HOUSTON AEROSPACE

SYSTEM S 1 6 ( 1 1 E L

C A M IN O R E A L

H O U S T O N . T E X A S

7 7 0 5 8 T E L E P H O N E , ( Á R E A

C O D E 7 1 3 ) 4 8 4 - 0 0 8 0 L O T K H E E D E L E C T R O N I C S C O M P A N Y

12 June 1970

Dr. Nelson Travnik Observatório Flammarion Matias Barbosa Minas, Brasil

Dear Dr. Travnik:

We wish to express our sincere appreciation for the excellent set of observation reports which you sent to us through the Smithsonian Center. Your reports are clear, contain the details necessary for useful application, and, with the accompanying photographs, are exceptional.

It may interest you to know that on 13 April 1970, during the time interval 22.06 - 22.11, Mr. David Cutts at Waverton, England also reported Piton bright.

It is not very often that we note a correlation between routine reports. This one indicates to me the accuracy and rei i abi l ity of "negative" reports.

Thank you again for your excellent contribution to our program.

Sincerely,

Louis E. Schneider LION Coordinator LES:rew

D I V I S I O N O F L O C K H E E D A l R C R A F T C O R P O R A T I O N

TRANSIENT LUNAR PHENOMENA

NEG ATIVE REPO RT FO RM

OBSERVER'S NAME N E L S O N TR A V N IK - SERGIO VIANA

NAME OF OBSERVATORY OBSERVATORIO FLAMMARION

LO C A TIO N O F O B S E R V A TO R Y MATIAS BARBOSA - MINAS - BRASIL

LAT. AN D LO N G . O F

2 1 º5 1 '5 4'' S - + 02h 53m 18,3 W

IN S TR U M E N T U S E D REFRATOR 100 mm F/15

TYP E O F O B S E R V A TIO N VISUAL AND PHOTOGRAPHIC

D A TE /T IM E O F O B S E R V A T IO N (U T )

13 April 70 - Time: SEE BELOW

R E M A R K S :

W h o le o f o b se rv e i re p io n s : 6

P i t o n - G a l l i c u s - A I p h o n s u s - E u d o x u s - A r i s t i l l u s - H y g i n u s

T im e em p loyed in the observations: 01h 05m ts

W eather : 60% of clouds

NO TLP'S SEEN:

A K o d a k w r a t t e n 2 5 r e d f i l t e r w a s u s e d .

M a g n if ic a t io n : 2 5 0 x

N u m b er o f tak en p h o to s : 3

N ° l - 22 .06 (U T ) N ° 2 - 22.05 N ° 3 - 22 .11’30’’

F ilm K o d a k T r i X P a n – 4 0 0 A sa – 3 5 m m

TRANSIENT LUNAR PHENOMENA

EVENT REPORT FORM

DATE OF EVENT (UT) 1 4 - A p r i l - 1 9 7 0

TIME EVENT FIRST OBSERVED (UT) 0 0 . 4 5 Ü T

TIME EVENT LAST OBSERVED (UT) 0 1 . 3 0 U T ( d u r i n g t h e e n t i r e o b s . )

NAME OF EVENT ÁREA PTOLEM AEUS

SELENOGRAPHIC LATITUDE 9º S

SELENOGRAPHIC LONGITUDE 3° W

SHORT DESCRIPTION OF EVENT GLIMMERING MIST

OBSERVER'S NAME NELSON TRAVNIK AND SÉRGIO VIANA

NAME OF OBSERVATORY OBSERVATÓRIO FLAMMARION

LATITUDE OF OBSERVATORY 21° 51’ 54’’ S

LONGITUDE OF OBSERVATORY +02h 53m 18,3 W

TYPE OF OBSERVATION (VISUAL, SPECTRAL, PHOTOELECTRIC, MOON-BLINK , OTHER)

V I S U A L

SI ZÉ 4’’ FOCAL LENGTH 1526

REFLECTOR FOCAL RATIO

INSTRUMENT USED FOR

OBSERVING THIS TLP

REFRACTOR X MAGNIFICATION 250X 400X

LONGER DESCRIPTION OF EVENT

A k i n d o f g l i m m e r i n g m i s t l i f t e d a n d w a f t e d i n s i d e t h e s h a d y

h o llo w o f P to lem aeu s, O b se rv in g co n d itio n s v e ry g o o d . F ilte r K o d sck

w ra tten 1 5 an d 2 3 w ere u sed . A p o ssib le T L P .

REMARKS -

O b s e rv e d b y tw o o b s e rv e rs .

