arca de ouro - seleÇÃo iii

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44 Textos Sobre Filosofia, Ciência, Hermetismo, Religião, Esoterismo, Nova Era, Revelações, Comentários

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ARCA DE OURO

SELEO IIIRayom Ra

Uma vez mais peo desculpas aos meus leitores pela pssima paginao do Arca de Ouro Seleo III. Tenho tentado inmeras vezes adequar meu trabalho com o site e a transposio da pior qualidade.

NDICE REMISSIVO Ttulos Pginas

1. Aforismos de Patnjali ........................................................................ 4 2. Nos templos do Himalaia....................................................................11 3. A Morte No Existe - O Tribunal das Almas.................................... 22 4. Discurso de El Morya (I)..................................................................... 36 5. Discurso de El Morya (II).................................................................... 39 6. Discurso de El Morya (III)................................................................... 42 7. Provena - Vestgios do Cristianismo Antigo e Medieval (I)...........48 8. Provena - Vestgios do Cristianismo Antigo e Medieval (II)..........52 9. Os Ctaros - Extratos de Sua Histria.............................................. 57 10. O Difcil Caminho da Provao....................................................... 62 11. Os Ciclos........................................................................................... 66 12. Discursos do Gautama.......................................................................70 13. Buddha Siddhrta...............................................................................73 14. Palavras de Vida Eterna - Chico e Emmanuel..................................78 15. Invocaes e Apelos Para Melhorar Nossas Vidas (I)..................... 83 16. Invocaes e Apelos Para Melhorar Nossas Vidas (II).................... 87 17. Invocaes e Apelos Para Melhorar Nossas Vidas (III)................... 91 18. Caminhos Auto-Realizao............................................................ 93 19. Concentrao e Meditao................................................................ 98 20. Meditao.......................................................................................... 102 21. Orientaes Para a Meditao......................................................... 105 22. A Graa Divina................................................................................... 107 23. Alerta de "Seu" Z Pilintra: Cuidado Com os Micro Andrides....114

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24. Luzes da Sabedoria Divina...............................................................119 25. Pensamentos de Ramakrishna........................................................ 134 26. O Encantamento Pelos Dez Nomes Divinos...................................136 27. Discurso Mstico de Stanislas de Guaita........................................ 141 28. A Natureza da Alma...........................................................................144 29. Os Dois Caminhos.............................................................................151 30. Voc e Seu Corpo Cristalino............................................................ 156 31. "O Tibetano" Pelas Palavras de Saint Germain..............................160 32. Formas-Pensamentos Para Sustentao e Iluminao da Terra..164 33. E Chegou o Tempo da Estrela Voltar Terra.................................... 167 34. A Grande Fraternidade Branca........................................................... 170 35. Os Cargos da Hierarquia da Fraternidade Branca............................ 173 36. O Senhor Maitreia O Buda Atual...................................................... 176 37. Mensagem da Confraria dos Magos Brancos Ashtar/AumPram......180 38. Mensagem dos Caboclos Ancestrais..................................................184 39. Mensagem do Arcanjo Miguel..............................................................187 40. Mensagem dos Operrios da Lux - Seres de Jpiter......................... 191 41. Os Eltrons (I)........................................................................................ 196 42. Os Eltrons (II)....................................................................................... 201 43. Alerta dos Trabalhadores da Ordem Integrada.................................. 205 44. Mensagem de Serguei Mikhailovitch Eisensteins.............................. 207

Aforismos de Patnjali 22-12-11 Pequena Seleo de Sutras do Yoga pelo sbio Patnjali, segundo comentrios de A.A. Bailey.

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Livro III 38. "Para libertao das causas da escravido atravs do seu enfraquecimento e por uma compreenso do modo de transferncia (retirada ou admisso), a substncia mental (ou chitta) pode entrar em outro corpo". Toda esta cincia da Raja Yoga se baseia numa compreenso da natureza, propsito e funcionamento da mente. A lei bsica desta cincia pode ser resumida nas palavras "a energia segue o pensamento" e a sequncia de atividade pode ser apresentada como se segue: "O pensador, em seu prprio plano, formula um pensamento corporificando algum propsito ou desejo. A mente vibra em resposta a esta idia e produz simultaneamente uma reao correspondente no corpo dos desejos - kmico ou emocional. O corpo de energia, o invlucro etrico, vibra em sincronia e assim o crebro responde e alimenta o sistema nervoso atravs do corpo fsico denso a que o impulso do pensador se traduza em atividade no plano fsico." H uma ntima relao entre a mente e o sistema nervoso de modo que temos uma interessante triplicidade: 1. A Mente; 2. O Crebro; 3. O Sistema Nervoso. E esta triplicidade deve ser cuidadosamente lembrada pelo estudante de Raja Yoga no estgio inicial de seu trabalho. Posteriormente, uma segunda triplicidade atrair sua ateno: 1. O Pensador; 2. A Mente; 3. O Crebro, mas isto ser durante o lado demonstrativo de seu trabalho. atravs de uma compreenso do mtodo pelo qual os nervos so tonificados que o pensador pode galvanizar seu instrumento em atividade durante a encarnao e, de modo semelhante, produzir transe, samadhi (1) ou morte. O mesmo conhecimento bsico habilita um adepto a levantar um corpo morto, como o Cristo fez na Palestina, ou ocupar o veculo de um discpulo para fins de servio, tal como o corpo do discpulo Jesus foi ocupado pelo Cristo. Este conhecimento e sua utilizao, dizem-nos, esto sujeitos Grande Lei do Carma, de causa e efeito, e nem mesmo o prprio Cristo pode deix-la de lado, a no ser que exista um "adequado" enfraquecimento da causa que produz a vinculao. (1) Samdhi um estado de arroubo esttico e completo. Dita palavra deriva das vozes sam-dha, "posse de si mesmo". Quem possui tal poder capaz de exercer um absoluto domnio sobre todas as suas faculdades, tanto fsicas quanto mentais. o supremo grau do Yoga. Samdhi, contemplao esttica ou supra conscincia, aquele estado em que a concentrao mental chega a um ponto to extremo que a mente assim fixada se unifica com o objeto em que se acha concentrada - ou seja, o Esprito - cessando ou suspendendo-se todas as suas transformaes, e o asceta perde a conscincia de toda individualidade, incluindo a sua prpria,

convertendo-se no Todo. Samdhi um estado em que a conscincia se acha to dissociada do corpo que este permanece insensvel. um estado de alienao ou de xtase, em que a mente permanece, por completo, consciente dela mesma, e com o qual volta ao corpo com os conhecimentos ou experincias que tenha adquirido naquele estado superfsico, recordando-os, uma vez que haja de novo assumido o crebro fsico [A.Besant - Introduo ao Yoga] (Rayom Ra). 39. "Pela subjugao da vida para o alto (udana) tem-se a libertao da gua, do caminho espinhoso e do atoleiro, e se obtm o poder da ascenso" Permeando o corpo est a totalidade da fora nervosa, que o indu chama de prna. Ela controlada pela mente, atravs do crebro; a vitalidade que pe em atividade os rgos sensoriais e produz a vida externa do homem; seu meio de distribuio o sistema nervoso, atravs de determinados centros chamados plexos ou ltus. Os gnglios nervosos, conhecidos pela medicina ortodoxa, so os reflexos ou sombras dos plexos mais vitais. O estudante no estar muito errado se considerar a totalidade de prna no corpo humano, como constituindo o corpo etrico ou vital. Este corpo etrico inteiramente formado por correntes de energia, e o substrato da substncia viva que est por traz da forma fsica densa. Um dos termos aplicados a esta energia "ares vitais". O prna quntuplo em sua manifestao, correspondendo assim aos cinco estados mentais, ao quinto princpio e s cinco modificaes do princpio pensante. No sistema solar o prna se traduz como os cinco grandes estados de energia a que chamamos planos, o meio da conscincia. So eles: 1. O Plano tmico ou Espiritual; 2. O Plano Bdico ou Intuicional; 3. O Plano Mental; 4. O Plano Kmico, Emocional ou Astral; 5. O Plano Fsico. As cinco diferenciaes do prna no corpo humano so: 1. Prna, estendendo-se do nariz ao corao e tendo uma relao especial com a boca e a voz, o corao e os pulmes. 2. Samana, estendendo-se do corao ao plexo solar. Diz respeito ao alimento e alimentao do corpo por meio da comida e da bebida e tem uma relao especial com o estmago. 3. Apana, controla desde o plexo solar at a sola dos ps. Diz respeito aos rgos de eliminao, de rejeio e do nascimento, tendo assim uma especial relao com os rgos genitais e de eliminao. 4. Udana, encontra-se entre o nariz e o alto da cabea. Tem uma relao especial com o crebro, o nariz e os olhos, e, quando corretamente controlado, produz a coordenao dos ares vitais e sua correta manipulao. 5. Vyana o termo aplicado totalidade da energia prnica do ser,

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uniformemente distribuda por todo o corpo. Seus instrumentos so os milhares de nadis, ou nervos encontrados no corpo, e tem uma coneco definida e peculiar com os canais sanguneos, veias e artrias. Neste aforismo nos dito que pelo domnio do quarto destes ares vitais, podem-se obter certos e definidos resultados e ser interessante verificar quais so eles. Este domnio s se torna possvel medida que se compreende e domina o sistema Raja Yoga, pois envolve a capacidade de se funcionar na cabea e de se controlar a natureza inteira, a partir do ponto no interior do crebro. Quando um homem se torna polarizado nesse ponto, ento a fora nervosa ou energia encontrada no alto da cabea se torna ativa e por seu correto controle e domnio se torna possvel obter a correta direo dos prnas do corpo, e o homem alcana a libertao, e, atravs dela consegue-se o no contato com os trs mundos. (2) A linguagem empregada necessariamente simblica e no se deve perder seu sentido pela materializao de seu real significado. A levitao, o poder de andar sobre a gua e a capacidade para opor-se atrao gravitacional da Terra so os seus menores importantes significados. 1. A Libertao da gua um modo simblico de dizer que a natureza astral foi subjugada e que as grandes guas da iluso no mais podem manter prisioneira a alma emancipada. As energias do plexo solar no so mais dominantes. (3) 2. A Libertao do Caminho Espinhoso, refere-se ao caminho fsico e no h, em lugar algum, referncia mais bela que a do Cristo em Sua parbola dos Semeadores, onde algumas das sementes caram entre espinhos. D-se a explicao de que os espinhos so as preocupaes e problemas da vida na Terra que conseguem estrangular a vida espiritual e encobrir o homem verdadeiro por tanto tempo. O caminho espinhoso deve levar ao caminho do norte e este, por sua vez, ao Caminho da Iniciao. Num dos antigos livros nos Arquivos da Loja, encontram-se as seguintes palavras: "Que o que procura a verdade escape do afogamento e suba as margens do rio. Que ele se volte para a Estrela Polar e permanea em solo firme com sua face voltada para a luz. Que a estrela ento guie". 3. A Libertao do Atoleiro, refere-se natureza mista de kama-manas, desejo e mente inferior, que provoca o problema nico da humanidade. tambm a maneira simblica de se referir grande iluso que aprisiona o peregrino durante tanto tempo. Quando o aspirante pode caminhar na luz, tendo encontrado a luz (Shekinah) dentro de si mesmo, no Santo dos Santos, dissipa-se, ento, a iluso. de valia para o estudante traar a analogia entre as trs partes do Templo de Salomo e as do Templo do Esprito Santo, o arcabouo humano. "A Corte Externa corresponde s energias e aos respectivos rgos encontrados abaixo do diafragma. O Santo Lugar so os centros e rgos da parte superior do corpo, da garganta e do diafragma. O Santo dos Santos a

