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LEIA NO PANORAMA GERAL Erva-mate, um produto típico gaúcho, é qualificada em programa estadual LEIA NESTA EDIÇÃO Citros: Variedade de bergamota Satsuma já tem 35% dos frutos colhidos. Soja e milho com excelentes rendimentos de lavoura. N.º 1.442 23 de março de 2017 Aqui você encontra: Panorama Geral Condições Meteorológicas Grãos Hortigranjeiros Criações Análise dos Preços Semanais EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 Porto Alegre RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento GPL Núcleo de Informações e Analises NIA Impresso na EMATER/RS Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando você na tomada de decisões. EDITORIAL Erva-mate, um produto típico gaúcho, é qualificada em programa estadual A erva-mate é o tema central de um programa lançado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo nesta semana no Rio Grande do Sul, durante a Expoagro Afubra, em Rio Pardo. O objetivo é qualificar e valorizar este produto típico de nosso Estado, organizando toda a cadeia produtiva, envolvendo produtores, viveiristas, indústrias, tarefeiros e entidade de ensino e pesquisa, com a finalidade de melhorar a sanidade e a qualidade da erva-mate, aumentar a produtividade e a renda das famílias, promover o melhoramento genético dos ervais e melhorar os processos produtivos. Cultivada por cerca de 8.400 produtores em 219 municípios gaúchos, que somam 30.896,50 hectares, a erva-mate é encontrada em diferentes graus de prioridade nessas propriedades, desde mateicultores até produtores que têm esta como uma atividade sem grande representatividade na composição da sua renda agrícola. No Estado, a erva-mate é produzida a partir de sistemas extrativistas em florestas nativas, em sistemas agroflorestais e até mesmo a pleno sol. Com duração de cinco anos, o programa se estenderá até 2021, podendo ser mantido como uma política pública permanente para o Estado, que tem cinco polos ervateiros: Planalto/Missões, Alto Uruguai, Nordeste, Alto Taquari e Vale do Taquari. O Programa Gaúcho de Qualificação e Valorização da Erva-Mate vai capacitar técnicos da Emater/RS-Ascar em boas práticas de produção e técnicos e fiscais municipais de saúde em boas práticas de fabricação. Também está prevista a capacitação de 1,5 mil beneficiários, entre agricultores, tarefeiros e viveiristas, em boas práticas de produção, e a implantação e o monitoramento de 30 Unidades de Referência Técnico- social. Cabe à Emater/RS-Ascar oferecer Assistência Técnica para indústrias ervateiras e capacitar 180 trabalhadores das indústrias em boas práticas de fabricação, além de técnicos em associativismo e cooperativismo. Também vamos prestar serviços de Certificação da Qualidade do Processo de produção de Erva-Mate para 22 indústrias com vistas à certificação de produto, e capacitar técnicos e agricultores para resgatar, multiplicar e distribuir material genético de ervais nativos remanescentes desses cinco polos ervateiros. Vamos ainda acompanhar a implantação de um banco de germoplasma para conservação e multiplicação de material genético desses ervais. Para 2017, nossa meta é prestar Aters para produtores de 51 municípios, numa área de 5.463 hectares. A expectativa é sensibilizar esses produtores e viveiristas para a adoção de boas práticas de produção e melhoria da matéria prima produzida e da produtividade dos ervais. Temos certeza de que vamos garantir o aumento da renda dos agricultores e viveiristas, vamos incentivar a legalização e a certificação de indústrias, incrementar ou fortalecer grupos, associações ou cooperativas de agricultores, e organizar e fortalecer toda a cadeia produtiva da erva-mate. Esse programa é lançado em boa hora, num momento em que precisamos valorizar o que é nosso, o que é típico e cultural, pois assim podemos projetar um Estado cada dia mais qualificado, especialmente no campo. Erva-mate, um produto que dá certo! Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS e superintendente técnico da Ascar

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LEIA NO PANORAM A GERAL Erva-mate, um produto típico gaúcho, é qualificada em programa estadual

LEIA NESTA EDIÇÃO

Citros: Variedade de bergamota Satsuma já tem 35% dos frutos colhidos. Soja e milho com excelentes rendimentos de lavoura.

N.º 1.442

23 de março de 2017

Aqui você encontra:

Panorama Geral

Condições Meteorológicas

Grãos

Hortigranjeiros

Criações

Análise dos Preços Semanais

EMATER/RS-ASCAR Rua Botafogo,1051 90150-053 – Porto Alegre – RS Fone: (051) 2125-3144 Fax: (051) 3231-7414 http://www.emater.tche.br Elaboração: Gerência de Planejamento – GPL Núcleo de Informações e Analises – NIA Impresso na EMATER/RS

Permitida a reprodução parcial ou total, desde que citada a fonte

Informativo Conjuntural – Desde 1989 auxiliando

você na tomada de decisões.

EDITORIAL

Erva-mate, um produto típico gaúcho, é qualificada em programa estadual

A erva-mate é o tema central de um programa lançado pela Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo nesta semana no Rio Grande do Sul, durante a Expoagro Afubra, em Rio Pardo. O objetivo é qualificar e valorizar este produto típico de nosso Estado, organizando toda a cadeia produtiva, envolvendo produtores, viveiristas, indústrias, tarefeiros e entidade de ensino e pesquisa, com a finalidade de melhorar a sanidade e a qualidade da erva-mate, aumentar a produtividade e a renda das famílias, promover o melhoramento genético dos ervais e melhorar os processos produtivos. Cultivada por cerca de 8.400 produtores em 219 municípios gaúchos, que somam 30.896,50 hectares, a erva-mate é encontrada em diferentes graus de prioridade nessas propriedades, desde mateicultores até produtores que têm esta como uma atividade sem grande representatividade na composição da sua renda agrícola. No Estado, a erva-mate é produzida a partir de sistemas extrativistas em florestas nativas, em sistemas agroflorestais e até mesmo a pleno sol. Com duração de cinco anos, o programa se estenderá até 2021, podendo ser mantido como uma política pública permanente para o Estado, que tem cinco polos ervateiros: Planalto/Missões, Alto Uruguai, Nordeste, Alto Taquari e Vale do Taquari. O Programa Gaúcho de Qualificação e Valorização da Erva-Mate vai capacitar técnicos da Emater/RS-Ascar em boas práticas de produção e técnicos e fiscais municipais de saúde em boas práticas de fabricação. Também está prevista a capacitação de 1,5 mil beneficiários, entre agricultores, tarefeiros e viveiristas, em boas práticas de produção, e a implantação e o monitoramento de 30 Unidades de Referência Técnico-social. Cabe à Emater/RS-Ascar oferecer Assistência Técnica para indústrias ervateiras e capacitar 180 trabalhadores das indústrias em boas práticas de fabricação, além de técnicos em associativismo e cooperativismo. Também vamos prestar serviços de Certificação da Qualidade do Processo de produção de Erva-Mate para 22 indústrias com vistas à certificação de produto, e capacitar técnicos e agricultores para resgatar, multiplicar e distribuir material genético de ervais nativos remanescentes desses cinco polos ervateiros. Vamos ainda acompanhar a implantação de um banco de germoplasma para conservação e multiplicação de material genético desses ervais. Para 2017, nossa meta é prestar Aters para produtores de 51 municípios, numa área de 5.463 hectares. A expectativa é sensibilizar esses produtores e viveiristas para a adoção de boas práticas de produção e melhoria da matéria prima produzida e da produtividade dos ervais. Temos certeza de que vamos garantir o aumento da renda dos agricultores e viveiristas, vamos incentivar a legalização e a certificação de indústrias, incrementar ou fortalecer grupos, associações ou cooperativas de agricultores, e organizar e fortalecer toda a cadeia produtiva da erva-mate. Esse programa é lançado em boa hora, num momento em que precisamos valorizar o que é nosso, o que é típico e cultural, pois assim podemos projetar um Estado cada dia mais qualificado, especialmente no campo. Erva-mate, um produto que dá certo!

