após anos de luta, regularização fundiária da ilha dos

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R$ 2,00 Ano XI | Edição nº 694 | Paranaguá - PR 8 a 14.novembro.2021 Foto:Prefeitura de Paranaguá Com 79% da população acima de 18 anos imunizada, Guaratuba planeja abrir licitações para Réveillon e Carnaval Pregões começaram em outubro e continuam neste mês, para garantir a queima de fogos da virada, banheiros químicos e camisetas para o carnaval P. 5 Após anos de luta, regularização fundiária da Ilha dos Valadares sairá do papel; prefeito Marcelo Roque “recebeu” a ilha das mãos do presidente Jair Bolsonaro Segundo o governo federal, a expectativa é que a regularização seja concluída em até cinco anos P. 7 Jovem Aprendiz retorna forte com suporte do Cartão Futuro em Pontal do Paraná Foto: Diogo Monteiro/ JB litoral P. 13 Controle de qualidade de grãos em Paranaguá muda de mãos e tem alteração de preços P. 14 Foto: Claudio Neves/ Portos do Paraná P. 15 Seis pessoas ficam feridas em colisão de carros na PR-407

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Pregões começaram em outubro e continuam neste mês, para garantir a queimade fogos da virada, banheiros químicos e camisetas para o carnaval P. 5

Após anos de luta, regularização fundiária da Ilha dosValadares sairá do papel; prefeito Marcelo Roque

“recebeu” a ilha das mãos do presidente Jair BolsonaroSegundo o governo federal, a expectativa é que a regularização seja concluída em até cinco anos P. 7

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Foto: Claudio Neves/ Portos do Paraná

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Seis pessoas ficamferidas em colisão

de carros na PR-407

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2EDIÇÃO 694 - 8 A 14.NOV.2021

ós da imprensa, que acompanha-mos e reportamos os principais

fatos nas sete cidades do litoral paranaen-se durante a pandemia da Covid-19,pudemos presenciar as “nuances”, as“ondas” e as fases da crise sanitária naregião. Guaratuba foi uma das cidadesmais firmes nas decisões de controle,necessariamente por ser um município degrande movimento turístico e, ainda, pormuitas famílias da capital possuíremresidência em seus bairros e balneários.Sem falar na “fronteira” com Santa Catari-na, que manteve posturas, na gestão dapandemia, bem diferentes das do Paraná.

O prefeito Roberto Justus, muitas vezes,foi criticado em recusar atender algunsapelos populares, de quem ainda nãotinha compreendido o perigo da pande-mia. Teve que se defender até mesmo najustiça, por impedir o acesso às praias, afim de não atrair possíveis pessoas infecta-das de regiões de fora. Com relação àsbarreiras restritivas e sanitárias, tambémfoi firme, evitando a descida dos residen-tes de veraneio.

Acompanhamos e reportamos as mortes,os decretos, as orações em vigília, a fiscali-zação, até chegarmos à vacinação, nomovimento dos feriados, no evento teste,no memorial das vítimas da Covid-19 e,agora, no planejamento do verão 2022.

Neste momento, em que a cidade estácom uma média de cinco casos diários euma redução muito grande de pacientesagravados, a ponto de desmobilizar oHospital de Campanha e reunificar oPronto Socorro, o município avança eanuncia a realização de licitação paraplanejar a temporada, o Réveillon e oCarnaval. Além disso, a Secretaria deSaúde garante que 93% da populaçãoacima de 18 anos já recebeu a primeiradose da imunização e 79% está com asegunda dose. Crianças e adolescentes dos12 aos 17 anos, já são 62% com a primeiradose e 21% do público alvo encontra-secom sua dose de reforço aplicada.

A fase de noticiarmos os eventos para atemporada de verão, as contratações deserviços, que vão gerar renda para muitossetores produtivos, além de ambulantes,MEIs, micros e pequenas empresas pareceque chegou, conforme apontamos emmatéria na página 5, a qual aborda oplanejamento em licitações de Guaratuba.E, ao refletirmos e lembrarmos de cadaetapa na cobertura jornalística da pande-mia na cidade, conseguimos perceber aimportância da sabedoria e da responsabi-lidade em cada decisão pública, paragarantir o controle no número de vítimase, agora, principalmente, fazer com que aroda da economia volte a girar, levandorenda para as famílias guaratubanas quesofreram com a crise sem turistas, nessesquase 2 anos de pandemia.

NNas graças de Valdemar Costa Neto

a semana passada, o nossocolega de profissão, o antoninen-

se José Luiz Velloso, chefe de gabinete dadeputada federal Christiane Yared, partici-pou de um almoço com muitas articulaçõespolíticas com o presidente nacional do PL,Valdemar Costa Neto, e com participaçõesde personalidades femininas de peso napolítica nacional, como Rosane Coimbra,Maria Rita Costa e Maria Tereza Buaiz(Foto). Com forte trabalho no Paraná, emespecial nos municípios do Litoral, principal-mente em nossa cidade, e na sua terranatal, Antonina.

Em Antonina, como elo da deputadaYared, Zé Luiz mostra que caiu nas graças deValdemar, este dirigente partidário degrande nome do centrão que, há anos,

Realizada segunda audiência pública sobre Moegão

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OPINIÃO

ara compen-sar as falhastécnicas, que

ocorreram na primei-ra audiência pública,realizada no dia 20de outubro, ocorreuuma segunda rodadade apresentações doprojeto do Moegão,dessa vez por Youtu-be, na tarde de sexta(Foto). A obra, esti-mada em R$ 800milhões, deve otimizar a chegada decargas por via férrea ao porto de Parana-guá. O projeto foi doado pela Rumo e aexecução será custeada pela Portos doParaná. A previsão é de que, a partir daescolha da empresa para a construção,que começaria no primeiro semestre de2022, o centralizador esteja funcionando

Sabedoria e responsabilidadeem cada fase da pandemia emGuaratuba

participa das grandes decisões do Brasil. Oque é muito bom para a região. É mais umparanaense caiçara que mostra o quantonosso estado é celeiro de bons articulado-res, tendo como interesse principal dar omelhor de si em favor de boas políticaspúblicas para as cidades e seus moradores.

daqui a três anos. Uma das medidas demaior impacto para a população deve ser adiminuição dos pontos em que as composi-ções de trens atrapalham o trânsito, quedevem passar das atuais 16 interferênciaspara cinco, na região do porto, como épossível ver na imagem apresentada duran-te a audiência.

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3EDIÇÃO 694 - 8 A 14.NOV.2021CIDADESCIDADESCIDADESCIDADESCIDADES

No sábado (06), aconte-ceu a 1ª Procissão Motoci-clística em honra à Padro-eira do Paraná, NossaSenhora do Rocio. Mais decem motocicletas partici-param do trajeto quefinalizou no SantuárioEstadual de Nossa Senhorado Rocio, onde acontece a208ª edição da Festa daPadroeira.

Diferentemente do anopassado, quando nãohouve procissões, porconta das medidas decombate à Covid-19, nesteano, a maior parte delasforam retomadas, uma vezque a vacinação contra ovírus está avançada emParanaguá. E, pela primei-ra vez, ocorreu uma Procis-são Motociclística, já que, anteri-ormente, as motos participavam,junto com os carros, da ProcissãoMotorizada.

De acordo com o reitor doSantuário do Rocio, padre DirsonGonçalves, a ideia da ProcissãoMotociclística surgiu para valori-zar os motociclistas da cidade.“Neste ano, fizemos questão deseparar os carros e motos paravalorizarmos os dois grupos.Paranaguá tem muitas motoci-cletas e motoclubes e quisemosque todos se sentissem acolhidose tivessem espaço na Festa daMãe do Rocio, pois eles têmamor por motos”, disse.

A procissão teve início noposto Jardim Paranaguá, noJardim Samambaia, de ondesaíram as motocicletas, passan-do pelo centro, pela CatedralDiocesana e seguindo em direçãoao Santuário do Rocio. Participa-ram representantes de mais de25 motoclubes do Litoral e,alguns, de Curitiba.

“Fiquei muito impressionado

Da Assessoria de Comunicação doSantuário do Rocio

1ª Procissão Motociclística reúne mais de 100motos para a Festa de Nossa Senhora do Rocio

1. Bodes do Asfalto2. Treme Terra3. MC Estradeiros4. Falcões Negros5. THE 300 MC6. Pontal Motors7. Gambás do Asfalto8. Rota Litoral9. TPM Moto Amigos

10. Cães Famintos MC11. Abutres12. Tubarões do Asfalto13. Esquadrão de Cristo14. Insanos15. MC Buffallos16. Robalos17. Unidos & Libertos MC18. MC Pererekas do Asfalto19. MC Drakkars20. FENYX MC21. Papão do Asfalto22. Voadores Brasil23. Família Tramujas24. Pródigos25. Associação Brasil Sul de

Motociclismo

MOTOCLUBES QUEPARTICIPARAM

DA 1ª PROCISSÃOMOTOCICLÍSTICA:

com o capricho dos motociclistascom o andor de Nossa Senhora,eles mesmos montaram e ficoumuito lindo. Ao chegarem noSantuário, receberam a benção e,quando saíram do posto, eutambém os abençoei”, comentouo padre Dirson.

No entanto, o que mais impres-sionou o reitor do Santuário doRocio foi o trabalho social reali-zado pelos motoclubes. “Aprincípio, imaginamos que elesdoariam um quilo de alimentopor participante, porém, nostrouxeram mais de 100 cestasbásicas. É um gesto que marcabastante essa 1ª Procissão Moto-ciclística”, disse.

INICIATIVA DO MCBODES DO ASFALTO

O motociclista Luiz Deldotto,presidente do motoclube Bodesdo Asfalto, foi um dos organiza-dores do evento. Segundo ele,tudo começou com um pequeno

grupo de WhatsApp e logocresceu. “Entrei em contato commotoclubes e formamos umgrupo, desse grupo uma pessoafoi adicionando outra, e maisoutra, e chegamos a, aproxima-damente, 30 motoclubes”,comemorou.

De acordo com Luiz, a 1ªProcissão Motociclística foi umsucesso. “Foi engrandecedor eimpagável fazer algo tão bonito eprofundo quanto essa procissão.A união dos motoclubes foi o quepossibilitou que a procissão fosseum sucesso”, afirmou.

