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Questões comentadas Arquitetura de Sistemas para concursos

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Questões comentadas

Arquitetura de Sistemaspara concursos

Handbook de Questões de TI Comentadas para Concursos Volume questões de TI

Prefácio

A Arquitetura de Sistemas é fundamental para qualquer sistema de média ou alta comple-xidade. A Arquitetura de Sistemas engloba os componentes de software, suas propriedadesinternas e externas, e seus relacionamentos com outros softwares já existentes. Prover documen-tos, especi�cações, ditar premissas e de�nir restrições em projetos são as principais atividadesdesenvolvidas na área de Arquitetura de Sistemas.

No mundo corporativo de TI, o pro�ssional arquiteto de sistemas é cada vez mais requisitadoe, portanto, a Arquitetura de Sistema torna-se um assunto frequente nos concursos da área. OGrupo Handbook de TI preparou este volume, que traz uma série de questões comentadas sobreArquitetura de Sistemas para você se preparar ainda melhor para os concursos de seu interesse.

Bons estudos,

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1. Assuntos relacionados: Portais Corporativos, B2B, B2C, B2E, B2G,Banca: CESGRANRIOInstituição: PetrobrasCargo: Analista de Sistemas - Eng. de SoftwareAno: 2008Questão: 44

São feitas 4 a�rmativas sobre a tecnologia de portais.

I - Um portal em geral utiliza uma instância de banco de dados para armazenar infor-mações especí�cas do portal, como as personalizações dos usuários, índices para busca,regras de autorização de acesso ao conteúdo e, possivelmente, o próprio conteúdo.

II - Os portais B2B (Business-to-Business) e B2G (Business-to-Government) normalmenteapresentam estrutura tecnológica similar, fazendo uso de web services em uma arqui-tetura A2A (Application-to-Application).

III - Um portal corporativo B2E (Business-to-Employees) pode ser utilizado para prover,além do conteúdo especí�co de interesse dos funcionários, recursos de integração comferramentas de data warehouse e BI (Business Intelligence).

IV - Ferramentas mais avançadas de portal fornecem recursos para detecção de padrõesde comportamento e áreas de interesse dos usuários, que serão utilizados para fornecerconteúdo personalizado ao mesmo.

Estão corretas as a�rmativas

(a). I e II, apenas.

(b). I e III, apenas.

(c). I, II e III, apenas.

(d). II, III e IV, apenas.

(e). I, II, III e IV.

Solução:

Os portais corporativos são, comumente, apresentados como uma evolução das intranets.No entanto, os portais também podem ser vistos como uma aplicação web que agrega con-teúdo, colaboração, conhecimento e aplicativos transacionais, todos em uma interface única.Exemplos de funcionalidades que os portais normalmente possuem são:

• busca e indexação;

• categorização de conteúdo;

• colaboração;

• personalização;

• comunidades;

• integração de sistemas;

• segurança.

Portanto, pode-se dizer que as a�rmativas I e IV são corretas. Com relação as alternativas IIe III, para entender porque elas também podem ser consideradas corretas, é preciso conhecero signi�cado dos termos das siglas B2B, B2G, B2E e outras.

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• B2B (Business to Business): são as transações de comércio entre empresas. Umaempresa vendendo para outra empresa ou um banco transferindo recursos para outrosão exemplos de transações B2B;

• B2C (Business to Consumer): são as transações entre uma empresa e um consumidor.Amazon, Submarino e Americanas são exemplos típicos de empresas que realizam essetipo de transação;

• C2C (Consumer to Consumer): são as transações entre consumidores, intermediadasnormalmente por uma empresa. Exemplos de sites que oferecem um meio para arealização de transações C2C são os sites de leilão como o Ebay e Mercado Livre;

• B2G (Business to Governement): são as transações entre empresa e governo. Os exem-plos comuns de B2G são licitações e compras de fornecedores;

• B2E (Business-to-Employee): normalmente relacionado aos portais que atendem aosempregados. Os portais B2E são as chamadas intranets corporativas, que têm porobjetivo oferecer aos empregados uma interface única para que eles possam acompanharas notícias da empresa, gerenciar seus dados pessoais, solicitar serviços etc.

Nesse ponto da resolução da questão, você deve estar pensando: �mais um monte de siglaspara eu decorar!�. E é exatamente isso. A indústria de TI permanece abusando do uso desiglas para representar conceitos que, após apresentados, são familiares aos leitores, sejamtécnicos ou não. Portanto, �ca mais uma vez o recado. Fique atento às siglas e seussigni�cados, pois elas vem sendo cobradas sistematicamente nos concursos!

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2. Assuntos relacionados: ERP,Banca: CesgranrioInstituição: BR distribuidoraCargo: Analista de Sistemas - DesenvolvimentoAno: 2008Questão: 64

Os módulos de Contas a Pagar, Contas a Receber, Faturamento e Contabilidade compõem,tipicamente, tipo de sistema

(a). CRM analítico

(b). Data Warehouse (DW)

(c). ERP

(d). ECM

(e). BSC

Solução:

Os sistemas de ERP - Enterprise Resource Planning - visam à integração entre todos os seto-res produtivos da empresa, conectando-os através de processos bem de�nidos, onde cada umtem suas responsabilidades bem delimitadas e o negócio é visto todo sob a perspectiva dosprocessos que o regem. Para atingir esse objetivo, sistemas de ERP conectam, geralmenteem uma solução única, vários módulos aplicativos das diversas áreas da empresa. Assim,um típico sistema ERP integra os módulos de contas a pagar, contas a receber e vários outros.

Como seu enfoque são os processos, o sistema também deve prever módulos de RH paraadministração de pessoal, módulos de controle de estoque e, na �loso�a mais recente, mó-dulos voltados à modelagem dos processos da empresa e integração automática desses essesmódulos de acordo com os �uxos dos processos mapeados. Os grandes desenvolvedores desoluções ERP no mercado atual são a SAP e a Oracle. Há diversas outras empresas quetambém fornecem soluções interessantes, além de opções em software livre.

De acordo com a explicação, a resposta correta à questão é a letra (C). Entretanto, paraentendermos ao menos a ideia básica dos demais itens elencados nas outras opções, vejamosde forma rápida suas de�nições:

• CRM analítico: ferramentas de CRM - Customer Relationship Management - dirigem-se ao trato das informações no relacionamento das empresas com seus clientes. Há doistipos básicos de CRM: o operacional e o analítico. O CRM operacional é voltado parao registro de toda interação entre cliente e empresa. O CRM analítico pode ser enca-rado como um subconjunto de ferramentas de BI (Business Intelligence) voltadas para aanálise dos dados coletados pelo CRM Operacional. De acordo com o documento CRMOperacional, disponível no site www.icone.com.br, A parte incluída no CRM Analíticovisa aqui aferir métricas operacionais, geralmente ligadas a custo e performance, quenada mais são do que análise de cubos para veri�car, por exemplo, hits na webstore porcampanha, vendas por hits, percentual de acerto por chamado ativo, custo/ticket médiopor chamado, etc.

• Data Warehouse (DW): o mote dos sistemas de DW é a consolidação de dadosoperacionais, geralmente extraídos de sistemas OLTP (On Line Transaction Proces-sing - sistemas de processamento online de informações) corporativos, gerando dados

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analíticos que servirão de base em decisões estratégicas de negócio. Nesses sistemas, osdados são trabalhados de forma a expressar a informação necessária ao corpo diretorda empresa, agregando informação de diferentes sistemas da empresa. A manipulaçãodesses dados dá origem aos cubos, que são elementos que permitem enxergar os dadosa partir de diversas perspectivas atinentes ao negócio. A subtração de dados de umaárea especí�ca é conhecida como Data Mart. Os Data Marts dão direções sobre umdepartamento ou um produto da empresa. Em última análise, podemos considerar quea união de todos os Data Marts de uma empresa gera seu Data Warehouse.

• ECM: Enterprise Content Management é o nome dado aos sistemas que têm porvocação armazenar, em formato digital, os documentos - tanto os digitalizados depapel quanto os naturalmente eletrônicos - de uma empresa e permitir o acesso a elesde forma rápida e precisa. Estes sistemas armazenam, além dos documentos em si, osdados mais relevantes destes, de forma a tornar a pesquisa de documentos algo simplese de fácil acesso a todos que deles precisem.

• BSC: Balanced Scorecard é uma metodologia disponível e aceita no mercado desen-volvida pelos professores da Harvard Business School, Robert Kaplan e David Norton,em 1992. Os passos dessa metodologia incluem: de�nição da estratégia empresarial,gerência do negócio, gerência de serviços e gestão da qualidade; passos estes imple-mentados através de indicadores de desempenho. A ideia é, utilizando informações dosdiversos sistemas OLTP da empresa, gerar indicadores voltados não apenas aos aspec-tos �nanceiros, mas ao negócio da empresa como um todo: clientes, processos internos,�nanceiro e aprendizado e crescimento, conforme ilustra a Figura 1.

Figura 1: visão estratégica do BSC.

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3. Assuntos relacionados: ERP,Banca: CesgranrioInstituição: PetrobrasCargo: Analista de Sistemas Pleno - ProcessosAno: 2006Questão: 43

Assinale a opção que caracteriza um Sistema Integrado de Gestão (ERP - Enterprise Re-source Planning).

(a). Integra todos os departamentos e funções de uma companhia através em um únicosistema computadorizado, com uma única base de dados, que serve às necessida-des particulares de todos os usuários. Com ele, todas as áreas corporativas sãoinformadas e preparam-se de forma integrada para o evento, das compras à pro-dução, passando pelo almoxarifado, chegando até mesmo à área de marketing, quepode, assim, ter informações para mudar algo nas campanhas publicitárias de seusprodutos.

(b). Engloba o planejamento e a gestão de todas as atividades envolvidas em identi-�car fornecedores, comprar, fabricar, e gerenciar as atividades logísticas. Incluitambém a coordenação e a colaboração entre os parceiros do canal, que podem serfornecedores, intermediários, provedores de serviços e clientes.

(c). Permite a análise, de�nição, execução, monitoramento e administração de proces-sos, incluindo o suporte para a interação entre pessoas e aplicações informatizadasdiversas.

