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Este e-book compartilha
os conceitos básicos da economia
comportamental e demonstra
como um melhor entendimento
dos vieses cognitivos e motivacionais
a que todos estamos sujeitos
aliados a um pensamento prévio
e estruturado sobre a forma
e contexto no qual as decisões
são tomadas pode ter
um impacto significativo
na qualidade das escolhas.
AS APLICAÇÕES SÃO
INFINITAS: LIDERANÇA, GESTÃO
ORGANIZACIONAL, MARKETING,
POLÍTICAS PÚBLICAS, FINANÇAS
PESSOAIS, SAÚDE…
INTRODUÇÃO
Nosso dia a dia é uma sucessão de escolhas
e decisões, das mais simples – que roupa
vestir, o que comer, que filme assistir, qual
o meio de transporte para chegar ao trabalho
– às mais complicadas – qual o melhor
candidato para a vaga, qual a melhor
decisão de investimento, qual o melhor
plano de ação para um determinado objetivo...
E todos nós, tanto em nossa vida pessoal
quanto na profissional, tomamos decisões
equivocadas que poderiam ser evitadas.
Frequentemente superestimamos
nossa capacidade de execução,
subestimamos o tempo necessário
para desempenhar determinada tarefa,
nos apegamos a investimentos com
retorno abaixo do esperado, ignoramos
informações relevantes que apontam
falhas em nossos argumentos, temos
dificuldades de abandonar hábitos
não saudáveis e adotar os saudáveis ...
Alguns experimentos demonstram
nossas inconsistências, dificuldades
e falhas de avaliação.
“”“Não somos agentes racionais
maximizando interesses próprios,
somos apenas humanos falíveis
guiados por impulso, hábitos, pelas
massas... facilmente confundidos
e muitas vezes inconsistentes.”
DAN ARIELY
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS 3
Esse simples experimento demonstra a INFLUÊNCIA DO CONTEXTO através das opções
oferecidas na escolha dos indivíduos. A inclusão de uma opção, que a princípio
não faz sentido econômico, incentiva os assinantes a escolherem uma assinatura mais
completa e de maior valor da revista, do que se a opção “dummy” não fosse oferecida.
Um experimento clássico é o da escolha
do plano de assinatura da revista
The Economist. Inicialmente, são oferecidas
3 opções ao potencial assinante.
Quando estas são as opções
oferecidas, as escolhas distribuem-se
da seguinte maneira:
FONTE: “PREVISIVELMENTE IRRACIONAL” – DAN ARIELY
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS
Como a opção “print subscription” não
é escolhida por ninguém, e realmente não
faz sentido oferecê-la ao mesmo preço da
“print & web subscription”, ela foi retirada
das opções de escolha. Observou-se, então,
que a escolha prevalente deixa de ser
Print & web subscription e passa a ser
“Economist.com subscription”
4
“A MAIORIA
DAS PESSOAS
NÃO SABE O QUE
QUER ATÉ VER
NO CONTEXTO”
-DAN ARIELY
5
PROBLEMAS DE AUTOCONTROLEE GAP DE INTENÇÃO VS AÇÃO
Em um outro experimento,
os pesquisadores Read e Van
Leeuwen perguntaram a um grupo
de pessoas “qual lanche da tarde
eles gostariam que fosse
proporcionado em seu
ambiente de trabalho”.
Quando a escolha é feita sobre
o que comer na próxima semana, a
consciência fala mais
alto e as pessoas fazem
a escolha saudável.
QUAL LANCHINHO VOCÊ
GOSTARIA DE COMER?
ou
As pessoas hoje, normalmente, escolhem frutas para consumir na semana que vem
TEMPO
FONTE: READ AND VAN LEEUWEN (1998)
ESCOLHER HOJE COMER HOJE
E hoje, qual o lanchinho você gostaria de escolher para comer?
