aquarismo

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  • 7/27/2019 Aquarismo

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    Ano IV

    Nmero 14

    Abril/Maio/Junho/2012

    Distribuio

    Gratuita

    Rio Baa Bonita

    Fertilizao em

    Aqurios Plantados

    Visita

    Chcara Takeyoshi

    Pico Aqurios

    Revista feita por e para aquaristas amantes da natureza

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    Dieta alem para peixes

    de todas as nacionalidades.

    Seus peixes podem ter uma alimentao de primeiro mundo. Divididas entre as linhas especial e premium, as raes oferecem alto valor nutricional para diferentes

    espcies. Alm da melhor nutrio, diferenciais tornaro o aquarismo cada vez mais interessante e prtico: grnulos que afundam a diferentes velocidades, eficincia na

    alimentao de todos os peixes e o exclusivo sistema click. Com ele, voc disponibiliza a quantidade exata de alimento a ser oferecida aos peixes. JBL. Alem por natureza.

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    4 - Expedio: Rio Baa Bonita

    Mauricio Xavier de Almeida

    9 - Fertilizao em Aqurios Plantados

    Livio Nakano

    13 - Galeria de Peixes

    Chantal Wagner Kornin & Cinthia Emerich

    16 - Galeria de Plantas Aquticas

    Rony Suzuki

    18 - Visita Chcara Takeyoshi

    3

    Comeamos falando diretamente queles aqua-ristas que vivem cuidando de suas plantinhas dentro

    dos aqurios e acabam criando verdadeiras obras de artepara o aquapaisagismo brasileiro. Esperamos que em 2012 pos-samos ter a mesma qualidade das montagens passadas. E porfalar no assunto, o CPA, Concurso Paranaense de Aquapaisa-gismo vai para a sua quinta edio e lembramos que as inscri-

    es se encerraro no dia 31 de Maio! Preparem suas cmeras eno deixem de participar, inclusive de outros concursos, comoo IAPLC e o CBAP.

    Nesta edio teremos o incio de alguns artigos que re-solvemos produzir para mostrar aos hobbystas um poucodo paraso que pode ser encontrado na regio de Suzano,

    SP. Foi l que encontramos amigos empresrios que levam

    a srio o assunto aquarismo. So empresas com qualidade eprossionalismo, que possibilitam o acesso ao hobby, pois pro-duzem com dedicao plantas e peixes. A nossa equipe esteve

    visitando a Chcara Takeyoshi, produtora de plantas aqu-ticas, a Piscicultura Wada, com variadas espcies de pei-xes, e a Piscicultura Tanabe, onde o destaque vai para asincrveis carpas selecionadas durante anos de trabalho.

    O primeiro artigo vocs j podero curtir agora, conhecen-do um pouco do trabalho do amigo Roberto Takeyoshi.

    Tambm trazemos, como costume, uma bela ex-pedio pelo Rio Baa Bonita, trazendo um pouco da

    beleza natural da Serra da Bodoquena. Poderemosaprender sobre fertilizao de aqurios plan-

    tados e j conferir como so os mini plan-tados. So timos artigos que recebemospara essa edio, alm das chas de peixes

    e plantas que sempre disponibilizamos emnossa revista. Uma boa leitura a todos!

    24 - Pico Aqurios

    Fabio Yoshida

    EditorialSumrio

    Revista Aqualon

    foto: Cinthia Emerich

    Ilustrao: Marc

    foto: Mauricio Xavier de Almeida

    foto: Rony Suzuki

    foto: Americo Guazzelli

    foto: Fabio Yoshida

    CPA 2008

    CPA 2009

    CPA 2010

    CPA 2011

    CPA 2012

    Inscries at 31 de Maio

    Regulamento e formulrio deInscrio somente pelo E-mail:

    [email protected]

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    Continuando a utuao, a cada cm era poss-vel observar uma exploso de vida, tanto vegetalquanto animal, em perfeita harmonia. Um pei-xe muito comum no aquarismo, o Mato-grosso(Hyphessobrycon eques), destacava-se pela fortecolorao vermelha, intensicada pela luz solar econtrastada com o verde das plantas (02).

    Os cenrios compostos por plantas e at mes-mo troncos de Aroeira, algo comum na regio,formam verdadeiros lay-outs naturais que podeservir de inspirao para vrias montagens. Bastaimaginar um tanque de vidro ao redor dos cen-rios registrados nas fotos. (03 e 04)

    Em alguns pontos pode-se observar surgncias(olhos dgua). (05)

    Em alguns momentos da utuao, visualizeienormes Corimbas (Prochilodus lineatus) se ali-mentando de frutos das rvores e algas presasnas folhas das plantas. (06)

    As algas como cianobactrias e lamentosas, quetanto causam pavor entre os aquaristas, tambmso muito comuns no ambiente natural. Portanto,acredito que no devemos nos preocupar tantoquando as temos em pequenas quantidades emnossos aqurios. lgico que no podemos deix-las fora de controle. Na foto abaixo (07), lamentosaencontrada em alguns pontos do rio.

    A Echinodorus macrophyllus encontrada emgrande quantidade (08), formando imensos car-petes. Elas se reproduzem por sementes, e emalguns pontos nota-se centenas delas lanandosuas hastes orais (09) de 0,8 a 1,5 m para foradgua (11) e exibindo sua bela orao branca(12). No detalhe, haste oral brotando (10).

    Foto 08

    Foto 07

    Foto 06

    Foto 05

    Foto 04

    Foto 03

    Foto 02

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    Outra planta encontrada em grande quan-tidade a Potamogeton illinoensis, que formaimensos carpetes. Na foto (13), possvelter uma idia da quantidade, sendo esta uma

    vegetao rasteira predominante. Detalhe daplanta (14).