Lino Moura Diretor técnico da Emater/RS

e superintendente técnico da Ascar

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PANORAM A GERAL

Carne bovina: Brasil é um dos principais players do mundo

O Brasil está entre os principais players de carne do mundo, como um dos maiores produtores e um grande potencial consumidor. A análise é do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Universidade de São Paulo (Cepea/ USP). O país ganha em competitividade em relação aos outros players, pois fica menos vulnerável às crises internacionais do que os outros países, fator que é extremamente vantajoso. Assim, a pecuária brasileira acaba sendo mais competitiva e, portanto, mais rentável. O Cepea possui os resultados do levantamento de custo realizado na pecuária de corte pelo projeto Campo Futuro em 27 municípios brasileiros, localizados em diferentes estados. Do total de municípios pesquisados, 83% apresentam propriedade modal especializada em cria ou recria e/ou engorda de bovinos. Isto demostra a redução nos últimos anos do sistema de ciclo completo (em que os animais são criados, recriados e engordados na mesma área) e indica a maior comercialização de animais entre produtores. O Cepea em seu trabalho comprova que a relação de índices técnicos eficientes influencia de forma positiva o desempenho econômico das propriedades, onde maiores investimentos são compensados com melhor retorno financeiro através da diluição dos custos fixos. Dentre os índices técnicos, o de maior importância é assegurar um manejo de alimentação mais eficiente, tanto na formação de pastagem quanto na produção e uso da silagem. Outro fator que impacta é o gasto com mão de obra. O estudo identifica que ocorrem fatores que prejudicam os produtores, como a prefixação do preço do leite pela indústria. O produtor não tem como controlar sua receita, o que o obriga a operar unicamente com a redução dos custos de produção. Assim, não pode melhorar sua eficiência e rentabilidade. É o olhar exclusivo para dentro da porteira. Isto ocorre na pecuária de leite e na pecuária de corte, que padecem do mesmo problema, tornando difícil o controle de custo. Não se consegue fazer diagnóstico se não forem controlados os custos. Neste sentido, o projeto Campo Futuro é importante como fórum capaz de buscar alternativas de metodologias indicadas para garantir e melhorar esse controle. É imprescindível que o produtor se sinta estimulado continuamente a buscar melhorias no sistema produtivo, de forma

a garantir maior rentabilidade no negócio. A informação é fundamental para que esse processo evolutivo ultrapasse as limitações impostas ao setor, pelos problemas de clima e custo dos insumos. Fonte: Cepea

Banco mundial alerta que serão necessários três planetas para manter nosso estilo de vida O nosso consumo global já é 1,5 maior que a capacidade do planeta Terra tem de aguentar. Se a população global de fato chegar a 9,6 bilhões em 2050, serão necessários quase três planetas Terra para proporcionar os recursos naturais necessários para manter o atual estilo de vida da humanidade, alerta o Banco Mundial. A voracidade com que se consomem tais recursos fez as Nações Unidas incluírem o consumo em sua discussão sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para 2030. A meta número 12 dos ODS não poupa os países desenvolvidos nem as nações em desenvolvimento. Insta todos a diminuir o desperdício de alimentos (um terço deles é jogado fora anualmente), a repensar os subsídios aos combustíveis fósseis e a reduzir a quantidade de resíduos lançados sem tratamento no meio ambiente, entre outras tarefas urgentes. A América Latina e o Caribe têm desafios importantes a cumprir em relação a esses e outros quesitos. Atualmente, a região joga fora 15% da comida que produz. Diminuiu de 1% para 0,68% o percentual do Produto Interno Bruto (PIB) gasto em subsídios para os combustíveis fósseis em três anos, mas alguns países ainda dedicam cerca de 10% do PIB a eles. Finalmente, cada latino-americano produz até 14 quilos de lixo por dia, dos quais 90% poderiam ser reciclados ou transformados em combustível caso fossem separados por origem. Quatro são as metas de consumo sustentável que valem para a região e para todo o mundo até 2030. Reduzir à metade o desperdício mundial de alimentos per capita na venda a varejo - estima-se que a cada ano cerca de um terço dos alimentos produzidos — o equivalente a 1,3 bilhão de toneladas, avaliadas em cerca de US$ 1 trilhão — acaba apodrecendo no lixo dos consumidores ou dos varejistas, ou estraga devido a métodos ineficientes de coleta e transporte. A degradação e queda de fertilidade dos solos, o uso insustentável da água e a pesca excessiva estão reduzindo a quantidade de recursos naturais disponíveis para produção de alimentos. Por isso, é essencial não só pensar em formas de preservar e recuperar tais recursos, mas também de reduzir o desperdício para

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alimentar as 8,3 bilhões de pessoas que o planeta deverá ter até 2030. A voracidade com que os recursos naturais estão sendo usados fica clara ao se observar números de consumo de energia. Apenas um quinto da energia utilizada no mundo veio de fontes renováveis, como água, vento e luz solar. Todo o resto foi gerado com petróleo, carvão, gás natural e urânio. Segundo o estudo Indicadores de Desenvolvimento Global (WDI), do Banco Mundial, os países mais ricos do mundo são os que mais gastam com subsídios ao petróleo, carvão e gás natural (quase 14% do PIB). Depois, vêm as economias de renda média-baixa, que incluem países da América Central, como Guatemala e Nicarágua, e gastam em média 11% do PIB com subsídios. Para a ONU, os subsídios ineficientes incentivam o consumo perdulário. Para racionalizá-los — e estimular, portanto, o uso de fontes de energia que impactem menos o meio ambiente, é preciso adotar medidas que removam as distorções do mercado, como reestruturar os sistemas tributários nacionais. E quais setores avançam mais rapidamente no consumo de energia? Em primeiro lugar, o de transportes: até 2020, o transporte aéreo global deve triplicar, enquanto as distâncias percorridas pelos carros aumentarão 40%. Já o uso de energia para comércios e residências fica em segundo; e as medidas para poupar podem facilmente começar dentro de casa. Segundo estimativas das Nações Unidas, se toda a população mundial usasse lâmpadas de baixo consumo, seria possível economizar US$ 120 bilhões anualmente. Alcançar uma gestão ambientalmente racional dos produtos químicos ao longo de seu ciclo de vida é outra meta incluída no ODS 12, que busca minimizar o impacto dos resíduos químicos tanto na saúde quanto no meio ambiente. A geração de lixo tóxico per capita praticamente dobrou no mundo inteiro entre o fim dos anos 1990 e da década de 2000. Nos países de renda média, como o Brasil, a quantidade subiu de 17 quilos per capita entre 1996 e 2000 para 42 quilos entre 2006 e 2011. Mas nem de longe eles são os mais poluentes: os de alta renda, mas que ainda não se uniram à OCDE (a qual exige boas práticas nas políticas públicas), despejaram 981 quilos de lixo tóxico per capita entre 2006 e 2011. Outro dado preocupante é que cerca de 200 milhões de pessoas podem ser afetadas pelos resíduos presentes em três mil locais em todo o mundo. Para reverter o quadro, a ONU destaca a importância de incentivar indústrias a buscar formas sustentáveis de gerenciar seus resíduos e, ainda, de estimular os consumidores a reduzir o

consumo e reciclar o lixo. O conceito de consumo vai muito além do simples gesto diário de fazer compras. Tonar o planeta Terra sustentável e único passa por uma série de desafios que envolvem toda a sociedade. Fonte: ONU

CONDIÇÕES METEOROLÓGICAS

OUTONO COM PRECIPITAÇÕES ENTRE O PADRÃO

E POUCO ACIMA Introdução (análise do mês de fevereiro/2017)

No mês de fevereiro, as precipitações no Rio Grande do Sul (Figura 1) ficaram pouco abaixo do padrão climatológico no sul, leste e nordeste do Estado, dentro do padrão no norte e acima do padrão nas demais regiões. As temperaturas mínimas ficaram acima do padrão climatológico no centro-leste e dentro do padrão nas demais áreas. As máximas ficaram acima do padrão no sul, leste e nordeste e pouco abaixo do padrão nas demais áreas.

