aprovarv 02l cortado · filosofia, as ciências sociais e a ... renascimento..... pág. 13 (aula...

16

Upload: buique

Post on 11-Nov-2018

222 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Ao longo do tempo, os cursos de gradua-ção perceberam que empregavam a ciên-cia do movimento de forma equivocada erealizaram mudanças em seus currículos.A partir dessa mudança, foi descoberto omanancial para a nova concepçãoprofissional, dando vazão a várias áreas deatuação. Em amplo contexto, o esporte, aatividade física e a visão do corpo foramsendo preocupações da área das Ciênciasda Saúde, com profunda relação com afilosofia, as ciências sociais e ahistoricidade. Assim, desperta o “serpensante” e atuante com formaçãoacadêmica crítica e humanística ao mesmotempo. O sentido de amplitude do saber foiconseguido com a formação acadêmica dejovens comprometidos com a pesquisa ecom a extensão universitária. Hoje, o profissionalencontra oportunidadesde trabalho emv á r i o sn i c h o ssociais,tais como: atendi-mento em re-creação e lazerpara todas asidades; formaçãoacadêmica paraministrar aulas emtodos os níveis daeducação; atendi-mento em espaçosde prática da ativi-dade física (acade-m i a s ) ;atendimento comotécnico de modali-dades esportivasc o m p e t i t i v a s ;responsabi l idadeem planejamento depolíticas públicas sobre esporte, lazer eatividade física, atendimento em associa-ções, clubes e parques que promulgam omovimento humano. Enfim, é o profissional ocupando o seuespaço, fazendo valer o que preconiza oConselho Regional de Educação Física(CREF-AM) em atender primeiro ànecessidade profissional daqueles quebuscam a formação acadêmica emEducação Física.

O curso na UEA

Na UEA, o curso de Educação Física foioferecido recentemente, no vestibular de2007, tendo sua primeira turma de 800alunos iniciado as aulas neste mês.

Realizado pelo Sistema Presencial mediadopela Tecnologia, está sendo oferecido em 16municípios: Boca do Acre, Carauari, CareiroCastanho, Coari, Eirunepé, Humaitá,Itacoatiara, Lábrea, Manacapuru, Manicoré,Maués, Parintins, Presidente Figueiredo, SãoGabriel da Cachoeira, Tabatinga e Tefé.A composição de pessoal com a respon-sabilidade de implantar e executar o cursode Educação Física na UEA é a seguinte:48 professores titulares (atuantes na baseem Manaus) e 40 professores assistentes(atuando na base dos municípios partici-pantes do projeto). Neste primeiro momento, 40 professoresassistentes passaram por um curso decapacitação, realizado em janeiro, com asseguintes disciplinas: Metodologia Cien-

tífica e Interpretação deTextos sob responsa-bilidade dos profes-sores Jefferson Ju-rema e WalaceQueiroz; AspectosHistórico-sociaisda Educação Físi-ca (Moacir Atila eAlice Ramos); Bio-logia Geral Aplica-da à Educação Fí-

sica e ao Desporto(Mariana Macedo Lei-tão e Marcelo TorresCardoso); AnatomiaGeral e do AparelhoLocomotor (Ana Lú-cia Basílio e SilvaniaFurtado); Lazer eRecreação: Aspec-tos Pedagógicos eTécnicos (Vander-lan Santos Mota eCarlos Alberto Za-

carias); e Ginástica Geral (Myrian Abe-cassis Faber e Anervina Lima de Souza). Oresultado do curso selecionou os 16 pro-fessores que serão nossos representantesnos municípios onde o curso seráoferecido.O projeto nasce do intenso esforço da UEAem priorizar a formação de recursoshumanos e interiorizar o conhecimento.Com esse desafio em andamento, oscoordenadores do Curso de EducaçãoFísica criaram um grupo de pesquisa juntoà Plataforma Lattes do CNPq (LIBEF-AM) euma Revista Eletrônica denominada “OCURUPIRA”. Durante o curso, até dezem-bro de 2011, serão editados 48 livros deapoio pedagógico.

2

ÍndiceHISTÓRIAAmazônia Pré-histórica ............ Pág. 03(aula 7)

BIOLOGIAGenética – 1.ª e 2.ª lei de Mendel

................................................... Pág. 06(aula 8)

MATEMÁTICAEstudo das probabilidades ....... Pág. 07(aula 9)

QUÍMICASubstâncias e Misturas ............ Pág. 09(aula 10)

LITERATURA BRASILEIRAQuinhentismo (1500 a 1601) .... Pág. 11(aula 11)

HISTÓRIARenascimento........................... Pág. 13(aula 12)

Referência bibliográfica ......... Pág. 15

Guia de Profissões

Dando continuidade ao nosso Guiade Profissões, abordaremos, nestenúmero, o universo de atuação e

como funciona, dentro da UEA, o curso deEducação Física. Tomando como referên-cia o mercado regional, a carência de mão-de-obra especializada, principalmente nointerior do Amazonas, mostra um quadropromissor para os futuros profissionaiscom a abertura de campos de trabalho ecom a intensa preocupação da UEA emformar pessoas capacitadas, conscientesda responsabilidade social que estaprofissão exige.A Educação Física, enquanto profissão,encontra-se em plena expansão, segundoo senso do IBGE (2006), sendo a formaçãoacadêmica decisiva para que as áreas deatuação fossem garantidas no meio social.O curso, que durante um bom período foialocado nas Ciências Humanas, migroupara as Ciências da Saúde a partir dadécada de 80.

Educação Física

Amazônia pré-histórica

1. Uma discussão teórica sobre a Amazônia

Há uma questão sempre posta quando se buscaexplicar a Amazônia durante a pré-história (utiliza-remos esse termo para significar o período anteri-or à escrita), período mais longo e menos estuda-do da Amazônia: como se pode comprovar a ve-racidade do que se diz sobre a economia, a orga-nização social e a divisão do trabalho na Região(DOS SANTOS, Francisco Jorge. História do Ama-zonas. Amazonas: Editora Novo Tempo, 2000, p.19.) Quando teria iniciado o processo de ocupa-ção da Amazônia?Os estudos sobre a pré-história da Amazôniavêm sendo feitos por vários pesquisadores (ar-queólogos, etno-historiadores, historiadores ecientistas sociais) desde o século XIX. Mais re-centemente, importantes pesquisadores desen-volveram trabalhos sobre a pré-história da Ama-zônia com o apoio institucional da UniversidadeFederal do Amazonas e de outras instituiçõesacadêmicas. Entre esses estudiosos do tema,podemos citar: Bety Meggers, Anna Roosevelt,André Proust, Pedro Ignácio Smith, EduardoGóes Neves, Charles Hart entre outros.Os primeiros trabalhos amazônicos afirmavamque o processo de ocupação pré-histórica daAmazônia ocorreu dos Andes até o Atlântico. Ajustificativa para essa afirmativa era que a Amazô-nia possuía um meio ambiente pobre e incapazde produzir uma cultura complexa e densa devidoao solo ácido pouco fértil. Por outro lado, os An-des possuíam um ambiente propício para o de-senvolvimento de uma densa população e umacomplexa cultura. As descobertas feitas por Roo-sevelt em Monte Alegre, no Pará, vêm mostrarque, na Amazônia, desenvolveram-se culturascomplexas há muito mais tempo do que sesupunha, os chamados Cacicados Complexos,na parte oriental da região.

2. Fases de ocupação da Amazônia

Os arqueólogos e cientistas sociais apresentamuma periodização específica para o processo deocupação da Amazônia:a) Paleoindígena (11.200 – 8.500 a.C.)Nesse período, os povos paleoindígenas viviamda coleta de moluscos, de plantas e da caça deanimais de pequeno porte (SANTOS, FranciscoJorge. História do Amazonas. Manaus: EditoraNovo Tempo, 2000, p. 19). As descobertas daarqueóloga Anna Rooselvelt, em Monte Alegre,Pará, levam-nos a acreditar que havia a práticada pesca e da caça de animais, pois era comumo uso de pontas de lanças feitas de pedra. Nãohá registros dessa época de habitações maiselaboradas, o que nos sugere que esse povohabitava grutas e cavernas.

Fig. 1 – Ponta de lança feita de pedra lascada.Pesquisa Fapesp: Revista Ciência e Tecnologia no

Brasil. Outubro, 2003.

b) Arcaica (7.500–1000 a.C.):Nesse período, ocorre o desenvolvimento daprodução agrícola, especialmente na várzea,

depois em terra firme, propiciando a sedentari-zação do homem amazônico. Segundo AntônioPorro, a agricultura surgiu a partir do feijão, daabóbora e do milho.Os arqueólogos descobriram diversos sambaquis(sítios arqueológicos recobertos por camadas deconchas e de vegetação fluvial) que comprovamesse período nas regiões do delta, do baixo Ama-zonas, da Guiana e do Orenoco.

Fig.2 – Agricultura na fase paleoindígena

2. Periodo Formativo ou Pré-história Tardia(1.000 a. C.-1540)

Surgiram, nessa época, em determinadasregiões amazônicas, os chamados CacicacosComplexos. Uma cultura com um grau de com-plexidade significativo em vários campos, taiscomo a produção de alimentos, a organizaçãosocial do trabalho, a jornada de trabalho reduzi-da, o sistema de organização religiosa, as orga-nizações festivas, etc.Os Cacicados ComplexosOrganização econômica – A principal atividadeeconômica era a agricultura em grande quanti-dade, pois havia técnica de plantio a partir dacoivara (a derrubada das árvores, seguida dequeimada em uma área de terra firme onde erafeito o plantio; na várzea, a plantação ocorria lo-go após a vazante). Praticavam-se também téc-nicas de terraplenagem para a construção de vi-veiros para a criação de quelônios. Em determi-nados lugares, o milho era o alimento principal,seguido da mandioca, do peixe e de animaissilvestres. A jornada de trabalho girava em tornode 4 horas diárias. O trabalho para a subsistên-cia era desenvolvido por todos os membros deuma comunidade.Os produtos manufaturados, como tecidos, ce-râmicas, armas, etc., eram comercializados nummovimento intertribal feito a longa distância erealizado periodicamente.

Organização social e política – Havia estratifi-cações sociais que determinavam também a or-ganização política dos Cacicados Complexos:no topo, estava o grande chefe, que tinha seupoder justificado a partir de uma origem divina.Havia um estrato subordinado ao grande chefe,a quem se pagavam tributos, e os escravos con-quistados em guerra.

3. Os povos das águas do século XVI

A seguir, apresentaremos alguns povos a partirde suas localizações geográficas e das respec-tivas províncias (categoria utilizada para situaros domínios territoriais de cada um desses po-vos).

Província de Aparia – Localizava-se na regiãodo baixo Napo, estendendo-se até o atual muni-cípio de São Paulo de Olivença. Nessa Provín-cia, havia vinte povoados compostos de até cin-qüenta grandes casas. O destaque era a grandeplantação de milho. Aparia Grande ou Aparia, oGrande, consistia na sede provincial, na regiãoda boca do rio Javari.

Província dos Omáguas – Seus domínioscomeçavam a partir de 120km acima da foz doJavari, estendendo-se até o Mamoria, entre oJutaí e o Juruá. Os omáguas apresentavam doistraços importantes que chamavam a atenção: adeformação artificial do crânio e o fato de pos-suírem técnicas de produção de roupas tecidascom algodão e em cores.

HistóriaProfessor Francisco MELO de Souza

01. Analise os itens abaixo e depoismarque a alternativa correta:

I. Os índios tapajós ficaram conhecidos his-toricamente por usarem roupas tecidasde algodão e por possuírem a testa acha-tada.

II. Os índios mundurucus foram pacificadospor Lobo D’Almada.

III. Os índios barés falavam a língua aruaquee viviam no Alto Rio Negro.

IV. Os índios manáos viviam, originalmente,no rio Madeira.

V. Ajuricaba era líder dos manáos e foi mor-to por Belchior Mendes de Morais.

a) I, II e III estão corretos.b) II, III e V estão corretos.c) I, III e IV estão corretos.d) I, III e V estão corretos.e) II, IV e V estão corretos.

02. Considera-se a realidade amazônicacomo uma das áreas da América ondeas pesquisas arqueológicas, durante operíodo Paleoindígena, ainda são es-cassas. Sobre essa fase, podemos afir-mar:

a) Foi o período em que começou a ocupa-ção da América, por meio do Estreito deBehring.

b) A ocupação da Amazônia ocorreu noperíodo entre 11.200 a.C. a 8.500 a.C. Apopulação que chegou à Amazônia eranômade, vivia da coleta de moluscos ehabitava grutas e cavernas.

c) Foi o período em que ocorre uma imigra-ção dos Andes Centrais para a AmazôniaOcidental.

d) Vestígios encontrados em Monte Alegre(PA) sugerem que a caça é importanteelemento para comprovar a veracidadecientífica desse período.

e) “b” e “d” estão corretas.

