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APRESENTAÇÃO Este volume do Plano Ambiental apresenta as propostas de soluções para os principais problemas ambientais detectados no Município de Cachoeirinha. Os problemas se encontram identificados e caracterizados nos diagnósticos temáticos e nos prognósticos para os próximos anos, no Volume 1 e no Volume 2. O equacionamento das soluções tem, como ponto de partida, as políticas definidas na legislação federal, estadual e municipal, com subsídios das diretrizes estabelecidas na Agenda 21 Brasileira. Foram analisados, também, os dados e resultados de programas e projetos já existentes, considerando as avaliações da equipe técnica do Município. As soluções estão apresentadas em duas partes, sendo a primeira constituída pelo Zoneamento Ambiental e a segunda pelos Programas Ambientais, que visam à proteção e à melhoria do ambiente local. Para se chegar a estas soluções, ao longo do processo de planejamento, a equipe executora submeteu propostas preliminares à equipe técnica do Município, através de um Seminário, e à comunidade local, em Audiência Pública, no sentido de recolher contribuições e aprimorar o Plano. Tratam-se, portanto, de soluções analisadas, discutidas e aprovadas por aqueles que vão executá-las e participar da execução. Como o Plano Ambiental é estratégico, o Zoneamento Ambiental e os Programas Ambientais deverão ser operacionalizados de forma técnica e administrativa pelos órgãos sugeridos como responsáveis, visando o passo seguinte, igualmente importante, de execução. A execução das soluções pelos poderes executivo e legislativo do governo local precisará contar com o efetivo apoio da iniciativa privada, das Universidades, das Organizações Não Governamentais, da imprensa e dos cidadãos. Essa é a forma adequada para que resultem reais benefícios ao ambiente e ao bem estar da população municipal. Com respeito às questões ambientais, deve-se destacar que a conscientização e o comportamento de administradores públicos, de empresários e da população em geral, têm melhorado progressivamente, junto com o crescimento populacional, econômico e social de Cachoeirinha. Engº Mario Buede Teixeira Coordenador

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APRESENTAÇÃO

Este volume do Plano Ambiental apresenta as propostas de soluções para os principais problemas ambientais detectados no Município de Cachoeirinha. Os problemas se encontram identificados e caracterizados nos diagnósticos temáticos e nos prognósticos para os próximos anos, no Volume 1 e no Volume 2.

O equacionamento das soluções tem, como ponto de partida, as políticas definidas na

legislação federal, estadual e municipal, com subsídios das diretrizes estabelecidas na Agenda 21 Brasileira. Foram analisados, também, os dados e resultados de programas e projetos já existentes, considerando as avaliações da equipe técnica do Município.

As soluções estão apresentadas em duas partes, sendo a primeira constituída pelo

Zoneamento Ambiental e a segunda pelos Programas Ambientais, que visam à proteção e à melhoria do ambiente local.

Para se chegar a estas soluções, ao longo do processo de planejamento, a equipe

executora submeteu propostas preliminares à equipe técnica do Município, através de um Seminário, e à comunidade local, em Audiência Pública, no sentido de recolher contribuições e aprimorar o Plano. Tratam-se, portanto, de soluções analisadas, discutidas e aprovadas por aqueles que vão executá-las e participar da execução.

Como o Plano Ambiental é estratégico, o Zoneamento Ambiental e os Programas

Ambientais deverão ser operacionalizados de forma técnica e administrativa pelos órgãos sugeridos como responsáveis, visando o passo seguinte, igualmente importante, de execução.

A execução das soluções pelos poderes executivo e legislativo do governo local

precisará contar com o efetivo apoio da iniciativa privada, das Universidades, das Organizações Não Governamentais, da imprensa e dos cidadãos. Essa é a forma adequada para que resultem reais benefícios ao ambiente e ao bem estar da população municipal. Com respeito às questões ambientais, deve-se destacar que a conscientização e o comportamento de administradores públicos, de empresários e da população em geral, têm melhorado progressivamente, junto com o crescimento populacional, econômico e social de Cachoeirinha.

Engº Mario Buede Teixeira Coordenador

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EQUIPE EXECUTORA

Coordenação - Engº Agrônomo Dr. Mario Buede Teixeira Legislação ambiental - Advogado Me. Orci Paulino Bretanha Teixeira Administração ambiental - Engº Agrônomo Dr. Mario Buede Teixeira Saúde pública - Drª. Lúcia Beatriz Lopes Ferreira Mardini Abastecimento de água e esgotamento sanitário - Engº Dr. Fábio Moreira da Silva Educação ambiental - Bióloga Esp. Kenya Ribeiro de Souza Demandas da comunidade - Geógrafa Me. Irani Schönhofen Garcia Qualidade do ar e emissões atmosféricas - Químico Dr. Marçal José Rodrigues Pires

Acadêmica Heldiane Souza dos Santos Geologia, geomorfologia e mineração - Geóloga Fabiana Silveira de Farias Paleontologia - Bióloga Esp. Patrícia Alano Perez Recursos hídricos e clima - Geógrafa Me. Irani Schönhofen Garcia Solos, agropecuária e silvicultura - Engº Agrônomo Dr. Mario Buede Teixeira Vegetação - Bióloga Esp. Gilda Goulart Fauna - Biólogo Esp. Cristiano Minuzzo Marin Arqueologia - Arqueóloga Drª. Gislene Monticelli Patrimônio histórico e cultural - Historiador Esp. Júnior Marques Domiks Uso atual da terra - Geógrafa Me. Irani Schönhofen Garcia Assentamentos habitacionais irregulares - Arquiteta Me. Maria Celina Santos de Oliveira Resíduos sólidos - Engº Esp. Adriano Locatelli da Rosa Efluentes líquidos - Engº Dr. Fábio Moreira da Silva Zoneamento - Engº Agrônomo Dr. Mario Buede Teixeira

Geógrafa Me. Irani Schönhofen Garcia Cartografia - Geógrafo Dr. Régis Alexandre Lahm

Geógrafo Me. Donarte dos Santos Júnior Impressão de cartas - Publicitário Me. Lucas Sgorla de Almeida

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SUMÁRIO

PARTE 1. ZONEAMENTO AMBIENTAL ................................................................................................................. 5

PARTE 2. PROGRAMAS AMBIENTAIS ................................................................................................................ 13

1. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL................................................................................................................................ 15

1.1. JUSTIFICATIVA ......................................................................................................................................... 15 1.2. OBJETIVOS ............................................................................................................................................... 15 1.3. ÓRGÃO RESPONSÁVEL E PARCEIROS INSTITUCIONAIS ................................................................... 16 1.4. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS BÁSICOS....................................................................................... 16 1.5. CRONOGRAMA FÍSICO ............................................................................................................................ 16

2. ESTRUTURAÇÃO ADMINISTRATIVA E TÉCNICA .......................................................................................... 17

2.1. SISTEMA MUNICIPAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ............................................................................... 17 2.2. AÇÃO COMPARTILHADA ......................................................................................................................... 18 2.3. COOPERAÇÃO EMPRESARIAL ............................................................................................................... 18 2.4. SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇÕES AMBIENTAIS - SMIA ........................................................... 19 2.5. DEPARTAMENTO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL ............................................................................ 19 2.6. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL ............................................................................................ 20 2.7. SEDE NOVA .............................................................................................................................................. 20

3. SAÚDE PÚBLICA............................................................................................................................................... 21

3.1. INTEGRAÇÃO DE SAÚDE E MEIO AMBIENTE........................................................................................ 21

3.1.1. Seminário integrador.......................................................................................................................... 21 3.1.2. Curso de nivelamento de informações............................................................................................... 23

3.2. VIVER MELHOR ........................................................................................................................................ 24 3.3. PREVENÇÃO DE ACIDENTES INDUSTRIAIS E VEICULARES............................................................... 25

4. SANEAMENTO................................................................................................................................................... 27

4.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL E ESGOTAMENTO SANITÁRIO.............................................. 27

4.1.1. Justificativa ........................................................................................................................................ 27 4.1.2. Objetivos............................................................................................................................................ 27 4.1.3. Órgão responsável e parceiros institucionais .................................................................................... 28 4.1.4. Procedimentos operacionais básicos................................................................................................. 28 4.1.5. Recursos disponíveis......................................................................................................................... 31 4.1.6. Cronograma físico.............................................................................................................................. 31

4.2. SANEAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS....................................................................... 31 4.2.1. Coleta e destinação final.................................................................................................................... 31 4.2.2. Erradicação das disposições irregulares de lixo ................................................................................ 34

5. ASSENTAMENTOS HABITACIONAIS IRREGULARES ................................................................................... 37

5.1. INVENTÁRIO DOS ASSENTAMENTOS HABITACIONAIS IRREGULARES............................................. 38 5.2. RELOCALIZAÇÃO E REGULARIZAÇÃO DE ASSENTAMENTOS IRREGULARES................................. 38 5.3. AGILIZAÇÃO DE ENCAMINHAMENTO DE PROJETOS DE REASSENTAMENTO................................. 39 5.4. CONTROLE DO CRESCIMENTO E FORMAÇÃO DE NOVOS ASSENTAMENTOS................................ 40 5.5. EDUCAÇÃO DA COMUNIDADE PARA A VALORIZAÇÃO AMBIENTAL .................................................. 41

6. CONTROLE AMBIENTAL.................................................................................................................................. 43

6.1. SUGESTÕES DA FORÇA TAREFA........................................................................................................... 43 6.2. INVENTÁRIO DE FONTES DE EMISSÕES AÉREAS ............................................................................... 45 6.3. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR ........................................................................................... 46 6.4. MAPEAMENTO E MONITORAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS..................................................... 47 6.5. INVENTÁRIO DE FONTES DE EFLUENTES LÍQUIDOS .......................................................................... 48 6.6. INVENTÁRIO DE FONTES DE RESÍDUOS SÓLIDOS.............................................................................. 49 6.7. INVENTÁRIO E MAPEAMENTO DA VEGETAÇÃO NATIVA..................................................................... 50 6.8. INVENTÁRIO E MAPEAMENTO DA FAUNA NATIVA............................................................................... 51 6.9. INVENTÁRIO DE HOSPEDEIROS DE ESQUISTOSSOMOSE................................................................. 52 6.10. IDENTIFICAÇÃO DE MORCEGOS COM VÍRUS RÁBICO...................................................................... 53 6.11. CONTROLE DE ROEDORES URBANOS ............................................................................................... 54 6.12. DIVULGAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE AMBIENTAL ......................................................... 55

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7. PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DO AMBIENTE FÍSICO.................................................................................57

7.1. APOIO À PRODUÇÃO LIMPA....................................................................................................................57 7.2. REDUÇÃO DA POLUIÇÃO DO AR ............................................................................................................58 7.3. PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA BACIA DO RIO GRAVATAÍ .............................................................60 7.4. RECUPERAÇÃO DE TALUDES E MARGENS DE RECURSOS HÍDRICOS.............................................61

8. PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA VEGETAÇÃO E DA FAUNA ...................................................................63

8.1. RECUPERAÇÃO DE FORMAÇÕES VEGETAIS NATIVAS DEGRADADAS .............................................64 8.2. CRIAÇÃO DE CORREDORES ECOLÓGICOS ..........................................................................................64 8.3. ARBORIZAÇÃO PÚBLICA..........................................................................................................................65 8.4. PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DO PARQUE MUNICIPAL TANCREDO NEVES...................................66 8.5. REVITALIZAÇÃO DA ÁREA DO DIQUE ....................................................................................................67

9. PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO, HISTÓRICO E CULTURAL..............................................69

9.1. PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO...............................................................................................................69

9.1.1. Objetivos ............................................................................................................................................69 9.1.2. Órgão responsável e parceiros institucionais .....................................................................................69 9.1.3. Projetos recomendados .....................................................................................................................69 9.1.4. Recursos necessários ........................................................................................................................71 9.1.5. Cronograma físico ..............................................................................................................................72

9.2. PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL .................................................................................................72 9.2.1. Justificativa.........................................................................................................................................72 9.2.2. Objetivos ............................................................................................................................................72 9.2.3. Órgão responsável e parceiros institucionais .....................................................................................73 9.2.4. Projetos recomendados .....................................................................................................................73 9.2.5. Recursos necessários ........................................................................................................................78 9.2.6. Cronograma físico ..............................................................................................................................78

10. EDUCAÇÃO AMBIENTAL................................................................................................................................79

10.1. UTILIZAÇÃO DO SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇÕES AMBIENTAIS - SMIA .............................79 10.2. FORMAÇÃO CONTINUADA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL....................................................................81 10.3. MULTIPLICAÇÃO DE GESTÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ..............................................................81 10.4. DIFUSÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL..................................................................................................82 10.5. COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL.........................................................................................83 10.6. ASSESSORIA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL ..........................................................................................84

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PARTE 1 – ZONEAMENTO AMBIENTAL PARTE 1. ZONEAMENTO AMBIENTAL

Esta primeira parte apresenta os resultados do zoneamento ambiental da área municipal de Cachoeirinha. Com base no artigo 84 da Constituição Federal, a União instituiu, através do Decreto no 99.540/90, a Comissão Coordenadora para planejar, coordenar, acompanhar e avaliar a execução dos trabalhos de Zoneamento Ecológico-Econômico do Território Nacional, no âmbito macrorregional e regional. O artigo 3o estabelece que este zoneamento "norteará a elaboração de planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e social". O parágrafo 2o desse artigo define os princípios a serem adotados na condução dos trabalhos de zoneamento:

"I - abordagem interdisciplinar que vise a integração de fatores e processos de modo a facultar a elaboração de zoneamento que leve em conta a estrutura e a dinâmica ambiental e econômica, bem como os valores histórico-evolutivos do patrimônio biológico e cultural do País; II - visão sistêmica que propicie a análise de causa e efeito, permitindo estabelecer as relações de interdependência entre os subsistemas físico-biótico e sócio-econômico."

Segundo LANNA (1995), "zoneamento ambiental é um instrumento de ordenação

territorial íntima e indissoluvelmente ligado ao desenvolvimento da sociedade, que visa assegurar, no longo prazo, a eqüidade de acesso aos recursos ambientais – naturais, econômicos e sócio-culturais -, os quais se configuram, quando adequadamente aproveitados, em oportunidades de desenvolvimento sustentado".

Além de técnico, é um instrumento político, voltado ao desenvolvimento sustentável do

Município. Origina-se do conhecimento do potencial e da disponibilidade de recursos naturais e econômicos, de sua fragilidade e da eventual existência de grupos sociais que deles dependem em um determinado espaço geográfico. Permite priorizar as políticas públicas coerentes com os princípios de sustentabilidade social e ambiental.

O zoneamento ambiental do Município envolveu o trabalho de subdivisão do território em zonas, em função de suas características de uniformidade dos fatores físicos, bióticos e sócio-econômicos, visando constituir sub-unidades de planejamento. Para isso, foi realizado o cruzamento das informações das quatro cartas temáticas elaboradas, na escala 1: 20.000.

Os resultados obtidos no zoneamento foram comparados com o mapa Estratégia de

Funcionalização do Solo Privado, exibido na revista “A Cidade que Queremos”, Plano Diretor Participativo – Volume II. Além disso, foi realizada a análise do projeto de Lei Complementar nº 2.625, de 2006, que institui o Plano Diretor do Desenvolvimento Urbano do Município de Cachoeirinha.