Figura 1

PROGNÓSTICO PARA O RIO GRANDE DO SUL (Abr/Mai/Jun - 2017)

A permanência da condição de neutralidade na TSM no Pacifico Equatorial Central, associada às variações positivas das TSM subtropicais dos oceanos Atlântico e Pacífico, contribuirão para um aumento dos padrões mensais de precipitação e

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umidade em algumas regiões do Estado no decorrer dos próximos meses. São esperadas também pequenas variações nos padrões mensais de temperatura para este trimestre.

A análise detalhada do modelo estatístico (CPPMet/UFPel) indica, para o mês de abril, tendência de precipitações pouco acima do padrão climatológico na metade sul, pouco abaixo no extremo norte e dentro no restante do Estado. Para os meses de maio e junho são esperadas precipitações acima do padrão na parte sul e dentro do padrão nas demais regiões do Estado.

O prognóstico para as temperaturas mínimas mostra, para o mês de abril, valores médios oscilando dentro do padrão em praticamente todo o Estado. Para os meses de maio e junho a tendência é de predominar valores médios de temperatura mínima pouco abaixo na parte oeste e dentro do padrão nas demais regiões do Estado. Para as temperaturas máximas, o modelo aponta para o mês de abril, temperaturas médias dentro do padrão climatológico em praticamente todo o Estado. Para o mês de maio são esperadas temperaturas máximas mensais pouco abaixo em todas as regiões. Durante o mês de junho a tendência aponta para valores pouco acima do padrão climatológico em todo o Estado. Lembrando que a tendência de neutralidade nas anomalias de TSM do Pacifico Equatorial Central para os próximos meses, não caracteriza condições de normalidade das precipitações. Enfatizam-se que existem outras áreas oceânicas com anomalias, especialmente as subtropicais do Pacífico e Atlântico, que também contribuem na variabilidade do padrão climatológico.

A previsão contida nesse boletim é baseada no comportamento climático observado nos últimos meses, em Modelos Estatísticos de Previsão Climática desenvolvidos para o Rio Grande do Sul e dados obtidos junto ao INMET e NOAA. O uso das informações contidas nesse boletim é de completa responsabilidade do usuário.

Fonte: CPPMET/UFPEL; 8º DISME/INMET; Fepagro

GRÃOS Arroz – A cultura segue beneficiada pelas condições climáticas, assim como os produtores, que puderam dar continuidade à colheita com mais celeridade. No Estado, até o momento o percentual de cultura colhida chega a 31%, sendo que outros 44% da área total plantada estão em

condições para tanto. Nas áreas já colhidas, a produtividade tem oscilado entre 7,5 mil e oito mil quilos por hectare. Nas demais áreas, os produtores seguem com o manejo da irrigação e com o monitoramento de eventuais focos de pragas e moléstias. O preço médio, pago ao produtor, pela saca de 50 quilos ficou em R$ 42,55.

Milho – A colheita da cultura evoluiu de forma mais lenta devido à intensificação da colheita da soja e à utilização das estruturas de recebimento, beneficiamento e armazenamento para a soja.

Arroz: fases da

cultura no RS

Safra atual

Safra anterior

Média

Em 23/03

Em 16/03

Em 23/03

Em 23/03

Plantio 100% 100% 100% 100%

Ger./Des. vegetativo

0% 0% 1% 0%

Floração 2% 10% 10% 4%

Enchimento de grãos

20% 30% 30% 19%

Maduro por colher

47% 40% 32% 44%

Colhido 31% 20% 27% 33%

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As condições meteorológicas têm propiciado para o segundo plantio da cultura (milho safrinha) um ótimo desenvolvimento vegetativo, sendo que em algumas lavouras se observa o início do período reprodutivo, com boas perspectivas de produtividade. No momento se mantém o processo de escoamento do milho e do trigo estocados nos silos e armazéns, com o objetivo de oportunizar espaço para o recebimento da soja, considerando a expectativa de um aumento significativo da produção desta oleaginosa.

Milho: fases da

cultura no RS

Safra atual

Safra anterior

Média

Em 23/03

Em 16/03

Em 16/03

Em 16/03

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germ./Des. vegetativo

0% 01% 0% 01%

Floração 01% 02% 0% 03%

Enchimento de grãos

15% 20% 13% 23%

Maduro e por colher

22% 20% 22% 25%

Colhido 62% 57% 65% 48%

Os preços tiveram nova queda, sendo praticados a R$ 22,44, o que pouco remunera a atividade e vem preocupando os produtores de milho que colhem para venda do grão; essa circunstância levou os produtores a buscarem o EGF para obter receita no momento de pagar as contas e não precisar vender o milho, na expectativa de conseguir melhor preço no segundo semestre de 2017.

Soja – Dadas as condições meteorológicas ocorridas recentemente, as lavouras evoluíram de forma rápida para o estádio fisiológico de maturação no último período, chegando a 42% do total e proporcionando o avanço da colheita, que alcança no momento 22% da área projetada. Poucos produtores seguem realizando aplicações de fungicida em lavouras em estádio superior a R6, para garantir a manutenção do potencial produtivo. No momento se observa diminuição nos sintomas de doenças de final de ciclo. As lavouras que apresentaram acamamento devido aos fortes ventos registrados nas semanas anteriores não apresentam sinais de perda na produtividade. Com a intensificação da colheita, as produtividades alcançadas até o momento são superiores às estimativas iniciais. Segundo relatos de técnicos da região administrativa de Emater/RS-Ascar de Ijuí, não há informações de lavouras com produtividade abaixo de 60 sacas por hectare (3.600 quilos/ha) sendo que algumas atingem facilmente 80 sacas (4.800 quilos/ha). Outras regiões seguem no mesmo sentido, apresentando produtividades acima do esperado. Tal fato provavelmente deverá provocar uma nova reavaliação na produtividade média estadual.

Soja Fases da

cultura no RS

Semana atual

Semana anterior

Safra anterior

Média*

Em 23/03

Em 16/03

Em 23/03

Em 23/03

Plantio 100% 100% 100% 100%

Germ./Des. veget.

