Aquela menina

Aquela Menina

Aquela menina

Cap. I – Primeiros Encontros

Oração

Meu Senhor,

o que fez comigo

essa menina?

Qual feitiço estou eu refém?

Não consigo da mente tirar

o sorriso, a risada, alegria.

Meus olhos nada querem

além do brilho no olhar

daquela que tirou meu sossego.

Por que, Deus meu?

Justo agora que estou liberto

meu coração pede as amarras

dessa jovem,

implora para perder-me

no seu cheiro, mergulhar

nos seus doces beijos!

Permita-me, Menina

Menina,

tão bela e doce,

de um sorriso delirante,

seu perfume são mil rosas

ao abrir na alvorada.

Não leve a mal

o meu carinho,

pois tudo o que quero

é o seu riso.

Deixe meus lábios

dizerem as palavras

que fazem sua pele corar

Permita-me segurar sua mão

recitar minhas poesias

para alegrar ainda mais

sua vida!

Aquela menina

A Bela Inquietude

Tudo recomeça,

ansiedade, impaciência,

um certo nervosismo, na mais

pura calma, um frio arrepio.

Olhos que não param,

buscam o amparo

da alma que desvanece

e do coração que estremece.

A inquietude se apodera,

ficar sozinho é um martírio,

pensamentos invadem e tomam

o lugar de outrora

sonhos tranquilos.

Espera é angústia, por mais

breve que seja, cada ato

uma incerteza e nem mais

o que é escrito

faz agora sentido.

As lembranças jorram,

como barragem rompida,

traz o sorriso, a plena alegria.

Mas é preciso ver, tocar, sentir

para reestabelecer a harmonia.

não são fáceis as horas distantes,

mas deleito-me ao encontrar,

seu lindo semblante.

Aquela menina

Cap II – Outra Direção

Tua Palavra, Nossa Direção

Disseste a mim para não continuarmos

com nossos beijos, delicadamente falaste

que o melhor seria a amizade.

Declarei a tristeza,

ou talvez a não alegria,

estava pronto para jogar-me

no encanto surgido dentro do meu peito

Aceitei o destino,

afinal tu trilhaste outros caminhos,

apesar do meu anseio

de continuar em teus seios.

Foi tua palavra que nos deu a direção.

Então agora, bela moça,

não julgue minhas atitudes, pois em meu ser

a tristeza não é limitante

tão pouco tragédia desconcertante.

Logo, seguirei em minhas belas

e doces conquistas, suavemente encontrarei

novos lábios, nos quais me entregarei

sonharei, amarei, enfim

te esquecerei.

Os Sentimentos

Engraçado os sentimentos

são como doenças, mudam-nos completamente

por algum tempo, tempo esse não medido:

pode ser dias ou então anos,

jamais se curando.

A primeira exposição, o abraço,

o beijo, o cheiro, o carinho,

beira o terrível!

É como um vício, tremores,

palpitações, boca seca, nervosismo,

a ansiedade é mortal.

Aquela menina

Então recebemos nova dose

tudo se esvai, flutuamos,

sorrimos, cantamos,

por razão alguma, dançamos.

O tempo exerce sua função,

cicatriza a ferida cardíaca, remodela

o comportamento, aos poucos vamos

nos reconhecemos.

Até, claro, novo antígeno

recomeçando o mesmo ciclo.

A Beleza que Emanas, Sonho da Realidade

Sonhei um sonho insano,

desses que deixam-nos

sem a devida razão.

Sucessão de fatos

sem o nexo adequado,

até o momento de total desamparo.

No sonho, menina,

eras outra pessoa, não condizia

com a tua harmonia...

recusei-me a crer

Estava desesperado, buscando

explicação, não poderia ter sido

tua beleza, apenas uma ilusão.

Busquei incessantemente

pelo teu sorriso

tão belo e radiante

mas não a encontrei

Estavas realmente trocada,

mas como podia?

tinha lembrança de quem eras...

negava-me a aceitar

aquela nova menina.

Eis que acordei,

atrás de uma foto corri,

vi teu rosto novamente,

Aquela menina

aliviado, sorri.

