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APTIDÃO FÍSICA RELACIONADA À SAÚDE DE ESTUDANTES DE ESCOLAS:
PÚBLICA E PARTICULAR
MARTINES, G.A1 ; MOURA, E.F.2
RESUMO
Introdução: O componente da Aptidão Física relacionada à saúde envolve as
capacidades de resistência cardiorrespiratória, força/resistência muscular e flexibilidade. A
análise dessas capacidades físicas se torna importante, uma vez que níveis adequados
parecem prevenir o aparecimento de doenças hipocinéticas ou crônico-degenerativas.
Objetivos: Comparar os níveis de aptidão física relacionados à saúde de crianças e
adolescentes de ambos os sexos e de diferentes níveis socioeconômicos. Metodologia:
Aplicação em 88 escolares, sendo 35 de uma escola particular e 53 de escola pública de
questionário da Associação Brasileira de Empresas e Pesquisas (ABEP) como forma de
identificar o nível socioeconômico, assim como o teste de Corrida e Caminhada de seis’
(minutos), Sit Up e Sentar e Alcançar, com a finalidade de avaliar a capacidade de
resistência cardiorrespiratória, força/resistência muscular e flexibilidade, respectivamente.
Resultados: Observou-se que os alunos provenientes da escola particular apresentam
nível socioeconômico maior, assim como maior resistência cardiorrespiratória em
comparação aos alunos da escola pública. Quanto à flexibilidade, apenas as meninas
apresentaram valores estatisticamente superiores em relação às estudantes da rede
pública. Não houve diferenças quanto à força/resistência muscular. Conclusão: Parece
ficar claro que a resistência cardiorrespiratória é a capacidade física que possui relação
mais estreita com a condição econômica, já que em ambos os sexos as diferenças foram
significativas. Já quanto à flexibilidade, a diferença foi significativa apenas nas meninas,
enquanto a força/resistência muscular não parece apresentar relação alguma.
1- Mestre em Ciências, Docente nas disciplinas de Estudo do Crescimento e Desenvolvimento Humano e de Cineantropometria no curso de Educação Física –
FJAÚ – Faculdades Integradas de Jaú. Jaú / SP – Brasil.
2- Aluno do Curso de Educação Física – FJAU – Faculdades Integradas de Jaú. Jaú / SP – Brasil.
Palavras-chave: Aptidão Física. Doenças Degenerativas. Escolares
ABSTRACT
Introduction: The component of the physical fitness related to health involves the abilitys
of the cardiorespiratory endurance, muscle strength/resistance and flexibility. The analysis
of those physical capacities becomes important once suitable levels seem to prevent the
appearance of hypokinetic or chronic degenerative diseases. Objectives: Compare the
level of physical fitness related to children and teenager health from both gender and from
different socioeconomic levels. Metodology: Application in 88 students, being 35 from a
private school and 53 from a public school, of the questionnaire from the Associação
Brasileira de Empresas e Pesquisas (ABEP) as a form of identifying the socioeconomic
level, as well as the test of the 6 minutes running and walking, Sit Up and Sit and Reach
with the purpose of evaluating the capacities of cardiorespiratory resistance, muscle
strength/resistance and flexibility, respectively. Results: It was observed that the students
from the private school presented higher economic power, as well as higher
cardiorespiratory resistance comparing to the public school students. As the flexibility, just
the girls presented higher statistical values related to the students from the state network.
There was no difference in muscle strength/resistance. Conclusion: It seems to be clear
that the cardiorespiratory resistance is the physical capacity that possesses a closer
relationship with the economic condition, since in both genders the differences were
significant. As about the flexibility, the difference was significant just for the girls, while the
muscle strength/resistance don’t seem to present any relation.
Keywords: Physical Fitness, Degenerative Diseases, Students
1-INTRODUÇÃO
A aptidão física é descrita como a capacidade de executar atividades físicas com energia
e vigor sem excesso de fadiga e, também, como a demonstração de qualidade e
capacidade física que conduzam ao menor risco de desenvolvimento de doenças e
incapacidades funcionais (SILVA, et AL, 2005).