TRANSIENT LUNAR

PHENOMENA EVENT REPORT

FORM DATE OF EVENT (UT) 15 • - A pril - 1970

TIME EVENT FIRST OBSERVED (UT)

2 2 .0 0 h s

TIME EVENT LAST OBSERVED (UT) 23 .00 hs (during the entire obs.)

NAME OF EVENT ÁREA CRATER TYCHO W BORDER

SELENOGRAPHIC LATITUDE 43° S

SELENOGRAPHIC LONGITUDE 11° W

SHORT DESCRIPTION OF EVENT WHITE GLOW

OBSERVER'S NAME NELSON TRAVNIK

NAME OF OBSERVATORY OBSERVATÓRIO FLAMMARION

LATITUDE OF OBSERVATORY 21° 51’ 54’’ S

LONGITUDE OF OBERVATORY +02h 53m 18.3 W

TYPE OF OBSERVATION (VISUAL, SPECTRAL, PHOTOELECTRIC, MOON-BLINK , OTHER)

V I S U A L

SIZE 4’’ FOCAL LENGTH

1526

REFLECTOR

FOCAL RATIO F/15

INSTRUMENT USED

FOR OBSERVING THIS

TLP REFLECTOR

X MAGNIFICATION

250x 400x

LONGER DESCRIPTION OF EVENT

A s l ig h t ly p u la a t in g w h i te g lo w w a s s e e n u p o n th e W w a l l 's e x te rn a l

s lo p e o f T y c h o . A p o ss ifc le T L P . S e e in g e x c e l le n t .

REMARKS

F ilte r K o d ack w ra tten 1 5 an d 23 used.

D O I S R E G I S T R O S S I N G U L A R E S N A L U A

Nelson Travnik

HISTÓRICO

Para as missões Apollo que culminaram com a descida dó primeiro homem na Lua em 20 de julho de 1969.ocorreu previamente uma convocação mundial para observações dos chamados 'Fenômenos Trans i tó r ios Lunares',conhecidos pela sigla TI.P's. Nada mais natural esta preocupação da NASA face a observação de certos fenômenos que há séculos vinham sendo relatados por renomados astrônomos e que não encontravam uma explicação satisfatória. O 'Chronological Catalog ofReportedEvents ',NASA TR R 277, enumera 579 constatações feitas a partir de 1540,antes mesmo da invenção da luneta creditada a Hans Lippershey.Cada país participante contou com uma coordenação escolhida por especialistas da NASA e do Smithsonian Observatory. A instituição no Brasil escolhida pela Dra, Bárbara M. Míddlehursl da Universidade do Arizona o Observatório Nacional do Rio de Janeiro. A Dra. Middlehursl esteve no Rio de Janeiro e entregou a coordenação do programa L1ON ~ Lunar International Observers Network -ao renomado astrônomo Dr. Ronaldo R. de Freitas Mourão que além de colegas profissionais convocou seis dos mais experientes astrônomos amadores para inicio do programa. A própria NASA através de sucessivas publicações orientava também nas técnicas de observação de TLP 's. Apenas seis no inicio,ao final das missões Apollo já eram mais de vinte os observadores nacionais. Posteriormente,a pedido do Dr. Ronaldo R.F.Mourão,eu e meu colega Sérgio Viana no então Observatório Astronômico Flammarion de Matias Barbosa, MG, selecionamos as três observações mais importantes feitas em território nacional. Este trabalho foi publicado pelo Observatório Astronômico da Paraíba, Universidade do Sertão Convênio F PI, INDEP, em 1972. e enviado a todos participantes e instituições astronômicas do pais e algumas do exterior. Ao lado da mobilização mundial nas observações do cometa Halley em 1985 '86 o programa LIO N foi sem dúvida alguma um dos que mais suscitou interesse c número de participantes. Muito embora,após as missões Apollo as observações de TLP's tenha diminuído sensivelmente,ainda hoje o tema é abordado em vários paises. Acredito válido o patrulhamento sistemático de certas regiões lunares pois ele pode proporcionar possibilidades de registrar ocorrência de modificações de aspectos importantes à superfície de um mundo considerado estático por alguns mesmo após o espectrograma de uniu exalação gasosa obtido por Kozyrev em Alphonsus. O relato a seguir corrobora esta assertiva. Vivenciamos n era de procurar decifrar buracos negros. quasares.nascimento de estrelas e procurar planetas extrasolares e, por ironia, ainda não conseguimos explicar a verdadeira cansa de certos de nome nos que ocorrem mesmo, ali pertinho, na ponta do nariz, na Lua!

