell; Editores Executivos: João Moniz, Patrícia Naves; Redacção: Ana Rodrigues (assistente), Carla Marina Mendes, Filipa Estrela, João Tomé, Patrícia Susano Ferreira, Ra-quel Madureira, Vera Valadas Ferreira; Revisão: Catarina Poderoso; Colunistas: J.L. Pio Abreu, João César das Neves, João Malheiro, José Luís Seixas, Luísa Castel-Branco; Fotografia: Laura Haanpää; Projecto Gráfico: Carles Durán – Grupo CYAN; Paginação e Grafismo: Pedro Alves (Editor), Filipa Rosa, Rita Alves; Departamento Criativo: Joana Túlio, Rui Gonçalves; Marketing: Luís Rebola (Di-rector), João Aleixo (Gestor de Produto) (marketing@destak.pt); Passatempos: Marta Tavares; Ac-tivações e Eventos: Alexandra Cayolla (Coordenadora), Joana Gil, Marta Brigham; Administração/Re-dacção/Publicidade: Arruamento D à Rua José Maria Nicolau, Nº. 3, 1549-023 Lisboa; Telefone: 21 049 40 00/Fax: 21 049 31 34; Departamento Comercial: DIRECTOR COMERCIAL: Ricardo Branco; AGÊNCIAS: Ana Silveira e Joana Santana (Coordenadoras), Adriana Macedo, Daniel Barata, Marga-rida Rego, Paula Tavares, Raquel Pinto; DIRECTOS: Luís Filipe (Coordenador), Eva Oliveira, Filome-na Mestre, João Rodrigues, Luis Farinha, Ricardo Afonso, Sónia Andrade; Maria da Luz Veiga (pla-neamento); Telefone: 21 049 40 00/Fax: 21 049 31 34/E-mail: comercial@destak.pt; DEPAR-TAMENTO ON LINE: Raquel Pinto; Porto: Tiago Medeiros (Coordenador); AGÊNCIAS: Ivone Pinheiro; DIRECTOS: Vitor Machado; Telefone: 22 532 23 01/Fax: 22 532 23 99; Chefe de Distribuição: José Magalhães; Periodicidade: Diária; Preço de Capa: Gratuito; Impressão Nacional: Lisgráfica, Im-pressão e Artes Gráficas S.A., Rua Consiglieri Pedroso, 90, Casal de Santa Leopoldina, 2730-053 Queluz de Baixo; Depósito Legal: n.º 170470/01. Delegação Porto: Rua Ma-nuel Pinto de Azevedo, 80-1.º 4100-320 PORTO Telefone: 22 532 23 01/Fax: 22 532 23 99.

No metro, um jovem invi-sual segue de carruagem em carruagem numa lenga-lenga mastigada na expec-tativa de angariar moedas. Traz uma caixa de madeira a tiracolo e uma bengala feita de cabo de vassoura. Uns assentos à frente uma senhora deixa-lhe três moe-das. É o que me parece, a avaliar pelo tilintar. Em sinal de agradecimento, o rapaz profere uma espécie de oração. “Saúde e sorte”, são duas das palavras que per-cebo. Ao passar por mim pára e aguarda por nova contribuição. Digo-lhe que não tenho troco. A senhora do lado esquerdo faz que não com a cabeça (como se ele a conseguisse ver). E o casal do lado direito ignora-o, pura e simplesmente. Despeitado, o rapaz dispara vários impropérios: “Hão-de arder todos no inferno, seus filhos de uma grande (e por aí fora)…”Ao mesmo tempo reage com o movimento brusco da bengala improvi-sada. Que me bate num dos pés. E, porque estou de san-dálias, a dor é cega. Mas não é muda. Não consigo reprimir o grito e o pro-testo. Sem pedir desculpa, o autor da proeza dá segui-

mento aos insultos. Cada vez com menos respeito. Na semana a seguir, o mesmo rapaz vem na minha direcção. Com receio que me aleije de novo, recolho os pés o mais que posso numa espécie de reflexo condicionado. A amiga que está comigo estranha o gesto precipitado. Ponho-a, então, a par da história. Ela reage, irónica: “E agora sempre que ele passa por ti escondes os pés?!” “Enquanto me lembrar da dor que senti…”, justifico, desconfortável com o tom trocista. Sem fazer triagem, a minha amiga sugere: “O melhor é arranjares um saquinho com aquelas moe-das de plástico dos carrinhos de supermercado e sempre que ele passar por ti metes uma ou duas na caixa. Assim acabam-se as bengaladas.” Não vou a tempo de repri-mir a gargalhada. A ideia é risível. E podia ser uma solução. Se a minha cons-ciência não se importasse. Mas importa-se. Ludibriar pessoas, com ou sem defi-ciência, não consta do meu currículo. Mesmo que essas pessoas sejam rudes e mal-educadas comigo.