Ele também comentou arespeito da arrecadação dealimentos, destacando que oobjetivo é favorecer as famíliascarentes atendidas pelo Santuá-rio do Rocio. Tanto Deldottoquanto o padre Dirson ressalta-ram que a Procissão Motociclísti-ca deve continuar acontecendonas próximas edições da FestaEstadual de Nossa Senhora doRocio.

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4EDIÇÃO 694 - 8 A 14.NOV.2021CIDADESCIDADESCIDADESCIDADESCIDADES

Aciapar realiza sorteio de carro emotos para garantir maior retomadaeconômica em Pontal do ParanáPor Brayan Valêncio

Com a chegada dasfestividades de final deano, algumas institui-ções já começam apreparar ações coletivas,visando garantir aretomada econômica eauxiliar o setor comerci-al a recuperar um poucodos prejuízos durante asmedidas de restriçãomais severas. Entre osprojetos no litoral para-naense neste verão, aAssociação Comercial,Industrial e Agrícola dePontal do Paraná (ACIA-PAR) realiza o “NatalSuper Premiado”, queocorre em parceria coma Associação Comercialdo Paraná (ACP) edisponibilizará R$ 300mil em premiações.

Para o presidente daAciapar, Ercio LuizWeschenfelder, é neces-sário fazer com que aspessoas tenham interes-se em gastar novamentee, a melhor forma deatingir esse objetivo, épromovendo campanhasque ambos os ladosganhem. “Estamosorganizando ação pen-sando no fortalecimentoda economia. Essacampanha deve impulsi-onar as vendas na datade maior movimento docomércio”, explica.

Ercio também diz queas experiências anterio-res demonstram que overão será muito positi-vo aos comerciantes.“No nosso entendimentoos três últimos feriadosprolongados: 7 de se-tembro, Dia das Criançase Finados deram umamostra do que será anossa temporada. Nãotemos nenhuma dúvida,o período de verão 2021/2022 será o melhor daúltima década. O povo,após quase dois anos depandemia, está ávidopor liberdade. Certamen-te, o avanço da vacina-

uem bate esquece com facilidade. Mas quemapanha sempre vai ter a flecha cravada emseu peito. É fácil seguir em frente, quando a

maior parcela da dor está depositada em outrapessoa. O velho Requião de guerra esteve em Parana-guá para um encontro com a velha militância. Emtom amistoso, diferente da época em que foi governa-dor, quando mandou enquadrar os responsáveis pelaparalisação do porto de Paranaguá, nos artigos 201 -crime contra a organização do trabalho, 286 condutade incitação à prática de crime do Código PenalBrasileiro, e por formação de quadrilha. Foram váriasmanifestações contra o mano Eduardo Requião e opróprio governador.

Em uma manifestação de trabalhadores, em frenteao Palácio Taguaré, onde um trio elétrico foi utilizadopara chamar a atenção do superintendente, os mem-bros da Intersindical: Carlos Tortato (Conferentes);Elcio Leonel Domingues (bloco/in memória); Geremias(Arrumadores); Sargento (Estiva); Sergio Rocha (Con-sertadores); Wilson Moraes (Portuários); Pedrão (Vigi-as), bem como esposas dos trabalhadores e familiares,todos foram expulsos do local pela polícia, com bom-bas de gás lacrimogêneo e pau no lombo dos manifes-tantes, tudo por ordem de Eduardo Requião. Foihumilhante presenciar a cena lamentável de umprotesto legítimo comandado por trabalhadores. Afalta de dragagem fez com que o Capitão dos Portos,em reunião do Conselho de autoridade Portuária(CAP), distribuísse aos conselheiros uma régua de 30centímetros, em analogia ao calado do canal dagalheta. A falta de dragagem trazia calorosas discus-sões no colegiado, uma vez que as cargas migravampara portos vizinhos.

Para refrescar a memória, segue um trecho domanifesto:

Manifesto em favor da paralisação

Um documento intitulado “Novo manifesto porParanaguá: os graves problemas operacionais donosso porto” foi divulgado ontem, em Paranaguá. Omanifesto está assinado pela prefeitura de Parana-guá, Câmara de Vereadores de Paranaguá, deputadoestadual Valdir Leite, Sindicato dos OperadoresPortuários do Estado do Paraná, Sindicato das Agên-cias de Navegação Marítima do Estado do Paraná,Associação Comercial Industrial e Agrícola de Para-naguá, Sindicato dos Estivadores do Paraná, Sindica-to dos Trabalhadores do Bloco de Paranaguá, Sindi-cato dos Conferentes de Paranaguá, Sindicato dosArrumadores do Porto de Paranaguá, Sindicato dosVigias Portuários de Paranaguá, Sindicato dos Con-sertadores de Paranaguá, Cooperativa de Transportesde Adubos de Paranaguá, Cooperativa de Transportesde Cargas e Anexos de Paranaguá, Sindicato dosCondutores Autônomos de Paranaguá e Sindicato dosPortuários de Paranaguá.

O manifesto diz que a paralisação reflete a preocu-pação de toda a sociedade parnanguara em relaçãoao desenvolvimento da crise logística que se desenha-va no porto de Paranaguá, “como decorrência dosatos da sua atual administração. Segundo as entida-des, “a União Federal delegou ao estado do Paraná,por meio de autarquia estadual, a administração dosportos de Paranaguá e Antonina, mas a responsabili-dade continua sendo do governo federal”.

O documento faz referência, ainda, às perdasfinanceiras que o País e o Estado sofrem. “Qualquerparalisação na rotina normal de funcionamento dalogística, que envolve o porto de Paranaguá, gerareflexos negativos para o desempenho da balançacomercial brasileira”.

Me chama que eu vou?Aqui não meu irmão!

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ção é o principal fatordesse sentimento desegurança”, comenta.

Para a temporada, oshorários de atendimentodevem ser ampliados,como já é costume, alémdisso, vagas temporáriascomeçam a surgir. “Oincentivo oferecido pelaAssociação Comercial,são os cursos de capaci-tação, direcionados aosempresários e seuscolaboradores, bemcomo o auxílio no enca-minhamento paraobtenção de linhas decrédito, por intermédioda parceria ACIAPAR/CRESOL”, diz o presiden-

Ercio Luiz Weschenfelder está no 2º mandato à frente da Aciapar etem a certeza de que este verão será inesquecível para osvendedores, empresários e turistas

EDITAL DE CONVOCAÇÃOASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Pelo presente edital, o Sindicato dos Trabalhadores naMovimentação de Mercadorias em Geral de Paranaguá - Pa-raná, CNPJ: 80.295.769/0001-13, neste ato representado porseu presidente, convoca todos os associados deste sindica-to, em pleno gozo de seus direitos sociais e sindicais, paraparticiparem da Assembléia Geral Ordinária, que será reali-zada no dia 26 de novembro de 2021, às 19h30min, no Audi-tório do sindicato, localizado na Rua Gabriel de Lara, 1026 –João Gualberto - Paranaguá/Pr, sendo a 2ª convocação 30minutos após a 1ª, para deliberar sobre a seguinte ordem dodia:1. Apreciação, deliberação e votação da prestação de con-

tas, referente ao período 01/10/2020 até 30/09/2021.2. Apreciação, deliberação e votação da previsão orçamen-

tária referente próximo período de 01/10/2021 até 30/09/2022.Esta instancia tem poderes deliberativos e as decisões to-

madas atingiram todos os integrantes da categoria profissi-onal, independente do comparecimento.

Para a realização desta assembleia serão adotados todosos protocolos de prevenção à COVID 19.

Paranaguá, 05 de novembro de 2021.

LINDONEI DO NASCIMENTO SANTOSPRESIDENTE - SINDTRAB

te da instituição.Os empresários e

comerciantes, que estãoparticipando da açãopremiada da Aciapar,tiveram direito a um kitgratuito com 200 cuponse uma urna, além decartazes e adesivos paradivulgação da campanha.

Os prêmios em desta-que são 1 jeep renega-de, 10 motos, 10 smarttv’s e prêmios de valecartões-presentes de atéR$ 1.000. O prazo parainscrições já está encer-rado, mas outras informa-ções podem ser obtidaspelos telefones 3458-1510ou 98411-1227.

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5EDIÇÃO 694 - 8 A 14.NOV.2021CIDADESCIDADESCIDADESCIDADESCIDADES

Com 79% da população acima de 18 anosimunizada, Guaratuba planeja abrirlicitações para Réveillon e CarnavalPregões começaram em outubro e continuam neste mês, para garantir a queima de fogos da virada, banheiros químicos e camisetas para o carnaval

Por Flávia Barros

Após amargar tantosmeses com restrições,devido à pandemia donovo coronavírus, sempoder festejar a virada doano 2020/2021 e o carnavaldeste ano, com o avanço davacinação, a prefeitura deGuaratuba saiu na frente,no litoral, e já está emprocesso de licitação paracontratar a tradicionalqueima de fogos e recebero ano novo e, de olho nocarnaval, os pregões paralocação de banheirosquímicos e a compra decamisetas. Além disso,também foi aberto oprocesso para contrataçãode vigilância privada parareforçar a segurança nosdois festejos.

Os certames para osfogos, as equipes de apoioà segurança e as camisetaspara o carnaval foraminiciados em outubro eestá previsto para o próxi-mo dia 17 a abertura dopregão para a locação dosbanheiros químicos. Emrelação à queima de fogos,em que Guaratuba esperarepetir o sucesso de anosanteriores à pandemia,onde cerca de 800 milpessoas recebiam o novoano nas praias guaratuba-nas, o valor máximoprevisto em edital é de R$313.863,70, investimentoque cobrirá a contrataçãode empresa especializadapara a realização de showpirotécnico e fornecimentode fogos de artifício. Com acompra de cinco milcamisetas (no tecidohelanca light, estampariaalusiva ao carnaval 2022,multicores, logotiposfrente e verso, sublimaçãototal) o valor de licitação éde R$ 117 mil. No entanto,

o maior investimento daprefeitura, dentre os queestão em andamento, serápara a contratação deempresa especializada emserviços de segurança eequipes de apoio para opré-réveillon 2021, révei-llon 2021/2022 e carnaval2022, com valor máximoestipulado em R$408.462,65. Confira osdados dos pregões:

PLANEJAMENTO ECARNAVAL

Procurado pelo JBLitoral, para comentar oque motivou a confiançaem fazer as licitações e jádeixar os veranistascientes de que haverá osfestejos em Guaratuba, oprefeito Roberto Justusdisse que “não é umaquestão de confiança,mas de planejamento. Sea gente esperar todas asrestrições caírem para,

então, fazermos a licita-ção, não vai dar tempo”,afirmou.