TLP EM PITON ?

No dia 13 de abril de l(J7Ü,por ocasião da missão Apollo 1 3, através de observações

com filtros e em quatro chapas fotográficas, registrávamos um brilho incomum na formação Piton.uma montanha isolada no Maré Imbrium a aprox. 41° N e 01° W. Ela foi enviada a NASA como relato negativo de TLP e posteriormente tal fato foi confirmado por outros observadores. Novamente quando observava a Lua no último dia 17 de junho,chamou-me a atenção o intenso brilho que provinha dessa formação, levando a crer que na mesma encontra-se grande quantidade de material luminescente. Na mesma ocasião não muno longe dali, ao norte do Vale Alpino, a aprox. 50° N e 02° E ,uma mancha esbranquiçada apresentava um aspecto singular, indefinido como se fosse uma nuvem circular. fugindo ao que estamos habituados a ver na superfície lunar. Tudo isto foi registrado em oito negativos com aumentos diferentes e emprego de filtros seletivos, para não deixar dúvidas sobre o que estava sendo visto a olho nu. Para melhor avaliação e julgamento dos interessados no assunto, segue-se os detalhes técnicos das observações em Píton.

13 ,ahríl, 1970 Instrumento : Refrator objetiva Clave, 100mm , f= 1500mm Local : Observatório Astronômico Flammarion, Matias Barbosa, MG

Lat. 21°51'54"S- Long. 43° 19'35’'W Hora :22h06 a 22h08 TU Observação : visual e fotográfica Colongitude selenográfica do Sol : 349.5 Qualidade do céu (Seeing) : G (good) Filme : Kodak Tri X Pan 400 ASA Anotação : Piton muito brilhante

17,junho,2002

Instrumento : Refrator 'Stsinheil'. objetiva 175mm ,f= 2620m,m Local : Observatório Astronômico de Piracicaba, SP

Lat. 22° 42 ' 30" S - Long. 47° 38 ' OO.8 " W Hora : 23hl5 ás 23h30 TU

Observação : visual e fFotográfica Colongitude selenográfica do Sol : 348.6 Qualidade do céu (Seeing) : G (Good) Filme : Kodak T Max 100 Anotação : Píton muito brilhante

Reparo final : Mantenho o mesmo critério de avaliação feito em 1970 mas chamo a atenção para o que ocorre em Píton quando os raios solares começam a atingir o cume desta formação. O conhecido selenógrafo, Prof Rubens de Azevedo,em seu livro 'Lua,Degrau para o Infinito!’ Edart,Livraria Editora,SP, 1962, também recomenda a observação de Píton.

Observatório Astronômico de Piracicaba,SP Junho,2002

[Imagem enviada em relatório para a Suíça]

F ig . 21 .- N elson T ravnik . O bserva tó rio de P irac icaba (S ão P au lo , B rasil). Fotografia de Ia L una en la que se senala la

inusual lum inosidad de dos m on tes a i re fle ja r la luz so la r. E l superio r es P iton . R efrac to r d e 1 7 5 m m , f /1 5 . P e líc u la

K o d a k T M a x 1 0 0 . 1 7 ju n io 2 0 0 2 .

[ Im a ge m e n v ia d a e m re p o rte à E sp a n h a ]

Zunehmender Mond

Das Bild zeigt den zunehmenden Mond, aufgenoinmen mit einem Steinheil - München - Refraktor 175/2620 mm. Datum: IV.Juni 2002. Der hellste Punkt beim Terminator ist der Mondberg Piton. Nelson TRAVNIK

Auch auí südamerikanischem Boden stehen Carl Zeiss - Planetarien. Das Bild hier zeigt die Aufnahme eines solchen Planetariums. Es befíndet sich in der Stadt Fortaleza in Brasilien. Nelson TRAVNIK sei für die Bereitstellung dieses Fotos herzlich gedankt!

Sternenrundschau 1/03 - Seite 7 - Sternenrundschau 1/03

[Publicação na Áustria)

30 ANOS DO PRIMEIRO POUSO TRIPULADO NA LUA E A CONTRIBUIÇÃO BRASILEIRA NO PROJETO

APOLLO

HISTÓRICO

No momento em que está sendo comemorado os 30 anos da conquista lunar,achei oportuno recordar principalmente, a atual geração, o trabalho exaustivo que empreendemos naqueles tempos.

Tudo começou em 1968 com a visita da Dra. Barbara M. Middlehurst da Universidade do Arizona,credenciada pela Smithso-nian Institution, ao Observatório Nacional do Rio de Janeiro,RJ.