Todas as semanas, o Destak publica uma crónica semanal de Graça Andrade, uma leitora como os outros leitores, que relata o caricato e o mundano de quem anda diariamente numdos maiores transportes públicos da capital. Porque o Destak é de quem o lê!

CRÓNICA DO

METROPOLITANO

Ensaio sobre a educação

GRAÇA ANDRADE gracaandrade.gracices@gmail.com.

As vítimas são sobretudo crianças menores de 6 anos

A PSP registou em Lisboa, só em Junho,

três vezes mais atropela-mentos a crianças em com-paração com os restantes meses deste ano. Dados en-viados pela PSP demons-tram que de 1 de Janeiro a 30 de Maio registaram-se 21 atropelamentos, que pro-vocaram 20 feridos leves e dois graves. Em Junho, as autoridades registaram 12 atropelamentos, com dez feridos leves e dois graves, que acabaram por falecer em virtude das lesões.

ALERTA

Transtejo perdeu 10% de utentes durante este ano

A Transtejo perdeu 10% dos utentes este

ano, uma perda que, segun-do a empresa, se deve ao au-mento do desemprego e à subida das tarifas. As greves também contribuem para que haja menos passageiros, pois quem precisa de ir pa-ra o trabalho não tem garan-tia de chegar a horas. João Pintassilgo, presidente da empresa, considera que não há margem para novos au-mentos de tarifários, mas as ligações entre Barreiro e Lis-boa fora da hora de ponta e aos fins-de-semana vão ficar mais lentas.

TRANSPORTES

DR

Menos um milhão de viagens entre Janeiro e Maio

LUÍS ANICETO

Atropelamentos de crianças sobem em Junho

A recém-formada Liga de Amigos da Igreja de

Santiago (LAIS) tem como ob-jectivo fomentar o Caminho de Santiago, a partir de Lis-boa. «A ideia é redinamizar o caminho até Santiago de Com-postela, que já foi outrora uti-lizado, numa altura em que muitos peregrinos procuram alternativas ao muito concor-

Um Caminho de Lisboa até Santiago é o objectivo da LAIS

INICIATIVAS A “semana santiaguista” coincide com a festa de São Tiago Maior

Associação quer Caminho de Santiago a partir da capital A Liga de Amigos da Igreja de Santiago pretende ‘redinamizar’ Caminho de Santiago, desde Lisboa.

RUI MIGUEL PEDROSA

DESTAK/LUSA destak@destak.pt

para as regiões envolvidas, além da espiritualidade que a ele se associa e está na sua gé-nese».

A ‘semana santiaguista’ que coincide com a festa litúr-gica de São Tiago Maior, no dia 25 de Julho, inclui expo-sições, concertos, palestras e espectáculos de dança que mostram «a mística associa-da ao culto do apóstolo, bem como o caminho de peregri-nação até Compostela», na re-gião espanhola da Galiza.

A partir de Lisboa há dois caminhos. Um segue por Azambuja, Tomar, Coimbra, Porto, Valença e Compostela. O da costa segue por Sintra e Mafra até Coimbra, unifican-do-se com o anterior no Porto.

rido e até saturado caminho francês até Santiago de Com-postela», disse à Agência Lu-sa Eduardo Pinheiro. O porta voz da LAIS salientou os be-nefícios de se «retomar o ca-minho a partir de Lisboa, até do ponto de vista económico