03. De acordo com os seus conhecimentossobre as fases de ocupação da Amazô-nia, analise os itens abaixo e marque aalternativa correta.

I. Paleoindígena – Período mais antigo deocupação da América, em que ocorreuuma imigração da África para o Brasil,segundo as descobertas de L. W. Lund,em Lagoa Santa – MG.

II. Arcaica – Fase em que ocorreu uma im-portante transformação no processo pro-dutivo: a descoberta da agricultura e aprodução de cerâmica.

III. Pré-História Tardia – Fase em que ocor-reu o surgimento das sociedades comple-xas, a exemplo dos CacicadosComplexos.

a) I, II e III são verdadeiros.b) I e II são verdadeiros.c) I e III são verdadeiros.d) II e III são verdadeiros.e) I é verdadeiro.

Aula 7

3

4

Fig. 3 a) Índio Omágua com cabeça em forma de mitra.b) Busto de um índio Cambeba. Fonte: Expedição deAlexandre Rodrigues Ferreira à Amazônia.

Província de Machifaro – Localizava-se na mar-gem direita do Solimões, entre os rios Tefé eCoari. Recebeu vários nomes, tais como: Curu-zirari, Carapuna e Aisuari. Essa província ficouconhecida como “Aldeia do Ouro”, pelo fato deque indivíduos dessa população usavampingentes de ouro, trocados em comérciointertribal.

Província de Yoriman – Dominava cerca de250km, a partir das proximidades de Coari, es-tendendo-se até o Purus, na margem direita doSolimões. Ficou conhecida como “Aldeia daLouça” devido à belíssima cerâmica policrômicaproduzida por eles. Era conhecida ainda comoSolimões. Tida como uma nação guerreira,atemorizava os portugueses.

Província de Paguana – Localizava-se doPurus, na margem direita, até o encontro daságuas. Havia dois povoados: o dos Bobos e odos Viciosos.

Província dos Tarumãs – Iniciava seus domí-nios na Barra e estendia-se até o rio Urubu. Ostarumãs eram povo do tronco lingüista Aruaque.

Província dos Tapajós – Situava-se da regiãodo Nhamundá até a foz do rio Tapajós. O cronis-ta da expedição de Francisco de Orellana, freiGaspar de Carvajal, batizou as várias aldeias de“grandes cidades”. Outro cronista, Cristóbal deAcuña, da expedição de Pedro Teixeira, afirmouque se tratava de uma nação belicosa e temidapelas demais nações vizinhas, pois usavam emsuas flechas venenos que vitimavam os inimigosatingidos.

Fig. 4 – Território Cambeba nos séc. XVI e XVII.

4 – Grupos Lingüísticos e Tribais

A lingüística classificou cerca de 1492 línguasfaladas em toda a América do Sul. Na Amazô-nia, cerca de 718 línguas procediam dos tron-cos lingüísticos dos seguintes povos:

Aruaque – Dominava a bacia do Alto Amazonase a região do baixo Negro. Habitava também osrios Uatumã, Jatapu e Urubu.

Tupi – Dominava a costa atlântica do Pará, Ma-ranhão e baixo Amazonas. Sua presença éassinalada na Ilha Tupinambarana. Os omáguas,cocamas e cocamilas são desse tronco tribal.

Caribe – Centralizava-se no extremo norte, nasGuianas.

Tucano – Estava a noroeste da Amazônia.

Pano – Localizava-se nas cabeceiras dos riosPurus, Juruá e Uayali.

Catuquina – Localizava-se a sudoeste, entre orio Purus e o Juruá.

Jê – Estava na região sul do atual Estado do Pa-rá e norte de Mato Grosso.

Tucuna – A oeste do Negro, pelo Içá e pelo Ja-purá.

Tucano – A noroeste do Uaupés.

Xiriâna – No extremo norte, em Roraima.

5. Demografia

Foram feitas várias pesquisas para determinar olevantamento demográfico da Amazônia pré-histórica. Citemos as principais conclusões.Os pesquisadores na área da lingüística, comoCestmir Loukotka, classificaram 718 línguas fala-das na Amazônia. Elas foram agrupadas nos tron-cos: Tupi, Caribe, Aruaque, Pano, Ge, Tucano(além de outras línguas isoladas não-catalogadas).O etno-historiador Willian Denevan (1977), reco-nhecendo a importância histórica do processo dedespovoamento, fez um levantamento demográ-fico da Amazônia, levando em consideração adistinção entre os dois maiores ecossistemas:terra firme e várzea. Em seus estudos, estabele-ceu para a terra firme, 98% do território amazôni-co, com 0,2 hab/km², o que corresponde à cifrade um milhão de habitantes. Para a várzea, reco-nheceu a alta concentração de recursos naturaisexplorados pela tecnologia indígena. Por isso,sugeriu uma densidade de 14,6 hab/km² corres-pondente a 950 mil habitantes para os 65 mil km².Em números redondos, somam-se dois milhõesde habitantes, só para a Amazônia brasileira.Nesse sentido, podemos afirmar que, no séculoXVI, a Amazônia era densamente povoada, eque a várzea detinha uma maior concentraçãodemográfica em relação à terra firme.

Exercício

01. Sobre a produção agrícola durante aPré-História na Amazônia, é corretoafirmar que:a) Os povos dos Cacicados Complexos

eram agricultores. O milho, durantealgum tempo, foi o produto de maiordestaque como fonte alimentícia.

b) A abundante produção ocorria devido aodesenvolvimento de técnicas oriundasdas regiões andinas.

c) A enorme produtividade agrícola deveu-se exclusivamente ao grande crescimen-to demográfico que ocorreu por volta de1000 a.C.

d) A agricultura durante os Cacicados Com-plexos não teve um grande destaquecomo ocorreu com a caça e a pesca.

e) “a” e “c” estão corretas.

02. Em publicação recente, Eduardo GóesNeves afirma que o sistema de periodi-zação da Pré-História utilizado para asAméricas é diferente dos sistemas pro-postos por Thomsem, Lubbock e Mortil-let para o Velho Mundo, pois não seusam os termos como “Paleolítico”,“Idade da Pedra” ou “Idade dos Metais”.A periodização utilizada para a Amazô-nia é:a) Pleistoceno, Holoceno e Pré-história

Tardia.b) Cultura de Selva Tropical, Marajoara e

Cacicado Complexo.c) Pajelância, Província e Cacicado

Complexo.d) Paleoíndio, holoceno e Pré-História Tardia.e) Paleoíndio, Arcaico e Pré-História Tardia.

01. “Caverna de Pedra Pintada 11200 anosatrás. Enquanto mulheres e crianças sa-em para colher castanha-do-Brasil, os ho-mens estão no meio da mata úmida, ca-çando anta. A cena foi reconstruída apartir de uma descoberta que está colo-cando a arqueologia de pernas para oar. Ela indica que o homem chegou aocontinente americano há muito mais tem-po do que se supunha, adaptou-se bema um ambiente considerado hostil e cri-ou uma cultura superior à de outros pré-históricos de sua época”.

(http:www2.uol.com.br/super/super06961amaz.htmi).

Com o título “A civilização Perdida daAmazônia”, a revista Superinteressantedivulgou as pesquisas arqueológicasdesenvolvidas pela arqueóloga Anna Roo-sevelt em Monte Alegre (PA). Utilizandoseus conhecimentos sobre a arqueologiada Amazônia e com base no texto emdestaque, responda por que as desco-bertas de Roosevelt estão colocando aarqueologia de “pernas para o ar”, as-sinalando a alternativa correta de acordocom o seguinte código:

I. Apesar do entusiasmo provocado pelos re-sultados, as pesquisas arqueológicas naAmazônia não podem ultrapassar o nível damera especulação porque a acidez dos so-los e a forte umidade da região destroem osmateriais que viriam a se constituir em vestí-gios arqueológicos, o que impede a conti-nuidade dos levantamentos.

II. Arqueólogos importantes, como Betty Meg-gers, asseguravam que fatores ambientaisestabeleceram limites para as possibilidadesde desenvolvimento das sociedades amazô-nicas, e um dos mais preponderantes diziarespeito ao potencial agrícola do solo.

III. As pesquisas arqueológicas permitem lançarnovas luzes sobre o conhecimento acercada região e rever teses consagradas, comoa que considerava que os Andes Centraisteriam sido o grande pólo de inovação cultu-ral na América do Sul, e a Amazônia teriasido apenas uma marginal nesse processo.

a) As proposições II e III estão corretas. b) As proposições I e III estão corretas. c) Somente a proposição I está correta. d) Somente a proposição III está correta. e) As proposições I e II estão corretas.

02. A pesquisa arqueológica na Amazônia ain-da carece de muitos estudos. Entretantojá existe uma periodização provisória parao estudo da Região Amazônica, diferentedaquela empregada nos países europeus,e que vem sendo utilizada pelos arqueó-logos. Essa periodização compreende asfases denominadas de:a) Paleoindigena, Holoceno e Cacicados Com-

plexos. b) Paleolítico, Mesolítico e Neolítico. c) Idade da Pedra Lascada, Idade da Pedra

Polida e Idade dos Metais.d) Pleistoceno, Holoceno e Pré-história tardia. e) Paleoindígena, Arcaica e Formativo.

5

Genética – 1.a Lei de Mendel

1. Uma das experimentações de Mendel e a Primeira Lei

Em suas experimentações, Mendel procuravacruzar sempre plantas que pertenciam a linha-gens que ele chamava de puras. Essas linha-gens eram aquelas que produziam sempre des-cendentes com características que não variavamde uma geração para outra. A obtenção de linha-gens puras em ervilhas é facilitada, pois a auto-fecundação é o processo natural de reproduçãonessa espécie.Vamos considerar, como exemplo, apenas umadas sete características que Mendel analisou: aforma da semente. Com relação a essa carac-terística, existem duas variedades: lisa e rugosa.Mendel cruzou plantas puras de ervilha que pro-duziam sementes lisas com plantas puras queproduziam sementes rugosas. Essas plantas, quedão início à experimentação, constituem a gera-ção de pais, ou geração parental, representadapela letra P. Os descendentes dessa geração Pconstituem a geração F, ou primeira geração defilhos. Os descendentes de F1 constituirão a ge-ração F2, e assim por diante.Mendel observou que, na geração F1, desse cru-zamento, todos os indivíduos produziam semen-tes lisas. A variedade rugosa não aparecia em F2.A seguir, Mendel deixou ocorrer a autofecundaçãodas plantas de F1 e analisou os descendentes(geração F2). Ele pôde constatar que em F2 cercade 75% das sementes eram lisas e 25% eram ru-gosas, o que dá uma proporção de 3 sementeslisas para 1 rugosa (3:1).

2. Alguns conceitos fundamentais em Genética

No item anterior, já introduzimos alguns termosimportantes para a compreensão dos mecanismosde transmissão das características hereditárias.Vamos, agora, introduzir outros termos.

2.1 Fenótipo e genótipo

A palavra característica ou caráter é utilizadaem Genética para designar qualquer particulari-dade de um indivíduo. A cor de uma flor é umcaráter de uma planta; o tipo de cabelos, a corde olhos e o grupo sanguíneo são caracteres deuma pessoa.Um mesmo caráter pode apresentar duas ou maisvariáveis, sendo que a variável de cada caráter édenominada fenótipo. Assim, para o caráter “gru-po sanguíneo do sistema ABO” pode haver qua-tro fenótipos: grupo A, grupo B, grupo AB e gru-po O.O termo fenótipo pode ser aplicado tanto ao con-junto das variáveis dos caracteres manifestados

em um organismo como à variável de cada cará-ter em particular. Os caracteres nem sempre sãovisíveis, como é o caso do grupo sanguíneo aque um indivíduo pertence. Para determiná-lo, énecessário realizar testes especiais.O termo genótipo pode ser aplicado tanto aoconjunto total de genes de um indivíduo como acada par de genes em particular.Os filhos herdam dos pais um certo genótipo,que tem a potencialidade de expressar um fenó-tipo. Um mesmo genótipo pode expressar-sepor diferentes fenótipos, dependendo de suainteração com o meio.

2.3 Dominância e recessividade

Quando, no indivíduo diplóide, uma vez presenteo alelo, o fenótipo por ele determinado manifesta-se, diz-se que esse alelo é dominante. No casode o alelo precisar estar em dose dupla para semanifestar, pois sozinho não se manifesta, ele échamado de recessivo.

Alelo dominante – É aquele que determina omesmo fenótipo, tanto em homozigose comoem heterozigose.

Alelo recessivo – É aquele que só se expressaquando está em homozigose.