Já para o tão esperadocarnaval, ainda segundo oprefeito Roberto Justus, aideia é repetir a programa-ção de carnaval dos anosanteriores, com pré-carnaval na praia central,três dias de trios elétricos,camarotes e desfile deblocos. Na segunda-feira

de carnaval, está programa-da a apresentação da Bandade Guaratuba, que come-mora 40 anos de existência.Também terá diversãogarantida para os peque-nos, com o carnaval infan-til.

NÚMEROS DAPANDEMIA E ESPERANÇA

De acordo com o secretá-rio de Saúde do município,Gabriel Modesto, o cenárioepidemiológico de Guara-

tuba tem acompanhado aevolução no estado,“estamos com uma médiamóvel de cinco casos diáriose o número de pacientesagravados teve umagrande redução, a ponto dedesmobilizarmos o Hospitalde Campanha e reunificar oPronto Socorro. A taxa deocupação do nosso Hospi-tal de Referência tem semantido em torno de 40%,já considerando a reduçãode leitos, de forma que nãotemos dificuldades emconseguir vaga nos poucoscasos que apresentamsinais de agravamento.Passamos por grandesferiados prolongados, osquais não representarampressão adicional na curvade casos ou agravamen-tos”, disse o secretário aoJB Litoral. O chefe da pastatambém contou que vaimanter em funcionamentoo Centro de Coletas,Monitoramento e Rastrea-mento para COVID-19,junto ao espaço cedidopela Colônia dos Fiscais. Olocal ficará ativo durantetoda a temporada de verão,realizando a testagem dapopulação, monitoramentodos casos positivos erastreamento de contatos.

Motivo Nº do Data da Valor máximopregão sessão em R$

Fogos 60/2021 20/10/2021 313.863,70

Segurança 58/2021 19/10/2021 408.462,65

Camisetas 57/2021 19/10/2021 117.000,00

Banheiro 66/2021 19/10/2021 163.173,34

AVANÇO DA VACINAÇÃOX RETOMADA DOS

EVENTOS

O secretário GabrielModesto também infor-mou ao JB Litoral que, até aúltima quinta-feira (5), 93%da população acima de 18anos já havia recebido aprimeira dose da imuniza-ção e 79% estava com asegunda dose. Na faixa dos12 aos 17 anos, são 62%com a primeira dose e 21%do público alvo (trabalha-dores da saúde, pessoasidosas e pessoas imunossu-primidas) com sua dose dereforço aplicada, etapa quesó pode ser cumprida apósum intervalo de 6 mesesdepois da segunda dose.

“Essa boa coberturavacinal foi fundamentalpara chegarmos a estecenário epidemiológicofavorável, o que tempermitido ao município aretomada gradual doseventos, sempre em conso-nância com as diretrizesvigentes da Secretaria deEstado da Saúde. Continua-mos atentos e monitorandoa evolução da pandemia nomunicípio”, finalizouGabriel Modesto.

Licitação para contratação da queima de fogos já está aberta e o valormáximo do pregão será de R$ 313.863,70

Carnaval será realizado após passar 2021 em branco, devido àpandemia da COVID-19

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6EDIÇÃO 694 - 8 A 14.NOV.2021PORTOSPORTOSPORTOSPORTOSPORTOS

Desde quinta-feira (03),o porto de Paranaguárealiza uma operaçãoinédita no berço 202, ondeo navio Lady Lilly, agencia-do pela empresa MarconLogística Portuária, recebe20 mil toneladas de gerge-lim em sacas, que têmcomo destino a AméricaCentral.

O embarque desseproduto nacional, quesegue para a Guatemala,está sendo estivado(acondicionado) em cincoporões, com 4 mil tonela-das da semente, em média,em cada um desses espa-ços da embarcação. Aochegar ao seu destino, todoesse produto será manufa-turado e distribuído para omundo. Até então, asemente já era exportadapelo terminal paranaense,mas somente em contêine-res.

Em média, cada espaçovai levar cerca de 4 miltoneladas da semente,totalizando um embarquede 20 mil toneladas que tê

m como destino aGuatemala, onde serámanufaturado e distribuídopara o mundo.

Até então, a semente já

Marcon realiza operação inédita de 20 miltoneladas de gergelim para a GuatemalaPor Brayan Valêncio

era exportada pelo termi-nal paranaense, massomente em contêineres.

O diretor comercial daMarcon, Patrick Tavares,explicou ao JB Litoral que oembarque segue aconte-cendo até o meio destasemana e será uma açãoinédita. “Deve durar maisuns três dias embarcando.São 120 toneladas degergelim em sacarias de50kg. O gergelim é umproduto diferenciado esensível. É preciso ter umcuidado extremo, tantoquando ele vem da regiãode Canarana, no MatoGrosso, até a chegada nosarmazéns. Nos preparamospara o embarque e coloca-

mos nos caminhões. É umaoperação que envolvemuita gente, desde arecepção até o embarque. Éuma carga que foi umasurpresa migrar para umnavio. Tem outras cargas,como o feijão e a lentilha,que estamos estudandofazer em mais um naviocomo esse”, explica.

EFICIÊNCIA NACARGA GERAL

O diretor empresarial daPortos do Paraná, AndréPioli, explica que o inedi-tismo está exatamentenesse embarque direto noporão do navio, em umamodalidade conhecida

como carga geral. “Issodemonstra que o porto deParanaguá é um portoeficiente nos diversos tiposde carga, que tem capaci-dade de operar na importa-ção e exportação. Com aescassez no mercado doscontêineres, os navios decarga geral voltam aprocurar Paranaguá comoopção eficiente ao serviço”,afirma Pioli.

Ainda segundo o Pioli, omunicípio de Paranaguá,por já oferecer a áreaportuária, seria uma boaopção. “Estaria perto doporto, seria fácil paraembarcar e distribuir acarga manufaturada parao mundo inteiro”, comenta.

“Essa visita dos donos dacarga pode trazer muitascoisas boas à nossa re-gião”, completa.

Suhel Turjman, daempresa guatemaltecaSemillas Universalles,confirma a possibilidade dea empresa instalar umaunidade no Paraná paraprocessar o produto e dizque isso pode acontecerem breve. “É uma possibili-dade, sim. A gente acreditaque o Paraná é, atualmen-te, uma excelente opçãologística”, disse, destacan-do a organização e eficiên-cia do porto de Paranaguá.

*Com informações da Assessoria deComunicação da Portos do Paraná

O embarque inédito deve durar até o meio desta semana

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Com o sucesso da operação, outros produtos, como o feijão e a lentilha,podem passar a ser exportados dessa forma

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7EDIÇÃO 694 - 8 A 14.NOV.2021CIDADESCIDADESCIDADESCIDADESCIDADES

Após anos de luta, regularização fundiária da Ilha dosValadares sairá do papel; prefeito Marcelo Roque“recebeu” a ilha das mãos do presidente Jair BolsonaroSegundo o governo federal, a expectativa é que a regularização seja concluída em até cinco anos

Foi oficializada nasexta-feira (5), a regulari-zação fundiária da Ilhados Valadares, situada a400 metros do centro dacidade-Mãe do Paraná, namargem direita do RioItiberê. O anúncio, feitodurante solenidade emPonta Grossa, nos Cam-pos Gerais, fez parte daagenda do presidente JairBolsonaro no Paraná, emque o prefeito de Parana-guá, Marcelo Roque,recebeu da União asterras que compõem ailha. O governo federalvai ceder os 451 hectares,o que permitirá que sejaregularizada a situaçãofundiária de cinco milfamílias que moram nolocal há mais de 50 anos.

INVESTIMENTOSMUNICIPAIS

O prefeito de Parana-guá, Marcelo Roque,comemorou a conquista ese comprometeu com osinsulanos. “São 30 milmoradores, tão sofridosda nossa querida ilha, querealizam um sonho, quemerecem respeito edignidade e agora terãoessa oportunidade de tera titularidade de seusterrenos, valorizando seusimóveis, e a prefeiturapodendo investir mais emação social e infraestrutu-ra, isso que os moradoresprecisam. Paranaguá sótem a agradecer”, dissedurante a solenidade,transmitida ao vivo paratodo o país, pela TVBrasil.

De acordo com aprefeitura de Paranaguá,alguns investimentos jávinham sendo feitos peloexecutivo municipal paraatender à população deValadares, sobretudo emrelação à infraestruturaurbana, a exemplo dosmais de 3 quilômetros devias asfaltadas, comiluminação em LED,

Por Flávia Barros

sinalizações e drenagem,entregues em maio desteano.

OUTRAS PARCERIAS

Ainda durante o pro-nunciamento, em PontaGrossa, Marcelo Roqueagradeceu por outrosinvestimentos vindos dosgovernos estadual efederal a Paranaguá. “OMinistério do Turismo foiparceiro no envio deverbas para o término daobra da Estação Ferroviá-ria, assim como no Com-plexo Mega Rocio. Quere-mos o desenvolvimento eo bem-estar dos mais de300 mil moradores doLitoral. Estamos unidos,alcançando esse objeti-vo”, finalizou o prefeito.

NA PAUTA DOCONGRESSO

A deputada federalChristiane Yared tambémse pronunciou. Ela, quenão pôde comparecer àcerimônia, fez o processoandar, após décadas depromessas que nãoavançavam. “Uma lutaantiga minha, finalmente,saiu do papel. Hoje, ogoverno federal transfor-mou nosso sonho emrealidade. Um sonhosonhado lá em 2019

quando, a pedido doquerido prefeito MarceloRoque, consegui colocar aIlha dos Valadares na Leide Diretrizes Orçamentá-rias para que o Patrimô-nio da União liberasse acertidão para a regulari-zação fundiária. O Litoralmerece. Os insulanosmerecem. O dia chegou,queridos!”, falou ao JBLitoral.

