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a iniciativa ART

Articulando Redes Territoriais e temáticas de cooperação para o desenvolvimento humanoA

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T ONDE ACTUA ART E QUEM PARTICIPA

Presentemente, os Programas ART actuam em Albania, Colômbia,Cuba, Equador, Líbano, Marrocos, República Dominicana, Sérvia,Sri Lanka e Uruguai. Outras iniciativas estão em curso deprogramação em Bolívia, Indonésia, Kosovo, Macedónia eMoçambique. As redes temáticas ART realizam actividades noBrasil, na Guatemala, em Honduras e na Nicarágua.

A iniciativa ART é apoiada pelos governos da Bélgica, da França,da Itália e da Espanha. Os governos dos outros paísesdoadores, como o Canadá, o Japão, Mónaco, Portugal, a Suécia,a Suíça, a Inglaterra, assim como a União Europeia, contribuemao desenvolvimento dos programas Art nos diversos países.

Mais de 400 governos regionais e locais, e suas associaçõescomo a CRPM, NRG4SD, REVES, ANCI e a ConfederaciónEspañola de Fondos de Cooperación y Solidaridad colaboramcom a iniciativa ART a nível internacional nos países.

No mês de Março de 2007, mais de 1.000 representantes de 65governos nacionais e 150 governos regionais e locais participaramà Primeira Convenção para uma Aproximação Territorial doDesenvolvimento, organizada em Marselha pelo PNUD, pelaConferencia das Regiões Periféricas Marítimas Europeias e pelaRegião Provence-Alpes-Côte d’Azur (PACA). Os participantesidentificaram na iniciativa ART um instrumento estratégico pararealizar, em modo coordenado, actividades de cooperaçãodescentralizada capazes de produzir um impacto concreto naconsecução dos Objectivos do Milénio nos países envolvidos.

A iniciativa ART contribui no processo de reforma das NaçõesUnidas, através uma activa participação do PNUD, da OIT,UNIFEM, UNITAR, ACNUR, UNOPS e da OMS. A iniciativa ARTcontribui a reduzir a fragmentação da cooperação, comorecomendado na Declaração de Paris e do Consenso Europeusobre a Efectividade das Cooperações.

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1. Eliminar a pobreza extrema e a fome 2. Assegurar a educação elementar universal 3. Promover a paridade entre os sexos e aumentar

o poder decisório das mulheres4. Reduzir a mortalidade infantil 5. Melhorar a saúde materna 6. Lutar contra a HIV-AIDS, a malária e outras

doenças 7. Assegurar a sustentabilidade ambiental 8. Desenvolver uma parceria global para

o desenvolvimento.

OBJECTIVO DE DESENVOLVIMENTO DO MILÉNIO QUE DEVEM SERALCANÇADOS ATÉ 2015:

ART é uma iniciativa de cooperaçãointernacional que associa programas eactividades de diversas Organizaçõesdas Nações Unidas: PNUD, UNESCO,UNIFEM, ACNUR, OIT, UNITAR, OMS,UNOPS e outras. A iniciativa promoveum novo tipo de multilateralismo noqual o Sistema das Nações Unidastrabalha com os Governos favorecendoa participação activa das comunidadeslocais e dos actores sociais de todos ospaíses. Art fez próprios os Objectivosde Desenvolvimento do Milénio.

Articulando Redes Territoriais e temáticas de cooperação para o desenvolvimento humano

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T2A APROXIMAÇÃO ART PORQUE ART?

ART se baseia em três premissas:

• que cada um dos oito Objectivos do Milénio sejaestritamente ligado aos outros e possa ser alcançadosó operando com modalidades intersectoriais,fazendo trabalhar juntos os operadores e os grupossociais interessados e evitando os projectosrigidamente sectoriais ou reservados a uma sócategoria de pessoas;

• que para combater eficazmente a pobreza, oanalfabetismo, a discriminação, as doenças, adegradação ambiental, a desagregação social e aviolência, não basta intervir sobre os efeitosmanifestados por estes fenómenos, mas énecessário agir sobre as suas causas, ou seja sobreas causas, ou seja, sobre os mecanismos deexclusão social que caracterizam o desenvolvimentodesigual e desequilibrado;

• que para superar os obstáculos estruturais dodesenvolvimento é necessário um esforço conjuntode todos os actores regionais, locais, nacionais einternacionais.