MAS PARA COMER HOJE NÃO RESISTIMOS À TENTAÇÃO
No entanto, quando é oferecido aos mesmos objetos de estudo fruta ou chocolate para comer naquele momento, a tentação é maior que a consciência
ESCOLHERHOJE
COMER NA
SEMANA QUE VEM
74%
70%
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS 6
OS JUÍZES ERAM MAIS PROPENSOS
A CONCEDER CONDICIONAL NOS
PRIMEIROS CASOS DO DIA OU LOGO
DEPOIS DO INTERVALO DO ALMOÇO.
ESTUDO DE SHAI DANZIGER (TEL AVIV UNIVERSITY), JONATHAN LEVAV (STANFORD UNIVERSITY) E LIORA AVNAIM-PESSO (BEN-GURION UNIVERSITY)
NOSSO ESTADO MENTAL,
ASSIM COMO NOSSAS EMOÇÕES,
AFETAM NOSSAS ESCOLHAS
Em um outro estudo analisou-se
a concessão de habeas corpus por
juízes israelenses a partir dos
dados históricos de processos
concluídos. Observou-se, então, uma
variação importante na concessão
de habeas corpus de acordo com o
horário em que a decisão foi tomada.
Embora a decisão padrão seja pela não
concessão, parece que quando os juízes
se sentem revigorados no início do dia
ou após as refeições, conseguem
substituir sua decisão padrão por outra
que requeira mais esforço e, assim,
acabam cedendo liberdade condicional
com maior frequência. Em contrapartida,
ao longo de muitas decisões difíceis
durante o dia, já com elevada carga
cognitiva, eles optam pela decisão
mais simples: o padrão de não
conceder a condicional.
MAS POR QUÊ?
PREVISIVELMENTE IRRACIONAL – DAN ARIELY
FONTES:
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS 7
APRESENTOU-SE AOS CONSUMIDORES DE UM SUPERMERCADO:
enquanto mais pessoas se aproximaram da prateleira de geleia quando havia 24
opções de escolha...
quando compradores tiveram que escolher entre as 24 opções, o nível de compra
foi de 3%
...mais pessoas compraram geleias quando havia apenas 6 variedades para escolher
quando os compradores tiveram que escolher
entre as 6 opções, o nível de compra
foi de 30%
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS 8
Tomar uma decisão já é um gasto de energia. Quando o número de opções ou a complexidade das mesmas é alta este gasto é ainda maior...
TOMAR UMA DECISÃO1 COMPLEXIDADE
E NÚMERO DE OPÇÕES2
O QUE CAUSA ATRITO?
Somos preguiçosos e tendemos a evitartudo que implique em gasto de energia
“”
Daniel Kahneman explica o funcionamento
de nosso cérebro como se nele atuassem dois
sistemas operacionais ao mesmo tempo
10
SISTEMA 2 25 x 37
FONTE: RÁPIDO E DEVAGAR: DUAS FORMAS DE PENSAR – DANIEL KAHNEMAN
“Quando pensamos em nós mesmos,
nos identificamos com o Sistema 2,
o eu consciente, racional, que tem crenças,
faz opções e decide o que pensar sobre
e o que fazer a respeito de algo. Embora
o Sistema 2 acredite estar onde a ação
acontece, o automático Sistema 1
é o herói.” - D. KAHNEMAN
Ocasional, pesado, consciente, lento, trabalhoso,
analítico, deliberação
Permanente, automático, rápido, não consciente, sem esforço,tira conclusões rapidamente
SISTEMA 1 2+2
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS 10
Richard Thaler, por sua vez, ironiza sobre as diferenças entre
os “Econs” ou “Homos Economicus” (agentes racionais que maximizam
o retorno e minimizam os riscos) e nós, simples seres humanos
AGIR E FAZER ESCOLHAS COMO “ECONS” PRESSUPÕE O DOMÍNIO DOS 4Cs OF RATIONALITY:
Processamos informações de maneira imperfeita;
Nos deixamos afetar pelas emoções;
Somos influenciados pelo contexto;
Tendemos a privilegiar o curto prazo;
Somos inconsistentes;
E cognitivamente preguiçosos;
COMPLETE INFORMATION
COGNITION (habilidade de pensar e fazer escolhas de forma não emocional, pensando em termos de utilidade, sem arrependimento, culpa ou empatia)
COMPUTATION (habilidade de processar quantidade ou complexidade de informações de maneira perfeita)
CONSISTENCY(com os axiomas da escolha)
AO CONTRÁRIODOS ECONS, NÓS HUMANOS:
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS 11
12
Vários fatores influenciam a tomada
de decisões: o contexto, as emoções,
pressões sociais, padrões éticos
e morais, experiência e repertório
pessoal, nosso estado mental
(descansado ou fatigado)…
e por vezes incorremos em erros
sistemáticos de pensamento
que nos levam a escolhas ruins.
