aps. sobre o parque nac. da tijuca - elaboração de plano de ação
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ELABORAO DE PLANO DE AO
2006JULHO
em unidades de conservao
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ELABORAO DE PLANO DE AO
em unidades de
conservao
2006JULHO
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Elaborao de plano de ao em unidades de conservao
Esta publicao est disponvel em www.ibase.br
Julho de 2006
EXECUO
Instituto Brasileiro de Anlises Sociais e Econmicas(Ibase)
Linha de Ao: 4.2 - Educao Ambiental na Gesto Participativa: fortalecimento do conselhoconsultivo do Parque Nacional da Tijuca Projeto gua em Unidade de Conservao, proje-
to-piloto para a Mata Atlntica: Parque Nacional da Tijuca
COORDENAO
Nahyda Franca
EQUIPE TCNICA DA L4.2
Carlos Frederico B. Loureiro
Marcus Azaziel
Laila Souza Mendes
Claudia Fragelli
Joelma Cavalcante de Souza
COLABORADORAS DA L 4.2
Denise Alves
Ana Lucia Camphora
Marta de Azevedo Irving
EDIO
Iracema Dantas
TEXTO
Nahyda Franca
COLABORAO
Marcus Azaziel
REVISOMarcelo Bessa
PROJETO GRFICO E DIAGRAMAO
Guto Miranda
CAPA
Flix Emlio Taunay - Vista da Me Dgua.
leo sobre tela, coleo do Museu Nacional de
Belas Artes.
PATROCNIO
Programa Petrobras Ambiental
Instituto Brasileiro de Anlises Sociaise EconmicasAvenida Rio Branco, 124, 8 andar, CentroCEP 20040-916Rio de Janeiro RJTel.: (21) 2509-0660 Fax: (21) 3852-3517E-mail: [email protected]
Site: www.ibase.br
Instituto TerrazulIlha da Gigia, casa 18, Barra da TijucaCEP 22640-310Rio de Janeiro RJTelefax: (21) 2493-5770E-mail: [email protected]: www.institutoterrazul.org.br
Parque Nacional da TijucaEstrada da Cascatinha, 850CEP 20531-590Rio de Janeiro RJTel.: (21) 2492-5407 / 2494-2253
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ApresentaoO fortalecimento da gesto participativa em unidades de conservao: o papel do Ibase
Metodologia para formulao de planos estratgicos: consideraes iniciais
O que um planejamento?Planejar para qu?O planejamento participativo
Metodologia participativa para a elaborao de plano de aoRegras bsicas para oficina de planejamentoCinco passos metodolgicos
Referncias
SUMRIO
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PROJETO GUA EM UNIDADE DE CONSERVAO 5
O FORTALECIMENTO DA GESTO PARTICIPATIVA EM UNIDADES DE
CONSERVAO: O PAPEL DO IBASE
O centro e a referncia bsica do trabalho do Ibase so o fortalecimento da demo-
cracia. Uma de suas estratgias para cumprir tal misso a qualificao de pessoas e
grupos estratgicos com capacidade de intervir em processos que contribuam para a
construo de uma sociedade mais democrtica.
Espaos colegiados e descentralizados de gesto, como conselhos de direitos, soinstncias privilegiadas do exerccio da democracia e da participao. Nesse sentido,
o papel do Ibase em aes voltadas para o fortalecimento da gesto participativa em
unidades de conservao (UC) tem sido criar as condies necessrias que facilitem
a interlocuo entre os diferentes atores envolvidos.
A metodologia proposta pelo Ibase, em consonncia com a Coordenao Geral
de Educao Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos
Naturais Renovveis (Ibama), para atuao em UC, parte da criao coletiva de um
espao sistemtico de conversao, explicitao e negociao de diferentes interesses e
da aprendizagem compartilhada, envolvendo variados saberes e referncias. Por meiode prticas e metodologias participativas, a linha de ao busca alternativas tcnicas
e polticas capazes de aprimorar prticas sociais e fortalecer a gesto democrtica do
Parque Nacional da Tijuca (PNT).
A educao ambiental utilizada como um instrumento que contribui para dispo-
nibilizar informaes qualificadas e atualizadas, compartilhar percepes e compre-
enses e ampliar a capacidade de dilogo e de atuao conjunta comprometida com
a misso de uma UC.
Com esse objetivo, algumas apostilas foram elaboradas para apoiar o processo. Este
texto parte de um conjunto de cinco apostilas produzidas no mbito do projeto gua
em Unidade de Conservao. Tem o propsito de contribuir para o processo educativo
que a linha de educao ambiental do referido projeto estabelece com os membros
do conselho consultivo do PNT e parceiros estratgicos. Inclui-se nas iniciativas de
fortalecimento desse conselho e da gesto participativa do parque.