ART valoriza o papel activo das comunidades locais nosprocessos de desenvolvimento.

As comunidades locais são as populações que vivemnos territórios correspondentes às subdivisõespolítico-administrativas dos estados: Regiões,Províncias, Municípios. Com os seus recursos naturais,históricos, culturais e de sabedoria, com as suasinstituições e sistemas de governo, as comunidadeslocais são um elemento político fundamental dagovernabilidade e do desenvolvimento que podeassumir compromissos e responsabilidades,dialogando activamente com as estruturas centrais doEstado e com as Organizações Internacionais.

ART nasce em Novembro de 2004, mas as suas origensderivam dos Programas-quadro multilaterais de desenvolvi-mento humano, realizados desde 1989 com diferentes siglas:Prodere, Smalp, Hedip, Pdhl, Pdhi, Sehd, Atlante, Print,Pasarp, City to City, Appi, Universitas. Estes programasenvolveram os seguintes países: Albania, Angola, Belize,Bósnia-Herzegovina, Colômbia, Costa Rica, Cuba, El Salvador,Guatemala, Honduras, Moçambique, Nicarágua, RepúblicaDominicana, Sérvia e Montenegro, África do Sul e Tunísia.Colaboraram os governos de Bélgica, Canadá, Itália, ReinoUnido, Espanha, Suécia, Suíça e a União Europeia. AsOrganizações das Nações Unidas envolvidas foram: PNUD,UNESCO, UNIFEM, OMS, OPS/OMS, HABITAT, IFAD, ÓLEO,UNEP, ACNUR, UNICEF, UNICRI, PMA e UNOPS.

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ART sustenta as políticas dos governos nacionais quevão no sentido de uma descentralização democrática,dotado com os recursos correspondentes, e concedeapoio ao desenvolvimento das comunidades locais dopaís. Estas escolhas são encorajadas e sustentadasporque geralmente constituem um sinal do desejopolítico de seguir na direcção de um desenvolvimentomais sustentável, participativo, equitativo e pacífico.

ART também opera a nível internacional para colocar àdisposição dos programas nos países o apoioinstitucional e técnico das Organizações das NaçõesUnidas e dos seus centros especializados, e acima detudo favorecer parcerias concretas de cooperaçãodescentralizada entre a comunidade local e os actoressociais do sector público, privado e associativo do Sule do Norte.

O novo multilateralismo é caracterizado por umagrande rede mundial de trocas construtivas, pacíficas ede qualidade. ART promove-o e sustenta-o através deum sistema global de cooperação que liga entre eles osactores regionais, locais, nacionais e internacionaispara que possam operar melhor juntos em função dosobjectivos do Milénio.

Il Multilateralismo è o futuro

28. Para alcançar os nossos objectivos de desenvolvimentosustentável precisamos de instituições internacionais emultilaterais mais eficazes, democráticas e de confiança. 29. Reafirmamos o nosso empenho em respeito dos princípiose dos objectivos indicados pela Carta das Nações Unidas epelo Direito Internacional, para além do empenho parareforçar o multilaterismo. Concordamos com o papel decomando das Nações Unidas como Organização maisrepresentativa e universal e a mais apta a promover odesenvolvimento sustentável.30. Comprometemo-nos igualmente a supervisionarregularmente os progressos para o alcance dos nossosobjectivos de desenvolvimento sustentável.

Declaração de Johannesburg sobre o Desenvolvimento Sustentável. 2002

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A nível central, os Programas-quadro são geridos porum Comité Nacional de Coordenação (CNC), constituídopelo governo com a participação do Escritório Nacionalde Coordenação das Nações Unidas e dos doadoresenvolvidos. O CNC serve para orientar diversosprojectos e contribuições na direcção de uma lógica deprograma, melhorando assim notavelmente osresultados e o impacto da cooperação internacional. OsProgramas-quadro oferecem uma oportunidade paratraduzir numa estratégia operacional concreta o desejode coordenação entre os doadores, expressa cominsistência nas diversas sedes institucionais.