(d). Possibilita que as regras de negócio da organização, travestidas na forma de pro-cessos, sejam criadas e informatizadas pelas próprias áreas de gestão, sem interfe-rência das áreas técnicas. Ele origina-se dos antigos sistemas de work�ow.

(e). Pode ser entendido como uma estratégia que permite à empresa como um todoter uma visão única de seu cliente e, a partir daí, saber explorar as oportunidadesde negócio. Para isso é necessário aproveitar todas as interações que a corporaçãotem com o cliente no sentido de captar dados e transformá-los em informaçõesque possam ser disseminadas pela organização, permitindo que todos os departa-mentos - call center, vendas, marketing, diretoria, etc - vejam o cliente da mesmaforma, ou seja, saibam quem ele é, seus gostos e preferências, quantas vezes ligou,reclamações que fez, sugestões que deu, quanto traz de valor para a empresa, entreoutras.

Solução:

O cenário administrativo-�nanceiro tem passado por mudanças, principalmente, ao logo des-sas últimas décadas. Dentre essas mudanças, dois importantes conceitos merecem destaque:o primeiro, foi o conceito de processos de negócio em substituição a visão departamental dasempresas; e o segundo, é o conceito de gestão colaborativa.

O conceito de gestão colaborativa permitiu o surgimento de novos conceitos, como: SCM(Supply Chain Management), CRM (Customer Relationship Management), CPFR (Colla-borative Planning, Forecasting and Replenishment), etc. Tais conceitos são amparados porsistemas, como, por exemplo: sistemas de planejamento e programação da produção dis-tribuída, comumente conhecidos como sistemas APS (Advanced Planning and Scheduling);sistemas CRM, voltados para o apoio ao gerenciamento das relações com os clientes; ferra-mentas de armazenamento e tratamento da inteligência das empresas ou ferramentas de BI

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(Business Intelligence); e tecnologias de rede, como internet, intranet e extranet.

Um processo de negócio pode ser entendido como várias atividades inter-relacionadas quecruzam fronteiras funcionais com entradas e saídas bem de�nidas. Em função dessa re-organização das empresas em torno de processos de negócios é que surgiram os sistemasintegrados de gestão (ERP - Enterprise Resource Planning).

Figura 2: sistema ERP com interação com os departamentos.

Um sistema ERP tem como objetivo integrar todos os departamentos e funções dentro deuma empresa por meio de uma ferramenta computacional única, com capacidade para supor-tar as necessidades dos departamentos. A Figura 2 mostra um sistema ERP com interaçãoaos departamentos Vendas e Marketing, Manufatura, Finanças, RH e Cadeia de Suprimen-tos.

Entre os diversos sistemas ERP existentes no mercado, algumas características são comuns:

• Estrutura: pode-se dizer que, de forma simpli�cada, que o sistema ERP é compostopor uma base de dados central apoiada por vários módulos aplicativos. A base centralrecebe e fornece dados para os diversos módulos aplicativos, apoiando as atividades deprocessos de negócio da organização;

• Generalidade: um sistema ERP deve ser capaz de suportar uma variedade de estruturasorganizacionais e deve ser adequado a uma vasta gama de tipos de organizações. Paracada empresa, um sistema ERP é customizado de forma a atender a cada requisitoespecí�co;

• Arquitetura Cliente/Servidor: um sistema ERP está localizado em um servidor, sendoacessado por vários computadores, clientes, representado os usuários.

Um dos principais sistemas ERP no mercado é o SAP. A Figura 3 apresenta os módulo dosistema por suas áreas fundamentais.

Com base na explicação anterior, a seguir analisamos as alternativas:

(A) CORRETA

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Um sistema ERP integra todos os departamentos e funções de uma organização por meio deuma ferramenta computacional única com uma base de dados centralizada, servindo todosos usuários da organização. Com ele, todas as áreas corporativas, vistas como processos denegócios, são informadas e preparam-se de forma integrada para o evento, das compras àprodução, passando pelo almoxarifado, chegando até mesmo à área de marketing, que pode,assim, ter informações para mudar algo nas campanhas publicitárias de seus produtos. Por-tanto, esta a�rmativa está correta.

Figura 3: sistema ERP Sap.

(B) ERRADA

Um ERP tem como base o conceito de processo de negócio, que pode ser entendido comovárias atividades inter-relacionadas que cruzam fronteiras funcionais com entradas e saídasbem de�nidas. Note que o ERP interliga departamentos e funções de uma organização, enão apenas o planejamento e gestão das atividades. Logo, esta alternativa está errada.

(C) ERRADA

O ERP tem como base o conceito de processo de negócio, que pode ser entendido comovárias atividades inter-relacionadas que cruzam fronteiras funcionais com entradas e saídasbem de�nidas. A interação entre pessoas está relacionada ao conceito de gestão colaborativae não de processo de negócio, isto é, está relacionado aos sistemas APS, CRM e BI do queao ERP. Portanto, esta a�rmativa está errada.

(D) ERRADA

O sistema ERP integra todos os departamentos e funções de uma organização. Essa in-tegração ocorre desde da área de gestão à área técnica.

O ERP surgiu paralelamente ao work�ow a partir de sistemas de gestão existente há muitotempo no mercado. Uma nova demanda do mercado é aliar as funcionalidades do ERP coma �exibilidade das ferramentas de work�ow.

Um work�ow (�uxo de trabalho) é um conjunto de atividades (sequênciais ou paralelas)que são interligadas para atingir a automação de processos de negócios, por inteiro ou emparte, durante o qual documentos, informações e tarefas são passadas de um participantepara outro por ação respeitando um conjunto de regras procedimentais.

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Logo, esta a�rmativa está errada.

(E) ERRADA

O texto apresentado nesta alternativa está relacionado à gestão colaborativa, mais espe-ci�camente ao conceito de CRM, que é apoiado por sistemas voltados para o apoio aogerenciamento das relações da corporação com os seus clientes. Portanto, esta a�rmativaestá errada.

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4. Assuntos relacionados: ERP, Classi�cação ABCD,Banca: CesgranrioInstituição: PetrobrasCargo: Analista de Sistemas Júnior - Processos de NegócioAno: 2008Questão: 63

A implantação de um Sistema Integrado de Gestão (ERP) em uma organização é um pro-jeto abrangente, com resultados que podem variar dependendo da condução e abordagensutilizadas. Sobre este tema, são feitas as a�rmativas a seguir.

I - Uma das vantagens competitivas proporcionadas pelos ERP diz respeito à adoção demodelos de processos pré-de�nidos.

II - A classi�cação ABCD avalia o grau de efetividade da implantação de um ERP emuma organização.

III - Uma desvantagem da implantação de um ERP é a pulverização dos dados corporativosentre os diversos módulos do ERP, di�cultando sua consolidação.

IV - A implantação de um ERP, em geral, demanda o envolvimento, virtualmente, de todosos departamentos de uma organização e requer que as pessoas passem a trabalhar deuma forma diferente.

Estão corretas APENAS as a�rmativas

(a). I e II.

(b). I e III.

(c). II e III.

(d). II e IV.

(e). III e IV.

Solução:

Figura 4: estrutura típica de um sistema ERP.

Nas últimas décadas, muito tem se falado dos sistemas integrados do tipo ERP EnterpriseResource Planning, que nada mais são que sistemas de informação que integram todos osdados e processos de uma organização em um único sistema. O sistema ERP tem o ob-jetivo fundamental de controlar, integrar e fornecer suporte a todos os processos de uma

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empresa - operacionais, produtivos, administrativos e comerciais, integrando várias funçõesna organização como: controles �nanceiros, contabilidade, folha de pagamento, faturamento,compras, produção, estoque e logística. Além disso, o sistema ERP possibilita um �uxo deinformações único, contínuo e consistente por toda a empresa, o que permite administrar osnegócios em uma única base de dados. Em outras palavras, trata-se de um instrumento paraa melhoria de processos e das informações online e em tempo real, que busca informaçõesem outros sistemas espalhados pela empresa com o principal objetivo de consolidar estasinformações em um único sistema (veja a Figura 4). Este parágrafo nos fornece condiçõesde eliminar a a�rmativa III do enunciado.

No entanto, não é apenas implantar um sistema de integração na organização para torná-laintegrada, essa integração se dá também pelo comprometimento (envolvimento) dos funci-onários, pela de�nição dos objetivos, planejamento. Tal sistema demanda uma construçãoempresarial totalmente voltada para este novo ambiente de trabalho, uma reestruturaçãoempresarial crítica sem falar na capacitação dos funcionários de todos os departamentos daempresa, pois tal sistema trabalha em conjunto, reunindo informações dos diversos depar-tamentos e as apresenta de forma consolidada para que decisões estratégicas, gerenciais eoperacionais possam ser tomadas. Este parágrafo nos diz que a a�rmativa IV está correta.

Abaixo, listamos algumas vantagens proporcionadas pelo sistema ERP:

• redução de custos: com o constante monitoramento da organização como um todo,detecta-se rapidamente onde estão os processos mais dispendiosos e quais os impactos�nanceiros que este processo irá causar caso seja modi�cado. Pode-se, por exemplo,detectar as falhas que ocorrem no gerenciamento de estoque devido à produção excessivade determinado produto, ocasionando assim perdas signi�cativas na organização;

• otimização do �uxo de informações: pode-se determinar quais setores empresariaisestão com de�ciência em troca de informações e quais medidas devem ser tomadaspara que o �uxo de informações �ua de forma satisfatória;

• otimização no processo de decisão: com as informações consolidadas �ca relativamentesimples a tomada de decisão e suas principais consequências dentro da organização.