0% 0% 0% 0%

Floração 0% 5% 1% 0%

Enchimento de grãos

36% 53% 39% 50%

Maduro e por colher

42% 27% 40% 30%

Colhido 22% 15% 20% 20%

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Preços vêm sendo praticados entre R$ 58,00 e R$ 69,00/sc., com média em R$ 62,65/sc. Feijão 1ª safra – Nos Campos de Cima da Serra, última região produtora de feijão considerado de primeira safra no RS, foi iniciada a colheita, com ótimos rendimentos; em algumas situações, atinge três toneladas por hectare. As demais áreas estão em final de enchimento de grãos e maturação, com aspecto de lavoura muito bom. Feijão safrinha – Lavouras da safrinha encontram-se nas fases de desenvolvimento vegetativo, floração e, as mais adiantadas, em enchimento de grãos. A semeadura ultrapassa os 90% da área inicialmente estimada. Produtores realizam os tratos culturais da cultura. Não há relatos de ataque de pragas e doenças que possam causar danos expressivos à cultura, mas os dias frios dessa última semana não foram favoráveis. Temperaturas amenas/frias com umidade favorecem doenças como antracnose. Nessas condições, faz-se necessária uma maior atenção dos agricultores na observação da lavoura. Cotação: A média de remuneração ao agricultor, nessa semana, no RS, foi de R$ 176,19/sc. de 60

quilos para o feijão preto. Os varietais de cor, produzido nos Campos de Cima da Serra, teve preço médio de R$ 160,00/sc 60 kg.

HORTIGRANJEIROS Situações Regionais Nas regiões da Fronteira Oeste e Campanha, as temperaturas elevadas dos últimos períodos, a alta luminosidade e umidade promoveram o crescimento das plantas. Essa situação também pode favorecer o aparecimento de pragas e doenças, por isso, o monitoramento dos cultivos é fundamental. Em alguns municípios, há registro de trips na alface, por exemplo. Em geral toda a produção da região é absorvida pelo próprio comércio local e na grande maioria dos municípios os agricultores familiares estão preparando suas produções para a venda ao PNAE. A comercialização também ocorre através das feiras livres semanais. Nas Missões e Fronteira Noroeste, os tomates apresentam boa produtividade, em grande parte pelo clima que tem favorecido a cultura em relação à sanidade, elevando a oferta local e baixando o

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preço ao consumidor. Produtores iniciam a semeadura e/ou o transplante de mudas de hortícolas de outono/inverno; destaque especial para a semeadura de cebola, para posterior transplante. Agricultores também estão realizando tratos culturais nas frutíferas e efetuando tratamentos preventivos com caldas e outros fungicidas. Há frutificação nas árvores de abacate e manga. Iniciou a colheita de abacaxi e da bergamota Okitsu. Como no raleio anterior ocorreu grande carga de bergamota, sem o manejo neste ano observa-se que a produção não será tão grande. No geral os pomares de citros apresentam boa sanidade e perspectiva de produtividade. Melancia com a safra encerrada. Os rendimentos na melancia foram satisfatórios; a safra do cedo apresentou rendimentos acima da média, sendo colhidas até quatro frutas por planta. Já na safra do tarde o rendimento foi menor, dificultado principalmente pela alta umidade do solo e elevada temperatura do ar e solo. No geral a safra foi boa, alcançando rendimento de 30 toneladas por hectare. Agricultores preparam o solo e encomendam mudas de morango para o plantio no próximo mês. No Vale do Caí, o cenário no período para as olerícolas se caracteriza pela intensificação de preparo do solo e plantio de novas lavouras. Registra-se, também, melhora dos preços praticados na Ceasa e no mercado em geral. Olerícolas Alho - Na região Nordeste do RS, o produto teve na semana uma boa procura, e o preço manteve-se estável, em torno de R$ 9,00 a R$ 10,00/kg para o alho tipo 6, ou seja R$ 3,00 a R$ 4,00/kg acima do calibre de classificação. A qualidade do produto é boa. No Médio Litoral, a colheita da safra de 2016 foi positiva; tem-se a perspectiva de área de plantio expandida. Os agricultores já estão em processo de organização para o plantio da safra 2017, preparando as sementes, adquirindo implementos e preparando os sistemas de irrigação. Boa parte do produto colhido na safra 2016 servirá como alho-semente para o plantio desse ano; o alho de menor qualidade está sendo comercializado dentro dos munícipios produtores por R$ 13,00/kg. Cebola - A área de cebola na região Sul ficou em 3.481 hectares, e a previsão de produção é de

83.120 toneladas de cebola. A cultura já está com a colheita finalizada. Segue a comercialização tanto para os mercados locais da região, principalmente nos municípios de Rio Grande e Pelotas, como para as demais regiões do país. Em São José do Norte, seguem os preços em torno de R$ 0,45/kg para caixa 3; o produto classificados nas caixas 4 e 2 está sendo pago no máximo a R$ 0,20/kg. Produtores com alguma cebola armazenada em galpão esperam por preços melhores para comercialização; estima-se um volume armazenado de 10% da safra. Em Rio Grande foi finalizada a colheita da cebola de ciclo tardio, com boa média de produção – entre 25 a 30 t/ha. Ainda persistem problemas de comercialização, com o preço médio muito abaixo do esperado, fixando-se na faixa de R$ 0,45/kg. A comercialização e o preço mantiveram-se estáveis na semana que passou, em R$ 0,70/kg em média na região Nordeste do RS. Restam aproximadamente 10% para comercialização. A cebola perdeu bastante qualidade pelas condições inadequadas de armazenagem, sendo que em torno de 40% é perdida no beneficiamento. A colheita encerrou no Litoral Médio do Estado. A comercialização continua com preço ao produtor variando entre R$ 0,40 e R$ 0,50/kg, sem classificação, com 15% de quebra no peso bruto. A cebola classificada como caixa 2 e 4 é comprada por 50% do valor do quilo da caixa 3, que é o preço que baliza o mercado. Na feira, está sendo comercializada a R$ 1,00/kg. Há expectativa de que ocorra aumento de preço pago ao produtor; isso decorre da redução da oferta de produtos direto da lavoura. Pepino - Lavouras em fase final de colheita no Vale do Caí, com novos plantios em desenvolvimento, tanto do pepino conserva quanto de salada. A mosca branca é o principal problema deste período. A procura pelo pepino está em alta, e o preço de comercialização foi de R$ 40,00 a R$ 50,00/cx. de 20 quilos de pepino conserva e de R$ 35,00 a R$ 40,00 a de pepino salada. Tomate – Na região Serrana, o primeiro cacho das lavouras do tarde está sendo colhido, apresentando frutas de ótimo calibre, coloração e sabor. Plantas apresentam quantidade de pencas dentro da média e com número de frutos bem acima do requerido para atingir o calibre desejado.