O CNC identifica as Regiões do país a serem envolvidasnos Programas-quadro, em base das prioridadesnacionais e do interesse expresso pelos doadores. NasRegiões (Departamentos, Províncias) e nos seusMunicípios se constituem alguns Grupos de trabalholocais nos quais participam os actores públicos,associativos e privados do território e os representantes

As estruturas de coordenaçãonacional e local

OS PROGRAMAS-QUADRO DOS PAÍSES

ART promove e sustenta Programas-quadro nacionaisde cooperação para a Governabilidade e oDesenvolvimento Local, indicados com a sigla ARTGOLD. São definidos como Programas-quadro porquecriam um contexto institucional organizado de formaque os diversos actores nacionais e internacionaispossam contribuir ao desenvolvimento humano do paísem formas coordenadas e complementares. Participamneles os países doadores, Agências das Nações Unidas,governos regionais, cidades e governos locais,elementos da cooperação descentralizada,associações, universidades, organizações do sectorprivado e organizações não governamentais. Cada umdestes actores, usando os Programas-quadro, dispõede um instrumento para aumentar a sustentabilidade eo impacto das próprias iniciativas sem sacrificar aprópria identidade e visibilidade.

dos Ministérios e das estruturas centrais do Estado. Atarefa dos Grupos de trabalho locais é de formular osPlanos de acção para a utilização dos contributos dacooperação internacional que convergem no PlanoOperativo nacional periódico do Programa-quadro.

O CNC e os Grupos de trabalho local programam autilização dos recursos colocados à disposição pelacooperação internacional, procedendo de forma quesejam complementares com os recursos previstos nosorçamentos públicos. Deste modo, os projectosrealizados adquirem uma maior sustentabilidade e asmetodologias de concertação adoptadas podemprogressivamente influenciar as modalidades actuaisde programação da despesa pública e orientar tambémos investimentos privados.

O CNC garante que as iniciativas locais sejam articuladascom as políticas nacionais de desenvolvimento, tem atarefa de difundir os métodos de trabalho mais eficazesnoutras áreas do país e promove o envolvimento denovos doadores. Os Grupos de trabalho locaiscoordenam a realização das diversas iniciativas,evitando sobreposições e vazios, e mantendo asrelações com os doadores presentes no território.

O Escritório Nacional de Coordenação das NaçõesUnidas, através do Coordenador do Programa ART e dasua equipe técnica, apoia todas as actividadesrealizadas pelo CNC e pelos Grupos de Trabalho.

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• SISTEMAS LOCAIS PARA A EDUCAÇÃO DE BASE E A FORMAÇÃO:realização de planos e projectos integrados parafavorecer o acesso de todas as crianças à escola;ligação entre a escola e o território; adaptação dosprogramas escolásticos às especificidades culturais;melhoria da formação profissional e universitária;difusão da cultura do desenvolvimento humano.

Os campos de acção

ART intervém, com uma aproximação intersectorial, nosseguintes campos de acção, complementares entre eles:

• GOVERNABILIDADE: melhoria das administraçõespúblicas; apoio às instituições para a programação dodesenvolvimento territorial; formação deadministradores e de técnicos; promoção dos direitose da cidadania activa; apoio aos processos deconcertação para melhorar a relação entre asinstituições e os actores sociais; promoção daaproximação de género e da inovação.

• AMBIENTE E ORDEM DO TERRITÓRIO: planos e projectospara a valorização do património histórico e culturaldo território; planos e projectos para o usosustentável e racional dos recursos naturais, para amelhoria do habitat urbano, para a produção edistribuição de energia limpa, para as comunicações eos transportes, para a redução da vulnerabilidade emrelação aos desastres naturais.

• DESENVOLVIMENTO ECONÓMICO LOCAL: realização deplanos de valorização do potencial endógeno e deprojectos capazes de criar oportunidades de trabalhopara todos os grupos sociais e melhorar acompetitividade territorial; promoção da colaboraçãoentre os actores públicos e privados em Agências deDesenvolvimento Económico que fornecem serviçosintegrados às empresas e cooperativas locais,reforçam as cadeias do valor territoriais e a suacompetitividade e promovem parcerias internacionaise investimentos externos.