Estava grato,

contemplava novamente

aquilo que sempre quis.

Aquela menina

Cap. III – Reatando: Um relacionamento pueril

A Noite

Mergulho novamente em seu ser,

perco-me nos seus braços,

ardendo em chamas

está meu coração.

A boca nega-se a cessar

os sorrisos, mesmo com o beijo

ela insiste em desabrochar.

Seu corpo no meu

leva a sandice à minha mente.

Os braços te puxam, seguram,

dançam, querendo nos transformar

em apenas um.

Seus lábios me arrancam

de meu mundo,

a paixão que controlada estava

volta como tempestade

que a esse pobre poeta

arrasa e o leva às migalhas.

Uma noite mágica,

sorrisos que deixam-me boquiaberto

conversar contigo é uma amostra

do paraíso.

Perdoe-me, menina,

mas aos seus pés

estou caído.

Ambígua

Ainda não sei como,

apenas pude sentir

de tão forte, estremeci.

Olhar seu rosto

ver suas fotos

faz meu coração

destroçar o peito meu.

Aquela menina

De tão linda, é ambígua

sendo ao mesmo tempo

minha harmonia e o meu desatino.

Quando ao seu lado estou,

em paz fico.

Ao conversar contigo,

o amor está comigo.

Mas se ao acaso longe estamos,

perco-me em delírios...

e a dor que surge

quando estou privado de seu sorriso.

Ah menina!

Já não sei viver

sem sua beleza, sem seu riso

sem sua delicadeza.

O sorriso do coração

Ah como é bom

deleitar-me nessa felicidade!

Emoção trazida ao meu ser

por você, menina.

As conversas tidas,

só pelo prazer da companhia

demoradas, extrovertidas,

tenho em cada palavra

parte da minha alegria.

Inexplicável o quão bem

ao meu ser faz estar do seu lado

com o rosto que tem

fico alucinado.

Quando um beijo surge

o mundo explode em cores,

sorrio livre de preocupação

pensamentos se esvaem,

cheio de plenitude

fica meu coração.

Aquela menina

Ele então,

bate por você,

forte, animado,

querendo ser desejado.

Depois de seus carinhos,

as músicas são mais belas,

com melodias sublimes,

e letras que foram escritas

para o nosso romance.

Obrigado, minha linda,

por fazer deste poeta

o mais contente dos artistas.

Natureza Livre

Agora vejo, minha flor:

colher-te, colocá-la

em um vaso,

por mais lindo que seria

traria o fim do te brilho

a morte de tua beleza.

Da mesma forma

se colocaste-me engaiolado,

não mais bateria as asas

e meu canto se extinguiria.

A natureza livre, pertencemos

e mesmo que outros pássaros

venham a cortejá-la,

eu a outras flores visitar

somente este pássaro

carregará teu pólen

e só o teu néctar

saciará meu bico!

Espero-te, querida.

Espero-te, calmo,

tento suportar a dor imposta

pela distância, agravada pelo tempo.

Aquela menina

Resigno-me na esperança da tua volta,

moça minha. Poder novamente

sorrir junto a ti.

Não demores mais, meu amor,

o coração já reclama,

dentro em pouco

no peito meu colocará

outra linda garota.

Venha! Enquanto minha alma

a chama, desejando teu corpo.

Não tardes mais, pois a espera

jamais será eterna!

Cidade e a Noite

A Cidade que nunca dorme

hoje repousa tranquila.

Será ela ou sou eu?

Qual dos dois transborda alegria,

em uma noite tão linda.

Desperto até longe na madrugada

chego em minha casa,

estou flutuando,

culpa do veneno dessa paixão!

A Cidade por si responde,

em ambiente aconchegante,

mantém no ar aquele

perfume delirante.

Delírios mil são revolvidos

pela mente desse jovem,

incapaz de esconder o sorriso,

a alegria de ser por ela

tão querido.

Ah! bela noite,

deixaste a cinza São Paulo

todo um mundo de cores.

Aquela menina

Desejo em Aberto

Venha bela moça

Venha depressa, corrida

Saciar a sede d’alma,

o desejo do coração!