    A Najas guadalupensis encontrada em vrios pontos,

    apresentando um tom avermelhado onde a incidn-cia de luz solar mais forte. (15)

    Outra planta encontrada em vrios pontos aNymphaea gardneriana, que tambm apresenta par-te de algumas folhas em tons avermelhados e, nostrechos com correnteza, apresenta-se sempre comores e folhas submersas prximas ao solo. (16)

    A Caracea (Chara fbrosa) encontrada emvrios locais, sendo que em determinados pon-tos dominam o espao. Com a presena do sol,exibem um cenrio literalmente brilhante pelaliberao do oxignio resultante da fotossntese.Em detalhe (17). Cenrio brilhante (18)

    Alm da beleza submersa possvel apreciarcentenas de outros animaisem terra. Um exemplo este belssimo tucano queparecia pousar para foto-graa. (19)

    Foto 18

    Foto 17

    Foto 16

    Foto 15

    Foto 14

    Foto 13

    Foto 12

    Foto 11

    Foto 09

    Foto 10

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    Uma grande diculdade quando se procura por informaoa respeito, que no h informao acadmica sobre esse as-sunto, quando se diz respeito a plantas hidrlas submersas.

    H muita coisa sobre sistemas no-submersos, seja comsubstrato convencional ou mesmo hidroponia. Mas um siste-ma fechado cujo foco o cultivo de plantas submersas temparticularidades que normalmente so ignoradas. Ento, mui-ta confuso e desastres acontecem por conta de conceitosque se aplicam a um tipo de sistema (emerso), mas que noseriam exatamente iguais, quando aplicadas em um aqurioplantado.

    Todo artigo sobre fertilizao costuma partir dos famososNPK: Nitrognio, P(Fsforo) e K Potssio, os assim chamados

    Macronutrientes, por serem componentes proporcionalmentemais importantes em uma planta. S que, em qualquer sis-tema submerso, existem dois outros macronutrientes que seencontram limitados, por denio: O Oxignio e o Carbono.Porque a maneira mais comum de serem metabolizados poruma planta por absoro atmosfrica, na forma de dois ga-ses: O2 e CO2. S que, embaixo da gua, esses mesmos gases,ainda que sejam existentes, se encontram em concentraesmuito abaixo da atmosfrica, devendo ser adicionados de for-ma suplementar, no caso do CO2, ou monitorizados de formaindireta, e sempre serem lembrados no planejamento de um

    novo aqurio, como no caso de sua oxigenao.Alm desses fatores, podemos considerar tambm a pr-

    pria iluminao suplementar como um fator que potencial-mente pode fazer o bem (e crescer aquela linda moita verme-lha) ou o mal (e resultar em surtos de algas).

    Para complicar ainda mais a coisa, um aqurio, por maisextenso ou com maior volume que tenha, por melhor que sejaa ltrao, mesmo lagos, quase sempre um sistema fechado.

    Ou seja, a renovao da gua limitada e h acmulo de de-tritos e subprodutos metablicos na coluna de gua.

    Outro fator muito importante, normalmente ignorado,

    considerar o aqurio como algo possvel de ser milimtrica -mente controlvel. Existem muitas variveis onde o aquaristano vai ter muito controle, especialmente na microbiologiadele. impossvel selecionar exclusivamente organismos quenos interessem, sejam patgenos ou as odiadas algas. Pormais que se tenha cuidados de banhos, quarentena ou de anti-biticos e luz ultravioleta, eles sempre estaro por l, de pre-ferncia, em populaes que no nos permitam detect-los.

    Para somar com tudo isto, um aqurio plantado plane-jado para ser deliberadamente favorvel para o desenvolvi-

    mento das plantas. Isto resulta no que se chama de sistemaeutrco, rico em nutrientes, muita biomassa, mas tambmcom uma dinmica complexa, especialmente para os assimchamados aqurios high-tech.

    No toa que o aqurio plantado considerado um dosde manuteno mais trabalhosa!

    Existe um aforismo, conhecido como Lei dos Mnimos (oude Liebig), onde A produo (ou o crescimento) est direta -mente ligada quantidade do menor nutriente disposioda planta. Num sistema emerso, isto pode deixar a plantaestagnada. Mas num aqurio plantado, a paralisia ou lentido

    do metabolismo das plantas, quase sempre vai resultar emsurtos de algas.

    Ilustrando isto de forma didtica, podemos imaginar umaplanta como uma Loja ncora de um shopping e as algascomo camels e ambulantes. Uma planta capaz de ser muitomais ecaz no aproveitamento de nutrientes, mas depende deuma infraestrutura mnima de instalao e funcionamento. Jas algas, crescem onde quer que haja oportunidade e espao,

    FERTILIZAO EM AQURIOS PLANTADOS

    Aqui, um grco de barras 3d mostrando os nutrientes (esuas quantidades) mais importantes para as plantas.

    Aqui, uma situao ideal, quando o CO2, a luz e todos os

    nutrientes esto no seu auge, permitindo o crescimento vi-

    goroso de todas as plantas.

    Texto: Livio Nakano

    Ilustraes: Marc

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    10 Revista Aqualon

    havendo inclusive uma seleo de algas conforme o fator nutri-cional limitante (Petecas adoram concentraes baixas de CO2,Green-Spotsaparecem na falta de fsforo (fosfatos), cianobact-rias em decincias de nitrognio, s para citar alguns exemplosclssicos).

    H alguns anos atrs, o usurio Marc, do frum lusitanoAquariolia on line, elaborou ilustraes belssimas, que soliciteiautorizao para reproduzir.

    Para ajudar a equilibrar tudo isto de forma saudvel, prio-rizando o crescimento das plantas em detrimento do das algas,foram elaborados diversos regimes de fertilizao, muitos pro-dutos comerciais, mas tambm, diversos sistemas customizados.