cabea onde est O Trono de Deus, A Cadeira do Perdo e A Glria que tudo cobre". Quando estes trs aspectos da libertao tiverem sido alcanados e o homem no mais for dominado pela gua, pela vida no plano fsico e pelo atoleiro, ele conquistar o "poder da ascenso" e poder ascender aos cus sua vontade. O Cristo ou o homem espiritual pode permanecer no cimo da montanha da ascenso, tendo ultrapassado as quatro crises ou pontos de controle desde o nascimento at a crucificao. Assim a "udana" ou vida para o alto se torna o fator de controle, e a vida para baixo no mais o domina. (2) Os trs mundos, de modo geral, so referidos por uma diviso fictcia das dimenses de nosso sistema solar, numa necessria planificao para o entendimento de nossos crebros, sendo anlogos no espao-tempo segundo a mxima "como em cima embaixo e vice-versa", repetida esta mxima nas comparaes que fazemos ao analisarmos o geral e o particular nas suas diferentes escalas e situaes. Entende-se o mundo mais inferior aquele representado pelos planos fsico-etrico, astral e mental concreto, que sob a mesma analogia acima mencionada, representam os trs mundos do ego humano em que as oposies se alternam num plano de relatividades e conscincia fsica das formas. Neste mundo, as respectivas vidas planetrias vibram nos quatro reinos atravs de seus veculos de manifestao num trabalho perene de transformaes e identidades. Para o homem o mundo da chamada personalidade ou ego inferior cuja maior polarizao de seus pensamentos e desejos nesta quarta ronda, repercute no plano astral. O mundo seguinte ocupa posio intermediria. Nele o homem vibra, basicamente, por meio da alma ou ego superior onde se edifica o corpo causal entre o mental superior e o corpo intuicional-bdico. A intra-relao e amlgamas entre as energias do corpo mental superior, o causal, o bdico e o tmico, transformam e resultam, adiante, na individualidade Alma Espiritual. E esta, no estgio seguinte de seu planejamento evolutivo, "diluise" para permitir a livre expresso do Esprito ou Mnada - do terceiro mundo - atravs de Atma enquanto Atma ainda representar o extremo superior da ponte arco-ris ou Antakarana. Temos, assim, simbolicamente, a idia de os trs mundos construdos da matria universal, onde o homem vem, gradativamente, tecer suas vestiduras nos caminhos da ascenso para a condio super-humana, e que se caracterizam, em sntese, por Fsico, Mental e Espiritual. (Rayom Ra) Livro IV 01. "Os Siddhis (ou poderes) superiores e inferiores so alcanados pela encarnao, ou por drogas, palavras de poder, desejo intenso ou pela meditao".

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No quarto livro, os poderes e os resultados obtidos pela prtica da Raja Yoga so levados adiante at a realizao grupal e se v que eles produzem a conscincia universal e no apenas a autoconscincia. Parece ser parte da sabedoria protestar aqui contra o emprego das palavras "conscincia csmica" por no serem verdadeiras e darem uma idia falsa, pois mesmo o mais elevado adepto (prestem bastante ateno a este termo) s agraciado com a conscincia solar e no tem contato com o que est fora de nosso sistema solar. Os Logos Planetrios (os Sete Espritos ante o Trono) e os Senhores do Carma (as "quatro rodas" de Ezequiel) tm uma conscientizao que ultrapassa nosso sistema solar. Existncias menores podem pressenti-la como uma probabilidade, mas ainda no parte de sua experincia. Os poderes obtidos se enquadram em dois grupos principais, assim chamados: 1. Poderes psquicos inferiores - os siddhis inferiores; 2. Poderes espirituais ou siddhis superiores. Os poderes inferiores so resultantes de estar a conscincia da alma animal humana em relao com a anima mundi ou alma do mundo, o lado subjetivo de todas as formas nos trs mundos, de todos os corpos nos quatro reinos da natureza. Os poderes superiores so o resultado do desenvolvimento da conscincia grupal, do segundo aspecto da divindade. Eles no somente incluem os poderes inferiores, mas tambm o homem em relao com aquelas existncias e formas de vida que so encontradas nos reinos espirituais, ou, como diria o ocultista, naqueles dois planos que esto alm dos trs mundos, e que abrangem toda a escala da evoluo, humana e supra-humana. A meta do verdadeiro aspirante o desabrochar destes poderes superiores que podem ser cobertos pelos termos conhecimento direto, percepo intuitiva, percepo espiritual, viso pura, a obteno da sabedoria. Eles so diferentes dos poderes inferiores, pois os abolem. Estes ltimos so descritos com preciso no Livro III, Aforismo 37: "Estes poderes so obstculos mais alta realizao espiritual, mas servem como poderes mgicos nos mundos objetivos". Estes poderes superiores so inclusivos e distinguem-se por sua preciso e infalibilidade quando empregados corretamente. Seu funcionamento to instantneo como um lampejo da luz. Os poderes inferiores so falveis, o elemento tempo est presente em seu sentido sequencial e eles so limitados em seu funcionamento. Eles forma parte da grande iluso e constituem uma limitao para o verdadeiro aspirante. interessante notar-se aqui que a primeira causa que provoca o desenvolvimento dos poderes da alma, quer superiores ou inferiores, a grande roda dos renascimentos. Isto deve ser sempre levado em considerao. Nem todos esto ainda no estgio em que lhes seja possvel

desenvolver os poderes da alma. Em muitos, o aspecto alma est ainda adormecido porque no passaram por toda a experincia e desenvolvimento da natureza inferior. Os quarenta anos de peregrinao pelas regies selvagens carregando o Tabernculo e a conquista de Can tiveram que preceder o governo dos reis e a construo do Templo de Salomo. Deve-se passar por diversas vidas antes que o corpo ou aspecto Materno, seja to aperfeioado que o Cristo Menino possa se formar dentro do veculo preparado. Deve tambm ser lembrado que a possesso dos poderes psquicos inferiores , em muitos casos, um sintoma de um baixo estado evolutivo e da ntima associao de seu possuidor com a natureza animal. Isto tem que ser ultrapassado antes que os poderes superiores possam chegar florao. Desnecessrio dizer que o uso do lcool e de drogas (3) pode libertar e liberta a conscincia astral, como tambm o faz a prtica da magia sexual, mas isto puro e simples astralismo, com o qual o verdadeiro estudante de Raja Yoga nada tem a ver. parte do desenvolvimento no Caminho da esquerda. (3) A questo do uso de drogas pelos yogues e msticos muito mal interpretada pelos estudantes ocidentais e mais ainda debochada pelos cticos de objetivos destrutivos e sistemticos. As drogas no so usadas aleatoriamente, como fazem certos e desavisados praticantes que buscam justificar nas prticas msticas os seus vcios com o uso da maconha, cocana, pio e outras substncias entorpecentes ou excitantes que somente causam o envolvimento com bruxos e magos do baixo astral e entidades obsessoras. Os videntes e gurus verdadeiros, tais como faziam os magos do Antigo Egito, Caldia e mesmo certos segmentos budistas, extraem de plantas sagradas suas essncias e preparam criteriosamente as poes, licores ou queimam ervas cujas presenas e emanaes atuam nos corpos astrais dos praticantes. So doses ou pores cientficas com efeitos calculados para finalidades especficas e controladas. Para aqueles que buscam desmoralizar as virtudes dos msticos, gurus, magistas e yogues, atribuindo-lhes o vcio das drogas em seus encontros e rituais, alertamos que os remdios e medicamentos alopatas so tambm drogas que podem curar, piorar, tornar populaes mundiais dependentes e viciadas de suas doses cada vez maiores, ou mesmo matam com seus efeitos colaterais. (Rayom Ra) Rayom Ra

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Nos Templos do Himalaia 28-12-11

O texto aqui apresentado foi extrado de um clssico da literatura ocultista, de autoria de A. Van der Naillen, cuja edio que obtivemos ainda de 1928. Nesta obra visto claramente de que modo os brahmanes, naqueles tempos, j tratavam a cincia sob os aspectos objetivo, oculto e inicitico, usando da fsica, matemtica, geometria, astronomia-astrolgica, alquimia, filosofia, etc. Hoje, certamente, com o enorme avano tecnolgico e construes de centrais de altas pesquisas csmicas, as iniciativas instrumentais daqueles pesquisadores do passado no mais surpreenderiam, porm suas concluses e resultados comprovados so eternos.

Uma das grandes lies que permaneceu no tempo at os dias de hoje que a obra veio reafirmar que a cincia pode falsamente se apresentar sob dois aparentes aspectos, que, no obstante, para os iniciados e lcidos homens do esprito, se constituem numa nica e perfeita sntese, muito embora para aqueles de mente objetiva, continue a ser tratada sob o lado unicamente materialista.

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No h duas cincias, a cincia uma s - vem de Deus, o Criador de todos os universos. Usamos viciosamente o termo cincia material e cincia espiritual, como se fossem coisas uniformemente opostas que, no entanto, em diversos graus se complementam. E graas a um processo evolucionrio, despertam-se vises maiores, conscincias se ampliam e mentes se desenvolvem libertas dos liames e aprisionamentos do intelecto tri-dimensional percebendo a cincia com maior profundidade. No adianta tentar convencer a um ctico ou a um crtico limitado e unicamente cerebral de que as dimenses so mundos que se diferenciam por frequncias vibratrias e so to reais para os sentidos superiores, com leis de regncias to perfeitas e ordenadas, que se assemelham s leis observadas pelas mentes cientficas em nosso mundo dos sentidos fsicos. Quod est superius est sicut quod est inferius. Como em cima em baixo, como em baixo em cima. Axioma hermtico, bsico, fundamental abc dos nefitos do ocultismo, que os orgulhosos fsicos, matemticos e tericos desprezam e fingem no existir. As leis objetivas, to cantadas em prosas e versos pelos materialistas, regem tambm o mundo oculto, pois a matria - sabem os ocultistas h milnios - no causa, no princpio, mas sim decorrncia, reflexo, condicionamento de "algo", cujos princpios de energia e fora so to superiores nas suas fontes que os homens laboratoristas, ateus e cticos, por mais que dissequem esta aparente solidez e nela realizem, esto ainda distantes de sua causa primordial. E, principalmente, de sua real compreenso e manipulao, ao contrrio do que entende e realiza o ocultista avanado que ala voos para mais longe. Mas vamos ao texto, um pouco longo, verdade, que, no entanto, vale a pena ser lido porque, como dissemos, retrata verdades eternas: Captulo V - "No fim da primeira semana, aps a sua iniciao como nefito, o brahmane notificou o bispo ngelo que no dia seguinte f-lo-ia entrar na sala do segundo grau da Confraria para receber a necessria iniciao. Convidou-o, primeiramente, a retirar-se para a sua cela onde deveria jejuar, orar e meditar profundamente. No momento aprazado o brahmane veio ter com ngelo e os dois se dirigiram ao edifcio especialmente consagrado ao segundo grau. Este edifcio achava-se um pouco afastado do primeiro grau e era de um aspecto mais imponente. No alto da entrada principal lia-se em snscrito: "O que existe em cima existe em baixo: o que existe nos cus, existe na Terra; tal o Macrocosmo, assim o Micro cosmo". O bispo ngelo no pode esconder uma exclamao de alegria ao ser conduzido a um grande laboratrio cientfico muito bem montado. Atravessando-o, reconheceu com prazer muitos objetos que lhe eram familiares. Entretanto, grande foi a sua surpresa ao ver ali diversos aparelhos de forma estranha que no conhecia e cujo uso sequer