NAHYDA FRANCAPesquisadora do Ibase e coordenadora da Linha de Ao 4.2 Educao Ambientalna Gesto Participativa: consolidao e fortalecimento do conselho consultivo.Projeto gua em Unidade de Conservao, Parque Nacional da Tijuca
APRESENTAO
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Com a abertura democrtica, no campo da administrao pblica h uma tendncia
que vem se tornando uma exigncia implantao de um novo tipo de organizao
pblica. Um dos elementos mais importantes dessa maneira de como se organizam
e como se prestam os servios pblicos a abordagem voltada aos(s) cidados(s) e
aos(s) usurios(as) dos servios.
Fala-se em governana, ou seja, um modo de governar que no se limita ao poder
j estabelecido do Estado, mas que abre espao para interao entre o poder pblicoe a sociedade organizada, no sentido de dar a esta a possibilidade de intervir em te-
mas de natureza estratgica para a localidade onde se vive. Tecnologias avanadas de
comunicao podem ser um instrumento para a democratizao das informaes,
mantendo usurios e usurias dos servios pblicos aptos a controlar as aes de
governo (controle social).
Quando se elabora e se implementa um plano estratgico para um municpio, por
exemplo, que trata de seu desenvolvimento futuro, a partir de uma abordagem que
envolve tanto o Estado como a sociedade civil, fala-se de uma viso de futuro e de
mundo que mais democrtica.Tudo isso exige pensar sobre um conjunto de instrumentos e mtodos que diferentes
grupos sociais, especialmente os mais pobres e vulnerveis, precisam conhecer e operar
a fim de que possam estar preparados para participar dos espaos institucionais que
se abrem e para exercer a regulao democrtica (Villas Boas, 1996).
Para enfrentamento das questes do campo socioambiental, no suficiente boas
intenes. cada vez mais evidente a necessidade de se elaborarem bons projetos dentro
de um plano administrativo e de ter competncia tcnica. As possibilidades de imple-
mentao de um plano aumentam se h qualidade nos projetos que o compem. Quanto
mais claras e concretas forem a identificao de uma determinada situao-problema e
a formulao e redao dos projetos, maior a chance de esses mesmos projetos serem
apoiados em sua execuo e maior se torna o grau de implementao do plano.
A efetividade de toda ao transformadora depende de uma dimenso
tcnica dada pelas competncias exigidas no s no planejamento, quanto
na implementao e na avaliao dos projetos sociais. Mas tambm requer
uma viso crtica capaz de questionar a todo momento o sentido do nosso
agir. O compromisso tico exige que as nossas aes tenham resultados
efetivos; que possam contribuir para a transformao positivadas
condies sociais e que estejam comprometidas com os anseios do pblico-
alvo. Esta a dimenso tica subjacente aos projetos sociais.
(Oficina Social, 2002, p. 14. Os destaques so nossos)
METODOLOGIA PARA FORMULAO DE PLANOSESTRATGICOS: CONSIDERAES INICIAIS
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PROJETO GUA EM UNIDADE DE CONSERVAO 7
No se pode, no entanto, pretender a continuidade das iluses de que planos e
projetos bem feitos bastaro para a soluo de necessidades, problemas e impactos
sociais e na natureza em geral. Planos, quando bem conduzidos, podem impulsionar
algumas mudanas, at mesmo inici-las, mas para que toda a mudana desejada
ocorra necessrio ter as condies polticas e econmicas que lhe dem suporte econtinuidade. A competncia tcnica deve buscar, ainda, compreender e absorver o
saber acumulado de quem ser beneficiado pelo plano ou pela proposta. Nesse sentido,
os mtodos participativos ajudam a obter sucesso na melhoria da situao-problema
a ser enfrentada.
A participao uma conquista e um direito de cidadania e o que vai garantir
uma governabilidade mais democrtica. A participao na gesto, alm de contribuir
na educao poltica, faz avanar os direitos sociais da populao brasileira.
Uma vez obtidas as condies citadas anteriormente, torna-se mais possvel a rea-
lizao de prticas sociais transformadoras, sendo o plano geral um guia para ao, oqual pode se desdobrar em vrios projetos.
No necessrio esperar por todas as condies ideais para que a transformao
almejada, pelo plano, se realize. Alguns tipos de projetos podem ser escritos com a
finalidade de se obter ao menos parte dos recursos necessrios para a transformao
desejada.
Afinal, o que um planejamento? Planejar para qu? O que significa um planeja-
mento participativo? As respostas a essas questes compem o contedo especfico
desta apostila de apoio s atividades educativas com conselhos de UC.
Destacam-se, ainda, a utilidade do planejamento e a elaborao de projetos comoinstrumentos de um plano maior. Finalmente, as regras bsicas para aplicao de uma
metodologia participativa para a elaborao de plano de ao so apresentadas, assim
como a descrio dos cinco passos que a compem.