    Em 1996, Kevin C. Conlin e Paul L. Sears, dois aquaristas ca-nadenses, em um artigo publicado em um grupo de discusses(Aquatic Plants internet mailing list), relataram a sua experinciapara o desenvolvimento pleno das plantas e o controle das algasem aqurios plantados, atravs da adio diria de uma frmulabalanceada de nutrientes. Como esta frmula era obtida atravs

    da mistura de cada componente solvel, obtidos em lojas de qu-mica, ela tinha a vantagem de ser preparada com menor custoquando comparada a produtos comerciais de grandes empresas,como a Dupla, Dennerle, Tropica e outras. Atravs de testes peri -dicos da concentrao do Ferro e de Nitratos, eles ajustavam adose dessa frmula, que administrada em gotas diariamente,da o nome com que se popularizou (Poor Man Dupla Drops,ou PMDD)

    Basicamente se compe de Nitrato e Potssio como macro-nutrientes, no utiliza o Fsforo, alm de Magnsio, Enxofre eum mix de micronutrientes quelatizados. O preparo facilitado

    por ter sua receita baseada em medidas de volume (colheres dech ou de sopa), o que por outro lado torna as medidas de suasconcentrao bem menos precisas.

    Frmula: K2SO4 (Sulfato de Potssio) - 2 colheres de ch (10 ml ~ 14g) KNO3 (Nitrato de potssio) - 1 colher de ch (5 ml ~ 6g) MgSO4-7H2O (Sulfato de magnsio hidratado) - 2,5 colheres de sopa (37,5 ml ~ 33g)

    Mix de nutrientes quelatizados - 1 colher de sopa (15ml ~9g)

    gua - 300 ml.Nesta formulao original, o volume de nutrientes pre-

    sentes por ml :NO3 10,6mg, K 25,85 mg, Mg 7,17 e Fe aproximadamen-

    te 1,7mg (depende do mix utilizado)

    Posteriormente, os prprios autores divulga-

    ram uma soluo alternativa: K2SO4 (Sulfato de Magnsio) - 2 colheres de sopa (10

    ml ~ 14g) KNO3 (Nitrato de potssio) - 1 colher de sopa (5 ml ~

    6g) MgSO4-7H2O (Sulfato de magnsio hidratado) - 2,5

    colheres de sopa (37,5 ml ~ 33g) Mix de nutrientes quelatizados - 1 colher de sopa (15

    ml ~9g) gua - 500 ml.

    Que por sua vez apresentava por ml a seguinte quan-tidade de nutrientes: 19,13mg de NO3, 46,52mg de K,2,87mg de Mg e 1,02mg de Fe. Proporcionalmente, portan-to, mais nitrato e potssio (macronutrientes) e menos Fee Mg.

    Para se calcular a dosagem presente em cada gota, bas-ta que se divida a quantia presente em 1 ml por 20.

    Edward (APC) Perpetual Preservation SystemOutra alternativa para a administrao diria de nu-

    trientes, o sistema desenvolvido por Edward e divulgadopelo Forum Aquatic Plant Central, chamada de PerpetualPreservation System, ou em bom portugus, Sistema dePreservao Perptuo.

    Inicialmente, utiliza-se uma dose diria de uma soluo-padro com os principais macro-nutrientes, contendo fosfato, nitrato e potssio. Conforme a indicao dos testes, essa soluopode ser substituda por uma soluo sem fosfato ou uma soluo sem nitrato. O potssio,alm de raramente ser encontrado em excesso num aqurio plantado, tambm no dispe de

    Aqui, uma representao grca desta Lei dos Mnimos,

    onde, no caso, h uma certa limitao no crescimento da

    biomassa das plantas por conta do potssio (porm, estan-

    do quase equilibrado, situao muito semelhante

    de inmeros plantados)

    Aqui, luz e CO2 no mximo, mas sem nutrio, resultando

    na paralizao do crescimento das plantas.

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    testes acessveis para ser dosado.As outras duas solues so de Sulfato de Magnsio e

    de Elementos-Trao (micronutrientes quelatizados), em geralutilizados semanalmente, ou caso ocorram sintomas de suadecincia.

    O preparo de todas as solues exige uma balana de pre-ciso de pelo menos 100mg, o que se de um lado aumenta aexatido das frmulas, diculta a manipulao do aquarista,que no costuma encontrar esse instrumento sua disposio.

    Frmula:Perpetual system Soluo padro (NO3:PO4:K) 0,75:0,25:1,00KNO3 20,38gKH2PO4 5,97gK2SO4 15,74ggua 500 mlSoluo sem nitrato(NO3:PO4:K) 0,00:0,25:1,00KNO3 0g

    KH2PO4 5,97gK2SO4 33,30ggua 500 mlSoluo sem fosfato (NO3:PO4:K) 0,75:0,00:1,00KNO3 20,38gKH2PO4 0,00gK2SO4 19,56ggua 500 mlSulfato de magnsioMgSO4 16,9ggua 500 ml

    Elementos traoElementos trao 23,81ggua 500 ml

    Utilizao:1- Teste a concentrao de NO3 e PO42- Adicione a soluo-padro diariamente pelo perodo de uma semana, e ao trmino da

    mesma, repita os testes.

    a. Se os nveis e a razo NO3:PO4 estiverem aceitveis,mantenha a rotina ao longo da semana seguinte.

    b. Se os nveis se tornarem muito altos, reduza a quantida-de da soluo adicionada na semana seguinte.

    c. Se a razo estiver inadequada, interrompa a adio dasoluo-padro, substituindo pela sem NO3 ou sem PO4, e tor-nando a testar ao trmino da semana seguinte.