suspeitava. Em um compartimento vizinho, viu um laboratrio de qumica no s muito bem provido, mas contendo ainda alambiques, retortas, fornos, frascos de feitios estranhos e maravilhosos. Aquele lugar mais parecia o laboratrio de um alquimista, tal como vem descrito nos vetustos alfarrbios, do que o laboratrio das universidades modernas. Abrindo uma porta, o brahmane conduziu seu companheiro presena de um irmo de hbito branco e de respeitvel aparncia, que estava entregue ao estudo de um manuscrito, um velho papiro descoberto recentemente no Egito. Seus traos fisionmicos lembravam antes um europeu do que um indu. Levantou-se ao aproximarem-se os visitantes, mostrando-se muito satisfeito em receber o bispo, dizendo-lhe em tom amistoso: -Tenho prazer com a vinda de meu irmo e sinto-me feliz por ter o privilgio de dar-lhe a instruo do segundo grau. Fechando com o maior cuidado o papiro egpcio, disse ao companheiro do bispo: - Pode o meu irmo deixar comigo o candidato e retirar-se. O brahmane fez uma profunda saudao e saiu lanando olhar afetuoso ao prelado. - Sentai-vos, irmo, disse o Mestre de hbito branco, e comecemos imediatamente porque a vossa demora no templo ser limitada. ngelo obedeceu; e o Mestre abriu, ento, uma magnfica caixinha de madeira, balsmica e designando o seu contedo, disse: - Esta caixinha est cheia de cristais, todos perfeitos e de diferentes substncias materiais: carbonatos, sulfatos, nitratos, silicatos, etc. Eis aqui, nesta segunda caixa, cristais metlicos, puros, e na terceira, pedras preciosas: rubis, granadas, etc. Todos estes cristais, quando puros, tm uma forma geomtrica particular, e cada forma tem por base um ou outro dos seis tipos fundamentais, a saber: o cubo perfeito, os dois prismas oblquos. Cada um destes cristais tem tambm o seu polo norte, o seu polo sul e o seu magnetismo equatorial ou diamagnetismo. Fazendo-se passar os vrtices de um volumoso cristal de rocha diante dos olhos fechados de um sensitivo, este imediatamente perceber uma impresso de calor ou de frio, conforme o polo que lhe for apresentado. Os cristais sendo geometricamente perfeitos, em relao com a prpria natureza da substncia, tem cada um a sua aura individual, com as suas propriedades distintas, isto , com as caractersticas particulares de atrao e de repulso. O que existe em baixo como o que existe em cima. Estes cristais tm os seus correspondentes no mundo oculto. Eles representam as qualidades perfeitas da alma, sem fraquezas, sem desvios, qualidades

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absolutamente seguras, e que se afirmam por si mesmas, de uma maneira positiva, em todas as circunstncias da vida. Todavia, antes que o cristal tenha atingido esta pureza e esta bela forma geomtrica, deve passar por vrias modificaes, fases e operaes destinadas a purific-lo. Tomando um pouco de terra de uma caixinha ao seu lado, o Mestre continuou: - Aqui est terra comum que apanhei no jardim esta manh. Conforme ests vendo, lano-a neste vaso cheio d'gua e agito-a. Esta gua barrenta a imagem da vida em muitos homens que tm atingido a meia idade. A mistura parece muito impura; algumas partculas flutuam superfcie, outras ficam suspensas no meio do caminho e a massa maior forma no fundo um depsito aparentemente inerte. Este vaso com a sua mistura heterognea representa, exatamente, o carma do homem. Cada ser humano uma mistura semelhante a esta, mais ou menos impura, conforme o estado do seu carma ou de sua alma. Todavia, cada partcula de substncia contida neste vaso, corresponde diretamente substncia de um dos cristais desta caixa, e encerra as suas possibilidades. Cada uma um carbonato, um sulfato, um nitrato, um silicato ou qualquer outro sal de um metal puro; mas estes elementos, considerados tais como eles so, no tem forma geomtrica, pois que eles esto misturados ao acaso a outras partculas com as quais no tm afinidade natural. Entretanto, cada uma destas partculas encerra um princpio de utilidade latente e tem sua aura prpria com suas atraes e repulses especiais, muitas vezes pouco poderosas, verdade, mas sempre em atividade. Estas partculas informes, no sendo cristalizadas, no tm eixo de polarizao, nem de diamagnetismo bem definidos; resulta, pois, que suas atraes e repulses so desiguais, operam-se de alguma sorte ao acaso, desenvolvem atividades anormais que se contrariam frequentemente e deixam assim a mistura nas mesmas condies de intolerncia e de perturbao. No homem, os resultados imediatos desta falta de harmonia so o mal e a doena. No h mal per se, no h doena per se; ambas so o produto monstruoso de pais mal casados, de condies vitais adversas. - Sim, disse o bispo muito interessado pelas explicaes do mestre, a pintura do estado moral do homem, quando suas paixes tm plena ao sobre ele, ou quando um amor desordenado pelo dinheiro ou qualquer outra influncia nefasta cega sua conscincia moral. - Agora, continuou o Mestre, concluamos o que diz respeito mistura. Suponde que queiramos reduzir cada partcula sua pureza original, sua forma cristalina mais elevada. Filtraremos o contedo do vaso e deixaremos

cristalizar a matria que est em dissoluo. Levaremos os slidos depositados no filtro, ebulio, em trs cidos sucessivamente, diluiremos e filtraremos de novo. Ajuntando, um aps outro, alguns reativos qumicos, puros, para acelerar a separao das substncias de menor afinidade, veremos os elementos tornarem-se puros gradativamente e tomarem, pela evaporao, a sua forma cristalina, natural e original. E assim, meu irmo, mais uma vez, a inscrio mstica "o que existe em baixo existe em cima" ficar comprovada. Em certo perodo da vida, quando as paixes comeam a declinar, ou quando a inteligncia ou a razo se afirmam por si mesmas, o homem examina-se minuciosamente e depois de ter constatado com sinceridade o estado de sua moralidade, decide-se a alterar o curso de sua vida. possvel que esta determinao seja o resultado de um despertar da alma, que estava at ento adormecida sob seu invlucro material. Este despertar da alma, esta volta conscincia pode igualmente ter sido acidental e ser produzida sob a influncia, seja, da palavra eloquente de um inspirado, seja da leitura de um livro que contenha princpios elevados de moral, porm mais comumente sob a influncia da desgraa da perda de um ente querido. Estes incentivos so representados pelos reativos qumicos puros que separam os corpos conforme os graus de afinidade, isto , os trs cidos e o fogo. O despertar da conscincia na alma produz o primeiro impulso moral; abre um caminho e, o que mais, um caminho ascensional. O processo da purificao comea; as associaes nefastas dissolvem-se; a filosofia e as altas cincias tornam-se objetos de estudo; a prece e a meditao sobre as coisas divinas e a msica inspiradora da alma so fatores que impelem a essa ascenso. Isto traz como imediata consequncia, tornar-se o carma superior e adquirir aura qualidades mais elevadas. Nosso carma a soma total de nossas auras. Os ensinamentos que constituem o segundo grau da iniciao, vos mostram, meu irmo, que existem trs espcies diferentes de auras no homem. A zona urica mais prxima da cabea, emanao de todo o corpo, a aura animal ou nervosa; a zona superposta e como que enxertada anterior e cuja irradiao atinge uma distncia maior, a aura intelectual ou supra nervosa; a terceira zona urica, capaz de irradiar-se at ao espao infinito a aura espiritual ou celeste. O homem pode possuir apenas uma aura, ou pode ter duas, ou ser o feliz possuidor das trs auras. Apesar de distintas, a zona animal a base do desenvolvimento da zona intelectual e esta deve servir de fundamento zona espiritual. Se um indivduo gozar perfeita sade e a harmonia estiver nele estabelecida, sua aura nervosa corresponder s exigncias para a formao da zona urica intelectual. Se esta ltima zona repousar em vrias e slidas qualidades intelectuais, constituir a melhor, mais firme e mais fecunda base para a formao da aura espiritual ou celeste.

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Quanto mais desenvolvida a fora intelectual do homem, maiores sero as possibilidades para o seu desenvolvimento espiritual. Quanto mais fraca for a sua inteligncia, tanto mais se aproximar a sua zona espiritual da zona animal e mais sofrer a sua influncia. Estas so verdades ocultas de grande importncia, meu irmo, e eu vos recomendo com instncia que mediteis sobre elas profundamente. Diz-se, e efetivamente assim , que dois caminhos se abrem diante do homem, pelos quais ele pode chegar compreenso das coisas espirituais, e so eles: a cincia e a f! Uma f ilimitada aliada nulificao dos atrativos sensuais, ao jejum, s preces, s constantes meditaes, s aspiraes ardentes para o Pai Infinito, a uma vida reta e exemplar, abre completamente as portas de ouro, e o mais humilde nefito pode atravess-las. Todavia, meu irmo, ele ser a um simples visitante, um ser negativo, admitido simplesmente em virtude de suas preces e splicas; no obstante ele ser feliz e partilhar das eternas festas espirituais no mundo supra-sensvel. Mas o homem da cincia, sobre cuja zona urica intelectual bastante desenvolvida, enxertou-se uma zona espiritual radiante, entra pelas portas de ouro como por um direito de nascimento; como se estivesse em sua prpria casa. um ser positivo; ordena, dirige, um verdadeiro agente do Todo Poderoso na execuo das leis evolutivas. J vos disse que o carma do homem a totalidade de suas zonas uricas. preciso conhecer muito bem a influncia destas zonas no s para o bem como para o mal, sobre todas as coisas que estejam em contato com elas, porm, particularmente, sobre os seres humanos. Todas as influncias exercidas pelo homem constituem a sua responsabilidade. Quanto mais ignbeis forem os seus atos, mais desprezvel ser o seu carma e tanto mais nefasta ser a sua influncia sobre os seus semelhantes. De onde se conclui que um grande dever se impe ao homem: a purificao de seu carma. Os mais altos mistrios esto ligados a este carma, porm o seu conhecimento no faz parte do segundo grau da iniciao. A reencarnao, por meio do carma, pouco compreendida, se bem que a idia principal no deixe de ser seguramente exata. Um erro generalizado entre os budistas que o ser humano se reencarna sobre a terra, aps uma srie mais ou menos longa de sculos, passada no mundo supra-sensvel; s ento toma de novo um corpo de carne, osso e sangue, e preenche novamente uma existncia terrena semelhante quela que j teve; esta uma idia material e grosseira da reencarnao das foras uricas adquiridas pelo homem durante sua vida terrestre. Aqui est tudo quanto me permitido dizer-vos sobre este assunto, meu irmo; logo adiante tereis mais sobre esta importante questo e sobre as operaes do carma. Espero que o Supremo Mestre que preside o terceiro grau vos dar um dia a explicao da lei da reencarnao. Vamos agora ao laboratrio das cincias fsicas.