• SISTEMAS LOCAIS DE SAÚDE E BEM-ESTAR: realização deplanos e projectos integrados para melhorar a saúde eo bem-estar social da população; melhoria daorganização dos serviços e programas de base, paraque sejam acessíveis também às populações dasáreas rurais, às pessoas sem cobertura de seguro eaos grupos mais vulneráveis.

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T6• durante o processo programação se produz também

um documento de carácter divulgativo que descreveas características do território, colocando emevidência os recursos naturais, as capacidadeshumanas, o património histórico, a cultura esinalizando os problemas prioritários (por exemplo odesemprego, a migração, as áreas desvantajosas, avulnerabilidade da ordem do território e da estruturasocial). O documento indica também as iniciativas,identificadas no Plano, nas quais as comunidadeslocais desejam estabelecer parcerias dedesenvolvimento com actores internacionais para oalcance dos Objectivos do Milénio; este documento,chamado de marketing territorial, é utilizado paraatrair e endereçar os parceiros internacionais;

• se realizam os projectos identificados durante esteprocesso, valorizando ao máximo as capacidadeslocais de gestão.

Os Grupos de trabalho locais coordenam e guiam asvisitas dos representantes das organizações decooperação interessadas em estabelecer parcerias dedesenvolvimento: doadores bilaterais, parceiros decooperação descentralizada, universidades, empresasdo sector privado, ONG e outros. Durante estas visitassão identificados de comum acordo os projectosespecíficos por realizar no âmbito do Plano regional elocal para a cooperação internacional.

Os métodos de trabalho a nível local

Os Grupos de trabalho regionais e municipais jogamum papel fundamental ao promover a participação àprogramação e gestão das acções de desenvolvimento.O método de trabalho prevê as seguintes etapas:

• a nível regional se inicia o processo para aprofundar oconhecimento do território, dos seus recursos epotencialidades, e dos problemas por resolver;organizam-se subgrupos temáticos nos diversoscampos de acção e realizam-se as pesquisas e osestudos necessários; organizam-se seminários e cursosde formação para melhorar as capacidades dos actorespúblicos, associativos e privados nas actividades deplanificação e gestão participada do desenvolvimento;

• a nível municipal e de base, realiza-se um processoanálogo de conhecimento do território e definição dasprioridades, usando metodologias que favorecem aparticipação da população das aldeias, das zonasrurais e dos grupos vulneráveis; produzem-sedocumentos de programação do uso dos recursosinternacionais que prevêem a melhoria dos serviçospara que sejam acessíveis a toda a população eprojectos de desenvolvimento que permitam valorizartodos os recursos locais;

•a síntese do processo de programação municipalefectua-se a nível regional onde se elabora umdocumento de programação da utilização dosrecursos da cooperação internacional disponíveis ouque possam ser atraídos (Plano regional e local paraa cooperação internacional). Deste modo, acooperação internacional contribui aos processos deplanificação estratégica e participativa geridos pelosactores locais;

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A cooperação descentral izada

Em acordo com os governos, ART concede apoio àscomunidades locais para a construção de parcerias dedesenvolvimento, no âmbito dos Programas-quadro.Mais de 400 parcerias de cooperação descentralizadaencontram-se em curso em diversos países

Os projectos de cooperação descentralizada podeminteressar todos ou só alguns dos campos de acção dosProgramas-quadro. O que conta é que estes projectossejam definidos em colaboração com os Grupos deTrabalho locais e que se enquadrem nos Planosregionais e locais para a cooperação internacional.

As comunidades locais dos países doadores, com osseus actores públicos e privados, estão a dar umacontribuição importante aos processos dedesenvolvimento local, não só porque trazem novosfinanciamentos, mas também e acima de tudo porquecolocam à disposição a sua sabedoria e experiência. Osprojectos de cooperação descentralizada representamonde quer que seja laboratórios para a inovação nosdiferentes campos de acção do desenvolvimentohumano, animados por um espírito de dignidade iguale mútua aprendizagem. Eles também servem parapromover iniciativas e trocas de solidariedade,científicas, culturais, profissionais, formativas,económicas e comerciais que alimenta uma visãoaberta e internacionalizada do desenvolvimento.

A iniciativa ART, através dos seus serviçosinternacionais e dos Programas-quadro, dá apoiotécnico e organizacional às comunidades locais e àssuas associações nacionais e internacionais paraconstituir e fazer funcionar as parcerias de cooperaçãodescentralizada orientadas para os Objectivos doMilénio. Quando é pedido, ART também se encarrega degerir os fundos mobilizados pelas comunidades locais.