Segundo Guedes (2007), a aptidão física pode ser dividida em dois componentes. O
primeiro corresponde à aptidão física relacionada à saúde e envolve a capacidade física
de resistência cardiorrespiratória, força/resistência muscular e flexibilidade. Já o segundo
componente corresponde à aptidão física relacionada ao desempenho motor e abrange a
capacidade de agilidade, velocidade, potência, coordenação e equilíbrio.
A importância em se analisar os componentes da aptidão física relacionada à saúde, tem
por base que melhores índices cardiorrespiratórios, de força/resistência muscular e
flexibilidade, além de níveis dentro da normalidade de gordura corporal, estão associados
a um menor risco de desenvolvimento de doenças hipocinéticas ou crônico-degenerativas
(GLANER, 2005).
Pitanga (2002) afirma que o ser humano tem ficado cada vez menos dependente de suas
capacidades físicas para sobreviver, o qual tem ocasionado drástica redução na
movimentação corporal.
Segundo Guedes et al. (2002), esses dados se tornam preocupantes uma vez que os
valores de aptidão física acima da média populacional afastam o risco de se desenvolver
inúmeras doenças crônico-degenerativas, tais como: câncer, dislipidemia, hipertensão,
coronariopatias, diabetes, osteoporose e obesidade.
Nelson et al. (2006) acreditam que a redução nos níveis de prática de atividade física está
relacionada as formas de entretenimento mais passivas, como: televisão, jogos
eletrônicos, internet e outras atividades sedentárias, o qual, não desenvolvem os valores
de aptidão física. Essas atividades, especificamente em crianças e adolescentes, estão
substituindo as brincadeiras e atividades físicas realizadas antigamente ao ar livre
(NAHAS, et al. 1995; SILCA; MATSUDO; ARAÚJO, 1998 MALINA, 2000).
Visando a promoção da saúde coletiva, optou-se pela utilização dos testes adotados pelo
Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR). A utilização desses testes se deu pela facilidade na
quantificação dos dados e por não necessitar de equipamentos sofisticados.
2-OBJETIVO
O objetivo do estudo foi comparar os níveis de aptidão física relacionados à saúde de
crianças e adolescentes de diferentes níveis socioeconômicos, de ambos os sexos e com
idades entre 10 a 12, anos provenientes de uma escola pública e de outra particular de
duas cidades paulistas.
3-METODOLOGIA
A coleta dos dados foi realizada de forma transversal, na qual os indivíduos são avaliados
apenas uma vez e os dados são posteriormente analisados. O público-alvo deste estudo
foi constituído por escolares de ambos os sexos, regularmente matriculados em duas
escolas de ensino fundamental da região de Jaú. Uma das escolas é particular e está
localizada na cidade de Jaú/SP. A outra escola é pública e está localizada no município
vizinho de Barra Bonita/SP. A amostra foi composta por 88 escolares, sendo 35 da
referida escola particular e 53 provenientes da escola pública.
Os pesquisadores enviaram um documento a cada uma das escolas explicando os
procedimentos, assim como o objetivo do estudo. Aos alunos foi encaminhado um Termo
de Consentimento Livre e Esclarecido, assim como o questionário da Associação
Brasileira de Empresas e Pesquisas (ABEP, 2014) os quais deveriam ser assinados e/ou
respondidos pelos pais ou responsáveis. Adotou-se como critério de inclusão ao estudo a
devolutiva dos documentos assinados e/ou respondidos, assim como a afirmação de cada
indivíduo em não possuir nenhuma restrição quanto à aplicação dos testes.
Variáveis Sociodemográficas
Como forma de identificar o nível econômico das crianças e adolescentes foi
aplicado o questionário da ABEP, que utiliza como critérios o grau de instrução do chefe
da família e a posse de itens, sendo conferido um escore para cada resposta. A soma dos
escores obtidos em cada item, permite a classificação dos indivíduos em classes
econômicas, de acordo com a tabela 1. (ABEP, 2014).