2ª Feira · 16 de Julho de 2012 · 05

TODA A INFORMAÇÃO EM

www.destak.ptActualidade

Aapresentação do programa do Ano de Portugal no Brasil, e do Brasil em Portu-

gal aconteceu no Centro Cul-tural de Belém, em Lisboa. Miguel Horta e Costa, comissário português e Antó-nio Grassi, comissário brasi-leiro, revelaram em detalhe os pontos altos desta inicia-tiva que começa no dia 7 de Setembro, dia da Inde-pendência do Brasil, com um mega concerto de Marisa e Roberto Sá, em Brasília, e termina a 10 de Junho, no Terreiro do Paço, em Lisboa. Como explicou Miguel Horta e Costa, «fundamental-mente, queremos levar ao Brasil um Portugal até aqui desconhecido. Com enfoque na modernidade e na ino-vação – mostrando criativi-dade, tecnologia, competên-cias e conhecimento». Sem esquecer, sobretudo em tempos de crise na Europa e de prosperidade do outro lado do Atlântico, que o pro-grama também «deverá ser utilizado como um instru-mento para projectar uma via natural de internacionali-zação para o nosso tecido empresarial (as PMEs) e para outras entidades». Daí que para além do enfoque nos «novíssimos talentos» em todas as áreas culturais, estejam previstos vários encontros entre empresários portugueses e brasileiros, e uma mostra em S. Paulo de casos de sucesso, que Horta e Costa acredita que vão sur-preender o Brasil, mas tam-bém os portugueses (é ver-dade que tendemos a achar que só os santos de fora fazem milagres). Portugueses que podem e devem participar num pro-grama que não se quer fechado. Horta e Costa fez mesmo um apelo a que quem tenha um projecto, uma ideia, uma proposta a fazer, que a concretize atra-vés do website www.anode-portugalnobrasil.pt.

Portugal quer surpreender o Brasil em Marselha, que dá conta do

multiplicar das falsas ofertas de emprego naquele país, dis-poníveis um pouco por toda a parte, dos jornais aos cafés.

Prometem alojamento, aju-das de custo e salários tenta-dores, mas oferecerem acomo-dações precárias e ordenados tantas vezes inexistentes. O que não surpreende o vice-côn-sul Carlos de Sousa, que aler-ta para muitos casos de «pes-soas que vão [de Portugal pa-ra França] trabalhar depois de terem assinado documentos que nem sabem o que signifi-cam». Resultado: «a diferença entre o que é prometido e o que acontece na verdade» leva

Procuram em França o que o País tantas vezes

lhe nega: um emprego e, graças a este, a possibilidade de uma vida melhor. Mas «as promes-sas de paraíso» pode transfor-mar-se em pesadelo, alertam à Lusa várias associações da co-munidades portuguesa por ter-ras gaulesas. Um aviso reforça-do pelo vice-cônsul português

EMIGRAÇÃO São muitas as vítimas de promessas enganadoras

Consulado francês alerta para falsas ofertas de emprego Portugueses em França aconselham cuidado na hora de deixar o País.

CARLA MARINA MENDES cmendes@destak.pt

123RF

Aumentou o número de pedidos de ajuda para lusos em Paris

muitos ao posto consular, a pe-dir repatriamento.

Por isso, pede para que se deixem de «pôr anúncios des-se tipo nos jornais». E aconse-lha ainda que «se confirme a fiabilidade das ofertas, e que as pessoas se informem antes de sair» de Portugal.

Crise já chegou a França Pedidos de ajuda não são tam-bém desconhecidos para Aní-bal de Almeida, membro hono-rário e ex-provedor da Santa Casa da Misericórdia de Paris. A associação, que presta auxí-lio à comunidade portuguesa na capital francesa, recebe mui-tos, resultado de ligações com empresas francesas, que pro-metem tudo, mas pouco cum-prem. «As pessoas chegam cá e não têm nada», refere citado pela Lusa. Até porque hoje a realidade é bem diferente do el dorado de há 50 anos. «Hoje há um desemprego enorme (10%)» e crise também já che-gou a França.

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Cuidado com os sumos naturais O nutricionista Nuno Borges deixa o alerta: sumos naturais e refrigerantes têm quanti-dades semelhantes de açúcar e as bebidas

de fruta exigem «cuidado» no consumo.

ACIDENTE

O presidente da Câmara de Tabuaço confirmou que o autocarro que se despistou ontem em Boticas, causando um morto, seguia «a veloci-dade reduzida e respeitava as regras de segurança». A via-tura, de 20 lugares, despistou-se, galgando o ‘rail’ da berma

100 BOMBEIROS e três heli-cópteros estiveram en-volvidos no combate a um incêndio em Arganil.

3 FERIDOS da explosão no por-ta-contentores Flaminia foram ontem transportados para o hospital de Ponta Delgada.

10 SEGUNDOS

da estrada e caindo numa ravina com cerca de 40 metros. O acidente causou um morto, oito feridos graves e dez ligeiros.