3. Genes letais

Em 1905, logo após o redescobrimento dos tra-balhos de Mendel, o geneticista francês Cuénotestudava a herança da cor do pêlo de camun-dongos, que é determinada por um par de ale-los com relação de dominância completa. Verifi-cou que todos os camundongos amarelos eramheterozigotos, que os “agutis” (selvagens) eramhomozigotos recessivos e que não havia camun-dongos amarelos homozigotos. Ao cruzar camun-dongos amarelos entre si, Cuénot sempre obti-nha uma proporção fenotípica de 2 amarelospara 1 aguti (2 : 1), não se verificando a propor-ção mendeliana esperada de 3 : 1. Para explicaresse resultado, Cuénot propôs que o esperma-tozóide portador do gene dominante (A) não fe-cundava o óvulo portador do gene A.Posteriormente, outros pesquisadores verifica-ram que o indivíduo AA chegava a se formar, masmorria no útero antes de nascer. Propôs-se, en-tão, que o gene A em dose dupla era letal, ouseja, provocava a morte dos indivíduos. Assim,esse gene, apesar de dominante para cor dopêlo, é recessivo para a letalidade, pois apenasem homozigose determinar a morte do indiví-duo.Genes que em homozigose determinam a mortedo indivíduo são denominados letais recessivos.

Genética – 2.a Lei de Mendel

1. 1. IntroduçãoA Primeira Lei de Mendel analisa a transmissãode um caráter, condicionado por um par de ge-nes alelos (monoibridismo).Na Segunda Lei de Mendel, é analisada a heran-ça concomitante de dois, três ou mais caracte-res, falando-se, assim, em diibridismo, triibridis-mo ou poliibridisino respectivamente.

(UFSM) Uma criança de aproximada-mente 1 ano, com acentuado atrasopsicomotor, é encaminhada pelo pedia-tra a um geneticista clínico. Este, apósalguns exames, constata que a criançapossui ausência de enzimas oxidasesem uma das organelas celulares. Esseproblema pode ser evidenciado, no dia-a-dia, ao se colocar H‚O‚ em ferimentos.No caso dessa criança, a H‚O‚ “não fer-ve”.O geneticista clínico explica aos paisque a criança tem uma doença de ori-gem genética, é monogênica com he-rança autossômica recessiva. Diz tam-bém que a doença é muito grave, poisa criança não possui, em um tipo deorganela de suas células, as enzimasque deveriam proteger contra a açãodos radicais livres.

01. Qual é o genótipo dos pais da criançadescrita no texto e qual a probabilidadede o casal ter outro filho com essa mes-ma doença?

a) AA x aa; 1/8. b) Aa x aa; 1/2.c) Aa x Aa; 1/4. d) Aa x aa; 1/4.e) Aa x Aa; 1/8.

02. (Fatec) Na espécie humana, o albinis-mo é causado por um gene autossô-mico recessivo. A probabilidade de oprimeiro filho de um homem albino ca-sado com uma mulher normal, mas he-terozigota, ser albino e do sexo mascu-lino é:

a) nula b) 25 %c) 50% d) 75 %e) 100 %

03. (Fuvest) Uma mulher normal, casadacom um portador de doença genéticade herança autossômica dominante,está grávida de um par de gêmeos.Qual é a probabilidade de que pelomenos um dos gêmeos venha a serafetado pela doença no caso de serem,respectivamente, gêmeos monozigó-ticos ou dizigóticos?

a) 25% e 50% b) 25% e 75%c) 50% e 25% d) 50% e 50%e) 50% e 75%

04. (Cesgranrio) Mendel cruzou duas varie-dades de “Mirabilis jalapa”, uma comflores vermelhas e outra com floresbrancas. Na geração F1, todas as floreseram rosas. Indique qual será o resulta-do do cruzamento da variedade de flo-res rosas (F2).

a) 25% brancas : 25% vermelhas : 50% rosasb) 25% brancas : 50% vermelhas : 25% rosasc) 100% rosasd) 50% vermelhas : 50% rosase) 50% brancas : 25% vermelhas : 25% rosas

Aula 8

BiologiaProfessor GUALTER Beltrão

6

2. Uma das experimentações de Mendel

Mendel continuou os seus trabalhos analisandodois caracteres ao mesmo tempo, isto é, doispares de genes, sendo cada par responsávelpor um determinado caráter. Escolhendo comoexemplo os caracteres forma e cor da semente,vamos analisar o esquema a seguir, que mostraresumidamente os resultados de cruzamentos,realizados por Mendel, entre ervilhas lisas eamarelas, e ervilhas rugosas e verdes, todas emhomozigose para os dois caracteres.

Em F1, 100% das sementes são lisas e amare-las. Sabendo que existe dominância entre osgenes alelos, esse resultado coincide com oque se esperava. Em seguida, Mendel deixouque as plantas da geração F1 se autofecun-dassem, e obteve em F2 o seguinte resultado:

A proporção fenotípica obtida foi, para cada 16descendentes:• 9 lisas e amarelas;• 3 lisas e verdes;• 3 rugosas e amarelas;• 1 rugosa e verde.A análise desses resultados mostra que semen-tes com forma lisa podem ter cor amarela ouverde, e sementes com forma rugosa tambémpodem ter essas mesmas cores.Assim, a forma da semente não depende da corque ela apresenta.A cor e a forma da semente manifestam-se inde-pendentemente uma da outra. É o que estabele-ce a Segunda Lei de Mendel: na formação dosgametas, o par de fatores responsável por umacaracterística separa-se independentemente deum outro par de fatores responsável por outracaracterística.

Poderíamos dizer, hoje, já com novos conceitos,que “os pares de alelos localizados em cromos-somos não-homólogos separam-se independen-temente na formação dos gametas”.

Exercícios

01. (Mackenzie) Se os indivíduos 7 e 11 secasarem, a probabilidade desse casalter uma filha com o mesmo fenótipodo avô materno é de:

a) 1/2 b) 1/4c) 1/8 d) 1/3e) 2/3

02. (PUC–MG) No heredograma adiante,os indivíduos 3 e 5 são afetados poruma anomalia genética recessiva.

Considerando-se que a família acimarepresentada faz parte de uma popu-lação em equilíbrio de Hardy-Weim-berg, na qual a freqüência de indiví-duos afetados é de 1%, é corretoafirmar, EXCETO:a) A segunda geração pode ser composta

apenas por indivíduos homozigotos.b) O indivíduo 8 apresenta o mesmo fenó-

tipo e o mesmo genótipo do avô para ocaráter em questão.

c) A probabilidade de o indivíduo 7 ser he-terozigoto é de 18%.

d) O caráter em estudo pode ser ligado aosexo.

03. (Mackenzie) Em drosófilas, o caráterasa vestigial é recessivo em relação aocaráter asa longa. Um macho puro deasa longa é cruzado com uma fêmeade asa curta. Um indivíduo de F1 é re-trocruzado com a fêmea parental e seobtêm 480 larvas. Supondo que todassofram metamorfose, o número espe-rado de indivíduos de asa curta é de:

a) 480. b) 120.c) 180. d) 360.e) 240.

04. (Pucrs) Estudos genéticos permitiramverificar que um casal tem 1/4 de pro-babilidade de ter um descendente comuma determinada anomalia. Esse casaltem .......... de probabilidade de ter umdescendente do sexo masculino e por-tador da disfunção genética mencio-nada.

a) 2/3. b) 3/9.c) 1/8. d) 2/5.e) 1/25.

01. (Mackenzie) As flores da planta mara-vilha podem ser vermelhas, brancas ourosas. As flores vermelhas e brancassão homozigotas, enquanto as rosassão heterozigotas. Para se obter 50%de flores brancas, é necessário cruzar:

a) duas plantas de flores rosas;b) uma planta de flores brancas com ou-

tra de flores rosas;c) uma planta de flores rosas com outra

de flores vermelhas;d) uma planta de flores vermelhas com

outra de flores brancas;e) duas plantas de flores vermelhas.

02. (PUC–RS) No monoibridismo com co-dominância ou dominância interme-diária, as proporções genotípicas efenotípicas observadas na segundageração dos filhos serão, respectiva-mente:

a) 1 : 3 : 1 e 3 : 1b) 1 : 2 : 1 e 1 : 2 : 1c) 1 : 1 : 2 e 1 : 1 : 1d) 1 : 3 : 1 e 3 : 1 : 3e) 1 : 1 : 1 e 3 : 1

03. (Unesp) A talassemia é uma doençahereditária que resulta em anemia. In-divíduos homozigotos MM apresentama forma mais grave, identificada comotalassemia maior, e os heterozigotosMN apresentam uma forma mais bran-da, chamada de talassemia menor.Indivíduos homozigotos NN são nor-mais. Sabendo-se que todos os indiví-duos com talassemia maior morremantes da maturidade sexual, qual dasalternativas a seguir representa a fra-ção de indivíduos adultos, descenden-tes do cruzamento de um homem euma mulher portadores de talassemiamenor, que serão anêmicos?

a) 1/2b) 1/4c) 1/3d) 2/3e) 1/8

04. (Puccamp) Em aves, existe uma ano-malia que se caracteriza pelo encur-tamento das asas. Quando aves anô-malas heterozigóticas são cruzadas,originam uma descendência comindivíduos anômalos e normais, numaproporção de 2 :1, respectivamente.A partir desses dados, é possível de-duzir que o alelo que condiciona aanomalia é

a) letal em homozigose;b) letal recessivo;c) pleiotrópico;d) hipostático;e) epistático.

7

Estudo das Probabilidades

Experimentos aleatórios

Os experimentos cujos resultados podem ser pre-vistos, isto é, podem ser determinados antes mes-mo de sua realização, são chamados experimen-tos determinísticos. Por exemplo, é possível pre-ver a temperatura em que a água entrará em ebu-lição desde que conhecidas as condições emque o experimento se realiza.Alguns experimentos, contudo, não são assim pre-visíveis. Por mais que sejam mantidas as mesmascondições, não podemos prever qual será o resul-tado ao lançarmos uma moeda. Esses são cha-mados experimentos aleatórios (em latim alea =sorte).

Definição – Experimentos aleatórios são aque-les que, repetidos em condições idênticas, nãoproduzem sempre o mesmo resultado.

A teoria das probabilidades estuda a forma deestabelecermos as possibilidades de ocorrêncianum experimento aleatório.

Espaço amostral e evento

Vamos estudar experimentos aleatórios com resul-tados eqüiprováveis (mesma chance de ocorrên-cia) e em número determinado, isto é, finito.

Definição – Espaço amostral é o conjunto de to-dos os resultados possíveis de um experimentoaleatório. Indicaremos o espaço amostral por U. Evento – É qualquer subconjunto do espaçoamostral.

Aplicação:

Lançamos três moedas e observamos as facesque ficaram voltadas para cima. Representar:a) o espaço amostral do experimento;b) o evento A: chances de sair faces iguais;c) o evento B: sair exatamente uma face “cara”;d) o evento C: chances de sair, pelo menos,

uma face “cara”.

Resolução:

a) U = {(Ca, Ca, Ca), (Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca),(Ca, Co, Co), (Co, Ca, Ca), (Co, Ca, Co), (Co,Co, Ca), (Co, Co, Co)}

b)A = {(Ca, Ca, Ca), (Co, Co, Co)}c) B = {(Ca, Co, Co), (Co, Ca, Co), (Co, Co, Ca)}d)C = {(Ca, Ca, Ca), (Ca, Ca, Co), (Ca, Co, Ca),

(Co, Ca, Ca), (Ca, Co, Co), (Co, Ca, Co), (Co,Co, Ca)}

Observação – Os números de elementos do es-paço amostral e dos eventos de um experimen-to aleatório são calculados com a análise combi-natória.

Tipos de eventos

Consideremos o experimento aleatório: lança-mento de um dado comum e observação donúmero representado na face voltada para cima.O espaço amostral será U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}.Analisemos os diversos tipos de eventos quepodemos definir neste experimento.

I Evento elementarQualquer subconjunto unitário de U.Aplicação:Ocorrência de um número múltiplo de 5.A = {5}

II Evento certoÉ o próprio espaço amostral U.Aplicação:Ocorrência de um divisor de 60.B = {1, 2, 3, 4, 5, 6}

III Evento impossívelÉ o conjunto vazio (∅).Aplicação:Ocorrência de um múltiplo de 8.C = { } = ∅

IV Evento uniãoÉ a reunião de dois eventos.Aplicação:Evento A: ocorrência de um número primo.A = {2, 3, 5}Evento B: ocorrência de um número ímpar.B = {1, 3, 5}Evento A ∪ B: ocorrência de um número primo ou ímparA ∪ B = {1, 2, 3, 5}

V Evento intersecçãoÉ a intersecção de dois eventos.Aplicação:Evento A: ocorrência de um número primo.A = {2, 3, 5}Evento B: ocorrência de um número ímpar.B = {1, 3, 5}Evento A ∩ B: ocorrência de um número primo e ímpar.A ∩ B = {3, 5}

VI Eventos mutuamente exclusivos

Dois eventos E1 e E2 de um espaço amostralU são chamados mutuamente exclusivosquando E1 ∩ E2 = ∅Aplicação:Evento A: ocorrência de um número par.A = {2, 4, 6}Evento B: ocorrência de um número ímpar.B = {1, 3, 5}A e B são eventos mutuamente exclusivos,pois A ∩ B = ∅.