Visando reduzir os subníveis socioeconômicos, optou-se por classificar a amostra
apenas em classes econômicas de A a E, onde as subdivisões de A1 e A2 fariam parte
apenas da classe A. O mesmo ocorreu com as classes B e C.
Tabela 1: Classificação do nível econômico de acordo com os critérios da ABEP
Classes econômicas Pontuação
A1 42 - 46
A2 35 - 42
B1 29 – 34
B2 23 – 28
C1 18 – 22
C2 14 – 17
D 08 – 13
E 00 – 07
Variáveis antropométricas
As variáveis antropométricas, cujos valores estão apresentados na Tabela 1, constituíram-
se em massa corporal (kg) e estatura (m). A massa corporal foi mensurada em balança
antropométrica mecânica da marca Filizola, calibrada com escala de 100 gramas. Para a
estatura, utilizou-se um estadiômetro composto por uma fita métrica não elástica, de 2
metros (escala de 1 mm). A partir destes dados, calculou-se o Índice de Massa Corporal
(IMC).
Variáveis de Aptidão Física
Para avaliação da Aptidão Física relacionada à Saúde, utilizou-se os indicadores
de resistência cardiorrespiratória, força/resistência muscular e flexibilidade (PROESP-BR,
2014).
Utilizou-se o teste de corrida/caminhada de 6 minutos para aferição da resistência
cardiorrespiratória dos alunos, onde na quadra das escolas, em poder de uma trena
métrica, foi demarcada uma pista de atletismo. Os alunos foram orientados a “tentar”
manter uma mesma velocidade de corrida durante o teste, evitando assim “piques” de
velocidade seguidos por longas caminhadas, porém, tal procedimento é permitido de
acordo com o teste. Os alunos deveriam percorrer o maior trajeto possível durante os 6
minutos de teste. Ao final do teste, o avaliador soava um apito e os alunos deveriam
permanecer no local para que a aferição da quantidade de metros percorridos fosse
anotada.
Para aferição da força/resistência muscular localizada, utilizou-se do teste
denominado de “Sit-Up”, ou teste de resistência abdominal, onde os alunos se
posicionavam em decúbito dorsal com os joelhos flexionados a 45 graus e com os braços
cruzados sobre o tórax. O avaliador segurava o tornozelo dos avaliados fixando-os ao
chão. Ao sinal do avaliador, os estudantes deveriam realizar o maior número possível de
abdominais em um minuto. Uma repetição seria considerada como válida sempre que o
avaliado tocasse o cotovelo nas coxas.
Já a flexibilidade foi quantificada por meio do teste denominado de “Sentar e
Alcançar”, onde uma fita métrica foi esticada no solo. Na marca dos 38 centímetros desta
fita, foi colocada uma segunda fita na perpendicular com 30 cm. Os estudantes deveriam
estar descalços com os calcanhares posicionados sobre a marca de 38 cm da primeira
fita e distantes 30 centímetros (tamanho total da segunda fita). Com os joelhos estendidos
e as mãos sobrepostas, os avaliados deveriam inclinar-se lentamente à frente o mais
distante possível. O teste foi executado duas vezes, onde se anotava o maior valor obtido.
Para a análise estatística, utilizou-se o programa Microsoft Excel for Windows 8.0,
onde foi utilizado o teste “t” de Student para amostras independentes, como forma de
averiguar se houve diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos
amostrais. Utilizou-se um nível de significância de 5% (p>0,05).
4-RESULTADOS
A média de idade apresentada pelos escolares do sexo feminino e do sexo
masculino está representada na tabela 2. Verificou-se a homogeneidade dos valores já
que a diferença entre os estudantes não foi estatisticamente significativa.
