aromaterapia e suas aplicações

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CADERNOS • Centro Universitário S. Camilo, São Paulo, v. 11, n. 4, p. 57-68, out./dez. 2005 57 Aromaterapia e suas aplicações Aromatherapy and its applications RESUMO O termo aromaterapia foi introduzido por René Maurice Gatefossé na década de 1920 e teve seu desenvolvimento posteriormente por seus seguidores. Esta terapia se vale dos poderes dos óleos essenciais para predispor à prevenção, à cura e ao equilíbrio psicos- somático. A ação dos componentes dos óleos essenciais pode se dar por contato com a pele: penetração e conseqüente alcance da corrente sangüínea, ou por estimulação do sistema nervoso central pelo processo de transdução. Pode-se, portanto, dizer que são três os sistemas fundamentais para se processar a aromaterapia: circulatório, límbico e olfativo. As propriedades e indicações dos óleos essenciais são extremamente numero- sas, e para assegurar o sucesso da terapia, é necessário o acompanhamento por profis- sional especialista e habilitado, já que hoje a tendência é a prescrição cada vez mais individualizada e adequada para cada pessoa, pois a aromaterapia visa, além de curar estados patológicos, promover e restaurar o equilíbrio mental e psicológico. DESCRITORES Aromaterapia – tendências; Equilíbrio psicossomático; Aromaterapia – óleos essenciais ABSTRACT The term aromatherapy was introduced by René Maurice Gattefossé around 1920 and has been developed subsequently by his followers. This therapy uses the power of essential oils to predispose illnesses prevention and cure and the psychosomatic balance. The action of essential oil compounds can happen by contact with the skin: penetration and consequent reach of the blood chain, or by stimulation of the Central Nervous System through transduction. Therefore, we can say that there are three fundamental systems involved in the procedure of aromatherapy: circulatory, limbic and olfactory. There are plenty properties and indications of essential oils, and to ensure the success of the therapy it is necessary to have the assistance of a specialist and qualified professional, since nowadays the tendency is the individual prescription, suitable for each person, because aromatherapy, besides curing illnesses, must promote and restore the mental and psychological equilibrium. KEYWORDS Aromatherapy – trends; Phychosomatic balance; Aromatherapy – essential oils Patrícia Andrei* Aparecida Peres Del Comune** * Farmacêutica da empresa Naturelle, graduada pelo Centro Universitário São Camilo. ** Docente do Curso de Farmácia do Centro Universitário São Camilo. ARTIGO DE REVISÃO/REVIEW ARTICLE Farmácia 07_Aromaterapia.p65 30.03.2006, 10:12 57

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CADERNOS • Centro Universitário S. Camilo, São Paulo, v. 11, n. 4, p. 57-68, out./dez. 2005 57

Aromaterapia e suas aplicações

Aromatherapy and its applications

RESUMOO termo aromaterapia foi introduzido por René Maurice Gatefossé na década de 1920 eteve seu desenvolvimento posteriormente por seus seguidores. Esta terapia se vale dospoderes dos óleos essenciais para predispor à prevenção, à cura e ao equilíbrio psicos-somático. A ação dos componentes dos óleos essenciais pode se dar por contato com apele: penetração e conseqüente alcance da corrente sangüínea, ou por estimulação dosistema nervoso central pelo processo de transdução. Pode-se, portanto, dizer que sãotrês os sistemas fundamentais para se processar a aromaterapia: circulatório, límbico eolfativo. As propriedades e indicações dos óleos essenciais são extremamente numero-sas, e para assegurar o sucesso da terapia, é necessário o acompanhamento por profis-sional especialista e habilitado, já que hoje a tendência é a prescrição cada vez maisindividualizada e adequada para cada pessoa, pois a aromaterapia visa, além de curarestados patológicos, promover e restaurar o equilíbrio mental e psicológico.

DESCRITORESAromaterapia – tendências; Equilíbrio psicossomático; Aromaterapia – óleos essenciais

ABSTRACTThe term aromatherapy was introduced by René Maurice Gattefossé around 1920 and hasbeen developed subsequently by his followers. This therapy uses the power of essentialoils to predispose illnesses prevention and cure and the psychosomatic balance. Theaction of essential oil compounds can happen by contact with the skin: penetration andconsequent reach of the blood chain, or by stimulation of the Central Nervous Systemthrough transduction. Therefore, we can say that there are three fundamental systemsinvolved in the procedure of aromatherapy: circulatory, limbic and olfactory. There areplenty properties and indications of essential oils, and to ensure the success of thetherapy it is necessary to have the assistance of a specialist and qualified professional,since nowadays the tendency is the individual prescription, suitable for each person,because aromatherapy, besides curing illnesses, must promote and restore the mentaland psychological equilibrium.

KEYWORDSAromatherapy – trends; Phychosomatic balance; Aromatherapy – essential oils

Patrícia Andrei*Aparecida Peres

Del Comune**

* Farmacêutica da empresa

Naturelle, graduada pelo Centro

Universitário São Camilo.

** Docente do Curso

de Farmácia do Centro

Universitário São Camilo.

ARTIGO DE REVISÃO/REVIEW ARTICLEFarmácia

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INTRODUÇÃO

O termo aromaterapia foi introduzido porRené Maurice de Gatefossé, químico francês, ecomeçou a ser difundido em 1964. Aromatera-pia é a arte e a ciência de usar óleos de plantasem tratamento dos desequilíbrios, através dosaromas. É considerada medicina natural, alter-nativa, preventiva e também curativa.

A aromaterapia vale-se dos poderes decura do mundo das plantas, mas em vez deusar toda a planta ou parte dela, somente oóleo aromático é empregado. Essa substânciaaromática poderosa é encontrada em pequenasglândulas localizadas tanto nas partes maisexternas quanto nas partes mais centrais dasraízes, caule, folhas, flores ou frutos de umaplanta. (Price, 1999).

Os principais métodos usados em aromate-rapia são: a inalação, o banho aromático e aaplicação.

Os aromas constituem o nosso contato maisíntimo com a natureza e têm o poder de nospredispor ao sono, ao repouso, ao estado dealerta, à criatividade, à irritabilidade e à cria-ção, dentre outros, pois o olfato é o mais antigoe talvez o mais desconhecido dentre os sentidosdesenvolvidos pelo homem. (Corazza, 2002).