Também existem desvantagens ao se aplicar o sistema ERP:

• dependendo do ambiente, o ERP pode funcionar de forma inversa ao esperado, deses-truturando toda uma organização;

• um sistema ERP deve ser implantado ao longo dos anos, de uma forma estruturada ecadencial, devido ao seu alto custo e seu grau de complexidade;

• a organização que compra o sistema �ca dependente do fornecedor do software;

• adoção de best practices (modelos padrões de processos) aumenta o grau de imitaçãoe padronização entre as empresas de um segmento, o que representa uma desvantagemcompetitiva (podemos concluir que a a�rmativa I está errada);

• torna os módulos dependentes uns dos outros, pois cada departamento depende dasinformações do módulo anterior, por exemplo. Logo, as informações têm que ser cons-tantemente atualizadas, uma vez que as informações são em tempo real (on line),ocasionando maior trabalho;

• excesso de controle sobre as pessoas, o que aumenta a resistência à mudança e podegerar desmotivação por parte dos funcionários. Uma das causas do não funcionamentodo sistema ERP é exatamente o não comprometimento do usuário �nal com o sistema.

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Uma questão fundamental na análise do resultado da implantação de sistemas ERP é aforma de se mensurar o quão bem-sucedido foi o projeto. Diversas medidas de sucesso sãoutilizadas nos trabalhos sobre ERP, a maioria com caráter totalmente subjetivo e depen-dente da opinião de funcionários das empresas que fazem parte do espaço amostral destaspesquisas. O renomado artigo Critical Success Factors of Enterprise Resource PlanningSystems Implementation Success in China cita duas medidas de sucesso:

• Classi�cação ABCD: que avalia o grau de integração dos processos (assim, a a�rmativaII também está correta);

• Satisfação do Usuário: medida subjetiva, com quatro níveis, do grau de atendimentoàs expectativas.

A partir do exposto acima, podemos concluir que a alternativa D está correta.

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5. Assuntos relacionados: Work�ow, Work�ow Management System (WFMS),Banca: CesgranrioInstituição: PetrobrasCargo: Analista de Sistemas Pleno - ProcessosAno: 2006Questão: 41

Sobre os work�ows são feitas as seguintes a�rmativas.

I - Um work�ow é uma automação do Processo de Negócio, na totalidade ou em partes,onde documentos, informações ou tarefas são passadas de um participante para o outro,para execução de uma ação, de acordo com um conjunto de regras.

II - Um WfMS - Work�ow Management System - é um sistema de Gerenciamento dework�ow responsável por gerenciar e executar �uxos de trabalho através de um softwarecuja ordem de atividades é dirigida por uma representação da lógica do work�ow nocomputador, proporcionando a automação de um processo de negócio.

III - Os benefícios do uso de uma ferramenta de work�ow eletrônico são: documentaçãoe visualização dos processos e atividades; arquivamento e recuperação de informaçõessobre os objetos inseridos no work�ow; reastreabilidade; identi�cação dos responsáveispor cada atividade do processo; entre outras.

IV - Uma ferramenta de work�ow deve ter a facilidade de invocar aplicativos; distribuirtarefas dinamicamente; priorizar e acompanhar o trabalho; gerar dados estratégicos.

Estão corretas as a�rmativas:

(a). I e III, apenas.

(b). II e III, apenas.

(c). I, II e IV, apenas.

(d). II, III e IV, apenas.

(e). I, II, III e IV.

Solução:

Item I: CORRETO

Work�ow é uma coleção de tarefas organizadas para realizar um processo de negócio. Umatarefa pode ser executada por um ou mais sistemas de computador, por um ou mais par-ticipantes, ou então por uma combinação destes. Work�ow de�ne a ordem de execução eas condições pelas quais cada tarefa é iniciada. Para tanto, é necessário um conjunto deferramentas que possibilita a automação de atividade e tarefas baseadas em informação. Atecnologia de Work�ow está basicamente relacionada à automação de processos de negócio.Então, o Work�ow é a automação de um processo de negócios, por inteiro ou em parte,durante o qual documentos, informações e tarefas são passadas de um participante paraoutro por ação respeitando um conjunto de regras procedurais. Além disso, os sistemas deWork�ow permitem a integração entre todas as atividades que compõem um processo.

Item II: CORRETO

Uma ferramenta de Work�ow (WFMS � Work�ow Management System) é um componentede software que recebe como entrada descrições formais de processos de negócio e mantém o

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estado da execução desses processos, delegando atividades entre os participantes e aplicações.

O WFMS é responsável por controlar o andamento do processo, seguindo rigorosamentea ordem de�nida pelas dependências entre as atividades, e garantindo as regras de consis-tência especi�cadas. Apresenta uma técnica para integração e automatização das diferentestarefas que integradas constituem processos de uma organização.

Em outras palavras, o WFMS é um sistema que de�ne, gerencia e executa completamenteWork�ows através da execução de software cuja ordem das atividades ocorra numa sequên-cia própria e que os participantes sejam informados para que possam executar suas tarefas.

Item III: CORRETO

As ferramentas de Work�ow previnem que os participantes não esqueçam as próprias tarefas.Esta ferramenta certi�ca-se de que as atividades ocorram numa sequência própria e que osusuários sejam informados para que possam executar suas tarefas. As soluções do Work�owfornecem uma maneira consistente e automatizada para tarefas ou processos de �uxo deatividades dentro de uma empresa. Resumindo, a ferramenta de Work�ow é um meio paradocumentar e visualizar todas as tarefas de um processo, além de recuperar informaçõessobre um processo de acordo com um conjunto de regras de procedimentos.

Item IV: CORRETO

Uma ferramenta de Work�ow possui um conjunto relativamente comum de funcionalidades.Um dos conceitos fundamentais das ferramentas é a possibilidade de prede�nir a sequênciaem que as atividades serão executadas. A ferramenta recebe entradas de atividades quedevem ser realizadas. Para tanto, uma ferramenta de Work�ow tem a habilidade de invocarautomaticamente um aplicativo adequado para uma determinada atividade.

A de�nição do processo em geral não de�ne um participante especí�co para a execuçãodas atividades. Logo, tendo necessidade, antes de iniciar a atividade, uma ferramenta podedeterminar o participante que irá executá-la. Essa escolha pode ser feita, automaticamente,pelo próprio WFMS (Work�ow Management System), ou então, manualmente.

Além disso, um WFMS tem a capacidade de priorizar trabalho, uma vez que determi-nadas instâncias de Work�ow devem possuir uma prioridade superior às demais. A maioriados sistemas de Work�ow permitem que a prioridade de uma instância seja alterada, emgeral, por um usuário administrador. A utilização de sistemas de Work�ow para o geren-ciamento do trabalho na organização pode, a médio e longo prazo, reverter em benefíciosestratégicos para ela. Através do armazenamento de certos atributos de cada instância deWork�ow executada, pode-se criar uma base de dados que re�ete a e�ciência e a e�cácia dosprocessos atualmente desempenhados pela organização. Com esses dados, pode-se analisarprofundamente o desempenho do processo atual, identi�cando gargalos e inconsistências, e,posteriormente, fazer melhorias e correções sobre ele.

Portanto, a resposta correta é alternativa E.

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6. Assuntos relacionados: SOA,Banca: CesgranrioInstituição: BR DistribuidoraCargo: Analista de Sistemas - DesenvolvimentoAno: 2008Questão: 43

Qual fator deve ser considerado principal na divisão e composição de aplicações que imple-mentam os serviços de uma arquitetura SOA?

(a). Barramento de serviços e contratos.

(b). Serviços necessários para automatizar processos de negócios.

(c). Protocolos de comunicação requeridos pelo barramento de serviços.

(d). Dependências tecnológicas entre as diferentes aplicações da empresa.

(e). Departamentos da empresa e funcionalidade requerida por cada um deles.

Solução:

SOA (Service-Oriented Architecture) é uma arquitetura onde é possível criar, padronizar edocumentar funções genéricas únicas, utilizadas por diferentes aplicações em componentesreutilizáveis e com total interoperabilidade, de modo que possam ser compartilhados e aces-sados por diferentes dispositivos sob a forma de serviço, sem precisarem ser reescritos.

Um serviço é uma espécie de função independente que permite que se faça uma ou maisrequisições e que se ofereça uma ou mais respostas por meio de uma interface prede�nida epadronizada. Para o sucesso das aplicações em SOA, é essencial que haja a capacidade deidenti�car os serviços e suas características.

Um processo de negócio é um conjunto de atividades executadas numa sequência es-pecí�ca para alcançar um objetivo de negócio. O processo de negócio de�ne a sequência dasatividades, os eventos externos que devem ser tratados, os requisitos de interação humana eo processamento condicional.

Como já diz a própria de�nição de SOA, as aplicações que implementam a arquiteturadevem ser orientadas e, portanto, compostas e de�nidas, a partir da identi�cação de ser-viços. Nesse caso, esses serviços devem automatizar os processos de negócios, assim comoqualquer solução de tecnologia de informação. A resposta correta é a letra B.

Uma das principais vantagens de uma arquitetura de tal tipo é permitir que um serviçoda empresa esteja disponível para programadores externos. Por exemplo, o SPC ou o SE-RASA poderiam ter seus serviços disponibilizados na forma de SOA, assim, qualquer umseria capaz de consultar o banco de dados de �devedores� a partir do Webservice disponibi-lizado por essas empresas.

Já, por exemplo, dentro de uma empresa, o uso de SOA deve ser avaliado com mais cuidado.O seu uso deve ser justi�cado através dos ganhos que a arquitetura possa trazer. Roti-nas complexas que automatizam os processos de negócios e que precisam ser utilizadas porvários sistemas da empresa podem trazer grandes vantagens se forem disponibilizadas emuma arquitetura SOA. Entretanto, deve ser avaliado qual o impacto no desempenho, comoa segurança pode ser garantida nesses casos, entre outras di�culdades que uma arquiteturadistribuída naturalmente traz.

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7. Assuntos relacionados: SOA,Banca: CesgranrioInstituição: PetrobrasCargo: Analista de Sistemas Júnior - Processos de NegócioAno: 2008Questão: 62

A proposta de uma arquitetura orientada a serviços (SOA) prevê uma mudança de focodas aplicações �tradicionais�. Este novo paradigma prevê a criação de conjuntos de serviçosindependentes no lugar de aplicações monolíticas, os quais sejam capazes de interagir entresi e de compor novos serviços de maior granularidade, aumentando a �exibilidade e respon-dendo de forma mais ágil a mudanças nos cenários de negócio. Qual dos apresentados aseguir NÃO constitui um princípio chave da orientação a serviços?