Tabela2: Média de idade dos alunos
_______________________________________________________________
Feminino Masculino
Escola Pública Escola Particular Escola Pública Escola Particular
11,5(±0,6) 11,2(±0,7) 11,4(±0,6) 11,3(±0,8)
p=0,08 p=0,65
*p<o,o5
Assim como os valores de idade, as variáveis antropométricas e de crescimento
físico das estudantes não apresentaram diferenças estatisticamente significantes,
deixando nítido que o maior nível socioeconômico presente pelas estudantes
provenientes da escola particular não se reverteu em benefícios adicionais nessas
variáveis (Tabela 3). Na tabela 4, valor obtido pelos meninos, observa-se fenômeno
similar ao apresentado pelas meninas.
Tabela 3: Variáveis antropométricas e crescimento físico das meninas de escola pública e
particular
Escolares Estatura (cm) Peso (kg) IMC (kg/m²)
Pública 154,1(±6,7) 44,58(±9,9) 18,3(±3,2)
Particular 153,4±(8,0) 45,60(±10,9) 19,2(±3,9)
p=0,74 p=0,75 p=0,45
*p<0,05
Tabela 4: Variáveis antropométricas e crescimento físico dos meninos de escola pública e
particular
Escolares Estatura (cm) Peso (kg) IMC (kg/m²)
Pública 149,1(±26,3) 46,82(±17,6) 19,4(±5,3)
Particular 155,4(±9,0) 54,00(±16,6) 20,4(±3,9)
p=0,35 p=0,50 p=0,50
*p<0,05
Quanto aos componentes de aptidão física relacionada à saúde das meninas,
observam-se diferenças estatisticamente significantes quanto à flexibilidade e a
resistência cardiorrespiratória em favor das estudantes provenientes da escola particular.
Os valores apresentados no teste Sit-UP que analisa a capacidade de força/resistência
muscular não apresentou divergências entre os dois grupos (Tabela 5).
Tabela 5: Componentes da aptidão física relacionados à saúde das meninas
Escolares Sentar-e-alcançar Teste de corrida/ Sit-Up
(cm) Caminhada de 6’ (m) (repetições)
Pública 34,6(±9,8) 840(±160) 24,1(±6,7)
Particular 42,0(±9,6) 937(±134) 26,4(±6,1)
*p=0,01 *p=0,03 p=0,24
*p<0,05
De forma similar, nota-se que os meninos provenientes da escola particular também
apresentaram valores superiores quanto a resistência cardiorrespiratória determinado por
meio do teste de corrida/caminhada de 6’, porém não ocorreu divergências quanto as
capacidades de flexibilidade e de força/resistência muscular determinadas pelos testes de
Sentar e Alcançar e Sit-Up, respectivamente (Tabela 6).
Tabela 6: Componentes da aptidão física relacionados à saúde dos meninos
Escolares Sentar e alcançar Teste de corrida/ Sit-Up
(cm) Caminhada de 6’ (m) (repetições)
Pública 29,2(±9,5) 890(±182) 32,7(±12,9)
Particular 30,7(±10,7) 1045(±315) 31,2(±8,1)
p=0,62 *p=0,04 p=0,66
*p<0,05
Quanto as variáveis sociodemográficas, observa-se uma condição econômica
superior dos alunos provenientes da escola particular em relação aos alunos da rede
pública de ensino. Apesar desta diferença, a maioria dos estudantes de ambas as escolas
pertenciam à classe econômica B, o qual abrange os níveis B1 e B2.
Tabela 7: Classificação do nível econômico da amostra
Classe econômica n° de Escolares %
Particular Estadual Particular Estadual
A (A1+A2) 4 --- 11,4 ---
B (B1+B2) 28 40 80,0 75,5
C (C1+C2) 3 10 8,6 18,9
D --- 3 --- 5,6
E
TOTAL 35 53 100 100
5-DISCUSSÃO
Flexibilidade
A flexibilidade apresentou diferenças significativas entre as meninas, com valores
superiores naquelas regularmente matriculadas na escola privada em comparação as
alunas da escola pública. Entre os meninos, percebe-se que os valores não apresentaram
divergências, porém, independentemente do local onde estudavam, ambos obtiveram
uma média de alcance no teste “Sentar e Alcançar” inferior às meninas.