    3- A utilizao dos elementos trao indicada caso hajasintomas de decincia de nutrientes, caracteristicamente,

    palidez de novos brotos.Tomando como princpio o fato de que diferentes aqurios

    tem diferentes consumos de nutrientes, com necessidadesvariveis de cada um, este mtodo composto de 5 solues--padro (sendo 3 de macronutrientes) cuja utilizao direcio-nada atravs de testes peridicos, com obteno da dosagem

    de fosfatos e nitratos. Tem a vantagem de permitir a customizao para diferentes montagens,com diferentes necessidades de fertilizao, e de se ajustar conforme diferentes fases deuma mesma montagem (com maior ou menor crescimento de plantas, variaes sazonais detemperatura, variaes da ora e da fauna). Pode ser til tambm em situaes onde trocas

    parciais volumosas sejam mais difceis de serem feitas, como em aqurios extra-grandes oulagos durante um inverno mais rigoroso, por exemplo.

    Tom Barr Estimative Index(ndice de estimativa)Tom Barr um bilogo que se especializou em biologia aqutica. Ele defende uma proposta

    bem diferente das propostas anteriores, com um sistema que no necessita de utilizao detestes para determinar os nutrientes solveis, sem abrir mo da utilizao equilibrada dosmesmos.

    A partir da observao e experimentao, ele: Determinou uma faixa ideal de concentrao dos principais nutrientes para a utilizao

    pelas plantas;

    Vericou que os surtos de algas em aqurios plantados esto intimamente relacionadoscom picos de produo de amnia (morte de animais, aumento da quantidade de alimentoou da biomassa do aqurio, morte de plantas ou de suas folhas, diminuio da ecincia daltragem biolgica), muitas vezes ocorrendo mesmo quando esta ainda se encontra em nveisindetectveis por testes;

    Vericou uma certa impreciso para a maioria dos testes encontrados para aquariolia,por se basearem em colormetros, que do os resultados em faixas de cor, que estraticamseus resultados numa faixa muito larga para cada concentrao.

    E nesta, como um nico nutriente insuciente pode limitar

    todas as plantas. A famosa Lei dos Mnimos.

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    Rua Fernando de Noronha, 931 - Londrina - PR

    A partir destas concluses, ele desenvolveu um sistema que se baseia em atingir a faixatima de nutrientes para as plantas, com a administrao de macronutrientes (PO4, NO3 e K)em quantidade suciente para atingir essa concentrao, independente da quantidade ante-riormente presente no aqurio, a cada troca parcial e repetindo essa dosagem a cada 2 dias.Nos dias entre as dosagens de macronutrientes, ele adiciona uma soluo de micronutrientes(Ferro, principalmente). Os micronutrientes so adicionados em separado para evitar que for-mem solues insolveis, principalmente com o fosfato.

    Alm disso, neste mtodo, fundamental a realizao de trocas parciais semanais degrande volume, de 50 a 70% da gua do aqurio ( o reset do sistema), e que se mantenha

    iluminao intensa e CO2 em concentraes tambm otimizadas (20-30 ppm).Com isso, ele garante que nenhum nutriente seja fator limitante para o desenvolvimento

    das plantas. Mesmo que haja algum excedente, este no resulta em surtos de algas desdeque se mantenha a amnia controlada, o que certamente acontece com a ajuda dessas trocasparciais volumosas e frequentes. Eventuais excessos de nutrientes so ajustados tambmnessas trocas parciais.

    um dos sistemas onde se observa o desenvolvimento mais vigoroso das plantas, muitasvezes exigindo podas com muito mais frequncia.

    Sugesto de concentraes-alvo (obs: ppm=partes por milho, ou em outras palavras,mg/litro):

    CO2 entre 20-30 ppmNO3 entre 5-20 ppmK+ entre 10-30 ppmPO4 entre 0.4-1.5 ppmFe 0.5 ppm

    Concluses:Fertilizao lquida uma opo importante, que sempre deve ser parte de nosso ar-

    senal de aquarista, a ser usado conforme indicado. Ao contrrio do senso comum, muitasvezes, surtos de algas so debelados, controlados ou interrompidos, sem o uso de algicidas,

    e com a adio de nutrientes, sempre se procurando otimizar o crescimento de suas queridasmacrtas. E apesar de ser muitas vezes analisada de forma separada, indissocivel deoutros parmetros do aqurio, tanto em relao fertilizao do substrato (sade das razesdas plantas, biologia do substrato), mas igualmente, em relao ltrao (Ciclo do nitrognio,ciclo do carbono e ciclo do oxignio), iluminao (intensidade de energia disponvel para afotossntese no sistema), trocas parciais (controlando resduos no-metabolizados pela biolo-gia do aqurio) e a injeo de CO2.

    12

    P

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    Microdevario kubotaiKottekat, M. and K.E. Witte, 1999

    Nome Popular: Rsbora kubotai, KubotasMicrorasbora, Neon Yellow RasboraFamlia: CyprinidaeOrigem: sia / Tailndia

    Tamanho: 2 a 2,5 cmComportamento: So agitados e inquietos,nadam constantemente em pulinhos, procu-rando comida e perseguindo companheiros damesma espcie. Gostam de estar sempre emgrupos, por isso, o ideal mant-los em car-dumes com grande quantidade de indivduos.Preferem a parte superior e mdia do aqurio.Agressividade: Peixe paccoManuteno: So encontrados em crregosde guas claras e ricas em oxignio, ento, acongurao do aqurio tanto pode ser sim-ples, com areia e poucas plantas, quanto um

    plantado.Temperatura: 22 a 26 CpH:6.0 a 7.4Alimentao: Onvoro / Aceita bem qualquertipo de rao. Alimentos vivos como enqui-trias, artmias e daphnia devem ser oferecidossempre, para manter a sade e incentivar a re-produo. Recomenda-se rao especca parapeixes pequenos, pois sua boca diminuta.Dimorfsmo Sexual: Difcil determinar. F-meas costumam ter o ventre maior, principal-mente em poca de reproduo.