(a). Reuso � a lógica é divida em serviços com a intenção de promover o reuso.

(b). Autonomia � os serviços têm controle sobre a lógica que encapsulam.

(c). Abstração � o serviço �esconde� do mundo exterior qualquer lógica que não constede seu contrato.

(d). Manutenção de estado � os serviços são projetados para reter o estado entre osacessos de clientes distintos.

(e). Baixo acoplamento � os serviços mantêm relacionamentos que minimizam depen-dências e somente requerem que eles �saibam� da existência dos demais.

Solução:

Orientação a Serviço é uma forma de pensamento em termos de serviços e desenvolvimentobaseado em serviço, bem como dos resultados de serviços. Arquitetura Orientada a Serviço(Service-Oriented Architecture � SOA) é um estilo arquitetural que apoia a orientação aserviço.

Um serviço:

• é uma representação lógica de uma atividade de negócio repetível que tem um resul-tado especí�co (por exemplo, a veri�cação de crédito de um cliente; o oferecimento deinformações sobre o tempo; etc.);

• é auto-contido;

• pode ser composto por outros serviços;

• é uma �caixa-preta� para os consumidores do serviço.

Existem alguns princípios (ou �loso�as) que norteiam a Orientação a Serviços. As listas deprincípios disponíveis variam de autor para autor (tanto na quantidade quanto no formatode apresentação), mas, de forma geral, contêm os seguintes itens:

• limites explícitos: os serviços interagem por intermédio de passagem explícita demensagens por limites bem-de�nidos. Este princípio fundamental, na prática, traduz-se em um baixo acoplamento entre as diversas aplicações que interagem entre si, nosentido de torná-las independentes umas das outras e proporcionar modi�cações delógica de funcionamento sem promover falhas no fornecimento dos serviços (por incom-patibilidade de funções, por exemplo). Diz-se que os serviços oferecem um contratopara de�nir as interfaces públicas que apresentam. Serviços autônomos: os serviçossão entidades implantadas independentemente, com versões e gerenciamento. Altera-ções feitas em um serviço não devem causar qualquer impacto em outros serviços;

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• serviços compartilham esquema e contrato, não a classe: a interação como serviço deve se basear somente nas diretrizes, no esquema e nos comportamentosbaseados no contrato de um serviço. Esse princípio é conhecido pelo abstração, istoé, apresentação ao mundo exterior tão somente da lógica necessária para a devidainteração entre aplicações;

• reuso: os diversos serviços oferecidos desempenham tarefas especí�cas bem de�nidas,podendo ser compostos por outros serviços. Desta forma, o reuso de código é altamenteestimulado, evitando retrabalho e duplicidade de códigos;

• orientação a documentos: na interação com os serviços, os dados são passados comodocumentos. Um documento é um container hierárquico e explicitamente modeladopara conter esses dados. Esse princípio indica que não há manutenção de estados entreas aplicações, mas sim troca de dados (documentos).

Na literatura, são encontrados outros princípios, como �Orientação a Políticas�, �Indepen-dência de Fornecedor�, �Orientação a Metadados�, etc.

Na questão apresentada, são citados corretamente os princípios �Reuso�, �Autonomia�, �Abs-tração� e �Baixo acoplamento�. Entretanto, �Manutenção de estado� não é um princípiopresente na �loso�a de desenvolvimento orientado a serviços. Tal termo, possivelmente,foi pego emprestado de outra área (como Banco de Dados, por exemplo) na tentativa deconfundir o candidato. Assim, a letra (D) contém o item que não expressa um princípio daorientação a serviços, sendo a resposta para a questão.

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8. Assuntos relacionados: Desenvolvimento Web, HTML, DTD, XSLT, XML,Banca: CesgranrioInstituição: PetrobrasCargo: Analista de Sistemas Pleno - ProcessosAno: 2006Questão: 27

Para os recursos utilizados no desenvolvimento de aplicações Web, assinale a opção FALSA.

(a). O atributo accesskey da tag INPUT pode ser utilizado na HTML 4.0 para acres-centar um atalho de teclado a um elemento de formulário.

(b). A instrução <METAHTTP-EQUIV=�Refresh� Content=�10; URL=page2.html�>na seção HEAD de uma página em HTML 4.0 faz com que a página page2.htmlseja exibida automaticamente após 10 segundos de apresentação da página atual.

(c). A declaração ENTITY em um DTD pode ser utilizada para declarar um conteúdoreutilizável e a declaração ELEMENT, para declarar um tipo de elemento XML.

(d). Em um documento XSLT 2.0 padrão, o elemento <xls:insert> permite inseriruma folha de estilo externa onde <xls:insert> está localizado e <xls:primary-key> permite remover, da árvore do documento que está sendo transformado, nósde texto que consistem apenas de espaço em branco ou estão repetidos.

(e). Se for declarado um atributo do tipo ID em um DTD, um parser de validação,ao analisar um documento utilizando este DTD, poderá reportar um erro se doisou mais elementos no mesmo documento apresentarem o mesmo valor para esteatributo.

Solução:

Com a evolução e a disseminação da Internet, aplicações direcionadas para a Web têm setornado cada vez mais comuns. Atualmente, as empresas investem muito em aplicaçõescorporativas deste tipo como:

• Intranets;

• Extranets;

• Portais de e-commerce;

• Portais B2B (Business to Business);

• Portais B2C (Business to Customer).

Aplicação Web é o termo utilizado para designar sistemas projetados para utilização atravésde um Browser. Trata-se de um conjunto de programas que é executado em um servidor deHTTP (Web Host). O desenvolvimento da tecnologia Web está relacionado, entre outrosfatores, à necessidade de simpli�car a atualização e manutenção mantendo o código-fonteem um mesmo local, de onde ele é acessado pelos diferentes usuários.

Abordaremos cada alternativa a �m de resolvermos a presente questão.

(A) ERRADA

O atributo accesskey associa um elemento do documento HTML a uma tecla de acesso.A tecla de acesso nada mais é que um caractere único disponível no teclado que é acessadopela tecla Alt + o caractere associado. Apresentamos, abaixo, um exemplo da suaaplicação em um campo de formulário.

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<input type="text"' name="nome" id="nome" accesskey="n"/>

Analisando a formação do atributo (accesskey) e seu modo de aplicação, concluímos queteremos acesso ao campo intitulado como �nome� através da tecla �n�, ou seja, se o usuárioteclar �Alt + n� terá acesso ao campo de formulário (nome).

Trata-se, portanto, de um recurso extremamente útil para os usuários que portam algumadi�culdade (por exemplo, impossibilidade de usar o mouse).

(B) ERRADA

Os meta elementos são usados em diversas ocasiões, sendo empregados para passar ao brow-ser informações acerca do conteúdo, do autor, das descrições, etc., assim como controlar o�uxo de informação e indexação das search engines.

Abaixo, apresentamos alguns exemplos do uso do recurso meta refresh. Meta refresh éum método que instrui o Browser a renovar (Refresh) automaticamente a página correnteda Web após um dado intervalo de tempo, usando, para tanto, um meta elemento do HTMLcom o parâmetro http-equiv �setado� para renovar (Refresh) e um parâmetro Content com ointervalo de tempo em segundos. Também é possível instruir o Browser a buscar uma URLdiferente quando a página é renovada, bastando incluir uma URL alternativa no parâmetroContent.

<html>

<head>

<title>Handbook de TI</title>

<meta http-equiv="Refresh" Content="60" />

</head>

<body>

</body>

</html>

No exemplo acima, o elemento meta indica ao Browser que a página em questão deve seratualizada de 60 em 60 segundos.

<html>

<head>

<title>Handbook de TI</title>

<meta http-equiv="Refresh" Content="10;URL: www.handbookdeti.com.br " />

</head>

<body>

</body>

</html>

Ao entrar na página acima, o cliente é redirecionando dentro de 3 segundos para o endereçowww.handbookdeti.com.br.

(C) ERRADA

Os DTDs (Document Type De�nition � De�nição de Tipo de Documento) de�nem a estru-tura de um documento, onde são especi�cados quais os elementos e atributos são permitidos

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no documento, ou seja, de�ne um conjunto de regras. Estas regras serão utilizadas para queo analisador sintático veri�que se o documento está correto ou não (embora não seja neces-sário que um documento XML tenha um DTD correspondente, recomenda-se a utilizaçãode DTDs para garantir a conformidade do documento).

Como podemos ver a seguir, após a marcação <!ELEMENT aparece o nome do elementoseguido por seu modelo de conteúdo, e em seguida o sinal >. O modelo de conteúdo relacionaos �lhos que podem ser aceitos no elemento.

<!-- Os 4 sub-elementos são obrigatórios para tag cliente -->

<!ELEMENT cliente (nome, CNPJ, inscrição, endereço)>

<!-- fax e email são opcionais -->

<!ELEMENT cliente (nome, fax?, email?)>

<!-- Tag sorvete deve conter apenas um dos elementos -->

<!ELEMENT sorvete (morango | limão | uva | chocolate)>

<!-- Elemento empresa é vazio (provavelmente será utilizado com atributos apenas) -->

<!ELEMENT empresa EMPTY>

<!-- Elemento eletrônicos pode conter qualquer tipo de sub-elemento -->

<!ELEMENT eletronicos ANY>

Já as entidades podem ser usadas para representar caracteres especiais, sendo também usa-das para referenciar um texto freqüentemente repetido ou alterado, isto é, permitem associarnomes com outros fragmentos do documento (textos, parte do DTD, arquivo externo). Elaspodem ser dos seguintes tipos:

• internas: podem incluir referências para outras entidades, mas não podem ser recur-sivas;

• externas: a referência à entidade causa a inserção do arquivo indicado (arquivo .xml,por exemplo). Entidades externas podem ser texto ou binárias;

• parametrizadas: podem ocorrer apenas dentro do DTD, sendo identi�cadas por <%>antes do seu nome. Funcionam como macros, sendo imediatamente expandidas naDTD.