Beije-me sem pensar,

jogue-se em meu fogo,

queimemos juntos

na sandice da paixão!

Traga, sem mais demora,

o seu corpo ao meu!

Não posso aguentar ficar

longe de seu toque,

distante de sua pele,

sem o calor que me traz

e incendeia-me por inteiro.

Aguardo-lhe amada,

anseio por esse momento,

no qual seremos um só,

em rítmica convulsão!

Nos braços dela

Por muito aludo aos beijos,

sorrisos e olhares, mas

posso ver que esqueço

aquilo capaz de fazer

mergulharmos acordas no

Mundo de Morfeu.

Um carinho por muitos dado,

com várias pessoas,

compartilhado.

Mas quando vem dela

é diferente, mais quente!

O abraço dessa moça

faz do coração fera mansa,

apertando-me contra ela,

faz da vida suave dança.

Aquela menina

Naquele momento desejo permanecer

não me importa o espaço,

somente o tempo, o qual

naqueles braços se faz dilatado.

Sinto o perfume,

em transe entro,

meus braços a envolvem,

as mãos perdem-se nas mexas

de seus cabelos.

Sorrio feliz, tranquilo

sereno. Vários abraços

que me tiram a ansiedade,

me dão paz e coragem

para sempre dizer:

“Menina, como eu quero você”.

Suas Imperfeições

Vejo em você, menina

a beleza que irradia,

mas tenho a ciência

de que não é perfeita.

São as imperfeições

definidoras de meu encanto,

pois as conheço

e as acho linda.

O sorriso que abre

único do jeito que é,

sei de todos os detalhes,

como desabrocha,

se mantém e se detém!

Os cantos de sua boca

sobem mais que o meio

desenhando sua felicidade

sem revelar todo desejo.

Ah menina! Como me perco!

Perdido nas curvas

distorcidas dos padrões,

Aquela menina

as quais são o desejo

mais ardente no peito meu.

Como desejo, em suas imperfeições

mergulhar!

Nas curvas e sorriso

afogar!

Assim saciar em meu coração

os pedidos dessa ardente

paixão!

A Gatinha e a felicidade do Poeta

Ah Gatinha! Não imagina

o tamanho de meu sorriso

vendo teus olhos castanhos,

ou mesmo a alegria

que no peito sinto!

Nossas demoradas despedidas

fazem meu coração querer

ainda mais você.

Ouvi-la dizer que deseja

ao meu lado permanecer,

faz meu riso aparecer!

Como é bom o abraço,

que pulando me concede,

Ah minha gatinha

a cada beijo, nascem mil poesias.

Suas carícias e olhares,

enquanto dirijo,

fazem da minha alma

algo mais bonito.

Permita, minha linda,

esse seu poeta

lhe dar sempre teu sorriso,

e após os beijos,

aquele singelo riso,

o qual como mágica,

finda meus desatinos.

Aquela menina

Você me Quebra!

Você me quebra, garota,

com seu jeito meigo,

abraços repentinos,

beijos semi-escondidos.

Deixa-me feliz e indignado,

como posso ser

tão refém do seu abraço?

Perdido cada vez mais

nas mexas de seus cabelos,

no perfume de seu corpo

perco-me, menina,

você é então

minha doce sina!

Meus Dias

Pudesse eu,

todos meus dias

seriam teus.

Nas horas transcorridas

ao seu lado estaria,

promovendo intensa alegria.

Pudesse eu,

os “bom dia” daria

acordando ao lado teu.

No fim da tarde,

te abraçaria no por do sol

e ao crepúsculo, apaixonadamente,

beijaria a ti, minha menina!

Aquela menina

Aquele Amanhecer

Procurastes a mim

quando a noite fez-se

demasiadamente fria,

pois apesar da folia

era eu a te trazer alegria,

e nossos corações,

juntos aqueceríamos!

No campo aberto,

entre barracas e canções

estávamos nós,

enrolados em seu cobertor,

transmitindo um ao outro

muito mais do que calor!

Tanto esperei este momento,

te abraçar e amar,

meu peito estava derretido

de tão tenro que eram

os sentimentos.

