arqueologia do cerrado (maio 2009)

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Famílias lingüísticas nas terras baixas (Nimuendaju)

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Apresentação do pesquisador Eduardo Goes Neves sobre ocupação da Amazônia, para os estudantes do projeto Repórter do Futuro, da Oboré, no sábado 16 de maio.

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Page 1: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

Famílias lingüísticas nas terras baixas (Nimuendaju)

Page 2: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

OMODELO

CARDÍACODE

LATHRAP

Page 3: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

“O MODELO STANDARD”

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Page 5: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

Gasoduto Urucu-Manaus

Page 6: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)
Page 7: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

CRONOLOGIA CERÂMICA

• Fase Guarita• (900 – 1600 DC)

• Fase Paredão• (700 – 1250 DC)

• Fase Manacapuru• (400 – 900 DC)

• Fase Açutuba• (300 BC – 400 DC)

Page 8: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

FaseAçutuba 300 AC –

400 DC

Page 9: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

Sítio Hatahara – Contextos Manacapuru/Paredão in situ

Page 10: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

SILOS FASE PAREDÃO

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Page 12: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

Sítio Hatahara, Sepultamento(foto Val Moraes)

Page 13: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

Sítio Laguinho – Montículo I

Page 14: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

SILOS ESCAVADOS – SÍTIO LAGUINHO

Page 15: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

PADRÕES NA AMAZÔNIA CENTRAL•

• 1) A presença de ocupações antigas, sempre enterradas, as vezes com um só componente, as vezes subjacentes a outras ocupações, sem terra preta, associadas à fase Açutuba.

• 2) a ocorrência de depósitos espessos com ocupações Manacapuru e/ou Paredão com a presença superficial de ocupações Guarita.

• 3) a ocorrência de depósitos espessos com ocupações Manacapuru e/ou Paredão sem a presença superficial de ocupações Guarita.

• 4) o menor tamanho das áreas de distribuição de fragmentos Guarita quando comparadas às áreas de distribuição das ocupações anteriores, da fase Paredão.

• 5) a ocorrência de sítios Guarita sem depósitos de terras pretas.

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PROJETO AMAZÔNIA CENTRAL DATAS RADIOCARBÔNICAS

(1500 BC – 1600 DC)

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Sítio Osvaldo – Peso concentrações cerâmicas (Chirinos 07)

Page 18: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

Montículos no sítios da fase Paredão

Page 19: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

Montículos no sítios da fase Paredão

Page 20: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

Sítio Lago Grande – reconstituição hipotética do crescimento da aldeia, séculos VII-XI DC

(Moraes 07)

Page 21: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

Sítio Hatahara - P disponível por níveis artificiais de 10 cm. (Mehlich) (Rebellato 07)

Page 22: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)
Page 23: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)
Page 24: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

Cerâmicas Guarita,

fotoMaurício de Paiva

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Sítio Açutuba - Vala defensiva na extermidade Sul (Neves 07)

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Sítio Lago Grande - Vala defensiva (Neves 07)

Page 27: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

Comparação das áreas de dispersão de cerâmicas da fase Guarita (vermelho) com ocupações precedentes (bege e preto)

Page 28: Arqueologia do Cerrado (Maio 2009)

SÍNTESE DA HISTÓRIA AMAZÔNIA CENTRAL (500 BC – 1500 DC)

• 1) Ocupação inicial por grupos ceramistas nômades com origem provável no norte da América do Sul (fase Açutuba),

• 2) Estabelecimento de ocupações sedentárias, de longa duração, associadas a construção de montículos, terras pretas, sistemas regionais e aldeias circulares (fases Manacapuru e Paredão),

• 3) Ruptura desse padrão com ocupações associadas à fase Guarita: aumento da mobilidade, redução do tamanho dos assentamentos, guerra,

• 4) Na Amazônia central, portanto, as fases são bons indicadores da variabilidade cultural e social no passado.

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EXPANSÃO POLÍCROMA

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A EXPANSÃO POLÍCROMA AO LONGO DO RIO SOLIMÕES

• 1) Rapidez e ritmo semelhantes ao da expansão Tupinambá no litoral Atlântico (processos ribeirinho e costeiro),

• 2) Sub-tradição Tupinambá tem origem na bacia do alto rio Madeira,

• 3) Fase Guarita também tem origem no alto rio Madeira (fase Jatuarana),

• 4) Presença de grupos (Omágua) no alto Amazonas no séc. XVI produzindo cerâmica semelhante à Guarita (fase Napo) falando uma língua da família Tupi-Guarani.

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CONCLUSÕES:• 1) Fases, tradições, horizontes etc. são conceitos

heurísticos que, se bem empregados, podem apreender a variabilidade cultural no passado,

• 2) O uso, no Brasil, do método Ford de seriações cerâmicas criou uma falsa associação entre esse recurso classificatório e a construção de categorias mais inclusivas como fases,

• 3) Fases, no entanto, podem ser estabelecidos a partir de outros atributos que funcionem como indicadores da variabilidade cultural e social no passado. Abordagem contextual e não apenas em objetos,

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CONCLUSÕES

• 4) Sem tais categorias, a arqueologia, pelo menos a dos grupos ceramistas, corre o risco de se tornar um exercício meramente descritivo,

• 5) Classificações são sempre um meio e nunca um fim,6) O fim, nesse caso, é construir narrativas de histórias de longa duração a partir do estudo do registro arqueológico.