Os drivers por trás destes desvios
sistemáticos da racionalidade podem
ser agrupados em 2 grupos principais:
MOTIVAÇÃO E
AUTOCONTROLE
VIESES
COGNITIVOS
1 2
“Somos muito menos racionais
do que a teoria econômica padrão
assume. Porém, estes nossos
comportamentos irracionais não
são nem aleatórios nem sem
sentido. São sistemáticos e como
os repetimos continuamente,
previsíveis.” - DAN ARIELY
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS 13
“”
Problemas de autocontrole
e inconsistência de escolhas
ao longo do tempo, que advêm
do fato de estarmos instintivamente
programados para maximizar o prazer
e tendemos a dar maior peso
às compensações mais próximas
do presente quando consideramos
os “trade-offs” entre dois
momentos futuros.
É por isso que procrastinamos
em questões onde o “custo”
acontece no presente e os
“benefícios” são colhidos no
longo prazo, como exercícios
físicos, economizar dinheiro,
reeducação alimentar...
AGORA X NO VERÃO
HOJE X AMANHÃ
HOJE X SEMANA QUE VEM
COMO NO EXEMPLODA ESCOLHA DO LANCHE
ESCOLHER HOJE E COMER
SEMANA QUE VEM
ESCOLHER E COMER
HOJETEMPO
Se você estivesse decidindo hoje, o que você escolheria para a próxima semana?
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS 14
Vieses cognitivos - um padrão
de distorção de julgamento que
ocorre em situações particulares
e são, há muito tempo, objeto
de estudo da psicologia.
Existem mais de 180
vieses cognitivos mapeados
que atrapalham a forma
como processamos dados,
pensamos criticamente
e percebemos a realidade.
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS 15
A SEGUIR, VEREMOS DOIS EXEMPLOS DE VIESES BASTANTE FREQUENTES:
VIÉS DOS CUSTOS IRRECUPERÁVEIS E VIÉS DE CONFIRMAÇÃO.
IRRACIONALMENTE NOS
APEGAMOS A COISAS QUE JÁ
TIVERAM ALGUM CUSTO PARA NÓS.
Quando investimos nosso tempo,
dinheiro ou emoções em algo, dói
desapegar. Esta aversão à dor pode
distorcer nossa sensatez e nos
levar a realizar investimentos
pouco inteligentes.
Também conhecido como “Dificuldade de Desapegar”
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS
PARA RECUPERAR OBJETIVIDADE,
PERGUNTE-SE: SE EU JÁ NÃO TIVESSE
INVESTIDO ALGUMA COISA, EU AINDA
O FARIA AGORA? O QUE EU ACONSELHARIA
UM AMIGO A FAZER SE ESTIVESSE
NA MESMA SITUAÇÃO?
16
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS
PROCURAMOS MANEIRAS
DE JUSTIFICAR NOSSAS
CONVICÇÕES.
Estamos preparados para ver e
concordar com as ideias que
combinam com nossos conceitos já
existentes, e ignorar e descartar
informações que conflitam
com eles.