No Capítulo II – Zoneamento, o projeto de Lei estabelece os seguintes artigos: “Art. 14. Considera-se zoneamento, para fins da presente Lei, a divisão do Município de Cachoeirinha em áreas de uso e ou intensidade de ocupação diferenciada. Art. 15. As zonas são delimitadas por vias, logradouros públicos, fundos de lotes, frente de lotes e outros traçados no mapa do “Zoneamento”. ... Art. 17. Para fins desta Lei, a área do Município fica dividida em zonas diferenciadas pelos usos e/ou intensidades de ocupação, conforme segue:

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Parte 1 ________________________

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I - zonas predominantemente residenciais: a) zona predominantemente residencial 1 (ZPR 1); b) zona predominantemente residencial 2 (ZPR 2); c) zona predominantemente residencial 3 (ZPR 3); d) zona predominantemente residencial 4 (ZPR 4); II – zonas mistas: a) corredor misto Flores da Cunha (CMFC); b) corredores mistos Não-Residenciais (CMNR); c) corredores mistos (CM); d) área de transição urbano-ambiental (ATA); III – zonas industriais: a) zona industrial 1 (ZI 1); b) zona industrial 2 (ZI 2); c) zona Industrial 3 (ZI 3).”

Cabe destacar que o mapa Estratégia de Funcionalização do Solo Privado apresenta três áreas não incluídas no Art. 17 do projeto de Lei Complementar:

• Unidades de Conservação – UC; • Áreas de Preservação Permanente – APP; • Áreas Especiais – AEII (interesse institucional), AEIA (ambiental) e AEIS (social).

Em complementação à análise feita, foi realizada uma discussão técnica com a equipe

da SMMA, visando recolher subsídios para a adequação do zoneamento do Plano Ambiental com o zoneamento do Plano Diretor. O resultado é apresentado no Quadro abaixo.

A distribuição espacial das zonas encontra-se na Carta 5 – Zoneamento Ambiental, no volume 4.

Zona Área km² %

Plano Ambiental Plano Diretor

1. Residencial Predominantemente residencial 14,37 32,0

2. Comercial - Residencial Mistas – CMFC e CM 4,21 9,3

3. Industrial - Comercial Mistas – CMNR e Industriais 9,56 21,3

4. Apoio Sócio-econômico Áreas Especiais - AEII 2,25 5,0

5. Proteção do ambiente natural Mistas – ATA, Especiais AEIS 3, AEIA 5,32 11,8

6. Preservação permanente e reserva florestal APP, UC e Especiais – AEIA e AEIS 3 9,25 20,6

Total 44,96 100,0

As seis zonas são caracterizadas a seguir, com a discriminação das zonas correspondentes propostas no Plano Diretor Participativo. Para cada zona, são apresentadas recomendações e restrições de usos e ocupações, com a indicação dos artigos de interesse contidos no projeto de Lei Complementar nº 2.625. Ao final das caracterizações, são listados os Programas e Projetos específicos para cada zona, propostos na Parte 2 deste volume. Eles visam solucionar os problemas prioritários identificados e caracterizados nos diagnósticos e prognósticos apresentados no volume 1 e no volume 2 deste Plano Ambiental.

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_____________________________________________________ZONEAMENTO AMBIENTAL

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ZONA 1 – RESIDENCIAL Características

Esta zona possui a superfície de 14,37 km2. Uma parte é constituída pela área urbanizada do Município, onde estão unidades habitacionais unifamiliares e multifamiliares (regulares e irregulares), praças, empreendimentos comerciais, industriais e de serviços. A outra parte é constituída por áreas vizinhas, não urbanizadas, recobertas por vegetação secundária (herbácea, arbustiva e arbórea) e pomares, destinadas à expansão da cidade.

Corresponde às zonas predominantemente residenciais do Plano Diretor Participativo: ZPR 1 – área mais antiga da cidade, consolidada e bem estruturada; ZPR 2 – loteamentos habitacionais Parque da Matriz; ZPR 3 – área nordeste da cidade, parte urbanizada e parte não urbanizada; ZPR 4 – área não urbanizada, localizada entre a Zona residencial, a Zona industrial-comercial e a Zona de proteção do ambiente natural (arroio Águas Mortas).

Usos e ocupações recomendados

� Prioridade para a construção de unidades habitacionais unifamiliares e multifamiliares, com superfície de cobertura vegetal (Taxa de Permeabilidade - TP) mínima de 15 % e 20 % da área total do terreno (vide Artigos 50, 51, 52 e 53 do projeto de Lei Complementar nº 2.625);

� empreendimentos comerciais e serviços de pequeno porte, com baixo impacto de ruído

e poluição, sujeitos a licenciamento pelo órgão ambiental municipal; � loteamentos com a instalação de praças arborizadas em 20 % da área total, no mínimo

(vide Artigos 119 e 133 do projeto de Lei Complementar nº 2.625), sujeitos a licenciamento ambiental pelo órgão ambiental municipal.

Usos e ocupações vedados

� Empreendimentos industriais de qualquer porte. Programas e projetos específicos

Os programas e projetos voltados para esta zona procuram atender aos usos e ocupações recomendados e às demandas da comunidade.

Programa Nº do Projeto 1 - Legislação municipal - 2 - Estruturação administrativa e técnica 2 - 3 - 5 - 6 3 - Saúde pública - 4 - Saneamento todos 5 - Assentamentos habitacionais irregulares 1 - 2 - 4 - 5 6 - Controle ambiental 2 - 3 - 5 - 6 - 9 - 10 - 11 - 12 7 - Proteção e recuperação do ambiente físico 2 8 - Proteção e recuperação da vegetação e da fauna 3 9 - Proteção do patrimônio arqueológico, histórico e cultural Arqueo (e) - Histórico (c, d, e, g, i) 10 - Educação ambiental -

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ZONA 2 – COMERCIAL - RESIDENCIAL Características

Esta zona possui a superfície de 4,21 km2, ou 9,3 % do território municipal. É constituída por partes da área urbanizada do Município, onde estão concentrados os empreendimentos comerciais, industriais e de serviços.

Corresponde a uma parte das zonas mistas do Plano Diretor Participativo, com as

seguintes identificações, ocupações e localizações: CMFC – Corredor Misto Flores da Cunha, com grande uso comercial e baixo residencial; CM – Corredores Mistos, em meio às zonas predominantemente residenciais.

Usos e ocupações recomendados

� Prioridade para a localização de empreendimentos comerciais e serviços de pequeno porte, com baixo impacto de ruído e poluição, sujeitos a licenciamento pelo órgão ambiental municipal, especialmente nos lotes com frente para a Av. Flores da Cunha. A superfície de cobertura vegetal (Taxa de Permeabilidade - TP) mínima deve ser de 15 % da área total do terreno (vide artigo 54 do projeto de Lei Complementar nº 2.625);

� construção de unidades habitacionais unifamiliares e multifamiliares, com superfície de

cobertura vegetal (Taxa de Permeabilidade - TP) mínima de 20 % da área total do terreno (vide artigo 56 do projeto de Lei Complementar nº 2.625).

Usos e ocupações vedados

� Empreendimentos industriais de qualquer porte. Programas e projetos específicos

Os programas e projetos voltados para esta zona procuram atender aos usos e ocupações recomendados e às demandas da comunidade.

Programa Nº do Projeto 1 - Legislação municipal - 2 - Estruturação administrativa e técnica 2 - 3 - 5 - 6 3 - Saúde pública 3 4 - Saneamento todos 5 - Assentamentos habitacionais irregulares 1 - 2 - 4 - 5 6 - Controle ambiental 2 - 3 - 5 - 6 - 9 - 10 - 11 - 12 7 - Proteção e recuperação do ambiente físico 1 - 2 8 - Proteção e recuperação da vegetação e da fauna 3 9 - Proteção do patrimônio arqueológico, histórico e cultural Arqueo (e) - Histórico (c, d, e, g, i) 10 - Educação ambiental 6

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ZONA 3 – INDUSTRIAL - COMERCIAL Características

Esta zona possui a superfície de 9,56 km², ou 21,3 % do território municipal. É constituída pelo Distrito Industrial CEDIC, pelo bairro Cruzeiro, pela Granja Esperança (Conservas Ritter S. A.), por áreas não urbanizadas ao longo da Av. Frederico Ritter e da RS 118, pela empresa Souza Cruz e por uma área não urbanizada, na porção noroeste do Município, localizada entre o assentamento habitacional irregular Meu Rincão, ao norte, e a Fazenda Guajuviras e o Sítio Ipiranga, ao sul.

Corresponde às zonas industriais (ZI 1, ZI 2 e ZI 3) (vide artigos 26, 27 e 28 do projeto

de Lei Complementar nº 2.625) e a uma parte das zonas mistas (CMNR) (vide artigo 23 do projeto de Lei Complementar nº 2.625) do Plano Diretor Participativo.

Usos e ocupações recomendados

� Nas zonas industriais (ZI 1, ZI 2 e ZI 3), prioridade para empreendimentos industriais, com superfície de cobertura vegetal (Taxa de Permeabilidade - TP) mínima de 20 % da área total do terreno (vide artigos 58, 59 e 60 do projeto de Lei Complementar nº 2.625), sujeitos a licenciamento pelo órgão ambiental estadual ou municipal;

� nas zonas mistas (CMNR), prioridade para empreendimentos industriais

potencialmente causadores de impactos locais (segundo Resolução CONSEMA nº 102/2005), com superfície de cobertura vegetal (Taxa de Permeabilidade - TP) mínima de 20 % da área total do terreno (vide artigo 55 do projeto de Lei Complementar nº 2.625), sujeitos a licenciamento pelo órgão ambiental municipal;

� empreendimentos comerciais e serviços de qualquer porte, sujeitos a licenciamento

pelo órgão ambiental municipal. Usos e ocupações vedados

� Unidades habitacionais. Programas e projetos específicos

Os programas e projetos voltados para esta zona procuram atender aos usos e ocupações recomendados e às demandas da comunidade.

Programa Nº do Projeto 1 - Legislação municipal - 2 - Estruturação administrativa e técnica 2 - 3 - 5 - 6 3 - Saúde pública 3 4 - Saneamento todos 5 - Assentamentos habitacionais irregulares 1 - 2 - 4 - 5 6 - Controle ambiental 2 - 3 - 5 - 6 - 9 - 10 - 11 - 12 7 - Proteção e recuperação do ambiente físico 1 - 2 8 - Proteção e recuperação da vegetação e da fauna 3 9 - Proteção do patrimônio arqueológico, histórico e cultural Arqueo (e) - Histórico (c, d, e, g, i) 10 - Educação ambiental 6

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Parte 1 ________________________

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ZONA 4 – APOIO SÓCIO-ECONÔMICO Características

Esta zona possui a superfície de 2,25 km² ou 5,0 % do território municipal. É constituída pelas áreas onde estão localizados órgãos públicos de apoio social e econômico: o Instituto Riograndense do Arroz – IRGA, a Fundação de Ciência e Tecnologia – CIENTEC, o Colégio Agrícola Daniel de Oliveira Paiva – CADOP e Estação de Tratamento de Água – ETA e a Estação de Tratamento de Esgotos – ETE, ambas pertencentes à Companhia Riograndense de Saneamento – CORSAN.

Esta zona corresponde às Áreas Especiais de Interesse Institucional – AEII, do Plano

Diretor Participativo (vide artigos 150, do projeto de Lei Complementar nº 2.625).

Usos e ocupações recomendados

� Manutenção dos atuais usos e ocupações, estando as suas alterações ou ampliações sujeitas a licenciamento pelo órgão ambiental municipal ou estadual;

� preservação do ambiente natural.

Usos e ocupações vedados

� Unidades habitacionais e fins econômicos. Programas e projetos específicos

Os programas e projetos voltados para esta zona procuram atender aos usos e ocupações recomendados e às demandas da comunidade.

Programa Nº do Projeto 1 - Legislação municipal - 2 - Estruturação administrativa e técnica 2 - 5 - 6 3 - Saúde pública - 4 - Saneamento todos 5 - Assentamentos habitacionais irregulares - 6 - Controle ambiental 2 - 3 - 5 - 6 - 9 - 10 - 12 7 - Proteção e recuperação do ambiente físico 2 8 - Proteção e recuperação da vegetação e da fauna 1 -2 9 - Proteção do patrimônio arqueológico, histórico e cultural Arqueo (a, b, e) - Histo (c, d, e, g, i) 10 - Educação ambiental 6

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ZONA 5 – PROTEÇÃO DO AMBIENTE NATURAL Características

Esta zona possui a superfície de 5,32 km2, ou 11,8 % do território municipal. É constituída por áreas recobertas por vegetação secundária herbácea (campos) e esparsas aglomerações de vegetação secundária arbustiva e mesmo arbórea (não mapeáveis), cujo principal uso atual é a agropecuária extensiva. Inclui Meu Rincão, Sítio Ipiranga e Túnel Verde.

Corresponde às Áreas de transição urbano-ambiental – ATA, localizadas ao redor das

Áreas de Preservação Permanente (vide artigo 25 do projeto de Lei Complementar nº 2.625), parte das Áreas especiais de interesse social 3 – AEIS 3 (vide artigo 151 do projeto de Lei Complementar nº 2.625) e parte das Áreas de especial interesse ambiental – AEIA (vide parágrafo único do artigo 156 do projeto de Lei Complementar nº 2.625).

Usos e ocupações recomendados

� Prioridade para a construção de unidades habitacionais unifamiliares, com superfície de cobertura vegetal (Taxa de Permeabilidade - TP) mínima de 40 % da área total do terreno (vide artigos 25, 38 e 57 do projeto de Lei Complementar nº 2.625);

� empreendimentos comerciais e serviços de pequeno porte, com baixo impacto de

ruído e poluição, com superfície de cobertura vegetal (Taxa de Permeabilidade - TP) mínima de 40 % da área total do terreno (vide artigos 25, 38 e 57 do projeto de Lei Complementar nº 2.625), sujeitos a licenciamento pelo órgão ambiental municipal;

� empreendimentos e atividades agropecuárias com baixo potencial de impacto local,

sujeitos a licenciamento pelo órgão ambiental municipal. Usos e ocupações vedados

� Empreendimentos industriais de qualquer porte. Programas e projetos específicos

Os programas e projetos voltados para esta zona procuram atender aos usos e ocupações recomendados e às demandas da comunidade.

Programa Nº do Projeto 1 - Legislação municipal - 2 - Estruturação administrativa e técnica 2 - 6 3 - Saúde pública 3 4 - Saneamento todos 5 - Assentamentos habitacionais irregulares 1 - 2 - 4 - 5 6 - Controle ambiental 7 - 8 - 9 - 10 - 12 7 - Proteção e recuperação do ambiente físico - 8 - Proteção e recuperação da vegetação e da fauna 1 -2 9 - Proteção do patrimônio arqueológico, histórico e cultural Arqueo (a, b, e) - Hist (c, d, e, g, i) 10 - Educação ambiental -

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Parte 1 ________________________

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ZONA 6 – PRESERVAÇÃO PERMANENTE E RESERVA FLORESTAL Características

Esta zona possui a superfície de 9,25 km2, ou 20,6 % do território municipal. É constituída pelas Áreas de Preservação Permanente (às margens do rio Gravataí e de todos os arroios no Município, no Parque Municipal Tancredo Neves, no Horto Florestal e no Banhado do Shopping) e por todos os remanescentes do Bioma Mata Atlântica, constituídos por vegetação nativa primária e secundária, nos estágios de regeneração médio (porte arbustivo / arbóreo) e avançado (porte arbóreo), incluindo o sub-bosque do mato de eucaliptos na Fazenda Guajuviras.

Corresponde às Áreas de Especial Interesse Ambiental – AEIA do Plano Diretor

Participativo (vide artigos 149, 155 e 156 do projeto de Lei Complementar nº 2.625) e a parte das Áreas especiais de interesse social 3 – AEIS 3 (vide artigo 151 do referido projeto de Lei).

Usos e ocupações recomendados

Com base na legislação ambiental vigente: Constituição Federal de 1988 (art. 225), Resolução Conama nº 303 / 2002 (APPs), Resolução CONAMA nº 33 / 1994 (estágios sucessionais de regeneração da Mata Atlântica), Lei nº 9.519 / 1992 - Código Florestal Estadual (o art. 9º estabelece a Reserva Florestal, o art. 38 proíbe o corte da Mata Atlântica), Decreto nº 3.420 / 2000 (Programa Nacional de Florestas – PNF, artigo 3º, inciso III) e Lei nº 11.428 / 2006 (o artigo 11 veda o desmatamento do Bioma Mata Atlântica).