O instrumento utiliza-do, para ceder a área aomunicípio, foi Cessão sobRegime de Concessão deDireito Real de UsoGratuita (CDRU), já que aprefeitura irá atuar comoum interventor, auxiliandoa Secretaria do Patrimô-

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Vias foram asfaltadas pela primeira vez, com obras concluídas pela prefeitura, em maio deste ano

Solenidade da cessão das terras para regularização fundiária ocorreu em Ponta Grossa, na última sexta-feira

nio da União (SPU) natitulação dos beneficiári-os finais. A expectativa éque a regularização sejaconcluída em até cincoanos.

ÁREA VALIOSA

Segundo a União, aárea cedida está avaliadaem R$ 141 milhões, tem4,5 milhões de metrosquadrados e se caracteri-za como ilha costeira. Deuso predominantementeresidencial, a Ilha dosValadares tem ocupaçãohistoricamente compro-vada desde a década de1950. Para o governofederal, o comércio e os

equipamentos comunitá-rios da região tambémserão beneficiados com aregularização fundiária.“Essa cessão do governofederal ao município deParanaguá é um momen-to histórico e vai garantirsegurança jurídica acinco mil famílias, queocupam o local desde adécada de 50. É umaação que também vaiestimular a economialocal e contribuir para odesenvolvimento daregião”, destacou asecretária de Coordena-ção e Governança doPatrimônio da União,Fabiana Rodopoulos, àimprensa oficial.

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No dia 25 de outubro, moradoresdo Rio das Pedras, no bairro deAlexandra, em Paranaguá, passa-ram a conviver com um problemacrônico relacionado ao aterrosanitário da região. Uma ocorrên-cia, em uma das barreiras decontenção de chorume do espaço,fez com que o líquido se espalhas-se, contaminando riachos e a mataao redor. Com isso, um alerta foiacendido, mostrando o quanto oespaço é utilizado por váriascidades e o porquê isso ocorre.

Atualmente, conforme levanta-mento realizado pelo Instituto deÁgua e Terra (IAT) do Paraná, olitoral possui apenas três aterrossanitários ativos, responsáveis porsuprir a demanda das sete cidades.“O Litoral do estado conta com 3aterros sanitários ativos: um emParanaguá, um em Guaraqueçabae outro em Guaratuba. Os municí-pios de Matinhos, Morretes,Antonina e Pontal do Paranádestinam seus resíduos ao aterro deParanaguá, em Alexandra”, infor-mou a nota enviada ao JB Litoral.Além disso, Paranaguá utiliza seupróprio aterro para atender asdemandas da população.

“Todos os serviços de coleta deresíduos são terceirizados. Osservidores da prefeitura fiscalizam aexecução dos contratos”, explicoua prefeitura de Paranaguá, que nãoé responsável por administrar oespaço que recebe, hoje, o lixo demais da metade do litoral doParaná.

O município é o que recebe amaior parte dos lixos comunscoletados na região. Essa grandequantidade pode ser um dosfatores que contribuem para osproblemas enfrentados pelacomunidade do Rio das Pedras. Areportagem tentou contato com aempresa CIETec - Complexo Indus-trial Ecotecnológico, mas nãoobteve retorno quanto aos proble-mas de vazamento e capacidadeatual do aterro sanitário.

Sobre o problema, o MinistérioPúblico do Paraná (MPPR) aindanão definiu o que ocorreu e quais

Aterros sanitários do litoral possuem diferentesMunicípios têm dificuldade para administrar os espaços, que se tornam inviáveis, após

Por Marinna Protasiewytch serão as atitudes tomadas a respei-to do vazamento. Já o IAT permane-ce aguardando o resultado dolaudo da perícia para determinarquais as consequências do ocorri-do.

UM ATERRO PARA CADA CIDADE

A possibilidade de ter um aterropara cada município, em que cadaum gerisse o seu próprio lixo, éconsiderado, por algumas pessoasa solução para prevenir problemasmaiores, como o caso de Alexan-dra. Segundo o técnico em MeioAmbiente, com especialização emResíduos Sólidos Urbanos, SergioCioli, “para municípios pequenosnão é viável financeiramente ter umaterro próprio, pois o custo demanutenção é alto demais e areceita da coleta de lixo não conse-gue cobrir todos os gastos de coletae destino final”.

Morretes e Antonina buscaramconstruir um aterro sanitário paraas duas cidades em uma espécie deconsórcio em 2001. O investimentoseria de R$ 300 mil, mas a obraacabou proibida pelo MinistérioPúblico do Paraná e, há algunsmeses, o desativamento foi oficia-lizado para a prefeitura de Morre-tes.

Leonardo dos Santos, secretáriodo Meio Ambiente de Antonina,afirmou que o antigo aterro nobairro do Saivá continua desativa-do. “Recebemos há 2 meses umOfício do MP, solicitando o encerra-mento da área, o qual está emandamento. Fica inviável o municí-pio manter um aterro por falta derecursos e apoio do estado, aindamais devido à pandemia. Antoninae Morretes, juntas, não conseguemgerir um aterro, esse é o meuparecer”.

Atualmente, os dois municípiospossuem contrato com a CIETec,para a destinação final dos resídu-os, com o valor de aproximada-mente R$ 2 milhões. Segundo asinformações do portal da transpa-rência, Antonina possui um ativode R$ 793.794,00, já Morretescontratou a empresa por R$1.101.030,00. Outra tentativa, feita

no litoral, foi realizada pelasprefeituras de Matinhos e dePontal do Paraná. Com o CIAS -Consórcio Intermunicipal para oAterro Sanitário, as duas cidadespassaram a destinar seus resíduospara o local. No entanto, em 2018, asituação do aterro foi consideradacomo lixão e uma Ação Civil Públicafoi ajuizada pelos promotores dePontal do Paraná e Matinhos paraimpedir o funcionamento daoperação.

“O aterro sanitário, que era paraatender Matinhos e Pontal doParaná, está impedido de receberresíduos, pois encontra-se com a

capacidade do aterro no limite enão renovou, ainda, a licença,porque necessita de adequações efazer nova célula para recepção dosresíduos”, explicou Sergio Cioli.

“Existe o projeto de construçãode uma usina para os dois municípi-os (Matinhos e Pontal do Paraná).Também há um projeto de educa-ção ambiental para a separação delixo orgânico. Os restaurantes queaceitaram participar do projetoseparariam o lixo orgânico, queseria levado para a Fazenda Urba-na, onde seria feita a composta-gem”, informou em nota a prefei-tura de Matinhos, sobre como está

Comissão de vereadores vistoriaram a situação da barragem que gerou o vazamento dochorume

Aterros sanitários são única opção hoje, no litoral, para destinação de resíduos sólidoscomuns

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realidades, mas futuro pede mudançaa construção, por conta de valores e também por ações do Ministério Público do Paraná

Aterro sanitário de Pontal do Paraná está interditado poração do MPPR

Guaratuba possui um espaço utilizado para destinação dosresíduos da própria cidade

Usina termoelétrica de biogás de Ponta Grossa é tida comoreferência para o futuro

a situação atual das propostas derecolhimento dos resíduos.

O secretário de Meio Ambientede Pontal do Paraná, JacksonBassfeld, explica que o Aterro doRio das Pedras “por ora, é a únicasolução para destinação ambien-talmente correta dos ResíduosSólidos Urbanos (RSU) geradospor estes municípios. Pontal doParaná já teve um aterro sanitá-rio, que, atualmente, encontra-sedesativado por uma ação doMPPR. Aterros sanitários são degrande complexidade para olicenciamento ambiental, bemcomo para a gestão”.

A reportagem buscou um posici-onamento do MPPR, referente àsações ajuizadas contra os aterros daregião e quais seriam os principaisproblemas envolvendo as ativida-des nos espaços já existentes, noentanto, não houve retorno até ofechamento desta edição.

BOM EXEMPLO NA REGIÃO

Hoje, uma das cidades quepossui estrutura e considerada deboa gestão é Guaraqueçaba, a qualrealiza a coleta e tratamento dolixo produzido pelo município. Comum terreno adquirido em 2010,segundo o portal da transparência,foi investido R$ 377.766,01, naépoca. Agora, o espaço é operadopor um misto de funcionários daprefeitura e uma empresa terceiri-zada, que realiza a operação dosresíduos.

Segundo o secretário de Saúdede Guaraqueçaba, AlcendinoFerreira Barbosa, o Thuca daSaúde, o espaço “deve receberajuda do governo do estado coma destinação de uma verba decerca de R$ 3 milhões, para aampliação e reforma do aterrosanitário. Ele possui, atualmente,

problemas com mantas quefuraram e lixo misturado queserão sanados, depois do empe-nho desses valores”.

Segundo o Instituto Água e Terra(IAT) “existe um diálogo abertoentre governo do estado e prefeitu-ra de Guaraqueçaba para a libera-ção de recursos com vistas àmelhoria do aterro municipal domunicípio. O repasse, porém, estána fase de diálogo. O IAT aguarda,também, a apresentação doprojeto executivo para análise eaprovação”.

Guaratuba, igualmente, adminis-tra sozinha um aterro próprio, coma utilização de serviço terceirizadopara operacionalizar. No portal datransparência consta o contratocom a empresa Transresíduos,firmado para que seja feita “aexecução de serviços de engenha-ria sanitária e de limpeza urbana”,no valor de R$8.536.578,81.

QUAL A SOLUÇÃO?

A busca por extinguir as figurasdos aterros sanitários existe nomundo todo. Há várias opções quepodem ser adotadas, no entanto, épreciso de investimento, capacitação eanálise crítica. Desta forma, a visita feitapor representantes de Morretes eAntonina, à usina termoelétrica debiogás em Ponta Grossa, demons-tra a busca por uma opção viável.

“A tendência a médio/longoprazo é a convergência dos aterrossanitários para as Usinas de RSU.Porém, os marcos regulatórios e astecnologias aplicadas no territóriobrasileiro ainda estão sendo discutidase testadas”, disse Jackson Bassfeld.