As substâncias odoríferas desprendem par-tículas que são carregadas pelo ar, e estimulamas células nervosas olfativas; tal estímulo é sufi-ciente para desencadear outras reações, entreelas a ativação do sistema límbico, ou seja, daárea cerebral responsável pela olfação, memóriae emoção. Desta forma, têm-se os processos decura da aromaterapia.

Há uma variedade de fatores que ajudam adeterminar a eficácia do tratamento aromaterá-pico. Dentre elas estão: a qualidade dos óleosessenciais, os métodos de aplicação, o conheci-mento do aromaterapeuta, e as diversas precau-ções a serem tomadas.

Dentre a diversa gama de óleos essenciais,podemos citar: alecrim, artemísia, baunilha, berga-

mota, camomila-dos-alemães, canela, citronela,eucalipto, gengibre, gerânio, hortelã, lavanda,patchuli, tea-tree e ylangue-ylangue, cada um comsuas respectivas características e propriedades.

TRAJETÓRIA METODOLÓGICA

As plantas e seus componentes vêm sendousados desde antes de Cristo (a.C.) pelos ho-mens, com objetivos religiosos, medicinais e deincremento da beleza.

No período Paleolítico (10000 a.C), a des-coberta de utensílios trabalhados em lascas depedra rústica proporcionaram a possibilidade daforma de vida em tribos (e não mais nômades),o que pôde trazer maior conhecimento sobre anatureza.

Já no período Neolítico (4000 a.C.), o ho-mem da tribo cultivava plantas e aprendeu aextrair os óleos graxos vegetais através de pres-são aplicada por meio de pedras. Já eram co-nhecidos os níveis de toxicidade de algumasplantas, que passaram a ser usadas com muitacautela.

A história da terapêutica começa, provavel-mente, por Mitridates, no século II a.C., sendoele considerado o primeiro farmacologista expe-rimental. Em meados do século passado, foi en-contrado em Luxor, no Egito, o Papiro de Ébers,de 1550 a.C., no qual estavam registradas 700drogas diferentes, inclusive extratos de plantas.

Nos rituais que envolviam fogueiras, mui-tas vezes os homens queimavam plantas aromá-ticas e descobriam que sua fumaça provocavaora sonolência, ora revigoramento, e outras sen-sações, evidenciando desta forma algumas desuas propriedades curativas. Observando os efei-tos da “fumaça” sobre a mente, a humanidadepassou a atribuir poder à mesma.

A palavra perfume tem sua origem no latim“per fumum”, que quer dizer “através da fuma-ça”. Os perfumes eram usados em rituais paraagradar as divindades.

Foi encontrado no Iraque, em 1975, porarqueólogos, o esqueleto humano de seis milanos de Shanidar IV (líder religioso de grandeconhecimento botânico), ao lado de depósitos

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de pólen, jacintos e ervas. Acredita-se ter sidoeste o primeiro ritual que teria utilizado plantas,flores e aromas.

Os egípcios queimavam olíbano ao nascerdo sol, em homenagem ao deus Rá (do sol), emirra ao chegar a noite. Embalsamavam os cor-pos com mirra pura moída, canela e essênciasdiversas.

Era comum na medicina egípcia o uso demirra como antiinflamatório e o tratamento defraturas ósseas com misturas de plantas e óleos.

Entre 2551 e 28 a.C., foram datados os pri-meiros registros sobre o uso das ervas na medi-cina, após o desenvolvimento da técnica de fa-bricação do papiro.

“Na tumba do faraó Quefén, guardada pelaesfinge de Gizé, eram realizadas oferendas de-vocionais de incenso e olíbano”. Já na tumba deTutancamon (1550-1295 a.C.) foram encontra-dos óleos aromáticos de cedro, coentro, mirra,olíbano e zimbro (Corazza, 2002).

A rainha da 18º dinastia (1550-1295 a.C.),Hatshepsut, utilizava mirra para massagear eperfumar suas pernas. Mas foi apenas no reina-do dos Ramsés (800-700 a.C.) que o cuidadocom a aparência chega ao auge, devido ao cos-tume dos egípcios perfumarem a água do ba-nho com ervas aromáticas, com predominânciade olíbano.

Na perfumaria sedutora, foi Cleópatra (69-30 a.C.) que se destacou, com o perfume cypri-num, feito com óleo essencial das flores dehenna, açafrão, menta e zimbro.

Segundo Kaly (1963), foram poucos os po-vos que se esmeraram na elaboração e utiliza-ção dos perfumes.

Os gregos relacionavam os aromas aosdeuses do Olimpo. Tinham, assim como os egíp-cios, o hábito de ungir os mortos, queimar in-censo, e perfumar a si mesmos para que suabeleza pudesse ser notada. Confeccionavamguirlandas de rosas para amenizar os sintomasda enxaqueca.

Na Ilha de Creta, utilizavam-se ervas aro-máticas como o açafrão, o pinheiro-de-creta e ocipreste como antissépticos.

No oráculo de Delfos, as sacerdotisas quei-mavam mirra e incenso e maceravam flores.

Nas olimpíadas, a recompensa do vence-dor era uma coroa de louro aromático.

Foi Ibn Sina, conhecido como Avicena (980-1037), quem criou o processo de destilação,extraindo o óleo essencial de rosas e elaboroua água-de-rosas, feita com Rosa centifolia, naEuropa das Cruzadas.

As mulheres dos haréns perfumavam o hálitoe o corpo com banhos e loções de feno-grego.

Na Idade Média, invadida pela peste, osaromas eram de extrema importância, pois acre-ditava-se que contaminavam o ar purificado; aovisitar doentes, os médicos queimavam ervasaromáticas. Já no século XVIII, foi Hahnemannque “reafirmou a importância das plantas, dasflores e dos aromas” (Kaly, 1963).

Os farmacêuticos Cadeac, Meunir, Gaffi,Cajola e Chamberland, foram de extrema impor-tância ao estudo dos perfumes, e René MauriceGatefossé foi o primeiro a falar de aromaterapia,em 1928.

Na França feudal, sementes e demais com-postos aromáticos derivados da violeta, lavandae flor de laranjeira eram vendidos para seremusados como proteção contra as pragas.