RSI

Beneficiários obrigados a fazer tarefas úteis à sociedade, procurar traba-lho e fazer formação pro-fissional. Segundo o minis-tro da Solidariedade, o Rendimento Social de In-serção é um direito, mas também implica deveres.

EDUCAÇÃO

As instituições de ensino universitário e politéc-nico públicas vão abrir 52 298 vagas no ano lec-tivo de 2012-2013, uma redução de 1 202 vagas face ao ano anterior.

ISABEL STILWELL editorial@destak.pt

EDITORIAL

PEDRO ROSÁRIO/LUSA

2ª Feira · 16 de Julho de 2012Actualidade · www.Destak.pt · 06

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TIMOR-LESTE

GNR interviu em confrontos políticos

Divergências entre fac-ções políticas timoren-

ses culminaram em apedre-jamentos, cortes de estradas, carros queimados e alguns feridos sem gravidade em Dí-li, Viqueque e Baucau. A GNR foi chamada a intervir no lo-cal, revelou à Lusa o coman-dante Barradas, em Díli.

NEPAL

Queda de autocarro em canal mata 39

Pelo menos 39 pessoas morreram e 12 ficaram

feridas depois de um autoca-rro se ter despistado e ter caí-o num canal na zona oeste do Nepal. Segundo a agência chi-nesa Xinhua que a viatura ia sobrelotada com cerca de 120 passageiros e o motorista es-taria embriagado.

ESPANHA

Aumento do IVA vai ter impacto no turismo

O ministro da Indústria espanhol, José Manuel

Soria, admite que o sector do turismo tem «razão» para se queixar da subida do IVA, de 8 para 10%, garantindo que os valores serão repostos mal seja possível.

FRANÇA

Mais dois alpinistas encontrados mortos

As autoridades france-sas descobriram sába-

do à noite os cadáveres de uma alpinista polaca e de um espanhol que foram vítimas de uma avalanche em Mont Blanc. Recorde-se que na semana passada, outros nove alpinistas perderam a vida nos alpes franceses.

ESCÓCIA

Detido membro da ETA foragido há 10 anos

Benat Ordonez, alega-do membro da ETA, foi

detido em Edimburgo sexta-feira, 10 anos após ter fugido às autoridades espanholas. Ordonez transportava pes-soas e materiais entre França e Espanha e em 2008 era considerado ‘o mais procu-rado’ no país vizinho.

10 SEGUNDOS

Gregos querem renegociar Sondagem revela que maio-ria dos gregos quer renego-

ciar ajuda, mesmo que implique a saída do Euro.

tas explicações sobre a biodi-versidade e a geologia da foz do rio.

Mas há mais, como a deslo-cação às minas do Lousal e da Caveira, no concelho de Grân-dola, a visita guiada ao Centro de Recuperação do Lobo Ibé-

rico, em Mafra, ou a visita ao Farol do Cabo Espichel.

Recorde-se que a Ciência Viva no Verão é organizada desde 1996. Mais informações disponíveis em: www.ciencia-viva.pt.

Ver o Sol e a Lua... de dia, construir relógios de sol,

proteger a floresta. As acções, algumas transformadas em missões, podem ir da astrono-mia, passando pela biologia ou engenharia. Todas diferentes, mas guiadas por um mesmo fio condutor: a ciência. E nem é preciso levar telescópios, lupas ou binóculos. É o Verão que chega à Ciência Viva, com mi-lhares de iniciativas espalha-

das por todo o País. E não fal-tam candidatos. Ontem, conta-vam-se já mais de 15 mil inscri-tos, todos jovens, que até 15 de Setembro podem participar-nas muitas acções programa-das. E tudo sem ter que pagar, já que as actividades são de ins-crição gratuita.

Embora o programa tenha começado ontem, o arranque oficial vai ser dado amanhã, com uma visita ao estuário do rio Tejo, que pretende ensinar aos mais novos história geoló-gica, a qualidade da água e a biodiversidade do estuário. Uma acção que vai decorrer na Doca do Espanhol, em Alcân-tara, de onde os participantes vão partir a bordo de uma em-barcação tradicional, acom-panhados por biólogos, geólo-gos, outros especialistas e mui- A iniciativa contava ontem com mais de 15 mil jovens inscritos

INICIATIVA Ciência Viva oferece centenas de acções para os mais jovens

Ciência sai à rua nas férias de Verão Observar os astros ou conhecer o lobo Ibérico fazem parte do programa que termina em Setembro.