Nada do que apresentado aqui deve ser tratado como uma camisa-de-fora
metodolgica. Os instrumentos e as dinmicas sugeridos devem auxiliar na estrutu-
rao coletiva de uma proposta, sem, no entanto, inibir a criatividade e o bom senso.
O mtodo participativo exigir, necessariamente, flexibilidade na ao, tempo e espao
para que ocorram as trocas e a produo do conhecimento coletivo.
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o trabalho de preparao que antecede o movimento de implementao de algum
programa, poltica pblica ou empreendimento privado. Representa um esforo de
organizao da ao, dando a esta uma direo a ser perseguida.
Ao se planejar, constri-se a viso de futuro sobre determinada questo. As pessoas,
no seu dia-a-dia, costumam planejar e organizar suas aes: muitas fazem isso apenas
mentalmente, outras registram o que pensaram e planejaram em agendas ou dirios.
O importante a destacar que o planejamento representa um empenho anterior ao e ajuda a organizar as idias. Alm disso, durante o processo de planejar,
buscam-se informaes importantes que contribuiro positivamente para o resul-
tado da ao.
Trs perguntas bsicas orientam um planejamento:
> O que queremos?
> O que j temos?
> Como chegar l?
PLANEJAR PARA QU?Quando as aes so planejadas, sabe-se a direo de nossos passos. O planejamento
permite que se trace o caminho por onde se anda e, com isso, perde-se menos tempo
e adquire-se mais confiana e segurana no caminhar. Os obstculos dessa caminha-
da podem ser previstos e sero enfrentados com o auxlio de ferramentas pensadas e
construdas conjuntamente.
O planejamento possibilita a aquisio de um conhecimento prvio e aprofundado
da realidade que se quer transformar e traar as metas e estratgias para alcan-las.
Portanto, para administradores(as) e gestores(as) de toda e qualquer instituio, o
planejamento o principal instrumento de apoio tomada de deciso. Pode-se dizer
que no existe gerenciamento sem planejamento.
No contexto de uma UC
Um plano de ao voltado para a gesto de uma unidade de conservao
cumpre o papel de orientar seus gestores conselho (consultivo ou de-
liberativo), gerncia, corpo tcnico e atores estratgicos na tomada de
deciso conjunta e na implementao de aes que melhor cumpram sua
misso de proteo, recuperao ambiental e interao com as reas e
comunidades de seu entorno.
O QUE UM PLANEJAMENTO?
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PROJETO GUA EM UNIDADE DE CONSERVAO 9
O PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO
Pode-se dizer que a preparao dos indivduos para sua organizao e interveno
em processos decisrios existentes permite a participao (Fundacin Foro Nacional
por Colombia, 2001):
> em atividades que geram intervenes na tomada de deciso no Estado, levandoo(a) cidado() a exercer o controle do poder poltico;
> como cidado() ou como parte de um grupo especfico de cidados(s), na
esfera pblica, no necessariamente vinculada institucionalidade do Estado,
em funo dos interesses particulares;
> em organizaes de carter comunitrio, que resulta na defesa de seus interesses
e na busca da gesto do seu prprio desenvolvimento.
A participao algo que se aprende e se aperfeioa por meio de
sua promoo.
Quando dada a devida prioridade ao planejamento participativo para planejar
aes concretas voltadas para o fortalecimento da cidadania e a melhoria das con-
dies de vida de uma determinada localidade, com nfase no percurso, em relaes
mais democrticas e solidrias, podemos denominar esse processo como participao
cidad. Ele exigir mudanas do indivduo que dele participa; do grupo, exigir a
transformao coletiva.
Como o prprio nome indica, o planejamento participativo se remete a esse prin-
cpio fundamental da participao. uma vivncia coletiva onde todos e todas com-partilham idias e conhecimentos, socializam ideais, do sugestes e tomam decises
sobre o que fazer.
Fazer parte nas tomadas de deciso, acompanhar o desenvolvimento de um projeto
ou plano de ao e, ainda, compartilhar as atividades geradas por meio das decises
coletivas tomadas so etapas do processo de um planejamento participativo. Nesse
sentido, a opo por metodologias participativas gera uma aprendizagem que poten-
cializa, ao mesmo tempo, o indivduo e o grupo.
Potencializar o indivduo significa favorecer a construo de conhecimento, esti-
mular a troca de saberes e incentivar mudanas de comportamento (transformao
individual) o indivduo se descobre com poder para agir. J o fortalecimento do
grupo se relaciona com os laos de confiana e de cooperao que so criados e de
interao e articulao que so construdos entre as pessoas e organizaes partici-
pantes. O grupo se fortalece com os avanos do processo e, ao se fortalecer, expande
seu poder de influncia.