Com a decadência dos feudos e o surgi-mento do comércio urbano, teve início a fabri-cação de perfumes, de modo organizado. Aprimeira descrição autêntica e detalhada sobreóleos essenciais foi feita apenas no século XIII,por Arnold Villanova de Bachuone, relacionan-do terebintina, alecrim e sálvia. Logo após, vá-rios outros óleos essenciais foram destilados,dentre eles os de arruda, canela e sândalo.

Caminhando aos dias atuais

Por volta do ano de 1200, o perfumista éreconhecido como profissional, pelo rei FelipeAugusto II, que concedeu licença à abertura delocais para a comercialização de essências. Sur-gem então as primeiras escolas para aprendizese oficiais de supervisão em trabalhos de prensa-gem, maceração e formulação combinada paracomposições olfativas.

Em 1370 foi criada a Água de Toalete [Eaude toillete], feita de óleos essenciais combinadosem álcool, para Isabele, a rainha da Hungria.

No século XIV, foram feitos recipientes deouro ou prata, que enfeitavam o pescoço ou acintura, os pommanders, que continham umafragrância à base de resinas e óleos essenciais,com a finalidade de proteger seu usuário depestes e doenças.

Com a descoberta da América, em 1492,muitas plantas até então desconhecidas chega-ram à Europa.

Entre 1560 e 1580, o padre José de Anchie-ta denomina a hortelã-pimenta de “erva boa”,pois era usada pelos índios contra indigestão epara amenizar nevralgias, reumatismo e doen-ças nervosas.

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Antes de falecer, em 1654, o médico e as-trólogo inglês Nicholas Culpeper afirma que oscondimentos podem curar todo tipo de doença,por ação de seus óleos essenciais.

No século XVI, eram usadas cerca de seten-ta essências em perfumaria e cosméticos. Masfoi apenas no século XVII que a perfumaria foidifundida pelo mundo; porém, neste mesmoséculo ocorreu um avanço da pesquisa científi-ca, devido à descoberta de novas substânciasquímicas com maior poder de cura em menortempo que os óleos essenciais, que caíram emdesuso, pois foram então substituídos por subs-tâncias sintéticas e passaram a ser vistos apenaspor sua propriedade em perfumar.

Em 1714, é criada a Água de Colônia [Eaude cologne], por Jean-Marie Farina. A França sedestaca no desenvolvimento de novas composi-ções olfativas, com o objetivo de perfumar asluvas da nobreza.

Com a descoberta da saponificação comsoda cáustica, em 1791, a produção de sabone-tes estimula mais a perfumaria.

No século XVIII, foram criados nas casas asala de banho e o sanitário, o que trouxe nova-mente o hábito dos banhos perfumados.

Em 1828 surgiu a primeira casa de perfu-maria “Perfumes Guerlain”, com a posterior cria-ção da Água de Colônia Imperial, vendida atéhoje.

No século XIX, os perfumes ganharam “sta-tus” e eram até usados para tratar doenças dosistema nervoso.

No século XX, foram pesquisadas as subs-tâncias sintéticas para a indústria da perfumaria.Em 1920, com a criação dos aldeídos, surge operfume Chanel nº 5.

Já em 1928, na França, após sofrer diversasqueimaduras em laboratório, que foram curadascom óleo essencial de lavanda, René Maurice deGatefossé deu início ao seu trabalho com óleosessenciais em cosméticos, e instituiu o termo“aromaterapia”.

Em 1949, é fundado o The Fragrance Re-search Foundation, por seis grandes indústriasde perfumaria: Elizabeth Arden, Coty, Guerlain,Helena Rubinstein, Chanel e Perfumes Weil, como objetivo do estudo das fragrâncias entre osnorte-americanos. Tal instituição teve seu cres-cimento tributado a Anette Green, ao mostrar“que as diversas categorias de perfume podemser utilizadas de forma mais apropriada para cadaetapa da vida”. (Corazza, 2002).

Podemos encontrar relatadas as práticasaromaterápicas usadas na Segunda Guerra mun-

dial para tratar os feridos no livro Aromatherapie,escrito em 1964 por Jean Valnet.

Após citar tantos nomes, devemos destacarMarguerite Maury (1895-1968), enfermeira e as-sistente cirúrgica austríaca, mais conhecida porser a mãe da aromaterapia atual. Seu reconheci-mento como pioneira da aromaterapia modernadeve-se ao fato de ter combinado a arte da mas-sagem oriental às propriedades medicinais dosóleos essenciais, formulados em prescrições in-dividuais. Ela fundou a primeira clínica aroma-terápica, em Londres. Seu livro foi publicado em1961, na França, com posterior tradução para oinglês [The secret of life and youth], sendo con-siderado obra de referência em óleos essenciais.Em 1962, recebeu o Prêmio Internacional deEstética e Cosmetologia por contribuição aocampo terapêutico e cosmético de tratamentoda pele.

Têm-se observado, nas últimas décadas,intensa preocupação com perfumes em relaçãoaos seus poderes terapêuticos. Este fato podeser confirmado com o surgimento de institui-ções dedicadas apenas ao estudo e divulgaçãodas propriedades dos óleos essenciais; comoexemplo podemos citar: Flower Essence Society(Califórnia) e Alaska Flower Essence (Alasca),dentre outras situadas nos Estados Unidos daAmérica.

ÓLEOS ESSENCIAIS

Os óleos essenciais são substâncias orgâni-cas muito perfumadas e voláteis, extraídas dediversas partes das plantas.

Têm geralmente consistência aquosa elímpida, mas podem se solidificar em tempera-turas baixas. São solúveis em álcool, éter e ou-tros compostos graxos, insolúveis em água epodem ser incolores ou apresentar desde tonsclaros até fortes e opacos. Os óleos essenciaissão chamados de voláteis, pois quando expos-tos ao ar (temperatura ambiente), evaporam.Podem também ser chamados de refringentesou etéreos. Entretanto, o termo mais usado éóleo essencial, já que estes representam as “es-sências” ou compostos odoríferos das plantas.

Composição

Fazem parte da composição dos óleos es-senciais elementos orgânicos como carbono,oxigênio e hidrogênio, formando então moléculasde álcoois, aldeídos, ésteres, óxidos, cetonas, fe-nóis, hidrocarbonetos, ácidos orgânicos, compostos

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orgânicos nitrogenados e sulforados e terpenos.Apresentam composição complexa, com exce-ção do sândalo, que contém 95% do mesmocomponente (santalol) e os outros 5% de com-posição diversa. A maior importância econômi-ca e ecológica é atribuída aos terpenos, que sãoincolores, amarelados (se associados aoscarotenóides) ou esverdeados (se associados àsclorofilas).