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O raleio dos cachos, prática cultural de grande importância, principalmente nos plantios do tarde – cultivados no final do verão e durante o outono, período este caracterizado por dias mais curtos e temperaturas mais baixas – raramente é feito, interferindo no desenvolvimento dos frutos. Diversos tomaticultores lamentam o elevado número de flores abortadas de variedades recentemente introduzidas na região, confirmadas nos tomateirais. Os preços vêm imprimindo sensível recuperação durante o corrente mês, e embora nos últimos dias tenham recuado um pouco, dão algum alento aos produtores de chegarem a cotações suficientes para cobrir os custos de produção. Preços médios na propriedade em R$/cx: Longa Vida R$ 25,00/cx; Saladete R$ 30,00/cx; Gaúcho R$ 50,00/cx de 20 kg. No Vale do Caí, não houve mudança de cenário para o cultivo de tomate Cereja. O preço no período ficou em torno de R$ 3,50 a R$ 5,00/kg ou R$ 10,00 para meia dúzia de cumbucas de 300 gramas (1,8 quilos). O tomate de mesa foi comercializado a R$ 25,00 caixa de 20 quilos. No Vale do Taquari, a colheita de frutos nas pequenas áreas de cultivo está com baixa qualidade e produtividade, devido às altas temperaturas. Comercialização a R$ 2,50/kg; áreas em desenvolvimento vegetativo recebem tratos culturais no período. Pimentão - A produção de pimentão no Vale do Caí foi comercializada no período por R$ 12,00 a R$ 15,00/cx. de 10 quilos, valor considerado baixo pelos produtores. Couve-flor, repolho, brócolis - Produtores do Vale do Caí realizam práticas de preparo de solo e implantação de novas áreas de cultivo. Há mudanças representativas da remuneração obtida em função da diminuição de oferta. O brócolis foi comercializado a R$ 30,00/dz., a couve-flor a R$ 35,00/dz. e o repolho a R$ 30,00/dz. A produtividade das áreas em fase de colheita tem se mostrado adequada, com qualidade um pouco reduzida em função do calor excessivo. Alface – No Vale do Caí, continuou no período a necessidade de intensa utilização de irrigação e proteção para este cultivo. A implantação de novas áreas de cultivo está ocorrendo de forma moderada. O valor de comercialização manteve-se no patamar de R$ 10,00/dz. para alface crespa de primeira e de R$ 15,00/dz. para americana de primeira.

Já no Vale do Taquari, com a redução da temperatura no período, já se nota melhoria na qualidade da produção, precarizada até então pelo excesso de calor e indução de pendoamento precoce. O valor de comercialização obtido pelos feirantes foi de R$ 1,50/unid. Feijão-vagem - Algumas áreas do Vale do Taquari estão em início de colheita, outras em fase de plantio e desenvolvimento. Valores de comercialização a R$ 2,00/kg. Abóbora híbrida - O preço médio recebido pelos produtores pela colheita estocada girou no período em torno de R$ 13,00/sc. de 20 quilos. Pequenas áreas de cultivo na safrinha obtêm bom desenvolvimento. Milho verde - Período de colheita e desenvolvimento de áreas de cultivo do tarde. O valor pago por espiga ao agricultor fica à ordem de R$ 0,15 a R$ 0,18 centavos. Frutícolas Quivi – A colheita das variedades de polpa amarela como o MG-06, Golden King e Yellow King está em andamento na Serra gaúcha, com boa qualidade de modo geral; alguns produtores se queixam quanto ao formato e tamanho dos frutos, principalmente devido à ocorrência de chuvas na floração. Esse fator afetou sensivelmente a polinização, deixando os frutos com menor número de sementes. A quantidade de sementes presentes na fruta é fator diretamente proporcional ao tamanho e formato da mesma. A produtividade também é satisfatória, mas com volume próximo ao normal, levando em consideração a mortalidade de plantas pela seca da planta do quivi, fitopatia determinada pelo fungo ceratosystis. Estima-se que de 5% a 8% da população dos pomares sucumbem anualmente pela incidência dessas fitomoléstias. Por serem glabros, os frutos das variedades de polpa amarela estão naturalmente mais expostos aos danos pelo ataque das moscas das frutas, fato este que não vem se verificando pela baixa infestação nas estações anteriores, bem como pelas baixas temperaturas ocorridas no corrente mês; preços na propriedade entre R$ 1,50 e R$ 2,50/kg. Morango - Atualmente estão em produção as cultivares San Andreas e Albion, mas a produção é bastante reduzida nas regiões do Alto da Serra

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do Botucaraí e Vale do Rio Pardo. Ampliações e novas estruturas (estufas) estão sendo realizadas nessa época, assim como a encomenda de mudas. Na segunda quinzena de março a maioria dos produtores faz a poda drástica das plantas visando o preparo para a produção. Normalmente as mudas produzem durante duas safras. Cultura em entressafra com produção residual sendo ofertada neste momento. Intensificam-se atividades de melhorias e reformas nas unidades de produção em ambiente protegido, como reposição de slabs, poda das cultivares de dias neutro e encomenda de mudas nacionais e importadas. Tendência de manutenção das áreas de cultivo nos 23 municípios da região dos Vales do Caí e Taquari, onde 300 famílias cultivam 78,5 ha de morango. Em termos de áreas e famílias envolvidas, destacam-se os municípios de Feliz (100 famílias/50 ha de cultivo) e Bom Princípio com 70 famílias/15 ha de cultivo. Na zona Sul, colheita encerrando nos sistemas no solo; frutos de menor tamanho, mas de igual forma saborosos ao paladar. Em Pelotas e região, produtores vendem morango a preços que variam de R$ 5,00 a R$ 15,00/kg, dependo do comércio e condição das frutas. Produtores já planejam a próxima safra e a encomenda de mudas importadas, encerrando-se o pedido nesta semana. Expectativas de aumento de cultivo de morangos em substrato, tanto em área como em número de produtores. Mudas importadas estão com valores entre R$ 790,00 e R$ 830,00 por mil mudas. Citros - As condições climáticas atuais e do período de desenvolvimento das frutas cítricas na região do Vale do Caí têm sido muito favoráveis. As chuvas regulares e bem distribuídas têm permitido excelente desenvolvimento das frutas, desde a época da floração, no mês de agosto, até a fase atual, de crescimento. A maioria das bergamotas e laranjas será colhida a partir de maio, conforme seu período de maturação – de ciclo precoce, médio ou tardio, sendo que a colheita se estende normalmente até novembro. Entre as bergamoteiras, a sequência de maturação das principais cultivares começa com a Satsuma e segue com Ponkan, Caí, Pareci, Montenegrina e Murcott. A Satsuma é a fruta cítrica mais precoce, com a qual se inicia a colheita de frutas cítricas na região; começou no início de março, e atualmente 35% das frutas já estão colhidas. A bergamota Satsuma é de origem japonesa. É uma fruta com pouca

acidez e sem sementes, cuja casca não libera o cheiro característico das bergamotas comuns quando descascada. Em virtude de ter pouca acidez, pode ser consumida com a casca ainda verde. O preço recebido pelos citricultores está em média R$ 21,50/cx. de 25 quilos. A produção do limão Tahiti, que na verdade é uma lima ácida, tem um comportamento diferente das demais frutas cítricas, pois a floração nas plantas acontece durante todo o ano, o mesmo ocorrendo com a produção, embora com diferentes intensidades. O maior volume produzido na região ocorre em maio, junho e julho. Pelas frutas colhidas agora, os citricultores estão recebendo em média R$ 25,00/cx. de 25 quilos. A atividade mais intensa nesta época na região do Vale do Caí é o raleio da bergamota verde, que já atinge em torno de 50% das frutas das bergamoteiras do grupo das comuns, Caí, Pareci e Montenegrina. O raleio é uma prática fundamental para a obtenção de frutas com qualidade. Trata-se da retirada de parte das frutas da planta, quando no início do seu desenvolvimento, ainda verdes, para que as que ficam na planta possam ter um tamanho maior, evitando assim a concorrência devida a uma grande carga de frutos. Outro motivo importante para a realização do raleio é evitar a alternância de produção, que é a produção excessiva em uma safra e uma produção pequena ou nula na safra seguinte. As frutas verdes, das cultivares do grupo das comuns, são vendidas para indústrias da região que retiram um óleo que está nas cascas das frutas. Este óleo tem aplicação na indústria de cosméticos, indústria de alimentos e bebidas e de higiene e limpeza. Este produto resultado do raleio, que em outros tempos tinha um valor pequeno, atualmente tem sido uma excelente fonte de renda para os citricultores, mesmo que o valor tenha reduzido em relação ao raleio da safra de 2016. O valor médio recebido pelos citricultores pela bergamotinha verde está em R$ 320,00 por tonelada. Comercialização e Hortigranjeiros Dos 35 produtos principais analisados semanalmente pela Gerência Técnica da CEASA/RS, no período entre 14/03/2017 a 21/03/2017, tivemos 20 produtos estáveis em preços, 08 em alta e 07 em baixa. Observamos que são analisados como destaques em alta ou em baixa somente os produtos que tiveram variação de 25% para cima ou para baixo. Mercado em situação de estabilidade de preços na maioria dos produtos.