DR

CARLA MARINA MENDES cmendes@destak.pt Arranque oficial é da-

do amanhã, em Lis-boa, com uma viagem pelo estuário do Tejo

Há dias, num encontro de luso-descen-dentes em Lisboa, o

tema era, em total liber-dade, o futebol e a capaci-dade aglutinadora do fenó-meno. Descendentes de portugueses em França, no Luxemburgo, Alemanha, Suíça ouviram algumas alo-cuções, pró-bola, que terão ajudado a consubstanciar a ideia de que o grande jogo das massas é, porventura, o prodígio mais congrega-dor dos lusitanos ou proce-dentes espalhados pelas mais distintas veredas. Con-vidado para a iniciativa, situei-me no Eusébio. Claro que não esqueci Ronaldo, Mourinho, tantos outros, a quem o peso da actuali-dade, tão castigadora para o passado, mais ou menos recente, costumeiramente deixa máculas (quase) irre-versíveis. Só que Eusébio é Eusébio. Recorrentemente o digo e escrevo, a figura mais emblemática do século XX desportivo nacio-nal. Na sala, com a maior discrição, quero sublinhá-lo, uma representante do Governo. Da minha parte, ouviu das boas e das justas. Que têm feito os nossos responsáveis políticos para enobrecer Eusébio? Faze-rem umas declarações de circunstância, decantando o nosso maior jogador de todos os tempos. Deixando transparecer, numa voz teatralizada, enorme mágoa pelo seu actual estado de saúde. E o que verdadeiramente inte-ressa? Disse e redisse, por que razão a biografia de Eusébio não está, com o apoio das entidades ofi-ciais, nas escolas? Não será que o público infanto-juve-nil gostaria de conhecer a vida do Pantera Negra? Nada. Ninguém faz nada. Como biógrafo oficial do Eusébio, se me falam em crise (e não acredito que a distribuição dos seus livros provocasse aumento inusi-tado do défice), faço-o de borla. Citando José Mou-rinho, “Eusébio é um pedaço da História de Por-tugal. Que se estude nas escolas!”.

HORA BOLAS

Contra Eusébio

* COMENTADOR DESPORTIVO

JOÃO MALHEIRO

2ª Feira · 16 de Julho de 2012 · 07

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www.destak.ptDesporto

As competições euro-peias são cada vez mais

uma parte importante do orçamento dos grandes clu-bes portugueses. Uma época com poucos milhões pode sig-nificar um ano com um orça-mento mais limitado e obrigar à venda de mais jogadores. A UEFA divulgou os euros dis-tribuídos ao longo da última época e o Benfica lidera a lis-ta em Portugal, muito graças Equipa de Jorge Jesus repetiu feito de 2005/06 na Champions

COMPETIÇÕES EUROPEIAS Águias chegaram aos quartos-de-final e colheram 19,7 milhões de euros na Champions, mais 7,3 do que o FC Porto

Benfica liderou milhões da ChampionsFC Porto já voltou e Benfica regressa amanhã dos seus estágios. Leões vão hoje para Cartaya.

LUSA

JOÃO TOMÉ jtome@destak.pt

no sábado, selado com um triunfo por 1-0 sobre os fran-ceses do Évian – golo de Mai-con, de livre directo. A equipa de Vítor Pereira foi apanhada de surpresa no aeroporto Sá Carneiro, já que foi recebida por cerca de 30 adeptos que se manifestaram contra o fim da equipa de basquetebol do clube. Os portistas só voltam a jogar no sábado, com o Cel-ta de Vigo, em Viseu.

GINÁSTICA

Eurogym começou este domingo no Estádio cidade de Coimbra e deverá reunir, até ao pró-ximo dia 19, cerca de qua-tro mil praticantes. Este festival jovem de ginástica regressa a Portugal 19 anos depois da primeira passagem, com cerca de 850 portugueses presen-tes, de idades entre os 12 e os 18 anos e provenien-tes de 23 países.

LIGA

Marítimo bate Gil Vicente em Barcelos por 1-0, num jogo de prepa-ração das duas equipas para a Liga. O único golo do encontro foi apontado por Olberdam, aos 12 minutos.

INGLATERRA

Villas-Boas não quer vingança do Chelsea e diz que chega ao Totten-ham «muito melhor pre-parado e melhor treina-dor do que era». A afir-mação foi feita ao site da FIFA, e garante que quer ficar no clube vários anos.