<!--Este é um exemplo de entidade interna. -->

<!--Ao se utilizar a expressão &autora em um XML ela -->

<!--será substituída automaticamente por "James Concurseiro" -->

<!ENTITY autora "James Concurseiro">

<!-- Este é um exemplo de entidade externa. Quando houver &vol7 no XML ela -->

<!-- será substituída por todo conteúdo de Volume7.xml -->

<!ENTITY vol7 SYSTEM "/HandbookdeTI/Volume7.xml">

(D) CORRETA

Sabe-se que uma das principais idéias de XML é deixar explícita a separação entre con-teúdo, estrutura e apresentação de um documento para Web. Assim, como o XML trata

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apenas do conteúdo dos documentos, devem existir outros padrões para descrever o formatode apresentação dos dados. Uma das formas de superar esta limitação é usar a linguagem defolhas de estilo (XSL � eXtensible Stylesheet Language), a qual foi projetada para permitirque a descrição de estilo de apresentação de documentos seja separada da representação doconteúdo dos documentos. O princípio básico desta linguagem é prover uma sintaxe quepermita associar partes especí�cas do conteúdo de documentos a estilos ou ações que devemser realizadas sobre tais partes.

Considere o caso de um site Web composto por muitas páginas produzidas por vários au-tores que trabalham na mesma empresa, neste caso, é desejável ter um meio de impedirque diferentes páginas tenham uma aparência distinta. Esse problema pode ser resolvidousando-se folhas de estilo. Quando as folhas de estilo são utilizadas, as páginas individuaisdeixam de usar estilos físicos, como negrito e itálico, passando a utilizar os estilos lógicosde�nidos na folha de estilo. (podemos comparar uma folha de estilo a um arquivo #includeem um programa C).

A XSL se divide em três:

• XSL Transformations (XSLT): uma linguagem para transformar XML;

• XML Path Language (XPath): uma linguagem para acessar e referir a partes de umdocumento XML;

• XSL Formatting Objects (XSL-FO): um vocabulário XML para especi�car semânticade formatação.

As três são importantes, mas aqui só falaremos de XSLT.

XSLT, abreviatura de eXtensible Stylesheet Language Tansformations, é a parte do XSLusada para transformar um documento XML em outro documento XML, ou em outro tipode documento (HTML, XHTML, etc.). O XSLT utiliza o XPath (usado para navegar atravésdos elementos e atributos nos documentos XML) para encontrar informações nos documen-tos XML.

Basicamente, a XSLT de�ne um conjunto de regras de transformação que serão aplicadasa um documento XML para produzir outro documento. Nesse processo de transformação,o XSLT utiliza o XPath para de�nir partes do documento de origem (fonte) que combinem(match) com um ou mais templates pré-de�nidos. Quando uma combinação é encontrada,o XSLT transforma essas partes do documento de origem no documento de resultado (obvi-amente, as partes do documento de origem que não são combinadas com o template perma-necerão sem modi�cações no documento de resultado). Esta linguagem, ao transformar umdocumento em outro, pode adicionar ou remover elementos ou atributos, ordenar ou rees-truturar elementos, realizar testes e tomar decisões sobre que elementos ocultar ou mostrarno documento de saída.

Como ocorre o processo de transformação? Bom, primeiramente precisamos compor umdocumento XSL (arquivo .xsl) seguindo o modelo abaixo.

<xsl:template match = "expressão-XPath">

[ bloco de instruções XSL]

</xsl:template>

O atributo match contém uma expressão XPath com os elementos da árvore fonte aos quaiso template se aplica. Isto é, esta parte do template é usada para selecionar os nós que

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se pretende transformar. Já o corpo do template contém as instruções de transformação(elementos) que serão aplicadas aos nós selecionados.

Após a de�nição do arquivo XSL é preciso associar este arquivo no documento XML. Ainstrução que deve ser incluída no documento XML para que o interpretador XML faça usoda folha de estilo XSL de�nida é a seguinte:

<?xml-stylesheet type="text/xsl" href="localização do arquivo.xsl"?>

Pronto, agora podemos dar início ao processo de transformação: o processador XSL posiciona-se na raiz da árvore do documento fonte à procura de um template que se aplique à raiz.Se o processador encontra um template que se aplica à raiz, esse template coordena toda atransformação. Como dissemos anteriormente, esta transformação é auxiliada

Ainda resta a pergunta: quais os elemento de transformação que a XSLT faz uso? Atabela 1 os apresenta com uma breve descrição. O leitor poderá perceber que os elementoscitados no enunciado (<xsl:insert> e <xsl:insert-key>) inexistem na tabela. Portanto, estáalternativa está correta.

Elemento Descriçãoapply-imports Aplica uma regra do template de uma folha

de estilo importadoapply-templates Aplica uma regra do template no elemento

corrente ou nos �lhos do elemento correnteattribute Adiciona um atributoattribute-set De�ne um conjunto de atributoscall-template Faz uma chamada a um templatechoose Usado em conjunto com <when> and

<otherwise> para expressar múltiplos tes-tes condicionais

comment Cria um nó comentado na arvore resultantecopy Cria uma copia do nó corrente (sem nos �-

lhos e atributos)copy-of Cria uma copia do nó corrente (com nos

�lhos e atributos)decimal-format De�ne os caracteres e símbolos a serem usa-

dos quando se converte números em strings,com a função format-number()

element Cria um elemento no documento de saídafallback Especi�ca um código alternativo para rodar

se o processador não suportar um elementoXSLT

for-each Comando de repetição para cada nó em umnó especi�cado

if Contém um template que será aplicado ape-nas se a condição especi�cada for verda-deira

import Importa o conteúdo de uma folha de estiloem outro. Nota: Uma folha de estilo im-portado terá prioridade inferior a da folhade estilo que a importou

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include Inclui o conteúdo de uma folha de estilo emoutra. Nota: Uma folha de estilo inclusaterá a mesma prioridade da folha de estiloque a incluiu

key Declara uma chave nomeada que pode serusada na folha de estilo com a função key()

message Escreve uma mensagem de saída (usadopara reportar erros)

namespace-alias Substitui um namespace na folha de estilocom um namespace diferente na saída

number Determina a posição inteira do nó correntee formata um número

otherwise Especi�ca uma ação default para o ele-mento <choose>

output De�ne o formato do documento de saídaparam Declara um parâmetro local ou globalpreserve-space De�ne o elemento para cada espaço em

branco a ser preservadoprocessing-instruction Escreve uma instrução de processamento na

saídasort Ordena a saídastrip-space De�ne o elemento cada espaço em branco a

ser removidostylesheet De�ne o elemento raiz da folha de estilotemplate Regras a serem aplicadas ao nó especi�cadotext Escreve o texto literal na saídatransform De�ne o elemento raiz da folha de estilovalue-of Extrai o valor do nó selecionadovariable Declare uma variavel local or globalwhen Especi�ca uma ação para o elemento <cho-

ose>with-param De�ne o valor de um parâmetro a ser pas-

sado no template

(E) ERRADA

Uma declaração de atributos especi�ca o nome do elemento, o nome do atributo, o tipode atributo e um valor padrão. Esta declaração pode aparecer em qualquer lugar da DTD,mas geralmente aparece logo após a declaração do elemento ao qual pertence. Os tipos deatributos são:

• String: o valor de um atributo do tipo String é uma cadeia de caracteres de qualquertamanho;

• Enumerado: Cada um dos valores possíveis que o atributo pode assumir está explici-tamente enumerado na declaração e o atributo pode assumir apenas um dos valoresespeci�cados na sua declaração;

• ID: Os IDs identi�cam unicamente elementos individuais em um documento, isto é, to-dos os valores usados para IDs em um documento devem ser diferentes (veja exemplo

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abaixo);

• IDREF/ IDREFS: o valor de um atributo IDREF deve ser o valor de um único atributoID em algum elemento no documento. Já o IDREFS pode conter valores IDREFmúltiplos separados por espaços em branco;

• ENTITY/ ENTITIES: o valor de um atributo ENTITY deve ser o nome de uma únicaentidade. Já o valor de um atributo ENTITIES pode conter valores de entidadesmúltiplos separados por espaços em branco.

<!-- Definição do atributo Handbook ISBN -->

<!ATTLIST Handbook ISBN ID>

<!-- Exemplo válido de elemento produto -->

< Handbook ISBN="200107"/>

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9. Assuntos relacionados: Sistemas Distribuídos, Common Object Request Broker Architec-ture (CORBA), Distributed Component Object Model (DCOM), Java Remote Method In-vocation (Java RMI), Distributed Computing Environment (DCE), Remote Procedure Call(RPC),Banca: ESAFInstituição: Secretaria do Tesouro Nacional (STN)Cargo: Analista de Finanças e Controle - Tecnologia da Informação / Desenvolvimento deSistemas de InformaçãoAno: 2008Questão: 23

A tecnologia mais adequada para sistemas de objetos distribuídos que compreendem o su-porte a diferentes linguagens de programação e plataformas de execução é

(a). CORBA.

(b). DCOM.

(c). Java RMI.

(d). DCE.

(e). RPC.

Solução:

Antes de apresentar a alternativa correta, cada uma das tecnologias acima listadas será des-crita. Por se tratar de um conceito mais genérico, o RPC será apresentado primeiro, comas outras alternativas listadas pela questão apresentadas posteriormente.

RPC

RPC (chamada remota a procedimento, do Inglês Remote Procedure Call) é uma tecno-logia de comunicação inter-processos que permite que programas de computador causem aexecução de funções ou rotinas em outro espaço de endereçamento, comumente em outrocomputador em uma rede, sem a necessidade de programação explícita dessa interação re-mota. Isso signi�ca que, sendo a função local ou remota, sua chamada seria feita da mesmaforma. É importante notar que RPC se refere mais a um conceito (o de chamadas a proce-dimentos remotos) que a uma tecnologia especí�ca.

O conceito de RPC já é apresentado na RFC 707, de 1976 e a primeira implementaçãopopular dessa tecnologia foi a da Sun Microsystems (hoje chamado ONC RPC), usada naimplementação do NFS (Network Filesystem).