Apesar do termo “óleo”, não são obrigato-riamente gordurosos, e diferenciam-se dos óle-os vegetais por serem altamente voláteis.

As principais qualidades dos óleos essen-ciais são o aroma e suas propriedades tera-pêuticas.

Segundo Corazza (2002), até o presente mo-mento foram coletadas 378 plantas aromáticas,que produziram 272 óleos essenciais e 37 aro-mas de frutos e flores cujos componentes volá-teis foram quase todos determinados.

Em geral, os óleos essenciais com elevadoteor de álcool e ésteres têm propriedades cura-tivas moderadas e são portanto mais seguros parao uso. Já os óleos essenciais com altas concen-trações de cetonas, fenóis e aldeídos, são muitoativos terapeuticamente e são pouco usados naaromaterapia, pois podem provocar efeitos ad-versos, sendo usados apenas quando necessárioe em pequenas quantidades.

Os óleos essenciais possuem odores carac-terísticos, têm densidade menor que a água, ele-vado índice de refração, são geralmente optica-mente ativos e sensíveis à luz e ao ar. Podem seroriundos de folhas, flores talos, caule, haste, pe-cíolo, casca, raiz, glândulas ou outro elementodas plantas, principalmente as lauráceas, mirtá-ceas, labiadas, compostas, rutáceas e umbilíferas.

Constituem subproduto do metabolismosecundário das plantas, ou seja, são produzidoscom o propósito de defesa do vegetal. A com-posição e a qualidade dos óleos essenciais podevariar em função da região de cultivo, do clima,do relevo, da idade do terreno, do processo decolheita e do método de extração. A concentra-ção de princípios ativos na planta pode variardevido ao controle genético e estímulos do meio,como fatores climáticos e edáficos (relaciona-dos com o solo), exposição a microorganismos,insetos e poluentes em geral. A quantidade ex-traída de óleo essencial pode variar de 0,005%a 10%, em dependência do processo de extra-ção utilizado. A concentração de óleos essen-ciais nas plantas frescas é de 75 a 100 vezesmaior que nas plantas secas. Nas plantas, osóleos essenciais podem desempenhar as fun-

ções de protegê-las contra ataque de parasitas edoenças, atuar na fertilização, polinização e naproteção da radiação solar. Nos homens, po-dem apresentar várias aplicações, que serão vis-tas adiante. Os grupos funcionais químicos pre-sentes nos óleos essenciais para serem usadosem aromaterapia são:

• Monoterpenos/SesquiterpenosPossuem efeito anti-viral, antisséptico, bac-tericida e antiinflamatório. Atuam no fígado(processo de desintoxicação) e estimulamas funções glandulares. Os sesquiterpenosagem no cérebro, aumentando a quantida-de de oxigênio das glândulas pituitária epineal. Como exemplo temos o limoneno,pineno, canfeno e gamaterpineno. Estãopresentes no limão, pinho e olíbano.

• Ésteres

São fungicidas, sedantes e antiespasmódi-cos. Conferem ao produto um aroma carac-terístico frutal. Como exemplo podemoscitar o acetato de linalila e salicilato demetila. Estão presentes na bergamota, sálviae lavanda.

• AldeídosAgem como sedante, antisséptico e antiin-feccioso. São exemplos o citral, neral e ge-ranial e estão presentes na melissa, no ca-pim-limão e na citronela.

• CetonasAgem como descongestionante em quadrosde asma, bronquite e resfriado, mas podemser tóxicos. Temos como exemplos a tujona,carvona e pinocanfona. Estão presentes nofuncho, gengibre e hissopo.

• ÁlcooisAtuam como antissépticos, antivirais e esti-mulam o sistema imunológico. São exem-plos o linalol, borneol e estragol, e estãopresentes, por exemplo, no pau-rosa, sân-dalo e gerânio.

• FenóisSão bactericidas, desinfetantes, antiinflama-tórios e podem ser irritantes à pele. Comoexemplos temos o timol, carvacrol e euge-nol, que estão presentes no tomilho e nocravo.

• ÓxidosSão bactericidas e expectorantes. Como re-presentantes temos o óxido de silício, fer-ro, manganês e magnésio, que podem estarpresentes no alecrim e na melaleuca.

• ÁcidosAtuam como antisséptico, diurético e anti-pirético. Possuem antibiótico e vitaminas.

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Como exemplo temos o ácido benzóico,cinâmico, caféico e oleânico, presentes nobenjoim e na melissa.Os métodos de extração de óleos essen-

ciais são: destilação a vapor, prensagem, extra-ção por meio de solventes, enfleurage ouenfloragem, extração por dióxido de carbonoem estado supercrítico e extração através de hi-drofluorcarbonatos.

Os óleos essenciais sintéticos não contêm omesmo valor terapêutico dos óleos botânicosnaturais, já que a ação destes últimos é formadapor forças naturais e holísticas, ou, falando maisclaramente, por energia vital, conforme afirmamos aromaterapeutas e aromacologistas.

Para comprovar a existência da energia vi-tal, foram feitas experiências na Rússia, quedemonstraram que “toda substância orgânica vivaemite radiações que podem ser vistas como luz”(Tisserand, 1993).

Acreditam os estudiosos que o poder dosóleos essenciais naturais está em sua energia vital,apenas encontrada em matéria viva. Portanto,os óleos sintéticos podem ser muito semelhan-tes aos naturais quanto ao seu odor, mas nãoem relação às propriedades terapêuticas.

O motivo pelo qual o óleo botânico naturalé reconstituído em outro sintético reside nomenor custo deste último e também devido àextinção de algumas plantas aromáticas.

Toxicidade dos Óleos Essenciais

A maior parte das plantas tóxicas não éaromática, mas apesar dos óleos essenciais se-rem substâncias naturais botânicas, não estãoisentos de toxicidade. Muitas vezes, o óleo es-sencial de uma planta pode ser tóxico e o pró-prio vegetal não, pois os óleos essenciais são,geralmente, setenta vezes mais concentrados quea planta da qual foram obtidos.