10 SEGUNDOS

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O Benfica termina hoje o seu estágio com o jogo frente ao Lille (19h30 – SportTV) – ontem as águias defrontaram os amadores do RM Hamm, no Luxemburgo. As águias ainda esperam que Messi apa-reça no jogo solidário de quar-ta-feira, na Luz. O clube esta-rá a negociar o lateral suíço Reto Ziegler com a Juventus – a transferência poderá cus-tar 2,5 milhões de euros.

Já o Sporting, que bateu por 11-0 o At. Cacém, no sába-do, parte hoje para o estágio em Cartaya, Espanha, perto de Vila Real de Santo António, já sem Evaldo, emprestado ao Deportivo da Corunha. Entre-tanto, Carlos Barbosa, ex-vi-ce-presidente do Sporting, vol-tou a criticar Godinho Lopes por «não ter estofo de líder».

Espanhol Sánchez foi o vencedor da 14.ª etapa da Volta a França

GUILLAUME HORCAJUELO/EPA

Sérgio Paulinho esteve na frente mas acabou em 6.º

Sérgio Paulinho teve ontem um dos seus

melhores momentos na Volta a França. O portu-guês da Saxo Bank chegou a estar na frente da 14ª eta-pa do Tour, numa conta-gem de montanha de 1ª ca-tegoria, em Port de Lers. Só que o espanhol Luis Leon Sánchez (Rabobank) acabou por ser mais forte e chegar isolado à meta, na-quela que foi a sua 1ª vitó-ria este ano e a 4ª em eta-pas do Tour. O português cortou a meta na 6ª po-

VOLTA A FRANÇA

sição, a 2,51 minutos do vence-dor. O pelotão só chegou 18 mi-nutos depois, mas Brandley Wiggins (Sky) contínua líder da prova e com a camisola amarela.

Real e Barça voltam hoje à acção muito limitados

A imprensa espanho-la apelida o dia de ho-

je como o arranque da Mou Team 3.0. A 3ª época de Jo-sé Mourinho no Real Ma-drid começa hoje, com os dois primeiros treinos. Mas o português, que chegou no sábado a Madrid, tem 11 baixas. Benzema, Ronaldo,

ESPANHA

Pepe, Coentrão, Khedira, Özil, Casillas, Arbeloa, Albiol, Ra-mos e Alonso só chegam no fi-nal do mês – Marcelo volta em Agosto por jogar nas Olimpía-das. O mesmo acontece com o Barça de Tito Vilanova, que só pode contar com os jogadores internacionais dia 28 e só terá 14 atletas.

ao facto das águias terem atin-gido os quartos-de-final da Champions – foram afastados pelos campeões europeus, Chelsea (que recebeu 60 milhões de euros). O sucesso valeu 19,7 milhões de euros. O FC Porto, afastado na fase de grupos, recolheu 12,4 milhões – os portistas recebem, ainda assim, mais dinheiro pelos di-reitos televisivos.

Na Liga Europa, o Sporting foi quem mais amealhou, por chegar às meias-finais: 4,3 milhões de euros, quase o do-bro do Sp. Braga (2,2 milhões). O FC Porto nesta prova ficou-se pelos 243 mil euros.

FC Porto de volta a Portugal Os dragões regressaram on-tem a Portugal, depois de ter terminado o estágio na Suíça,

39 milhões de euros foi quando receberam as equipas lusas da UEFA

2ª Feira · 16 de Julho de 201208 ·

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CD POR FILIPA ESTRELA

Life is Good NAS Universal

Sempre controverso no seu papel de artista hip hop influente, o MC edita o 10.º CD, que chega depois de uma pausa de 4 anos. Este trabalho traz 18 temas, entre os quais o single de avanço The Don.

The Dark Knight Rises Hans Zimmer Sony

Esta é a banda sonora do filme homónimo e conta com 15 canções escritas e compostas pelo premiado músico alemão. Este trabalho inclui ainda três temas de bónus para quem comprar o CD.

Soul Sessions Vol.2 Joss Stone Farol

Nove anos depois da edição do álbum de estreia The Soul Ses-

sions, que vendeu mais de cinco milhões de unidades e a catapultou aos 16 anos para o patamar dos artistas mais famosos, Joss Stone regressa agora com a mesma fórmula. Aos 25 anos, apresenta o Soul Sessions Vol. 2, com versões magistrais de temas soul vin-tage. Descubra e aprecie esta voz única em temas como (For God’s Sake) Give More Power To The People (dos Chi-Lites), The Love We Had, The High Road (dos Dells) ou o primeiro single do disco While You’re Out Looking For Sugar (das Honey Cone).