- J passei por esta sala, Mestre, e fiquei admirado da magnfica coleo de aparelhos que possus. Muitos desses instrumentos me so desconhecidos. - Sim, estudamos sempre, e nossos estudos ajudados pela intuio e pelas faculdades da percepo, tornam-se-nos comparativamente mais fceis. Vou dar-vos um exemplo de alguns dos resultados a que chegamos. Aqui est um instrumento vibratrio. - Parece um pouco com um rgo de igreja. - Assim ; tem alguns tubos, mas tambm tem outras peas e acessrios. Este aparelho usado para descobrir a que nota vibratria da escala musical um corpo corresponde. Cada corpo no universo est em harmonia vibratria com um determinado nmero de corpos de diferentes naturezas e tambm em repulso com outros. Vde que a lingueta de cada um destes pretensos tubos do rgo, corresponde a uma fita ou atadura fina de metal laminado qual a lingueta transmite fielmente as suas vibraes. Agora, meu irmo, tende a bondade de vos colocardes sobre estas fitas metlicas, depois de descalardes as vossas sandlias, e facilmente descobrireis a nota musical com a qual o vosso corpo est em harmonia. Assim como as notas do campanrio respondem voz do vigilante, cantando as horas da noite, assim o vosso corpo corresponder aos sons destes tubos quando um deles for consoante s vibraes que regem os movimentos dos tomos que o compem. O bispo ngelo, tendo descalado as sandlias, colocou os ps sobre a primeira fita metlica. O Mestre abaixou uma alavanca e um dos tubos emitiu uma nota baixa, cujas vibraes foram facilmente percebidas. Observando atentamente o bispo e vendo que sua atitude permanecia inaltervel, convidou-o a colocar-se na fita metlica seguinte. Foram experimentadas mais de vinte fitas metlicas, uma aps outra, sem que o bispo sentisse a mais leve impresso inslita; entretanto medida que os sons dos tubos iam se tornando mais graves, uma espcie de tremor fazia vibrar-lhe todo o corpo. Por fim, o Mestre produziu o som de uma nota grave com uma entonao to profunda que parecia impossvel ter sido produzido por meio de um instrumento terrestre. O bispo deixando rapidamente a lmina metlica, empalideceu, e com a respirao opressa exclamou: - Nunca em minha vida experimentei uma to estranha sensao. Cada tomo de meu corpo parece vibrar. Sorrindo amavelmente o Mestre colocou uma grande concha na orelha do bispo. - Ests ouvindo um murmrio?

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- Sim, um som baixo e cantante. - Este aparelho apenas um amplificador do som, semelhante orelha humana. Inspirando-se na forma da concha da orelha e suas qualidades de amplificar o som, alguns de nossos velhos Mestres imaginaram um aparelho que possusse todas as suas propriedades e cuja forma aperfeioaram com o acrscimo de dispositivos especiais. Aqui est esse aparelho, disse, apontando para uma mquina misteriosa de cobre, contendo numerosas cmaras internas em espiral, e que apresentavam externamente a forma de uma concha e a de uma orelha humana, ao mesmo tempo. Este instrumento no modifica o nmero das vibraes produzidas pelo tubo ou por qualquer outro instrumento sonoro ao qual se aplique, por isso que a elevao da nota no varia. Ele simplesmente intensifica as vibraes at mil vezes. Permiti-me agora aplicar a lmina metlica a este intensificador, e tende a bondade de colocar ainda uma vez os vossos ps sobre ele, apenas por um momento. O bispo obedeceu. Sendo de novo abaixada a alavanca, o tubo reproduziu o mesmo som grave, profundo e misterioso e, em menos de um segundo, o bispo caiu sem sentidos nos braos do Mestre. Este, apoiando o polegar no nervo meridiano, entre as sobrancelhas de seu desfalecido companheiro, e pronunciando algumas palavras estranhas fez com que o bispo quase instantaneamente tornasse a si. Plido como a morte, o prelado olhou em torno como a certificar-se de que estava realmente vivo. Reanimou-se rapidamente pela segurana que lhe dava o Mestre, de que no corria perigo algum, pois que aquela experincia era dirigida por mos hbeis. Em seguida, pediu-lhe que referisse as suas sensaes. - Elas so fceis de relatar, disse ele, procurando ainda respirar; logo que o som foi emitido pelo tubo, senti uma srie de vibraes atravessar-me todo o corpo, parecendo que toda a minha estrutura fsica fosse reduzir-se a pequenos fragmentos, ou antes, a p. s o que me lembro; quase imediatamente perdi os sentidos. - Sim, o resultado do choque produzido pelo ressonador, todavia, no correis perigo. Para vos mostrar at onde pode estender-se este poder vibratrio, vamos tentar uma experincia neste pedao de granito. Ele deve pesar uma tonelada e meia, mais ou menos. Podeis constatar a solidez da pedra com este martelo de ao. O Bispo ngelo deu algumas marteladas sobre o bloco e disse: - absolutamente slido.

- Ponde agora a vossa mo sobre a pedra, enquanto eu fizer vibrar os diversos tubos para achar a nota que lhe correspondente; s me avisareis quando sentirdes a vibrao. E colocando uma das mos sobre a pedra enquanto a alavanca era abaixada, recuou rapidamente ao primeiro som produzido, lanando ao mesmo tempo um olhar ansioso ao Mestre. Este, com um sorriso afvel disse-lhe: - No h perigo, meu irmo, as vibraes vo ser dirigidas contra a pedra. Uma aps outra, foram as fitas metlicas aplicadas sobre a massa de granito at que se alcanou a ltima nota de uma altura elevadssima. O bispo sentiu ento a rocha estremecer do que deu cincia ao Mestre o qual colocou a sua prpria mo sobre o granito. Aps ter ensaiado duas ou trs notas mais, o tremor da rocha tornou-se to acentuado, que o Mestre disse: - Uma vez que acabamos de encontrar o nmero de vibraes a que esta pedra corresponde, vamos colocar o ressonador no lugar apropriado ao seu fim. da maior importncia que o instrumento seja colocado em distncia focal exata da rocha e sob o ngulo de inclinao necessria. As vibraes amplificadas devem ser projetadas sobre a massa de maneira a obter-se o mximo de efeito. E cercando-se do aparelho, notou o nmero do tubo cujo som fizera vibrar o granito. Em seguida, tirou de seu encaixe entre muitas placas grandes desligadas, metlicas e cor de bronze, uma que trazia o mesmo nmero que o tubo e colocou-a em justaposio ao instrumento intensificador. - Esta placa metlica, explicou o Mestre, produz, quando percutida, o mesmo nmero de vibraes que o tubo e em consonncia com as molculas do bloco de granito. Todavia, as vibraes produzidas por esta placa metlica tm um carter mais estridente e destrutivo. Ora, como o nosso intento destruir a rocha de uma s vez, devemos empregar os meios mais eficazes. - Destruir todo este bloco de granito de uma s vez! - exclamou o bispo com admirao. - Assim , replicou o instrutor. O ressonador est perfeitamente ajustado e a placa metlica suspensa em distncia conveniente; tomai este malho de madeira e batei sobre a placa uma pancada to forte quanto vos seja possvel. O bispo, levantando o martelo com suas vigorosas mos, descarregou uma violenta pancada. O resultado foi terrvel, mas em vez de destruir a placa, como ele esperava, ouviu-se um som agudo e ensurdecedor, acompanhado de um medonho estampido. A enorme massa de granito jazia quebrada no solo, reduzida a milhares de fragmentos.

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Quando o bispo ngelo percebeu o espantoso efeito da pancada que vibrara, ficou como que petrificado, a olhar fixamente aquele amontoado de fragmentos pequeninos. Ele estava absolutamente maravilhado. - Eis a o resultado - exclamou o Mestre, assumindo uma atitude cheia de solenidade - o resultado de uma vibrao destruidora. O prelado permaneceu largo tempo sem dizer uma palavra, parecendo mergulhado em profundas cogitaes. Ao sair daquela abstrao, perguntou gravemente: - Qual a filosofia ou a lei capaz de explicar estes extraordinrios fatos? pois que fatos eles so, foroso reconhec-lo. - natural a vossa pergunta, e um esprito cientfico como o vosso no descansar enquanto no obtiver uma resposta cientfica. Entretanto, esta resposta envolve a exposio de uma verdade oculta da mais elevada importncia. A perfeita compreenso da lei do movimento vibratrio fornece a chave da produo dos pretensos milagres, como a germinao e o crescimento espontneo da mangueira que j conheceis e muitos outros igualmente maravilhosos. No ignorais que neste universo do Pai Infinito, tudo movimento constante, ininterrupto, movimento eterno; que nada nem pode ser imvel. Os tomos e molculas que compem todos os corpos esto em incessante movimento; atraem-se e repelem-se mutuamente; so constantemente impelidos para diante e para cima pelo Esprito do Infinito que impregna todas as substncias ainda mesmo as suas partculas mais ntimas e ocultas. Os membros de nossa Confraria do Himalaia chamam a este esprito - Aura de Parabraham. Esta atividade universal mantida em movimento pela influncia de vibraes. Uma verdade importantssima conhecida apenas pelos ocultistas que existem duas espcies de vibraes - a construtiva e a destrutiva. As vibraes construtivas so aquelas que servem para edificar, cimentar ao mesmo tempo, trabalhando eternamente a sntese do universo. Tais so, primeiramente, as vibraes que emanam da aura de Parabraham, e tambm as que transmitem a luz do sol; so dotadas de vitalidade e produzem toda a vegetao. Originam transformaes moleculares, de natureza progressiva, em toda a matria, quer inorgnica, quer orgnica e atuam em todas as esferas celestes e terrestres. So de fato os agentes daquilo a que chamamos Natureza. As vibraes procedidas de um pensamento profundo e srio, emanando de um crebro bem equilibrado, calmo e moral, so construtivas e positivas em sua natureza e tm, portanto, uma grande influncia para o bem. Se assim sucede com o crebro moral do homem, com mais forte razo pode-se verificar sobre o crebro do Adepto ou iniciado do terceiro grau. As

vibraes voluntrias que emanam de seu crebro, so extraordinariamente poderosas, como mais tarde sabereis. As vibraes destrutivas so aquelas que provocam os rudos e os elementos perturbadores, tais como a discrdia, a clera e as ms paixes. No reino humano, animal e vegetal, so destrutivas da vida pela molstia, porque esta resulta, simplesmente, da agregao inarmnica de molculas com polaridades invertidas, que, estabelecendo correntes magnticas anormais, induzem as foras vitais a se desviarem de seu curso natural, trazendo, por conseguinte, as febres ou talvez a morte. As vibraes construtivas tambm determinam a perfeita cristalizao das substncias puras, semelhantes aos cristais que vistes h pouco. As vibraes destrutivas, quando intensificadas, neutralizam a fora construtiva de cristalizao que une os tomos; vistes h instantes um exemplo disto pela destruio de um bloco de granito cujos fragmentos ali esto. - verdadeiramente maravilhoso! exclamou o bispo ngelo. Quanta coisa tem ainda a fsica a aprender! Custa-me, todavia, a compreender a misteriosa germinao da semente de abbora naquela experincia feita no vaso de flor sobre a relva. No havia ali agente produtor de vibraes... - Enganai-vos, meu caro irmo. O crebro do homem bem exercitado, bem preparado pelos meios ocultos conhecidos exclusivamente pela nossa Confraria, o aparelho vibratrio melhor e mais eficaz que existe no s para receber como para produzir vibraes, quer construtivas, quer destrutivas. capaz de projetar essas vibraes a qualquer distncia, nos limites da sua aura com efeito positivo e absoluto. O brahamane que realizou a experincia vossa vista sobre o gramado, recebera a misso de um poder elevado com o fim de chamar a vossa ateno para as foras ocultas da natureza. O Mestre sabia muito bem que no irieis atribuir a uma grosseira mistificao o crescimento espontneo de uma planta, sob os vossos prprios olhos e sob condies que vs mesmos impusestes. Ele sabia tambm que refletireis maduramente sobre o assunto, que, por fim, verieis entre ns. E aqui ests, meu caro irmo, ajuntou o Mestre com o rosto iluminado por um afetuoso sorriso. - Efetivamente, e grande a minha satisfao por ter sido assim. - Agora, passemos a uma outra seo de nosso laboratrio. E o Mestre conduziu o bispo ngelo onde havia vrios aparelhos eltricos. - Devo agora, fazer-vos conhecer do que se compem o ter dos cientistas, que, conforme eles asseveram, enche os espaos interplanetrios. A esse ter ns chamamos Akasa. Contm ele a essncia de todas as substncias que existem na natureza. Para ilustrar o meu pensamento vou fazer algumas experincias simples. Sobre este pedao de zinco puro fao convergir um jato de gs que o faz arder com uma chama verde, at que fique totalmente consumido. Onde est o metal? Que foi feito