O processo de uma chamada remota a procedimento é iniciado com o envio, por partedo cliente, de uma mensagem de requisição a um servidor remoto conhecido para execuçãode um procedimento qualquer. Os parâmetros desse procedimento são, também, enviadoscom a requisição. Supondo que o procedimento existe no servidor e que ele é executado comsucesso, uma resposta é enviada ao cliente e a execução do processo do cliente continuarnormalmente. Há, no entanto, variações em diversas implementações de RPC, o que resultaem protocolos incompatíveis entre si (e, portanto, na necessidade de diferenciação dessesprotocolos).

É importante notar que o processo cliente é bloqueado enquanto o processamento remoto

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acontece e só retorna a executar quando uma resposta é obtida. Além disso, chamadasremotas, diferentemente de chamadas locais, podem falhar devido a problemas de rede e,neste caso, as aplicações cliente devem tratar essas falhas sem a certeza de que as chamadasremotas foram executadas com sucesso.

Para permitir que servidores sejam acessados por clientes diferentes, diversos sistemas RPCforam criados e muitos utilizam uma linguagem de descrição de interface (IDL) para permi-tir que diversas plataformas possam executar as chamadas remotas. Os outros protocoloslistados nesta questão são análogos ao RPC.

A Figura 5 descreve o funcionamento básico do RPC. Nela, a execução se dá da esquerdapara a direita, iniciando com a chamada local do programa usuário. Depois, no stub dousuário (cliente), é realizada a conversão dos argumentos para transmissão pelas rotinas (detempo de execução) do RPC. Enquanto a mensagem é transmitida e a rotina é executadano servidor, o programa cliente �ca em espera. Quando a mensagem chega ao servidor,as rotinas do RPC a recebem, a repassam para o stub do servidor, que a repassa para oprograma que serve as rotinas para processamento. Com o �m do processamento, o processosimétrico é realizado. A função do stub do cliente é �iludir� o cliente em �pensar� que estáchamando uma função do servidor. O stub do servidor, de forma semelhante, �ilude� o pro-grama que serve as rotinas para que pareça que ele foi chamado pelo cliente. A transmissãode mensagens pelos stubs é realizadas para que o funcionamento do RPC aconteça de formatransparente para os programas cliente e servidor.

Figura 5: funcionamento básico do RPC.

CORBA

CORBA (Common Object Request Broker Architecture) é um padrão de�nido pelo OMG(Object Management Group) que permite que componentes de software escritos em lingua-gens de programação diferentes e em diversos computadores possam trabalhar em conjunto.Em outras palavras, o CORBA é uma infraestrutura multiplataforma para chamada remotaa procedimentos. O CORBA atua de modo que os objetos possam se comunicar de formatransparente para o usuário, mesmo que seja necessário se comunicar com outro programaem outro sistema operacional.

Mais especi�camente o CORBA é um mecanismo de software para normalização da se-mântica de chamadas a métodos no mesmo espaço de endereçamento (na aplicação local)ou em um espaço de endereçamento remoto. Para especi�cação das interfaces, a linguagem

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de de�nição de interface (IDL, do Inglês Interface De�nition Language) é usada para espe-ci�car as interfaces dos objetos que serão disponibilizados para o mundo externo à aplicaçãolocal. Existem, então, mapeamentos de IDL para linguagens de programação especí�cascomo Java, ou C++. Há mapeamentos padrão para Ada, C, C++, Lisp, Ruby, Smalltalk,Java, COBOL, PL/I e Python.

O mapeamento de linguagem exige que o desenvolvedor do software (usuário do CORBA,nesse caso) crie um código IDL que represente as interfaces para seus objetos. Tipicamente,uma implementação do CORBA é acompanhada de um compilador de IDL que converte ocódigo IDL do usuário em arquivos objeto para serem ligados pela aplicação.

Para linguagens em que não há uma IDL padrão, é possível implementar uma através dosuso de ORBs (Object Request Brokers) escritos para essas linguagens. O ORB é um módulointermediário entre cliente e objeto e é o responsável por aceitar requisições, enviá-las paraos objetos competentes e, assim que disponível, entregar a resposta para o cliente.

Um dos problemas na adoção do CORBA é que, por usar conexões TCP/IP em portasnão padrão, ele sofre com �rewalls mais restritivos, que permitem apenas o tráfego HTTPpela porta 80, por exemplo.

DCOM

O DCOM (Distributed Component Object Model) é uma tecnologia proprietária criadapela Microsoft para comunicação entre componentes de software distribuídos em redes decomputadores. O DCOM, quando criado, era chamado �Network OLE� e estende a tecno-logia COM (Component Object Model), também da Microsoft.1

A tecnologia COM de�ne como componentes de software e seus clientes interagem. Essainteração é de�nida de modo que o cliente e o componente podem se conectar sem a neces-sidade de um componente intermediário. É possível, então, que o cliente execute chamadasa métodos do componente sem overhead adicional. Com o COM é possível realizar comuni-cação entre processos de forma independente de linguagem de programação.

As extensões adicionadas ao COM pelo DCOM são, basicamente:

• A serialização/deserialização de argumentos e valores de retorno de métodos;

• Coleta de Lixo (Garbage Collection) distribuída, o que permite que referências mantidaspor clientes de interfaces sejam liberadas quando, por exemplo, a conexão é perdida.

O protocolo do DCOM foi baseado no DCE/RPC (con�ra a discussão de RPC na seçãoDCE), que de�ne regras claras sobre a serialização. O DCOM e o CORBA são padrõesconcorrentes e, como o CORBA, o DCOM sofre do mesmo problema de conexão através de�rewalls restritivos.

Há implementações do DCOM, nem todas gratuitas, para Windows, UNIX, Java e outrossistemas.

1http://msdn.microsoft.com/en-us/library/ms809340.aspx acessado em 25/05/2010.

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Java RMI

O Java Remote Method Invocation, Java RMI, como o próprio nome diz é uma API para amáquina virtual Java que permite a chamada remota a procedimentos de forma orientada aobjetos.2

Sua implementação original depende da máquina virtual Java e, portanto, permite cha-madas remotas apenas entre máquinas virtuais Java. Para permitir a execução fora damáquina virtual Java, uma versão em CORBA foi, depois, criada. Em Java, essa API podeser acessada através do pacote java.rmi.

As aplicações RMI são formadas, normalmente, por dois programas separados: um cli-ente e um servidor. Um servidor típico cria alguns objetos remotos, torna as referências aesse objetos acessíveis e aguarda que clientes invoquem métodos desses objetos. Um clientetípico, por sua vez, obtém uma referência remota a um ou mais objetos em um servidor einvoca métodos deles. Como em outras formas de chamadas a procedimentos remotos, oRMI provê o mecanismo de comunicação.

DCE

O ambiente de computação distribuído (DCE, do Inglês Distributed Computing Environ-ment) é um sistema de software desenvolvido no início da década de 1990 que provê umframework para desenvolvimento de aplicações cliente-servidor. Em particular, o DCE pos-sui uma tecnologia que provê RPC, chamado DCE/RPC. O DCE/RPC é, basicamente, umaimplementação de RPC para o DCE.

Discussão das alternativas

O objetivo desta questão é selecionar a tecnologia mais adequada para sistemas de objetosdistribuídos que compreendem o suporte a diferentes linguagens de programação e platafor-mas. Sendo as alternativas baseadas puramente em RPC relacionadas a programação nãoorientada a objetos, essas alternativas podem ser descartadas. Nos restam, portanto, asalternativas a, b e c. Ora, tendo sido o Java RMI inicialmente desenvolvida para execuçãoapenas na máquina virtual Java, podemos considerar que, mesmo a implementação atualpermitindo o uso de diferentes linguagens, que seu uso está mais reservado à linguagem Java,permitindo o descarte de sua opção correspondente.

Resta-nos, portanto, a escolha entre as técnicas concorrentes DCOM e CORBA, ambasacessíveis por diversas linguagens de programação e, de certa forma, disponíveis em diver-sas plataformas. No entanto, a popularidade do COM (e, consequentemente, do DCOM)é maior apenas em sistemas Windows e, com a introdução do framework .NET, é possívelsubstituir componentes DCOM por componentes implementados em .NET 3. Além disso, oDCOM é uma tecnologia proprietária da Microsoft.

Da discussão do parágrafo anterior podemos selecionar o CORBA, alternativa a como aresposta da questão. Outros aspectos que o tornam a opção mais adequada para a questãosão o fato dele ser um padrão aberto de�nido por um consórcio e de haver implementaçõesfuncionais para diversos sistemas operacionais e linguagens de programação.

2http://java.sun.com/docs/books/tutorial/rmi/overview.html3Using Web Services Instead of DCOM - http://msdn.microsoft.com/en-us/library/aa302336.aspx.

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10. Assuntos relacionados: Padrões W3C, Web Services,Banca: CESGRANRIOInstituição: BNDESCargo: Analista de SuporteAno: 2008Questão: 61

A empresa de informática X pretende acessar o web service da empresa Y. Qual o padrãoW3C que possibilitará ao desenvolvedor de software da empresa X implementar a partecliente que acessará o web service da empresa Y?

(a). WSDL

(b). HTML

(c). XQuery

(d). XPath

(e). UDDI

Solução:

Web service é um componente de software identi�cado por uma URI (Uniform ResourceIdenti�er) que não depende de implementação ou de plataforma e pode ser descrito, pu-blicado e invocado por meio de mensagens no padrão XML. Com web wervices é possívelrealizar integração entre sistemas desenvolvidos em diferentes linguagens e para diferentesplataformas. Além disso, é possível disponibilizar serviços interativos na Web. Ela é umatecnologia de padrão aberto e padronizado pelo W3C.

A arquitetura de web service é constituída por três componentes básicos: o servidor deregistro (broker server ou service registry), o provedor de serviços (service provider) e o soli-citante de serviços (service requestor). As interações entre esses componentes são de busca,publicação e integração.

A interação entre web services se dá sob vários protocolos abertos, em diferentes níveisde abstração. Os protocolos utilizados para realizar a comunicação são: UDDI (UniversalDescription Discovery and Integration), WSDL (Web Services Description Language), XML(Extensible Markup Language), SOAP (Simple Object Access Protocol) e o HTTP.