Os óleos essenciais com diferentes grausde toxicidade são, em ordem decrescente: mos-tarda (Brassica nigra), arruda (Ruta graveolens),artemísia (Artemisia vulgaris), hissopo (Hyssopusofficinalis), absinto (Artemisia absinthium) eerva-doce (Foeniculum vulgare). Como exem-plos de óleos essenciais que podem causar sen-sibilização cutânea, temos, em ordem decres-cente: bergamota (Citrus bergamia), cravo(Syzygium aromaticum), canela (Cynnamomumzeylanicum), pinho (Pinus pumilho) e junípero(Juniperus comunis).

A inalação prolongada dos óleos essenciaispode causar dores de cabeça, náuseas, alergias

e outros sintomas (já que os óleos essenciaisatingem o sistema nervoso). Ao cheirar umamistura de óleos essenciais, o risco de efeitoprejudicial não será como se fossem vários óle-os separadamente, pois a combinação é harmô-nica, de forma que um óleo aromático “comple-ta” as propriedades do outro.

PROCESSO OLFATIVO

O ser humano consegue detectar várioscheiros diferentes em menos de um segundo,com precisão nas concentrações de até atogra-mas/g (ag/g – 1ag = 10–18g), enquanto que asmáquinas mais modernas detectam concentra-ções de fentogramas/g (fg/g –1fg = 10–15 g).

“As células receptoras para a sensação doolfato são as células olfativas, originadas dopróprio sistema nervoso central”. São os pêlosou cílios olfativos, localizados na extremidademucosa da célula olfativa, que reagem aos odo-res presentes no ar e estimulam então as célulasolfativas (Guyton, 1993).

Através do olfato, conseguimos ter sensa-ção de “cheirar” os mais diversos aromas. Paratal, ocorre em nosso organismo todo um pro-cesso que será descrito adiante.

Um estudo feito a respeito da ativação ce-rebral em resposta a odores mostrou que a ati-vação cerebral em resposta a um estímulo aro-mático foi significantemente menor em regiõesque receberam o odor pela primeira vez (proje-ções olfatórias primárias: córtex piriforme e amíg-dala), enquanto que o grau de ativação mos-trou-se similar nas diversas regiões, em respostaa um estímulo olfativo já conhecido por estasmesmas pessoas.

Descrição do processo olfativo

As partículas voláteis desprendidas de qual-quer matéria odorante são carregadas pelo ven-to e são então aspiradas pelo nariz; o ar entrapelas narinas, atravessa a cavidade nasal e saipela nasofaringe. Na cavidade nasal, estão pre-sentes estruturas denominadas cornetos, revesti-das por epitélio olfativo, que contêm as célulasreceptoras olfativas. A função dos cornetos (outurbinados) é atuar como deflectores, de formaa obrigar que o fluxo de ar no interior do narizpermaneça turbulento para que possa assim atin-gir as regiões superiores da cavidade nasal. Asmoléculas odorantes chegam ao epitélio olfati-vo por intermédio das fossas nasais, e encon-tram na extremidade da mucosa nasal os cílios,

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que respondem aos estímulos químicos; estão aípresentes também um elevado número de mo-léculas protéicas, denominadas proteínas fixa-doras de odoríferos, que têm a capacidade deligar-se a distintas substâncias odoríferas, sendoeste, provavelmente, o estímulo requerido paraexcitar as células olfativas. Essas moléculas deproteínas fixadoras de odoríferos provocam aabertura de canais iônicos, ou ela própria se abree passa a funcionar como um canal iônico, eocorre então a entrada em massa de muitos íonsNa+ no interior da célula olfativa, despolarizando-a. Ao serem estimuladas, as células olfativascolocam em prática o processo de transdução,cujo objetivo é transformar a informação olfati-va em mensagens, ou seja, impulsos nervososque serão interpretados pelo cérebro.

Explicando melhor, a transolução olfativaconsiste na conversão de um sinal químico emelétrico, que possa ser transmitido ao sistemanervoso central; este processo divide-se em trêsetapas:

• As partículas odorantes são fixadas nos re-ceptores das células olfativas.

• Tais receptores são agora acoplados à enzi-ma adenelil ciclase, que é ativada por umaproteína chamada Gs.

• Com o aumento dos níveis intracelularesde AMPc (promovidos pela quebra de ATPem AMPc via adenilil ciclase), abrem-se oscanais iônicos de Na+ na membrana celularda célula receptora olfativa, que é dessaforma despolarizada; a membrana chegaentão ao seu limiar e despolariza o seg-mento inicial do axônio do neurônio bipolarolfativo.Visto que as células receptoras olfativas são

também os neurônios aferentes primários, suareposição a partir das células basais é contínua(neurogênese). Deve-se ressaltar que as célulasreceptoras olfativas são os únicos neurônios noser humano adulto portador de renovação cons-tante. Já ao final do processo, os impulsos ner-vosos percorrem fibras nervosas, os chamadosaxônios, até atingir seu destino final, o cérebro,ou melhor, a parte do cérebro responsável pelaolfação, o sistema límbico. A partir deste mo-mento, as mensagens serão codificadas e pro-duzirão reações de ordem fisiológica e psicoló-gica (Corazza, 2002; Serrano, 1985; Constanzo,1999; Guyton, 1993).

Resumindo, o processo olfativo constitui umasérie de reações interligadas, químicas e elétricas,na seguinte ordem: a substância odorante é leva-da pelo ar, entra no nariz e chega às células ol-

fativas, que formam um tapete de muco e rea-gem aos diversos odores por ligar-se a moléculasespecíficas, causando reações químicas e elétri-cas com conseqüente estimulação dos cílios olfa-tivos. As proteínas fixadoras de substâncias odo-ríferas, localizadas nos cílios, encarregam-se datransmissão dos sinais do sistema nervoso cen-tral, através da placa crivosa, dotada de perfura-ções nas quais nervos ligam-se aos glomérulos.

Vale lembrar que glomérulos diferentes cor-respondem a distintos odores de diversos sinaisolfativos (Corazza, 2002).

Além do mecanismo químico de percepçãodos odores, há também o vibratório, no qual osodores podem ser percebidos sem as moléculasodoríferas chegarem ao nariz. Teorias vibrató-rias da percepção do odor sugerem que as par-tículas odoríferas com vibrações em freqüênciasdiversas comunicam essa vibração aos pêlosolfativos.