VII Evento complementarÉ o evento E

–––= U – E.

Aplicação:Evento A

–––: ocorrência de um número primo

A–––

= {2, 3, 5}Evento ocorrência de um número não primoA–

= U – A = {1, 4, 6}Observação:No caso do exemplo, podemos dizer que o evento A

–––é a não-ocorrência de um número

primo.

Probabilidade teórica de um evento

Se, num fenômeno aleatório, o número de ele-mentos do espaço amostral é n(U), e o númerode elementos do evento A é n(A), então aprobabilidade de ocorrer o evento A é o númeroP(A) tal que:

n(A)P (A) = –––––––––

n(U)Uma outra forma de definir a probabilidade deocorrer o evento A é:

número de resultados favoráveisP(E) = –––––––––––––––––––––––––––––––––––número de resultados possíveis

Aplicação:Retirando-se uma carta de um baralho normalde 52 cartas, qual é a probabilidade de que acarta retirada seja um rei?Resolução

número de resultados favoráveisP(E) = ––––––––––––––––––––––––––––––––

número de resultados possíveis

4 1P(E) = ––––– = –––––

32 13

Aplicação:Em um lançamento de dois dados, um preto eoutro branco, qual é a probabilidade de que osdois números obtidos sejam iguais?Resolução:

U = {(1, 1), (1, 2), (1, 3), ..., (6, 4), (6, 5), (6, 6)}

n(U) = 6 · 6 = 36

E = {(1, 1), (2, 2), (3, 3), (4, 4), (5, 5), (6, 6)}

n(E) = 6

01. (Cesgranrio) Uma urna contém 4 bolasbrancas e 5 bolas pretas. Duas bolas, es-colhidas ao acaso, são sacadas dessaurna, sucessivamente e sem reposição.A probabilidade de que ambas sejambrancas vale:

a) 1/6 b) 2/9

c) 4/9 d) 16/81

e) 20/81

02. (Fatec) Considere todos os números decinco algarismos distintos obtidos pelapermutação dos algarismos 4, 5, 6, 7 e8. Escolhendo-se um desses números,ao acaso, a probabilidade dele ser umnúmero ímpar é

a) 1 b) 1/2

c) 2/5 d) 1/4

e) 1/5

03. (Fei) Uma caixa contém 3 bolas verdes,4 bolas amarelas e 2 bolas pretas. Duasbolas são retiradas ao acaso e semreposição. A probabilidade de ambasserem da mesma cor é:

a) 13/72 b) 1/18

c) 5/18 d) 1/9

e) 1/4

04. (Fei) Em uma pesquisa realizada em umaFaculdade, foram feitas duas perguntasaos alunos. Cento e vinte responderam“sim” a ambas; 300 responderam “sim”à primeira; 250 responderam “sim” à se-gunda e 200 responderam “não” a am-bas. Se um aluno for escolhido ao aca-so, qual é a probabilidade de ele ter res-pondido “não” à primeira pergunta?

a) 1/7 b) 1/2

c) 3/8 d) 11/21

e) 4/25

05. (Fuvest) Escolhem-se ao acaso três vér-tices distintos de um cubo. A probabili-dade de que esses vértices pertençam auma mesma face é:

a) 3/14 b) 2/7

c) 5/14 d) 3/7

e) 13/18

06. (Fuvest-gv) No jogo da sena, seis núme-ros distintos são sorteados dentre os nú-meros 1, 2,....., 50. A probabilidade deque, numa extração, os seis númerossorteados sejam ímpares vale aproxima-damente:

a) 50 % b) 1 %

c) 25 % d) 10 %

e) 5 %

Aula 9

MatemáticaProfessor CLICIO

8

Assim:

n(E) 6 1P(E)= ––––– = ––––– = ––––

n(U) 36 6

Propriedades das probabilidades

• A probabilidade do evento impossível é 0. (P (∅) =0)

n(∅) 0P(∅)= –––– = ––––– = 0

n(u) n(u)• A probabilidade do evento certo é 1.(P(U)=1)

n(u) P(u)= –––– = 1

n(u) • Sendo A um evento de um espaço amostral

U, a probabilidade de A é um número racionalentre 0 e 1, inclusive. (0 ≤ P(A) ≤ 1).

0 n(A) n(U)0 ≤ n (A) ≤ n(U) ⇒ –––– ≤ ––––– ≤ –––––

n(U) n(U) n(U)n(A)

Como P(A) = –––––, temos: 0 ≤ P(A) ≤ 1n(U)

Sendo A–––

um evento e seu complementar, então: P(A) + P(A

–––) = 1.

Aplicação:Os 900 números de três algarismos estão colo-cados em 900 envelopes iguais. Um dos envelo-pes é sorteado. Qual a probabilidade de ele con-ter um número que tenha, pelo menos, dois al-garismos iguais?

Resolução:Sendo A o evento “ocorrer um número com pelomenos dois algarismos iguais”, é mais fácil cal-cular P(A

–––), a probabilidade do evento comple-

mentar de A. Assim,

A → Número com pelo menos dois algaritmos repetidos.A––– → Números com algoritmos distintos.

Centena Dezena Milhar n( ) = 9 9 8 =648

1ª 2ª 3ª

648P(A–––

) = –––––900

648 252Como P(A) + –––– =1 ⇒ P(A) –––– =0,28=28%

900 900Como P(A) + P(A

–––) = 1

Aplicação:01. Três moedas são lançadas simultaneamen-

te; descreva o espaço amostral.

Resolução:U = {(Ca, Ca, Ca), (Ca, Ca, Co), (Ca, Co,

Ca), (Co, Ca, Ca), (Ca, Co, Co), (Co, Ca,

Co), (Co, Co, Ca), (Co, Co, Co)}

Probabilidade do evento união

Dados dois eventos A e B de um espaço amos-tral U, dizemos que ocorrer o evento A B (eventounião) é ocorrer pelo menos um dos eventos Aou B.

n (A ∪ B) = n(A) + n(B) – n(A ∩ B) Assim:n (A ∪ B) n(A) n(B) n(A ∩ B)

––––––––– = –––– + –––– – ––––––––n(U) n(U) n(U) n(U)

Ou seja:P (A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B) Podemos enunciar essa conclusão assim:

A probabilidade de ocorrer o evento A ou oevento B é dada pela soma da probabilidadede ocorrer A com a probabilidade de ocorrerB, menos a probabilidade de ocorrer os doiseventos (A e B).

Caso particular – Se os eventos A e B são mu-

tuamente exclusivos, isto é, A ∩ B = ∅, P(A ∩B) = 0, a fórmula acima se reduz a:P(A ∪ B) = P(A) + P(B)

Aplicação:De um baralho comum de 52 cartas, uma cartaé retirada aleatoriamente. Qual a probabilidadede sair um valete ou uma carta de paus?

Resolução:Sendo:

Evento A: “a carta é um valete”

4P (A) = ––––

52

Evento B: “a carta é de paus”

13P (B) = ––––

52

Evento A ∩ B: “a carta é um valete de paus”

1P (A ∩ B) = –––––

52

Evento A ∪ B: “a carta é um valete ou é de paus”

P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)

4 13 1 16 4P(A ∪ B) = –––– + –––– – –––– = –––– = ––––

52 52 52 52 13

Aplicação (Arapuca)Consideremos um experimento com espaçoamostral U = {a, b, c}, sendo p(a), p(b) e p(c)as possibilidades dos resultados a, b e c de mo-do que p (a) = 1/3 e p (b) = 1/2. Calcule:a) p(c)b) a probabilidade do evento A = {a, c}Resolução:a) p(a) + p(b) + p(c) = 1

1 1––– + ––– + p (c) = 13 2

1 1 6 – 2 – 3 1p (c) = 1 – ––– – ––– = ––––––––– = ––––

3 2 6 6

b) P(A) = p(a) + p(c)

1 1 2 + 1 3p (A) = ––– + ––– = ––––––– = ––––

3 2 6 6

1Assim, P (A) = –––

2

Aplicações:01. (UEA 2003) Numa urna existem 10 bolas co-

loridas. As brancas estão numeradas de 1 a6 e as vermelhas de 7 a 10. Retirando-seuma bola, qual a probabilidade de ela serbranca ou de seu número ser par?

Resolução:Evento A: a bola é branca.

Evento B: a bola tem número par.

6 5 10P(A) = –––– ; P(B) = ––––; P(A ∩ B) = ––––

10 10 10

P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)

6 5 3 8 4P(A ∪ B) = ––– + ––– – ––– = ––– = –––

10 10 10 10 5

02. Um número inteiro é escolhido ao acasodentre os números (1, 2, 3, …, 60). Calculea probabilidade de o número ser divisívelpor 2 ou por 5.

Resolução:Evento A: o número é divisível por 2 ⇒ n(A) = 30

Evento B: o número é divisível por 5 ⇒ n(A) = 1230 1

P (A) = –––– = –––– 60 2 12 1

P (B) = –––– = –––– 60 5

6 1P (A ∩ B) = –––– = ––––

60 10P(A ∪ B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)

1 1 1P (A ∪ B) = ––– + ––– – ––––

2 5 1015 + 6 – 3 18

P (A ∪ B) = ––––––––––– = –––– 30 30

3P (A ∪ B) = –––

5

01. (Mackenzie) Dois rapazes e duas moçasocupam ao acaso os quatro lugares deum banco. A probabilidade de não fica-rem lado a lado duas pessoas do mesmosexo é:

a) 1/3. b) 2/3.

c) 1/2. d) 3/4.

e) 1/4.

02. (Mackenzie) Num grupo de 12 profes-sores, somente 5 são de matemática.Escolhidos ao acaso 3 professores dogrupo, a probabilidade de no máximoum deles ser de matemática é:

a) 3/11. b) 5/11.

c) 7/11. d) 8/11

e) 9/11.

03. (Puccamp) O número de fichas de certaurna é igual ao número de anagramasda palavra VESTIBULAR. Se em cadaficha escrevermos apenas um dosanagramas, a probabilidade desortearmos uma ficha dessa urna e noanagrama marcado as vogais estaremjuntas é

a) 1/5040. b) 1/1260.

c) 1/60. d) 1/30.

e) 1/15.

04. (Pucsp) Uma urna contém apenascartões marcados com números de trêsalgarismos distintos, escolhidos de 1 a9. Se, nessa urna, não há cartões comnúmeros repetidos, a probabilidade deser sorteado um cartão com um númeromenor que 500 é:

a) 3/4. b) 1/2. c) 8/21.

d) 4/9. e) 1/3.

05. (Uel) Num baralho comum, de 52 cartas,existem quatro cartas “oito”. Retirando-seduas cartas desse baralho, semreposição, qual a probabilidade de seobter um par de “oitos”?

a) 1/2704 b) 1/2652

c) 1/1352 d) 1/221

e) 1/442

06. (Uel) Dois dados não viciados são lan-çados. A probabilidade de obter-se asoma de seus pontos maior ou igual a 5é

a) 5/6 b) 13/18

c) 2/3 d) 5/12

e) 1/2

9

Substâncias e misturas

1. CONCEITO DE QUÍMICAQuímica é a ciência que estuda a constituição,as propriedades e as transformações das subs-tâncias.A Química é o ramo da ciência que procura res-ponder às seguintes questões: de que se com-põem as substâncias? Qual a relação entre assuas propriedades e sua composição? Comoreage uma substância com outra?E importante para o químico saber a resposta aessas perguntas, não por que precise descobrirnovos remédios, novas ligas metálicas, novosplásticos, mas sim porque deve entender o mun-do que o rodeia.

2. ELEMENTO QUÍMICO

2.1 Definição – É o conjunto de átomos iguais.2.2 Representação – O “símbolo químico” é re-presentado por uma letra maiúscula ou por duasletras, a primeira maiúscula e a segunda minús-cula.Observação – Átomo é a menor parte de umelemento químico. A representação do átomo éfeita por meio do símbolo químico.

2.3 Exemplos:a) Carbono: C b) Oxigênio: Oc) Cobalto: Co d) Enxofre: Se) Sódio: Na

3. MOLÉCULA

3.1 Definição –É a união de átomos iguais oudiferentes.

3.2 Representação – Fórmula química.A fórmula fornece o número de átomos de cadaelemento existente na molécula.

3.3 Índice – Índica o número de átomos do ele-mento na molécula (atomicidade).