XML é uma linguagem de marcação apropriada para representação de dados, documen-tos e demais entidades. Sua essência fundamenta-se na capacidade de agregar informações.

O SOAP é um protocolo de comunicação simples baseado em XML para troca de informa-ções entre aplicações. A especi�cação do SOAP provê maneiras para construir mensagensque possam trafegar por meio de diversos protocolos de forma independente da linguagemde programação e do sistema operacional. Normalmente, o protocolo utilizado para trocade informações é o HTTP.

As alternativas trazem as seguintes tecnologias:

(A) WSDL (Web Services Description Language): é uma linguagem baseada emXML utilizada para descrever um web service e como acessá-lo. A descrição de umserviço consiste de duas partes: de�nição de implementação do serviço e de�nição dainterface do serviço. A primeira descreve como uma interface de serviço é implementada

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por um provedor: onde o serviço está instalado e como ele pode ser acessado. E asegunda descreve o web service, incluindo métodos que são invocados e parâmetros quedevem ser enviados;

(B) HTML (Hyper Text Markup Language): é uma linguagem de marcação de tagsutilizada para produzir páginas na Web;

(C) XQuery (XML Query): é uma linguagem utilizada para executar consultas emdados XML;

(D) XPath (XML Path): é uma linguagem para encontrar informações em um docu-mento XML. O XPath é utilizado para navegar através de atributos e elementos emum documento XML. Ela é o principal elemento no padrão XSLT;

(E) Para que um serviço seja utilizado é necessário que o cliente consiga localizá-lo, e essalocalização pode ser feita por meio do UDDI, que é uma especi�cação técnica paradescrever, descobrir e publicar web services.

Portanto, a resposta da questão é a alternativa A.

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11. Assuntos relacionados: Web Services, Interoperabilidade entre Aplicações,Banca: CESGRANRIOInstituição: PetrobrasCargo: Analista de Sistemas - Eng. de SoftwareAno: 2008Questão: 46

A interoperabilidade entre aplicações nos dias atuais é fortemente baseada no uso de webservices. Duas abordagens arquiteturais distintas para o projeto e implementação de webservices têm-se �rmado no cenário de tecnologia. São elas:

(a). REST e WS-*

(b). SOAP e WSDL

(c). RPC e RMI

(d). SGML e HTML

(e). B2B e B2C

Solução:

Web service é tecnologia que possibilita aplicações interagirem umas com as outras de formaindependente de plataforma operacional e linguagem de programação utilizadas. Os Webservices são componentes que permitem às aplicações enviarem e receberem mensagens for-matadas em XML. Apesar de não ser obrigatório, geralmente o HTTP é escolhido comomecanismo de transporte dessas mensagens.

(A) CORRETA

O termo REST se refere a um conjunto de princípios de arquitetura para web services.Um conceito importante em REST é a existência de recursos (elementos de informação),que são individualmente identi�cados por URIs (Identi�cadores Uniforme de Recurso). Deacordo com essa arquitetura, diferentes componentes da rede (clientes e servidores) devemutilizar os métodos do HTTP (por exemplo, POST, GET, PUT e DELETE) para troca-rem representações dos recursos existentes (os arquivos ou �cheiros são recebidos e enviados).

Algumas especi�cações vêm sendo desenvolvidas, principalmente pela W3C, para estenderas funcionalidades dos web services. Essas especi�cações são chamadas de WS-*. Algumasdas especi�cações mais importantes são: WS-Security, WS-Addressing, WS-Reliability eWS-Transaction.

Tendo em vista o exposto, é possível concluir que REST e WS-* são duas abordagens ar-quiteturais distintas que podem ser adotadas em projetos e desenvolvimentos de web services.

(B) ERRADA

SOAP (Simple Object Access Protocol) é um protocolo que de�ne, por meio de um conjuntode tags XML, o formato das estruturas das mensagens trocadas entre aplicações. Dois dosgrandes benefícios do SOAP são: padrão aberto adotado pela maioria das grandes empre-sas de hardware e software; e construído sobre padrões também abertos como HTTP e XML.

Web Services De�nition Language (WSDL) é uma linguagem baseada em XML utilizada

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para descrever web services. Trata-se de um documento escrito em XML que além de des-crever o serviço, especi�ca como acessá-lo e quais as operações ou métodos disponíveis.

Como SOAP é um protocolo e WSDL uma linguagem de de�nição, é incorreto dizer queeles são abordagens arquiteturais para projeto e implementação de web services.

(C) ERRADA

O RPC (Remote Procedure Call) de�ne um protocolo para execução remota de procedi-mentos em computadores ligados em rede. Esse protocolo pode ser utilizado com diferentesprotocolos de transporte, tais como UDP e TCP. Antes de ser enviada pela rede, uma RPCemitida pela aplicação cliente é encapsulada segundo o padrão SOAP. O serviço remoto,ao receber a mensagem, faz o processo reverso, desencapsulando a mensagem e extraindoa chamada. A aplicação servidora, então, processa essa chamada e envia sua resposta àaplicação cliente. Essa mensagem de resposta também é enviada de forma encapsulada se-gundo o padrão SOAP. Na máquina cliente, a resposta é desencapsulada e repassada para aaplicação cliente.

O RMI (Remote Method Invocation) é uma interface de programação que permite a execu-ção de chamadas remotas no estilo RPC em aplicações desenvolvidas em Java. A API RMIprovê ferramentas para que seja possível ao programador desenvolver uma aplicação sem sepreocupar com detalhes de comunicação entre os diversos possíveis elementos (hosts) de umsistema.

Apesar dos conceitos RPC e RMI se relacionarem com web service, é totalmente errôneodizer que eles são abordagens arquiteturais para projeto e implementação de web services.

(D) ERRADA

SGML é um acrônimo para �Standard Generalized Markup Language� que foi de�nido pelanorma ISO �8879:1986 Information processing�Text and o�ce systems�. Ela é uma meta-linguagem que pode ser utilizada para de�nir linguagens de marcação para documentos.SGML é uma descendente da GML (Generalized Markup Language) da IBM. Duas impor-tantes linguagens derivadas da SGML são HTML (HyperText Markup Language) e XML(eXtensible Markup Language).

HTML (Linguagem de Marcação de Hipertexto) é uma linguagem fundamentalmente base-ada nos padrões HyTime e SGML. O HyTime (Hypermedia/Time-based Document Structu-ring Language - ISO 10744:1992) é um padrão para representação estruturada de hipermídiae informação baseada em tempo. De acordo com essa padrão, um documento é visto comoum conjunto de eventos concorrentes dependentes de tempo (áudio, vídeo, etc.), conectadospor webs ou hiperlinks.

Por se tratarem de linguagens de marcação, não faz sentido nenhum dizer que SGML eHTML são abordagens arquiteturais para projeto e implementação de web services.

(E) ERRADA

B2B e B2C são duas das diversas siglas relacionadas ao e-commerce e ao e-business. Por-tanto, nada têm a ver com abordagens arquiteturais. As principais siglas são:

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• B2B (Business to Business) - são transações de comércio entre empresas;

• B2C (Business to Consumer) - são transações de comércio entre empresa e consumidor.Um exemplo bem conhecido é o website Amazon;

• C2C (Consumer to Consumer) - este é o comércio entre consumidores. Bons exemplosdesse tipo de transação são os sites de leilão;

• B2G (Business to Governement) - são as transações entre empresa e governo. O exemplomais comum de B2G são as licitações online;

• B2E (Business-to-Employee) - normalmente relacionado aos portais (intranets) queatendem aos funcionários. Tem por objetivo ser uma área central de relacionamentocom a empresa. Através dele os funcionários podem, por exemplo, pedir material parasua área, gerir todos os seus benefício ou até utilizar processos de gestão dos funcionários(faltas, avaliações, inscrições em treinamentos, etc.).

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12. Assuntos relacionados: HTTPS, RSS, ATOM, CSS, Web 2.0,Banca: CesgranrioInstituição: PetrobrasCargo: Analista de Sistemas Júnior - Processos de NegócioAno: 2008Questão: 31

Analise as a�rmativas a seguir, sobre tecnologias e arquitetura da Internet.

I - Ao utilizar uma conexão segura (https) com um site, se um cliente não possuir umaidentidade digital, tal como um e-CPF ou e-CNPJ, somente serão criptografados osdados enviados do cliente para o servidor. Nesta situação, o servidor não deve exibirdados sigilosos para o cliente, pelo fato de os mesmos estarem sujeitos à interceptação;esta é a principal razão pela qual alguns serviços na Internet só são disponibilizadospara clientes que possuem identidade digital.

II - Os formatos de distribuição de informações e notícias (newsfeeds) RSS e ATOM,baseados em XML e inicialmente utilizados em blogs, têm sido adotados nos maisvariados tipos de sites como alternativa a outras modalidades de distribuição de notíciastais como as listas de e-mails.

III - O uso de folhas de estilo CSS externas nas páginas de um site ou aplicação Internet,em alternativa à marcação com atributos nos tags HTML e XHTML, proporciona umaredução signi�cativa da exigência de banda, melhorando a experiência do usuário edemandando menos recursos dos servidores do site.

IV - O termo Web 2.0, atualmente em evidência, se refere a um conjunto de novos padrõese recomendações do W3C, bem como a tecnologias de diversos fabricantes, que tornampossíveis a criação de aplicações para a Web Semântica (Semantic Web) conformevislumbrado por Tim Berners-Lee, o �criador� da Web.

Estão corretas APENAS as a�rmativas

(a). I e II

(b). I e III

(c). II e III

(d). II e IV

(e). III e IV

Solução:

Item I ERRADA

O HTTPS é uma aplicação que tem por �nalidade garantir segurança nas transmissões dedados através da Internet, em aplicações como Home Banking, compras por cartão de cré-dito, e-commerce, en�m, aplicações comerciais que envolvam valores, informações privadas,senhas, etc. O HTTPS é a utilização do protocolo HTTP (HyperText Transfer Protocol)em conjunto com o protocolo SSL (Secure Sockets Layer). Para a transação segura ocorrer,o HTTPS deve estar ativado no servidor e pode estar ativado no cliente. Isto é, não é ne-cessário o cliente ter HTTPS ativado, porém, o cliente deve ter um browser habilitado parao protocolo SSL.