Ah! Aquele amanhecer,

ao qual juntos assistíamos

as nuvens creme

um céu alaranjado,

e nós dois no mais puro dos abraços.

A cada toque de nossos

lábios, sabia que era

de teu total agrado.

Teus sorrisos de encontro

ao meu olhar,

naquela hora, já apaixonado,

mostravam promessas

de dias ao teu lado!

Ah que imagem linda!

Jamais a perderei

de minha memória.

Ela fará parte, então, da nossa história.

Aquela menina

Cap. IV – Mais uma vez, sem os braços dela

A Resposta

Preciso reordenar,

colocar as ideias em seu lugar,

ouvir o coração

que hoje bate descompassado,

talvez até errado.

No silêncio do Eu, encontrarei

a resposta a qual busco

mas para tanto

necessito estar sozinho

em meu mundo.

Refletir comigo mesmo,

dentro de mim

encontrar o sossego,

a resposta para o dilema.

Teria coragem para tal

ousada realização?

Ou o medo de perdê-la

seria minha danação?

Outras Bocas

Ah jovem garota! Não subestime

o coração desse poeta!

Sou todo o fogo da liberdade

brindo as conquistas e os amores,

tudo no plural!

Não pense, meu bem:

“por ser seu refém,

não iria ele além”.

Ledo engano, posso até

estar cativo, mas outros caminhos

também sigo!

A paixão que tenho não é excludente,

outras bocas vou procurar,

em outros olhos me jogar

Aquela menina

e tu, menina, não poderás

me julgar!

Tragédia Grega

Assim finda o romance,

asas bateu e ao Sol,

como Ícaro, queimou.

No mar caiu,

o Kraken o engoliu.

Pelas tormentas do Tártaro,

algum tempo caminharei,

sofrendo a perda

dos braços da minha musa.

Só pode Atlas ter morrido,

Pois meu mundo está caído.

Ó seres do Olimpo

salvai-me desses desatinos!

A Última Folha

Aquela última folha

tanto sentimento que carregava,

inúmeros sorrisos ali estavam,

dada a você, garota.

Em troca recebi sua palavras,

dessa vez diferente, sem incerteza,

mas com a voz chateada,

dada a folha, recebi a dispensa.

Não adianta disfarças,

o sorriso por uns dias

não me visitará

e o pobre coração

o peso desse adeus irá levar!

Aquela menina

Cap. V – Uma vez mais juntos: sorrisos e incertezas

Minha Procura

Distante de ti, a mente trabalhou

ocultamente o subconsciente buscou

atrás de seus traços, estava eu

sem perceber procurei em outras

o prazer de estar contigo!

Procurei nas mãos que pegava

seus longos e finos dedos,

nos perfumes que sentia

buscava a sensação que o seu

doce e suave aroma me traz!

Não pude encontrar...

Por essas loucuras um tempo vaguei

até o dia que reencontrei

o prazer que tanto prospectei,

estava guardado no calor

e conforto do seu coração!

Todos os desejos

Meu coração aquece,

sem mais dor, não há confusão

apenas a ansiedade

por ter seu abraço.

Novamente sorri para mim,

Ah minha Gatinha! Mal sabes

o quanto me alegra

com o sorriso que tem.

Tão belo seu olhar

que me detêm.

Tem a este poeta por inteiro,

pronto para realizar

todos os desejos do peito seu.

Aquela menina

Permeias meus sonhos

Permeias meus sonhos

não raro, desperto com a sensação

de que tu me visitas-te a noite

sorrio...

pois sei que no dia te verei.

São breves tuas aparições

da mente são fugidas,

jamais saberei se realmente

nos meus devaneios estiveste

ou estava nas lembranças

e o pensamento, ao seu dono,

engana.

Não importo com tal dilema,

quando sei que tu és

realidade no meu dia.

Admirável Sensação

Um sentimento diferente

abala a alma da gente

quando frente à incompreensíveis

sensações...

Como estar diante do oceano

sem compreender seu tamanho,

sua força, seus perigos

mas impossível desviar o olhar.

Sou eu assim a admirar

suas fotos, ao olhar para

você, minha menina.

A mente não compreende

de onde vem aquilo.