Mais do que uma tcnica, o planejamento participativo nos fala de postura, de
modos de agir e pensar que podem levar o grupo que o vivencia a se fortalecer. uma
atividade na qual a co-responsabilidade, o compromisso com o sucesso das aes
que esto sendo planejadas e o compartilhamento do poder de deciso so aspectos
relevantes de todo o processo. um momento de construo coletiva da misso do
grupo, de explicitar o seu papel social, de propor mudanas e decidir junto.
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Nos comits de bacia hidrogrfica e em UC, o frum legalmente constitudo
pelos conselhos gestores um espao democrtico adequado ao uso
do planejamento participativo.
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Essa metodologia, na forma exposta nesta apostila, serve para a organizao de uma ou
mais oficinas de planejamento. O tempo dedicado a isso variar conforme as condies
disponveis. Da oficina, resultar um esboo de plano de ao que depois poder ser
revisado, complementado e, ento, ter uma redao definitiva.
REGRAS BSICAS PARA OFICINA DE PLANEJAMENTO
> Trabalhar sempre em grupo o relacionamento coletivo o que permite a tro-ca de idias e vivncias e propicia o crescimento de cada um(a) e de todos(as),
alm de um produto que espelha a vontade e a vocao do grupo. Os resulta-
dos, frutos de um trabalho coletivo, so mais fortes e tm mais chances de se
implementarem com sucesso. Alm disso, a gente precisa descobrir o valor da
flexibilidade no relacionamento coletivo, seja ele particular ou profissional. Ao
adquirir essa flexibilidade, a gente percebe que o aprendizado constante uma
caracterstica bsica da abordagem participativa. Participar se aprende partici-
pando (Pompia, 2005).
> Exercitar algumas aes: ouvir, falar, pensar, argumentar e decidir somosindivduos nicos e, geralmente, temos dificuldades para ouvir o outro, inter-
rompemos a fala de colegas e temos a tendncia a ouvir melhor quem possui
opinies semelhantes s nossas. importante exercitar, no grupo, habilidades
que permitam o dilogo, a troca, a chegada a um consenso ou acordo, ou seja, a
um conjunto de idias que expresse, verdadeiramente, a opinio do grupo.
> Identificar o(a) facilitador(a) escolher uma pessoa que seja bem aceita pelo
grupo e que possa orientar as atividades da oficina indispensvel para que o
grupo caminhe. A pessoa que for a facilitadora deve conhecer bem a metodolo-
gia com a qual vai trabalhar, dominar tcnicas variadas de dinmica de grupo
e provocar os integrantes, incentivando sua participao em todas as etapas do
processo. Um clima agradvel e descontrado fundamental para que todas as
pessoas se sintam vontade e acolhidas.
> Registrar todo o processo importante que todas as etapas do trabalho este-
jam registradas em papel grande, fixadas na parede para que todas as pessoas
possam ver e recordar as decises tomadas. O registro tambm a memria do
grupo e o instrumento que facilitar o encaminhamento posterior do que foi
acordado e decidido.
> Perguntar durante a oficina de planejamento, fundamental fazer perguntas. As
respostas a questes nos permitem tomar conscincia e refletir sobre o dia-a-dia
de nossas aes sociais e modificar algumas crenas e prticas j cristalizadas.
METODOLOGIA PARTICIPATIVA PARAA ELABORAO DE PLANO DE AO1
1 A metodologia descritafoi retirada de materialde planejamentoutilizado pela equipe doPrograma de EducaoAmbiental da AssociaoProjeto Roda Viva RJ.Seu contedo foiadaptado para os fins
e o formato destapublicao.
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CINCO PASSOS METODOLGICOS
Por que mudar?, sonho (misso), diagnstico da realidade, cenrios e
plano estratgico de ao so os cinco passos da metodologia adotada. Ao fim
de cada estratgia proposta, esses passos sero apresentados em blocos-sntese, a
ttulo de complementao, adaptados ao tema gesto participativa em unidade deconservao (UC).
Por que mudar?
Ao propor uma discusso a respeito dessa indagao, o grupo explicita a necessidade
e o desejo de mudar, alm de analisar as causas dessa necessidade. Em geral, nessa
etapa, um breve histrico da instituio e da evoluo do trabalho necessrio para
a compreenso do que levou o grupo a propor mudanas.
Estratgia Montar uma mesa-redonda com especialistas convidados(as) ou com
alguns dos(as) participantes do grupo. As pessoas que compem a mesa tm o papelde iniciar um debate com o grupo, refletindo sobre a necessidade de mudar. Essa
estratgia pode ser substituda por um debate a partir da exibio de uma fita de
vdeo que provoque no grupo a mesma reflexo.
No contexto da UC
Propor uma discusso a respeito da pergunta:
> Por que propor mudanas para a gesto desta UC?
Essa pergunta pode ser complementada com outras:
> Quem somos e por que estamos no conselho?> Que aspectos internos ao funcionamento do conselho da UC precisam
ser considerados para torn-lo participativo?