Um dos métodos utilizados em todos os Programas-quadropara favorecer a participação da população às actividades deprogramação e gestão do desenvolvimento é o dos mapascomunitários dos riscos e os recursos. Para realizar os mapaspodem ser envolvidos operadores sanitários e sociais,funcionários das administrações locais, organizaçõescientíficas ou da sociedade civil. Em muitos casos, os mapassão realizados nas escolas, com a ajuda dos professores,porque as crianças são animadores naturais dascomunidades. Nas escolas, as crianças desenham um mapatopográfico do território, discutem sobre os riscos queconhecem, escolhem um símbolo diferente para cada risco.Depois realizam vistorias na comunidade para identificaronde se encontram os riscos, para discutir com as famílias,com os comerciantes, com os operadores dos serviçospúblicos, com as autoridades e todos os actores interessadosa participar. Durante a vistoria, com a colaboração de todos,colocam os símbolos dos riscos no mapa, se discute comopreveni-los ou reduzir as suas consequências. Se discutetambém dos recursos, materiais e humanos, necessários paraprevenir e reduzir os riscos, escolhem-se também para estesalguns símbolos que, aplicados no mapa, servem para indicara localização de cada um dos recursos. Nas discussõesconclusivas com as comunidades, são concordadas asprioridades, as estratégias mais adequadas e as iniciativaspor realizar. Se identificam os projectos que podem serrealizados imediatamente pelos diferentes actores dascomunidades com os recursos já disponíveis localmente. Seidentificam também as iniciativas mais complexas querequerem fundos adicionais e compromissos específicos dasautoridades. Os Programas-quadro reservam fundosoperacionais específicos para realizar projectos de impactoimediato, identificados no exercício participativo dos mapas,e fornecem o seu apoio às comunidades para realizar tambémas iniciativas mais complexas.

Os Mapas comunitários dosriscos e dos recursos

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T8ART Internacional, coordenado pelo Centre InnovativePartnerships do PNUD de Genebra, oferece umconjunto de serviços de nível internacional aosProgramas-quadro nos países, utilizando redes decentros de excelência e universidades das NaçõesUnidas e dos países.

Em particular, ART Internacional através dos seusserviços especializados, desenvolve as seguintesactividades:

• Oferece assistência técnica e organizacional aosEscritórios Nacionais das Nações Unidas interessadosem apoiar os governos que desejam realizarProgramas-quadro de desenvolvimento humano,promove as trocas Sul-Sul entre os países envolvidosnos programas; organiza eventos internacionais egarante a circulação das informações e dosdocumentos; fornece a assistência técnicainternacional nos vários campos de acção, através doseu pessoal e mobilizando os centros de excelência;

• oferece apoio técnico, organizacional e administrativoàs comunidades locais que pretendem estabelecerparcerias de cooperação descentralizada; difunde nascomunidades locais dos países doadores osdocumentos de marketing territorial e organiza asvisitas recíprocas;

• fornece assistência técnica especializada para arealização de Agências de desenvolvimentoeconómico local e para a sua ligação em rede;promove parcerias entre economias locais que sãotraduzidas em projectos produtivos de interesse paraa comunidade, empresas mistas, trocas comerciais etecnológicas e actividades formativas de operadorese empresários;

• identifica as inovações relevantes para odesenvolvimento humano e divulga-as nos países ondeos Programas encontram-se em curso, em colaboraçãocom as instituições científicas nacionais; mobiliza aassistência técnica dos autores para a transferênciadas inovações nos países interessados, através demecanismos de cooperação Sul-Sul e Norte-Sul;

• fornece assistência técnica especializada no campodas políticas e das práticas de saúde de base e bem-estar, com particular atenção para os serviçosterritoriais e para as pessoas em dificuldade; apoia osgovernos interessados a promover a superação dasinstituições segregativas;

• promove a ligação entre as universidades do Norte edo Sul e o seu envolvimento em práticas inovadorasde cooperação internacional para o desenvolvimentohumano; evidencia e realiza cursos universitários e deactualização para os operadores empenhados nosProgramas e pesquisas de intervenções paraacumular e difundir o conhecimento das experiênciasde qualidade.