Algo carreado de mistérios

hipnotiza meu olhar em ti:

nos olhos, na boca, no rosto

todo seu. Um arrepio

surge e corre o corpo.

Aquela menina

Não posso ter a dimensão

da emoção que tenho por ti

mas aproveito-a e hoje

não há homem mais feliz!

Seu Misticismo

Por vezes ao observá-la indago-me:

Seria tu a personificação

de um ser mitológico

que veio a minha vida

destituir-me a vontade própria?

Olho-te e lembro-me de belas deusas

egípcias, gregas, romanas...

Encanto-me com seu andar,

o doce sorriso de sua calorosa boca.

Da sua voz são reféns meus ouvidos,

sereia?

Como Ninfa seduziu-me,

já não me livro mais

dos seus agrados, nem quero fazê-lo,

ao contrário, meu desejo é fazer

cada vez mais parte de tua

sensual mitologia!

Indagações

Correm em minha mente

aceleram meu coração.

Por que elas veem?

Pela única razão

de amar sem a certeza de também o ser.

Indagações mil,

inquietudes da alma,

tiram o sono

no pensar:

Amanhã ela estará comigo?

E o peito pula, despercebido de tudo

irreparável sofrer que padece.

Aquela menina

Estou eu a mercê

de uma paixão fugaz

que sem mais nem menos

acabará?

Minha Geminiana

Minha menina é geminiana

e todo dia é uma surpresa...

Ou vem contente e pulando

em abraços e beijos,

ou vem discreta, com um oi somente.

A beleza dela está em sua bivalência

ora está me olhando e sorrindo,

com a certeza de que sou seu escolhido,

ora está aérea com olhar longínquo.

Ah... seus dias, misteriosas flores

são coloridas mas sem padrão,

levam-me o pranto e sorriso.

Uma pirueta de emoções,

tudo isso porquê

Eu namoro uma Geminiana.

Censurado

A boca pronuncia-se em dizer

mas a mente proíbe

muito cedo pode ser.

Ao invés, farei de tudo

para que os gestos meus

formulem o que quero dizer

nos pensamentos seus.

A bela planta

Nada direi, mas não é difícil

tal acontecimento perceber.

O ardente e alucinante fogo

persiste forte e alto

Aquela menina

e agora surge também,

tenro e nobre, novo sentimento.

Um carinho diferente, um cuidado sorridente,

no terreno vai deitando-se, com raízes

esparramando-se.

Em meu coração

passa a crescer tal bela planta

que o castelo da alma

veio embelezar!

Novos céus

Por vezes sinto a vontade

de ganhar os céus em cantos,

novamente as asas bater,

para espalhar meus encantos.

Bato-as e já no céu

sinto-me mais leve,

sem perceber a vontade desvanece,

os perfumes teus estão no ar,

e o céu que agora voo

é o do nosso amor

minha amada flor.

O artificial de seu gosto

De repente acordei com seu gosto

e passei horas lembrando tal

enrosco.

Doce no começo, mas artificial demais

um paladar amargo deixou

enjoou.

Escovei para tentar passar

nada adiantou.

Bebi para tentar esquecer

piorou.

Além do acre sabor

ardia em dor os olhos por lágrimas

as quais eu amaldiçoava enquanto

Aquela menina

caíam,

denunciando ao solo o sofrimento

do peito meu.

Mas amanhã, quem sabe?

Outro gosto virá

e de você, me refrescará!

Aquela menina

Cap. VI – O Fim

Crescia a árvore

ainda verde, mas cheia de alegria,

nosso amor brotava no peito meu.

Mas você se demorou

não só dos meus nutrientes

podia a planta amada viver.

necessitava de suas águas,

do carinho, da presença.

Foi secando e morrendo

eu, entristecendo.

Em última esperança

a mostrei

total foi sua indiferença,

Matará por fim aquele jovem amor.

Ainda deixei

jovem tronco seco,

por um tempo, morto em meu peito.

Quando tentou

novamente regá-lo

tarde demais era.

Já havia arrancado-o,

em seu lugar, apenas um

buraco, a saudades no vazio

das raízes, que apesar de novas

já estavam fundas

nos meus sentimentos.