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Não ocorreram destaques em baixa. Um produto se destacou em alta: Tomate caqui Longa Vida – De R$ 1,50 para R$ 2,00/kg (+ 33,33%) A safra gaúcha já apresenta sinais de redução de volume ofertado, além de que as temperaturas mais amenas, principalmente à noite, também influenciam prolongando o tempo de amadurecimento dos frutos e a sua colocação no mercado. Conforme o CEPEA, as regiões produtoras de Caçador-SC e Itapeva-SP estão ofertando volumes menores e em algumas regiões do Espírito Santo há incidências de brocas e outros patógenos, reduzindo a quantidade de produto para o abastecimento de outras praças. Quando comparados os volumes e os preços ofertados nesta Ceasa, vimos que no triênio 2014-2016 em dias fortes do mês de março acessou uma média de 483.206kg de Tomate Caqui Longa-Vida, enquanto em 21/03/2017 esta quantidade foi bem mais baixa, 298.060kg. O preço praticado nesta terça-feira, R$2,00/kg, foi inferior à média dos dias fortes de março do mesmo triênio, R$2,25/kg.

OUTRAS CULTURAS Reflorestamento - Os agricultores do Alto da Serra do Botucaraí fazem, nesse período, o controle de formigas cortadeiras, capinas e roçadas das áreas reflorestadas nesse ano. A lenha de eucalipto está sendo vendida a R$ 30,00/m

3 e teve baixa nas últimas semanas.

Muitos produtores enfrentam problema com a comercialização do produto, principalmente os que têm a lenha em pontos com difícil acesso. O preço pago pela madeira (toras) de eucalipto fica em torno de R$ 130,00/m

3.

CRIAÇÕES

Pastagens - Neste início de outono, as condições do clima com chuvas aliadas a insolação e temperaturas elevadas ainda proporcionam boa disponibilidade forrageira das pastagens anuais e perenes cultivadas; porém se aproxima o final do ciclo produtivo das pastagens de verão, apresentando-se com aspecto mais fibroso, com diminuição da qualidade forrageira. O campo nativo também se apresenta com espécies completando ciclo e plantas com aspecto mais fibroso, reduzindo a qualidade forrageira, mas ofertando uma razoável quantidade de forragem. Época ideal para fazer diferimentos no

campo nativo, visando melhorar o banco de sementes para os próximos anos, pois grande parte das espécies nativas estão sementando, e o diferimento garante que a semente fique no solo para perpetuação da espécie. Nas pastagens de verão, áreas cultivadas com milheto, sorgo forrageiro e capim sudão apresentam ótima condição de utilização. Este quadro também se repete nas pastagens perenes de verão (braquiárias, panicuns e tiftons). Em alguns locais há plantas indesejáveis, especialmente o capim anonni, que ocorre com maior frequência nas pastagens naturais do bioma Pampa, demandando controle com a realização de roçadas. Também prosseguem os trabalhos de colheita de sementes de trevo e cornichão, assim como o fechamento destas pastagens para garantir a ressemeadura. Em várias regiões os produtores estão planejando a implantação das pastagens cultivadas de inverno, adquirindo insumos, sementes – principalmente de aveia, azevém, trevo, cornichão – e realizando preparo de solo nas áreas destas pastagens, em especial nos locais de retirada da cultura da soja. Bovinocultura de corte – De maneira geral o rebanho bovino de corte que se encontra exclusivamente no campo nativo apresenta boas condições corporais, haja vista o intenso rebrote e a grande oferta das espécies forrageiras nativas. Esta melhora na quantidade e qualidade do pasto e, em consequência, o aumento do escore corporal dos animais podem ser atribuídos, em grande parte, às condições de clima caracterizadas pela ocorrência de chuvas bem distribuídas e no volume necessário para o desenvolvimento das pastagens, tanto nativas como cultivadas. Terneiros nascidos na primavera apresentam bom desenvolvimento. Por outro lado, as altas temperaturas e a umidade do período favorecem a maior incidência de ectoparasitoses e endoparasitoses, como mosca-do-chifre, carrapatos e verminoses, entre outras enfermidades. Isso compromete as condições sanitárias do rebanho e impõe a exigência de monitoramento e controle desses parasitas pelos criadores. Especialmente o carrapato tem sido fator de preocupação dos produtores, considerando que estamos no terceiro pico de infestação deste parasita, com populações mais elevadas do que em picos anteriores. A fase é de gestação das vacas e finalização do período reprodutivo. Intensificam-se neste período os diagnósticos de gestação das fêmeas bovinas,

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atividade que auxilia na seleção de matrizes e define os animais a serem descartados. Algumas propriedades ainda mantêm os touros para repasse. Época de vacinar as terneiras dos três aos oito meses contra a brucelose e fazer o controle das verminoses dos rebanhos. Alguns pecuaristas familiares têm enfrentado problemas com onfaloflebites, originadas de bicheiras de umbigo mal curadas e de miíases. Produtores fazem nesta época do ano a declaração de animais. Comercialização A oferta de animais para abate continua firme, com poucos negócios concretizados. Algumas regiões apresentam leve queda nos preços do boi gordo. O preço da vaca gorda continua estável. Há expectativa para feiras de terneiros, que coincidiram com a colheita das culturas de verão, eventos nos quais os agricultores buscam animais de reposição para invernarem em sua restevas. Com os negócios paralisados no centro do país em função da Operação Carne Fraca – realizada pela Polícia Federal e que teve como consequência o cancelamento de vários contratos de exportação, vamos aguardar como se comportará o mercado na próxima semana. Segundo informações divulgadas na imprensa em 23 de março, o Frigorífico Marfrig, com plantas em Bagé e São Gabriel, irá abater apenas o que está programado, em função dos embargos anunciados nas exportações brasileiras de carne bovina. Segundo a Pesquisa Semanal de Preços da Emater/RS-Ascar, dessa semana, o valor médio do quilo vivo do boi para abate no RS foi de R$ 4,49, e o da vaca para abate ficou em R$ 4,38.