É no sistema límbico que estão localizadasas células que processam as informações vindasdos terminais nervosos conectados ao bulboolfativo (Grace, 1999). A primeira evidência departicipação do sistema límbico em processosemocionais surgiu em 1933, quando Herrickafirmou que o sistema límbico poderia ter in-fluência nos mecanismos de afeto do organis-mo. Esta idéia e outras foram posteriormentemais bem desenvolvidas por Papez, Mclean eArnold em 1937, 1949 e 1945, respectivamente(Corazza, 2002).

Métodos de aplicação aromaterápica

Os métodos de aplicação mais comum naprática da aromaterapia são: pulverização e di-fusão aérea, inalação, compressas, banhos emassagens. O modo mais adequado a ser em-pregado é definido de acordo com a prescriçãodo médico ou profissional especialista, levando-se em conta a substância a ser utilizada. Há tam-bém a possibilidade de tratamento através debochechos e gargarejos e ingestão (via oral).Antes de iniciar o tratamento, deve-se atentar aoprazo de validade dos óleos e proceder, 24 horasantes do início de qualquer aplicação, o teste dealegria, aplicando-se o óleo em seu veículo so-bre a pele (Corazza, 2002; Price, 1999).

Alguns óleos essenciais e suaspropriedades

ALECRIM (Rosmarinus officinalis). É da famí-lia botânica das labiadas e possui como princi-

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pais componentes: pineno, limoneno, linalol,eucaliptol, borneol, canfeno e terpineol. É usa-do principalmente para artrite, cansaço mental,fraqueza geral, perda de memória, dores nasjuntas, piolho, sarna, asma e bronquite.

ARTEMÍSIA (Artemisia vulgaris). Tem comoprincipais constituintes a tujona, borneol, cânfo-ra, linalol, 1,8-cineol, 4-terpinoleno e alfa–cadi-nol. É usado como regulador de distúrbios mens-truais, analgésico, antiespasmódico e estimulan-te mental. É indicado para epilepsia, amenorréiae dismenorréia, vômitos nervosos, convulsões,ascaríase e oxiurose.

BAUNILHA (Vanilla planifolia). Tem comoprincipais constituintes: vanilina, hidroxibenzal-deído, ácido acético, isbutírico, capróico, euge-nol, furfural e aldeído metilprotocatéquico. Pro-priedades terapêuticas/Aplicações de óleo: an-tiespasmódico, emenagogo (estimula a menstrua-ção), estimulante e intensamente afrodisíaco.

BENJOIM (Styrax tonkinensis). Tem comoprincipais constituintes: ácido benzóico, vanili-na, benzoato de cinamila, benzoato de coniferilae ácido sia-resinólico. Propriedades terapêuti-cas/Aplicações do óleo: possui intensa proprie-dade anti-oxidante. É indicado para tratar res-friados, tosse, bronquites, laringites e infecçõesdas vias respiratórias. Estimula a circulação e éútil no tratamento da artrite reumatóide e gota.Auxilia no combate ao estresse, pele rachada eansiedade.

BERGAMOTA (Citrus bergamia). Tem comoprincipais constituintes: linalol, acetato de linalil,pineno, acetato de linalila, nerol, acetato de ne-rila, geraniol, bergapteno, terpineol e dipente-no. É usado na medicina popular italiana nocombate da febre e de vermes e muito usadonas indústrias alimentícia e de fragrâncias. Éindicado para eczema, acne, seborréia, furúncu-los, cistites, prurido vaginal, halitose, pele oleo-sa, psoríase, problemas digestivos, perda deapetite, ansiedade, depressão, estresse, infecçõesda mucosa bucal e garganta. É bactericida eminfecções causadas por gonococcus, staphylo-coccus, meningococcus e bacilo da difteria.Possui também poder analgésico, antisséptico,cicatrizante, sedativo e energizante.

CAMOMILA-DOS-ALEMÃES (Matricaria chamo-milla). Tem como principais componentes: azu-leno (principal entre todos), alfa-bisabolol, far-neseno, tujanol, flavonóides (apigenina, luteoli-na, quercitina) e glicosídeos. É usado como an-tiinflamatório, cicatrizante, antiespasmódico, imu-noestimulante e antianêmico. É indicado paratratar úlceras gastrintestinais, inflamações na pele,

dermatites, acne, artrite, reumatismo, furúnculos,TPM, menopausa, amenorréia, dismenorréia,enxaqueca, dor de cabeça, dor de ouvido, dorde dente, picadas de inseto, insônia, náusea,estresse, problemas digestivos e cólicas. É tam-bém considerado suave sedativo para uso infan-til e como um popular reequilibrador emocional.

CANELA (Cinnamomum zeylanicum). Seusprincipais constituintes são: eugenol, ácido ci-nâmico, aldeído benzênico, aldeído cinâmico,benzoato de benzila, furfurol, safrol, cimeno,dipenteno, felandreno e pineno. É utilizado comodiurético, analgésico, poderoso antisséptico,antiprurido e antiespasmódico. É indicado paraestimular a digestão e a circulação, em gripes,infecções intestinais, impotência, constipação,náusea, cálculo renal, dores musculares e es-tresse. É conhecido popularmente por seu po-der estimulante.

CITRONELA (Cymbopogon nardies). Seus prin-cipais constituintes são: ácido hidrociânico, bor-neol, bourboneno, canfeno, cânfora, cariofile-no, citral, citronelal, citronelol, etanol, eugenol,farnesol, furfurol, geraniol, limoneno, linalol,mentol, nerol, pineno e terpinoleno. É utilizadocomo desodorizador, estimulante digestivo, an-tiespasmódico, antidepressivo, antisséptico,cadiotônico, repelente de insetos e antiinflama-tório. É indicado para perspiração excessiva,cansaço, dor de cabeça, pele e cabelos oleosos,dor de estômago, dores musculares, circulaçãodeficiente e menstruação deficiente (é emena-gogo: estimula a menstruação).