� Proteção e preservação integral;

� Recuperação florestal, visando à qualidade ambiental;

� Educação ambiental;

� Pesquisa científica.

Usos e ocupações vedados

� Restrição para uso habitacional e econômico. Programas e projetos específicos

Os programas e projetos voltados para esta zona procuram atender aos usos e ocupações recomendados.

Programa Nº do Projeto 1 - Legislação municipal - 2 - Estruturação administrativa e técnica 2 - 6 3 - Saúde pública 3 4 - Saneamento - 5 - Assentamentos habitacionais irregulares 1 - 2 - 4 - 5 6 - Controle ambiental 7 - 8 - 9 - 10 7 - Proteção e recuperação do ambiente físico 3 - 4 8 - Proteção e recuperação da vegetação e da fauna 1 -2 - 4 - 5 9 - Proteção do patrimônio arqueológico, histórico e cultural Arqueologia (a, b) - Histórico (c, d, e, g, i) 10 - Educação ambiental 6

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PARTE 2 – PROGRAMAS AMBIENTAIS PARTE 2. PROGRAMAS AMBIENTAIS

Esta parte se destina a apresentar propostas de solução para os principais problemas ambientais identificados e caracterizados nos capítulos do volume 1 e do volume 2 do Plano.

As análises dos problemas atuais e previstos para curto prazo, considerando os

programas, projetos e ações governamentais em execução, conduziram à formulação de propostas de solução sob a forma de 10 programas, subdivididos em 68 projetos.

Programa Nº de Projetos 1 - Legislação municipal 1 2 - Estruturação administrativa e técnica 7 3 - Saúde pública 4 4 - Saneamento 10 5 - Assentamentos habitacionais irregulares 5 6 - Controle ambiental 11 7 - Proteção e recuperação do ambiente físico 4 8 - Proteção e recuperação da vegetação e da fauna 5 9 - Proteção do patrimônio arqueológico, histórico e cultural 15 10 - Educação ambiental 6

Os programas e projetos são constituídos pelos seguintes itens básicos:

• Objetivos e metas; • Órgão responsável e parceiros institucionais; • Procedimentos operacionais básicos ou atividades principais; • Recursos necessários ou disponíveis; • Cronograma.

Note-se que as recomendações contidas em cada item devem servir de orientação para

o detalhamento dos projetos, visando às suas operacionalizações. Muitos projetos poderão ser desenvolvidos pelos próprios órgãos públicos municipais, enquanto que alguns precisarão ser realizados por empresas de consultoria ou instituições especializadas, como as universidades.

Os recursos financeiros necessários ao detalhamento e à execução dos projetos sugeridos deverão ser analisados e adequados ao Plano Plurianual da SMMA e das Secretarias Municipais envolvidas. Nesse sentido, é indispensável que os programas e projetos sejam analisados de forma integrada e que se utilizem critérios de prioridade e capacidade orçamentária do Município para suas execuções. Além da adoção de estratégias que levem a execuções de forma sinérgica, é imprescindível que a avaliação dos resultados envolva a participação do Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente – COMDEMA, da sociedade civil organizada e da comunidade.

Deve-se lembrar que planejamento governamental não é atividade esporádica, que

ocorre apenas em determinado período de uma gestão, para resolver problemas pontuais. Recomenda-se que este Plano Ambiental seja avaliado ao final do primeiro ano de execução, com a participação de técnicos da administração municipal e da comunidade local. Na oportunidade, deverão ser realizados os aprimoramentos necessários à manutenção da qualidade ambiental em Cachoeirinha.

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Parte 2______________________________________________________________________

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Recomenda-se, ainda, que o Plano Ambiental sirva de base para a elaboração do Plano

Setorial Ambiental, previsto no art. 168 do projeto de Lei Complementar nº 2.625, caso ele venha a ser aprovado.

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Programa 1 1. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL

LEGISLAÇÃO MUNICIPAL 1.1. JUSTIFICATIVA Para que o Zoneamento Ambiental e os Programas Ambientais propostos neste Plano sejam efetivamente executados, é imprescindível que os poderes legislativo e executivo do Município se envolvam na criação de estruturas governamentais e normas legais que apóiem as ações de defesa e proteção ambiental, estabelecidas na Constituição Federal, na Constituição Estadual e Lei Orgânica do Município.

Há um grande número de empreendimentos projetados e executados pela iniciativa privada ou pública que precisam ser licenciados e fiscalizados pelo órgão ambiental competente, seja federal, estadual ou municipal, com base em legislação correspondente. Por isso, deve haver uma convergência de ações destes órgãos no sentido de que as políticas sejam executadas de forma cooperativa e eficiente, evitando-se a perda de recursos por sobreposições ou desvios institucionais e legais indesejáveis.

Compete ao Município, através do exercício do seu Poder de Polícia e outros

instrumentos jurídicos importados do Direito Administrativo, tais como autorizações e licenciamentos, adotar as medidas necessárias à adequação da proteção e preservação ambiental com o desenvolvimento econômico, visando ao bem-estar social e à manutenção de um ambiente ecologicamente equilibrado.

Como uma proposta viável em curto prazo, deverá o Poder Público municipal

regulamentar a legislação ambiental-administrativa e legislar para a criação de cargos e funções no órgão ambiental, com atribuições ainda para fiscalizar a execução do Plano Diretor do Desenvolvimento Urbano Municipal (Lei Complementar).

A Lei do COMDEMA deverá ser adequada à realidade, devendo o Conselho ser

composto por membros da comunidade local, servidores públicos (agentes administrativos efetivos) e representantes dos agentes políticos (Secretarias Municipais), obedecendo a critérios de proporcionalidade para que as decisões reflitam o sentimento médio da comunidade local. O Poder Público deverá ainda, com suporte em valores compatíveis com a economia do Município, organizar e atualizar tabelas de prestação de serviços públicos na área ambiental, especialmente quanto aos licenciamentos (Lei nº 2.491 de 29 de dezembro de 2005) e regulamentar a lei da Política Municipal do Meio Ambiente, sendo esta a oportunidade de examinar da viabilidade da criação de uma autarquia municipal ambiental.

A publicação de uma consolidação da legislação ambiental é uma boa medida para a

implantação da legislação ambiental no Município. Além da divulgação da legislação junto à população, os textos são instrumentos eficientes para os servidores públicos municipais tomarem conhecimento da legislação em vigor. 1.2. OBJETIVOS

Este Programa tem por objetivo o desenvolvimento de estudo da legislação ambiental mais relevante. Propõe a elaboração da regulamentação da legislação ambiental municipal e a edição de uma consolidação que facilite a divulgação dos procedimentos de licenciamento de empreendimentos. Dar conhecimento aos administrados da estrutura e competências dos

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Programa 1___________________________________________________________________

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agentes de fiscalização, tornando mais dinâmico o cumprimento da legislação e consequentemente a defesa do ambiente ecologicamente equilibrado, com políticas para a recuperação de áreas degradadas e de recursos sob ameaça de extinção.

1.3. ÓRGÃO RESPONSÁVEL E PARCEIROS INSTITUCIONAIS

Trata-se de uma tarefa de responsabilidade específica dos poderes legislativo e executivo, observadas as suas competências. O executivo, representado pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, detém o conhecimento técnico do ambiente municipal e a experiência prática da implementação das políticas vigentes.

Como parceiro institucional, recomenda-se a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB,

Subseção de Cachoeirinha. É importante que todos os conselhos profissionais com representação local e com poder de polícia na área administrativa para fiscalizar a conduta profissional e ética de seus filiados, coibir a atuação de pessoas não habilitadas ou com habilitação cassada ou suspensa também sejam parceiros neste Programa. 1.4. PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS BÁSICOS Dentre as principais providências para a execução deste Programa, arrolam-se as seguintes:

� Realizar tratativas para a montagem de um grupo de trabalho; � Reunir a legislação municipal existente; � Classificar a legislação municipal existente; � Identificar a legislação municipal em vigor; � Realizar a consolidação da legislação; � Buscar patrocínio privado para a edição da Consolidação e sua circulação; � Submeter os resultados do trabalho à comunidade, em audiência pública; � Encaminhar o trabalho concluído para análise e aprovação da Câmara de

Vereadores; � Realização de Seminários com a comunidade; � Conceder incentivos fiscais para a preservação de bens ambientais.

1.5. CRONOGRAMA FÍSICO O Programa deve ser iniciado imediatamente, tendo em vista que a legislação é imprescindível à execução do Plano Ambiental em sua totalidade.

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Programa 2 2. ESTRUTURAÇÃO ADMINISTRATIVA E TÉCNICA

ESTRUTURAÇÃO ADMINISTRATIVA E TÉCNICA Este Programa aborda propostas destinadas a aperfeiçoar a estrutura administrativa e a

aprimorar o funcionamento administrativo e técnico da Secretaria Municipal do Meio Ambiente – SMMA, principal órgão do Sistema Municipal de Proteção Ambiental, responsável pela proteção e melhoria do ambiente natural, cultural e sócio-econômico de Cachoeirinha. Foi idealizado a partir de proposições integradas do especialista do MCT e de representantes da SMMA. Está baseado nos problemas detectados no diagnóstico e no prognóstico apresentados no volume 1, capítulo 3, deste Plano Ambiental.

Diante de suas responsabilidades legais e da forma como as decisões e ações ambientais vêm sendo administradas, a SMMA reconhece que existem três principais questões a serem melhoradas, para aumentar a eficiência administrativa e melhorar a proteção do ambiente no Município: a) Desrespeito às competências legais - algumas decisões referentes ao Meio Ambiente, que são de competência da SMMA, são tomadas por outros órgãos municipais, indevidamente. b) Fluxo inadequado de processos entre as Secretarias - a atual rotina dos processos obedece a um fluxo que ocasiona interferências de umas Secretarias em outras. c) Falta de integração entre as Secretarias - as Secretaria trabalham as questões ambientais de forma independente, sem sintonia integrada de ações com outras que também atuam na área ambiental.

Esta situação torna evidente que o objetivo estratégico para a solução das questões apresentadas envolve a integração dos órgãos que compõem o Sistema Municipal de Proteção Ambiental, junto com a estruturação e operação de um Sistema Municipal de Informações Ambientais - SMIA. A análise criteriosa da atual estrutura administrativa da SMMA conduz à constatação de que algumas atividades podem ser desenvolvidas de forma mais eficiente e eficaz, sem que seja necessária a elaboração de projetos especiais para isso. 2.1. SISTEMA MUNICIPAL DE PROTEÇÃO AMBIENTAL a) Metas

Realizar a integração dos órgãos municipais que compõem o Sistema Municipal de Proteção Ambiental, envolvidos com a fiscalização e a proteção ambiental:

• Secretaria Municipal do Meio Ambiente – SMMA • Secretaria Municipal de Planejamento – SEPLAN; • Secretaria Municipal de Serviços Urbanos – SMSU; • Secretaria Municipal de Saúde – SMS; • Secretaria Municipal de Habitação – SEHAB; • Secretaria Municipal de Educação e Pesquisa – SMEP; • Secretaria Municipal da Cultura – SMC; • Secretaria Municipal da Administração;

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Programa 2 ____________________________________________________

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• Secretaria Municipal de Indústria, Comércio e Abastecimento; • Secretaria Municipal do Trabalho, Cidadania e Assistência Social; • Secretaria Municipal de Segurança; • Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte; • Orçamento Participativo; • Procuradoria Geral do Município.

b) Órgão responsável e parceiros

O órgão responsável é a Secretaria Municipal do Meio Ambiente – SMMA e os parceiros são os órgãos que compõem o Sistema. c) Procedimentos básicos

Operacionalizar o Sistema, promovendo a reunião sistemática de representantes dos órgãos envolvidos e outros que desejem participar, por também estarem ligados ou darem suporte às ações ambientais. 2.2. AÇÃO COMPARTILHADA a) Metas

Aumentar a integração da SMMA com os órgãos estaduais envolvidos com licenciamento, fiscalização e proteção ambiental: Secretaria Estadual do Meio Ambiente - SEMA, FEPAM, DEFAP, DRH e Batalhão de Polícia Ambiental da Brigada Militar. b) Procedimentos básicos

• Relacionar e visitar os principais órgãos estaduais com atuação na área ambiental; • estudar as possibilidades de convênios especiais; • ampliar a integração e acesso dos Sistemas de Informações Ambientais; • planejar a execução de ações conjuntas.

2.3. COOPERAÇÃO EMPRESARIAL a) Metas

Aumentar a interação da SMMA com os setores industrial e comercial, visando ao atendimento à legislação e ao apoio a projetos de educação ambiental formal e não formal. b) Procedimentos básicos

• Relacionar e visitar as principais empresas de cada setor econômico; • trocar dados e informações ambientais; • estabelecer convênios de cooperação ambiental; • participar de ações conjuntas de Educação Ambiental.

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___________________________ESTRUTURAÇÃO ADMINISTRATIVA E TÉCNICA

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2.4. SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇÕES AMBIENTAIS - SMIA a) Metas

Implantar o Sistema Municipal de Informações Ambientais – SMIA, destinado a dar suporte aos processos de planejamento, revisões do plano ambiental e às ações de gestão ambiental, constituídas pela proteção, licenciamento e fiscalização ambiental. O Sistema deve acumular dados e informações de forma ordenada, em meio digital, visando rápido atendimento, inclusive à comunidade, através de um link no site do Município. b) Órgão responsável e parceiros

O SMIA deve ser estruturado e gerido pelo Departamento de Planejamento da SMMA. Para implantá-lo, é necessário que sejam realizados a coleta, o armazenamento e a disponibilização de dados e informações técnicas detalhadas e atualizadas sobre o patrimônio ambiental natural e construído de Cachoeirinha, sobre a qualidade do ambiente e sobre as fontes de poluição.

As coletas poderão ser efetuadas tanto através de levantamentos periódicos de dados

primários e secundários como de monitoramentos de campo pelos órgãos que integram o Sistema Municipal de Proteção Ambiental. Todos os elementos coletados deverão ser encaminhados ao Departamento de Planejamento da SMMA, para incorporação ao SMIA e disponibilização ao Sistema Estadual de Informações Ambientais, de acordo com os artigos 15, 86 e 87 do Código Estadual do Meio Ambiente (Lei nº. 11.520, de 03.08.2000). c) Procedimentos básicos

• Estabelecer as necessidades de recursos humanos, materiais, de infra-estrutura e financeiros para o Departamento;

• criar um setor de ouvidoria, destinado a recolher as manifestações da comunidade; • criar, estabelecer normas e procedimentos, divulgar e manter o Sistema Municipal de Informações Ambientais – SMIA.

2.5. DEPARTAMENTO DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL a) Metas

Diante da obrigação legal da administração municipal iniciar o processo de licenciamento ambiental, é necessário que seja criado um setor específico para esta nova atividade da Secretaria, sob a denominação de Departamento de Licenciamento Ambiental.

A meta do Departamento é a de licenciar atividades poluidoras ou potencialmente poluidoras, consideradas de impacto local, segundo as Resoluções CONSEMA nº. 102/05, 110/05 e 111/05, a partir do momento em que o Município receber a homologação da habilitação pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente – CONSEMA.

Para compor o Departamento, a Secretaria já conta com uma equipe técnica

multidisciplinar constituída por profissionais de ciências naturais e engenharia. É muito importante que a SMMA mantenha um bom relacionamento institucional com o IBAMA, a FEPAM, o DEFAP, o DRH e o Batalhão de Polícia Ambiental da Brigada Militar.