> Quanto aos aspectos externos, quais ameaas e oportunidades podem
interferir no funcionamento do conselho desta UC?
Registrar as principais questes surgidas durante o debate.
A partir desta etapa, ser escrita a introduo do plano de ao.
Sonho (misso)
O convite ao sonho tem como objetivo a construo da utopia comum ao grupo. A
resistncia inicial para o sonho comum e reflete uma dificuldade natural do ser
humano de deixar de lado os problemas e entraves do cotidiano.
H uma tendncia a se iniciar, imediatamente, a exposio dos problemas que a
realidade apresenta. importante sensibilizar o grupo para viver um momento de
delrio, no qual o idealser explicitado.
O sonho do grupo ser a soma dos sonhos individuais compartilhados. Desse
sonho saem a misso do grupo e a direo que ele deseja seguir.
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PROJETO GUA EM UNIDADE DE CONSERVAO 13
Estratgia 1 Preparao do grupo para sonhar. Apresentar ao grupo uma msica,
um poema ou texto que tenha como tema o ato de sonhar.
Estratgia 2 Apresentar uma questo registrada em folha de papel grande e pedir
para que todas as pessoas falem o que sentem e o que primeiro lhes vem cabea
como resposta quela questo (tempestade de idias).
No contexto da UC
Apresentar a seguinte questo para o grupo: Qual o nosso sonho para
esta UC? Aonde queremos chegar?.
> registro fiel de todas as idias surgidas.
> sistematizao do sonho comum do grupo.
Estratgia 3 Compartilhar as idias registradas agrupando os aspectos comuns.
> registrar de forma mais organizada as idias que surgiram no sonho, criandolistagens separadas por categoria dos aspectos comuns.
Diagnstico da realidade
Esse passo da metodologia consiste na reunio de dados e informaes sobre a realidade
que se tem hoje, a sua anlise e sistematizao.
Conhecer a realidade o primeiro passo para transform-la!
Diversas so as fontes de coleta das informaes sobre a realidade: o conheci-mento e/ou saber trazido por cada integrante do grupo, a consulta a publicaes
especficas e a especialistas da rea e a busca de dados oficiais por meio de pesquisa,
envolvendo pessoas, grupos, universidades e instituies formais que trabalham com
o tema. Igrejas, associaes de bairro, centros educativos e culturais, escolas, grupos
associativos e lideranas tambm so importantes fontes de informao.
preciso reconhecer que no se pode esgotar o conhecimento da realidade, mas
importante que o grupo faa, em conjunto, uma anlise dos problemas que hoje o
impedem de trabalhar a contento. Essa anlise no pode ser feita apenas baseada no
senso comum do grupo, importante apoi-la com dados concretos para que adquira
maior credibilidade.
fundamental que se identifique tambm a potencialidade da realidade local, o
que ela tem de positivo que possa vir a reforar a ao que se deseja desenvolver. Os
resultados j obtidos por meio de aes passadas devem ser destacados e utilizados
como argumentos de estudo da realidade. O conhecimento da realidade poder ser
aperfeioado durante a implementao do plano.
Estratgia 1 Propor ao grupo um jogo de simulao de papis. Montar uma mesa-
redonda na qual se discutir a situao atual a respeito de determinada questo. A
mesa ser composta de representantes dos diferentes setores da organizao equipe
de direo, do corpo tcnico, colaboradores(as), voluntrios(as) quando houver,
outros(as) funcionrios(as) etc.
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INSTITUTO BRASILEIRO DE ANLISES SOCIAIS E ECONMICAS > IBASE14
Estratgia 2 Uma parte do grupo compor a mesa, e a outra parte ficar como
observadora da discusso. preciso escolher algum que no participar das dis-
cusses, mas registrar os principais pontos levantados.
Estratgia 3 Compartilhar as idias registradas agrupando os aspectos comuns e
criando listas de assuntos e/ou problemas.Estratgia 4 Propor ao grupo diferentes estratgias de enriquecimento dos argu-
mentos apresentados pelos componentes da mesa: pesquisa bibliogrfica, entrevistas
com pessoas-chave, levantamento de dados em rgos pblicos e/ou privados,
associaes de bairro, entidades de pesquisa envolvidas com a questo etc.
> O grupo pode ser subdividido para a realizao dessas tarefas. Um prazo deve ser
dado para a apresentao do resultado obtido.
> Caber a uma ou duas pessoas do grupo a sistematizao e a juno dos dados
obtidos na etapa de pesquisa com aqueles registrados a partir da discusso travada
na mesa-redonda simulada.
Obs.: o jogo de simulao de papis pode ser substitudo por uma palestra, na qual
um(a) ou mais especialistas discutiro com o grupo aspectos da realidade sobre de-
terminada questo. Posteriormente, o grupo poder se dividir para buscar dados que
enriqueam os aspectos abordados pelos(as) palestrantes.