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do zinco? Deve estar em alguma parte. E efetivamente assim ; suas partes essenciais existem no Akasa. Passemos agora a uma outra experincia. Dirigindo-se a uma outra cmara escura, produziu uma poderosa corrente eltrica de natureza complexa. - Ao longo deste fio de cobre percebeis chamas, ou melhor, fagulhas de cor acobreada. Esta cor devida a partculas infinitesimais que a corrente eltrica eliminou do fio de cobre. na realidade cobre no estado radiante. Para onde vai este cobre? Para o Akasa. Assim, contm o Akasa os elementos, em sua forma essencial, de toda a matria e de todas as substncias do universo. Se possvel decompor a matria em suas partes essenciais e dissip-la assim no Akasa, no existiro tambm leis sintticas por meio das quais possam os elementos ser retirados do Akasa e recondensados em slidos ou formas manifestadas de matria? Neste frasco que contm a soluo aquosa de um sal de cobre, vde a corrente eltrica provocar um depsito de cobre metlico puro sobre uma lmina de platina. No este um exemplo de sntese ou restaurao da matria forma manifestada de que vos acabo de falar? Se o crebro humano que a mais sensvel e complexa de todas as baterias eltricas e magnticas, obedecendo vontade humana, pudesse dirigir suas correntes no Akasa, e tirar-lhes os elementos essenciais e no manifestos na matria; se ele pudesse, por condensao, integr-los e trazlos assim a uma forma visvel - seria, posso afirm-lo - um processo involutivo ou materializao. E, na verdade, meu caro irmo, exclamou entusiasticamente o Mestre, devo provar que todos os elementos contidos no Akasa, obedecem vontade firme e concentrada do Adepto do terceiro grau da Confraria do Himalaia. Alm disto, a matria no estado radiante constitui as auras de todas as coisas existentes, e essa matria urica forma a parte integrante do Akasa. As auras que emanam constantemente das plantas, dos minerais e dos animais constituem o Akasa ". [Nos Templos do Himalaia - Ed. Pensamento - 1928] Rayom Ra

A Morte No Existe - O Tribunal das Almas

12-01-12 Os Senhores do Carma No reino etrico existe um enorme edifcio branco, de forma quadrada, chamado Corte de Justia, mas, na verdade, um Templo de grande amor e misericrdia. Todos, ao deixarem o corpo fsico, l comparecero, algum dia. Por este edifcio, a alma antes de (re)nascer torna a passar, para receber as tarefas que dever realizar em sua vida futura. No existe quem no esteja familiarizado com este trio do Carma. As almas que ali se apresentam so encaminhadas s esferas que lhes correspondem, em virtude de "comportamentos problemticos" de suas diversas encarnaes. Por este motivo, muitas pessoas trouxeram impresso na lembrana o pavor que sentiram quando estiveram neste Tribunal, causado pelo ensinamento errneo de muitas doutrinas sobre o castigo da ira divina. Esses ensinamentos no expressam a verdade! As almas que conhecem o grande campo de trabalho dos Senhores do Carma, e o devotamento desses Seres poderosos quelas que aspiram a elevao, acabam verificando que desaparece nelas o terror da morte, e a consequente apresentao perante a Justia. O conhecimento da lei do carma ajuda a todos que fazem esta transio, bem como a seus entes queridos que permaneceram na Terra. O grande processo da evoluo obriga a alma humana vestir-se com um corpo fsico, a fim de que, na Terra, aprenda a dominar com sabedoria sua fora vital. Ela dever amadurecer dentro do painel abrangedor da evoluo, no qual determinada sua misso espiritual. A maioria dos seres nunca escolhe a encarnao; o Conselho Crmico dos Seres Celestiais que regula a entrada da alma no corpo fsico e, aps certo perodo, afasta-a do planeta para que outras emanaes de vida possam fazer aqui o seu aprendizado. Somente a Chispa Divina encarna livremente, seja como guardi do gnero humano, seja para adquirir experincia e mestria na vida terrena. A rea de atuao desses Grandes Seres rica e mltipla. Eles costumam aproveitar a Terra como campo de estudos, visando ao desenvolvimento da mais alta espiritualidade e, ao mesmo tempo, dar a oportunidade de expresso prpria e crescimento a cada uma dos dez bilhes (1) de almas existentes. As decises da Corporao Celeste do Conselho Crmico somente sero definitivas quando os interesses da humanidade estiverem sendo considerados. E existem poucas excees, por exemplo, no caso de serem apresentadas peties aos Sis (2) do sistema, para que o progresso dos seres humanos seja acelerado; a ento, pode haver a certeza de que a dispensao ou anistia sero concedidas. Atualmente fazem parte da Assemblia do Conselho Crmico, o Grande Diretor Divino Saithrhu, Manu da Stima Raa Raiz. Ele representa o Primeiro

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Raio. Libra, Deusa da Liberdade, Grande Ser Csmico do Segundo Raio. Nada, Mestra Ascensionada, Deusa do Amor, do Terceiro Raio. Palas Atena, Deusa da Verdade, do Quarto Raio. Elohim Vista, tambm chamado Cyclope, do Quinto Raio. Kuan-Yin, a Deusa da Misericrdia, do Sexto Raio. Prtia, Deusa da Oportunidade e da Justia, que representa o Stimo Raio. (3) (1) A cifra referida passvel de interpretaes. Num planeta-escola como a Terra, h e sempre houve interaes de almas provindas de outros orbes de dentro ou de fora de nosso sistema solar. Milhes ou bilhes, tm vindo periodicamente a este planeta, ou se vo quando seus tempos esto terminados e, portanto, em certos perodos este censo possa estar flutuante. Em tempos passados, o nmero de mnadas viventes ou atuantes na Terra, variava de 22 a 25 bilhes, no se sabendo, hoje, exatamente, em nossos apontamentos terrenos, quantas almas retornaram para seus domiclios originais e quantas aqui continuam a adentrar. Outra interpretao que podemos aditar a de que, sob o ponto de vista ocultista, das revelaes iniciticas, nem todos da populao terrena encarnam uma alma vibrante, mas princpios elementais que se dissolvem com a morte, e pouco deles restam organizados para representar uma "alma reencarnante". Esto na fase elemental de suas jovens e imaturas vidas na Terra, ou, ainda, so vidas mais experimentadas, que representam personalidades fracassadas. Grande nmero de jovens vidas, no tendo ainda encarnado uma alma vibrante, uma personalidade propriamente dita, sustentada pelas experincias computveis, responsiva ao Ego Superior, permanece em lento compasso de lapidao e sutilizao da matria que envolve e constitui seus corpos fsicos e astrais. So vidas formadas quase inteiramente dos elementais organizadores dos corpos, mas no dos vivificadores de conscincias que representam outra categoria de elementais. De todos os modos, o processo evolucionrio dirigido para as famlias, grupamentos, ramos, etnias e raas, visam metas a serem alcanadas coletivamente. E sem os inteligentes estmulos coordenados pelos missionrios da Fraternidade Branca, essas vidas jamais alcanariam os estgios de personalidades devidamente organizadas e conscientemente inseridas no Plano Criador. Em verdade, o maior nmero de encarnados no rene ainda condies de representar escales de almas humanas reencarnantes, conscencionais, j em processo evolucionrio mais adiantado, do que de homens animais. Portanto, admitimos que o relator possa estar se referindo aos dez bilhes de almas que de fato sobem Corte da Justia, para responder por atos conscientes, nos mais variados graus de conscincia. Por outro lado, determinado nmero de almas, milhes recalcitrantes e prisioneiros de si mesmos, de corpos mentais altamente cristalizados no

atesmo e materialismo - a mais triste e complicada das situaes - que vieram de distante encarnao deste mesmo sistema solar, no so julgados pelo que deveriam ter feito e no fizeram em favor das leis divinas evolucionrias, a que negam e mentalmente torpedeiam, mas sim naquilo em que incidiram e, por diversos instrumentos, provocaram desajustes, desarmonias ou males. Destas almas, outro grande nmero prisioneiro h milnios dos Senhores da Face Negra, sequer chegam ao Tribunal, pois, as almas, ao seu desencarne, so iadas aos domnios daqueles senhores, e arrastadas para planos de servido aos poderes materiais, com os quais se identificam e desde logo l permanecem. Esses infelizes irmos, de vrias categorias mentais, culturais e cientficas, no possuem, na verdade, almas vibrantes, pois embora condensadas por milhes de anos de extenuantes encarnaes, se apresentam de auras opacas, de polaridade negativa e enegrecidas pela falta da energia e luz crsticas. E ateus que realizam bons e reconhecidos atos? Algum, com justa razo, possa inquirir. Como bem disse o relator, h casos de julgamentos coletivos ou individuais. Quaisquer situaes so analisadas com a inquestionvel Sabedoria do Conselho Crmico, e no seremos ns, mortais comuns, que ousaremos inferir. Sabemos, entretanto, que cada pessoa, cada indivduo, "receber segundo as suas obras e no segundo as suas crenas". H ateus de muita bondade que agem at com esprito de sacrifcio em benefcio do prximo sem nada aguardar de recompensas. Estes, certamente, no possuem auras enegrecidas ou opacas. Suas obras sinceras, sem dvida, testemunharo a seu favor, e eles sero conduzidos aos meritrios lugares a que lhes destinar o Conselho. Diferentes, portanto, so estes dos empedernidos cticos que coadunam sistematicamente idias atestas, aes e filosofias materialistas falsas e dualistas, visando sempre destruir crenas e conhecimentos ocultistas legtimos (que no entendem), religies estabelecidas pela Sabedoria Superior ou o amor a Deus nos coraes sinceros. Aqueles, polarizados unicamente no mental concreto, trancafiados e prisioneiros de uma entidade autnoma - sua pessoal entidade - por eles e neles criada e alimentada por milhes de anos, que j age por si mesma, que os comanda e os dirige unicamente para assuntos materiais, so, como j dissemos, reincidentes especficos milenares da primeira encarnao de nosso sistema solar, onde o principal escopo naquele "Manvantara" (*) foi o conhecimento e apropriao da matria, como parte transitria do processo evolucionrio. Mas se prenderam nisto, negaram-se ao cumprimento das leis divinas, no avanaram sobre a matria e nela permanecem com mentes e coraes blindados para a evoluo espiritual. Dissera o Avatar Jesus - O Cristo - da Era de Peixes, quando provocado:

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"Ai de vs escribas e fariseus hipcritas! Assim contra vs mesmos testificais que sois filhos dos que mataram os profetas (so, portanto, filhos do "outro"). Serpentes, raa de vboras, como escapareis da condenao do inferno?" [Mateus 23 - 29,31,33]. (*) Manvantara (do Snscrito). Um perodo de manifestao do universo, oposto ao "Pralaya" ou dissoluo (HPB). H grandes e menores Manvantaras. (2) Admitimos que a citao "Sis do sistema" possa no representar sis na estrita significao como o Logos Solar, Senhor absoluto de nosso sistema planetrio, ou venham a ser sis de menores transcendncias. Pode a citao ser metafrica, em que as peties so enviadas a Seres de extraordinrias e pujantes luzes, que suas auras simbolizem sis. (Rayom Ra) (3) O Conselho Crmico Planetrio, conforme vemos na descrio, formado de Seres de grande majestade, que, no passado, se constituram em poderes mitolgicos, que auxiliaram as populaes de tantas civilizaes a sair do marasmo astral e mental em que se internavam, dandolhes elementos de energia e fora para o estmulo da imaginao consciente que culminavam em avanos espirituais. As mitologias, conforme sabemos, inteligentemente coordenadas pelos Mestres da Sabedoria, facultaram humanidade haurir de seus arqutipos e a eles doar, consubstanciando-se neste amlgama uma simbiose perfeita, em que os deuses deixaram de ser, em tantas ocasies, meramente vises inalcanveis. Deste modo, as criaes mentais elementais, sob intenso astralismo dos povos de antanho, formaram vvidos campos de energias relacionados com os arqutipos, sob os quais os Mestres recobriam seus Egos com tais vestiduras, que podiam se apresentar encarnados, ou no, diante das vistas humanas. Com isto, conduziam atos marcantes na Terra que se perpetuavam indelevelmente nos impressionveis coletivos raciais, em dirigidas edificaes para egos-personalidades. Tais arqutipos e tais campos energticos elementais, perduraram e perduram pelos milnios. (Rayom Ra) O Maha Chohan Recolhe o ltimo Alento No mesmo instante em que a alma deixa o corpo fsico, o Maha Chohan est preparado para recolher o seu ltimo alento, assim como animou a primeira respirao do corpo ao nascer. Dissolve-se o Cordo de Prata e um anjo dos Mestres Ascensionados, que esteve espera, leva-a consigo ao maravilhoso reino de repouso ( o cu da tradio religiosa). Aps um pequeno descanso, ela entra em contato com os amigos e entes queridos, caso estes no tenham reencarnado. Algum tempo depois, apresenta-se um mensageiro do Conselho Crmico com uma intimao. Citamos aqui casos comuns, como o de uma pessoa que somente praticou boas obras, procurou

desenvolver algumas virtudes e teve aspiraes espirituais elevadas, por conseguinte, merecendo atendimento individual. A grande maioria das almas permanece adormecida durante todos os acontecimentos. Aps um julgamento coletivo, elas so levadas, delicadamente, pelos guardies espirituais a outro local, onde sero despertadas. Existe, ainda, o terceiro grupo de emanaes de vida altamente espiritualizadas, que conquistaram o privilgio da assistncia especial do Conselho Crmico. Das poucas emanaes de vida preparadas para a ascenso falaremos detalhadamente, mais tarde, em outros captulos. Ao aproximarmo-nos do trio da Corte da Justia, avistamos os grandes portes abertos de par em par. Conduzidas pelos anjos, em grupos, as almas caminham lentamente, atravessando a imensa arcada. Algumas outras, isoladas, so acompanhadas por Seres de luz radiante. Todos sobem a escadaria, rumo ao enorme portal. Acercando-nos, admiramos a magnificncia do edifcio e do corredor que se estende at onde a vista alcana. Ao longo dos mesmos veem-se vrias arcadas que se ramificam, partindo do corredor central. Sobre cada uma, l-se o nome de um pas, por exemplo, "China", "India", etc. Grupos de seres, isoladamente, dirigem-se ao corredor principal para essas salas e entram na pequena antecmara. L, aguardam a chamada do assistente do Conselho Crmico. No fim do corredor encontra-se a cmara de audincias; entra-se, silenciosamente, e cada um ocupa o seu lugar. Esse salo semelhante aos das casas trreas da Inglaterra. Na tribuna esto colocadas sete cadeiras de espaldar. Os demais assentos do recinto esto ocupados por almas acompanhadas de avalistas, ou melhor, de padrinhos. Veem-se, tambm, grupos conduzidos por guardies. Um anjo luminoso faz a chamada das almas, individualmente, ou em grupos. Elas levantam e vo, com os padrinhos, at a tribuna. Neste local, lhes lido um relatrio de sua recm-terminada existncia na Terra; o anjo l o relatrio com voz clara e serena. O prprio Santo Ser-Crstico de cada alma informa o que ela poderia ter feito com as aptides que possua, enquanto estava de posse do corpo fsico. Esses relatrios sero comparados para verificar-se o modo como ela utilizou suas faculdades, e como ser definida a existncia futura. Certas almas precisam ser amparadas em sua aflio, quando os relatrios de suas vidas so lidos perante o Conselho Crmico, porque s ento compreendem que poderiam ter feito algo em benefcio de seus semelhantes, em certas circunstncias e....(no fizeram). A todos so concedidas oportunidades aqui na Terra, e ser muito tarde pretend-las aps a morte. Aqui so decididos os efeitos, e aqui devemos neutraliz-los. Durante a permanncia no plano terrestre, a alma dever viver com sabedoria a existncia que lhe foi confiada. Do nosso procedimento atual depender a deciso do que vai acontecer entre as encarnaes, e as novas experincias a que seremos submetidos quando voltarmos a reencarnar. So os minutos da vida diria que constroem um mau carma ou uma

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coroa de luz. No se conquistam diria e constantemente os picos mais elevados, mas enquanto o trabalho cotidiano realizado, pensa-se e sentese ininterruptamente, e essas so as pedras com que se edifica a vida. Fazei vs mesmos estas perguntas. "Como influencio as pessoas? Fao-as felizes e contentes? Ou as aflijo de tal maneira que se sentem aliviadas e alegres quando delas me afasto?" Demonstrai, diariamente, reconhecimento pelas batidas de vossos coraes, que vos permitem conquistar o aperfeioamento neste mundo. necessrio faz-lo, pois quando sua chama for retirada, ser tarde! Aqueles que procurarem, com sinceridade, oferecer um ambiente bom e harmonioso aos que privam de seu convvio dirio; os que proporcionam bem-estar e alegria ao prximo, esses nada tero a temer quando receberem a convocao, tais pessoas sabero que fizeram o melhor, e mais nada pde ser feito.

A Sentena Antes de ser proferida a sentena, os Membros da Grande Fraternidade Branca podero intervir, testemunhando em favor de uma alma, oferecendo o Seu aval e responsabilizando-se por ela. Quando isto acontece, a alma pode ingressar nas esferas mais altas como recompensa dos seus esforos. Aps a intercesso de um Irmo, ela encaminhada a uma instituio espiritual, a fim de iniciar o aprendizado. L adquire os conhecimentos que mais necessita para o seu aperfeioamento e onde recebe a visita dos Mestres ascensionados que a auxilia. A sentena jamais significar um castigo! Qualquer que seja, ser somente o expediente empregado para dar alma a mxima ajuda, visando ao desenvolvimento da luz oculta em seu corao. Preces Ajudam Muitssimo - Padrinhos - Testemunhas - Avalistas A prece constitui uma ajuda poderosa aos vossos queridos "mortos"! Ela exerce sobre as almas um efeito muito benfico: reerguer-lhes a coragem, aumenta-lhes o desejo de elevao pelo arrependimento e consequente reparao, e pode desvi-las de pensamentos negativos. Quando a ateno de um Mestre Ascensionado dirigida a uma das almas que vai transpor o trio da Corte de Justia, Ele, ou se apresenta pessoalmente para assumir o encargo de padrinho, ou envia um representante como avalista. Muitas vezes so convocadas testemunhas para atestar o bem praticado em vida pela alma. Tambm os que pertencem ao reino animal podem confirmar os benefcios recebidos. Tudo isto parece muito protocolar, mas raro uma alma comparecer perante o Conselho Crmico sem ter, no mnimo, uma boa ao, durante a existncia terrena. Depois que alma for avaliada pelo prisma espiritual e sua luz mensurada, ser encaminhada a uma das sete esferas interiores, onde, sob a orientao

de seres especialmente treinados, recebe os ensinamentos apropriados ao desenvolvimento da razo, discernimento e resignao. Isso exige algum tempo at que os protetores espirituais possam comunicar ao Conselho Crmico que ela se encontra novamente apta para a reencarnao. Os guardies do gnero humano e as almas elevadas geralmente renunciam permanncia nas esferas superiores porque desejam voltar ao corpo fsico, o mais depressa possvel, a fim de ajudar a humanidade. Isso explica, muitas vezes, as deficincias e debilidades fsicas dessas criaturas, pois desistiram do repouso que forneceria fora vital a seus corpos internos, assim como uma noite de descanso restaura as energias. Na maioria das vezes, como essa renncia das almas devido quele objetivo, elas recebem autorizao do Conselho Crmico para encarnar em seguida. Como j foi explicado, o Conselho Crmico jamais castiga qualquer emanao de vida! Cada padecimento que ela suporta consequncia dos sofrimentos que inflingiu a outros - a alma deve colher o que semeou! desta forma que ela aprende a construir sua vida segundo os preceitos do bem, da justia e do amor ao prximo. Se a humanidade pudesse compreender que Deus um Pai de Amor que s deseja torn-la feliz, at mesmo na transmutao de seus erros, e abrisse o corao ao Grande Amor Divino, receberia um impulso precioso para acelerar o seu progresso. O Mestre Ascensionado Kuthumi, ou um de seus representantes, d o seu apoio aos jovens que perecem na flor da idade. O Mestre Ascensionado El Morya patrono daqueles que exerceram atividades governamentais, mesmo que tenham cometido faltas no desempenho de suas funes. O Mestre Ascensionado Paolo, o Veneziano, auxilia aqueles que trabalham em prol da paz e fraternidade entre os homens. O Mestre Ascensionado Serapis Bey, intercede pelos artistas, msicos, arquitetos e engenheiros que construram cidades e belas obras arquitetnicas. O Mestre Ascensionado Hilarion, oferece sua ajuda aos mdicos, cientistas, pesquisadores, irms de caridade e aos descrentes. O Mestre Ascensionado Jesus, intervm em favor das almas que O serviram seguindo a doutrina crist. O Mestre Ascensionado Saint Germain, intercede pelas emanaes de vida que, de forma consciente ou inconsciente, dedicaram-se Causa da Liberdade e a incentivaram quer por motivos polticos, quer por motivos religiosos, e lutaram contra a escravido do corpo e da conscincia dos indivduos.