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Programa 2 ____________________________________________________

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b) Procedimentos básicos

As principais atividades a serem desenvolvidas pelo Departamento são as seguintes:

• designação da equipe técnica; • qualificação e treinamento de técnicos; • estabelecimento de procedimentos e rotinas administrativas; • recebimento de pedidos de licenciamento; • instauração dos processos administrativos relativos ao licenciamento; • instrução do processo de licenciamento; • realização de audiências públicas; • oitiva da Assessoria Jurídica antes das decisões finais; • recebimento e encaminhamento dos recursos - nos processos do Departamento - para o Secretário;

• expedição das licenças e encaminhamento de cópias para o Setor de Fiscalização; • lançamento de dados e informações no SMIA.

2.6. ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL a) Metas

A finalidade principal desta assessoria é a de divulgar, de forma clara, ampla e sistemática, em vários tipos de mídia, a política ambiental do Município e as ações a ela relacionadas.

b) Procedimentos básicos Preparar matérias para repasse à Secretaria de Comunicação da Prefeitura e realizar o

atendimento com presteza aos solicitantes de informações. A assessoria deve ser coordenada por um jornalista, com o apoio de estagiários de

áreas afins. Considerando a importância da Comunicação Social no processo de conscientização e Educação Ambiental da população, deve ser pensada a criação de um boletim periódico, que poderá ser patrocinado por organizações públicas e privadas. 2.7. SEDE NOVA a) Metas

Realizar a transferência da SMMA para um novo local, com melhores condições de infra-estrutura e comunicação, visando ao adequado desenvolvimento de suas atividades. b) Procedimentos

Em primeiro lugar, é necessário estabelecer a relação de necessidades da Secretaria e

debater a questão dos recursos disponíveis com a Secretaria da Administração. A seguir, devem ser identificadas as alternativas locacionais existentes e realizada uma avaliação. Estes dados devem compor o projeto de transferência a ser encaminhado ao Prefeito para aprovação.

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Programa 3 3. SAÚDE PÚBLICA

SAÚDE PÚBLICA

No diagnóstico dos principais problemas em que saúde e meio ambiente estão envolvidos, questões como a forte degradação sócio-ambiental, o ressurgimento de doenças ocasionadas pelos vetores e reservatórios, os impactos ambientais das atividades urbanas e rurais, a poluição do ar e a contaminação dos solos e dos recursos hídricos são apontadas como responsáveis pela piora na qualidade de vida da população exposta.

A relação entre a exposição humana a determinadas situações ambientais e seus efeitos a saúde vem sendo estimado pela Organização Mundial da Saúde que já determinou, por exemplo, que 60% das infecções respiratórias agudas e 50% das infecções respiratórias crônicas são atribuídas às condições do ambiente, assim como 90% das Doenças diarréicas e 25% do câncer.

Além do conhecimento do risco e presença de seus determinantes, também é

necessário conhecer a forma, duração, intensidade e o período da exposição das populações humanas a eles, já que características individuais das pessoas podem influir no desenvolvimento e manifestações de um mesmo agravo em pessoas diferentes (OMS 1998). Outros aspectos hoje abordados pela Saúde Ambiental são as medidas para prevenir e atender desastres ambientais, desastres com cargas tóxicas e produtos perigosos, contaminações ambientais (solo, água e ar), que podem levar grandes populações a situações de adoecimento.

Assim sendo, o objetivo geral deste Programa de Saúde Pública é o de atender às

demandas da população do Município de Cachoeirinha, relativas à proteção, prevenção e recuperação da saúde. Tendo por base os principais problemas identificados e caracterizados no diagnóstico e no prognóstico da saúde pública (vide volume 1 - capítulo 4), propõe-se que este Programa seja constituído por três projetos, a seguir apresentados:

• Integração de saúde e meio ambiente • Viver melhor • Prevenção de acidentes industriais e veiculares

3.1. INTEGRAÇÃO DE SAÚDE E MEIO AMBIENTE

Este projeto está subdividido em dois subprojetos: • Seminário Integrador • Curso de nivelamento de informações

3.1.1. Seminário integrador a) Metas

A meta geral deste subprojeto é o de nivelar as informações sobre as atividades

desenvolvidas pela Secretaria Municipal da Saúde e Secretaria Municipal do Meio Ambiente, através da integração de seus técnicos e servidores. Para isso, propõe-se a realização de um Seminário Integrador, com a duração de um dia (8 horas).

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Programa 3

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b) Órgãos responsáveis e parceiros institucionais

Os órgãos responsáveis são a Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria Municipal

do Meio Ambiente, a partir de entendimentos entre os respectivos Secretários. Propõe-se que o planejamento e a coordenação do projeto sejam realizados por um representante do Departamento de Vigilância em Saúde e um representante da Secretaria do Meio Ambiente. c) Atividades principais

As principais atividades a serem desenvolvidas para que as metas sejam alcançadas,

são apresentadas a seguir. • Reunir os coordenadores das duas Secretarias para planejar o Seminário. Eles devem

definir com objetividade o conteúdo, a forma de apresentação, o local, a data e demais detalhes operacionais;

• Os coordenadores devem reunir seus grupos de trabalho, para preparar as suas apresentações no seminário;

• Cada Secretaria deve realizar uma apresentação interna da equipe e sua estrutura de trabalho, como preparação para o Seminário;

• Realizar o Seminário. Cada Secretaria deverá apresentar o organograma, a composição das equipes, os trabalhos desenvolvidos, as demandas do Município e as dificuldades para atender às demandas. Os temas devem ser discutidos e, ao final, preparado um documento conjunto, contendo os resultados e recomendações do Seminário.

• Os Secretários deverão agendar uma reunião com o Prefeito e apresentar o documento do Seminário, visando obter aprovação para a execução das recomendações.

Programação sugerida:

• 8:30 às 8:45 - Abertura: Prefeito Municipal • 8:45 às 10:00 - Secretários da Saúde e do Meio Ambiente: Situação da saúde e do meio

ambiente no Município de Cachoeirinha, Programa e Projetos atuais e futuros e perspectivas de um trabalho conjunto em saúde e meio ambiente.

• 10:00 às 10:30 – Intervalo • 10:30 às 12:00 – Apresentação das atividades, demandas e problemas operacionais pelas

equipes da Secretaria Municipal da Saúde, prioridades, etc. (Vigilâncias, Programa de Saúde da Família e Agentes comunitários de Saúde; Unidades Básicas de Saúde; rede de Assistência).

• 14:00 às 16:00 – Apresentação das atividades e problemas operacionais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente.

• 16:00 às 16:15: - Intervalo • 16:15 às 17:30 – Discussão em grupo e construção de necessidades para operacionalizar

atividades conjuntas • 17:30 às 18:00 – Apresentação dos grupos e consolidação dos documentos para

encaminhamento aos Secretários e ao Prefeito. d) Recursos necessários e disponíveis

Os principais recursos de infra-estrutura e materiais são: sala para o seminário,

datashow e material didático para os participantes. Recomenda-se consulta aos recursos do Plano Plurianual para atender as eventuais despesas de execução do Seminário

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________________________________________________ SAÚDE PÚBLICA

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e) Cronograma físico

• Reuniões internas: 1ª quinzena de agosto de 2007; • preparação do conteúdo de cada instituição: 2ª quinzena de agosto de 2007; • realização do Seminário: setembro de 2007.

3.1.2. Curso de nivelamento de informações a) Metas

A meta geral deste subprojeto é o de nivelar conhecimentos de saúde com ênfase em saúde ambiental e de meio ambiente entre as equipes dos dois órgãos municipais, facilitando a integração e o desenvolvimento de atividades conjuntas. Para isso, propõe-se a realização de um curso com duração de uma semana (40 horas). b) Órgãos responsáveis e parceiros institucionais

Os órgãos responsáveis são a Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria Municipal

do Meio Ambiente, a partir de entendimentos entre os respectivos Secretários. Propõe-se que o planejamento e a coordenação do projeto sejam realizados por um representante do Departamento de Vigilância em Saúde e um representante da Secretaria do Meio Ambiente. c) Atividades principais

As principais atividades a serem desenvolvidas para que as metas sejam alcançadas,

são apresentadas a seguir. • Reunir os coordenadores das duas Secretarias para planejar o curso. Eles devem listar

conteúdos indispensáveis e avaliar a necessidade de buscar profissionais fora da prefeitura para desenvolver este conteúdo no curso. O local, a data e demais detalhes operacionais devem ser definidos;

• Reunir grupos de trabalho de cada instituição para discutir a necessidade de incluir outros conteúdos e organizar cronograma do curso, prevendo espaço para discussão e elaboração de pré-projeto;

• Reunir as duas instituições para avaliar os conteúdos e cronograma, e alterar se necessário; • Reunir os docentes do curso para expor as necessidades da abordagem do conteúdo

programático indicado pelos servidores das duas secretarias; • Realizar o curso; • Apresentar pré-projeto laborado como conclusão do curso aos secretários; • Os Secretários deverão agendar uma reunião com o Prefeito e apresentar o pré-projeto,

visando obter aprovação para a execução das recomendações. d) Recursos necessários e disponíveis

Os principais recursos de infra-estrutura e materiais são: sala para o curso, datashow e

material didático para os participantes. Recomenda-se consulta aos recursos do Plano Plurianual para atender as eventuais despesas de execução do Seminário e os recursos da Vigilância em Saúde.

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Programa 3

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e) Cronograma físico

• Reuniões de coordenadores: 1ª quinzena de outubro de 2007; • Reuniões com grupos de trabalho: 2ª quinzena de outubro de 2007; • Apresentação e discussão final do conteúdo do curso: 2ª quinzena de outubro de 2007; • Realização do curso: 1ª quinzena de dezembro de 2007.

3.2. VIVER MELHOR a) Metas

As metas deste projeto são: diminuir as internações hospitalares por doenças

respiratórias e por doenças infecto-contagiosas e parasitárias, assim como prevenir as doenças transmissíveis e não transmissíveis no Município de Cachoeirinha, com a participação da população. b) Órgãos responsáveis e parceiros institucionais

O órgão responsável é a Secretaria Municipal de Saúde. Todas as outras Secretarias

Municipais são parceiras, além dos seguimentos organizados da sociedade local.

c) Atividades principais As principais atividades a serem desenvolvidas para que as metas sejam alcançadas,

são apresentadas a seguir.

• Estabelecer população de risco; • iplantar dinâmica de estudo de caso; • implantar notificação dos atendimentos ambulatoriais nas Unidades de Saúde por tipo

de procedimento; • criar ficha de notificação simplificada por semana epidemiológica; • criar protocolo de procedimento para cada situação; • conscientizar todos os seguimentos do Município para a necessidade de melhoria no

sistema de saneamento do entorno do Pólo e do Município como um todo; • sugerir a ampliação da usina de reciclagem como forma de melhoria do saneamento e

inclusão social na geração de trabalho e renda; • garantir recursos público-privados para estas atividades.

d) Recursos necessários e disponíveis

Os principais recursos de infra-estrutura e materiais são: Salas para reuniões, palestras.

Recursos humanos para atuar como divulgadores e para selecionar os principais agravos que ocorrem no Município, alimentando banco de dados. Datashow para apresentar o produto desenvolvido. Recomenda-se consulta aos recursos do Plano Plurianual para atender as eventuais despesas de execução do Seminário e os recursos da Vigilância em Saúde.

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________________________________________________ SAÚDE PÚBLICA

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e) Cronograma físico

• Nomeação da equipe responsável pelo desenvolvimento do projeto de sensibilização da área de assistência em saúde e da população: 2ª quinzena de outubro de 2007;

• reuniões para discutir os agravos de interesse para o Município e elaborar material destinado às palestras e encontros com a área técnica da saúde e com a população em geral: 2ª quinzena de novembro de 2007;

• reuniões e palestras de sensibilização dos trabalhadores em saúde para importância da notificação dos agravos nas Unidades Básicas de Saúde: novembro a dezembro de 2007;

• participação das reuniões do Orçamento Participativo, Associações de Bairros, programas de radio: novembro e dezembro de 2007;

• criação de grupo de trabalho no Município para avaliar a situação do setor saneamento, eficiência e deficiência: novembro a dezembro de 2007;

• reuniões do grupo para discutir a situação: janeiro a maio de 2008; • busca das informações do sistema de saneamento do pólo que não estão em cadastro:

março a maio de 2008; • seminário de avaliação das condições de saneamento no Município e a interferência na

situação de saúde da população de Cachoeirinha: junho de 2008; • avaliação do Setor saúde, dos indicadores de morbidade após implantação do trabalho

conjunto com as Unidades Básicas de Saúde: novembro de 2008. 3.3. PREVENÇÃO DE ACIDENTES INDUSTRIAIS E VEICULARES a) Metas

A meta deste projeto é criar um banco de dados com informações relativas às atividades

industriais e de circulação de veículos no Município, como forma de auxílio ao planejamento de ações de prevenção dos acidentes industriais e veiculares. b) Órgãos responsáveis e parceiros institucionais

Os órgãos responsáveis são a Secretaria Municipal de Saúde e a Secretaria Municipal

do Meio Ambiente, a partir de entendimentos entre os respectivos Secretários. Propõe-se que o planejamento e a coordenação do projeto sejam realizados por um representante do Departamento de Vigilância em Saúde e um representante da Secretaria do Meio Ambiente. c) Atividades principais

As principais atividades a serem desenvolvidas para que as metas sejam alcançadas,

são apresentadas a seguir. • Reunir os coordenadores das Secretarias municipais com interface nas atividades do Pólo

industrial e explicar o objetivo da criação do banco de dados; • eleger grupo intersetorial para elaborar os itens que devem compor o banco de dados.

Sugere-se que participe pelo menos um técnico de cada Secretaria envolvida; • reunir as in formações disponíveis nos diferentes órgãos;

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Programa 3

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• elaborar os itens que farão parte do banco de dados. Como sugestão, se recomenda incluir a distribuição das áreas da cidade por critério de risco, aplicando uma classificação em código no banco de dados;

• construir fichas com as informações que farão parte do banco de dados. É possível organizar o banco em sub-bancos com formulários para as informações das indústrias, das residências em áreas de risco, dos estabelecimentos comerciais em áreas de risco e dos veículos utilizados para transportes de cargas pelas indústrias;

• buscar, se necessário, informações nas indústrias e no órgão ambiental do estado; • realizar reunião para apresentação do instrumento elaborado e colher sugestões; • finalizar o instrumento, apresentado aos Secretários; • os Secretários deverão agendar uma reunião com o Prefeito e apresentar o instrumento

visando obter aprovação para a execução do banco; • avaliar a necessidade de contratação para este serviço técnico para elaboração e

formatação do banco; • construir banco de dados em Access. • preencher as fichas; • analisar as informações. d) Recursos necessários e disponíveis

Os principais recursos de infra-estrutura e materiais são: sala para as reuniões, material

de escritório e computadores para os participantes do grupo de trabalho. Datashow para apresentar o produto desenvolvido. Recomenda-se consulta aos recursos do Plano Plurianual para atender as eventuais despesas de execução do Seminário e os recursos da Vigilância em Saúde. e) Cronograma físico

• Reunir coordenadores das diferentes Secretarias Municipais: 1ª quinzena de outubro de 2007;

• nomear o grupo técnico indicado para o trabalho: 2ª quinzena de outubro de 2007; • reunir as informações: novembro a dezembro de 2007; • realizar seminário aberto aos representantes do OP, ONG’s, representantes das

indústrias para apresentação do instrumento e colher sugestões: 2ª quinzena de dezembro de 2007;

• finalizar o instrumento e apresentação aos Secretários: 1ª quinzena de janeiro de 2008; • construir Banco de Dados em Access: 2ª quinzena de janeiro de 2008; • preencher as fichas do Banco de Dados: fevereiro de 2008; • analisar as informações: março de 2008; • planejar ações a curto, médio e longo prazo com base na análise das informações.