Mais de 95 mil pessoas passaram pelos dois pri-

meiros dias de Optimus Alive 2012, que nas primeiras 48h00 teve e deu um pouco de tudo o que se esperava: a antecipada invasão de estrangeiros, o an-tecipado vento e o regresso a Portugal de gigantes da músi-ca como Stone Roses e The Cu-re, os primeiros não na melhor das formas. As antecipadas es-treias de nomes como Noah & the Whale e Mumford & Sons também corresponderam às expectativas, deixando aquele sabor, já raro, de termos assis-tido a primeiros concertos de que nos iremos lembrar. Mas houve muito mais neste início de Alive, que ontem terminou em enchente para assistir ao mais esperado de todos, os Ra-diohead (reportagem amanhã).

SEXTA-FEIRA 13 Tudo começou numa sexta-fei-ra 13 sem azares. 45 mil pessoas foram ver um cartaz de peso lançado com o rock de Danko Jones, a tocar para muito pou-co público, seguido pelo punk dos Refused. Um dos momen-tos mais esperados chegou com

OPTIMUS ALIVE 95 mil estiveram presentes nos primeiros dias do festival de Algés

Dois dias de estreias e regressosMumford & Sons deixaram sabor de estreia inesquecível em dia de três horas de música de Cure.

PATRÍCIA NAVES com Filipa Estrela

Snow Patrol a darem, como sempre, um espectáculo emo-cionante . Um Gary Lightbo-dy comunicativo tentou puxar por um público que não respon-deu com o entusiasmo que só êxitos como Run ou Chasing Cars conseguiram. Quem tam-bém não conseguiu grande res-posta foram os Stone Roses. Nem o início com I Wanna Be Adored, que tantos sempre qui-seram ver ao vivo, nem o desfi-

Keane abrem o eventoO Verão de Cascais está ainda mais rico

este ano. A partir de hoje e até dia 29, há 10 concertos a não perder no Hipódro-mo Manuel Possolo. Logo a abrir da melhor maneira, o Cascais Music Festival recebe os britânicos Kea-ne, que apresentam o mais recente trabalho. Intitula-do Strangeland. O quarto álbum de originais de Tim Rice-Oxley, Tom Chaplin, Richard Hughes e Jesse Quin promete ser o mote perfeito para a festa.

CASCAIS MUSIC FESTIVAL

– – Local Hipódromo Manuel Possolo, em Cascais Horário 16 Julho, às 21h (portas abrem às 20h) Preço 30 euros

le de temas marcantes de tan-tas juventudes impediram uma sensação de falta de energia por parte da banda e vocalista, fal-ta de feeling e entrosamento.

Os Justice terminaram com entusiasmo a noite no Palco Op-timus enquanto no Heineken fazia-se a festa dos resistentes que ainda saltavam pelas 3h00 da manhã, acompanhados por uns brilhantes Death in Vegas. Foi neste palco que, na primei-

ra noite, os concertos foram mais concorridos e de onde saí-ram os ‘vencedores’: DiV, Bu-raka Som Sistema em alta e com direito a invasão de palco e LMFAO com histeria colecti-va sobretudo das gerações mais novas em temas como Party RockAnthem. SÁBADO, AO PÔR DO SOL Sábado não houve claros ven-cedores. Com um cartaz mais

coeso do que o da véspera e o recinto mais cheio (50 mil) e desde mais cedo, foi um daque-les dias de festivais em que a música flui em vários concer-tos, e todos queremos esprei-tar, de todos queríamos ver mais.

A sequência Noah & The Whale (P. Principal) /Antlers (P. Heineken)/ Mumford & Sons (de novo, P.Optimus) pro-tagonizaram um dos mais bo-

nitos fins de tarde de que nos lembramos, com destaque pa-ra a estreia dos Mumford. Se antes, os também britânicos Noah & The Whale deram um belíssimo concerto que merece repetição em sala fechada, a es-treia dos Mumford foi tudo o que se esperava: o público ade-riu como ainda não tínhamos visto no palco principal, sabia as letras, a banda reagiu com entrega e alegria, uma espécie de Arcade Fire europeus, tan-tos em palco, todos tão virtuo-sos e empenhados. O resultado são temas folk orgânicos e en-tre o festivo e nostálgico, letras lindíssimas, um concerto que terminou em festa com The Ca-ve, e que ânsiamos ver de novo (juraram que seria em breve).