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bom que todos tenham, ao menos, um conhecimento superficial dos atributos dos Bem-Amados Mestres. Quando vos apresentardes perante o Conselho Crmico (um dia isso ir acontecer) ento um d'Eles poder dizer: "Este filho Nos serviu!", e oferecer ajuda como vosso padrinho. Pecado Por Erro Qual a razo da maioria das pessoas sentirem medo, quando pensam no Conselho Crmico e na Corte de Justia? Em princpio, so poucos os que realmente vivem na luz. Este medo provm do julgamento secreto de sua conscincia. Nesse caso, o remorso constitui a prpria sentena. Quando um indivduo, por ocasio da libertao de sua alma, olha para trs e v o que deixou de fazer por indolncia, a imagem de no ter demonstrado generosidade para com os seus semelhantes (quando ainda tinha meios para tal) provoca a censura interior, causando-lhe muito sofrimento. O Conselho Crmico sempre esclarece a alma acerca do que ela mais necessita, e da reparao que pode oferecer pelos "pecados" cometidos (pensamentos e at omisses), a fim de prepar-la para uma nova vida terrena. A cada alma destinado um certo nmero de obrigaes que resgatem os resultados funestos de seus atos. Cada um deve reconhecer e dissolver os erros que gerou, alguns deles talvez h muitos sculos! A dissoluo efetivada pelo misericordioso Fogo Violeta. Quando a alma de um discpulo dedicado recebe a sentena do Conselho Crmico, comea logo a reparar o carma (possivelmente no plano inferior dos corpos etrico, emocional e mental) aplicando o Fogo Violeta e seguindo avante nas esferas internas, exemplo este que podeis imitar desde agora aqui na Terra, pois um dia, de qualquer modo, isto ter de ser feito! Algumas igrejas denominam esse estgio de "purgatrio". No um perodo de castigo, mas de depurao consciente dos erros acumulados nos corpos inferiores. Quando a alma tiver resgatado e dissolvido muitas das infraes cometidas, (e que encarnada teria de suportar as consequncias), ento estar "madura" para um novo corpo fsico, j que as probabilidades de desenvolvimento aqui so maiores. Existem dez bilhes(...!) de espritos que gravitam em torno da Terra espera de uma oportunidade de aprendizado. De tempos em tempos conseguem encarnar para compensarem suas dvidas. Devido gigantesca camada de energias impuras ao redor do planeta, formada pelas criaes humanas, somente um tero destas entidades pode encarnar ao mesmo tempo. Portanto, um grande privilgio obter a reencarnao, pois de trs almas que desejam voltar Terra, apenas uma escolhida; as outras duas tm suas pretenses recusadas. Razo porque a vida jamais deveria ser tratada levianamente! O Processo da Reencarnao

Quando o Conselho Crmico aprova a reencarnao de uma alma tem incio uma srie de medidas para tal fim. Como a finalidade extinguir os erros do passado pela prtica do bem, o carma do indivduo reexaminado e cuidadosamente avaliado para que no receba mais por resgatar, do que sua fora e coragem futura possam suportar. O provrbio "Deus d-nos o fardo, mas tambm nos ajuda" verdadeiro. Num gesto divino de misericrdia, a alma no ser sobrecarregada das expiaes. Se o carma j est definido, bem como os pais, a raa e o ambiente onde ir viver, ento a alma e o ser elemental do futuro corpo fsico so convocados para receberem instrues. apresentado ao ser elemental o modelo etrico do corpo carnal que a alma mereceu. Os construtores da forma, o prprio Santo Ser Crstico e o ser elemental desse corpo comeam, finalmente, os preparativos para o prximo evento. E o milagre do nascimento acontece. Novamente a alma atravessa os mesmos portais do Conselho Crmico para outra vez entrar na Terra. Ao transitar pelos planos internos rumo ascenso, os candidatos devero tambm percorrer as trilhas da purificao dos corpos inferiores. Se as impurezas no tiverem sido ainda transmutadas, imprescindvel que o faam agora com o Fogo Violeta. O perodo de prestao de contas e reparaes, que precede a conquista da liberdade, muitas vezes se estende por meses e anos. Vs, discpulos dedicados, que sabeis da existncia do Fogo Violeta, utilizai-o, aqui e agora; no espereis at chegar o momento da libertao de vossos corpos e a hora de comparecer ante o Conselho Crmico, para o julgamento de vossos erros (porque talvez, propositada ou impensadamente, usastes mal a energia divina e maltratastes formas de vida). A extraordinria dispensao do Grande Sol Central, associada cooperao espontnea dos seres humanos, resultar na liberdade eterna da humanidade; assim, quando a derradeira emanao de vida for arrebatada pela luz "para nunca mais voltar", de esperar-se que os portes do Tribunal de Justia sejam aferrolhados pelos grandes Anjos Mensageiros que, juntamente com Jesus, podero dizer: "Pai, est consumado; dos que Nos confiaste nenhum se perdeu". O Reino dos Adormecidos Quem so os alojados no Reino dos Adormecidos? So os que no creem em vida aps a morte; os que esto cansados ou tm preguia de pensar e preferem permanecer no nada e no esquecimento; os que deixaram este plano devido a esgotamento ou forte emoo; os que sofreram morte violenta e, ainda, os que foram vtimas de guerras ou catstrofes. No reino dos adormecidos, todos descansam em belos leitos envoltos em rosas ou outras flores lindssimas guisa de lenis, que no somente so luminosas como jamais fenecem. Os Devas vigiam-nos com muito carinho e solicitude, ungindo seus corpos etricos com leo. Quando acordam, -lhes permitido passar uma temporada com os entes queridos. Aps certo tempo aparece o mensageiro anglico com um convite para apresentarem-se ao Conselho

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Crmico. At recentemente, os adormecidos dos reinos inferiores, com obstinao, negavam-se a acordar; s queriam dormir e escapavam to logo fossem despertados. Isto atrasava consideravelmente o seu progresso, pois no atendiam convocao do Conselho Crmico para serem cientificados das disposies necessrias a uma nova encarnao; deste modo, por vontade prpria, recusavam o ensejo de progredir! No ano de 1954, o reino dos adormecidos foi desocupado pelos que l permaneciam h sculos, e isso aconteceu devido aos apelos poderosos dos discpulos de El Morya e Saint Germain! Os que forem descansar nesse reino, somente podero permanecer durante seis meses. (4) (4) No sabemos, exatamente, a esta altura, se o informado continua em estrita vigncia. Sabemos que devido a entrada da Era de Aqurio, em que as fortssimas vibraes afetam consistentemente a todos os planos de nosso orbe, muitas coisas tm mudado nos mundos superiores em relao aos diferentes carmas humanos. Em virtude da exiguidade de tempo para acontecerem as reais hecatombes que mudaro a face da Terra e faro submergir populaes e pases, muitas almas fracassadas em suas diversas misses, ou que no conseguiram lev-las a contento conforme prometido, recebem propostas de trocas de suas permanncias nos estgios purificadores ou restauradores, ou de reencarnaes a curtos prazos, para juntarem-se aos imensos falangeados de trabalhadores do espao, que, por suas aes e participaes, auxiliam a humanidade encarnada em todos os setores da vida comum, bem como estendem sua ajuda aos reinos de vidas no humanas, em diversas e sistemticas circunstncias. Por outro lado, milhes de almas chegam anualmente ao mundo espiritual em estados de lamentveis choques, ou mental e espiritualmente desorganizados pelos vcios irrefreveis e por agudos desregramentos. Sendo de tratamentos espirituais demorados e, por no haver mais tempo hbil para suas recuperaes ou reconciliaes com as foras construtivas, so de imediato submetidos a indues letrgicas para serem levados pelos missionrios ao "orbe regenerador" ou "higienizador" que j tangencia Terra, onde l passaro anos, sculos ou milnios, dependendo de suas bagagens crmicas, a fim de que possam retornar Terra. Os servidores dos gnios malignos, em suas diversas escalas e razes culturais milenares, de atividades humanas torpes ou indignas - sendo rebeldes e desprezveis desde logo so arrebatados e arrebanhados a fim de, agora como almas, fazerem parte das negras falanges aqui na Terra, ou so arrastados, tambm em estados letrgicos, para o astral inferior do planeta mencionado. (Rayom Ra) Almas Prisioneiras da Terra Existem almas que ainda continuam "prisioneiras da Terra". J lestes respeito, na literatura ocultista. So indivduos portadores de fortes

sentimentos de amor ou dio a pessoas ou objetos deste plano. Defendemse contra a morte. Mesmo que j tenham ingressado no reino espiritual, ainda assim no querem admitir a realidade de no mais pertencerem ao mundo material. Agarram-se s coisas que mais amavam ou odiavam, extraindo a vitalidade e o fludo magntico animal das pessoas encarnadas. Muitas dessas almas, contra a sua vontade, j foram libertadas e retiradas da atmosfera da Terra, graas aos apelos dos discpulos. Qual a razo de alguns indivduos terem permanecido milhares da anos no plano astral, o mundo ilusrio das criaes humanas? Foi por rebeldia, pois no quiseram atender ao chamado do Conselho Crmico (embora todos tenham de comparecer perante ele, quando passarem pela morte) e no aceitaram as expiaes que lhes foram destinadas para redimir, pelo menos, parte de seus carmas devastadores. Tampouco quiseram ficar nas esferas indicadas pelo Tribunal, a fim de (re)aprenderem as lies. Enquanto tais disposies no forem cumpridas, essas entidades no podem receber novos envoltrios carnais. Mensageiro Crmico Os mensageiros do Conselho Crmico so seres de aparncias deslumbrantes. Usam vestes da mesma cor prpura dos antigos imperadores, e semelhantes s do traje envergado pelo Mestre Ascensionado Saint Germain. altura do peito, ostentam um bordado representando a balana da justia em perfeito equilbrio, e suas cabeas so adornadas com coroas de sete pontas. Trazem rolos de manuscritos atados com fitas tambm de cor prpura. Esses manuscritos so convites para que as almas se apresentem ao Conselho Crmico. A alma que deixou o corpo fsico, cedo ou tarde, encontrar no plano espiritual um desses mensageiros. Esse convite significa uma oportunidade abenoada para a entidade receber a sentena, e passar pelo perodo de reparaes e aprendizado da lei da vida; entretanto, respeitar o livre-arbtrio da criatura o mandamento de todos os instantes. Os indivduos podem frequentar quanto quiserem os templos dos reinos internos ou abster-se, como, na Terra, procedem aquelas pessoas que vo regularmente igreja, ou somente na poca do Natal ou da Pscoa. Contudo, se mais servirem e aprenderem naqueles templos, mais rapidamente sero libertados do mau carma, podendo ascender a reinos mais elevados. Desta forma, asseguram uma prxima vida terrena em melhores condies, quando chegar a vez de sua reencarnao. A Alma Recm-Chegada Se a alma j atravessou os prticos da Corte de Justia, ser examinada e encaminhada ao local adequado ao seu grau vibratrio e, de acordo com o seu desejo, tanto pode ser na cidade como no campo. L, associa-se a comunidades, recebe novas instrues e toma parte nos servios divinos.