Preços praticados na região da Campanha (R$/kg vivo)

Produtos/espécie Máximo Mínimo

Boi gordo 5,60 4,80

Vaca gorda 4,70 4,10

Terneiro 5,50 4,90

Vaca de invernar 4,30 3,80

Novilho de invernar 5,20 4,60 Fonte: Escritório regional da Emater-RS/Ascar de Bagé

Preços praticados no município de Bossoroca

Boi gordo – R$ 5,10 a R$ 5,20/kg vivo Novilha 1,5 anos – R$ 4,80 a R$ 5,00/kg

vivo Novilha 2,0 anos – R$ 4,70 a R$ 4,80/kg

vivo Novilha prenhe – R$ 4,50 a R$ 4,60/kg

vivo Novilho 1,5 anos –R$ 5,20 a R$ 5,30/kg

vivo Novilho 2,0 anos – R$ 5,10 a R$ 5,20/kg

vivo Touro descarte – R$ 3,50 a R$ 3,70/kg

vivo Vaca com cria – R$ 2.100,00 a R$

2.200,00/cab. Vaca gorda – R$ 4,50/kg vivo Vaca magra – R$ 3,80 a R$ 4,00/kg vivo

Observação: estes preços foram considerados no início da semana e podem variar a qualquer momento, conforme oportunidade dos negócios. Fonte: Escritório regional Emater-RS/Ascar de Santa Rosa

Bovinocultura de leite – Este verão apresentou uma condição muito favorável para o pleno desenvolvimento das pastagens, tanto nativas como cultivadas, o que possibilitou que os produtores alcançassem bons índices de produtividade e diluição dos custos de produção. Agricultores fazem o manejo das pastagens com roçadas visando a uniformização e a qualidade da

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mesma. Esta prática se faz necessária em períodos chuvosos e quentes, durante os quais normalmente há sobras de pastagem. As pastagens anuais de verão (capim sudão, sorgo, milheto) já apresentam reduzido crescimento e rebrote, aumentando a fibra e reduzindo a qualidade da forragem, pois estão chegando ao final do ciclo, ao passo que as pastagens perenes de verão (tifton e aries) ainda apresentam bom desenvolvimento e rebrote, além de qualidade de forragem. As pastagens semeadas mais tarde e o capim papuã que restou das lavouras de milho ensilado estão proporcionando pastagens de ótima qualidade. O clima favorável tem proporcionado retorno aos piquetes a cada 12-15 dias, com boa produção de massa verde. Também temos relatos de muitos casos de cigarrinha nas pastagens. Iniciou o outono, estação durante a qual a oferta de forragem reduz drasticamente. O produtor deve estar atento a partir do mês de abril, pois começa o período crítico, chamado de “vazio forrageiro” que repercute em redução da produção de leite e perda de peso dos animais. Estimamos que já foram colhidos 75% da produção de silagem na região de Lajeado. No baixo Vale do Taquari, a colheita não só já encerrou como o milho safrinha já foi plantado; nas regiões mais altas, a colheita está sendo realizada. A produtividade média está em torno de 45 toneladas por hectare. Na região do Vale do Rio Pardo, o milho pós-fumo destinado à silagem está na fase de floração e enchimento de grão na maioria das lavouras e apresenta alto potencial produtivo. A maioria dos produtores conseguiu produzir feno em função da excelente produção de forragem das pastagens perenes. Assim, boa parte dos produtores terá boa disponibilidade de reserva de feno e também de silagem para enfrentar o período do vazio forrageiro deste ano. Na região de Santa Rosa, ao contrário da anterior, a última semana foi de clima ensolarado e temperatura amena na maioria dos dias; isso favoreceu o manejo das vacas no pastoreio direto, reduziu o problema de barro na entrada da estrebaria e proporcionou melhoria nas condições de bem-estar dos animais, aumentando o período de pastejo e diminuindo as perdas calóricas que vinham ocorrendo por conta da necessidade de regulação térmica dos animais. É época também de planejamento do cultivo de pastagens para o período de inverno, como compra de fertilizantes, sementes (aveia, azevém,

trevo e cornichão) e preparo de solo para o plantio de algumas áreas. A condição corporal dos rebanhos é boa, mas tem se mantido grande a incidência de moscas, endoparasitas e ectoparasitas que são controlados com produtos químicos. É época de vacinar as terneiras dos três aos oito meses contra a brucelose. Comercialização Segundo a Pesquisa Semanal de Preços da Emater/RS-Ascar, dessa semana, o valor médio do litro de leite no RS foi de R$ 1,14, mantendo-se estável. Segundo os dados divulgados nesta terça-feira (21/03) pelo Conseleite, o valor de referência do leite se mantém na casa de R$ 1,00, e a tendência é de estabilidade no mercado nos próximos meses, mostrando que no mercado interno, mesmo com a chegada de períodos mais frios e com a volta às aulas, não aumentou o consumo. No entanto, na região de Santa Rosa, algumas indústrias estão melhorando o preço aos produtores, com valores que variam de R$ 0,02 a R$ 0,05 centavos por litro de leite. Outro fator que anima os produtores é a queda nos preços das sementes de pastagem de inverno, cujas cotações estão em R$ 0,85/kg da aveia (ano passado era

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R$ 2,00/kg) e R$ 2,50/kg do azevém (ano passado custava R$ 5,00/kg). Ovinocultura - Rebanhos em geral em bom estado nutricional. A disponibilidade de forragem continua abundante. Em algumas propriedades, já ocorre o período de reprodução, com manejo de seleção das ovelhas velhas para descarte antes do encarneiramento. Os trabalhos de encarneiramento no cedo estão terminando, e os produtores estão providenciando o encarneiramento de outono. Em Pinheiro Machado e Pedras Altas, estamos no pico do processo de encarneiramento do rebanho. As noites mais frescas também facilitam o serviço. Alguns produtores esquilam os carneiros para melhor trabalharem. A tendência é que se tenha um bom índice de prenhez devido ao bom escore corporal do rebanho. O período requer cuidados especiais no controle das miíases, hemoncoses e piolho. Alguns rebanhos apresentam problemas de podridão dos cascos. Em março inicia-se o período para o banho de imersão obrigatório do rebanho ovino para controlo do piolho e da sarna ovina. O produtor deve realizar o banho de seus animais e apresentar a nota fiscal dos produtos à Inspetoria Veterinária e Zootécnica local. Comercialização Segundo a Pesquisa Semanal de Preços da Emater/RS-Ascar, dessa semana, o valor médio do quilo vivo do cordeiro para abate no RS foi de R$ 5,51.

Na região de Bagé, a comercialização de cordeiros e capões continua, e grupos de produtores organizam vendas coletivas, os preços estão atrativos chegando em alguns locais a mais de R$ 6,00/kg vivo. Os cordeiros apresentam bom desenvolvimento atualmente, sendo abatidos aos cinco meses com cerca de 35/kg vivo. Na região de Pelotas, no município de Pedras Altas foi realizado o 7º Concurso Municipal de Borregas, com a participação de 20 trios, destacando-se a raça Corriedale com 13 lotes. Na ocasião também ocorreram palestras sobre qualidade da lã e controle do javali. Herval irá sediar em 28 de abril o Concurso Regional de Artesanato e Borregas. Piscicultura - Na região de Erechim, o principal canal de comercialização regional tem sido as feiras municipais. Contudo, em alguns municípios as feiras têm ocorrido nas propriedades, com ótima aceitação e bons volumes de comercialização, especialmente de carpas grandes. Nas propriedades, as carpas foram vendidas entre R$ 8,00 e R$ 10,00/kg, o que tem gerado uma importante renda extra aos agricultores. Na região de Passo Fundo, com a proximidade da Semana Santa, aumentam a oferta de peixe e também as festividades que têm o peixe como principal ingrediente de pratos. Ocorreu despesca na semana, com venda direta ao consumidor. Foram registradas mortes de peixe por deficiência de oxigênio em alguns açudes. Como ocorre tradicionalmente, em muitos municípios irão ocorrer feiras do peixe na Semana Santa. Na região de Santa Rosa, o nível dos açudes é bom. Em andamento, o manejo dos açudes e alimentação complementar. Muitos produtores ainda estão repovoando os açudes com alevinos. Em Caibaté ocorreu reunião técnica sobre piscicultura para mais de 20 produtores que encomendaram alevinos e estão se dedicando à produção de carpa. Os produtores já se preparam para a despesca visando à comercialização na Semana Santa em abril. Vários produtores em diversos municípios estão ofertando peixes para a época da Páscoa. Nas feiras municipais somente ocorrerá a venda de peixe vivo, sendo descartada a possibilidade de venda de pescado sem inspeção; ainda assim, os piscicultores deverão emitir uma guia de transporte animal (GTA) para transportar o pescado de suas propriedades até os locais das feiras. O escritório