Pense em suas ideias e crenças
como um software que você tenta
ativamente encontrar problemas
em vez de argumentos
para defendê-lo.
"O primeiro princípio é que você não deve enganar
a si mesmo, mas você é a pessoa mais fácil de se enganar."
- RICHARD FEYNMAN
”“
17
Tendemos a procurar e somos mais permeáveis a informações queconfirmem ou justifiquem nossas convicções.
Um grande exemplo é
como a seleção “às cegas”
para músicos em orquestras
aumentou o número de
selecionados do gênero
feminino e de grupos
raciais distintos.
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS
Os vieses são programações fortes, persistentes e reforçadas socialmente. Eliminá-los completamente é difícil, mas:
VIESES DE STATUS QUO
IGNORÂNCIA
PLURALISTA
IN GROUP BIAS
PASSO 2: CRIAR PROCESSOS QUE AJUDEM A EVITAR VIÉSE TOMAR DECISÕES MAIS INTELIGENTES
PASSO 1: AUTOCONSCIÊNCIA(O QUE DISTINGUE OS HÁBITOS DAS ESCOLHAS)
18
As máquinas - a princípio
programadas para serem
100% racionais e por
natureza livre de vieses
- ao aprenderem a partir
de nossas escolhas
passadas, perpetuam
nossos vieses.
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS
NOSSOS VIESES VÃO ALÉM DE NÓS
19
VIÉS DE
CONFIRMAÇÃO
VIÉS
INTRAGRUPO
EFEITO HALO
PENSAMENTO EM
GRUPO
Em estudo realizado pela McKinsey,
mais do que a qualidade das análises
que substanciam um planejamento
estratégico, a qualidade do processo
desenhado intencionalmente de forma
a promover uma discussão e reflexão
livre de vieses, revela-se como fator
de maior importância na qualidade
das escolhas feitas.
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS 20
‘Nudge’ consiste em tornar
as informações mais intuitivas,
salientes e oportunas
É sobre ajudar os seres humanos
a adotarem comportamentos mais
saudáveis e sustentáveis diariamente,
levando em conta os atalhos mentais,
o papel das emoções e o ambiente
Conhecer os limites do sistema 1,
administrar atenção e como ativar
o sistema 2 usando o gatilho correto
Usar insights psicológicos para
influenciar o comportamento
através de pequenas, muitas vezes
sutis, intervenções de baixo custo
‘NUDGING’ (EMPURRÃOZINHO)
ENTENDENDO ESTAS FALHAS
SISTEMÁTICAS DE PENSAMENTO
A QUE ESTAMOS SUJEITOS, PODE-SE
PENSAR TANTO EM PROCESSOS
QUE VISEM MINIMIZÁ-LAS QUANTO
EM INTERVENÇÕES QUE POSSAM
CONTORNÁ-LAS. ESTAS
INTERVENÇÕES LEVAM
O NOME DE “NUDGES”
“”
“Um nudge é qualquer
aspecto da arquitetura
de escolha que altera
o comportamento das pessoas
de maneira previsível sem
proibir nenhuma opção nem
alterar significativamente
os incentivos
econômicos delas”
-
RICHARD THALER & C.SUNSTEIN
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS 22
0
20
40
60
80
100
120
Um grande exemplo clássico
está relacionado à forma como
diferentes países apresentam
a seus cidadãos a decisão de
ser ou não um doador de órgãos.
OPT-OUT (EXCLUSÃO)
ASSINALE A CAIXINHASE VOCÊ NÃO QUISER
PARTICIPAR DO PROGRAMA DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
A RESPOSTA ESTÁ NA FORMA COMO A ESCOLHA É APRESENTADA AOS CIDADÃOS
OPT-IN (INCLUSÃO)
FONTE: PHELPS AND POLLAK 1968, AINSLIE 1974, LAIBSON 1997
POR QUE TAMANHA DISPARIDADE EM % DE DOADORES EM PAÍSES QUE NÃO SÃO CULTURAL OU SOCIALMENTE TÃO DISTANTES ?