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Seu progresso poder ser acelerado ou lento, tal como sucede aos homens aqui na Terra. Suponhamos que duas almas reencarnem no mesmo minuto: uma delas apressa-se durante este estgio para atingir o ponto mais alto; a outra, porm, movimenta-se lentamente, e, o que pior, fica estacionada em seu desenvolvimento desde que encarnou at o momento de deixar o corpo. A durao deste estgio depende de vrios fatores, por exemplo: formam-se novas amizades, e o corpo etrico atuando como um espelho reflete o novo ambiente, apagando, paulatinamente, as lembranas dos outros seres que continuaram aqui por mais tempo. Para moradia dessas almas, so construdos os "lares" onde vo residir durante o longo perodo de aprendizagem. Quando o Conselho Crmico verifica que a alma j dissolveu uma quantidade satisfatria do carma, e obteve o alimento e descanso espirituais necessrios, envia novamente o mensageiro crmico para anunciar-lhe que um novo nascimento a aguarda. As despedidas so difceis porque os reinos interiores so lugares de felicidade, comparados s condies comuns da vida terrena. No momento em que aparece o anjo do Conselho Crmico, a alma compreende: tempo de retornar a uma nova vida na Terra. Esses mensageiros usam vestes de um maravilhoso azul-celeste profundo, "azul das guas marinhas", e sua presena o sinal de nova encarnao. No comeo de cada ano, o Conselho Crmico escolhe as emanaes de vida que devero encarnar durante o seu transcurso. Primeiramente, so atendidas as almas que querem um novo corpo fsico; seguem-se as que j expiaram parte de seus carmas e as que, por motivo justo, j podem reencarnar. No ms de Maio, a Bem-Amada Maria, Me de Jesus, em seu Templo do Sagrado Corao, abenoa os novos filhos da Terra. Ela ajuda a formar o corao - o clice onde chameja a imorredoura e divina Chama Trina - empregando substncias maravilhosas do mundo fsico. O Medo da Morte A alma necessita sempre e sempre voltar Terra at que se torne mestra de sua vida, de seus pensamentos, sentimentos, palavras e aes. Se cada tomo discordante (seja qual fora a sua natureza) for extinto pela purificao e existir amor e altrusmo, ento a criatura realmente far a sua ascenso, retornando ao "lar" para nunca mais voltar. Todos devem saber: quem fez o melhor, segundo sua conscincia, e viveu a sua crena com fidelidade, a esse ser concedida toda ajuda para trilhar o caminho da bem-aventurana! Portanto, no h razo para o pavor que a humanidade alimenta em relao ao "depois" da vida. Milhes de seres humanos passam anualmente pelo portal da "morte" e milhares de almas estacionam em esferas internas de todas as categorias por temerem o julgamento. Quereis dar-lhes um auxlio maior? Ento rogai a Deus para que as mesmas aceitem atravessar, respeitosamente, os portais da Corte de Justia e, de boa vontade, procurem resgatar suas culpas. Se

aqui no mundo fossem feitos apelos constantes em favor dessas almas, poderiam ser alcanados resultados maravilhosos, maiores do que se possam imaginar. (5) (5) "Da a importncia das mentalizaes e dos apelos aos raios, chamas e poderes dos ascensos, nesta Era de Aqurio. Quando feitos sob um ritmo apropriado e vibraes moduladas pela voz, os milhares de apelos que chegaram Terra atravs da maestria dos Ascensos, podem causar, e verdadeiramente causam uma revoluo nas situaes obscuras, ocultas ou intransigentes. Do mesmo modo, os quadros mentais j formados pelos Mestres e Seres de Luz, ao exerccio das mentes humanas de seus seguidores aqui na Terra, fortalecem a atmosfera do mundo e as mentes dos praticantes". (Rayom Ra) O Ser Elemental do Corpo De que forma animado o corpo fsico de uma alma que reencarna? Pessoa alguma no ascensionada poder calcular a preciso impressionante dos trabalhos necessrios para formar o invlucro corporal, que servir de moradia ao esprito durante a sua passagem pela Terra. J so bem conhecidos os quatro corpos inferiores do homem: mental, emocional, etrico e fsico. Esses corpos necessitam, para o seu perfeito funcionamento, da estreita cooperao de todos os elementos que os compem, e cada um deles responde unicamente s vibraes de seu prprio plano. E o homem acredita que veio luz simplesmente pelo milagre do nascimento!... O Corpo Etrico. Muitos sculos de cuidados extremos foram necessrios para que se pudesse chegar ao nvel atual do desenvolvimento do corpo etrico, at que ele se tornasse receptivo s vibraes do ser espiritual. O corpo etrico, aps cada encarnao, no recriado, e sim reanimado. O Corpo Fsico. Jamais a conscincia da Presena "Eu Sou" exerce ao direta sobre a criatura. Somente a Sua Chispa atua no ser, e sempre antecede a criao do novo manto carnal (formado segundo Sua orientao). Durante a gestao do caudal de vida, os pais tambm so observados. Deus providenciou um ser elemental para cada corpo; seu trabalho consiste em executar as funes orgnicas da criana at que o subconsciente possa assumir o controle, de modo que o bom funcionamento fsico seja assegurado. Assim fica explicado por que muitas vezes a alma encarnada no tem domnio sobre o corpo antes dos catorze, dezoito e s vezes vinte e um anos. Os construtores de forma escolhem os seres elementais da mesma esfera e raio a que pertencem as emanaes de vida; e a estrutura fsica formada a partir do lugar ocupado pelo prprio Santo-Ser-Crstico. Quando o Ser Elemental, primeiramente, recebeu as instrues nos

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planos interiores, atraiu a luz universal a fim de execut-las: assim continuou at adquirir percia e ser-lhe confiada a construo do templo, onde a Presena Divina, o Santo-Ser-Crstico e a Chama Trina pudessem habitar. Antes da primeira encarnao, toda emanao de vida recebeu um Ser Elemental. Nessa ocasio, realizou-se uma belssima cerimnia perante o Conselho Crmico e, nessa ocasio, o Ser Elemental foi determinado a viver com a emanao de vida durante o tempo que esta possusse corpo carnal, a fim de mant-lo em perfeitas condies para que fosse o templo habitado pela Presena Divina. No comeo, a criao de um corpo foi sempre um acontecimento alegre e feliz. A Presena Divina irradiava de Si ao corao fsico a Chama Trina Imortal, e o Ser Elemental encarregado atraa os elementos necessrios para a construo, quase que completa, do modelo projetado pelo Santo-SerCrstico. Outrora os corpos eram indescritivelmente belos; reinava, verdadeiramente, a maravilhosa Idade de Ouro. Para modelo era escolhido o corpo etrico; ele representava a plenitude da glria do Santo-Ser-Crstico, de modo que bastava copiar-lhe as formas maravilhosas. O Ser Elemental habitava ento o templo construdo por ele prprio e, como uma boa dona de casa, mantinha-o em timas condies (calorias, regenerao, circulao, etc.). Reinava, naquele tempo, alegria e compreenso entre a emanao de vida e o Ser Elemental. Quando o homem comeou a experimentar a prpria fora criou em seu corpo etrico formas impuras e distores tais, que o Ser Elemental responsvel ficou desorientado com a destruio de seu modelo e, obediente, transferiu essas deformaes ao corpo fsico. Esse o motivo por que ele tem revelado averso emanao de vida que acompanha. Durante muitos sculos esforou-se por imprimir na criatura a perfeio do prprio Santo-Ser-Crstico. Lutou muitssimo contra os delitos, vcios, depravaes e ambies que o homem desenvolveu "na queda", ao abandonar a pureza e a misericrdia. Finalmente, o Ser Elemental deixou de ser o colaborador dedicado e comeou a impedir os propsitos e planos do indivduo. Quando o homem houver atingido a meta (desde que se esforce em viver com pureza, conforme a Lei Divina), renunciando s inclinaes que prejudicam e destroem o corpo fsico, ento ter incio uma nova camaradagem entre ele e o Ser Elemental. Mas isso no acontecer logo; aps sculos de maus tratos, extravagncias, abusos, imprudncias e descuidos com o templo (que o Ser Elemental criou e manteve) ter de esperar por um modelo novo que retrate a perfeio. Se a Chama Violeta for empregada com assiduidade, o corpo etrico poder receber novamente o modelo divino de luz, e o Ser Elemental imediatamente ir estamp-lo no corpo fsico. evidente a necessidade de purificao da forma etrica aps tantas encarnaes. Com a aplicao energtica do Fogo Violeta a vibrao do corpo etrico elevada, tornando-o translcido. Quando isto for

compreendido e realizado, teremos novamente corpos saudveis, sem sombras de enfermidades ou decrepitude, que geralmente precedem morte. Realmente a Morte No Existe, Porm Vida Eterna Amados discpulos, para vs que tendes o privilgio de conhecer os Mestres Ascensionados e o Fogo Violeta, temos uma revelao extraordinria que nunca antes foi feita, isto , se ascensionareis logo ou se deveis, ainda, reencarnar pela ltima vez. J dominais os conhecimentos que h milhes de anos no eram franqueados ao mundo exterior. O que aqui revelado para vossa iluminao e liberdade talvez vos parea agora obscuro ou mstico; algum dia, entretanto, num futuro bem prximo isso ser provado pelos cientistas. A humanidade h de inteirar-se destes ensinamentos, seguindo-os; e diariamente far apelos por sua libertao, ao passo que vs possus desde agora a prerrogativa. Estes ensinamentos esto sendo ministrados pelos Mestres Ascensionados. Eles, como ns, viveram em tempos idos aqui na Terra, e conhecem a verdade, pois a observaram, elevando-Se a esferas mais altas pelos "servios prestados". Quando ascensionardes - como Jesus Cristo no mais necessitareis encarnar. Sereis para sempre livres e podereis viver no reino da perfeio, emprestando vosso amor e vossas foras aos remanescentes da humanidade, a fim de que eles atinjam a mesma perfeio. Sede abenoados porque vos foi outorgada a condio de pioneiros na misso de consolar a humanidade. O maior auxlio que podeis prestar aos vossos semelhantes ensinar-lhes a obedecer a lei da vida, com amor, pureza, harmonia, bondade, tolerncia e compreenso; e a compenetraremse da verdade desta mxima: Deus quer o bem de todos! [Haja Luz - Ponte Para a Liberdade] Rayom Ra

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Discurso de El Morya (I) 17-01-12 um acontecimento importante para todos ns quando o Templo da Vontade Divina abre seus portais humanidade. Discpulos de toda parte acorrem s aulas, em seus corpos sutis, para aprenderem como reconhecer e realizar o seu Plano Divino. Trazem consigo a este Templo os senhores ou detentores do poder no mundo terrqueo, para que estes tambm aprendam a manifestar na forma externa de seu povo, a Vontade de Deus. Existem muitos senhores cheios de boa vontade que, aps receberem aqui os ensinamentos, vo, confiantes, para p-los em prtica, incentivados pelas fortes vibraes que aqui se irradia. Porm, o mundo externo, muitas vezes, poderoso ante a sua modesta boa vontade, e seus conselheiros terrqueos, na maioria das vezes, possuem outros planejamentos que no correspondem autntica Vontade de Deus. Deste modo, perdem-se aquilo que os senhores de boa vontade assimilaram em seus corpos sutis.

O mesmo tem ocorrido com muitos discpulos - isto no mais deveria acontecer. Um sincero discpulo da Luz que se prontificou em subordinar a sua vida ao