Sua missão ao Brasil era solicitar a colaboração do nosso país no Projeto Apollo destinado a colocar o primeiro ser humano na superfície da Lua. Essa contribuição referia-se a observação de Fenômenos Transitórios Lunares (TLPs). Era imperioso a realização desse programa devido a observação de alguns fenômenos que acon-teciam na superfície lunar e que não se achavam devidamente expli-cados. De f ato,uma consulta ao 'Cronological Catalog of Reported Lunar Events',NASA TR R- 277Julho 1968,o qual enumera de novembro de 1540 a outubro de 1967 nada menos que 579_relatos,corroborava a preocupação da NASA no envio de uma missão tripulada a Lua. Para isso foi criada a rede LION - Lunar International Ob-servers Nehvork. Para coordenar o Programa LION no Brasil, a Dra. Barbara M. Middlehurst nomeou o então Astrônomo-Chefe do Observatório Nacional do Rio de Janeiro, Dr. Ronaldo Rogério de Freitas Mourão,que por sua vez,conhecedor dos observadores mais ativos no país,convidou cinco para integrar numa primeira etapa uma equipe destinada a orientar e designar os mais experimentados observadores. Esta equipe inicial foi composta dos seguintes observadores = Rubens de Azevedo,Jean Nicolini,José M.Luiz da Silva,Nelson Trav-nik e Cláudio Pamplona. Gradativamente outros elementos viram-se incorporados e já eram 23 observadores até a Missão A poli o 13 .

Muitas observações importantes bem como algumas que careciam de melhores conhecimentos e julgamento por parte de alguns observadores foram realizadas.

Diante do volume de relatos, o Dr. Ronaldo R.F.Mou-rão, nos passou então a difícil tarefa de selecionar as observações, mais importantes realizadas em território nacional.

E justamente este ano que comemoramos a grata efe-méride, que julguei válido relembrar aqueles tempos para mostrar o quanto é importante a união de esforços num mesmo objetivo.

Uma lembrança saudosa aos colegas Jean Nicolini e Sérgio Vianna, que em matéria não se encontram presentes entre nós,mas que,seguramente nesses 30 anos da conquista lunar, compar-

r

tilham em espírito com todos nós daquela época especial. E a eles que dedico a divulgação desse material, publicado em 1972 pelo Observatório Astronômico da Paraíba, João Pessoa. Universidade do Sertão, Convênio FPI.INDE P.

Campinas, 20 de julho de 1999

Nelson Travnik*

* Observatório Astronômico de Piracicaba, SP

* Observatório Municipal de Americana, SP

trav n ik @ u o l.co m .b r T ele f . 0 1 9 -2 4 2 0 7 8 6

T e l e f . 0 1 9 - 4 6 0 7 0 2 6 R . . O b s e r v a t ó r i o

OBSERVAÇÕES DE TLPs NO BRASIL

Nelson Travnik Observatório Flammarion Matias Barbosa - MG

I n t r o d u ç ã o

M u i t a s f o r a m a s e s t a ç õ e s a s t r o n ô m i c a s b r a s i l e i r a s q u e , p o r s o l i c i t a r ã o d a S M IT H S O N IA N IN S T IT U T IO N , p a tru lh a ram a L u a d u ran te a s m issõ es trip u lad as do P rogram a A P O L L O . O C oordenador do P rogram a L IO U (L unar In ternational O be rv e r s N e tw o rk ) fo i o D r . R o n a ld o R o g é r io d e F re i ta s M o u rã o , A s t rô n o m o -C h e fe do O bservató rio N acional. P ara fazer um a sín tese das observações realizadas no B rasil, o D r. M ourão esco lheu o astrônom o N elson T ravn ik , d ire to r do O bservató rio F lam m arion , de M inas G erais; e is o s term os desse ped ido :

‘’O bservató rio N acional R . G eneral B ruce, 586 , R io de Janeiro – G B – Z C – 08 B R A S IL

R io de Janeiro , 18 de novem bro de 1917 I lm o . S e r . N e ls o n T ra v n ik D . D ire to r d o O b s e rv a tó r io F la m m a r io n M a t i a s B a r b o s a - M in a s

P rezad o S en h o r: P o r in te rm éd io d esta , n a q u a lid ad e d e C o o rd en ad o r d e

P ro g ra m a L IO N n o B ra s il, v e n h o so lic ita r a o c o le g a a e la b o ra ç ã o d e u m r e la tó r io s o b re a s o b s e rv a ç õ e s d o s f e n ô m e n o s t r a n s ie n te s lu n a re s r e a -l iz a d o s p o r a s t rô n o m o s p ro f is s io n a is e a f ic io n a d o s n a c io n a is d u ra n te a s m is sõ e s d a s é r ie A p o llo .