Seguiram-se Morcheeba com a difícil tarefa de preencher o lugar dos Florence+The Ma-chine. Tentaram compensar com um concerto só de hits e uma versão de You’ve Got the Love, mas poucos assistiram.

Os Cure cumpriram a pro-messa de tocar três horas, com Robert Smith empenhado e vo-calmente surpreendente. Um desfile de músicas únicas e em casos brilhantes, num concer-to que só perdeu um pouco por uma visibilidade difícil e, por vezes, um alheamento do públi-co. Mas não na frente, onde hou-ve quem vibrasse as três horas.

No Heineken, o destaque foi para Tricky, concerto lotado com duas invasões de palco e saudades de um dos mais ori-ginais músicos dos anos 90.

DR

Os Keane apresentam hoje em Cascais o seu disco mais recente

MUMFORD

TRICKY

THE CURE

STONE ROSES SNOW PATROL

LAURA HAANPÄÄ LAURA HAANPÄÄ

DR

LAURA HAANPÄÄ LAURA HAANPÄÄLAURA HAANPÄÄ

2ª Feira · 16 de Julho de 2012 · 09

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www.destak.ptFama & TV

morto há três ou quatro dias, na altura em foi descoberto.

Os relatos sobre a sua vida recente são díspares. Alguns dizem que Sage vivia como um ermita, passava dias no quar-to, sem higiene e dependente de comprimidos. Um amigo garante que Sage nunca apre-sentou sinais de ser viciado em drogas e, apesar de fumar, não costumava beber álcool. Geor-ge Braunstein, advogado e amigo, afirma que Sage vivia para o cinema, e era «uma en-ciclopédia ambulante».

Sage, fruto do primeiro ca-samento de Stallone com Sasha Czac, e o seu filho mais velho, estreou-se no cinema ao lado do pai, em 1990, no filme Rocky V, mas não seguiu a ca-rreira de actor, preferindo o trabalho nos bastidores.

Ser filho de uma super-estrela do cinema pode

ser muito difícil. Sage Stallo-ne sofreu com essa pressão e sexta-feira, 13, foi encontrado morto por uma empregada na sua casa de Los Angeles. Com 36 anos, o guionista, produtor e realizador de cinema terá si-do vítima do excesso de com-primidos, de acordo com a po-lícia local. O site TMZ diz ain-da que Sage poderia estar

TRAGÉDIA Filho de Sylvester Stallone morreu em casa e pode ter levado três dias a ser encontrado

A estranha morte de SageAos 36 anos foi encontrado morto em casa. A polícia fala em exesso de comprimidos.

JOÃO TOMÉ jtome@destak.pt

MÚSICO

Cliff Richard promove vinhos seus em Lisboa A estrela rock internacional Cliff Richard regressa no dia 18 de Julho a Lisboa para apre-sentar os vinhos Onda Nova e Vida Nova, produzidos na sua propriedade no Algarve. A prova de vinhos realiza-se às 18h30, na Garrafeira Nacional. O projecto de produzir vinhos em Portugal nasceu há mais de 40 anos, tantos quantos Cliff se apaixonou pelo Algarve.

ESTILISTA

Vera Wang termina casamento de 23 anos A estilista Vera Wang, famosa pelos seus vestidos de noiva, anunciou o fim do casamento

com Arthur Becker após 23 anos de união. Becker, apesar de ser corrector da bolsa e administrador de uma empresa de tecnolo-gia, esteve sempre ligado ao negócio da mulher. O divórcio não afectará os negócios em conjunto.

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Liliana Santos faz campanha de Verão Estão no ar os dois novos spots televisivos da cam-panha Sunlover para este Verão. A protagonista dos mesmos é a actriz e modelo Liliana Santos, que é também a cara da cam-panha outdoor e de press desta segunda fase de aposta em comunicação.

NAS

ESTRELAS‘MasterChef USA’ em Agosto

A 9 de Agosto a SIC Mulher estreia o concurso ‘MasterChef

USA’, tendo o chef Gordon Ramsay como estrela.

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Sage participou ao lado do pai em Rocky V, mas não seguiu a carreira

DR

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