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Programa 4 4. SANEAMENTO

SANEAMENTO

O Programa de Saneamento abrange o subprograma de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário e o subprograma de saneamento de resíduos sólidos. Cada um deles é composto por projetos que se destinam a enfrentar os principais problemas diagnosticados e prognosticados no capítulo 5 do volume 1 deste Plano. 4.1. ABASTECIMENTO DE ÁGUA POTÁVEL E ESGOTAMENTO SANITÁRIO

Os sistemas de abastecimento de água potável e de esgotamento sanitário são de grande importância para o Município de Cachoeirinha. Entretanto, os baixos índices de atendimento de esgoto na cidade, a elevada carga poluidora dos esgotos sanitários lançados nos recursos hídricos e os riscos de saúde pública mostram que há urgência de ampliação da coleta de esgoto sanitário no Município, visto que já existe estrutura para tratamento dos mesmos, a Estação de Tratamento de Esgotos Free-Way.

4.1.1. Justificativa Os dados do diagnóstico mostram que há necessidade de melhorias nestes dois serviços prestados à população. Verifica-se, ainda, que as melhorias para o sistema de esgotamento sanitário (aumento do volume de esgoto sanitário coletado e tratado) são de extrema urgência, tendo em vista a saúde pública e o nível de poluição atual dos arroios e rio Gravataí.

A Lei n° 11.445 / 2007 estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento básico, sendo que o Governo Estadual e Município deverão estar em acordo com os dispositivos desta lei para ter acesso aos recursos públicos federais e financiamentos com recursos da União. 4.1.2. Objetivos O objetivo é o de melhorar os sistemas de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário, através de oito Projetos, com as seguintes metas: a) Para os dois sistemas

• Elaborar um Plano de Saneamento Básico do Município, compatível com o Plano de Bacia Hidrográfica, conforme previsto na Lei n° 11.445 / 2007;

b) Para o sistema de abastecimento de água

• Realizar campanha de uso racional da água;

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• Estabelecer um sistema de informações sobre os serviços de abastecimento de água potável, articulado com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento (SNIS), conforme previsto no capítulo II, art. 9º, inciso VI, da Lei n° 11.445 / 2007;

• Buscar alternativas de regularização das vazões do rio Gravataí em conjunto com os Municípios e Comitê da Bacia do rio Gravataí;

c) Para o sistema de esgotamento sanitário

• Ampliar a rede de esgotamento sanitário; • Realizar campanha de ligação à rede de esgotamento sanitário; • Estabelecer um sistema de informações sobre os serviços de esgotamento sanitário,

articulado com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento (SNIS), conforme previsto no capítulo II, art. 9º, inciso VI, da Lei n° 11.445 / 2007;

• Estabelecer os direitos e deveres dos usuários do sistema de esgotamento sanitário, conforme capítulo II, art. 9º, inciso IV, da Lei n° 11.445 / 2007;

4.1.3. Órgão responsável e parceiros institucionais

A CORSAN é responsável pela prestação dos serviços de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário.

A Secretaria Municipal de Saúde é responsável pela estruturação das campanhas de

conscientização, elaboração do plano saneamento básico e estabelecimento dos sistemas de informações de água e esgotamento sanitário.

O Poder Executivo é responsável pela captação de recursos junto ao Governo Federal e

organismos internacionais, visando à ampliação da rede de esgotamento sanitário. O Poder Executivo e Legislativo são responsáveis pela proposição dos direitos e

deveres dos usuários do sistema de esgotamento sanitário. Os parceiros são a Secretaria Municipal de Educação, Secretaria Municipal de Meio

Ambiente, Secretaria de Planejamento, CORSAN, Secretaria Estadual de Meio Ambiente - SEMA, Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí, Instituições de Ensino Público ou Privado e Associações de Moradores, ONGs (Ex.: Associação de Preservação da Natureza do Vale do Gravataí - APN-VG; Centro de Estudos de Promoção em Alternativas de Saúde – Cepas; Associação Canoense de Proteção ao Meio Ambiente Natural – Ascapan; Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural – Agapan). 4.1.4. Procedimentos operacionais básicos

As propostas de melhorias são de curto e médio prazo, visando ao aumento da rede atual de coleta de esgoto sanitário (pouco abrangente), aumento do número de ligações à rede de esgoto adequada (lançando menos esgoto sanitário sem tratamento nos arroios e rio Gravataí) e também à transformação cultural na comunidade, com o apoio da Educação Ambiental.

O modelo de Gestão de Saneamento da CORSAN tem apresentado bons resultados,

visto que a empresa foi premiada com dois títulos no Prêmio Nacional da Qualidade em Saneamento (PNQS) 2005 como Melhores Unidades de Saneamento do Brasil e quatro Diplomas de Distinção dessa mesma premiação, sendo as Unidades de Saneamento agraciadas de Cachoeirinha, Dois Irmãos, Taquara, Campo Bom, Vacaria e São Lourenço do

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Sul. Desta forma, sugere-se a adoção deste modelo de Gestão de Saneamento pelo Município de Cachoeirinha.

Os procedimentos operacionais destes Projetos são apresentados a seguir. a) Para os dois sistemas • Elaborar um Plano de Saneamento Básico do Município

� Formar equipe de coordenação; � Verificar termos de elaboração do plano saneamento básico na Lei n° 11.445 / 2007,

e outras fontes de consulta para orientação dos Municípios como Moraes & Borja (2005);

� Verificar diretrizes estabelecidas para o Plano de Bacia do Rio Gravataí; � Detalhar projeto operacional; � Estabelecer parcerias entre Secretarias Municipais e Estaduais; � Estabelecer parceria técnica com instituições, � Realizar os contatos institucionais; � Estabelecer um planejamento das atividades e cronograma do projeto

b) Para o sistema de abastecimento de água • Realizar campanha de uso racional da água

� Formar equipe de coordenação; � Estabelecer parcerias entre Secretarias; � Estabelecer parceria técnica com instituições, � Definir as informações a serem abordadas na campanha. Sugestões: Destacar os

problemas de escassez da água na região nos períodos de verão. Uma fonte permanente de informação sobre ações que visam ao uso racional da água, pode ser encontrada em www.aguaonline.com.br;

� Definir os locais de divulgação. Sugestões: escolas, empresas, postos de saúde, associações de bairro, locais de grande circulação pública, e página virtual da prefeitura;

� Definir meios de divulgação. Sugestões: seminários, material áudio-visual, rádio, “Internet”;

� Realizar contato com instituições e apresentar projeto da campanha para captação de recursos financeiros e patrocínios.

• Estabelecer sistema de informações do serviço de abastecimento de água potável

� Estabelecer parcerias entre Secretarias e formar equipe de trabalho; � Realizar contato com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento - SNIS

e estabelecer parceria técnica para suporte ao desenvolvimento do sistema de informações do serviço de abastecimento de água potável, o qual deve ser articulado com este;

� Estabelecer contato com CORSAN e estabelecer parceria técnica para o desenvolvimento do sistema de informações do serviço de abastecimento de água potável;

� Solicitar anualmente informações sobre o sistema de abastecimento de água potável a CORSAN: características do sistema, parâmetros e indicadores, de modo a permitir uma avaliação geral (quantitativa e qualitativa) dos serviços prestados ao Município;

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� Incorporar os dados ao sistema de informações do serviço de abastecimento de água potável.

• Buscar alternativas de regularização das vazões do rio Gravataí

� Estabelecer parcerias com os Municípios da bacia do rio Gravataí, instituições de ensino, Comitê da Bacia do Gravataí, ONG´s e Governo do Estado do Rio Grande do Sul, a fim de buscar alternativas viáveis de regularização das vazões do rio Gravataí;

� Promover e apoiar a discussão das alternativas propostas. c) Para o sistema de esgotamento sanitário • Ampliar rede de esgotamento sanitário

� Buscar suporte técnico junto ao Governo Estadual para captação de recursos financeiros;

� Verificar os requisitos para a captação de recursos Federais ou de órgãos financeiros internacionais, e estabelecer um planejamento das ações para atendê-los.

• Realizar campanha de ligação à rede de esgotamento sanitário

� Formar equipe de coordenação; � Estabelecer parcerias entre Secretarias; � Estabelecer parceria técnica com instituições; � Definir as informações a serem abordadas. Sugestões: destacar a importância do

tratamento do esgoto sanitário para a preservação dos recursos hídricos e a para a manutenção da saúde pública (doenças de veiculação hídrica);

� Definir os locais de divulgação. Sugestões: escolas, empresas, postos de saúde, associações de bairro, locais de grande circulação pública, e página virtual da prefeitura;

� Definir meios de divulgação, como seminários, material áudio-visual, rádio e Internet; � Realizar contato com instituições e apresentar projeto da campanha para captação de

recursos financeiros e patrocínios. • Estabelecer sistema de informações dos serviços de esgotamento sanitário

� Estabelecer parcerias entre Secretarias e formar equipe de trabalho; � Realizar contato com o Sistema Nacional de Informações em Saneamento - SNIS

e estabelecer parceria técnica para suporte ao desenvolvimento do sistema de informações do serviço de esgotamento sanitário, o qual deve ser articulado com este;

� Estabelecer contato com CORSAN e estabelecer parceria técnica para o desenvolvimento do sistema de informações do serviço de esgotamento sanitário;

� Solicitar anualmente informações sobre o sistema de esgotamento sanitário a CORSAN: características do sistema, parâmetros e indicadores, de modo a permitir uma avaliação geral (quantitativa e qualitativa) dos serviços prestados ao Município;

� Incorporar os dados ao sistema de informações do serviço de esgotamento sanitário. • Estabelecer os direitos e deveres dos usuários do sistema de esgotamento sanitário

� Propor instrumentos legais que garantam a obrigatoriedade de ligação à rede de esgotamento sanitário;

� Promover ampla divulgação e discussão com a população, usuário dos serviços;

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4.1.5. Recursos disponíveis

De posse dos orçamentos dos Projetos, deve ser realizada uma consulta ao Plano

Plurianual e verificadas as necessidades de complementações orçamentárias. Destaca-se que é importante a articulação política com os Municípios da bacia do rio Gravataí para a captação de recursos de junto ao Governo Federal, considerando-se, inclusive, a possibilidade de formação de consórcio da bacia do rio Gravataí. 4.1.6. Cronograma físico As articulações interinstitucionais necessárias à efetivação das propostas de ação devem ser iniciadas imediatamente, definindo um cronograma para o desenvolvimento dos projetos citados anteriormente. 4.2. SANEAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DOMÉSTICOS

Este subprograma é constituído por dois projetos apresentados a seguir, destinados à

busca de melhorias para os serviços de coleta, de disposição irregular e destinação final dos resíduos domésticos produzidos no Município. 4.2.1. Coleta e destinação final a) Justificativa

A necessidade de implantar ou contratar um novo Aterro Sanitário para a disposição dos resíduos sólidos domésticos do Município é prioritária e complexa, considerando que o Aterro Sanitário Santa Tecla deverá deixar de operar em agosto de 2008. Ao mesmo tempo, é importante que a Administração Municipal trabalhe no sentido de sensibilizar a população para colaborar com o sistema de coleta seletiva e ampliar os serviços de coleta seletiva e de coleta normal.

O Decreto estadual n° 38.356, de 01.04.1998, estabelece no art. 4° que “Os sistemas de

gerenciamento dos resíduos sólidos de qualquer natureza terão como instrumentos básicos planos e projetos específicos de coleta, transporte, tratamento, processamento e destinação final, a serem licenciados pela FEPAM, tendo como metas a redução da quantidade de resíduos gerados e o perfeito controle de possíveis efeitos ambientais”.

b) Metas

A meta geral é a de melhorar o manejo do lixo doméstico, sob a responsabilidade dos geradores (usuários) e do órgão público municipal, visando proteger a população e o ambiente de impactos advindos de tratamentos inadequados e indevidos. As metas específicas são as seguintes:

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• implantar ou contratar um novo Aterro Sanitário para a disposição dos resíduos sólidos domésticos do Município;

• sensibilizar a população para colaborar com o sistema de coleta seletiva; • ampliar os serviços de coleta seletiva e domiciliar; • apoiar a ampliação da unidade de triagem da ACRER.

c) Órgão responsável e parceiros institucionais

O órgão responsável é a Secretaria Municipal dos Serviços Urbanos – SMSU. Por se tratar de serviço de alta relevância ambiental para o Município, deve contar com a parceria de todas as Secretarias que compõem o Sistema Municipal de Proteção Ambiental.

No caso da destinação final, os parceiros diretos são os Municípios vizinhos que fazem

parte do consórcio que criou o Aterro Sanitário Metropolitano Santa Tecla, Porto Alegre, Gravataí e Esteio. Em âmbito estadual, cabe à FEPAM participar das articulações e negociações, considerando a necessidade de licenciamento de um novo aterro sanitário.

Além destas instituições, é indispensável a participação dos usuários no processo,

representados pela Câmara de Vereadores, associações de moradores de bairros, associações de classe, ACRER, ONG's e outras. d) Procedimentos operacionais básicos

O manejo do lixo doméstico envolve quatro atividades básicas. A segregação, o acondicionamento e o armazenamento são de responsabilidade do usuário. A coleta, o tratamento e a destinação final são de competência da Administração municipal. Para cada atividade, propõem-se os procedimentos apresentados a seguir.

• Segregação, acondicionamento e armazenamento Como o processo inicia com estes procedimentos, sob a responsabilidade do usuário, a

sua não adesão ao sistema prejudica as atividades seguintes, a ponto de inviabilizar os objetivos pretendidos. A responsabilidade da segregação, acondicionamento e armazenamento do lixo seco é do usuário, mas as orientações técnicas e o trabalho de educação que lhe devem ser ministrados competem ao órgão público.

Estruturar campanha destinada a conscientizar a população sobre a necessidade de

auxiliar o poder público na tarefa de segregar, acondicionar e armazenar o lixo, disponibilizando-o para dois tipos de coleta (seco e orgânico) pelo serviço público. Para isso, recomenda-se a formação de um grupo de trabalho formado por representantes do órgão responsável e das instituições parceiras citadas.

Propõe-se que sejam considerados os seguintes aspectos no planejamento das ações:

� Dimensão pública - disponibilização da rede municipal de educação e de informação para a efetivação das ações de Educação Ambiental. As crianças são grandes indutores de modificações de hábitos nos adultos, nem sempre conscientizados sobre as questões ambientais; - gestão das campanhas, desde a parte financeira, com recursos próprios e patrocínios, até a parte operacional.

� Dimensão privada As empresas, escolas privadas e demais instituições ativas no Município devem ser sensibilizadas a participar, buscando a melhoria dos resultados técnicos e econômicos do processo, englobando as seguintes ações:

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- amplo comprometimento com o financiamento, divulgação e participação nas campanhas; - participação em seminários de sensibilização e programas de treinamento, que deverão ser montados e ministrados pela comissão própria, com a necessária participação da consultoria externa, sempre que necessário; - criação de alternativas de fomento e estímulo ao Projeto, como premiações, divulgações e demais ações desta natureza.

• Coleta seletiva

Este serviço público envolve o recolhimento e o transporte de resíduos acondicionados e adequadamente dispostos pelos usuários, visando melhorar o seu encaminhamento para as empresas recicladoras e reduzir o volume de lixo a ser remetido para o aterro sanitário. Recomenda-se que os órgãos componentes do Sistema Municipal de Proteção Ambiental formem um grupo técnico capacitado para analisar os aspectos legais, técnicos e financeiros relativos à coleta, com a participação dos parceiros institucionais (citados no item c). Dessas discussões, devem surgir recomendações destinadas a ampliar e melhorar a coleta seletiva bem como a ampliar a unidade de triagem da ACRER.