    Reproduo: Em um aqurio especco compouca iluminao e bastante plantas, comomusgos, ou uma grade de proteo para osovos no fundo. Aumentar um pouco a tempe-ratura pode incentivar a desova.A proteo dos ovos com a grade ou plantas

    importante pois so peixes disseminado-res livres, ou seja, a fmea libera os ovos nagua para serem fertilizados pelo macho logoem seguida e carem no substrato. Os pais co-mem os ovos e as crias, devem ser retiradosdo aqurio logo aps a desova. Os ovos eclo-dem entre 12 e 48 horas, os alevinos podemser alimentados assim que consumirem o sacovitelino e comearem a nadar. Como so mui-to pequenos, o alimento ideal so infusrios,depois da primeira semana j podem comeralgo maior, como nuplios de artmia e mi-crovermes.

    Outras Informaes: Este pode ser conside-rado uma nova adio ao hobby, e ainda maisnova no Brasil.Primeiramente foi descrito comoMicrorasbo-ra kubotai, mas recentemente, em 2009, de-cidiu-se adicion-lo ao gneroMicrodevario,por acreditarem ser mais prximo aos daniosdo que s rsboras.A localidade-tipo deste peixe, ou seja, o localonde foi coletado o espcime-tipo que baseoua descrio do peixe, um riacho de guas cla-ras na provncia de Ranong na Tailndia.

    Puntius padamyaKullander & Britz, 2008

    Nome Popular: Barbo OdessaFamlia: CyprinidaeOrigem: sia / Norte de MianmarTamanho: Aproximadamente 5 a 7 cmComportamento:CardumeiroAgressividade:Pacco com os demaisManuteno: Cardumes, em aqurios acimade 70 litros.

    Temperatura: 20 a 26 CpH: 6.4 a 7.4Alimentao: Onvoro, aceita de tudo, com-plementar a rao semanalmente com alimen-tos vivos.Dimorfsmo Sexual: O macho ligeiramentemenor, mais colorido, apresenta uma peque-na modicao no primeiro raio da nadadeiraanal que se assemelha ao formato de um gan-cho e o ventre retilneo. A fmea maior,cores um pouco mais plidas e possui o ventrerolio, principalmente em poca de desova.

    Reproduo: Ovparo, so consideradosdisseminadores livres, pois a fmea libera osovos e o macho nada em volta, fertilizando--os. Os ovos eclodem em 24 a 48 horas eaps alguns dias os alevinos j consumiramo contedo do saco vitelino e comeam a sealimentar de raes especcas para alevi-nos de ovparos e alimentos vivos. Os pais

    no cuidam dos lhotes e podem, inclusive,encar-los como alimento.Outras informaes: Uma belssima aqui-sio para aqurios plantados. Apareceu pri-meiro na cidade de Odessa (Ucrnia) e daque vem seu nome popular.

    fotos:Chan

    talWagnerKornin

    fotos:CinthiaEmerich

    PeixesPor: Chantal Wagner Kornin

    &

    Cinthia C. Emerich

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    Lagarosiphon madagascariensisCaspary (1881)

    Famlia: HydrocharitaceaeOrigem: fricaHbito: Submersa xaTamanho: 20 a 40 cm de alturaTemperatura: 24 a 28 CIluminao: Moderada a intensapH: 6 a 8Manuteno: MdioCrescimento: RpidoPropagao: Sua reproduo se d atravs do corte e replantio do ramo.Plantio: rea intermediria e posterior do aqurio. Recomenda-se plant-la em mo-lhos com 3 ramos e espaamento de 3 cm entre eles.

    Planta muito bonita e delicada, quando sob condies ideais de luz e gs carbnico, ela sedesenvolve rapidamente e suas folhas cam mais alongadas e ligeiramente curvadas parabaixo, o que gera um belssimo efeito, principalmente se plantada em grupo. Planta idealpara a parte posterior do aqurio, mas tambm pode ser usada como planta intermedi-ria. Para isso, bastam podas peridicas.

    Vista por cima

    Plantas aquticas

    Famlia: AraceaeOrigem: frica

    Hbito: Aqutica emergenteTamanho: 10 a 15 cm de alturaTemperatura: 20 a 30 CIluminao: Fraca a moderadapH: 6 a 9Manuteno: FcilCrescimento: LentoPropagao: O melhor meio de propagao atravs do corte do rizoma onde j te-nha folhas e razes, com cuidado para no cortar a planta ainda muito jovem. Espera-seo rizoma alcanar de 8 a 10 cm e ao menos umas 8 folhas.Plantio: Parte intermediria do aqurio, cando melhor se xada em troncos ou ro-chas.

    A Anubias nana uma das plantas mais fceis de se usar em uma montagem, sua versatili-dade enorme. Eu gosto muito de us-la presa entre os vos das rochas ou troncos, o quegera um efeito sem igual. Em aqurios plantados, onde a luz bem intensa, corre o riscode suas folhas criarem algas com certa facilidade, isso se deve ao seu crescimento lento e,como possui folhas largas, ao acmulo de sujeira nestas. uma das plantas mais fceis dese cultivar, no requerendo nenhum cuidado especial. Serve tanto para aqurios pequenos,como grandes. Para plant-la deve-se amarr-la em uma pequena pedra ou tronco, quelogo formar raiz, nunca se deve enterrar o rizoma no substrato, o que poder matar aplanta. uma das pouqussimas plantas aquticas que podem gerar ores debaixo da gua.