Anlise situacional da UC em questo
Algumas UC brasileiras foram alvo de estudos/pesquisas e possuem le-
vantamentos de dados e informaes qualificadas sobre suas realidades.No caso do PNT, o seu diagnstico socioambiental e de reas do entorno
produzido em 2005, pela Linha de Ao 4.2 do projeto gua em Unidade
de Conservao, uma importante fonte atualizada para a construo desse
item da proposta. Outras fontes citadas nas referncias bibliogrficas deste
documento tambm podem ser consultadas.
Para complementar essa etapa, pode-se ainda subdividir o grupo e propor
a discusso em torno da questo:
> se nada for feito, o que acontecer com esta UC?
A resposta a essa pergunta provoca uma reflexo que reforar a neces-
sidade da mudana.
Das etapas sonho e diagnstico da realidade se escrever a justificativa
do plano de ao.
Cenrio
A metodologia sugerida at o presente momento mostra o sonho (misso) do grupo,
ou seja, o lugar a que se deseja chegar num momento futuro. Apresenta tambm o
diagnstico da realidade presente o que existe, hoje, que pode vir a dificultar e/ou
facilitar as nossas aes.
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PROJETO GUA EM UNIDADE DE CONSERVAO 15
Entre a realidade e o sonho, h um caminho a ser percorrido. No seu percurso,
algumas cenas sero perseguidas.
O cenrio o conjunto das cenas que representam os objetivos que se pretende
alcanar em perodos de tempo determinados. Ao construir o cenrio, o grupo identi-
fica as mudanas propostas, que sero alcanadas num determinado espao de tempo seis meses, um ano, dois anos...
PLANO percurso para se chegar ao ideal
REALIDADE SONHO>
CENA 1 CENA 2 CENA 3
Estratgia 1 Recuperar o registro organizado do sonho e identificar, a partir de
discusso, as prioridades do grupo destac-las em folhas separadas.Estratgia 2 Dividir o grupo em trs ou quatro subgrupos. Cada subgrupo, inspi-
rado nas prioridades escolhidas do sonho e supondo que as mudanas desejadas
j esto sendo realizadas pelo desenvolvimento do plano, ser convidado a imagi-
nar cenas (no mximo trs) que ocorrero daqui a um ou dois anos. Ou seja, cada
subgrupo pode imaginar-se vendo o filme do plano sendo realizado e, num dado
momento, manda parar o filme e congela algumas cenas.
Estratgia 3 Cada subgrupo discute as cenas escolhidas e representa-as em forma
de desenho, colagem ou pintura montando um painel que ser apresentado ao grupo
todo. necessrio redigir uma legenda para cada cena. Ela deve ser escrita em tirasde papel, com letras grandes, de forma clara e curta evidenciando uma ao.
Obs.: a construo do cenrio permite que o grupo pressinta as possibilidades das
mudanas desejadas, tornando-as mais claras e viveis.
Estratgia 4 Com a ajuda do(a) facilitador(a), as cenas sero agrupadas por se-
melhana. Nesse momento, o grupo discute, d sugestes e prope alteraes ou
complementaes s legendas redigidas at chegar a um consenso sobre as cenas
finais que comporo o conjunto dos objetivos a serem alcanados.
Estratgia 5 Provocar uma discusso sobre o que objetivo geral (aquele que se alcana
a longo prazo) e objetivo especfico (o que se atinge a curto e mdio prazo e contribui
para o alcance do objetivo geral). Propor a associao das cenas a um ou outro tipo de
objetivos e a sua ordenao, do mais geral para o mais especfico. Pode ser necessrio a
construo de mais um painel que retrate o objetivo mais geral do plano de ao.
No contexto da UC
> O que gostaramos que ocorresse nesta UC daqui a seis meses, um
ano e dois anos?
> O que se espera do conselho nos prximos dois anos?
> Quais as cenas ideais que traduzem esses nossos desejos?
> Qual o cenrio desejado de mais longo prazo para UC e seu conselho?
(objetivo geral a ser alcanado)
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INSTITUTO BRASILEIRO DE ANLISES SOCIAIS E ECONMICAS > IBASE16
Da etapa cenrios se escrevero os objetivos do plano de ao.