O exemplo da cidade dos cam-pos gerais trouxe uma economiaestimada em R$ 270 mil por mêsaos cofres públicos da cidade.Porém, a construção do espaçocustou cerca de R$10 milhões.

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10EDIÇÃO 694 - 8 A 14.NOV.2021MORRETEANDOMORRETEANDOMORRETEANDOMORRETEANDOMORRETEANDO

No último dia 30 deoutubro aconteceu oHalloween Fantasy, umafesta linda preparada commuito carinho para celebraro aniversário de Morretes.Estiveram reunidos mais de200 pessoas no complexoturístico Terra Santa quefica localizado na Regiãodo Rio Sagrado na BR 277.

Para mais informações esugestões sobre Morretesnos envie um e-mail:[email protected],ótima semana, abraço eaté a próxima.

A Bala de Banana de Morretes

M orretes possuirica gastrono-

mia, isso já é fato, essesetor é hoje um dosresponsáveis por atrairtantos turistas aos finaisde semana. Nosso barrea-do e também os frutos domar são os líderes devenda desse setor, já abala de banana é a

1° Halloween Fantasy, um sucesso!

sobremesa principaldesse conjunto gastronô-mico oferecido por nossacidade. As agroindústriasfamiliares empenham-sepor manter a tradiçãoacesa para que essasiguarias não deixem deser comercializadas naregião.

Lindacir Ribeiro uma

famosa produtora rural deBala de Banana produzesse famoso doce há 30anos, onde herdou areceita de seu saudosopai, Sr. Alvin, que foimuito conhecido em todoo comércio da região.

Uma bala que segue hojeum padrão de fabricaçãodentro das normas davigilância sanitária, desdea preparação da bananaaté o cozimento para apreparação do doce queresulta a famosa bala de

banana de Morretes.Existem segredos para

a fabricação da bala,cada produtor tem o seuponto do doce, paradepois amassar, cortar amassa em cubos e apóspulverizar com o açúcar.

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11EDIÇÃO 694 - 8 A 14.NOV.2021PODERPODERPODERPODERPODER

Aprovada em Regime de Urgência, Câmaradetermina adoção de medidas para proteção damulher em casas noturnas, bares e similares

A denúncia de estuproem Paranaguá, que causourepercussão estadual evirou um dos assuntos maiscomentados das redessociais, também fez comque uma medida da verea-dora Vandecy Dutra (PP)passasse a ser analisada emcaráter excepcional, devidoà necessidade de discutirtemas sobre a valorizaçãoda vida da mulher, prote-ção e respeito.

O Projeto de Lei nº 5820/2021, aprovado pelaCâmara de Vereadores nofinal de outubro, define aobrigatoriedade de restau-rantes, bares, cafés, casas

Por Brayan Valêncio noturnas e estabelecimen-tos similares a adotaremmedida necessária paraprevenir que mulheressofram violência física oualgum tipo de assédio.

A novidade estabeleceque a equipe de trabalholocal, principalmente nafigura de seu proprietário,tenha que registrar oocorrido, de forma a ficarclara a identificação doagressor, garantir que asautoridades realizem ostrabalhos necessários deapuração, além de dar oacolhimento necessáriopara que a vítima saibacomo lidar com a situação.

Pelas redes sociais, aaprovação foi comemorada

por internautas. A vereado-ra fez uma postagemdetalhando um pouco maisa medida ressaltando comofuncionará a formação dostrabalhadores. “Os estabe-lecimentos referidos deve-rão oferecer competenteorientação aos seus funcio-nários e/ou equipe desegurança, visando atenderadequadamente a mulherem situação de risco,vulnerabilidade e violência,garantindo eficaz acolhida,auxílio e proteção”, diz aparlamentar.

Usuários, então, passa-ram a compartilhar aimagem da nova lei aprova-da e reagiram de formapositiva ao texto. Uma das

Vereadora tem dedicado o mandato a criar propostas que beneficiem gruposhistoricamente com menor visibilidade, como o das mulheres, por exemplo

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pessoas que interagiramcom a publicação diz:“Maravilha! Você é demais(Vandecy). A nossa comunida-de agradece. Parabéns”,

comemorou a usuária da redesocial. Outros perfis reagiramcom “amei” na mensagemcompartilhada pela redesocial oficial da legisladora.

Estabelecimento amigo da mulherDurante a repercussão do

caso da denúncia de estupro,a equipe do JB Litoral seenvolveu na busca porpropostas no cuidado davida das mulheres, na maiorcidade do litoral.

Entre as conversasinternas, chegou-se àconclusão de que, muitoalém do poder público, é

necessário engajar a socieda-de civil e o setor empresarialnesse tema que interfere navida de todos. Afinal, todomundo conhece algumamulher que sofreu qualquertipo de assédio.

A partir disso, o JB Litoralsugeriu à vereadora Vandecy aimplantação de uma medidaque pudesse identificar os

estabelecimentos que secomprometem a ser “guardi-ões” da dignidade, saúde esegurança feminina, por meiode adesivos que identifiquemesses ambientes.

Desta maneira, criar-se-iauma rede de proteção, alémde garantir que as mulheressaibam a quais locaisrecorrer e também colocan-

do maior responsabilidadesobre os gestores e traba-lhadores da área de serviçoe comércio, afinal, elesestariam comprometidoscom a causa.

A medida foi encampadapela vereadora, virou projetode lei e passou a ser mais umartifício na demonstração deque há opções para combater

a violência feminina,independente da forma queocorra.

Em contrapartida pelasugestão, o JB Litoralauxiliará em toda a etapade formulação do projetode lei e também na suaimplantação, caso o textoseja aprovado e sanciona-do.

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12EDIÇÃO 694 - 8 A 14.NOV.2021CIDADESCIDADESCIDADESCIDADESCIDADES

Brigas judiciais, jogo de empurra enegociações, enquanto isso os acidentesnão param nos trilhos de MorretesMinistério Público pediu a proibição da circulação dos trens das 22h às 6h até que cancelas fossem instaladas nos pontos onde os modais se cruzam, mas Justiça Federal declinou da ação

Quem mora no litoralsabe, os acidentes empassagens de nível, quenada mais são do quecruzamentos entre ferrovi-as e vias destinadas aveículos automotores, sãomuito frequentes. Emsetembro, um professoruniversitário morreu ao seratingido por um trem,quando cruzava a ferrovia,conduzindo uma caminho-nete. Há duas semanas,uma colisão envolvendocaminhão e trem. Não háum número exato, maspraticamente não existeum mês, este ano, em quenão houve colisões entretrens e automóveis empassagens de nível deMorretes. O JB Litoralacompanha a questão eagora traz um balanço doque vem sendo feito paraque os acidentes sejamminimizados.

No final de outubro,após mais uma colisão,envolvendo caminhão etrem, representantes doscaminhoneiros fizeramuma manifestação napassagem de nível e aprefeitura se posicionoufavorável à instalaçãoimediata de um semáforoque fique vermelho,obrigando os motoristas apararem, para os trenspoderem passar. Emboraseja uma obrigação domotorista, prevista noCódigo de Trânsito Brasilei-ro (CTB), a qual determinaque atravessar uma passa-gem em nível, sem antesparar é infração gravíssima,muitos alegam que avisibilidade é insuficientepara ver as composições seaproximando. O JB Litoralfalou, mais uma vez, comas esferas locais. Segundoo presidente da CâmaraMunicipal, vereadorDeimeval Borba (PSC), asnegociações começaram háanos, mesmo quando asocorrências não eram tãocomuns. “Este ano osacidentes ficaram maisfrequentes e eu penso que

Por Flávia Barros

uma das falhas da Rumo éa velocidade das composi-ções, que, no meu entendi-mento, é incompatível coma área urbana. Tambémcreio que a sinalizaçãoatual é insuficiente e eu nãovejo um envolvimento ativodo DER, no que tange àparte rodoviária. Como acâmara não pode legislarnesses âmbitos, nós fica-mos restritos às questõesmunicipais, como já legisla-mos anteriormente, masnessa situação atual estamosde mãos atadas, quem temque cobrar é o executivo e oMinistério Público”, disse opastor Deimeval.

SEMÁFORO

O JB Litoral tambémconversou com o secretáriode governo de Morretes,Gilton Dias Junior. Deacordo com ele, o executi-vo municipal pouco podefazer, mas acompanha asituação e cobra dosresponsáveis. “Depois danossa ida à manifestaçãodos caminhoneiros, nosreunimos com o DER emantivemos contato com aRumo, que se comprome-teu em melhorar a limpezano local, para aumentar avisibilidade dos motoristase aprimorar a sinalização,porque com as lombadas eas novas placas não houvea diminuição dos acidentes.Embora seja tambémsempre do motorista aquestão de parar antes daspassagens em nível, temosque esperar essas decisões,

mas reforçamos o pedidopara a instalação de umsinaleiro nesses locais, nãopodemos pegar dinheiro domunicípio e intervir, investirem algo que é de compe-tência dos governos federale estadual”, afirmou.

NA TRAVE

Ao Ministério Público doParaná, o JB Litoral questi-onou se há notícias de fatoou inquérito civil públicoque cobrem soluções parao problema. Segundoinformou o MP, tramitou naPromotoria de Justiça deMorretes o Inquérito Civil,nº MPPR-0092.17.000067-0,para “apurar eventuaisirregularidades praticadaspela concessionária daferrovia que atravessa oMunicípio de Morretesreferentes à poluiçãosonora, aos resíduossólidos e ao uso irregular devias públicas”, mas oinquérito foi encerrado,após ser remetido para ojudiciário em junho do anopassado. Foi, então,ajuizada uma ação queacabou sendo declinadapela Justiça Federal.