3.4 Exemplos:a) água: H2 Ob) gás carbônico: CO2c) gás butano: C4 H10d) gás oxigênio: O2e) açúcar (sacarose): C12 H22 O114. MATÉRIA

4.1 Definição – Matéria, ou material, é tudoaquilo que ocupa lugar no espaço físico e temmassa.

4.2 Exemplos:a) água b) petróleoc) ÿsal comum d) are) gás carbônico

4.3 Tipos de matéria – Pode ser classificadaem dois tipos: substância pura e mistura.

5. SUBSTÂNCIA PURA

5.1 Definição – É o material formado por molé-culas iguais.

5.2 Representação – Fórmula química.

5.3 Classificação – Pode ser classificada emsubstância simples e substância composta.

5.4 Substância simples – É formada por umúnico elemento químico.

5.5 Exemplos de substância simples:a) hidrogênio: H2 b) oxigênio: O2c) ozônio: O3 d) ferro: Fee) enxofre: S8As substâncias simples formadas por gases

nobres são monoatômicas; as formadas pormetais apresentam atomicidade indeterminada.Essas substâncias são representadas da mesmaforma que seus respectivos elementos químicos,ou seja, por meio do símbolo químico.f) hélio: He g) neônio: Neh) argônio: Ar i) alumínio: Alj) prata: Ag

5.6 Substâncias Composta – É formada pormais de um elemento químico. A substânciacomposta é também chamada de compostoquímico.

5.7 Exemplos de substâncias compostas:a) água: H2 Ob) glicose: C6 H12 O6c) ácido sulfúrico: H2 SO4d) hidróxido de alumínio: Al (OH)3e) benzeno: C6 H66. MISTURA

6.1 Definição – É o material formado por molécu-las diferentes, ou seja, por substâncias diferentes.

6.2 Representação – Fórmula química + fórmu-la química + ...As substâncias que constituem uma mistura sãochamadas de componentes, logo, cada compo-nente é representado por uma fórmula.

6.3 Exemplos de misturas:a) álcool hidratado: C2 H6 O + H2 Ob) ar: N2 + O2 + Ar + CO2c) latão: Cu + Zn d) aço: Fe + Ce) ouro 18k: Au + Cu

Outros exemplos de misturas do nosso dia-a-dia:f) água mineral: água + sais mineraisg) petróleo: mistura de hidrocarbonetosh) gasolina: heptanos + octanosi) gás de cozinha: propano + butanoj) amálgama: mercúrio + metal

Os hidrocarbonetos são compostos orgânicasformados exclusivamente por átomos de carbo-no e hidrogênio. Propano, butano, heptanos eoctanos são hidrocarbonetos que apresentam,respectivamente, três, quatro, sete e oito átomosde carbono na molécula.

7. MATERIAIS HOMOGÊNEOS E HETEROGÊNEOS

7.1 Introdução – A aparência de um material édeterminada fundamentalmente pela quantidadede detalhes que podemos perceber, o que, porsua vez, depende da maneira pela qual ele éobservado.Os materiais podem ser classificados em doisgrupos: homogêneos e heterogêneos.

7.2 Material homogêneo – Deve satisfazer àsseguintes condições: I) apresentar aspecto uniforme ao ultramicros-

cópio; II) quando subdividido, todas as amostras devem

apresentar as mesmas propriedades.

7.3 Exemplos de materiais homogêneos:a) água b) água + álcoolc) água + sal (dissolvido) d) ouro 18ke) ar ( mistura de gases)

7.4 Material heterogêneo – Não satisfaz a pelomenos uma das condições do material homogê-neo.

7.5 Exemplos de materiais heterogêneos:a) água + gelo b) água + óleoc) água + areia d) areia + sale) areia + serragem

Outros exemplos de materiais heterogêneos donosso dia-a-dia:a) sangue b) leitec) suco de fruta d) água do mare) granito

7.6 Fase – Porção homogênea de um material.

01. Qual das alternativas apresenta umasubstância pura?

a) coca-cola

b) água mineral

c) vinagre

d) gás carbônico

e) ouro 18K

02. Assinalar a afirmação correta:

a) A água é formada por duas moléculas de

hidrogênio e uma de oxigênio.

b) A água é formada por dois elementos de

hidrogênio e um elemento de oxigênio.

c) A fórmula da água mineral é H2O.

d) A água mineral é uma substância pura

composta.

e) A molécula da água apresenta três

átomos.

03. O método de fracionamento maisadequado para separar os componen-tes da mistura de álcool e acetona é a:

a) destilação fracionada;

b) liquefação fracionada;

c) fusão fracionada;

d) cristalização fracionada;

e) dissolução fracionada.

04. O fenômeno classificado como químicoé:

a) a fusão do ferro;

b) a combustão da gasolina;

c) H2O(g) → H2O(l);

d) a sublimação da naftalina;

e) a evaporação da água de um lago.

05. Fazer o balanceamento da equaçãoquímica seguinte usando como coe-ficientes os menores números inteirospossíveis; em seguida, assinalar a al-ternativa que apresenta o somatóriodesses coeficientes.

____C3H8 + ____O2 → ____CO2 + ____

H2O

a) 15 b) 14

c) 13 d) 12

e) 11

06. O número de substâncias simples entreas substâncias de fórmula O3, H2O,Na, P4, CH4,CO2 e Co é:

a) 2 b) 3

c) 4 d) 5

e) 7

Aula 10

QuímicaProfessor Pedro CAMPELO

10

Os materiais podem ser classificados, quanto aonúmero de fases, em: monofásicos, bifásicos,trifásicos, etc.

7.7 Observações importantes:I. Toda mistura homogênea é chamada de

solução.II. Toda mistura de gases é homogênea.III. Toda mistura de sólidos (não-fundidos) é

heterogênea e, o número de sólidos (compo-nentes) é igual ao número de fases.

IV. Toda substâncias pura em mudança deestado é um material heterogêneo.

V. Líquido miscível é o que se mistura com ou-tra substância para formar um material ho-mogêneo. Líquido imiscível não se mistura.

VI. O granito é constituído de quartzo, feldspatoe mica, portanto trifásico.

8. ANÁLISE IMEDIATAÉ conjunto de processos empregados na separa-ção dos componentes das misturas homogênease heterogêneas. Esses processos não alteram anatureza química das substâncias constituintes.São também chamadas de fracionamento.

9. SEPARAÇÃO DE MISTURAS HETEROGÊNEAS

9.1 Filtração (componentes: S + L / S + G) – Aseparação se faz por meio de uma superfícieporosa, chamada filtro, o componente sólidofica retido sobre sua superfície, separando-seassim do líquido/gás que o atravessa. Em labo-ratório, comumente se usa filtro de papel, adap-tado a um funil.

9.2 Decantação: (componentes: S + L / L + L) –Deixa-se a mistura em repouso até que o compo-nente sólido tenha-se depositado completamente.Remove-se, em seguida, o líquido, entornando-secuidadosamente o frasco, ou com o auxílio de umsifão. Para acelerar a sedimentação do sólido, po-de-se recorrer à centrifugação. A decantação émuito usada para separar líquidos imiscíveis.

9.3 Flotação (componentes: S + S) – Usa-seum líquido de densidade intermediária em rela-ção aos componentes da mistura, no qual nãose dissolvam, o componente mais leve flutua e omais pesado sedimenta-se.9.4 Sublimação (componentes: S + S) – Sópode ser aplicada quando uma das fases subli-ma-se com facilidade.Observação – Sublimar é passar diretamentedo estado sólido ao gasoso.

9.5 Dissolução fracionada (componentes: S + S)– A mistura é colocada num líquido que dissolveum só componente; o componente insolúvel é se-parado da solução por filtração; por evaporação,separa-se o líquido do componente dissolvido.

9.6 Separação magnética ou imantação(componentes: S + S) – Um dos componentesdeve ser atraído por um ímã.

9.7 Cristalização fracionada (componentes: S+ S) – Todos os componentes dissolvem-se e,por evaporação do solvente, cristalizam-se se-paradamente, à medida que seus limites de so-lubilidade são atingidos.

9.8 Fusão fracionada (componentes: S + S) –Por aquecimento, separam-se componentes só-lidos de diferentes pontos de fusão.

9.9 Levigação (componentes: S + S) – A fasemais leve é separada por corrente de água.

9.10 Peneiração ou tamização (componentes S+ S) – Usa-se quando os grãos dos sólidos têmdiferentes tamanhos.

9.11 Catação (componentes: S + S) – Os frag-mentos de um dos sólidos são catados com amão ou com a pinça.

9.12 Ventilação (componentes: S + S) – A fasemais leve é separada por corrente de ar.

9.13 Exemplos de misturas heterogêneas e seus respectivos processos de fraciona-mento:

a) areia + água: filtração.b) água + óleo: decantação.c) areia + serragem: flotação.d) sal + areia: dissolução fracionada.e) pó de enxofre + limalha de ferro: separação

magnética.

10. SEPARAÇÃO DE MISTURAS HOMOGÊNEAS

10.1 Destilação simples (componentes: S + L)– O princípio do processo consiste em aquecera mistura até a ebulição; com isso o componen-te líquido separa-se do sistema sob a forma devapor, que a seguir é resfriado, condensando-se, e o líquido é recolhido em outro recipiente.

10.2 Destilação fracionada (componentes: L +L) – Aquece-se a mistura em um balão de desti-lação, os líquidos destilam-se na ordem crescen-te de seus pontos de ebulição e assim são se-parados.

10.3 Liquefação fracionada (componentes: G+ G) – Resfria-se gradativamente a mistura e osgases vão-se liquefazendo à medida que seuspontos de liquefação (ebulição) vão sendo atin-gidos.

10.4 Exemplos de misturas homogêneas e seus respectivos processos de fraciona-mento:

a) sal + água: destilação simples.b) água + álcool: destilação fracionada.c) gás nitrogênio + gás oxigênio: liquefação

fracionada.d) água + acetona: destilação fracionadae) petróleo: destilação fracionada.

11. FENÔMENOS FÍSICOS E QUÍMICOS

11.1 Definição – Fenômeno é qualquer mudan-ça que ocorre num determinado sistema.

11.2 Fenômeno físico: não altera a natureza domaterial. Obs: todas as mudanças de estado deagregação (fusão, vaporização, sublimação,condensação, solidificação. ressublimação) etodos os processos de fracionamento sãofenômenos físicos.

11.3 Fenômeno químico – Altera a natureza domaterial.Observação – Os fenômenos químicos sãodenominados reações químicas.11.4 Exemplos de fenômenos e suas

respectivas classificações:a) a quebra de um copo de vidro: físico.b) a queima da gasolina: químico.c) a fusão do ferro: físico.d) a transformação do açúcar em álcool:

químico.e) a evaporação da água de um rio: físico.

12. EQUAÇÃO QUÍMICA

12.1 Definição – É a representação gráfica deuma reação química.

12.2 Representação – aA + bB → cC + dDA, B: reagentes (1.o membro)C, D: produtos (2.o membro)A, B, C, D: substâncias (fórmulas e/ou

símbolos)a, b, c, d: coeficientes (números, inteiros

ou não)

12.3 Balanceamento de equações químicas –A equação química deve estar matemática e qui-micamente correta.O balanceamento consiste em acertar o númerode átomos dos elementos do 1.o e 2.o membrosda equação química. O acerto dos coeficientesdeve, preferencialmente, finalizar com oselementos hidrogênio e oxigênio,respectivamente.

12.4 Exemplo de balanceamento de equaçãoquímica:

___C3 H8 + ___O2 → ___CO2 + ___H2 O

1.o – Iniciar com o carbono – O índice do C no1.o membro (3) passa a ser seu coeficiente no2.o membro e vice-versa.1 C3 H8 + ___O2 → 3 CO2 + ___H2 O

2.o – Acertar o hidrogênio – No 1.o membro, há8 átomos de H; dividir esse número pelo índicedele no 2.o membro (2).1 C3 H8 + __ O2 → 3 CO2 + 4 H2 O

3.o – Acertar o oxigênio – No 2.o membro, há umtotal de 10 átomos (6 + 4) de O; dividir essenúmero pelo índice do mesmo no 1.o membro (2).1 C3 H8 + 5 O2 → 3 CO2 + 4 H2 O (Equaçãobalanceada).

01. Uma das etapas do funcionamento deum aspirador de pó, utilizado na lim-peza doméstica, é uma:

a) flotação;b) catação;c) decantação;d) filtração;e) destilação.

02. Misturas heterogêneas foram submeti-das aos processos de separação espe-cificados.I) Água e areia – decantação.II) Sucatas de ferro e alumínio – sepa-

ração magnética.III) Grafita e iodo – sublimação.IV)Água e óleo – filtração.

Assinale a alternativa que correspondea uma mistura cujo processo de sepa-ração especificado é inadequado.a) I b) IIc) III d) IVe) III e IV

03. Todos os fenômenos abaixo sãofísicos, exceto:

a) O preparo de limonada.b) A formação do arco-íris após a chuva.c) Obtenção de sal a partir da água do mar.d) Sublimação da naftalina.e) Enferrujamento de um prego exposto ao

ar.