    Por: Rony Suzuki

    Folhasemersas

    Inorescncia

    Flor

    Anubias barteri var. Nana

    Schott var. nana (Engler) Crusio, 1979

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    (Produtos, peixes e manuteno)

    Banho & Tosa - HotelS.O.S. ANIMAL

    o supermercado para seus animais

    Pet Shop

    Av. Juscelino Kubischeck (Perimetral), 1.213 - Zona 02 - CEP 87010-440 - MARING - PR

    [email protected] Fone: |44| 3226-7040 / 3026-7040

  • 7/27/2019 Aquarismo

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    18 Revista Aqualon

    Visita Chcara

    TAKEYOSHI

    Texto e Fotos:

    Equipe Aqualon

    A equipe Aqualon foi at a cidade de tra em um local privilegiado Depropriedadede RobertoTakeyoshi

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    19Revista Aqualon

    A equipe Aqualon foi at a cidade deSuzano, Grande So Paulo, realizar al-

    gumas matrias para a Revista. Tal lo-calidade foi escolhida porque pode serconsiderada como um verdadeiro para-

    so para os aquaristas e quaisquer ou-tros amantes da natureza. Ali esto loca-lizadas empresas que produzem peixes

    e plantas para aqurios e lagos. O tem-po dispensado para tal passeio nunca suficiente, pois as horas passam voan-do diante do que encontramos nesses

    locais. Chegamos Estncia Tursticade Ribeiro Pires na sexta noite, can-sados da viagem e loucos para descan-

    sar e comear o dia seguinte com muitaansiedade, preocupados com a possibi-lidade de chuva. Pela manh o clima es-

    tava timo e j pudemos ter contato coma natureza, acordando com o canto dospssaros, uma vez que o hotel se encon-

    tra em um local privilegiado.Encontramos na estrada o amigo

    Adriano Galvo que nos guiou at nossa

    primeira visita: Chcara Takeyoshi.Em seguida outros amigos chegaram

    para nos encontrar, uma vez que soube-

    ram de nossa visita. Foram tantas pes-soas que tivemos que recorrer s fotos

    marcadas no Facebook pela turma. Enteeles, Renato Kuroki e Janana, RicardoKobe, Sandro Rocha e esposa, Airton,Mirian, Carlos Souza e Willy.

    De propriedade de Roberto Takeyoshi,

    teve o incio de suas atividades em 2002e produz plantas aquticas para todo opas, atendendo na forma de atacado.

    Atualmente cultiva e distribui mais de100 variedades de plantas aquticas,tendo sua capacidade de produo

    mensal de at 10.000 vasos, ou seja,

    mudas produzidas em vasos em culturahidropnica. Isto ocorre em uma estufa

    com 700 m, contendo 2 canteiros de15 m para fase inicial, 18 de 15 m para

    Amanhecer em Ribeiro Pires

    produo final e 10 de 10 m para ma-

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    20 Revista Aqualon

    plantas cultivadas, no imaginamos quepossa existir dificuldade nessa ativida-

    de. Takeyoshi nos confidencia, A maiordificuldade o prximo problema! Ex-plicando que surgem novos problemas

    a cada dia, como em toda empresa co-mercial, na forma de no-vos desafios. Outro fator

    negativo a falta de informaes tc-nicas inerentes s plantas e prpriatcnica de cultivo, comparada ao cultivo

    hidropnico de hortalias. A superaoe o sucesso na atividade vieram com

    muita dedicao e trabalho, baseadosno gosto pelo aquarismo adqui-rido na infncia e sua formao.

    Roberto Takeyoshi s deixou

    de praticar o aquarismo duran-te o perodo de colgio e facul-dade, retornando no momento

    em que iniciou o cultivo comer-cial de plantas aquticas. Almdos aqurios da Chcara, ainda

    possui um nano plantado em sua resi-dncia.

    Oceanlogo de formao, focou seus

    estudos com o objetivo de trabalhar comalguma espcie de cultivo, aproveitandoa base que o curso oferece para lidar

    com ambientes aquticos marinhos ou

    produo final e 10 de 10 m para ma

    nuteno de matrizes. Depois uma con-versa com o proprietrio para colocaros assuntos em dia, fomos para a estu-

    fa. Ficamos extasiados diante de tantavariedade de plantas e curiosos com o

    formato que algumas adquirem na forma

    emersa. Tiramos muitas fotos enquanto

    amos pedindo que o Roberto identifi-casse as espcies mais diferentes para

    ns. Vendo toda a beleza e sade das

    Plantas para carpetes cultivadas em bandejasFotografando uma belssima or de

    Nymphaea (ver detalhe)

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    21Revista Aqualon

    dulccolas.Takeyoshi destaca o apoio que teve de

    grandes mestres, como Luis Wada e Sr.Tanabe, na criao de Kinguios. Duranteos 5 anos em que ficou nessa atividade,

    foi colhendo informaes sobre as plan-tas que haviam no mercado e, sob influ-ncia do Sr. Antnio da Aqurio do Bra-

    sil, despertou interesse por conhec-lasmais profundamente. Com o auxlio deseu pai, Agrnomo formado no Japo,

    desenvolveu a tcnica de hidroponia

    que utiliza em sua chcara. 95 % daproduo se d nesse sistema, ficandoapenas as plantas exclusivamente aqu-

    ticas cultivadas na forma submersa. Aproduo de plantas aquticas se dife-

    rencia um pouco da cultura hidropnicade hortalias, com uma frmula exclusi-va devido diferenciao dos parme-tros fsico-qumicos.

    Ao questionarmos se h dificuldadena identificao das plantas existentesno mercado, Roberto Takeyoshi explica

    que isso complexo at para acad-micos, que acabam alterando algunsnomes conforme ocorre o avano do

    conhecimento cientfico. Outro fatorque pode causar confuso nos nomes que a maioria destas plantas possui

    alteraes morfolgicas, tanto na formaaqutica quanto na terrestre. Traduzin-do, explica que uma mesma planta pode

    se apresentar de forma diversa em cada

    aqurio, o que dificulta a identificaoapenas atravs da imagem da folhagem.