No inquérito do MP,foram anexados os dadosde uma vistoria realizadapelo, então, IAP, em queficou constatado que ovolume das buzinas dostrens estava até três vezesao permitido por lei. O MPpedia a proibição dotráfego de trens, dentro doperímetro urbano deMorretes, no período

compreendido das 22h às6h, todos os dias da sema-na, somente podendo serreativado após a adoção desistema alternativo quepromovesse a diminuiçãoou cessação da poluiçãosonora, produzida por apitoe deslocamento de loco-motivas na cidade, sobpena de multa diária de R$10 mil. O inquérito tambémpedia a condenação daRumo-ALL em descumprir aobrigação de não utilizar omunicípio como pátio demanobra, depósito detrilhos, dormentes (novose usados) e outros resídu-os; também em não abas-tecer as locomotivas porcaminhões-tanque a céuaberto e instalar cancelasnos locais de cruzamentocom o perímetro urbano,visando a diminuição dosriscos trazidos por essasações e, consequentemen-te, na diminuição daperturbação ao sossegodos munícipes, sob pena deaplicação de multa diáriapor descumprimento.

LAMENTA E ORIENTA

Em nota enviada ao JBLitoral, a Rumo reforçouque suas operações se-guem todas as normas desegurança vigentes eprocura causar o menorimpacto possível. Que vem,ainda, trabalhando emconjunto com autoridadeslocais e demais órgãosresponsáveis pelo modalrodoviário para buscarsoluções que tragam

benefícios à população. Aempresa esclarece que asmanutenções nos cruza-mentos rodoferroviários e asinalização para motoristase pedestres compete aosórgãos e entidades executivosrodoviários da União, dosmunicípios e dos estados,como é o caso da PR 408.

A concessionária tam-bém lamentou os aciden-tes ocorridos na região eorienta para que a traves-sia pela ferrovia só sejafeita nas passagens oficiais,com atenção redobrada àsinalização visual e sonora.Sempre manter distânciasegura dos trens, paradosou em movimento. Aempresa realiza frequente-mente campanhas desegurança e conscientiza-ção para alertar a popula-ção sobre os cuidados como trem, disse a nota.

SILÊNCIO

O JB Litoral também quissaber do Departamento deEstradas e Rodagem doParaná (DER), o que vemsendo feito pelo órgãoestadual e se há algoplanejado para tornar essescruzamentos com a redeferroviária mais seguros, aexemplo de controle/fiscalização do respeito àvelocidade e se há previsãode cancelas serem instala-das nas passagens de nívelem Morretes, uma vez quecruzam a rodovia estadualPR 408. Mas, até o fecha-mento desta edição, nãoobteve resposta.

Novas placas e lombadas foram instaladas recentemente, mas acidentesnão diminuíram

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Acidentes são frequentes. No final de outubro caminhoneirosprotestaram, após mais uma colisão atingindo um caminhão

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Jovem Aprendiz retorna forte com suportedo Cartão Futuro em Pontal do Paraná

Por Brayan Valêncio

Fruto de uma lei federalem vigor há quase 21 anos,o Programa Jovem Apren-diz, ferramenta social deinserção de jovens nomercado de trabalho, éuma das alternativas maissaudáveis para estimularempresas e órgãos públicosa contratar jovens de 14 a24 anos de idade, bemcomo pessoas com necessi-dades especiais, sem limitede idade. Além de tambémaprimorar o currículo,possibilita aos beneficia-dos a garantia do primeiroemprego.

Mesmo com a inflaçãoalta, a economia estáentrando em um períodode retomada, como mos-tram os índices econômi-cos. A pandemia tambémapresenta sintomas decontrole pelo país e, comtodos esses aspectospositivos, Pontal do Paranásai à frente, com o prefeitoRudisney Gimenes Filho(MDB), o Rudão Gimenes, oqual está investindo noaquecimento do projeto.

De acordo com a prefei-tura, a finalidade é buscaruma forma de garantirreceita para adolescentes,jovens e, inclusive, pessoascom necessidades especi-ais, para que obtenhamrenda e, com isso, assegu-rar meios de auxiliar nosustento de suas famílias.

Mas, mesmo ganhandonova força neste ano, oJovem Aprendiz já existena cidade há 10 anos e vemsendo ofertado desde2011. A Lei Municipal nº1207, daquele ano, autori-zou a contratação do JovemAprendiz pelas empresas,

comércios e indústrias, nalegislação sancionada pelopai do prefeito RudãoGimenes, (MDB), o médicoRudisney Gimenes.

Entre os benefícios queas leis trouxeram, está aredução dos impostos paraas instituições que aderi-rem ao programa, comoexplica Willian Pereira,atual secretário de Assis-tência Social da cidade. “Osempresários locais, quecontratarem algum apren-diz, de acordo com a lei,passam a ter benefícios noIPTU do empreendimento.A cada oito funcionários,um teria que ser aprendiz,por exemplo, em ummercado. As pequenasempresas ficam desobriga-das, mas existem outrasque devem cumprir a lei. Sea empresa escolher algumjovem encaminhado pelaSecretaria de AssistênciaSocial, aí ela passa a teressa porcentagem dedesconto no IPTU”, explica.

Um desses jovens, quetrabalha na administraçãomunicipal, é EmanuelGonçalves, de 16 anos. Ogaroto, que atualmentetrabalha no protocolo,afirma que a experiênciaprofissional é uma dasmaiores motivações paraparticipar do Jovem Apren-diz, já que mesmo sendomenor de idade, está emcontato com os gestores dacidade diariamente e,também, pode acompanharos serviços que maisatendem o cidadão ponta-lense.

Sendo morador doBalneário Primavera,Emanuel sonha em seradvogado criminalista e vêessa oportunidade como a

primeira grande porta quese abre rumo aos sonhosde conquistar o ensinosuperior como Bacharel emDireito.

VAGAS JÁ OCUPADAS

Como depende muito danecessidade das empresas,não há limite específico devagas no programa e, parao atual período, as turmasjá estão fechadas. O saláriopago aos aprendizes é omínimo nacional, que hojeestá em R$ 1.192,40.

Existe uma ação gover-namental que investe natentativa de trazer osadolescentes para dentroda indústria e comércio, jáque o Estado subsidia acontratação do jovem quebusca o primeiro emprego,por meio do Cartão Futuro.De acordo com esseprograma, os empresáriosque mantiverem o contra-to de aprendizes entre 14e 18 anos, aprendizes PCDe aprendizes egressosgarantem um subsídio, novalor de R$ 300,00, por umperíodo de 90 dias.

Na solenidade deapresentação do CartãoFuturo, no final do mêspassado, o prefeitoRudão Gimenes destacoua importância do progra-ma Cartão do Futuro,criado em 2019, peloGoverno do Paraná, como objetivo de manter oemprego dos jovensaprendizes durante apandemia e que foiampliado em 2020. “Ageração de emprego e aoportunidade para osjovens. Essa é a políticaque o Cartão Futuro vaiproporcionar. As políticas

do município caminhamjuntas com as do Governodo Estado”, disse oprefeito Rudão aossecretários de estado.

COMO FUNCIONA OSISTEMA

De acordo com o secretá-rio de Assistência Social,esse sistema funciona paragarantir a manutençãodesse jovem também nomercado de trabalho, umavez que na pandemia asempresas se veem obriga-das a reduzir o quadro defuncionário. “No caso decontratação para umapessoa portadora denecessidades especiais, oincentivo passa a ser de R$450. Então é quase que 50%do salário subsidiado peloParaná”, diz Willian.

Ele explica que asoportunidades são oferta-das de acordo com ohorário estudantil dosbeneficiados e entre oscritérios para participaçãono programa estão afrequência e o rendimentoescolar. O curso é divididoem 3 dias práticos e 2teóricos.

Atualmente, o municí-pio conta com 20 aprendi-zes, mas a lei disponibilizavagas para até 30 dessesnovatos no mercado detrabalho. “O processo foirealizado com 20, até parafazermos esse teste, nessemomento em que esta-mos, mas nada impedeque em um futuro próxi-mo possamos atingir omáximo da lei ou tentarna Câmara Municipal umaalteração no limite estipu-lado”, conclui o secretá-rio.

Projeto parou na pandemia, mas agora já são 20 empregadosno setor público e alguns no privado

Os aprendizes atuam com os servidores de diversas áreas dagestão municipal e aprendem como ser um funcionário público

As vagas estão fechadas para o curso que iniciou neste 2ºsemestre, mas há expectativa que sejam abertas em 2022

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SETOR PRIVADO

Bianca Vieira, de 17anos, é moradora noBalneário Vila Nova e hojetrabalha na prefeitura. Aadolescente diz que estásatisfeita com a experiên-cia que vem recebendoporque quer ser pedagogae, já com pouca idade,pode se aproximar dagestão municipal e enten-der a rotina de um funcio-nário público.

“Estava muito difícilachar emprego. Foi umaoportunidade muito boa,eu fiquei muito feliz quandofiquei sabendo desseprograma. Eu gostaria queos empresários pudessemabrir portas para os maisjovens, porque vai agregara muitos de nós no futuro”,comenta.

Além do serviço público,há também vagas disponí-veis para o novo trabalha-dor no setor privado. “Omunicípio também estábuscando fazer parte disso,atendendo demandasoperacionais e administrati-vas, porque é uma mão deobra que agrega. Então,toda a responsabilidade éacompanhada, conformeos módulos da parte teóricavão avançando e a funçãodo jovem também vaicrescendo”, garante Willi-an, que complementacitando o tempo dessedesenvolvimento profissi-onal. “É interessante que ocontrato que a prefeiturafaz com os aprendizes é de1.600 horas, são 1.200 deprática e 400 horas deteórica. Então é um ótimoincremento no currículodesses jovens. Nossosparceiros são o SENAI, SESI,SESC, entre outras institui-ções de renome”, explica.

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As cargas de soja,farelo e milho, que che-gam ao porto de Parana-guá por caminhão, deixa-ram de ser inspecionadaspelo Instituto de Desen-volvimento Rural doParaná (IDR-PR) e passa-ram a ser verificadas peloGrupo Bureau Veritas. Amudança para a iniciativaprivada aconteceu noinício de outubro, semmuito alarde. O IDR-PRcontinua responsável pelocontrole de qualidade doque chega por trem e aavaliação segue sendofeita no km 5 – e tambémé encarregado de fazer asupervisão do que éinspecionado pela empre-sa nos caminhões. Entreas alterações, está atabela de preços e osvalores pagos aos traba-lhadores destacados parafazer a coleta do materialnos veículos, como serádetalhado mais à frente.