C e r to d o s e u in te r e s s e e n o c r i té r io m e t ic u lo s o n e s ta s e le ç ã o , f ic o - lh e d e s d e já a n te c ip a d a m e n te g r a to .

R o n a ld o R o g é r io d o F re i ta s M o u rã o Ast.rônomo-Chefe.

N e l s o n T r a v n ik r e a l i z o u u m t r a b a lh o d o r e a l v a l e r e c o n c e d e u a o " D o c u m e n to " d o O b s e rv a tó r io A s tro n ô m ic o d a P a ra íb a " a p u b l ic a ç ã o d o s e u re la tó r io – q u e fa z e m o s c o m m u ito o rg u lh o e s a t is fa ç ã o .

. . . . . . . . . . . . . . . . . . . .

D as o b se rv açõ es su p ra -re lac io n ad as, se lec io n am o s a s se g u in te s , q u e sã o , a n o sso v e r ,m a is consp ícuas, incom uns e possuem an teceden tes c o m p ro v a d o s p o r o u t ro s o b s e rv a d o re s :

E v e n t o n . 1

R e g iã o : c r a te ra P e ir c e e c i r c u n v iz in h a n ç a s H ora da observação: das 22h04m às 23h00m T U O b se rv a d o re s : C lá u d io P a m p lo n a e Ja c k so n B a b o sa O b se rv a tó rio : H e rsc h e ll/E in s te in - F o rta le z a -C E . T ipo do evento: obscurecim ento . R e la to : A c r a te r a P e i r c e m u i to o b s c u r e c id a d o q u e e m o u t r a s o p o r tu n id a d e s ( s ic ) , d u r a n t e 5 6 m i n u t o s , n o M a r é C r i s i u m . Á r e a ( s i c - i . í , a r r e d o r e s ) e c r a t e r a . N ã o f o i p o s s ív e l v e r o m u r o d a c r a te r a - q u e s e a p r e s e n ta v a c o m o u m p o n to n e g r o . C o m e n tá r io : O re la to d o s o b se rv a d o re s é c la ro , c o n c iso , E n ã o d e ix a d ú v id a s

q u a n t o à e f e t i v i d a d e d o e v e n t o . P o r s u a n a t u r e z a i n s ó l i t a e , a t é a g o r a , t a n t o q u a n to sa b e m o s , in e x p lic a d a , a lh e ia a o s já tã o c o m u n s fe n ô m e n o s d e lu m in e sc ê n c ia , se le c io n a m o s o e v e n t o c o m o d i g n o d a m a i o r a t e n ç ã o . V a l e r e s s a l t a r , a i n d a , t e r s id o e s s e o ú n ic o c a d o d e o b s c u r e c im e n to c o n s ig n a d o p o r o b s e r v a d o r n a c io n a l n o t r a n s c u r s o d o p r o g r a m a L I O N . A n te c e d e n te s : a ) 1 2 .5 .1 9 2 7 - O b s e rv a d o r :H .P .W il lc in s - l lc ta d o c o m p le to o b s c u re c i-

m e n tc -d a c ra te ra P c ir c e A (G ra h a m ) ; b ) 2 3 . 1 2 . 9 2 7 - H . P . H i l k i n s - A c r a t e r a P e i r c e t o r n o u - s e i n v i s í v e l .

E x t r a íd o s d o " C h r o n o lo g ic a l C a ta lo g o f R e p o r te d L u n a r E v e n ts " , N A S A T R R - 2 7 7 - Ju ly 1 9 6 8 , b y B a rb a ra M . M id d le h u rs t , J a y le e W . B u r l e y , P a t r i c k K o o r o a n d E a r b a r a L . W e l t h e r .

c ) O u t r o s s im , s e g u n d o N e is o n , ( T h e M o o n , l3 7 6 ) , P e i r c e p a r e c e f i c a r o b s c u r e c id a t e m p o r a r ia m e n te e , p o r ta n to , o a u to r c i t a d o r e c o m e n d a c o m p a rá - la c u id a d o s a m e n te c o m a s c r a te ra s v iz in h a s . F o n te : " C a ta lo g u e d e Q u e lq u e s O b je ts R e m a rq u a b le s d e I a S u r f a c e L u n a i r e " - S o c í e t é A s t r o n o m i q u e d e F r a n c e .