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regional da Emater/RS-Ascar de Santa Rosa está fazendo levantamento de informações sobre eventos sociais e de comercialização do peixe na Semana Santa, o que permitirá estimar a quantidade que será comercializada no período. Na região de Porto Alegre, a expectativa para este ano é que haja um aumento na produção e na venda de peixe. Para estimular a produção, há mobilização junto às secretarias municipais da agricultura para realização de feiras mensais ou quinzenais para venda de peixe vivo. Preço médio regional das carpas (R$/kg)

Carpa Mínimo Máximo

Capim (vivo) 5,50 7,00

Prateada (vivo) 5,50 7,00

Cabeça grande (vivo)

5,50 7,00

Húngara (vivo) 5,50 7,00

Capim (feira - vivo)

13,00 14,00

Prateada (feira - vivo)

13,00 14,00

Cab. grande (feira - vivo)

13,00 14,00

Húngara (feira - vivo)

13,00 14,00

eviscerada 14,00 15,00

em postas 22,00 25,00

Pesca artesanal - Na região de Pelotas, a pesca do Bagre segue proibida. Há pesca da Corvina, Tainha e camarão na Lagoa dos Patos. Em Tavares os pescadores relatam que o camarão capturado na Lagoa do Peixe está muito pequeno, mas bastante tainha foi capturada. Em São Lourenço do Sul temos forte crise na pesca devido à pouca captura de peixes na Lagoa dos Patos e ausência do camarão pelo fato de a lagoa não ter salgado. Em São José do Norte, há relatos de boas capturas de camarão. Na Lagoa Mirim, a captura é normal. Na região de Santa Rosa, a turbidez da água do Rio Uruguai é alta, favorecendo a atividade pesqueira; mas segundo pescadores, a forte correnteza ainda impede a colocação de material no leito do rio. Espera-se que a retração do nível e a diminuição da correnteza melhorem a possibilidade de pesca e aumentem a disponibilidade de peixes. Na região do litoral Norte, continua proibida a pesca de Cação, Cação Viola, Arraia e Garoupa. Os pescadores artesanais de cabo não estão pescando em função do período de defeso.

Preços e produção da pesca artesanal no município de Torres (R$/kg)

Abrótea (filé) - R$ 12,00

Anchova - R$ 12,50

Bagre (filé) - R$ 10,00

Corvina - R$ 10,00

Linguado (filé) - R$ 26,00

Pampo - R$ 9,00

Papa-terra - R$ 11,00

Peixe-anjo (filé) - R$ 14,90

Peixe-rei - R$ 10,00

Pescada (filé) - R$ 12,80

Tainha - R$ 11,00

Tilápia eviscerada - R$ 12,00

Tilápia viva - R$ 6,00

Tilápia (filé) - R$ 20,00

Apicultura - A predominância de tempo mais seco da semana é favorável à apicultura, pois intensifica a atividade das abelhas na coleta de pólen e néctar. São abundantes as floradas de diversas espécies melíferas como eucaliptos, aroeira, maricá entre outras; porém em algumas localidades o excesso de chuva prejudicou a produção. Os enxames estão fortes e populosos e apresentam boas condições sanitárias. Este ano tivemos grande enxameação. Os apicultores estão realizando monitoramento dos apiários para evitar e controlar os predadores. Em alguns locais os apicultores realizam a migração das colmeias para as florestas de eucaliptos com o objetivo de aproveitar a floração. Alguns apicultores relatam o sumiço de colmeias em áreas próximas às lavouras de soja; acreditam que seja pelo uso elevado de agrotóxicos. A maioria dos apicultores conseguiu realizar apenas uma colheita de mel nesta safra. Início da colheita de outono na região. Em Pinheiro Machado a expectativa de produção vai ser menor que a expectativa inicial devido ao clima, com excesso de chuva. Vai atingir no máximo 10 quilos por colmeia. Alguns apicultores ainda não estão com as melgueiras operculadas e irão realizar a colheita no final de abril ou até mesmo no “veranico” de maio; para esses orienta-se entrar logo após a colheita com constante alimentação artificial complementar. Comercialização A oferta não tem atendido a demanda e não há estoques. Preço praticado pela indústria está variando de R$ 10,00 a R$ 11,50/kg; mel

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embalado varia de R$ 15,00 a R$ 25,00/kg; no varejo, R$ 22,00/kg; no atacado, R$ 12,00/kg. Avicultura colonial - No município de Santo Cristo, dentro do planejamento de diversificação das produções, produtor está iniciando a atividade com 600 aves de postura e já obteve licenciamento ambiental e foi orientado no que se refere a manejo e instalação dos piquetes com grama tifton 85, pois trabalhará no sistema colonial. Produtores estão renovando os plantéis de postura e de corte e buscando informações sobre novas linhagens e manejo de animais. Na região da Fronteira Noroeste, município de Horizontina, a produção de ovos continua normal, com boa comercialização. Produção, abate e comercialização de frango caipira com dificuldades na adequação de comercialização no sistema refrigerado, devido às normas da vigilância.

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ANÁLISE DOS PREÇOS SEMANAIS RECEBIDOS PELOS PRODUTORES

COMPARAÇÃO ENTRE OS PREÇOS DA SEMANA E PREÇOS ANTERIORES

Produtos Unidade Semana Atual

Semana Anterior

Mês Anterior Ano Anterior Médias dos Valores da Série

Histórica – 2012/2016

23/03/2017 16/03/2017 23/02/2017 24/03/2016 GERAL MARÇO

Arroz em Casca 50 kg 42,55 44,10 48,04 44,09 43,48 41,70

Feijão 60 kg 176,19 179,74 187,50 163,65 172,96 170,35

Milho 60 kg 22,44 23,99 26,80 40,14 32,70 33,75

Soja 60 kg 62,65 63,89 64,80 73,63 76,08 73,51

Sorgo Granífero 60 kg 24,55 24,84 27,20 33,74 27,79 28,25

Trigo 60 kg 28,19 28,13 28,29 36,76 37,09 36,12

Boi para Abate kg vivo 4,99 5,02 5,11 5,79 5,00 5,08

Vaca para Abate kg vivo 4,38 4,43 4,55 5,18 4,49 4,55

Cordeiro para Abate kg vivo 5,51 5,51 5,49 5,77 5,34 5,24

Suíno Tipo Carne kg vivo 3,55 3,51 3,46 3,51 3,72 3,70

Leite (valor liquido recebido) litro 1,14 1,14 1,12 1,01 1,03 0,98

20/03-24/03 13/03-17/03 20/02-24/02 21/03-25/03 - -

Fonte: Elaboração: EMATER/RS-ASCAR. Gerência de Planejamento / Núcleo de Informações e Análises (NIA). Índice de correção: IGP-DI (FGV).

NOTA: Semana Atual, Semana Anterior e Mês Anterior são preços correntes. Ano Anterior e Médias dos Valores da Série Histórica, são valores corrigidos. Média Geral é a média dos preços mensais do quinquênio 2012-2016 corrigidos. A última coluna é a média, para o mês indicado, dos preços mensais, corrigidos, da série histórica 2012-2016.