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS 23
ASSINALE A CAIXINHASE VOCÊ QUISER
PARTICIPAR DO PROGRAMA DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS
Na Costa Rica, muitos
moradores não sabiam
se seu consumo de água
era adequado ou se
era excessivo.
Para resolver o problema,
as contas de água passaram
a informar, além do consumo
da residência, a média da região.
As casas que receberam
a conta modificada reduziram
o gasto de água em até 5,6%.
Usou-se aqui o viés da norma
social (evidenciar como
os outros se comportam),
tornando uma informação
desconhecida saliente.
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS 24
25
Projeto geral de uma situação
de decisão que pode incluir
um ou mais ‘nudges’
A pessoa que projeta
a arquitetura de escolha
em relação a uma decisão
ou a um grupo de decisões
ARQUITETURA DE ESCOLHA
EM UM ARTIGO BASTANTE
PROVOCADOR DA HARVARD
BUSINESS REVIEW, OS
LÍDERES SÃO INSTIGADOS
A DESENVOLVER UM
MINDSET DE ARQUITETOS
DE ESCOLHA PARA QUE
POSSAM SER MAIS EFETIVOS
EM PROMOVER MUDANÇAS
COMPORTAMENTAIS
DESEJADAS.
ARQUITETO DE ESCOLHA
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS 26
Uma pesquisa feita em uma empresa norte-americanacom seus funcionários revelouque a maior parte deles reconhece estar contribuindo menos do que gostaria para seu plano de pensão (68%), e 1/3 destas pessoas declaram Ter a intenção de aumentar sua contribuição, o que narealidade não acontece.
FONTES: MADRIAN AND SHEA (2002), CHOI, LAIBSON, MADRIAN AND METRICK (2004)
68 RELATAM QUE ELESECONOMIZAM MUITO POUCO
3DE FATO AUMENTAM
PROCRASTINAÇÃOEM PLANOS DE PREVIDÊNCIA- TÍPICO ‘BREAKDOWN’
A LITERATURA SOBRE O TEMA
É REPLETA DE EXEMPLOS,
MUITOS DELES RELACIONADOS
À ADESÃO A PLANOS DE
PENSÃO, JÁ QUE CONSTITUEM
O TÍPICO CASO DE DECISÃO
QUE TENDEMOS A ADIAR
E QUE TEM GRANDE IMPACTO
SOBRE O BEM-ESTAR
FUTURO DOS INDIVÍDUOS.
ARQUITETURA DE ESCOLHA
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS 27
100
24
PLANEJAM AUMENTAR OS NÍVEIS DE POUPANÇA NOS PRÓXIMOS 2 MESES
FUNCIONÁRIOS PESQUISADOS
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS
CADASTRO OPT-IN
O sistema utilizado pela empresa
era o de opt-in, ou seja, o default era
a não participação e o funcionário, ao ser
contratado, deveria ativamente fazer
a opção de participar do plano.
Esta decisão poderia ser feita e revista
a qualquer momento durante o período
em que trabalhasse na empresa.
ALÉM DISSO, O PROCESSO ERA
UM TANTO QUANTO BUROCRÁTICO:
MUITOS PAPÉIS A PREENCHER
E OPÇÕES DE PLANO A ESCOLHER.
FO
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S: M
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N A
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(20
02),
CH
OI,
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ME
TRIC
K (
20
04
)
28
DIFERENTES INTERVENÇÕES FORAM PENSADAS E TESTADAS
CADASTRO RÁPIDO
Uma primeira intervenção tornou o
processo mais simples: os documentos
foram simplificados e o sistema realizava
o autopreenchimento através das
informações pessoais dos funcionários
contidas nos sistemas da empresa,
reduzindo-se a barreira.