Um ponto importante no HTTPS é o uso de certi�cados digitais. Para o HTTPS ser ativado

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deve-se possuir um certi�cado. Logo, como todo servidor deve ter HTTPS ativado, ele deveser certi�cado. Receber um certi�cado digital é a garantia para o cliente de que ele estámandando os dados para o host correto. Isso é o servidor é exatamente quem ele diz ser. Ocliente pode conseguir informações do certi�cado do servidor através do browser, clicandono ícone em formato de cadeado. Um usuário, através de um browser, acessa o site doservidor que disponibiliza uma página segura (HTTPS). Esta conexão somente será possívelse o usuário estiver com a opção de SSL ativada, ou através de um Proxy com SSL ativado.Caso contrário, a página estará indisponível para este usuário.

Item II CORRETA

O RSS é um conjunto de especi�cações voltadas para agregação e distribuição de conteúdosda Web, que facilita o processo de consulta e partilha de informação proveniente de diversasfontes de informação, periodicamente sujeitas a alterações ou atualizações. Tecnicamente,um dos principais trunfos dessa tecnologia reside em sua simplicidade, já que RSS nada maisé do que um arquivo-texto codi�cado dentro de um padrão compatível com o formato XML(eXtensible Markup Language). Este arquivo também é conhecido pelo nome de feed já queé �alimentado� constantemente, na medida em que ocorre alguma atualização no conteúdo.Assim, um arquivo RSS (feed) é, na realidade, uma lista constituída pelos elementos essen-ciais que descrevem uma determinada informação da Web: o título do documento, sua URL(Uniform Resource Locator, o endereço que localiza os sítios na Web) e uma breve descriçãode seu conteúdo.

O ATOM tem o mesmo objetivo do RSS, é escrito também em XML, exibe feeds pare-cidos aos do RSS, porém apresenta algumas vantagens. Do ponto de vista de quem recebeos feeds, o ATOM dá menos problemas na leitura, oferece título e subtítulo, nome do autorcom ou sem seu email, data e horário da atualização, e dá a informação em forma de resumo.

Atualmente existe um uso intensivo desta tecnologia em páginas cuja atualização ocorrecom freqüência, como acontecem com os blogs, serviços de notícias e as tradicionais formasde publicação, como jornais e revistas. Esta é uma prática comum das agências de notíciasque permitem outras páginas Web incorporarem suas notícias e resumos por meio de acordosvisando ampliar o número de leitores.

Item III CORRETA

Uma folha de estilos é um conjunto de regras que informa a um programa, responsávelpela formatação de um documento, como organizar a página, como posicionar e expor otexto e, dependendo de onde é aplicada, como organizar uma coleção de documentos.

Com folhas de estilo é possível criar muitas páginas com um layout so�sticado que antes sóera possível usando imagens, tecnologias como Flash ou Applets Java. Estas páginas eramsempre mais pesadas, pois precisavam carregar imagens, componentes, programas. ComCSS é possível de�nir texto de qualquer tamanho, posicioná-lo por cima de outros objetos,ao lado ou por cima de texto e conseguir efeitos so�sticados a um custo (banda de rede)baixo. O CSS no modo Linking cria outro arquivo, independente, só para as regras de estilo,realmente representa uma ruptura no ato de criar páginas. E uma enorme facilidade quandose deseja alterar a aparência dos sites. Há duas grandes vantagens em usá-lo:

• separação entre formatação e conteúdo com consequente facilidade para atualização dosite; e

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• diminuição drástica no tamanho do código de cada página.

Como pode ser observado em uma das suas vantagens, a utilização do CSS externo melhorao desempenho ao carregar uma página porque o tamanho dos arquivos diminui, acelerandoo carregamento das páginas. O browser utiliza o cache para carregar o mesmo CSS compar-tilhado por diversos arquivos, semelhante ao o que ocorre com imagens e arquivos Javascriptexternos.

Item IV ERRADA

A Web 2.0 é um conjunto de sites e serviços on-line bastante diferentes dos tradicionais,pois as páginas são mais interativas e os dados do usuário �cam todos na rede. O termo�Web 2.0� é usado para descrever uma nova fase da rede mundial (Internet), em que osprodutores de software dispõem das ferramentas para criar sítios Web que têm a mesmaaparência e o mesmo comportamento dos programas que tradicionalmente corriam nos com-putadores pessoais. A própria Web passou a ser a plataforma que oferece os serviços e osprogramas. De outra maneira, a Web 2.0 pode ser melhor de�nida como sendo uma novaforma de utilização dos recursos fornecidos pela Web na administração (envio e recebimento)de dados e não novos padrões e recomendações do W3C (World Wide Web Consortium).

Portanto, a resposta correta é alternativa C.

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13. Assuntos relacionados: Web Services, Simple Object Access Protocol (SOAP), Univer-sal Description, Discovery and Integration (UDDI), Web Services Description Language(WSDL),Banca: ESAFInstituição: Agência Nacional de Águas (ANA)Cargo: Analista Administrativo - Tecnologia da Informação e Comunicação / Desenvolvi-mento de Sistemas e Administração de Banco de DadosAno: 2009Questão: 9

Na arquitetura de Web Services, o componente que compreende um serviço de diretóriospara armazenamento de descrições de serviços é

(a). o Protocolo de Acesso a Objetos Simples (SOAP).

(b). a Descrição, Descoberta e Integração Universal (UDDI).

(c). a Linguagem de De�nição de Web Services (WSDL).

(d). a Linguagem de Marcação Hiper-Texto (HTML).

(e). a Arquitetura TCP/IP.

Solução:

(A) INCORRETA

O SOAP (originalmente do Inglês Simple Object Access Protocol) é um protocolo paraintercâmbio de informação estruturada na implementação de Web Services. Como formatode mensagens, ele depende de XML e depende também de protocolos da camada de apli-cação, como HTTP e RPC. Por ser um protocolo para troca de informação, o SOAP podeprover a fundação da pilha de protocolos de Web Services, sobre o qual uma infraestruturamaior pode ser construída. Sendo um protocolo de intercâmbio de informação e não umserviço de diretórios, esta opção não responde corretamente a questão.

(B) CORRETA

O UDDI (do Inglês Universal Description, Discovery and Integration) é um registro ba-seado em XML e independente de plataforma como um �meta serviço� (um serviço queserve serviços) para permitir consultas robustas em metadados. Ele fornece à indústria umaespeci�cação para construção de registros de Web Services interoperáveis. O UDDI é umpadrão mantido pela OASIS (Organization for the Advancemente of Structured InformationStandards) e permite a publicação de listagens de serviços, a descoberta de serviços e queaplicações interajam através da Internet. De todas as alternativas listadas nesta questão,essa é a única relacionada à publicação e descoberta de serviços e, portanto, é a alternativacorreta.

(C) INCORRETA

A WSDL (do Inglês Web Services Description Language) é, como o próprio nome diz, umalinguagem para descrição de Web Services. Ela é uma linguagem baseada em XML usadapara descrever serviços de rede como um conjunto de pontos que operam em mensagens quecontém tanto informação orientada a documentos quando informação baseada em procedi-mentos. Um documento WSDL de�ne serviços como coleções de pontos �nais. Em WSDL,

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a de�nição abstrata de pontos �nais e mensagens é separada de sua implementação, o quepermite o reuso de de�nições abstratas: mensagens, que são descrições abstratas dos dadostransmitidos, e tipos de porta, que são coleções abstratas de operações.

Sendo uma linguagem para descrição de Web Services sem a capacidade de armazenamentode descrições de serviços, essa alternativa está incorreta.

(D) INCORRETA

A linguagem de marcação de hipertexto (HTML, do Inglês HyperText Markup Language) éuma linguagem de marcação para páginas web. Ela provê meios para a criação de documen-tos estruturados através da de�nição de semântica estrutural para cabeçalhos, parágrafos,listas, links e assim por diante.

Sendo uma linguagem para marcação de texto e sem qualquer característica dinâmica na-tiva (até a versão 4), e não fazendo parte, diretamente, do conjunto de tecnologias de WebServices, mas como uma forma de apresentação de documentos, HTML não representa umaresposta correta para essa pergunta.

(E) INCORRETA

A pilha de protocolos TCP/IP é um conjunto de protocolos de comunicação usada na In-ternet e outras redes similares. Seu nome advém de seus protocolos mais importantes: o decontrole de transmissão (TCP) e o da Internet (IP), os dois primeiros a serem de�nidos nopadrão.

Sendo um conjunto de protocolos para comunicação e não fazendo parte, explicitamente,do conjunto de tecnologias de Web Services, a arquitetura TCP/IP não é a solução corretapara a questão.

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Questão Resposta

1 E

2 C

3 A

4 D

5 E

6 B

7 D

8 D

9 A

10 A

11 A

12 C

13 B

Página 41 de 41 Handbook de TI Além do Gabarito

Índice Remissivo

ATOM, 36

B2B, 4B2C, 4B2E, 4B2G, 4

Classi�cação ABCD, 12Common Object Request Broker Architecture

(CORBA), 27CSS, 36

Desenvolvimento Web, 20Distributed Component Object Model (DCOM),

27Distributed Computing Environment (DCE),

27DTD, 20

ERP, 6, 8, 12

HTML, 20HTTPS, 36

Interoperabilidade entre Aplicações, 33

Java Remote Method Invocation (Java RMI),27

Padrões W3C, 31Portais Corporativos, 4

Remote Procedure Call (RPC), 27RSS, 36

Simple Object Access Protocol (SOAP), 39Sistemas Distribuídos, 27SOA, 17, 18

Universal Description, Discovery and Integra-tion (UDDI), 39

Web 2.0, 36Web Services, 31, 33, 39Web Services Description Language (WSDL),

39Work�ow, 15Work�ow Management System (WFMS), 15

XML, 20XSLT, 20 42