04. Qual das alternativas apresenta umamistura heterogênea?

a) Solução aquosa de sacarose.b) Água do mar filtrada.c) Ar atmosférico filtrado.d) Água e gelo.e) Granito.

05. Dentre as alternativas a seguir, a únicaque é uma mistura é:a) a glicose;b) o cloreto de sódio;c) o ar atmosférico;d) o nitrato de prata;e) o iodo sólido.

06. Duas amostras de uma solução aquosade sulfato cúprico (CuSO4), de cor azul,foram submetidas, respectivamente, àsseguintes operações:I – destilação simples;II – filtração simples.Qual a cor do produto decondensação na operação I e qual acor da solução que passou pelo filtrona operação II?

a) Incolor e azul.b) Azul e azul.c) Azul e incolor.d) Branca e azul.e) Incolor e incolor.

11

Quinhentismo (1500 a 1601)

1. Origens e formaçãoa) Duração no Brasil – 1500 a 1601 (todo o

século XVI).

b) Outro nome para o movimento –Período de Formação.

c) Obra inauguradora – Não há livro, é óbvio,para inaugurar o Quinhentismo. Toma-se como marco do movimento a Cartade Achamento do Brasil, popularmenteconhecida como Carta de Caminha.

2. Divisão do Quinhentismo

LITERATURA INFORMATIVA

a) Feita pelos viajantes europeus, tem aspec-to de relatórios, com informações sobrenossas terras, destacando-se os recur-sos minerais, a fauna, a flora e os aspec-tos pitorescos dos nossos índios.

b) Esses relatórios são chamados de Crô-nicas de Viagem e têm mais aspecto his-tórico do que literário.

c) Os textos mais importantes da Literatu-ra Informativa são:

Carta de Achamento do Brasil (1500) –de Pero Vaz de Caminha.Diário de Navegação (1530) – de PeroLopes de Souza.Tratado da Terra do Brasil (1576) – dePero de Magalhães Gândavo.Tratado Descritivo do Brasil (1587) – deGabriel Soares de Souza.Diálogo das Grandezas do Brasil (1618)– de Ambrósio Fernandes Brandão.Diálogo sobre a Conversão dos Gentios– de Pe. Manuel da Nóbrega.História do Brasil (1627) – de FreiVicente do Salvador.

LITERATURA DOS JESUÍTAS

a) Os jesuítas instalados no Brasil são agen-tes da Contra-Reforma. Por isso, a ativi-dade principal dos padres é o trabalhode catequese.

b) Num trecho da Carta de Caminha, o au-tor solicita ao rei que envie gente para aterra recém-descoberta: “Não deixe logode vir clérigo para os batizar...”

c) Os jesuítas contribuem para a destribali-zação dos indígenas, tentando incutir-lhes uma educação européia.

d) Pondo em primeiro plano a intenção pe-dagógica e moralizante, os textos queproduzem têm caráter mais didático queartístico.

e) Nessa linha didática, está o Pe. Manuelda Nóbrega, com o seu Dialogo sobre aConversão dos Gentios.

f) Em todo o século XVI, só uma figuratranspõe a linha do meramente informa-tivo e didático para incluir-se no planoartístico-literário: o padre José de An-chieta.

3. Autores e obras do QuinhentismoPERO VAZ DE CAMINHA

Nasce no Porto, Portugal, por volta de 1437,de família burguesa.

Escrivão da frota de Pedro Álvares Cabral,dirige a Dom Manuel, o Venturoso, no dia

primeiro de maio de 1500, a Carta de Acha-

mento do Brasil. Conta, nessa época, comuns cinqüenta anos, pois já tem netos.

Falece a 16 de dezembro de 1500, em com-bate na Índia, assassinado pelos mouros.

Sua Carta sobressai-se como documentohistórico, mas tem também um certo nívelliterário.

Caminha resume em poucas palavras

todo o cabedal espiritual e material desta

gente (os índios), com uma penetração

maravilhosa. (Capistrano de Abreu)

Graças ao raro talento de observação,

de que era dotado, graças sobretudo à

fácil ingenuidade do seu estilo, o Brasil

teve um historiador no próprio dia do seu

nascimento. (Ferdinand Denis)

A Carta de Caminha

Término – A Carta-Relatório, consideradaCertidão de Batismo do Brasil, termina as-sim:

De ponta a ponta é toda praia redonda,

muita chã e muito fremosa. Nela até ago-

ra não pudemos saber que haja ouro,

nem prata, nem coisa alguma de metal

ou ferro; nem o vimos. Porém a terra em

si é de muitos bons ares assim frios e

temperados como os de Entre-Doiro e

Minho, porque neste tempo de agora os

achávamos como os de lá.

As águas são muitas e infindas. E em tal

maneira é grandiosa que, querendo apro-

veitá-la, tudo dará nela, por causa das

águas que tem. Porém o melhor fruto que

dela se pode tirar me parece que será

salvar esta gente. E esta deve ser a prin-

cipal semente que vossa alteza nela de-

ve lançar.

Ufanismo – A Carta de Caminha marca oinício de uma longa tradição, o ufanismo ounativismo, que consiste na exaltação (porvezes exagerada) das virtudes da terra e dagente. Esse aspecto vai desdobrar-se em to-dos os outros períodos da literatura colonial.

Simpatia pelo índio – Com relação ao índio,a atitude de Caminha, embora aparentemen-te simpática, revela o etnocentrismo euro-peu:

Andam nus sem nenhuma cobertura,

nem estimam nenhuma cousa de cobrir

nem mostrar suas vergonhas e estão

acerca disso com tanta inocência como

têm de mostrar no rosto. Eles porém

contudo andam muito bem curados e

muito limpos e naquilo me parece ainda

mais que são como as aves ou alimárias

monteses que lhes faz o ar melhor pena

e melhor cabelo que as mansas, porque

os corpos seus são tão limpos e tão

gordos e tão fremosos que não pode

mais ser.

Nudez das índias – Caminha alude também,maliciosamente, à nudez das índias:

Ali andavam entre eles três ou quatro mo-

ças bem novinhas e gentis, com cabelos

mui pretos e compridos pelas costas e

suas vergonhas tão altas, saradinhas e

tão limpas das cabeleiras que de as nós

muito bem olharmos não tínhamos

nenhuma vergonha.

Caminha no Modernismo – NoModernismo, Oswald de Andrade escreveum livro intitulado Pau-Brasil (1925), cujosprimeiros poemas têm o título geral deHistória do Brasil, em que o poeta recria

Aula 11

LiteraturaProfessor João BATISTA Gomes

Estrofes quanto ao número de versos

a) Dístico – É a menor estrofe, constituída de doisversos que rimam entre si.

Filho meu, de nome escrito,da minh’alma no infinito.

Escrito a estrelas e sangueno farol da lua langue.

Cruz e Sousa

b) Terceto – É a estrofe de três versos, obri-gatoriamente usada na composição do soneto.

Um luar velho dói sobre o silêncioAs mãos furtivas despetalam mortesE o coração se perde em nostalgia.

Fugir na noite inconsolável, irAo teu suplício, rosa da montanha,Ó delicada pétala de sangue!

Alphonsus de Guimaraens

c) Quarteto ou quadra – É a estrofe de quatroversos.

Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabiá;As aves, que aqui gorjeiam,Não gorjeiam como lá.

Gonçalves Dias, Canção do Exílio

d) Quintilha – É a estrofe de cinco versos.

Além dos ares, tremulamente,Que visão branca das nuvens sai!Luz entre franças, fria e silente,Assim nos ares, tremulamente,Balão aceso subindo vai...

Raimundo Correia

e) Sextilha – É a estrofe de seis versos.

Sou uma sombra! Venho de outras eras,Do cosmopolitismo das moneras...Polipo de recônditas reentrâncias,Larva de caos telúrico, procedoDa escuridão de cósmico segredo,Da substância de todas as substâncias!

Augusto dos Anjos

f) Oitava – É a estrofe de oito versos. Há aoitava heróica e a oitava lírica.

Heróica – É formada de oito versos decas-sílabos, os seis primeiros com rimas alternadase os dois últimos com rima emparelhada(esquema abababcc). É a estrofe utilizada porCamões para compor o poema épico Os

Lusíadas.

Lírica – É formada de oito versos, admitindovariadas métrica e rima. Vejamos uma oitavada época romântica, com esquema rímicoabbcdeec:

Enfim te vejo! – enfim posso,Curvado a teus pés, dizer-te,Que não cessei de querer-te,Pesar de quanto sofri.Muito penei! Cruas ânsias,Dos teus olhos afastado,Houveram-me acabrunhado,A não lembrar-me de ti!

Gonçalves Dias, Ainda uma vez – Adeus!

12

textos do século XVI, dando a eles formapoética.

A transformação da Carta de Caminha empoesia, feita por Oswald de Andrade, ficaassim:

A descoberta

Seguimos nosso caminhopor esse mar de longoAté a oitava da PáscoaTopamos aveE houvemos vista de terra

Os selvagens

Mostrara-lhes uma galinhaQuase haviam medo delaE não queriam pôr a mãoE depois a tomaram como espantados

As meninas da gare

Eram três ou quatro moças Bem moças e bem gentisCom cabelos mui pretos pelas espáduasE suas vergonhas tão altas e tãosaradinhasQue de nós as muito bem olhamosNão tínhamos nenhuma vergonha

Murilo Mendes – Veja, a seguir, o texto deoutro poeta do Modernismo, Murilo Mendes(autor de Canção do Exílio), e a sua visão doséculo XVI.

A Carta de Pero Vaz

A terra é mui graciosa,Tão fértil eu nunca vi.A gente vai passear,No chão espeta um caniço,No dia seguinte nasceBengala de castão de oiro.Tem goiabas, melancias,Bananas que nem chuchu.Quanto aos bichos, têm-nos muitos,De plumagens mui vistosas.Tem macaco até demaisDiamantes tem à vontadeEsmeraldas é para os trouxas.

JOSÉ DE ANCHIETA

Nasce em 19 de março de 1534, em Teneri-fe, arquipélago das Canárias.

Em Coimbra, forma-se em Filosofia e ingres-sa na Companhia de Jesus, com 17 anos.

Vem para o Brasil com 21 anos de idade, em1555, acompanhando a missão jesuítica como segundo governador geral, Duarte da Costa.Tudo indica que o motivo da vinda é a doen-ça (tuberculose) de que padece.

Os índios chamam-no de Supremo PajéBranco.

Em 1556, um ano após sua chegada ao Bra-sil, funda um colégio em pleno planalto pau-lista, embrião da cidade de São Paulo.

Falece no litoral do Espírito Santo (Reritiba)na atual cidade de Anchieta, em 1597.

Escreve a primeira gramática do tupi-guara-ni, verdadeira cartilha para ensino da línguaaos nativos: Arte de gramática da língua

mais usada na costa do Brasil (1595).

Anchieta produz poesias, peças teatrais, car-tas e sermões. Merece destaque, no entan-to, apenas a parte poética e teatral.

Na poesia, sua linguagem é simples, os ver-sos são curtos (redondilha menor) e o as-sunto é sempre religioso, de contestaçãoaos bens terrenos.

Suas poesias somente são reunidas numaedição completa e uniforme em 1954, porocasião do IV Centenário de São Paulo.

Sua peça mais admirada é Na Festa de São

Lourenço, representada pela primeira vezem Niterói, em 1583. A maior parte dos ver-sos é redigida em tupi; o restante, em espa-nhol e português.

OBRAS DE ANCHIETA

1. Arte de gramática da língua mais usada

na costa do Brasil (1595)2. Informações (1933)3. Cartas (1933)4. Fragmentos Históricos e Sermões (1933)5. Na Festa de São Lourenço (teatro)6. Na Visitação de Santa Isabel (teatro)

POEMAS FAMOSOS DE ANCHIETA

1. A Santa Inês

2. Do Santíssimo Sacramento

3. Em Deus, Meu Criador

4. Poema à Virgem

A Santa Inês

Cordeirinha linda,como folga o povoPorque vossa vindalhe dá lume novo!

Cordeirinha santa,de Jesus querida,vossa santa vindao diabo espanta.

Por isso vos cantacom prazer o povo,porque vossa vindalhe dá lume novo!

Nossa culpa escurafugirá depressa,pois vossa cabeçavem com luz tão pura.

Exercícios

01. Escolha a afirmativa incorreta sobre aestrofe seguinte:

Cordeirinha linda,como folga o povoPorque vossa vindalhe dá lume novo!

José de Anchieta

a) A estrofe contém versos em redondilhamenor.

b) Há, na estrofe, dois exemplos de rimarica.

c) Todas as rimas do poema são femininas.d) Dentro da estrofe, o primeiro verso tem

função de vocativo.e) Nos vocábulos linda e vinda, há

encontro consonantal.