Para entender essahistória, é importantevoltar no tempo. O portode Paranaguá era o únicodo Brasil que tinha umsistema público de con-trole de qualidade deprodutos de origemvegetal – nos demais, aclassificação é umaatribuição conjunta devendedores e comprado-res. Um dos motivos, quetornou singular a situaçãoparanaense, foi a existên-cia de um silo público,concentrando granéis devárias origens.

Na década de 90, emfunção de reclamaçõessobre cargas recebidasem outros países, oParaná decidiu instituiruma forma de controlar,já na chegada ao porto, aqualidade do que iria paraas estruturas de armaze-

Controle de qualidade de grãos em Paranaguámuda de mãos e tem alteração de preçosPor Katia Brembatti namento ou seria imedia-

tamente exportado. Esseprocesso foi sendo apri-morado e, de problema,passou a ser uma referên-cia de padrão de qualida-de, interferindo inclusivenos valores negociados,com prêmio pago naBolsa de Chicago.

Embora fosse umdiferencial, esse processonão era isento de recla-mações. Nilson HankeCamargo, consultor daFederação de Agriculturado Paraná (Faep), comen-ta que foram várias asnegociações para resolverquestões, como demora,inovação tecnológica e,principalmente, custos. Otrabalho foi desempenha-do por várias estruturaspúblicas, ao longo dotempo: começou com aTecpar, passou para aClaspar e para a Codapar,e, por fim, ao IDR-PR, queé resultado da fusão, em2019, das várias autarqui-as estaduais ligadas aomeio agropecuário, comoEmater e Iapar.

A “SAÍDA” DO IDR-PR

Para responder àsreclamações sobre osistema e para buscarmelhorias, a empresapública Portos do Paranáplanejava obras no pátiode triagem e procurou oIDR-PR para custear asdespesas. E foi aí que apossibilidade de mudan-ças no processo declassificação começou ase desenhar. FranciscoCarlos Alves, gerente deengenharia e logísticasdo IDR-PR, conta que apartir do momento que aPortos conquistou aautonomia de gestão, em2019, houve o comunica-do de que os contratosque tinham com os

prestadores de serviçoteriam de ser revistos erepactuados.

No caso do IDR-PR, foiconcedida a prevalênciade escolha – para conti-nuar à frente do processode controle de qualidadedas cargas de grãos –,com a condição de fazerinvestimentos em auto-mação e outras melhoriasque representariamcustos de cerca de R$ 25milhões, conta Alves. Oinstituto não aceitou aproposta, abrindo espaçopara que o serviço fosserepassado.

“Mas não abrimos mãode o estado estar noporto”, acrescenta ogerente. Por isso, ficoucombinado que os laudossão feitos pela empresaprivada, mas sob a super-visão do IDR-PR, que fazuma espécie de auditoria.Os procedimentos deverificação foram formali-zados em um documento,entregue à Portos doParaná. Além disso, ainspeção das cargasférreas e também a

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Cargas de soja, farelo e milho, que chegam ao Porto de Paranaguá, são inspecionadas

checagem de conferência,feita na moega, continu-am com o instituto públi-co.

A classificação deprodutos vegetais éamparada por legislaçãofederal, com delegaçãopelo Ministério da Agri-cultura. É uma forma deevitar fraudes e produtosfora do padrão, comimpurezas, como terra egravetos. Cerca de 20milhões de toneladas sãoinspecionadas anualmen-te em Paranaguá, comcontrole de qualidade,durante a safra, passandode 2 mil caminhões e 500vagões por dia.

A ENTRADA DA ATEXP

Juliano Mickus, gerentefinanceiro e administrati-vo da Associação dosTerminais do Corredor deExportação de Paranaguá(ATEXP), conta que aentidade foi procuradapela Portos do Paranácom a proposta de quebuscassem uma empresapara assumir o serviço de

classificação. Ele comen-ta que oito foram selecio-nadas, visando aumentara qualidade e baixar oscustos. A escolhida foi oGrupo Bureau Veritas,antiga Shutter.

A transição do serviçofoi realizada em 1° deoutubro e o gerenteacredita que ainda é cedopara fazer avaliações,mas destaca que a vanta-gem mais evidente estárelacionada ao custo dosistema, com queda de35%. Para cargas de soja,o valor era de R$ 0,667por tonelada e passoupara R$ 0,44. JulianoMickus destaca que osistema está passandopor ajustes. “Ainda estãoconstruindo um procedi-mento”, diz.

A reportagem do JBLitoral procurou a empre-sa pública Portos doParaná para entender osdetalhes e os bastidoresdessa mudança, mas aassessoria de imprensainformou que não sepronunciaria sobre oassunto.

Mudança gerou questionamentos e motiva reunião nesta segunda-feiraA transição do sistema

de controle de qualidadede grãos – do setor privadopara a inciativa privada –também representoualterações na prestação doserviço, principalmente noquesito mão de obra. Comoo IDR-PR não dava conta defazer o trabalho, 24 horaspor dia, com os 30 funcio-

nários que dispõe emParanaguá, o trabalho maispesado, de coleta deamostras na carroceria decaminhões, era feito comterceirizados, via contrato.

A partir de outubro,esses profissionais foramdispensados – alguns aindaseguem atuando emserviços pontuais, na

fiscalização das cargasférreas e na moega. Osnúmeros exatos não foraminformados. E a empresa,que assumiu o serviço decontrole de qualidade, nãoestaria disposta a pagar osmesmos valores que osprofissionais estavamrecebendo até então.

Essa situação gerou uma

série de embates e ense-jou uma reunião, promovi-da pelo Sindicato dosTrabalhadores na Movi-mentação de Mercadoriasem Geral de Paranaguá(Sindtrab), a ser realizadana noite desta segunda-feira (8). A reportagem doJB Litoral buscou esclareci-mentos sobre as reclama-

ções e as propostas, bemcomo em relação à quanti-dade de funcionáriosafetados e os valoresenvolvidos, mas o presi-dente da entidade, Lindo-nei Santos, informou que ocaso está em plena negoci-ação e que pretende sepronunciar apenas depoisda reunião.

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15EDIÇÃO 694 - 8 A 14.NOV.2021POLICIAIS

Rapaz é morto e menores são feridas atiros em praça na Ilha dos Valadares

Um rapaz morreu e outrastrês pessoas ficaram feridas,em decorrência de disparos dearma de fogo na madrugada dedomingo, 7, na Praça Ciro Aba-lém, Ilha dos Valadares, em Para-naguá. A vítima fatal foi Alyfer Fe-lipe Suave Balduíno, de 22 anos,que entrou em óbito no local.

Conforme a ocorrência, porvolta da 1h20, a Polícia Militarfoi informada sobre vários tirosna praça e pessoas feridas. Nachegada ao local, o Samu cons-tatou o óbito de Alyfer, o qualestava usando tornozeleira demonitoração eletrônica.

As outras vítimas foram umamenina de sete anos, feridacom um tiro na coxa direita, euma adolescente de 17, a qualfoi atingida por tiros de raspãona cabeça e perna. As duas fo-ram encaminhadas para o Hos-pital Regional do Litoral. Um ra-paz de 24 anos também foi atingi-do por estilhaços no joelho.

Durante as diligências, ospoliciais foram informados so-

bre o apelido dos autores docrime, os quais teriam fugidoem uma motocicleta. Foi feitopatrulhamento pela região,mas ninguém foi preso.

O local do crime ficou isola-do para as análises da PolíciaCientífica e, em seguida, o cor-po de Alyfer recolhido pelo Ins-tituto Médico Legal (IML) de

Paranaguá para exames com-plementares. Uma equipe daPolícia Civil também esteve nolocal, sendo apurado que umdos acusados seria um rapazinvestigado pela autoria de ou-tros homicídios na cidade.

Alyfer tinha passagem pelapolícia. Em 2019, ele foi presodurante uma operação policial

Na noite de sábado, 6,policiais militares do 9ºBatalhão prenderam umhomem que era procura-do pela Justiça, duranteuma abordagem nobairro Porto dos Padres,na cidade de Paranaguá.

A situação ocorreu porvolta das 22h30, quandouma equipe policial foiaté a Rua Maria do RocioCunha Grenier para daratendimento a umapossível ocorrência deviolência doméstica, queestaria em andamento.Ao chegarem no localindicado, os policiaisfizeram contato com umcasal, o qual informouque teria havido umadiscussão, mas que nãohouve agressões.

No entanto, na identi-ficação dos envolvidos,os policiais acabaramverificando que contraDavi Faria, de 29 anos,havia um mandado deprisão em seu desfavor,expedido pela Vara deExecuções Penais deFrancisco Beltrão, pararegressão na forma deexecução de pena paraum regime mais rigoro-so, devido um processopor tráfico de drogas.

Diante dos fatos, aequipe então deu voz deprisão para David, queacabou conduzido para aCadeia Pública deParanaguá, para o devidocumprimento da ordemjudicial.

Denúncia deviolência domésticaleva PM a prenderprocurado pelaJustiça

Seis pessoas ficam feridas em colisão de carros na PR-407Na tarde de domingo, 7,

uma colisão entre dois automó-veis na PR-407 (Estrada dasPraias), município de Pontal doParaná, deixou seis pessoas fe-ridas, uma delas presa nas fer-ragens do veículo. O acidenteocorreu no Km 8 da rodovia eenvolveu um Kia Sportage, complacas de Campo Largo, e umGM Vectra, de Fazenda RioGrande, que, com o impacto,teve o motor arrancado.

Por volta das 13h30, equi-pes do Corpo de Bombeirosde Pontal do Paraná e Para-naguá se deslocaram ematendimento à ocorrência,que também movimentoupoliciais militares do Bata-lhão Rodoviário e agentes da

concessionária Ecovia eSamu.

Segundo o que foi apuradopelos bombeiros, foi uma coli-são frontal, seguida do capota-mento de um dos veículos. De-vido à violência da batida, umdos ocupantes do Vectra ficoupreso nas ferragens e precisoude ajuda para sair do carro.

Das seis vítimas, uma delasfoi encaminhada para o Hospi-tal Regional do Litoral com fe-rimentos graves. Outras quatrotiveram lesões moderadas eoutra ferimentos sem gravida-de.