    Grande incentivador do aquarismo,Takeyoshi apoia diversos eventos dohobby, como o Encontro de Aquaristas

    de Londrina (AQUALON), Encontro deAquaristas de Baur (EAB), Encontro deAquarismo Alagoano (EAA), Encontrode Aquarismo da Zona Oeste do Rio de

    e ficamos com estas palavras do amigo monia com as plantas, troncos e rochas,

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    Janeiro (EAZO) e h dois anos vem par-ticipando tambm do CBAP, Concurso

    Brasileiro de Aquapaisagismo. Orgulha--se de poder participar do desenvolvi-mento do hobby junto a outras grandes

    empresas do mercado.A Chcara Takeyoshi prima pela qua-lidade das plantas produzidas at o

    momento final, o envio aos clientes. Asplantas so selecionadas de acordocom os pedidos, folhas mortas ou ama-

    reladas so retiradas durante o trabalhode limpeza e, por fim, os vasos so em-balados individualmente e acondiciona-

    dos em caixas de papelo.

    Ao final de bons momentos admiran-do a beleza do cultivo de plantas aqu-

    ticas no sistema hidropnico, nos sur-preendendo com cada detalhe das queconhecamos apenas submersas em

    nossos aqurios, agradecemos pela for-ma carinhosa com que fomos recebidos

    p gRoberto Takeyoshi:

    As plantas no esto na natureza

    apenas para torn-la mais bonita, massim por que fazem parte de um equil-brio.

    Em um aqurio com peixes, no di-

    ferente. Importa se ela est l saudvel,

    oferecendo abrigo e maior equilbrio aoambiente do aqurio.

    Muitos aquaristas j sabem disso emuito mais. Fazem dos peixes em har-

    p , ,

    uma obra de arte viva. O aquapaisagis-mo.

    Mas para quem ainda est comean-

    do com o primeiro aqurio com peixes, sempre importante lembrar das plantastambm.

    Nem que elas apenas faam parte da

    dieta. Pois at para estes casos, existemplantas apropriadas.

    A equipe Aqualon com Roberto Takeyoshi

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    23Revista Aqualon

    Esta foi uma montagem que sempre tive vontade de

    Pi A i

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    24 Revista Aqualon

    fazer, aps ter aprendido a tcnica de abertura delmpadas incandescentes pelo soquete, porm, as lm-padas normalmente encontradas de 40, 60 ou mesmo100 watts eram muito pequenas para execuo, ento,quando minha irm conseguiu uma lmpada de 250watts, o projeto tornou-se vivel por apresentar umarea til interna muito boa e o formato tradicional deuma lmpada. Para aqueles que esto curiosos, essaslmpadas de 250 watts so aquelas utilizadas em re-etores para mesas cirrgicas, por isso no so muitocomuns.

    Nesta montagem, no utilizei camada frtil, pois tinhacerto receio de no conseguir manter o controle, j queo tipo de ambiente desconhecido e a quantidade degua muito pequena. O que z ento foi utilizar areiade ltro de piscina e uma planta que fosse menos exi-gente, de crescimento lento e aspecto agradvel. A quemelhor encaixou nesses requisitos foi a Anubia nana, epara mant-la saudvel realizava trocas parciais ou to-tais de gua no mnimo uma vez por semana, pingando,algumas vezes, um pouco de Tetra Flora Pride.

    Algumas pessoas me perguntavam se teria como colo-car algum habitante, mas, devido ao pequeno volume ea nma superfcie de gua em contato com o ar, seriapraticamente impossvel manter um animal vivo pormuito tempo nesta montagem, cheguei a tentar peque-nos caramujos (physias), porm, sem sucesso.

    No sei precisar o tempo que esta montagem perma-neceu, mas posso dizer que foi quase um ano, e nesteperodo passou por surtos de algas marrons e ciano-bactrias, que neste caso, como o tamanho pequenoe o layout simples, para combater as algas foi mais f-cil desmontar, limpar e remontar a cada surto. Com otempo, acabei desmontado denitivamente, porm, semantivesse os cuidados provvel que pudesse mant--lo por mais tempo.

    Pico AquriosTexto e fotos: Fabio Yoshida

    Ao final de 2005 e incio de 2006, realizei duas montagens que preten-do apresentar-lhes e que ficaram muito famosas na internet, a primeira

    ficou conhecida como Aqurio Bulbo e a segundacomo Aqurio Tubo.

    Essas montagens ficaram famosas pela inovao, aparente dificuldadede execuo, e, claro, pelo resultado final muito agradvel.

    Aqurio Bulbo

    Setup:Aqurio: Bulbo de uma

    lmpada de 250 W.Dimenses: ~79 mm de

    dimetro.Volume: ~250 ml.

    Substrato: areia de ltro

    de piscina.Fertilizao: Tetra FloraPride administrada espo-

    radicamente.Iluminao: indireta, mas

    ministrada diretamente alguns diaspor semana.

    Flora: Anubias nana

    Aqurio Tubo Esta montagem tambm surgiu dei i h

    Para aqueles que tem um pro-d d

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    q

    Setup:Aqurio: Tubo para or com suporte.

    Dimenses: cilndrico 140x37 mm.Volume: ~150 ml (nominal).Substrato: areia de ltro de

    piscina.Fertilizao:

    Tetra Flora Prideadministrada

    esporadicamente.Iluminao:

    indireta (ao ladodo meu aqurio

    plantado).Flora: Lilaeopsis

    brasiliensis.

    um comentrio que z com minhairm sobre uma idia que tinha, en-to ela passando por uma loja de 1,99,deparou-se com este suporte para orem forma de tubo de ensaio.

    Como o recipiente desta vez era maisalto e no queria repetir a mesma plantada montagem anterior, precisava acharuma que fosse menos exigente, de cres-cimento lento e folhas compridas. A quemelhor encaixou nesses requisitos foi aLilaeopsis brasiliensis.

    Tambm sem camada frtil, utilizei areia de ltrode piscina como substrato principal, outra diferen-a entre esta e a outra montagem que nesta acabeicolocando um hardscape, que nada mais foi que umapequena pedra de mrmore.

    Devido ao tamanho restrito, tambm no coloqueifauna e a manuteno eram trocas parciais ou totaisno mnimo uma vez por semana. No intuito de man-ter as plantas saudveis por mais tempo, ministravaesporadicamente gotas de Tetra Flora Pride.