EUCALIPTO (Eucalyptus globulus). Seus prin-cipais componentes são: citronelal, eucaliptol,eugenol, pineno, canfeno, limoneno, felandreno,pinocarvona e terpineol. Propriedades terapêu-ticas/Aplicações do óleo: potencial antisséptico,antiviral, expectorante, estimulante do sistemarespiratório, antiinflamatório, adstringente e ati-va a circulação. É indicado para tratar herpessimples, bronquite, asma, tosse, catarro, resfria-do, diabetes, sinusite, má-circulação, distúrbiosdo trato urinário, dores musculares, reumatismoe mordida de cobra. Se aplicado diretamentesobre uma ferida, reduz o tempo de vida dovírus e reduz a dor. É muito utilizado para ree-quilibrar a respiração (ofegante ou curta). Nasesferas mental e emocional, o óleo de eucaliptoé indicado para pessoas pessimistas e com pen-samentos fixos e obsessivos. Na esfera física, oóleo de eucalipto dilata a musculatura dosbrônquios, pulmões e traquéia, reduz a coriza ea febre e “limpa” ou desobstrui as vias aéreas.Quando combinado a alecrim e hortelã é indi-

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cado para dificuldades respiratórias; com man-jerona, para dores no nervo ciático; e comlavanda, para coriza, dor no tórax e resfriados.

GENGIBRE (Zingiber officinalis). Tem comoprincipais componentes: pineno, canfeno, cineol,linalol, borneol, terpineol, nerol, graniol, beta-bisaboleno e zingibereno. Propriedades terapêu-ticas/Aplicações do óleo: analgésico, tônico,estimulante geral, antiespasmódico, carminativo,digestivo, antisséptico, adstringente e extrema-mente afrodisíaco. É indicado para dores mus-culares, aerofagia, dores de garganta, amigdali-te, sinusite, má circulação, enxaqueca, fadiga,memória fraca, cansaço mental e impotência. Éconsiderado um excelente estimulante mental epsicológico e proporciona ao usuário mais de-terminação e autoconfiança.

GERÂNIO (Pelargonium graveolens). Seusprincipais componentes são: citronelol, geraniol,acetato de linalila, limoneno, eugenol, cariofile-no e mentona. Pripriedades terapêuticas/Aplica-ções do óleo: adstringente, cicatrizante, antis-séptico e diurético. É indicado para acne, celu-lite, amigdalite, dor de garganta, diabetes, he-morróidas, TPM, menopausa, depressão, derma-tites, queimaduras, pele oleosa, cálculo renal,tensão nervosa e inflamação da mucosa vaginal.É também indicado para pessoas que queremadquirir mais criatividade, coragem, determina-ção, inspiração e autoconfiança. É conhecido poresclarecer as confusões mentais e extingüir oureduzir o medo de algo desconhecido. Se com-binado com lavanda, é mais indicado para de-pressão e má circulação; com alecrim, para ten-são menstrual; com melaleuca, para acne, der-matites e seborréia. O óleo de gerânio é capazde estimular o córtex supra-renal, no qual sãoproduzidos os hormônios sexuais, e pode agirportanto, como estimulante e agente equilibradordos órgãos femininos e do sistema nervoso.

HORTELÃ-PIMENTA (Mentha piperita). Tem comoprincipais componentes: linalol, mentol, carvono,limoneno, eucaliptol, acetato de mentila, mento-na, nicotinamida, cineol, felandreno, pipeno ecariofileno. Propriedades terapêuticas/Aplicaçõesdo óleo: antiespasmódico, descongestionante,antisséptico, analgésico, vermicida, tônico e esti-mulante do aparelho digestivo e do sistema ner-voso, reduz a febre e os sintomas de gripes eresfriados, antiinflamatório, adstringente, carmi-nativo, emenagogo, expectorante, refrescante evasoconstritor. É indicado para asma, laringite,gripe, resfriado, bronquite, indigestão, flatulên-cia, cólica, congestão nasal com dores de cabe-ça, sinusite, dores musculares e articulares, enxa-

queca, diarréia e cansaço mental. Quanto aoaspecto emocional, é indicado para pessoas tími-das e depressivas, devido às suas propriedadesestimulantes. É intensamente afrodisíaco e usa-do, então, para tratar impotência. O óleo dehortelã é também conhecido por clarear idéiasaté então obscuras, trazer dinamismo e iniciativa.

LAVANDA (Lavandula officinalis ou Lavan-dula angustifolia ou Lavandula vera). Seus prin-cipais constituintes são: limoneno, cariofileno,linalol, cineol, nerol, eucaliptol, terpineno, pi-neno, canfeno, felandreno, cânfora, geraniol,borneol, lavandulol, acetato de lavandila, bisa-bolol e alguns ácidos como o benzóico, valéricoe coumárico. Propriedades terapêuticas/Aplica-ções do óleo: analgésico, antisséptico, antibióti-co, antidepressivo, bactericida, sedativo, repe-lente de insetos, descongestionante, antiviral,carminativo, cicatrizante, diurético e antitóxico.É indicado para asma, bronquite, dores de gar-ganta, gripe, enxaqueca, depressão, tensão, in-sônia, lesões de pele, queimaduras, leucorréia,cistite, picada de inseto, acne, pele oleosa, aler-gia, catapora, TPM, amenorréia, dismenorréia,menopausa, flatulência, hipertensão, reumatis-mo, contusões e feridas. É considerado anties-tresse por seu efeito sedativo no sistema nervo-so central e auxilia a relaxar a mente, o corpo eas emoções. Pode ser útil para mulheres em tra-balho de parto, pois seu aroma provoca o rela-xamento da mãe. Tem também ação no sistemarespiratório por reduzir os desconfortos da bron-quite, sinusite e dos resfriados. É importanteressaltar que o óleo de lavanda é o único quepode ser aplicado na pele sem diluição prévia,ou seja, puro. Em cortes abertos ou feridas éaplicado puro para prevenir infecções e auxiliara cicatrização do epitélio. É comum também aprática de sua utilização como sedativo cutâneopara refrescar a pele exposta ao sol ou picadade inseto. Acreditam os estudiosos que o óleode lavanda restaura o equilíbrio mental, harmo-niza os sentimentos, traz a consciência da rea-lidade e a paz e exerce ação imediata no corpoe na mente devido à sua elevada vibração.

PATCHULI (Pogostemon cablin ou Pogostemonpatchuli). Tem como principais componentes:patchulol, eugenol, fenol, cadineno, cariofileno,cinamaldeído, patchulipiridina e pogostol. Pro-priedades terapêuticas/Aplicações do óleo: an-tiinflamatório, cicatrizante, descongestionante,regenerador, fungicida e repelente de insetos. Éindicado para acne, pele rachada e ressecada,pele oleosa, rugas, dermatites, seborréia, caspa,ansiedade, fadiga mental, obesidade, retenção

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hídrica, depressão e estresse. Na pele, o patchulitem ação de rejuvenescimento e redução derugas. O aroma do óleo essencial de patchuliexerce ação nos centros psíquicos, estimula osistema nervoso central, resgata lembranças dajuventude e estimula a criatividade. Sua ação nasglândulas endócrinas o torna um bom afrodisía-co. É largamente conhecido por equilibrar oscorpos físico, mental e espiritual.