Devido ao acidente, a rodo-via teve o tráfego de veículointerrompido totalmente nosdois sentidos. Depois do socor-

Uma menina de sete anos e uma adolescente de 17 foram encaminhadasao hospital pelo Samu

Alyfer foi a vítima fatal

para o cumprimento de ummandado de busca e apreensãoem sua casa. Na ocasião, foramapreendidas munições de armade fogo e porções de cocaína.

O assassinado desse domin-go foi o 69º registrado em Pa-ranaguá, em 2021. Em todo olitoral, são 122 crimes contra avida registrados neste ano.

Uma das vítimas ficou presa nasferragens e precisou da ajuda dosbombeiros para sair do carro

Depois do socorro das vítimas,bombeiros fizeram limpeza dapista

ro às vítimas, os bombeiros fi-zeram a limpeza da pista para

que o tráfego pudesse voltar aonormal.

Receita Federal encontra 800 kg de cocaínaem dois contêineres no Porto de Paranaguá

A Receita Federal realizouduas apreensões de cocaína nosábado, 6, no porto de Parana-guá. As cargas teriam comodestino os portos da Antuérpia,na Bélgica, e de Algeciras, Es-panha. O método utilizado foio rip-on rip-off, quando a drogaé enviada sem o conhecimentodo exportador.

De acordo com as informa-ções da Receita Federal, as car-

vidas, corda, mosquetões, umrastreador de GPS e bolsas flu-tuantes faziam parte do carre-gamento.

Em 2021, a Receita Federaljá realizou 22 apreensões decocaína no porto de Paranaguá,totalizando 4.358 kg da droga.O órgão ressalta que, em razãodo aumento das apreensões,intensificará as fiscalizaçõesneste final de ano nos portos.

As drogas estavam em contêineres carregados de compensados de madeirae tinham como destino portos na Bélgica e Espanha

Rapaz é preso pela Rotam com crack ecocaína na operação Fecha Quartel

Na noite de sexta-feira, 5,policiais militares do 9º Bata-lhão prenderam Gabriel Gai-ewski de Oliveira, 21 anos, porenvolvimento com o tráfico dedrogas no bairro Labra, em Pa-ranaguá. Na ação, houve a apre-ensão de porções de crack e co-caína, além de dinheiro, balan-ça de precisão e material paraembalar e fracionar os entorpe-centes.

Tudo começou por volta das20h40, quando uma equipe daRotam (Rondas Ostensivas Tá-tico Móvel) realizava aborda-gens pela localidade, em cum-primento de mais uma fase daoperação Fecha Quartel, quan-do recebeu informações de queestaria ocorrendo o comércio dedrogas na Rua Arsênio Bentodos Santos.

Seguindo as informações, ospoliciais foram até alguns be-cos na via e, durante as diligên-cias, acabaram abordando Ga-briel, o qual foi encontrado emfrente a um casebre que estavacom portas e janelas abertas.Na revista de rotina, com o ra-paz os militares localizaram di-

nheiro trocado e uma bolsacontendo um tubo com diversaspedras de crack.

Na sequência, o jovem admi-tiu que tinha mais entorpecentedentro do imóvel, onde foramencontradas mais porções decrack e cocaína, além de plásti-co para embalagem, uma caixacom lâminas para cortar a dro-ga e uma balança de precisão.

Segundo a ocorrência, ao serpreso, Gabriel, que não tinhaantecedentes criminais, admi-tiu que adquiriu o entorpecentepara comercializar no local,pois estava passando por difi-culdades financeiras. Levado àDelegacia Cidadã, junto comtudo o que foi apreendido, o ra-paz acabou autuado em flagran-te e, na sequência, foi conduzi-do para a Cadeia Pública, à dis-posição da Justiça.

gas lícitas, de ambos os contêi-neres, eram de compensadosde madeira. Durante a opera-ção, foi utilizado o cão de faroFalcon, da raça pastor belgamalinois, que auxiliou na locali-zação dos entorpecentes.

Diversos equipamentos, queseriam utilizados para o descar-regamento da droga na Euro-pa, foram localizados em umadas apreensões. Coletes salva

Cão de faro auxiliou na localizaçãodos entorpecentes

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16EDIÇÃO 694 - 8 A 14.NOV.2021

Não adianta “chamar” mais! A esquerda continua“patinando” no litoral. Para 2022, as prováveis“lanterninhas” no resultado dos votos regionais

O s partidos de esquerda nolitoral paranaense, maisprecisamente em Paranaguá,

começam a se organizar para aseleições do próximo ano. Os principaisobjetivos das siglas, pelo menos para amaioria dos representantes de diversospartidos regionais da frente progressis-ta nacional, é abrir forças de oposiçãoà turma de Ratinho Junior (PSD),tentar eleger o maior número de depu-tados estaduais e federais, além deempenhar ao nome do ex-presidenteLuís Inácio Lula da Silva (PT) para apresidência (com exceção de algunsPDTistas que querem Ciro Gomes). Naúltima semana, alguns dos filiados doPT, do PDT, além de outras liderançasde esquerda, acompanharam a “Cara-vana Requião” em Paranaguá, quereuniu uma média de seletíssimas 70pessoas na chácara do Sindicato dosEstivadores (tendo como anfitriões oprimeiro-casal Sindestiva, Isaias eJoseli Junior). Estiveram presentes odeputado federal Enio Verri (PT), osdeputados estaduais Professor Lemos(PT) e Requião Filho (de saída doMDB, com um pé no PDT), além dosex-prefeitos de Paranaguá José BakaFilho (PDT) e Carlos Tortato (PT), bemcomo o ex-prefeito de Morretes, Amiltonde Paula (PT). Do PCdoB de Parana-guá, estava presente Matsuko Barbosa.Acompanhou também do MDB, a vice-presidente de Paranaguá, Prof. SimoneMello.

Com a presença especial do ex-governador Roberto Requião, que saiudo seu “MDB velho de guerra” e estápróximo de se filiar ao PT, o evento tevecomo objetivo elevar o nome do tam-bém ex-senador na possível disputa aoGoverno do Paraná, bem como “star-tar” uma força para a aguardada“chapa” às eleições de 2022 no estado,que começa a se desenhar entre PT,PDT, PCdoB e, possivelmente, outrassiglas como Psol. O PSB e o MDBassertivamente irão com Ratinho. ARede já está com um pé também.Porém, o que chamou a atenção noencontro é que o “me chama que euvou”, não está “chamando” maisninguém! As siglas na região não se

renovaram. Nenhuma nova liderançafoi criada. Quem acompanhou a livechegou a sentir, na mais respeitosacolocação com a idade das pessoas, ocheiro de “bolor político” no encontro.Quando me refiro ao cheiro de “bolor”,me refiro com relação aquilo que o novoeleitor quer! Nenhum nome regionalque mostre ou fale com a tendênciaeleitoral de 2022. Sabemos que não é deagora a dificuldade da esquerda de serenovar na região. Quem mais chegouperto disso foi o PCdoB de Paranaguá,do Prof. Dr. Barbosa e Matsuko, porém,continuam errando na linguagem como eleitor. É por isso que muitos cidadãosde esquerda das cidades do litoralacabam votando em pessoas de fora e,os diretórios nos municípios, merosbraços desses mesmos de fora.

Além disso, o ex-governador RobertoRequião conta com feridas abertas nolitoral. Em Paranaguá, a gestão daAPPA, hoje Portos do Paraná, teve amachucadíssima “Operação Dallas”.Em 2018, o porto ainda cobrou R$ 26milhões na Justiça do ex-superintenden-te Eduardo Requião, seu irmão, porconta de irregularidades na época. Semesquecer da questão polêmica das sojastransgênicas, que deixou muita gente“emputecida” na cidade, apelidando-ode “governador de Santa Catarina”,que ajudava mais Itajaí. Além disso, foicompletamente autoritário e bruto comalguns sindicatos e órgãos de classe detrabalhadores portuários. Nos municí-pios praianos, muita gente se revoltadizendo que as praias na época de seugoverno eram abandonadas. Pra com-pletar, a série “O Caso Evandro”, daGlobo Play, que também é uma cicatrizna história de Guaratuba, afugentoumuita gente da própria esquerda dolado de Requião, com a descoberta dasfitas que deixaram claras torturaspolíticas durante seu governo.

É por conta disso tudo que fica evi-dente que, no ano que vem, os políticosda esquerda no litoral paranaenseterão desempenhos iguais aos dos seusrepresentantes locais nas urnas de2020... entre os “lanterninhas” noranking do resultado dos votos de 2022.É esperar para ver!

Mais uma visão jovem na Câmara por alguns dias

Sobe e desce

Como líder do governo Marcelo Roque, na Câmarade Vereadores de Paranaguá, deixa o posto o vereadorThiago Kutz (PP) e assume Junior Leite (PSC). Comisso, o prefeito Marcelo Roque se aproxima aindamais do governo de Ratinho Junior.

A coluna teve informações depossível licença, por alguns dias,do posto de vereador na CâmaraMunicipal de Paranaguá, dotambém advogado AdalbertoAraújo (MDB). Quemassume temporariamenteé o suplente da sigla, ojovem, também advo-gado, HenriqueAlmada. Certamen-te, também seráuma visão quesomará poralguns diasna casalegislativa.Adalbertofará algunsexames, cuidará de alguns pequenos impasses de saúdee retornará com a ideia de atuar ativamente das eleiçõesde 2022.

Direito Portuário

A Dra.ShanaCarolinaColaço Bertol,diretora-executiva doOGMOParanaguá,participou naúltima sexta-feira do IIICongressoDireitoMarítimo ePortuárioABDM, emSantos, comoatuante doComitêJurídico daFederaçãoNacional dasOperaçõesPortuárias.

Na oportunidade, acompanhou o painel “Relações deTrabalho nas Atividades Marítimas e Portuárias”.

Obrigado!

Completamos 200 colunas no JB Litoral. Agradeço àfrutífera parceria com a diretora Jéssica Fernandes epor toda a liberdade editorial e confiança nesses 4anos de edição. Agradeço você, também, amigo leitorsemanal.

JB GENTE