ART INTERNACIONAL

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O Hub for Innovative Partnerships do PNUD deGenebra, que activou um específico Fundo Fiduciário,promove um novo multilateralismo activo que implica aplena participação dos doadores à identificação,formulação, realização e avaliação das intervenções.

O Hub está à disposição dos governos nacionais quedecidam apoiar, em estreita colaboração com osgovernos regionais e locais, o papel estratégico dasNações Unidas em oferecer a países diferentes pelahistória e cultura a possibilidade de operarem juntos,com o contributo das comunidades locais e dos actoressociais para um desenvolvimento global mais humano,pacífico, equitativo e sustentável.

As formas concretas nas quais se exercita omultilateralismo activo dos doadores são: os ComitésConsultivos, a organização de missões técnicasconjuntas nos países, a consulta para a selecção dopessoal internacional, a adopção de mecanismoscompartilhados de supervisionamento e avaliação, aorganização de eventos informativos nacionais einternacionais e outras definidas de mútuo acordo.

O Hub pode estabelecer acordos específicos paraintervenções singulares, ou acordos-quadro plurianuaispara sustentar um ou mais programas-país, comdiversos programas e Agencias das Nações Unidas ecom os governos nacionais dos países doadores. Estesacordos podem prever o envolvimento sistemático dasadministrações locais na cooperação descentralizada etambém o envolvimento estável de centros deexcelência, universidades e outros actores do país.

O Hub também estabelece acordos de colaboração comos governos regionais e locais, para realizar actividadesde cooperação descentralizada no âmbito dosProgramas-quadro e iniciativas temáticasinternacionais, através de estruturas de excelência dosseus territórios. Também neste caso, os acordosprevêem um papel activo dos governos locais noâmbito da iniciativa ART.

ART E OS DOADORES Peço a todos os Países em via de desenvolvimento de adoptare actuar uma ampla estratégia nacional de desenvolvimento,que seja suficientemente ambiciosa para permitir realizar osObjectivos do Milénio para o ano 2015; peço para além dissoque tais Países mobilizem todos os seus recursos parapromover tais estratégias. Ao mesmo tempo peço aos paísesdesenvolvidos de apoiar essas mesmas estratégias,aumentando o volume de recursos dedicados aodesenvolvimento e à redução do débito e fazendo o possívelpara garantir a igualdade de oportunidades no comércio global.

Declaração do Secretário Geral das Nações Unidas. 2005

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Articulando Redes Territoriais e temáticas de cooperação para o desenvolvimento humano

QUEM CONTACTAR

Para estabelecer relações de colaboração com ARTInternacional podem-se contactar:

Hub for Innovative Partnershipsdo Escritório PNUD em Genebra

O PNUD constituiu, na sua sede em Genebra, o Hub forInnovative Partnerships, para promover novas parceriasem apoio aos processos de governabilidade edesenvolvimento local em curso nos diferentes Países.O Hub, que é responsável por conta do PNUD dacoordenação internacional dos programas e dasactividades da iniciativa ART, depende do Escritório paraa Mobilização de Recursos e Programas Estratégicos(BRSP) de New York e opera a suporte dos EscritóriosPNUD nos países. No quadro do Hub, também opera aWorld Assembly City Against Poverty (WACAP).

• Christophe Nuttall, Director do Hub, Ginevra: [email protected]

• Giovanni Camilleri, Coordenador ART International,Ginevra:[email protected]

• Mohand Cherifi, Coordenador WACAP, Ginevra: [email protected]

Comité Científico ART para acooperação ao desenvolvimento humano

O Comité Científico ART para a cooperação aodesenvolvimento humano promove os Programas-quadro nos países e difunde a cultura dodesenvolvimento humano è a inovação a nívelinternacional. O Comité Cientifico está em contacto comestruturas de pesquisa e formação das Nações Unidas edos países e faz referência também a uma redeinternacional de expoentes do mundo da ciência, dacultura e da cooperação internacional.

• Gustavo López Ospina, Coordenador do ComitéCientífico: [email protected]

• Luciano Carrino, Representante Executivo do ComitéCientífico:[email protected]

JANEIRO 2008

a iniciativa ART