02. Escolha a letra em que se fezclassificação fonética errada:

Filho da Virgem Maria,que Deus Padre cá mandoue por nós na cruz passou

crua morteJosé de Anchieta

a) Virgem: ditongo decrescente nasal. b) Deus: ditongo decrescente oral.c) Maria: hiato.d) crua: encontro consonantal e hiato.e) que: ditongo crescente oral.

PERÍODOS DA LITERATURABRASILEIRA

01. QuinhentismoDuração – 1500 a 1601 (século XVI).Obra inauguradora – A Carta (prosa), de Pero Vaz de Caminha (português).

02. BarrocoDuração – 1601 a 1768 (século XVII e mais da metade do século XVIII).Obra inauguradora – Prosopopéia

(poesia épica), de Bento Teixeira Pinto (português).

03. ArcadismoDuração – 1768 a 1836 (parte do séculoXVIII e início do século XIX).Obra inauguradora – Obras poéticas

(poesia lírica), de Cláudio Manuel da Costa.

04. RomantismoDuração – 1836 a 1881 (parte do século XIX).Obra inauguradora – Suspiros poéticos

e saudades (poesia), de Gonçalves de Magalhães.

05. RealismoDuração – 1881 a 1893 (parte do século XIX).Obra inauguradora – Memórias

póstumas de Brás Cubas (romance), de Machado de Assis.

06. NaturalismoDuração – 1881 a 1893 (parte do século XIX).Obra inauguradora – O Coronel

Sangrado (romance, 1877), de Inglês de Sousa.Obra inauguradora – O Mulato

(romance, 1881), de Aluísio Azevedo.

07. ParnasianismoDuração – 1881 a 1893 (parte do século XIX).Obra inauguradora – Sonetos e Rimas

(poesia), de Luís Guimarães Júnior.

08. SimbolismoDuração – 1893 a 1902 (final do século XIX).Obra inauguradora – Missal (prosa) e Broquéis (poesia) de Cruz e Sousa.

09. Pré-modernismoDuração – 1902 a 1922 (século XX).Obra inauguradora – Os Sertões

(romance, 1902), de Euclides da Cunha.Obra inauguradora – Canaã (romance, 1902), de Graça Aranha.

10. ModernismoDuração – 1922 a ? (século XX).Obra inauguradora – Paulicéia

Desvairada (poesia), de Mário de Andrade.

13

Renascimento

Mudanças – No período que se configura comoa transição do Feudalismo para o Capitalismo,as artes, o pensamento e o conhecimento cien-tífico passaram por um processo de muitas mu-danças, que foi denominado Renascimento Cul-tural. O termo Renascimento deve ser entendidocomo a retomada (renascer) do estudo de textosda cultura clássica greco-latina.

Humanismo – O Renascimento representou a re-descoberta do conhecimento e do estudo fora doâmbito daquelas matérias permitidas pela Igreja.Os renascentistas preocupavam-se principalmen-te com as questões ligadas à vida humana. Porisso, o movimento é identificado com o Huma-nismo.

Transformações – O Renascimento inseriu-se numconjunto de transformações culturais ocorridasnos séculos XIV a XVI, que estavam articuladasnas mudanças econômicas do capitalismo mer-cantil. Foi o primeiro passo dado pelo homem mo-derno em direção ao que somos hoje. Nesse pe-ríodo histórico, ocorreram transformações sociais,científicas, culturais, religiosas e políticas, todaselas responsáveis pela constituição de uma novavisão do mundo e do homem, buscando refúgiona cultura greco-romana (classicismo).

Homem – O elemento central do Renascimentofoi o humanismo, isto é, o homem como centrodo universo (antropocentrismo), a valorização danatureza. O homem ocupa o lugar central, contra-pondo o discurso da fé e do divino, conceitosimpregnados na cultura da Idade Média.

MERCANTILISMO

Ouro e prata – Para fortalecer o Estado absolu-tista, era preciso um grande volume de recur-sos financeiros, cuja obtenção exigiu uma novapolítica econômica, conhecida como mercantilis-mo. Se, na Idade Média, no auge do feudalismo,a riqueza básica era a terra, na Idade Moderna,no apogeu do absolutismo, os metais preciosos(ouro e prata) passaram a ser a nova forma deriqueza.

Poder estatal – O mercantilismo caracterizou-sepor ser uma política de controle e incentivo, pormeio da qual o Estado buscava garantir o seu de-senvolvimento comercial e financeiro, fortalecen-do o poder estatal. Na verdade, o mercantilismocaracterizou-se por um conjunto de medidas va-riadas, adotadas por diversos países europeus(Estado moderno).

Alguns dos países concentraram-se na explora-ção colonial, na obtenção de metais preciosos;outros, nas atividades marítimas e comerciais, eainda na produção manufatureira.

Características da política mercantilista

Metalismo – A riqueza e o poder do Estado dão-se pela quantidade de metais preciosos acumu-lados. Também ficou conhecido por bulionismo.

Balança comercial favorável – Grande volumede exportações, superior às importações, levan-do o Estado a alcançar um superávit em suaeconomia.

Protecionismo – Proteção à produção nacionalpor meio de leis que aumentavam os impostossobre produtos importados.

Sistema colonial – A colonização era estabeleci-da em função das necessidades metropolitanas, ecumpria seu papel à medida que contribuía paramanutenção da balança superavitária, transferindolucros para a burguesia mercantil e para o Estado.A exploração da colônia era feita por meio do mo-nopólio comercial. As colônias deveriam exportarmatérias-primas, produtos agrícolas e riqueza mi-neral (ouro e prata) e importar da metrópole a pro-dução manufaturada.

AS GRANDES NAVEGAÇÕES E O“DESCOBRIMENTO” DO BRASIL

Para compreendermos o período das GrandesNavegações, é preciso analisar o momento his-tórico que marcou a Europa nos séculos XV eXVI. Não é de fundamental importância que vo-cê saiba os nomes dos conquistadores, mas simque motivos teriam eles para atravessar o Atlân-tico e conquistar novas terras. A Europa, na épo-ca das Grandes Navegações, já era capitalista nafase comercial (XV-XVIII). Nessa fase, já existiamrelações assalariadas de produção, e a atividadecomercial era a principal fonte de acumulaçãode capital.

Atualmente, é muito combatida a idéia de “des-cobrimento”, porque o que houve foi uma con-quista de novas áreas que pudessem atender àexpansão do capitalismo. Era preciso acumularmetais preciosos, já que havia uma escassezdesses metais na Europa. Era preciso conquis-tar novas regiões que pudessem ser, ao mesmotempo, exportadoras de matérias-primas e pro-dutos agrícolas e consumidoras dos produtosmanufaturados europeus. A chegada portugue-sa ao Brasil, no fim do século XV, e sua perma-nência nos séculos seguintes, tem de ser enten-dida sob os aspectos político e econômico deuma Europa que estava em expansão capitalistae necessitava de novos mercados que atendes-sem à sua política mercantilista.

O pioneirismo nas Grandes Navegações coubeaos ibéricos, primeiro Portugal, depois Espanha.Você imagina por que Portugal foi o pioneiro

01. A transição gradativa do Mundo Medievalpara o Mundo Moderno dependeu da con-jugação de inúmeros fatores, europeus eextra-europeus, que ganharam dimensõese características novas. Marque a alterna-tiva que corresponde às mudanças dessemundo moderno:

a) O Humanismo constituía-se num movimen-

to de exaltação aos valores medievais.

b) A entrada de manufaturados não-metropoli-

tanos era proibida nas colônias, garantindo-

se o acúmulo de capitais para o Estado.

c) O homem renascentista adotava a Teoria

Geocêntrica formulada por Nicolau Copér-

nico e defendida por Galileu Galilei.

d) “Deus é soberano, portanto o homem não

é livre”. Essas palavras de Martinho Lutero

difundiram-se pelo território europeu no sé-

culo XVI, por meio de inúmeros movimen-

tos que buscavam reformas religiosas para

os Jesuítas.

e) Montagem de modelo político-administrativo

caracterizado pela não-intervenção do Es-

tado na economia.

02. ( FGV ) “Postulados1.(...); 2. O centro da Terra não é o cen-tro do universo, mas tão somente da gra-vidade e da esfera lunar; 3. Todas as es-feras giram ao redor do Sol como de seuponto médio, e, portanto, o Sol é o cen-tro do universo; 4. (...); 5. Todo movimen-to aparente que se percebe nos céusprovém do movimento da Terra, e não dealgum movimento do firmamento, qual-quer que seja; 6. O que nos parece movi-mento do Sol não provém do movimentodeste, mas do movimento da Terra e denossa esfera, junto com a qual giramosem redor do Sol, o que acontece comqualquer outro planeta; 7. (...).” (séc. XVI)(citado em Berutti et al.)

O documento refere-se à:

a) ruptura com o heliocentrismo, conduzida

pelas investigações de Kepler;

b) ruptura com o antropocentrismo, conduzida

pelas investigações de Galileu Galilei;

c) concepção de universo, que recupera o

pensamento de Ptolomeu, recusado pela

Igreja durante a Idade Média;

d) concepção de universo, que recupera as

preocupações de Heráclito (“tudo está em

movimento”), apresentada por Isaac Newton;

e) ruptura com o geocentrismo, conduzida pe-

las investigações de Copérnico.

Aula 12

HistóriaProfessor DILTON Lima

14

01. (UFPI) Sobre a Expansão Marítima e Co-mercial Européia (séculos XV e XVI), as-sinale a alternativa correta.

a) A Espanha, em parceria com a França, do-minou as rotas comerciais entre a Américado Norte e a Europa.

b) A Holanda, já no século XVI, impôs seudomínio marítimo e comercial, frente àInglaterra, na América do Sul.

c) A França, devido ao uso de expediçõesmilitares, controlou o comércio de espe-ciarias no litoral da América portuguesa.

d) Portugal, ao assinar o Tratado de Tordesi-lhas com a Espanha, buscava garantir aexploração das terras localizadas no Atlân-tico sul.

e) A Inglaterra, a partir da chegada de Cristó-vão Colombo ao “Novo Mundo”, firmou-secomo a nação hegemônica, nas rotas co-merciais entre a América Central e a Eu-ropa.

02. (UFC) O Tratado de Tordesilhas, assinadoem 7 de junho de 1494 e confirmado nosseus termos pelo Papa Júlio II em 1506,representou para o século XVI um marcoimportante nas dinâmicas européias deexpansão marítima. O tratado visava:

a) demarcar os direitos de exploração dospaíses ibéricos, tendo como elemento pro-pulsor o desenvolvimento da expansão co-mercial marítima;

b) estimular a consolidação do reino portu-guês, por meio da exploração das espe-ciarias africanas e da formação do exércitonacional;

c) impor a reserva de mercado metropolitanoespanhol, por meio da criação de um sis-tema de monopólio que atingia todas asriquezas coloniais;

d) reconhecer a transferência do eixo do co-mércio mundial do Mediterrâneo para oAtlântico, depois das expedições de Vascoda Gama às Índias;

e) reconhecer a hegemonia anglo-francesasobre a exploração colonial, após a des-truição da Invencível Armada de Filipe II,da Espanha.

03. (UFAM–2007) O Mercantilismo tem sidotradicionalmente descrito como um con-junto de idéias e práticas econômicasque visavam alcançar o desenvolvimentodas nações. É estranho ao Mercantilismo:

a) o metalismo;b) o protecionismo estatal;c) o livre comércio;d) o entesouramento;e) a obtenção de uma balança comercial

favorável.

nas Grandes Navegações? Veja que razões fize-ram-no iniciar esse processo de conquista dealém-mar.• Apoio financeiro da burguesia mercantil interes-

sadíssima em conquistar o Oriente para terseus lucros quadruplicados.

• Boa localização geográfica.• Domínio sobre o mar.• Conhecimentos náuticos.• Paz interna e externa.• Centralização do poder nas mãos do rei.

Foi fundamental para Portugal lançar-se nesseprocesso de conquistas que tivesse o poder cen-tralizado. E como se deu esse processo de cen-tralização política? Em Portugal, irrompeu a Re-volução de Avis (1383-85), que conduziu ao po-der D. João I, que se aliou aos interesses bur-gueses para fortalecer o Estado moderno.

O início das Grandes Navegações ocorreu em1415, quando os portugueses conquistaramCeuta, no norte da África. Isso nos leva a refletirsobre o plano de navegação portuguesa paraalcançar o Oriente. Os portugueses, senhoresdos mares, pretendiam viajar contornando acosta africana e atingir o Oriente.

Na luta para alcançar seus objetivos, os portu-gueses conquistaram as ilhas do Atlântico: Madei-ra, em 1419; Açores, em 1431, e Cabo Verde, em1456. Nessa, região os portugueses desenvolve-ram o cultivo da cana-de-açúcar, que no séculoXVI será a principal economia do Brasil.