• Destinação final

Neste caso, recomenda-se que as Secretarias componentes do Sistema formem um grupo técnico capacitado para analisar os aspectos legais, técnicos e financeiros relativos à destinação final dos resíduos. Este grupo deverá elaborar projetos alternativos para o problema, podendo contar, para isso, com a contratação de empresa privada ou Universidade com competência nessa área. As propostas deverão, então, ser discutidas de forma ampla com a população e com o Poder Legislativo, visando aprimorá-las, e proceder à escolha da melhor solução. No decorrer deste processo, devem ser realizadas negociações com os parceiros institucionais (citados no item c) e consultas a empreendimentos privados existentes.

e) Recursos financeiros disponíveis

De posse dos orçamentos das alternativas de solução, deve ser realizada uma consulta ao Plano Plurianual e verificadas as necessidades de complementações orçamentárias. f) Cronograma

Este projeto deve ser iniciado tão logo o Sistema possa se reunir e deliberar sobre o

assunto. O cronograma sugerido para execução dos trabalhos é o seguinte:

1º Ano Procedimento

1 2 3 Novo Aterro Sanitário Formar grupo técnico do Sistema Municipal para tratar do novo Aterro Sanitário Analisar a situação e elaborar propostas de alternativas técnicas para o Aterro Discutir as propostas com a comunidade e parceiros institucionais Executar a proposta aprovada para início de operação em julho de 2008 Avaliar anualmente o funcionamento do Aterro

Coleta seletiva Formar grupo técnico do Sistema Municipal para tratar da coleta seletiva Analisar a situação e elaborar propostas alternativas para melhorar e ampliar a coleta Discutir as propostas com a comunidade e parceiros institucionais Executar as propostas aprovadas Avaliar anualmente o funcionamento do Sistema Municipal

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4.2.2. Erradicação das disposições irregulares de lixo a) Justificativa

As recomendações contidas neste Projeto destinam-se a fiscalizar o atendimento às

normas legais vigentes e preservar o meio ambiente no que diz respeito às fontes de geração de resíduos e seu conseqüente destino final apropriado, bem como a Educação Ambiental da comunidade em geral quanto ao tema. b) Metas

A meta geral do Projeto é desenvolver um conjunto de ferramentas que possa permitir a administração pública em conjunto com os demais segmentos da sociedade a fiscalização do ambiente e promover a Educação Ambiental a fim de preservá-lo. As metas específicas são as seguintes:

• reestruturar a fiscalização para atendimento aos casos de descarte irregular de resíduos; • elaborar e revisar projetos educacionais visando à redução da geração de resíduos; • preparar e revisar mídia educacional sobre a redução da geração de resíduos; • executar projetos educacionais visando reduzir a geração de resíduos; • elaborar e revisar projetos educacionais para reduzir a disposição irregular de resíduos; • preparar e revisar mídia educacional sobre a disposição irregular de resíduos; • executar projetos educacionais visando reduzir a disposição irregular de resíduos em

terrenos, cursos d’água e vias públicas. c) Órgão responsável e parceiros institucionais O órgão responsável é a SMMA, tendo como principais parceiros, no âmbito municipal, a SMSU, a Secretaria Municipal de Saúde, Secretaria de Obras e a Secretaria Municipal de Educação.

Além destas instituições, é indispensável integrar neste processo as associações de moradores de bairros, associações de classe, ONG's, ACRER; bem como representantes da indústria, comércio, saúde, construção, entre outros. d) Procedimentos operacionais básicos

No desenvolvimento das atividades proposta é importante pautar alguns tópicos:

• definir os representantes da administração pública ou não que irão gerenciar e coordenar as atividades de elaboração dos projetos; Constituir um grupo de trabalho multidisciplinar a fim de dimensionar a real necessidade de infra-estrutura física e funcional para promover a fiscalização ambiental e demais projetos;

• definir as Secretarias e órgãos municipais que deverão formalizar, implantar e operar os

projetos estabelecidos pelo grupo de trabalho; O grupo definirá os agentes que colocarão em prática as ações definidas para os projetos, buscando a formalização (contratos, convênios, outros), implantação e operação;

• mapear as atividades desenvolvidas no Município; A SMMA buscando parceria com as

demais secretarias da administração municipal para mapear as empresas e atividades

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desenvolvidas no Município por potencial poluidor. O mapeamento indicará os principais pontos (ruas, bairros, empresas, outros) a serem abordados para estruturar o Plano de Ação de Fiscalização e a mídia. Mídia destinada a conscientizar a população da necessidade em auxiliar o poder público na tarefa de preservar o Meio Ambiente quanto à disposição irregular de resíduos e queima. Propõe-se que sejam considerados os seguintes aspectos no planejamento das ações:

� Dimensão pública - disponibilização das redes municipais de educação e de informação para a efetivação das ações de Educação Ambiental. As crianças são grandes indutores de modificações de hábitos nos adultos, que fazem parte de gerações menos conscientizadas sobre as questões ambientais; - gestão das campanhas, desde a parte financeira, com recursos próprios e patrocínios, até a parte operacional.

� Dimensão privada As empresas, escolas privadas e demais instituições ativas no Município devem ser sensibilizadas a participar, buscando a melhoria dos resultados técnicos e econômicos do processo, englobando as seguintes ações: - amplo comprometimento com o financiamento, divulgação e participação nas campanhas; - participação em seminários de sensibilização e programas de treinamento, que deverão ser montados e ministrados pela comissão própria, com a necessária participação da consultoria externa, sempre que necessário; - criação de alternativas de fomento e estímulo ao projeto, como premiações, divulgações e demais ações desta natureza.

e) Recursos financeiros disponíveis

De posse dos orçamentos dos projetos, deve ser realizada uma consulta ao Plano Plurianual e verificar as necessidades de complementações orçamentárias. f) Cronograma

Este projeto deve ser iniciado tão logo o Sistema Municipal possa se reunir e deliberar sobre o assunto. O cronograma sugerido para execução dos trabalhos é o seguinte:

Ano Procedimento

1 2 3 Reestruturar a Fiscalização para atender aos casos de disposições irregulares

Elaborar e revisar projetos educacionais visando reduzir a geração de resíduos

Preparar e revisar mídia educacional sobre a redução da geração de resíduos

Executar projetos educacionais visando reduzir a geração de resíduos

Elaborar e revisar projetos educacionais para reduzir a disposição irregular de resíduos

Preparar e revisar mídia educacional sobre a disposição irregular de resíduos

Executar projetos educacionais visando reduzir a disposição irregular de resíduos

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Programa 5 5. ASSENTAMENTOS HABITACIONAIS IRREGULARES

ASSENTAMENTOS HABITACIONAIS IRREGULARES

Este Programa e seus projetos foram idealizados para resolver os principais problemas ligados aos assentamentos irregulares, no que tange a fatores e condições ambientais, com base no diagnóstico e prognóstico apresentados no volume 2, capítulo 10, deste Plano Ambiental. Eles foram idealizados a partir de proposições integradas da equipe de planejamento com a arquiteta representante do Município.

O objetivo estratégico do Programa é o de recuperar o passivo sócio ambiental constituído pelos assentamentos habitacionais irregulares existentes e cuidar para que novos não se instalem. Em atendimento a cada um dos seis problemas identificados do Prognóstico, os objetivos específicos são os seguintes: • realizar inventário das demandas de relocalização e regularização de assentamentos

habitacionais irregulares; • relocalizar e regularizar os assentamentos irregulares; • agilizar os processos de encaminhamento de projetos de reassentamento e regularização; • evitar o crescimento dos assentamentos atuais e a formação de novos; • recuperar e manter as áreas degradadas pelas ocupações; • educar a comunidade para dar mais importância às questões sócio-ambientais.

Recomenda-se que o detalhamento e a implantação do Programa e dos Projetos que o constituem sejam executados pela Secretaria Municipal de Habitação junto com a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, contando com a cooperação de outras Secretarias Municipais e, em alguns casos, de órgãos estaduais.

O prazo de execução do Programa toma por base a população em vilas para o ano de

2007, que foi estimada em 12 000 habitantes, e o seu correspondente número de habitações novas necessárias, de 3 500. Levando-se em conta que o projeto Chico Mendes, em execução pela Prefeitura Municipal, está implantando um número de 500 habitações, faltam outras 3.000. No ritmo de 500 habitações novas por ano, que poderia ou deveria ser uma quantidade razoável para enfrentar este problema, serão necessários seis anos para concluir o Programa.

Ano Projeto

1 2 3 4 5 6 Inventário dos assentamentos irregulares Relocalização e regularização dos assentamentos Agilização de encaminhamento de projetos Controle do crescimento e formação de novos assentamentos Recuperação de áreas degradadas (vide Projetos 7.4 e 8.1) Educar comunidades

Em termos de área necessária para esta quantidade de casas, admitindo-se um lote em

torno de 140 metros quadrados, seriam necessários uns 42 hectares de áreas novas, a um ritmo de 8,4 hectares por ano, ao longo de cinco anos. Este também será, aproximadamente, o valor em hectares de áreas que deverão ser recuperadas, à medida que forem desocupadas, já a partir do segundo ano.

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5.1. INVENTÁRIO DOS ASSENTAMENTOS HABITACIONAIS IRREGULARES

Consiste na proposta de realização de um inventário qualitativo e quantitativo dos núcleos de assentamentos no Município, dando continuidade aos outros dois inventários realizados pela Metroplan, em 1982 e 1991. a) Justificativa

É necessário conhecer a situação atual dos assentamentos, em especial dos que se

encontram em áreas de risco, e estão causando maior impacto ambiental ou oferecendo riscos à população que neles habita, tendo em vista elaborar os projetos e buscar os recursos para a implantação de novas áreas de habitação, para onde serão reassentados os moradores. b) Metas

Atualizar o conhecimento sobre a situação dos assentamentos habitacionais irregulares

no Município, identificando a demanda de pessoas que necessitam de moradia.

c) Órgão responsável e parceiros institucionais Deve ser a Secretaria de Habitação – SEHAB, contando com o apoio e estando

integrada a várias outras secretarias do governo que tem interveniência no tema, como planejamento, obras, ação social, educação. d) Atividades principais

Na sua terceira edição, o inventário deveria adotar a metodologia adotada anteriormente e quantificar, localizar e identificar prioridades para ação nos assentamentos sob a ótica da melhoria das condições ambientais, tanto para o território municipal como para os moradores de áreas ou vilas irregulares e realizar ainda tentativa de explicar as origens e particularidades do fenômeno no Município. e) Recursos necessários

Deve ser verificada no Plano Plurianual a disponibilidade de recursos financeiros para a viabilização deste projeto. 5.2. RELOCALIZAÇÃO E REGULARIZAÇÃO DE ASSENTAMENTOS IRREGULARES

Consiste na realização das ações de reassentamentos de moradores que se encontram em áreas onde não é possível a sua permanência, como as áreas de risco, Áreas de Preservação Permanente – APPs, áreas em baixo das Linhas de Alta Tensão, áreas ao longo dos arroios e rio Gravataí, e áreas públicas como as destinadas à praças, e a elaboração de projetos para a regularização de moradias e implantação de infra-estrutura, onde é possível a permanência no local.

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a) Justificativa

Existe a necessidade de relocalizar as moradias que se encontram em áreas

inadequadas e implantá-las em outros locais, em especial as Zonais Especiais de Interesse Social definidas pelo Plano Diretor, e regularizar as outras que podem permanecer no local, construindo moradias dignas para os habitantes e dotando as áreas da infra-estrutura necessária, eliminando assim os impactos ambientais decorrentes das condições inadequadas de urbanização dos assentamentos irregulares. b) Metas • Reassentar e regularizar os habitantes identificados no inventário, que se encontram no

momento em assentamentos habitacionais irregulares, evitando os danos aos habitantes e ao ambiente.

• Cadastrar os moradores. • Buscar convênios e programas promovidos por entidades estaduais e federais. • Captar recursos para a compra de áreas, construção de moradias e implantação de infra-

estrutura. • Definir os procedimentos legais para regularizar os moradores em áreas onde é possível a

permanência no local. c) Órgão responsável e parceiros institucionais

O órgão responsável pela execução deste projeto deve ser a Secretaria de Habitação – SEHAB, porém deve contar e estar integrado a várias outras secretarias do governo que tem interveniência no tema, como planejamento, obras, ação social, educação e saúde. Deverão ser parceiros os órgãos das outras esferas de governo, como as secretarias do governo estadual e outras entidades federais com programas habitacionais e de saneamento. 5.3. AGILIZAÇÃO DE ENCAMINHAMENTO DE PROJETOS DE REASSENTAMENTO

Os esforços para enfrentar o problema pelo poder público municipal estão muito fracos e não dão conta da dimensão dos desafios que devem ser enfrentados, tanto do ponto de vista da quantidade de moradias que necessitam ser implantadas como pela premência no tempo, dada a dinâmica das ocupações, conforme mencionado. a) Justificativa

A administração municipal deverá organizar-se para desempenhar com maior agilidade

os trabalhos de elaboração de projetos, encaminhamento para os diversos órgãos que participam dos procedimentos de licenciamento e aprovação, visto que a morosidade do processo tem resultado em novas áreas sendo invadidas antes mesmo de estarem implantadas pela administração municipal. b) Metas

Estruturar equipe da SEHAB

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c) Órgão responsável e parcerias institucionais

O órgão responsável pela execução deste projeto deve ser a Secretaria de Habitação – SEHAB, porém deve contar e estar integrado a várias outras secretarias do governo que tem interveniência no tema, como planejamento, obras, ação social, educação e saúde. Deverão ser parceiros os órgãos das outras esferas de governo, como as secretarias do governo estadual e outras entidades federais com programas habitacionais e de saneamento. d) Procedimentos operacionais básicos

Montar fluxograma e procedimentos para a elaboração, aprovação e licenciamento de projetos, e encaminhamento de implantação. 5.4. CONTROLE DO CRESCIMENTO E FORMAÇÃO DE NOVOS ASSENTAMENTOS

Mesmo sabendo-se que o problema dos assentamentos habitacionais irregulares é de ordem estrutural no país, e que a sua solução exige políticas de âmbito que ultrapassam a esfera do Município, este deve estar melhor estruturado e não adotar práticas que até fomentam a ocupação de áreas. a) Justificativa

Existe a necessidade de, ao mesmo tempo em que são tomadas medidas para o

reassentamento e a regularização de áreas, evitar que o processo de crescimento e a ocupação de novas áreas tenha seguimento. b) Metas

• Estruturar a administração pública para exercer o controle do seu território, fazendo valer a legislação, em especial a referente ao Plano Diretor Participativo.

• Promover em conjunto com as entidades como: Brigada Militar e Ministério Público, a fiscalização do território municipal.

c) Órgão Responsável e parcerias institucionais

O órgão responsável pela execução deste projeto deve ser a Secretaria de Habitação – SEHAB, porém deve contar e estar integrado a várias outras secretarias do governo que tem interveniência no tema, como a Brigada Militar. d) Procedimentos operacionais básicos

O governo municipal necessita firmar convênios com as entidades de fiscalização.

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________________________ASSENTAMENTOS HABITACIONAIS IRREGULARES

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5.5. EDUCAÇÃO DA COMUNIDADE PARA A VALORIZAÇÃO AMBIENTAL

O objetivo de melhorar as condições de vida da população que atualmente ocupa assentamentos irregulares e a recuperação das áreas exige que seja desenvolvido, em paralelo, um trabalho com a comunidade para que passe a entender e valorizar todas as questões ambientais pertinentes ao seu entorno, e nos níveis mais amplos. Esta também será uma forma de conseguir com que a comunidade escolha como seus representantes pessoas que tenham conhecimento e principalmente comprometimento com atitudes de cuidado com o ambiente. a) Justificativa

A população que habita assentamentos irregulares, mas da mesma forma, a comunidade de Cachoeirinha como um todo, está precisando ter oportunidade de aprender os conceitos básicos e as ações de cuidado com o ambiente que cada pessoa deve desempenhar, para que se alcance melhores condições de vida e um ambiente mais preservado. b) Órgão responsável e parcerias institucionais.

As ações deste projeto estarão afetas mais diretamente a duas Secretarias do Município: a de Meio Ambiente e a de Educação, mas também dependerá de um aporte de colaboração integrada de todas as outras Secretarias, como, por exemplo, a de Saúde. Necessitará de convênios com outras esferas de Governo e também de colaboração de empresas privadas e ONGs. c) Procedimentos operacionais básicos

Montar cursos associados com Oficinas e atividades práticas visando desenvolver o cuidado com o ambiente das novas áreas de habitações, as áreas a serem recuperadas, e a comunidade de Cachoeirinha.