Evento n. 2

R e g iã o : C e n so rin u s e c irc u n v iz in h a n ç a s H ora da O bservação : de 22h l0m às 22h40m T U O b se rv a d o r : J e a n N ic o lin i O b s e r v a tó r io : C a p r ic ó r n io - S . P a u lo , C a p i ta l . T ip o d o e v e n to : a v e rm e lh a m e n to ,

R e la to : A la c u n a s o b r e a r e g iã o b r i lh a n te p a r e c ia e s ta r in c o lo r , a o p r im e i r o o lh a r e , e n tã o , to r n o u - s e r o s a p á l id o à s 2 2 h 1 0 m T U e , m a is t a r d e , c la r a m e n te a v e r m e lh a d a . A á r e a a f e ta v a n ã o s o m e n te a f a ld a o c id e n ta l e x te r n a d e C e n s o r in u s , m a s t a m b é m u m a p a r te c o n s id e r á v e l d a s a d ja c ê n c ia s d e s ta p e q u e n a c r a te r a m u i to b r i lh a n te .

_ C o m e n tá r io : O ju d ic io so re la to d o o b se rv a d o r , p o r s in a l d o s m a is e x p e r ie n te s e so b e ja m e n te c o n h e c id o , im p lic a n a o c o rrê n c ia p o s it iv a d o e v e n to . Antecedentes: a) 26.4.1964 - Observador: J. Hopmann (Obs. Da Universidade de

Viena); brilhamento na região de Censorinus, algo similar ao referido por Kopal

e Rackham em 1.11.1963.

b) 1.11.1563 - (para efeito de comparação com o evento acima):

Observadores: Kopal e Rackham. - Realce de vasta área perto de Kepler ("Chronological Catalog of Reported Events" - NASA - 1968).

Observado em luz vermelha.

Nota: Conforme a Informação Interna n. 27 do Observatório Nacional, à página 3, Kopal e Rackham, ao fotografarem a região de Kepler, descobriram ex-

cesso de radiação em vermelho, efeito este atribuído à luminescência. A ocor-

rência, pois, de evento similar em Censorinus, observado inicialmente por

Hopmann e, posteriormente por Nicolini, coloca-o em evidencia, restando somente

incitar os observadores para que se detenham mais amiúde nessa região, a fim de

que se obtenham melhores informações e dados que permitam uma interpretação

satisfatória para o fenômeno. E v e n t o n . 3

R e g iã o : P to le m a e u s H o ra d a o b se rv a ç ã o : d a s 0 0 h 4 5 à s 0 lh 3 0 m T U O b s e r v a d o r e s : N e ls o n T r a v n ik e S é r g io V ia n a O b s e r v a tó r io : F la m m a r io n - M a t ia s B a r b o s a - M in a s G e r a i s T ip o d o e v e n to : b r u m a lu m in e s c e n te ( e x a la ç ã o g a s o s a ) .

R e l a t o : l ) S u m á r i o : u m a e s p é c i e d e b r u m a l u m i n e s c e n t e e r g u e u - s e e p a i r o u d e n t r o d a c a v id a d e s o m b r ia d o P to le m a e u s . C o n d iç õ e s a tm o s f é r ic a s e x c e le n te s . F i l t r o s W r a t t e n d a K o d a k 1 5 e 2 3 u s a d o s n a o c a s i ã o ;

2 ) C o m p le to : U m a e sp é c ie d e b ru m a lu m in e sc e n te p o u c o a p o u c o e rg u e u -s e e p a i r o u , f o r m a n d o p o r f i m c o m o q u e d u a s n u v e n s s e m i - c i r c u l a r e s - p r i m e i r o a o N o r te e d e p o is a o S u l - d e n tro d a c a v id a d e s o m b r ia d e P to le m a e u s , q u a n d o a m e s m a s e a c h a v a p r e c i s a m e n te s o b r e o t e r m in a d o r . C o m e n tá r io : F e n ô m e n o c o n f irm a d o p o r d o is o b se rv a d o re s . L e v a n d o -se e m c o n ta q u e t a l f a t o o c o r r e u e m c i r c o c o n t í g u o a A l p h o n s u s ( j á c o m p r o v a d o p o r K o z i r e v c o m o f o n te d e e m a n a ç õ e s g a s o s a s ) , p a r e c e n ã o h a v e r d ú v id a q u a n to a s u a r e a l i d a d e . A n t e c e d e n t e s : a ) 2 6 .1 0 .1 9 3 7 - O b s e r v a d o r : D . A l t e r - S o a l h o s l e i t o s o s ( p r o v á v e l

b ru m a o u n e b l in a ) e m A lp h o n s u s , H e r s c h e l l e P to le m a e u s . ( " C h ro n o lo g ic a l C a ta lo g o f R e p o r te d L u n a r E v e n ts " - N A S A T R R -2 7 7 - J u ly ,9 6 3 ) .