    A montagem do tubo perdurou por menos tempo,devido a um descuido meu, em uma poca de temposeco a gua acabou evaporando e matando as plantas,ento, acabei por desmontar permanentemente.

    Essas duas montagens me trouxeram inesperada-mente uma graticao muito grande, pois at hojecircula pelos fruns e blogs americanos, poloneses,rabes, vietnamitas, taiwaneses, venezuelanos, bo-livianos etc. as fotos e comentrios dessas monta-gens. E para minha grata surpresa, uma delas acabouse tornando capa de um livro sobre mini aqurios etambm a publicao das fotos na Tropical Fish Ho-bbyist Magazine.

    jeto que considera inovador,inusitado ou at um poucolouco e que, comentandocom amigos ou conhecidos,acaba sendo desestimuladopor ser taxado de imposs-vel ou loucura, digo que es-tude melhor, amadurea-oe execute, tendo um resul-tado positivo, publiquenos fruns, blogs e mdias

    sociais, pode ser que tenhaum retorno to agradvel quanto eu tive

    com essas duas montagens.

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    A Revista Aqualon poder ser baixada gratuita-mente em arquivo PDF pela internet atravs do sitewww.aqualon.com.br ou atravs dos nossos parcei-ros que nos ajudam a divulgar o aquarismo.www.aquafloripa.comwww.aquaflux.com.brwww.aquahobby.comwww.aquamazon.com.brwww.aquaonline.com.brwww.bettabrasil.com.brwww.forumaquario.com.brwww.hobbyland.bio.br/forumwww.natureaqua.com.brwww.sekaiscaping.comwww.vitoriareef.com.br/forum/index.phphttp://xylema.blogspot.com/Caso queira receber os exemplares impressos nacomodidade de sua casa, basta se tornar um colabo-rador desta revista.O valor anual ser de R$ 25,00, o que dar direito a4 edies da revista.Caso haja interesse, entre em contato atravs do e-mail: [email protected]

    EXPEDIENTE:

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    Revista Aqualon uma publicao da Aqualon - Aquaris-mo em Londrina. Com distribuio gratuita, visa divulgaro aquarismo em todos os seus segmentos, desde os aquriospropriamente ditos at os aspectos ecolgicos que o hobbyabrange.

    Editor: Rony Suzuki

    Coordenao: Americo Guazzelli e Rony Suzuki

    Projeto grfico e diagramao: Evandro Romero e RonySuzuki

    Periodicidade: Trimestral

    Tiragem: 2500 exemplares

    Reviso: Americo Guazzelli

    Fotografia: Americo Guazzelli, Chantal Wagner Kornin,Cinthia Emerich, Fabio Yoshida, Mauricio Xavier de Al-

    meida, Ricardo Borges, Rony Suzuki.

    Ilustrao: Marc

    Colaboraram nessa edio: Americo Guazzelli, ChantalWagner Kornin, Cinthia Emerich, Cristina Midori Ya-mato, Fabio Yoshida, Livio Nakano, Mauricio Xavier deAlmeida, Roberto Takeyoshi e Rony Suzuki.

    Para anunciar na revista: [email protected](43) 3026 3273 - Rony Suzuki

    Colaboraes e sugestes: Somente atravs do e-mail:[email protected]

    As matrias aqui publicadas so de inteira responsabilida-de dos autores, no refletindo necessariamente a opinio daRevista Aqualon. No publicamos artigos pagos, apenas oscedidos gratuitamente para desenvolver o aquarismo.

    Permite-se a reproduo parcial ou total dos artigos e outrosmateriais divulgados na revista desde que seja solicitada suautilizao e mencionada a fonte.

    * No solte peixes, plantas ou qualquer outro ani-mal aqutico nos rios ou lagos. A soltura dessesanimais pode causar impactos ambientais muitosrios, prejudicando fauna e ora nativa!

    * No superalimente os seus peixes, pois o excessode alimento pode poluir a gua do seu aqurio.

    * No compre raes vendidas em saquinhos pls-ticos transparentes. A luz retira todas as vitaminase protenas da rao. Estas tambm no possuem

    prazo de validade. Procure comprar raes de boaqualidade que voc notar a diferena na sade deseus animais.

    * No Superpovoe o aqurio, pois o excesso depeixes debilitar todo o sistema de ltragem do

    aqurio, podendo levar seus peixes morte.

    * No compre peixes que estejam em aquriosque tenham peixes doentes ou mortos. Eles podemtransmitir doenas para todos os peixes que voc jpossui em seu aqurio.

    * No compre peixes por impulso. Pesquise antesa respeito da espcie. Muitas podem ser incompa-tveis com o seu aqurio, seja por agressividade,parmetros da gua ou tamanho do aqurio.

    * No coloque juntas espcies de peixes de pH di-ferentes. Certamente uma delas ser prejudicada,podendo adquirir doenas e contaminar todo o res-tante.

    * No inicie o hobby se no estiver disposto a dis-pensar os cuidados bsicos que os peixes exigem.Com pouco tempo de dedicao obter sucesso eisto se transformar em lazer.

    * Seja observador. preciso conhecer o comporta-

    mento dos habitantes de seu aqurio para se anteci-par aos problemas que possam surgir.

    * Lembre-se: Peixes so seres vivos e no merca-dorias que podem ser descartadas a qualquer mo-mento. Preserve a vida!

    * Finalizando, PESQUISE! Atualmente podemosusar a internet como uma forte aliada para alcanarum aquarismo saudvel e consciente. Temos vriossites/fruns que pregam a prtica correta do aqua-rismo. Citaremos apenas alguns dos mais con-veis, em ordem alfabtica:

    www.aquaux.com.br

    www.aquahobby.comwww.aquaonline.com.brwww.forumaquario.com.br

    Seja um Aquarista Consciente:

    Trigonostigma heteromorpha: Ricardo Borges

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