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Programa 6 6. CONTROLE AMBIENTAL

CONTROLE AMBIENTAL

A Administração Ambiental, seja da instituição pública ou da empresa privada, envolve a função de controle ambiental, que se destina a identificar as necessidades de alterações no planejamento ou na execução das ações planejadas. O controle inicia com o monitoramento, atividade de alta relevância, que consiste na coleta sistemática de dados e informações sobre as condições dos fatores do ambiente natural e construído, do patrimônio arqueológico, histórico e cultural, das atividades sociais e econômicas. De posse dessa seqüência de elementos, podem ser realizadas avaliações, comparando os valores obtidos no monitoramento com valores de referência, ou padrões.

Este Programa destina-se a estabelecer quais monitoramentos ambientais devem ser

realizados. A seguir, os resultados precisam ser organizados e lançados no Sistema Municipal de Informações Ambientais – SMIA. Com isso, todos os setores técnicos poderão ter fácil acesso aos elementos de que necessitam, para planejar e executar as ações necessárias de licenciamento, fiscalização, proteção e recuperação ambiental, estabelecidas nos Programas e Projetos existentes.

6.1. SUGESTÕES DA FORÇA TAREFA Após o episódio da mortandade de peixes no rio dos Sinos, ocorrido em outubro de

2006, foi constituída uma Força-Tarefa para analisar a situação e propor medidas, formada pelos seguintes órgãos: Secretaria do Meio Ambiente da Fepam, Comissão Estadual de Defesa Civil, Comando Ambiental da BM, Ministério Público Estadual, secretarias da Justiça e da Segurança e de Obras Públicas e Saneamento, Corsan, Famurs, Associação dos Municípios do Vale do Rio dos Sinos, Associação dos Municípios do Litoral Norte, Associação dos Municípios da Grande Porto Alegre, Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos e Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí, Assembléia Legislativa do Estado.

A Força-Tarefa produziu um relatório contendo 25 sugestões para enfrentar os

problemas ambientais da bacia do rio dos Sinos e da bacia do rio Gravataí, a curto, médio e longo prazo (www.estado.rs.gov.br/index.php?inc=noticias/noticias_view.php&notid=55047), que são apresentadas a seguir, com destaque para a importância do controle ambiental.

1. Monitoramento quali-quantitativo das águas das bacias hidrográficas dos rios dos

Sinos e Gravataí; 2. Medidas de gestão operacional nas concessionárias operadoras dos sistemas de

abastecimento de água e tratamento de esgotos e campanha de mídia para o consumo responsável de água;

3. Aumento da capacidade dos Municípios das bacias hidrográficas dos rios dos Sinos e

Gravataí para a coleta de esgoto cloacal;

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4. Aumento da capacidade dos Municípios das bacias hidrográficas dos rios dos Sinos e Gravataí para tratamento de esgoto com a construção de novas ETE’s, melhoria das existentes e implementação de Programas de Limpeza Regular de Fossas Sépticas;

5. Elaboração dos planos de saneamento dos Municípios das bacias hidrográficas dos

rios dos Sinos e Gravataí com auxílio interinstitucional dos membros da Força Tarefa; 6. Termos de ajuste de Conduta e Instrumentos Legais que garantam a obrigatoriedade

de ligação na rede de coleta de esgoto nos Municípios das bacias dos rios dos Sinos e Gravataí;

7. Zoneamento para normatização de usos da água em lavouras irrigadas,

especialmente na parte superior das bacias hidrográficas dos rios dos Sinos e Gravataí, incluindo a disseminação de melhores práticas de descarte de água nas lavouras irrigadas de arroz pré-germinado;

8. Zoneamento ambiental para o regramento de uso de solos nas bacias dos arroios Luis

Raupf e Portão, criando critérios para o licenciamento de atividades produtivas nas esferas municipais e Estadual;

9. Fomentar a inclusão de todos os Municípios das bacias hidrográficas dos rios dos

Sinos e Gravataí no sistema integrado de Gestão Ambiental (Siga/Sema); 10. Fomentar a elaboração de planos ambientais municipais para os Municípios das

bacias hidrográficas dos rios dos Sinos e Gravataí com as mesmas bases de planejamento e ações de controle e licenciamento ambiental;

11. Criação da Agência Hidrográfica da região do Guaíba como instituição técnica de

apoio aos Comitês de Bacia; 12. Aplicar o princípio do usuário pagador nas bacias hidrográficas dos rios dos Sinos e

Gravataí com instituição de cobrança pelo uso de água e a instrumentalização da outorga (conforme metodologia anexa);

13. Incrementar as áreas de conservação ambiental municipal e estadual nos territórios

das bacias hidrográficas dos rios dos Sinos e Gravataí, especialmente nos ecossistemas de banhado;

14. Atualizar os mapas temáticos existentes para as bacias hidrográficas dos rios dos

Sinos e Gravataí, consolidando o zoneamento ambiental por unidades de paisagem realizado pelo laboratório de Geoprocessamento da Fepam, utilizando-o para elaborar critérios de licenciamento ambiental nos Municípios e no Estado;

15. Elaborar junto ao Defap/Sema, em conjunto com os Municípios das bacias

hidrográficas dos rios dos Sinos e Gravataí o programa de densificação e aumento da área de mata ciliar nas áreas de proteção permanente;

16. Elaborar e implementar um sistema de vigilância e controle compartilhado entre os

membros da força tarefa para as bacias hidrográficas dos rios dos Sinos e Gravataí; 17. Instituir moratória de dois anos para a pesca com rede de malhar nas bacias

hidrográficas dos rios dos Sinos e Gravataí; 18. Instituir a interrupção da mineração de áreas nas calhas dos rios em trechos e

períodos críticos para as bacias hidrográficas dos rios dos Sinos e Gravataí;

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___________________________________________CONTROLE AMBIENTAL

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19. Elaborar programa de capacitação e treinamento entre os membros da força tarefa para as ações de fiscalização, monitoramento e educação ambiental;

20. Criar consórcio de Municípios para o saneamento, instituindo o Fundo de Gestão

Compartilhada para o Saneamento; 21. Elaborar projeto de lei para a manutenção no Rio Grande do Sul e Município de

percentual taxa de controle e fiscalização ambiental (TCFA), atualmente cobrada pelo Ibama e transferida ao caixa único da União (conforme anexo);

22. Criar e regulamentar o Fundo Estadual de Defesa Civil; 23. Elaborar o plano emergencial de oxigenação para as bacias hidrográficas dos rios

dos Sinos e Gravataí com responsabilidades compartilhadas entre os membros da Força Tarefa;

24. Elaborar os planos de bacia dos rios Gravataí e Sinos, consolidando o

enquadramento dos padrões de qualidade de água; 25. Consolidar a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e suas vinculadas (FZB e

Fepam) unificando os critérios de planejamento, gestão, controle, fiscalização, licenciamento, monitoramento e educação ambiental.

A seguir são apresentados onze projetos, destinados ao controle de fatores ambientais

e à divulgação de dados e informações para a população interessada. 6.2. INVENTÁRIO DE FONTES DE EMISSÕES AÉREAS a) Metas

Implantar sistemática de coleta georreferenciada de dados e cálculo das emissões dos principais poluentes atmosféricos oriundos do uso de combustíveis e de processos industriais gerando como produto um Inventário Informatizado de Fontes Móveis e Fixas do Município, atualizado anualmente.

b) Órgão responsável e parceiros institucionais Este projeto deve ser desenvolvido pela SMMA de forma integrada com as demais Secretarias Municipais. É importante que conte com a cooperação de instituições estaduais como SEMA, FEPAM (Projeto Pró-Guaíba) e METROPLAN. O estabelecimento de colaboração com os Municípios vizinhos é importante em função, principalmente, do transporte a média e longa distâncias dos poluentes atmosféricos. Programas e Projetos isolados do contexto regional têm menor possibilidade de êxito.

As Universidades podem contribuir de forma significativa na execução desse projeto através da transferência da tecnologia e da formação/treinamento de pessoal especializado local. Cabe salientar os trabalhos realizados pela PUCRS nessa área, bem como a necessária integração com a UFRGS, Unisinos e Ulbra.

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c) Atividades principais

Recomendam-se as seguintes atividades básicas:

• elaborar formulários adaptados às indústrias locais, estabelecendo critérios de classificação, periodicidade, forma de consulta e verificação da autenticidade dos dados;

• cadastrar e georreferenciar as empresas industriais, comerciais e outras geradoras de emissões aéreas e os dados quali-quantitativos das emissões geradas;

• implantar um sistema de coleta georreferenciada de dados dos principais poluentes atmosféricos para emissões veiculares;

• lançar os dados coletados no SMIA. d) Cronograma Sugere-se que as atividades apresentadas no item anterior sejam iniciadas logo que possível. Este projeto pode ser desenvolvido ao longo de três meses e repetido anualmente. 6.3. MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR a) Metas

Implantar sistema de monitoramento da qualidade do ar e da influência das condições meteorológicas na dispersão dos poluentes atmosféricos, de longo prazo.

b) Órgão Responsável e Parceiros Institucionais Este projeto deve ser desenvolvido pela SMMA de forma integrada com a FEPAM,

Metroplan, Municípios vizinhos, Universidades e empresas locais.

c) Atividades principais

• Estudar as áreas de maior criticidade quanto à poluição do ar e dos poluentes prioritários a serem monitorados e dos fatores meteorológicos associados. Utilizar a estação automática móvel da FEPAM para monitorar a qualidade do ar e meteorologia nas áreas consideradas críticas. Utilizar bioindicadores de poluição atmosférica de baixo custo através de convênio com Universidades da região que trabalhem nesse assunto;

• solicitar que empresas de grande porte, potencialmente poluidoras, implementem sistemas de monitoramento das emissões atmosféricas e da qualidade do ar nas áreas de influência dos empreendimentos e repassem esses dados à SMMA;

• implantar uma rede de monitoramento contínuo a longo termo do(s) poluente(s) considerados prioritário no(s) local(is), em colaboração com a FEPAM e empresas;

• incorporar a Qualidade do ar como parâmetro do Zoneamento Ambiental no Município, elaborando um documento que estabeleça diretrizes para a efetivação das variáveis ambientais relacionadas à poluição do ar no Plano Diretor do Município;

• divulgar boletins periódicos de Qualidade do Ar.

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d) Recursos necessários Técnicos da SMMA e equipamentos de monitoramento do ar que podem ser obtidos por

empréstimo/comodato junto a FEPAM e/ou empresas de grande porte.

e) Cronograma Sugere-se que a qualidade do ar seja monitorada por três anos, no mínimo, e que os

resultados do Projeto sejam avaliados anualmente. 6.4. MAPEAMENTO E MONITORAMENTO DOS RECURSOS HÍDRICOS a) Metas

• Caracterizar os recursos hídricos superficiais e subterrâneos existentes no Município, em termos físico-químicos e microbiológicos, identificando com isso os pontos de maior poluição;

• avaliar periodicamente a qualidade dos corpos d’água mediante análises de parâmetros determinados e utilizando bioindicadores de qualidade das águas;

• realizar parcerias com as prefeituras municipais que pertencem as sub-bacias dos arroios do Município de Cachoeirinha e da bacia do rio Gravataí, a fim de estabelecer e viabilizar ações de recuperação e preservação destes recursos hídricos.

b) Órgão responsável e parceiros institucionais

O órgão responsável é a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Os parceiros institucionais são a Secretaria Municipal de Saúde, Prefeituras Municipais,

FEPAM, SEMA, Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM), Companhia Riograndense de Saneamento (CORSAN), Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Gravataí, Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, Instituições de Ensino (PUC, ULBRA, UNISINOS, UFRGS), ONG´s (Associação de Preservação da Natureza do Vale do Gravataí - APN-VG; Centro de Estudos de Promoção em Alternativas de Saúde – Cepas; Associação Canoense de Proteção ao Meio Ambiente Natural – Ascapan; Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural – Agapan).

Projetos como o Peixe Dourado, Monalisa, entre outros desenvolvidos pela Unisinos

(Departamento de Biologia), e Comitê dos Sinos podem apresentar grande contribuição na orientação de trabalhos para a bacia do rio Gravataí, e na realização de parcerias institucionais.

Na bacia do rio Gravataí destaca-se o projeto desenvolvido pelo Instituto de Pesquisas

Hidráulicas da UFRGS, Identificação das Alternativas Possíveis e Prováveis para a Regularização das Vazões do Rio Gravataí (IPH, 2000), indicando a grande problemática quanto aos usos dos recursos hídricos da bacia, destacando a necessidade de prévia de medidas de redução da poluição hídrica (esgoto e efluentes industriais).

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c) Atividades principais

• Estabelecer parcerias e criar um grupo técnico interinstitucional para detalhar o projeto;

• realizar parcerias com as prefeituras municipais que pertencem as sub-bacias dos arroios do Município, para planejar e viabilizar as ações quanto ao uso e preservação destes recursos hídricos. Como, por exemplo, as sub-bacias do arroio Brigadeiro e Barnabé;

• realizar contatos institucionais para captação de recursos ou patrocínios; • realizar levantamento aerofotogramétrico em escala de detalhe; • realizar diagnóstico dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos.

Para a avaliação da qualidade da água dos arroios Passo Grande (Passinho) e Brigadeiro, sugere-se a análise dos seguintes parâmetros: DBO5 (Demanda Bioquímica de Oxigênio), DQO (Demanda Química de Oxigênio), OD (Oxigênio Dissolvido), Coliformes termotolerantes, pH, Nitrogênio Total e Amoniacal, Fósforo total, metais (Chumbo, Cromo, Ferro e Níquel), Substâncias Tensoativas - detergente (LAS);

• estabelecer os parâmetros a serem monitorados e os padrões de qualidade de água dos recursos hídricos, de acordo com a Resolução CONAMA n° 357/05. Sugere-se utilizar como meta a ser atingida os padrões desta resolução para as águas doces classe 2 (enquadramento do rio Gravataí na região de Cachoeirinha);

• estabelecer bioindicadores de qualidade da água para os recursos hídricos. Sugere-se verificar os projetos Peixe Dourado II e Monalisa realizados pela Unisinos;

• monitorar permanentemente a qualidade dos recursos hídricos. Sugere-se um monitoramento mensal dos arroios antes do recebimento das cargas poluidoras e na sua foz, ou limites municipais. Destaca-se que o rio Gravataí já apresenta monitoramento na região de Cachoeirinha, havendo então necessidade de integração com os órgãos responsáveis pelo mesmo;

• incorporar os dados coletados ao SMIA. d) Recursos necessários

Devem ser obtidos através de consulta ao Plano Plurianual. e) Cronograma físico

O projeto deve ter início imediato, com desenvolvimento a curto, médio e longo prazo. 6.5. INVENTÁRIO DE FONTES DE EFLUENTES LÍQUIDOS a) Justificativa O inventário de fontes de efluentes líquidos no Município é essencial para a caracterização e a avaliação da situação atual do controle de poluição. Ele dá suporte para as ações e o planejamento da política de controle de poluição no Município, visto que as últimas estimativas das cargas poluidoras do Município foram realizadas pela FEPAM em 2001.

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b) Metas

A meta principal deste Projeto é a de cadastrar as atividades industriais, comerciais (ex.: postos de combustíveis, lavanderias), de serviços de saúde e outras geradoras de efluentes líquidos e os dados quali-quantitativos dos efluentes gerados, desenvolvidas no Município.