COMPORTAMENTO INDESEJADO
não participação
COMPORTAMENTO DESEJADO
participação
INICIE AQUI
- BUROCRACIA E COMPLEXIDADE
SITUAÇÃO INICIAL
COMPORTAMENTO INDESEJADO
não participação
COMPORTAMENTO DESEJADO
participação
INICIE AQUI
+ BUROCRACIAE COMPLEXIDADE
INTERVENÇÃO 1
29
DIFERENTES INTERVENÇÕES FORAM PENSADAS E TESTADAS
CADASTRO OPT-OUT
Em uma segunda intervenção, o default
passou a ser a participação com o opt-out
oferecido a todos que não desejassem
participar com apenas um check (X)
e uma assinatura.
A QUALQUER MOMENTO
O FUNCIONÁRIO PODERIA
OPTAR POR SAIR.
COMPORTAMENTO INDESEJADO
não participação
COMPORTAMENTO DESEJADO
participação
INICIE AQUI
ESCOLHA ATIVA
Testou-se também a escolha ativa, na qual
não existe um default, mas o funcionário
contratado é obrigado a fazer uma escolha
antes de começar a trabalhar na empresa,
ou seja, impõe-se um deadline para
que a decisão seja tomada.
A DECISÃO PODE SER REVISTA
A QUALQUER MOMENTO DURANTE
O PERÍODO EM QUE TRABALHAR
NA EMPRESA.
COMPORTA-MENTO
INDESEJADO
não participação
COMPORTA-MENTO
DESEJADO
participação
DEVE ESCOLHER
INTERVENÇÃO 3
INTERVENÇÃO 2
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04
)
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS
TODAS AS INTERVENÇÕES TESTADAS TIVERAM
RESULTADOS POSITIVOS E, EMBORA O OPT-OUT
SEJA A MAIS EFETIVA, A ESCOLHA ATIVA TEM
UM GRANDE IMPACTO E TORNA A DECISÃO MAIS
CONSCIENTE POR PARTE DO PARTICIPANTE.
FONTES: MADRIAN AND SHEA (2002), CHOI, LAIBSON, MADRIAN AND METRICK (2004)
MELHORANDO A PARTICIPAÇÃO DO 401 (K)
70%
90%
50% - 60%
40%
0% 20% 40% 60% 80% 100%
CADASTRO OPT-IN
CADASTRO RÁPIDO
CADASTRO OPT-OUT
ESCOLHA ATIVA
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS 30
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS
O MINDSET DE UM ARQUITETO DE ESCOLHAS
1. Testar rigorosamente a solução proposta para evitar erros caros.
2. Identificar umresultado-alvo específicoe mensurável.
3. Identificar um intervalo de possíveis soluções e, em seguida, concentrar-se em um.
4. Introduzir a alteração em algumas áreas da organização (“grupo de tratamento”)e não em outros (“grupo de controle”).
TESTAR A SOLUÇÃO
Use um dos três métodos:
1. Acione o pensamento do Sistema 1 introduzindo mudanças que despertem emoções, viés de controle*,ou simplifique os processos.
2. Envolva o pensamento do Sistema 2 utilizando avaliações conjuntas, criando oportunidades para refletir, aumentando a responsabilidade e incluindo lembretes e alertas.
3. Contornar os dois sistemasdefinindo opções padrão e embutindo ajustes automáticos.
PROJETAR A SOLUÇÃO
DIAGNOSTICAR AS CAUSAS VELADAS
1. A causa do problema é por que as pessoas não tomam medida nenhuma?
2. As pessoas tomam medidas, mas de forma que introduzem erros sistemáticos no processo decisório?
Para determinar se a tomada de decisão é ruim devido a motivações insuficientes ou se de vieses cognitivos; faça duas perguntas:
As ferramentas da economia comportamental são mais efetivas quando:
DEFINIR O PROBLEMA
1. O comportamento humano é o problema central.
ENTENDER COMO SE TOMAM AS DECISÕES
O sistema 1 é automático, instintivo e emocional.