TEA-TREE (Melaleuca alternifolia). Seus prin-cipais componentes são: 4-terpineol, sesquiter-penos, eucaliptol e pineno. Propriedades tera-pêuticas/Aplicações do óleo: antiviral, antissép-tico, fungicida, estimulante, inseticida e cicatri-zante. É indicado para infecções, vaginite, afta,candidíase, cistite, verrugas, fungos e herpeslabial e genital. Sua função mais relevante é ade estimular o sistema imunológico. É práticacomum utilizar o óleo do tea-tree em feridas,cortes, arranhões, gengivites, congestão nasal,odor fétido nos pés e acne.

YLANGUE-YLANGUE (Cananga odorata). Seusprincipais componentes são: ylangol, safrol, li-nalol, farnesol, geraniol, granial, eugenol, pine-no, cadineno e acetato de benzila. Propriedadesterapêuticas/Aplicações do óleo: antiespasmódi-co, sedativo, calmante, levemente eufórico eanimador. É indicado para depressão, taquicardiae frigidez. Por ser um potente afrodisíaco, éutilizado em casos de impotência sexual. Naprática, o ilangue é muito aplicado para aumen-tar a auto-estima e a libido (apetite sexual). Nacrença popular, as mulheres gostam de utilizar afragrância para atrair homens.

ESTUDO DE CASOS

Uma experiência feita sobre a memória decheiros já apresentados às pessoas mostrou quequando aqueles foram mostrados novamente aosmesmos indivíduos, estes tiveram seu córtexolfativo ativado, em recuperação do cheiro jáconhecido. O trabalho científico sugeriu que ascaracterísticas sensoriais de um odor original sãopreservadas no córtex olfativo. (Dolan et al, 2004)

Em uma pesquisa cientifica realizada compacientes epiléticos, a aromaterapia associada àhipnose mostrou afeito satisfatório no tratamen-to, apesar do paciente necessitar dispor de maistempo e esforço pessoal. (Betts, 2003)

A aromaterapia mostrou trazer benefíciosno tratamento de demência de variados tipos egraus de severidade, em relação aos sintomasneuropsiquiátricos e agitação. O autor do traba-lho menciona também que é necessário obter

mais informações para que se possa chegar Aconclusões mais seguras (Spector et al., 2003).

Em um trabalho cientifico, foi possívelmostrar que o óleo essencial de lavanda (Lavan-dula angustifolia) e seus principais constituintes(linalol e acetato de linalila) apresentaram efeitosedativo em experimentos realizados com ani-mais de laboratório (fêmea e macho), que pude-ram ser vistos devido à redução da mortalidadee hiperatividade induzida. (Buchbauer, 1991)

Dados de um experimento científico reve-laram que a massagem aromaterápica e outrasformas de aromaterapia mostraram-se favoráveisna redução da ansiedade em pacientes comcâncer. Observou-se também a redução da dore náusea nesses pacientes. (Barnes et al, 2004)

Resultados de uma pesquisa feita com plan-tas de madagascar revelam presença de ativida-de antimicrobiana em óleos essenciais. As plan-tas analisadas pertenciam às famílias Labiatae(Thymus vulgaris), Myrtaceae (Melaleuca viridi-flora, Eugenia caryophyllata) e Compositae(Helichrysum lavanduloides). Foi também possí-vel notar que o óleo essencial de melaleuca apre-sentou potente efeito inibitório, principalmenteem bactérias grã-positivas (Bianchini, 1987).

Um acontecimento verídico relatado porGrace (1999) foi capaz de mostrar que óleo denéroli e o aroma da flor de laranjeira foram capa-zes de reduzir a tensão do corpo e da mente deuma jornalista de cerca de trinta anos, Ângela Pe-roba, que não conseguia engravidar há anos. Emmenos de dois meses de tratamento por psicoa-romaterapia, ocorreu-lhe a primeira gravidez.

CONCLUSÃO

A aromaterapia apresenta uma alternativade tratamento holístico mais suave, para o cor-po e a mente, e está sendo mais procurada pelapopulação, visto a imensa gama de efeitoscolaterais e reações adversas que a alopatia (tra-tamento convencional) pode oferecer. Nos paí-ses de Primeiro Mundo, a aromaterapia já é uti-lizada com êxito em ambientes de trabalho ehospitais, com propósitos terapêuticos, e estáganhando seu espaço. A terapia através dos aro-mas ainda não foi incorporada à cultura brasilei-ra, e a razão pela qual isto ainda não ocorreupode residir na falta de sua difusão para aspessoas, ou no escasso investimento intelectuale financeiro para seu progresso.

Na atual civilização, pode-se dizer que vi-vemos em uma imensa competição, tanto na vidapessoal,como principalmente profissional, e isto

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nos torna mais cansados fisicamente e psicolo-gicamente, além de extremamente materialistas.A aromaterapia consegue atuar nesses desequi-líbrios, e resgatar, acima de tudo, o ser humano,ou melhor, a essência humana, que esta cadavez mais esquecida, em detrimento das “regras”ditadas pela sociedade.

Os óleos essenciais têm o poder de purifi-car o ar que respiramos e, ao mesmo tempo,relaxar, estimular ou aliviar os nossos sentimen-tos. São capazes também de promover nos indi-víduos momentos de reflexão, para que se pos-sa lembrar que somos pessoas dotadas de sen-timentos e emoções, além de nosso imensopotencial intelectual e de trabalho.

Há uma resistência por parte da comunida-de em não acreditar nos efeitos do tratamentopor aromaterapia, já que não constitui uma prá-tica comum do cotidiano, mas, devido aos di-versos benefícios que pode trazer à população,e aos relatos positivos de seus usuários, pode-sedizer que a aromaterapia está no início de umalonga jornada, que há de se estabelecer nomundo todo, masque ainda há muito a ser estu-dado e investido para que seja reconhecida efe-tivamente como medicina convencional e cien-tífica, para que possa então ganhar maior credi-bilidade e respeito.

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Recebido em 24 de maio de 2005Aprovado em 28 de junho de 2005

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