Serassuelo Júnior et al. (2005) avaliaram a flexibilidade de crianças e adolescentes de
alto nível socioeconômico da cidade de Londrina/PR. O resultado do estudo apontou que
33% das crianças e 20,5% dos adolescentes não atingiram os critérios mínimos
recomendados para a saúde. Ronque et al. (2007) analisaram também crianças de alto
poder socioeconômico e concluíram que mais de 30% não atendiam aos critérios
estabelecidos de saúde.
De forma inversa, Petroski et al. (2011) avaliaram adolescentes dos 14 aos 17 anos de
idade pertencentes a um nível socioeconômico médio e baixo. Do total de indivíduos
avaliados, mais de 40% deles não atingiram os critérios recomendados para a saúde.
Indicadores satisfatórios de flexibilidade e de força/resistência muscular são de extrema
importância já que parecem oferecer algum tipo de proteção, principalmente quanto a
lombalgias e desvios posturais, além de estarem associados à melhoria de muitas tarefas
do cotidiano (PATE, et al. 1995).
Resistência Cardiorrespiratória
A resistência cardiorrespiratória parece possuir uma relação direta com o melhor
nível socioeconômico, já que no presente estudo observa-se uma diferença
estatisticamente significativa em favor dos estudantes provenientes da escola particular
em relação aos estudantes da escola pública em ambos os sexos.
Dorea et al. (2007) avaliando meninos e meninas de uma cidade com baixo Índice
de Desenvolvimento Humano (IDH) concluíram que 85% dos meninos e 79% das
meninas não atendiam aos padrões de saúde. De forma similar, Petroski et al. (2011)
observaram que 66% do grupo amostral também não atendiam aos critérios. Glaner
(2005) analisando escolares da cidade de Chapecó/SC, o qual possui um bom IDH,
observou uma situação um pouco melhor, porém não confortável, já que 43,7% dos
adolescentes apresentavam baixos níveis de aptidão cardiorrespiratória.
Estudos têm demonstrado que bons indicadores de resistência cardiorrespiratória
parecem afastar inúmeros fatores de risco à saúde relacionada ao aparecimento e
desenvolvimento de disfunções crônico-degenerativas (CARNETHON, et al. 2003 ;ROSS;
KATZMARZYK, 2003)
Força/Resistência Muscular
Quanto à força/resistência muscular, os valores obtidos pela amostra em ambos os
sexos mostram que não houve diferenças significativas entre os estudantes provenientes
das diferentes instituições de ensino.
Petroski et al. (2011) verificaram em seu estudo que 98,4% dos adolescentes, tanto
do sexo feminino quanto masculino, não atenderam aos critérios mínimos estabelecidos
para saúde no teste de abdominais modificado em 1 minuto. Esses valores foram
superiores aos encontrados em um estudo que analisou a força/resistência muscular de
adolescentes residentes em cidades com maiores IDH (GUEDES, et al. 2002).
6-CONCLUSÃO
Quanto à flexibilidade, parece ficar claro que as meninas apresentam uma
capacidade superior aos meninos. Além disso, as meninas provenientes da escola
particular apresentaram valores maiores e estatisticamente significativos em comparação
as estudantes da escola pública.
Dentre todos os componentes da aptidão física, a resistência cardiorrespiratória é a
que parece possuir uma relação mais estreita com a condição econômica, já que em
ambos os sexos os valores apresentados pelos estudantes da escola particular
apresentaram valores estatisticamente superiores aos apresentados pelos estudantes da
rede pública de ensino.
De forma inversa, a força/resistência muscular parece ser o componente que
menos possui relação com a condição econômica, já que não houve diferença
significativa em nenhum dos grupos avaliados.
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