O sistema 2 é lento, lógico e deliberado.
Os seres humanos têm dois modos de processar informações e tomar decisões:
31
2. As pessoas não estão agindo nos seus melhores interesses.
3. O problema pode ser cuidadosamente definido.
32
Com a comprovada
eficiência e baixo custo
dos nudges, multiplicaram-se
pelo mundo as “Nudge Units”
a serviço de órgãos
governamentais.
Hoje são mais de 150
trabalhando como instrumento
para aprimorar políticas
públicas. One program to nudge consumers into lower
electricity use, sending letters comparing a
household’s energy consumption to that of
its neighbors, saved 27 kilowatt-hours per dólar
spent. In contrast, a rebate offered by California utility
companies produced savings of only 3.4 kWh
per dolar, and other demand-management policies
that relied on a combination of consumer education
and monetary incentives averaged 14 kWh.
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS
NUDGEUNITS
MAIS RECENTEMENTE,
O SETOR PRIVADO TAMBÉM
COMEÇOU A INCORPORAR
OS APRENDIZADOS DA
ECONOMIA COMPORTAMENTAL
E ESTRUTURAR ÁREAS OU
CONTRATAR ESPECIALISTAS.
”33
Mas as considerações
éticas são uma importante
frente de debate da área.
Afinal, estamos falando em
influenciar comportamentos
e escolhas.
Ou viram “Sludges”
Impulsionados pela forte convicçãode que o comportamento que está sendo incentivado vai melhorar o bem-estar daqueles recebendo os ‘nudges’
Oferecer ‘opt-out’ facilmente
Transparentes e nunca enganosos
‘NUDGES’ DEVEM SER
“Sludge can take two forms. It can discourage
behavior that is in a person’s best interest such
as claiming a rebate tax credit, and it can encourage
self-defeating behaviour, such as investing in a
deal that’s too good to be true.” - RICHARD THALLER
ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS
“
LEMBRE-SE:
IDENTIFIQUE A BARREIRA PSICOLÓGICA À MUDANÇA DE COMPORTAMENTO;
IDENTIFIQUE ‘GAPS’ ENTRE INTENÇÕES E AÇÕES;
IMPONHA PRAZOS (E ESCOLHAS ATIVAS) PARA COMBATER INÉRCIA;
APROVEITE-SE DE GATILHOS E PONTOS DE CONTATO EXISTENTES;
SIMPLIFIQUE QUANDO O JULGAMENTO HUMANO FOR NECESSÁRIO (COMPLEXIDADE ASSUSTA);
AUTOMATIZE QUANDO O JULGAMENTO HUMANO NÃO FOR NECESSÁRIO;
INFORMAÇÕES PODEM NÃO SER EFICAZES;
INCENTIVOS FINANCEIROS PODEM NÃO SER EFICAZES;
PENSE NA SUSTENTABILIDADE A LONGO PRAZO;
CONSIDERE AS DIMENSÕES ÉTICAS.
34ECONOMIA COMPORTAMENTAL: INSIGHTS SOBRE COMO FAZEMOS ESCOLHAS
10 LIÇÕES PARA
TOMAR EINFLUENCIAR
MELHORES DECISÕES
As áreas de aplicação desse conhecimento e destas técnicas são múltiplas:
MARKETING
PROCESSO DE PLANEJAMENTO E TOMADA DE DECISÕES
DIVERSIDADE E INCLUSÃO
POLÍTICAS PÚBLICAS
GESTÃO DE PESSOAS
VOCÊ TEM UM DESAFIO COMPORTAMENTAL?
Nós podemos ajudá-lo!
PARA SABER MAIS SOBRE COMO PODEMOS AJUDÁ-LO
PARA APRENDER MAIS SOBRE O ASSUNTO
ACESSE AQUI [email protected]
www.brainsquad.com.br