Plano estratgico de ao
O plano estratgico de ao o mapa que dar as orientaes do que fazer e como fazer.Ele descreve o conjunto de estratgias, procedimentos e aes que sero realizadas
para se chegar condio futura o que precisa ser feito para mudar. Quanto mais
completo for o plano, menos trabalho ter a equipe que o planejou, no momento em
que forem executadas as atividades. Ou seja, importante dedicar um tempo maior
ao planejamento das aes, o resultado a sua execuo rpida e bem planejada.
claro que, durante o percurso, surpresas podem ocorrer. Por isso, o plano deve
ser flexvele possibilitar ajustes e adaptaes. Ele tambm no precisa estar pronto e
acabado, ele ser detalhado e aperfeioado ao longo da sua execuo junto com os(as)
participantes das aes e integrantes da equipe do projeto. necessrio, nessa etapa, levar em conta aquilo que desejamos, as necessidades con-
cretas de mudanas e o possvelde ser realizado, tendo-se ainda a clareza dos objetivos
propostos, dos recursos humanos e materiais disponveis e o tempo que dispomos. Esses
so os fatores que devem ser conjugados e equilibrados para que a ao se realize.
Trs etapas bsicas formam o plano estratgicode ao: construo do cronograma
de atividades, anlise do campo de foras e monitoramento e avaliao.
Construo do cronograma de atividades
O conjunto de atividades concretas que comporo o plano est diretamente ligadoaos objetivos pensados as cenas do cenrio. As atividades precisam ser organizadas
de acordo com o tempo disponvel, obedecendo uma seqncia lgica.
Estratgia 1 Retomar s cenas construdas no quarto passo: elas devero estar
dispostas na parede em local visvel para todos(as). Antes de identificar as atividades,
o grupo define o pblico-alvo do plano: o grupo de pessoas que o conjunto das
aes beneficiar e a rea de atuao em que ser desenvolvida.
Estratgia 2 Dividir o grupo em subgrupos. Cabe a cada subgrupo a elaborao
do conjunto de atividades que facilitaro o alcance de um objetivo (uma cena), no
perodo de um ou dois anos. Registrar cada atividade em tiras de papel separadas,
em letras grandes.
No contexto da UC
Qual o pblico-alvo preferencial das aes do conselho em uma deter-
minada UC?
Lembrando da pergunta anteriormente respondida:
> O que se espera do conselho nos prximos dois anos?
Perguntar em seguida:
> O que preciso ser feito para que isso acontea? (atividades)
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PROJETO GUA EM UNIDADE DE CONSERVAO 17
Estratgia 3 Montar um painel na parede com as atividades distribudas em ordem
cronolgica, compondo o cronograma.
Estratgia 4 Apresentar o cronograma montado ao grupo todo, discutindo as
atividades, incorporando as sugestes de modificao ou acrscimos.
Anlise do campo de foras
Identificao dos fatores da realidade que favorecem ou dificultam o percurso a
ser realizado.
Estratgia 1 Apresentar o quadro do campo de foras e discutir com o grupo o
seu significado
REALIDADE
(+)
REFORAR
()
NEUTRALIZAR
Estratgia 2 Dividir o grupo em dois; um lista os fatores negativos (-), que dificul-
tam a execuo das atividades e que devero, portanto, ser neutralizados. O outro
grupo far a listagem dos fatores positivos (+), aqueles que reforaro a ao.
Estratgia 3 Apresentao, ao grupo todo, das listagens elaboradas e discusso sobre
estratgias de fortalecimento e neutralizao. Registro das estratgias sugeridas.
No contexto da UC
> Que fatores da realidade desta UC contribuem positivamente para a
realizao das atividades pensadas? Quais so aqueles que dificultam a
realizao dessas mesmas atividades?
Perguntar em seguida:
> Como fortalecer os fatores positivos e neutralizar ou diminuir as dificul-
dades apresentadas?
Estratgia 4 Quem deve fazer?
Montagem do quadro de comprometimento identificar as pessoas ou institui-
es-chave responsveis pelas aes e aquelas que precisam ser envolvidas, durante
o seu desenvolvimento, para que as aes aconteam. Identificar ainda as estratgias
de envolvimento necessrias ao engajamento das pessoas/instituies. Incluir e colar
novas tarjetas no painel construdo coletivamente, acrescentando as idias surgidas.
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INSTITUTO BRASILEIRO DE ANLISES SOCIAIS E ECONMICAS > IBASE18
Quadro de comprometimento
A X
B X ?
C X
D X
INSTITUIO/GRUPO/PESSOA
DEIXARACONTECER
AJUDAR AACONTECER
FAZERACONTECER
COMO?(ESTRATGIAS)
= deslocar para
Exemplo de quadro de comprometimento no contexto de UC federal
Ibama rgo
central
XMant-los
informados
Ibama rgoregional
X
Mant-los informa-dos e envolv-los
em atividadesespecficas
Equipe tcnicada UC
XEnvolv-los noplanejamentoparticipativo
Prefeitura (secreta-rias municipais)
X
Mant-los informa-dos e envolv-los
em atividadesespecficas
Setores organizadosdas comunidades do
entorno da UCX
Mant-los informa-dos e envolv-losno planejamento
participativo
INSTITUIO/GRUPO/PESSOA
DEIXARACONTECER
AJUDAR AACONTECER
= deslocar para
Monitoramento e avaliao
O principal papel do monitoramento e da avaliao na aplicao de um plano de ao
fornecer informaes para que decises possam ser tomadas ao longo de sua imple-
mentao e elaborao de outros planos que corrijam erros cometidos no anterior.