Por volta de 1488, o conquistador português Bar-tolomeu Dias chegou ao extremo-sul da África.Devido às condições do local, ele o batizou deCabo das Tormentas. O Estado português mudao nome para Cabo da Boa Esperança, pois cer-tamente tinha esperança de concretizar seus so-nhos de conquistar o Oriente. Com essa conquis-ta ao extremo-sul da África, os portugueses já sejulgavam donos do Atlântico, e não admitiriamconcorrência pelo controle do novo eixo econô-mico.

A Espanha foi o segundo país a se lançar embusca do caminho para as Índias orientais. Ve-jamos os motivos que atrasaram o desempenhoda Coroa espanhola:• Problemas com os mouros (árabes) que inva-

diram seu território.• Política mediterrânica dos governantes espa-

nhóis.• Poder descentralizado.

A questão da centralização monárquica espanho-la deu-se com o casamento de Fernando de Ara-gão com Isabel de Castela. Resolvida essa situa-ção, a Espanha contratou os serviços do italianoCristóvão Colombo para garantir sucesso nas na-vegações. Mas Colombo adotou um plano dife-rente daqueles projetados pelos portugueses, elepretendia navegar pelo Ocidente (oeste) para atin-gir o Oriente (leste). Convicto de que a terra eraredonda, fundamentado nos postulados de Pto-lomeu, cujos cálculos reduziam as medidas decircunferência da Terra, Colombo partiu com trêscaravelas: Santa Maria, Pinta e Nina. No dia 12de outubro de 1492, chegaram à ilha de Gua-naani (hoje República Dominicana). Colombopensou ter chegado às Índias orientais, e cha-mou os nativos dessa ilha de índios, erro que seperpetuou historicamente. Cristóvão Colomboainda realizou outras viagens no que seria chama-do de Novo Mundo. Mais tarde, outro navegadoritaliano, Américo Vespúcio, no século XVI, a servi-ço da Espanha, retorna às terras “descobertas”por Colombo e faz novas conclusões: CristóvãoColombo não teria realmente chegado ao Orien-

te, havia chegado a novas terras. Em homena-gem a esse novo conquistador, o novo continen-te passou a chamar-se América.

A chegada de Cristóvão Colombo à América, em1492, gerou divergências entre as nações ibéri-cas (Portugal e Espanha), pois a Espanha mete-ra-se numa região da qual Portugal considerava-se dono: o Atlântico. A posição dos portuguesesera simples: ou a Espanha se retirava do Atlânti-co ou seria expulsa à força. Será que Portugal eEspanha entraram em guerra? O papa da épo-ca, Alexandre VI, em 1493, propôs um acordopara impedir o conflito armado. Este acordo ficouconhecido como Bula Inter Coetera, no qual ficoudecidido que seria traçada uma linha imagináriaa 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. Asterras que fossem conquistadas a oeste seriamda Espanha, e a leste seriam de Portugal. O Esta-do português não aceitou esse acordo, pois nãoseria vantajoso para ele, ainda mais que o papaera espanhol. Somente em 1494, foi assinado oacordo que acalmou os ânimos belicosos entreos ibéricos, o Tratado de Tordesilhas, que esta-beleceu um novo meridiano, 370 léguas a oestede Cabo Verde. Esse novo tratado já atendia aointeresses portugueses no oceano Atlântico.

Dez anos após chegar ao Cabo da Boa Esperan-ça, a expedição portuguesa comandada por Vas-co da Gama, em 1498, chega ao Oriente. Con-quistam a cidade de Calicute, na Índia. Na voltapara Portugal, levavam boas perspectivas para oEstado e para a classe mercantil. A expedição en-tregou em Portugal um carregamento de espe-ciarias maior do que se vendia anualmente emGênova. Vendidas na Europa, as especiarias ge-raram um lucro aos comerciantes portugueses deaproximadamente 6.000 %.

Nessa mesma época, uma expedição comanda-da por Duarte Pacheco veio investigar terras noAtlântico Sul (futuras terras brasileiras), e retor-nou a Portugal dizendo da existência de tais ter-ras. Era preciso que o Estado mandasse umanova expedição para tomar posse delas.

Para alcançar os objetivos sobre o comércio ori-ental e as terras no Atlântico sul, o Estado man-dou a expedição de Pedro Álvares Cabral, quepartiu de Lisboa, em 9 de março de 1500, comduas metas:• Tomar posse das terras no Atlântico Sul (futu-

ras terras brasileiras).• Consolidar o comércio das especiarias orien-

tais, garantindo monopólio para Portugal.

As Grandes Navegações apresentaram comoconseqüências:

• Hegemonia dos países ibéricos.• Novo eixo econômico: oceano Atlântico.• Formação das áreas coloniais.

Exercício

01. A Revolução de Avis, em 1383, podeser entendida como:

a) a eliminação da nobreza portuguesa pos-sibilitando o desenvolvimento da agricul-tura;

b) o fortalecimento da monarquia portugue-sa dificultando o desenvolvimento da bur-guesia;

c) a criação de uma república burguesa,que teria o rei sob controle.

d) a consolidação do Estado Nacional por-tuguês, aliada à camada mercantil.

e) um golpe burguês que eliminou a monar-quia portuguesa.

DESAFIO GRAMATICAL (p. 3)01. C;02. D; 03. C; 04. E;05. D; 06. B; 07. E; 08. E;

DESAFIO GRAMATICAL (p. 4)01. D;02. E; 03. A; 04. B;05. D; 06. B;

CAIU NO VESTIBULAR (p. 4)01. B;02. C; 03. D;

DESAFIO GRAMATICAL (p. 5)01. C;02. E; 03. E; 04. B;05. B; 06. B; 07. D;

DESAFIO GRAMATICAL (p. 6)01. D;02. D; 03. C; 04. E;05. C; 06. B; 07. E;

DESAFIO GRAMATICAL (p. 7)01. B;02. D; 03. B; 04. C;05. E;

DESAFIO GRAMATICAL (p. 8)01. D;02. B; 03. E; 04. A;

ARAPUCA (p. 8)01. E;

DESAFIO GRAMATICAL (p. 9)01. E;02. E; 03. A; 04. C;05. E; 06. E;

DESAFIO GRAMATICAL (p. 10)01. A;02. A; 03. D; 04. B;05. B; 06. B;

DESAFIO GRAMATICAL (p. 11)01. B;02. C; 03. A; 04. B;

ARAPUCA (p. 11)01. E;

CAIU NO VESTIBULAR (p. 11)01. C;

DESAFIO GRAMATICAL (p. 14)01. D; 02. C; 03. A; 04. B; 05. C;

15

Gabarito donúmero anterior

Aprovar n.º 01

Calendário2008

LEITURA OBRIGATÓRIA

01. Uma das personagens de Cinzas do

Norte, de Milton Hatoum, abandonouo apelido após a morte de Jano, ado-tando o verdadeiro nome. Trata-se de:

a) Alícia;b) Macau;c) Ramira;d) Ranulfo; e) Algisa.

02. Com base na leitura de Cinzas do

Norte, escolha a correlação errada:

a) Algisa: irmã de Alícia; Ranulfo casou-secom ela para despistar as desconfian-ças de Jano.

b) Alícia: mãe de Mundo; depois de casa-da com Jano, traía-o com Ranulfo. Tor-nou-se viciada em bebida alcoólica ejogo de cartas.

c) Ramira: irmã de Ranulfo; nutria por Ja-no uma paixão secreta.

d) Mundo: no Rio de Janeiro, saiu nu,fantasiado de índio, em plena luz dodia; foi preso e espancado. Já no leitode morte, descobriu que era filho deRanulfo, não de Jano.

e) Fogo: cão de estimação de Jano; de-pois da morte do dono, morreu aban-donado; o corpo foi enterrado no quin-tal de Ramira.

03. Com base na leitura de Cinzas do

Norte, relacione corretamente:

1. Mundo2. Lavo3. Ranulfo4. Jano5. Macau

a. ( ) Motorista de Jano; tornou-se pes-cador.

b. ( ) Principal narrador; amigo e confi-dente de Mundo.

c. ( ) Protagonista; intimamente revolta-do, não conseguia adaptar-se aomundo que o rodeava.

d. ( ) Na prática, uma espécie de pai pa-ra Mundo; foi quem o incentivoupara as artes.

e. ( ) Pai do protagonista; morreu semconseguir entender o filho e aesposa.

04. Cinzas do Norte, de Milton Hatoum,pode ser classificado de:

a) epopéia;b) novela;c) romance;d) peça teatral;e) livro de contos.

Aulas 71 a 102

LÍNGUA PORTUGUESA

ALMEIDA, Napoleão Mendes de. Dicionário de

questões vernáculas. 3. ed. São Paulo: Ática,1996.

BECHARA, Evanildo. Lições de português pela

análise sintática. Rio de Janeiro: Fundo deCultura, 1960.

CEGALLA, Domingos Paschoal. Dicionário de

dúvidas da língua portuguesa. 2. impr. SãoPaulo: Nova Fronteira, 1996.

CUNHA, Celso; CYNTRA, Lindley. Nova

gramática do português contemporâneo 3. ed.Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

GARCIA, Othon M. Comunicação em prosa

moderna. 13. ed. Rio de Janeiro: FundaçãoGetúlio Vargas, 1986.

HOLANDA, Aurélio Buarque de. Novo

dicionário da língua portuguesa. 2. ed. Rio deJaneiro: Nova Fronteira, 1986.

HOUAISS, Antônio. Pequeno dicionário

enciclopédico Koogan Larousse. 2. ed. Rio deJaneiro: Larousse do Brasil, 1979.

HISTÓRIA

ACUÑA, Cristóbal de. Informes de jesuítas enel amazonas: 1660-1684. Iquitos-Peru, 1986.

______ Novo Descobrimento do Grande Riodas Amazonas. Rio de Janeiro: Agir, 1994.

CARDOSO, Ciro Flamarion S. América pré-colombiana. São Paulo: Brasiliense, 1986 (Col.Tudo é História).

CARVAJAL, Gaspar de. Descobrimento do riode Orellana. São Paulo: Nacional, 1941.

FERREIRA, Alexandre Rodrigues. (1974)Viagem Filosófica pelas capitanias do Grão-Pará, Rio Negro, Mato Grosso e Cuiabá.Conselho Federal de Cultura, Memórias.Antropologia.

MATEMÁTICA

BIANCHINI, Edwaldo e PACCOLA, Herval.Matemática. 2.a ed. São Paulo: Moderna, 1996.

DANTE, Luiz Roberto. Matemática: contexto e

aplicações. São Paulo: Ática, 2000.

GIOVANNI, José Ruy et al. Matemática. SãoPaulo: FTD, 1995.

QUÍMICA

COVRE, Geraldo José. Química Geral: ohomem e a natureza. São Paulo: FTD, 2000.

FELTRE, Ricardo. Química: físico-química.Vol. 2. São Paulo: Moderna, 2000.

LEMBO, Antônio. Química Geral: realidade econtexto. São Paulo: Ática, 2000.

REIS, Martha. Completamente Química: físico-química. São Paulo: FTD, 2001.

SARDELLA, Antônio. Curso de Química: físico-química. São Paulo: Ática, 2000.

BIOLOGIA

AMABIS, José Mariano; MARTHO, GilbertoRodrigues. Conceitos de Biologia das células:origem da vida. São Paulo: Moderna, 2001.

CARVALHO, Wanderley. Biologia em foco. Vol.Único. São Paulo: FTD, 2002.

LEVINE, Robert Paul. Genética. São Paulo:Livraria Pioneira, 1973.

LOPES, Sônia Godoy Bueno. Bio. Vol. Único.11.a ed. São Paulo: Saraiva. 2000.

MARCONDES, Ayton César; LAMMOGLIA,Domingos Ângelo. Biologia: ciência da vida.São Paulo: Atual, 1994.

FÍSICA

ALVARENGA, Beatriz et al. Curso de Física.

São Paulo: Harbra, 1979, 3v.

ÁLVARES, Beatriz A. et al. Curso de Física. SãoPaulo: Scipicione, 1999, vol. 3.

BONJORNO, José et al. Física 3: de olho no

vestibular. São Paulo: FTD, 1993.

CARRON, Wilson et al. As Faces da Física. SãoPaulo: Moderna, 2002.

Grupo de Reelaboração do Ensino de Física(GREF). Física 3: eletromagnetismo. 2.a ed. SãoPaulo: Edusp, 1998.

PARANÁ, Djalma Nunes. Física. Série NovoEnsino Médio. 4.a ed. São Paulo: Ática, 2002.

RAMALHO Jr., Francisco et alii. Os

Fundamentos da Física. 8.a ed. São Paulo:Moderna, 2003.

TIPLER, Paul A. A Física. Rio de Janeiro: LivrosTécnicos e Científicos, 2000, 3v.