N o ta : O a u to r , D isn m o re A lte r , é , a l iá s , a e x e m p lo d e K o p a l e R a c k h a m , c ita d o n a In fo rm a ç ã o In te rn a n .2 7 ( O .N .) , p a g . 3 , p o r t e r s i d o o p r i m e i r o a v e r i f i c a r a e x i s t ê n c i a d e e m a n a ç õ e s g a so sa s e m A lp h o n su s .

b ) p o r o u tro la d o , S a u n d e r s e x o r ta o s o b s e rv a d o re s lu n a re s a s i tu a r t o d a s a s c r a t e r a s v i s í v e i s d a a r e n a d e P t o l e m a e u s e , e m s e g u i d a i n d i c a r s u a o r d e m d e v i s i b i l i d a d e ( “ C a t a l o g u e d e Q u e l q u e s O b j e t s R e m a r q u a b l e s d e l a S u r f a c e L u n a i r e ’ ’ , S .A .F .; o ra , d o ex p o sto p o d e-se d ep reen d er q u e , p resu m iv e lm en te , u m a ex a lação g aso sa d o g ~ en ero b ru m a o u n eb lin a , v e la o u o b scu rece , p o r v ezes, a lg u m as p eq u en as c ra te ras d o rec in to d e P to lem aeu s.

REPAROS FINAIS:

1 . ) I m p o r t a l e m b r a r q u e o s t r ê s a c i d e n t e s s e l e n o g r á f i c o s c u j o s e v e n t o s foram aqui salientados, figuraM , na LISTA D E FO R M A Ç Õ ES LU N A R ES SU JEITA S A TLPs elaborada pela ‘’Lunar Section’’ da B r i t i s h A s t r o n o m i c a l A s s o c i a t i o n .

2 . ) T o d o s o s c a s o s d e q u e t r a t a m o s f o r a m c o l h i d o s n o s f a s c í c u l o s d e r e l a t o s d e T L P s r e g i s t r a d o s p e l a R e d e I n t e r n a c i o n a l d e O b s e r v a d o r e s L u n a re s (L IO N ), p u b licad o s p e la S M IT H S O N IA N IN S T IT U T IO N , q u an d o d as m i s s õ e s A P O L L O 8 , 9 , 1 0 , 1 1 , 1 2 e 1 3 . ; " A p o l l o 8 M i s s i o n R e p o r t " N A S A S P - 2 3 1 e " A p o l lo 1 1 M is s io n R e p o r t " , N A S A S P - 2 3 8 .

O b s e r v a t ó r i o A s t r o n ô m i c o F l a m m a r i o n , 1 8 d o m e i o d o 1 9 7 1 . N e l s o n T r a v n i k - D i r e t o r S é r g i o V i a n a - D i r e t o r d a S e ç ã o L u n a r .

NOTA : D a m o s , a s e g u i r , a l i s t a d e e n d e r e ç o s d a s i n s t i t u i ç õ e s m e n c i o n a d a s n O p r e s e n t e R e l a t ó r i o : l . O b s e r v a t ó r i o N a c i o n a l - R . G e n e r a l B r u c e , 5 8 6 , R i o , G B , Z G - 0 8 2 . O b s e r v a t ó r i o d o C a p r i c ó r n i o - C a i x a P o s t a l 9 0 1 1 , S . P a u l o , S P 3 . O b s e r v a t ó r i o d o S a g i t á r i o - R a i m u n d o N o n a t o d a S i l v a ( f a l e c i d o )

A / C d a C o m i s s ã o d e O b r a s d o B a i x o P a r n a í b a - P a r n a í b a , P I 4 . O b s e rv a tó r io F la m m a r io n - M a tia s B a rb o s a , M in a s G e ra is 5 . O b s e r v a t ó r i o d a P a r a í b a - C x . F o s t a l 1 5 1 » J o ã o P e s s o a , P B 6 . O b s . K e r s c h e l l / E i n s t e i n , R . G a l . J o a q u i m d e A n d r a d e , 6 8 , F o r t a l e z a , C E 7 . O b s e r v a t ó r i o T a u r u s - R . A l f r e d o P u j o l , 5 1 2 , a p . 4 , S a n t a n a , S . P a u l o , S P .