Algumas aes corretivas, de reconduo do planejamento, podem ser necessrias
durante a execuo do plano, so os chamados desvios de rota. Os erros e os acertos
so fatores de aprendizagem constante do grupo.
Analisar as dificuldades encontradas, assim como valorizar os resultados, ajuda
a repensar as estratgias e as atividades sem perder de vista os objetivos traados.
importante ainda avaliar e sistematizar os impactos produzidos pelo plano, pois o
que vai legitimar a reproduo ou ampliao da experincia posteriormente.
As perguntas-chave2 que orientam a avaliao so:
> Onde estamos em relao ao prazo, custo, desenvolvimento das atividades e
objetivos?
> O que est se desenvolvendo conforme o planejado?
> O que no est se desenvolvendo conforme o planejado?
2Apostila do Cursode Elaborao de
Projetos elaboradapor Ricardo Falco,ex-coordenador de
programas da Agncia
Norte-Americana parao Desenvolvimento
Internacional(Usaid), 1994.
FAZERACONTECER
COMO?(ESTRATGIAS)
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PROJETO GUA EM UNIDADE DE CONSERVAO 19
> Quais os problemas que esto surgindo?
> Que boas possibilidades esto surgindo?
> Existe alguma coisa que deveria ser feita que no se est fazendo?
> O pblico-alvo do projeto est satisfeito com os resultados?
Essas so perguntas-chave para se avaliar o processo de desenvolvimento das aes.
Ao fim do processo, pode-se perguntar:
> Quais os impactos produzidos no pblico-alvo?
> Quais os impactos produzidos na instituio (unidade de conservao, por
exemplo) e/ou comunidade?
> Quais resultados alcanamos? Que mudanas foram produzidas por eles?
Essas so perguntas-chave para se avaliar o plano de ao.
O que deve constar no item monitoramento e avaliao de um plano so as estra-tgias de avaliao, que sero criadas para medir os resultados de processo, durante
a sua realizao. Tambm so necessrios os indicadores observveis de avaliao, ou
seja, as informaes-chave que nos indicaro se obtivemos ou no sucesso, com a ao
que foi desenvolvida.
Estratgia 1 Solicitar a elaborao, em grupos de duas ou trs pessoas, de estra-
tgias para avaliao de processo. Listar todas as estratgias surgidas, agrupando as
semelhantes. Identificar com o grupo as estratgias prioritrias.
Estratgia 2 Em subgrupos, propor que cada um deles elabore indicadores de
avaliao para cada objetivo especfico proposto. Os indicadores podero ser deordem qualitativa e/ou quantitativa.
No contexto da UC
> Participao ativa dos membros do conselho, nas suas reunies, contri-
buindo com idias e sugestes um indicador de ordem qualitativa, que
evidencia o grau de engajamento e envolvimento institucional dos membros
do conselho.
> Regimento interno elaborado coletivamente e difundido entre todas as insti-
tuies representadas no conselho um indicador qualitativo que identifica
o incio da atuao de uma gesto participativa na UC em questo.
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INSTITUTO BRASILEIRO DE ANLISES SOCIAIS E ECONMICAS > IBASE20
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REFERNCIAS
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Espaos colegiados e descentralizados de gesto, como conselhos de direitos, soinstncias privilegiadas do exerccio da democracia e da participao. Nesse sentido,o papel do Ibase em aes voltadas para o fortalecimento da gesto participativa emunidades de conservao tem sido criar as condies necessrias que facilitem ainterlocuo entre os diferentes atores envolvidos.
A metodologia proposta pelo Ibase, em consonncia com a Coordenao Geral deEducao Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos RecursosNaturais Renovveis (Ibama), para atuao em unidades de conservao, parte dacriao coletiva de um espao sistemtico de conversao, explicitao e negociaode diferentes interesses e da aprendizagem compartilhada, envolvendo variadossaberes e referncias. Por meio de prticas e metodologias participativas, a linha deao busca alternativas tcnicas e polticas capazes de aprimorar prticas sociais efortalecer a gesto democrtica do Parque Nacional da Tijuca.
Este texto parte de um conjunto de cinco apostilas produzidas no mbito do
projeto gua em Unidade de Conservao. Tem o propsito de contribuir para oprocesso educativo que a linha de educao ambiental do referido projetoestabelece com os membros do conselho consultivo do Parque Nacional daTijuca e parceiros estratgicos. Inclui-se nas iniciativas de fortalecimento desseconselho e da gesto participativa do parque.