VISITANTES ILUSTRES

V i s i t a r a m o O b s e r v a t ó r i o A s t r o n ô m i c o d a P a r a í b a o s D r s . K . R A M A N U J A R A O e T . V . R A M A N A R A O , a s t r o f í s i c o s in d ia n o s a tu a lm e n te c o la b o r a n d o n o IN P E ( i n s t i t u t o d e P e s q u i s a s E s p a c i a i s ) , a n t i g a C N A E ( C o m i s s ã o N a c i o n a l d e A e r o n á u t i c a e E s p a ç o ) . O s d o i s c i e n t i s t a s m o s t r a r a m - s e b e m i m p r e s s i o n a d o s c o m o n o s s o m o d e s t o t r a b a l h o e s e p r o n t i f i c a r a m a c o l a b o r a r c o m o O A P e n v i a n d o s u b s í d i o s p a r a o D e p a r t a m e n t o S o l a r .

O u t r o v i s i t a n t e d e S ã o P a u l o , f o i o D r . E m í l i o W a i n e r , p r o f e s s o r d e m e t e o r o l o g i a e m v á r i o s i n s t i t u t o s d e S . P a u l o , o q u a l , a c o m p a n h a d o d a e s p o s a e f i l h o s , r e a l i z o u o b s e r v a ç õ e s d e S a t u r n o .

S ã o m a i s a m i g o s d o O b s e r v a t ó r i o .

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SECÇÃO LUNAR DA REA-BRASIL A /C R o se ly G reg io

M u i p r e z a d a C o o r d e n a d o r a

Ao receber o Reporte n° 12 nos observatórios municipais de Americana e Piracicaba onde trabalho (me aposentei no Observatório Municipal de Campinas após 20 anos de serviço dos quais 10 como diretor) despertou-me especial atenção seu relatório sobre observações de TLP's. Constatei com satisfação que o assunto ainda é de denotado interesse. Absorvido em atividades pedagógicas e públicas desde que vim para São Paulo em 1976 recordo com. saudades a época em que realizava somente atividades científicas no Observatório Flammarion em Minas, entre eles observações lunares visando detectar algum TLP. Este observatório era particular, no terreno da minha chácara e tinha uma boa equipe,

Quando examinar atentamente o material que estou lhe enviando, irá constatar a importância das observações feitas no Brasil durante as missões Apollo. Época em que o assunto foi mais divulgado e exaustivamente pesquisado, Ele rendeu constatações realizadas por experientes observadores em todo o mundo, espero que ele não seja relegado a secundo plano pois os trabalhos feitos àquela época dificilmente se repetirão. Tudo está relatado nas publicações da NASA-JPL, as quais possuo todas inclusive o celebre e completíssimo Catálogo de Eventos Lunares da Dra. R. Middlehurst que conheci pessoalmente no Observatório Nacional do Rio de Janeiro. Cumpre também dizer que possuo além de cartas e mapas lunares detalhados, o mapa lunar de J. Klepesta, todo desenhado à mão, verdadeiro tesouro, publicado pela Zentralverwaltung Geodäsie und Kartographie (Administração Central de Geodesia a Cartografia) Prga, R. Tcheca. Convido-a a vir um dia me visitar para, se interessar, lhe mostrar esses materiais.

Remeto em anexo algumas observações que fiz sobre TLP’

ASTRÔNOMO

URÂNIA Assessoria Técnica,Pedagógica e Instrumental em Astronomia Rua Luiz Antônio Assunção Leite,414 - Bairro Prost de Sousa 13033-670670 - Campinas - SP - BRASIL - Telef/Fax (19 32420786 E-Mail: travnik@uol.com.br - cgc n° 67153320/0001-52 Ins. Mun. n° 1752-3 Razão Social : Nelson A.S.Travnik Campinas - ME

A Secção Lunar da REA-BRASIL sente-se muito honrada em receber esses preciosos acervos dos trabalhos observacionais de eventos de TLP realizados em expressivas datas passadas, os quais nos foram gentilmente enviados pelo digníssimo Astrônomo Nelson Travnik. Certamente são Reportes de suma importância para o acervo consultivo para o Brasil e quiçá mundial, como também são exemplos de árduo trabalho de abnegados Astrônomos profissionais e amadores de tão alto gabarito.

Nosso muitíssimo obrigada ao Astrônomo Travnik, pelo convite, pelas gentis palavras e tão rico acervo que nos será de grande utilidade.

R.Gregio

rgregio@uol.com.br www.reabrasil.org/lunar