Os dados e informações coletados deverão ser incorporados ao SMIA e se destinarão a apoiar as atividades de licenciamento, fiscalização e Educação Ambiental (vide Programa 10). c) Órgão responsável e parceiros institucionais

O órgão responsável é a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Os parceiros institucionais são a Secretaria Municipal da Indústria e Comércio,

Secretaria Municipal da Fazenda e Secretaria Municipal da Saúde, Centro das Indústrias de Cachoeirinha, FEPAM, Brigada Militar, Defesa Civil, Empresas, Instituições de Ensino, Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí e ONG´s (Ex.: Associação de Preservação da Natureza do Vale do Gravataí - APN-VG; Centro de Estudos de Promoção em Alternativas de Saúde – Cepas; Associação Canoense de Proteção ao Meio Ambiente Natural – Ascapan; Associação Gaúcha de Proteção ao Ambiente Natural – Agapan). d) Procedimentos operacionais básicos

• Realizar contatos com instituições para o estabelecimento de parcerias técnicas; • elaborar questionário técnico para coleta de dados, de acordo com indicação técnica.

Sugere-se utilizar como referência recomendações técnicas da FEPAM para a realização de inventário;

• divulgar a importância do inventário junto às empresas e demais serviços do Município, buscando para isso o apoio do setor industrial (Centro das Indústrias de Cachoeirinha) e demais parceiros institucionais;

• enviar questionário às empresas potencialmente geradoras de poluição; • solicitar dados complementares a FEPAM; • incorporar os dados coletados ao SMIA. Este inventário deve identificar as principais fontes e atividades poluidoras com

utilização de metodologia e abordagem semelhante à adotada pela FEPAM. A quantificação da geração de efluentes líquidos pode ser relacionada com o processo produtivo e com o controle do consumo de água. e) Cronograma

Recomenda-se que os procedimentos sejam iniciados imediatamente, desenvolvidos ao longo de três meses e repetidos anualmente. 6.6. INVENTÁRIO DE FONTES DE RESÍDUOS SÓLIDOS a) Metas

Este projeto visa cadastrar as empresas industriais, comerciais e de saúde, geradoras de resíduos sólidos e os dados quali-quantitativos dos resíduos gerados. Os dados e informações coletados deverão ser incorporados ao SMIA e se destinarão a apoiar as atividades de licenciamento, fiscalização e Educação Ambiental (vide Programa 10).

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b) Órgão responsável e parceiros institucionais

O órgão responsável por este Programa é a Secretaria Municipal do Meio Ambiente,

tendo como parceiros, no âmbito municipal, as demais Secretarias que compõem o Sistema Municipal de Proteção Ambiental e as associações comerciais e industriais. Na esfera estadual, os principais parceiros são a FEPAM, na qualidade de órgão licenciador da maioria das empresas instaladas no Município, e o Batalhão de Polícia Ambiental. c) Atividades principais

• Realizar o detalhamento operacional do Projeto; • formar equipe de trabalho; • solicitar dados das empresas geradoras à FEPAM e ao Batalhão de Polícia Ambiental; • elaborar questionário técnico para coleta de dados; • visitar e entregar questionário às empresas geradoras de resíduos sólidos; • incorporar resultados ao SMIA da SMMA.

d) Cronograma

Recomenda-se que os procedimentos apresentados no item anterior sejam iniciados imediatamente. Este projeto pode ser desenvolvido ao longo de três meses e repetido anualmente. 6.7. INVENTÁRIO E MAPEAMENTO DA VEGETAÇÃO NATIVA a) Metas

Realizar o inventario, mapeamento e classificação das formações vegetais nativas

existentes no Município. Este projeto é necessário para as ações de proteção, recuperação e manejo dos ecossistemas nativos, junto com as atividades de Educação Ambiental.

b) Órgãos responsáveis O órgão responsável por este Programa é a Secretaria Municipal do Meio Ambiente,

tendo como parceiros, no âmbito municipal, as demais Secretarias que compõem o Sistema Municipal de Proteção Ambiental. Na esfera estadual, são parceiros o Departamento de Florestas e Áreas Protegidas – DEFAP e a Fundação Zoobotânica do RS, pertencentes à Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Também as Universidades, a Associação de Preservação da Natureza – Vale do Gravataí – APN-VG, e a Fundação O Boticário podem contribuir nas atividades de elaboração, execução e financiamento do Projeto. c) Atividades principais

• Formar equipe técnica; • detalhar o projeto; • analisar o orçamento e verificar fontes de recursos; • buscar parcerias institucionais para a execução do projeto;

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• executar o projeto, com a duração de um ano; • elaborar relatório técnico; • encaminhar dados coletados à SMMA para lançamento no SMIA.

d) Recursos necessários O Município deve buscar recursos financeiros no Plano Plurianual e junto a instituições

privadas ou órgãos federais.

e) Cronograma Físico

1º ano - trimestre Atividade

1º 2º 3º 4º Formar equipe técnica Detalhar o projeto Analisar o orçamento e verificar fonte de recursos Buscar parcerias institucionais para a execução do projeto Executar o projeto Elaborar relatório técnico anual Encaminhar resultados à SMMA para lançamento no SMIA

6.8. INVENTÁRIO E MAPEAMENTO DA FAUNA NATIVA a) Metas

Realizar o inventario, mapeamento e classificação da fauna silvestre existente no Município. Este projeto é necessário para as ações de proteção, recuperação e manejo da fauna, bem com para as atividades de Educação Ambiental.

b) Órgãos responsáveis e parceiros institucionais

O órgão responsável por este Programa é a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, tendo como parceiros, no âmbito estadual, o Departamento de Florestas e Áreas Protegidas – DEFAP e a Fundação Zoobotânica do RS, pertencentes à Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Também as Universidades, a Associação de Preservação da Natureza – Vale do Gravataí – APN-VG e a Fundação O Boticário podem contribuir nas atividades de elaboração, execução e financiamento do Projeto. c) Atividades principais

• Formar equipe técnica; • detalhar o projeto; • analisar o orçamento e verificar fontes de recursos; • buscar parcerias institucionais para a execução do projeto; • executar o projeto, com a duração de um ano; • elaborar relatório técnico; • encaminhar dados coletados à SMMA para lançamento no SMIA.

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d) Recursos necessários

O Município deve buscar recursos financeiros no Plano Plurianual e junto a instituições privadas ou órgãos federais. Em termos de recursos humanos, são necessários especialistas de diversos grupos: mastozoologia, malacologia, entomologia, herpetologia, ornitologia e ictiologia. Os materiais necessários são armadilhas, redes, puçás, barcos, etc. O transporte pode ser fornecido pela SMMA ou pelas instituições parceiras. e) Cronograma físico

Este projeto deve ter a duração mínima de um ano, com amostragens sazonais.

1º ano - trimestre Atividade

1º 2º 3º 4º Formar equipe técnica Detalhar o projeto Analisar o orçamento e verificar fonte de recursos Buscar parcerias institucionais para a execução do projeto Executar o projeto Elaborar relatório técnico anual Encaminhar resultados à SMMA para lançamento no SMIA

6.9. INVENTÁRIO DE HOSPEDEIROS DE ESQUISTOSSOMOSE a) Metas

Identificar a presença de moluscos da espécie Biomphalaria tenagophila, hospedeira da esquistossomose, em banhados e cursos de água no Município.

b) Órgãos responsáveis e parceiros institucionais O órgão responsável por este Programa é a Secretaria Municipal da Saúde, tendo como

parceiros, no âmbito estadual, a Secretaria Estadual da Saúde. As Universidades podem contribuir nas atividades de elaboração e execução do Projeto.

c) Atividades principais

• Formar equipe de trabalho coordenada por Técnico da Vigilância Ambiental; • detalhar o projeto; • realizar levantamentos de campo com coletas para identificação das espécies; • analisar animais e materiais coletados; • enviar para identificação e análises clínicas no Instituto de Pesquisas Biológicas IPB/LACEN da Secretaria Estadual da Saúde, em Porto Alegre;

• elaborar relatório técnico; • encaminhar dados coletados à SMMA para lançamento no SMIA.

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d) Recursos necessários

Puçá, peneira, sacos de plástico, recipientes de plástico, macacão, barco, lupa manual, luvas descartáveis além de laboratório para análises. e) Cronograma físico

Este projeto deve ser revisto e executado anualmente.

1º ano – trimestre Atividade

1º 2º 3º 4º Formar equipe de trabalho Detalhar o projeto Realizar levantamentos de campo Analisar animais e materiais coletados. Enviar material coletado para identificação e análises clínicas Elaborar relatório técnico Encaminhar dados coletados para lançamento no SMIA.

6.10. IDENTIFICAÇÃO DE MORCEGOS COM VÍRUS RÁBICO a) Metas

Verificar a possível presença de vírus rábico em morcegos no Município de Cachoeirinha. b) Órgãos responsáveis e parceiros institucionais

O órgão responsável por este Programa é a Secretaria Municipal da Saúde, tendo como parceiro a Secretaria Estadual da Saúde. As Universidades podem contribuir nas atividades de elaboração e execução do Projeto. c) Atividades principais

• compor equipe coordenada por mastozoólogo; • detalhar o projeto; • realizar coletas em diversos pontos do Município; • realizar coletas em abrigos de morcegos; • proceder a análises do material; • elaborar relatório; • encaminhar dados coletados à SMMA para lançamento no SMIA.

d) Recursos necessários

• equipamentos para coleta de morcegos (redes de neblina, sacos de tecido, luvas de raspa de couro, lanternas).

• laboratório de análises.

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e) Cronograma físico

Este projeto deve ser revisto e executado anualmente.

1º ano – trimestre Atividade

1º 2º 3º 4º Compor equipe coordenada por mastozoólogo Detalhar o projeto Realizar coletas em diversos pontos do Município Realizar coletas em abrigos de morcegos Proceder a análises do material Elaborar relatório Encaminhar dados coletados para lançamento no SMIA

6.11. CONTROLE DE ROEDORES URBANOS a) Metas

Controlar as populações de roedores urbanos, representados pelas espécies Rattus

rattus, Rattus norvergicus e Mus domesticus, vetores de leptospirose, no Município.

b) Órgãos responsáveis e parceiros institucionais O órgão responsável é a Secretaria Municipal da Saúde, tendo como parceiros, no

âmbito municipal, a SMMA e a SMSU. No âmbito estadual, a Secretaria Estadual da Saúde. As Universidades podem contribuir nas atividades de elaboração e execução do Projeto.

c) Atividades principais

• compor equipe coordenada por mastozoólogo; • detalhar o projeto; • levantar áreas de risco, com alta incidência das espécies de roedores em questão; • fiscalizar e limpar áreas com acúmulo de resíduos e locais de separação de lixo seco; • promover ações de conscientização da população; • elaborar relatório técnico anual; • encaminhar dados coletados à SMMA para lançamento no SMIA.

d) Recursos necessários

• Equipe de funcionários das secretarias envolvidas. • Veículos para deslocamentos.

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___________________________________________CONTROLE AMBIENTAL

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e) Cronograma físico

Este projeto deve ser revisto e executado anualmente.

1º ano – trimestre Atividade

1º 2º 3º 4º Compor equipe coordenada por mastozoólogo Detalhar o projeto Levantar áreas de risco, com alta incidência de roedores Fiscalizar e limpar áreas de risco Promover ações de conscientização da população Elaborar relatório técnico anual Encaminhar dados coletados para lançamento no SMIA

6.12. DIVULGAÇÃO DE INDICADORES DE QUALIDADE AMBIENTAL a) Metas

O objetivo central deste projeto é o de dar publicidade aos dados de qualidade ambiental existentes no Sistema Municipal de Informações Ambientais - SMIA. A utilização de indicadores ambientais exerce influência considerável na opinião da sociedade perante os problemas, assim como dá apoio à tomada de decisão pela classe política, administração pública e iniciativa privada. A divulgação de dados de qualidade ambiental e sua respectiva interpretação fazem aumentar o nível de consciência da população sobre o assunto. A sociedade passa a exigir, por parte das instituições competentes, as necessárias providências para o enfrentamento concreto dos problemas existentes. b) Órgão responsável e parceiros institucionais

Este projeto deve ser detalhado de forma conjunta pelo Departamento de Proteção Ambiental e pela Assessoria de Comunicação Social da SMMA.

Como parceiros, é importante contar com a experiência da FEPAM, do Batalhão de Polícia Ambiental e de universidades, como PUCRS, UNISINOS, UFRGS, ULBRA e outras. c) Atividades principais

• Seleção de parâmetros ambientais significativos; • definição de locais públicos de divulgação; • contatos com instituições para a captação de recursos financeiros e patrocínios; • distribuição de boletins e informações para a mídia.

d) Cronograma

Trata-se de um projeto que pode ser iniciado a qualquer momento e mantido permanentemente.

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Programa 6

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Programa 7 7. PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DO AMBIENTE FÍSICO

PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DO AMBIENTE FÍSICO

Este Programa se destina a estabelecer ações que têm em vista dois grandes objetivos. O primeiro está voltado para a proteção de fatores do ambiente natural físico (ar, geologia, geomorfologia, solos e recursos hídricos) ainda em adequado estado de conservação, enquanto que o segundo se destina à recuperação desses fatores que se encontram em algum nível de degradação, os chamados passivos ambientais.

No caso de ecossistemas ameaçados, a proteção tem sido realizada de forma

tradicional pelos governos, principalmente através da criação e manutenção de Unidades de Conservação. Quando se trata de poluição, a proteção precisa ser realizada através de ações preventivas, como a Educação Ambiental, a mudança de tecnologia, de sistema de produção e a pela fiscalização. A recuperação é obrigação legal do causador do dano ambiental, seja ele o governo, a empresa privada ou o indivíduo.

A seguir, são propostos quatro projetos que visam servir de base para tantos outros

necessários à melhoria ambiental de Cachoeirinha. 7.1. APOIO À PRODUÇÃO LIMPA a) Metas

O objetivo central deste Projeto é o de apoiar as empresas potencialmente poluidoras para que adotem métodos de produção limpa e Sistema de Gestão Ambiental - SGA, preferencialmente da norma certificável ISO 14001. A poluição industrial e comercial pode ser reduzida por meio de medidas preventivas que objetivam melhorar os processos produtivos, através da redução do consumo de matérias primas e do descarte de resíduos sólidos, efluentes líquidos e emissões aéreas. b) Órgão responsável e parceiros institucionais

O órgão responsável por este Programa é a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, através dos setores de Fiscalização e de Licenciamento. Em âmbito municipal, os parceiros são as associações comerciais e industriais. Na esfera estadual, os principais parceiros são a FEPAM, na qualidade de órgão licenciador da maioria das empresas instaladas no Município, o Centro Nacional de Tecnologias Limpas (CNTL) – SENAI, o SEBRAE e as empresas. c) Procedimentos operacionais básicos

A produção limpa baseia-se na aplicação contínua de estratégias ambientais integradas aplicadas aos processos de produção, produtos e serviços e envolve a conservação de materiais e energia, a eliminação de materiais tóxicos e a redução da quantidade e da toxicidade das emissões e despejos.

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Programa 7

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A utilização de um sistema de coleta e divulgação de informações sobre técnicas e tecnologias de produção limpa apresenta-se como um dos incentivos indiretos para obtenção de desenvolvimento ambientalmente sustentável. Processos de produção que levem a ganhos de qualidade do meio ambiente estão diretamente associados à maior consciência e interesse do produtor e à maior consciência e cobrança da própria sociedade, seja ela considerada como comunidade ou como consumidor.

A implantação de um Sistema de Gestão Ambiental – SGA, seguido ou não de uma certificação ISO 14001, oferece uma série de vantagens competitivas às empresas, embora exija uma despesa inicial nem sempre bem aceita pelos empresários. Informações detalhadas de produções limpas e SGA podem ser fornecidas através de palestras e discutidas em seminários com representantes de empresas selecionadas por ramo de atividade. Estas ações devem ser articuladas com o Programa 10, de Educação Ambiental.

A SMMA deverá estabelecer convênios com o SEBRAE para permitir apoio técnico à montagem de projetos por parte das pequenas e médias empresas, visando à minimização da geração de resíduos. Deverá também articular com instituições financeiras (Banco do Brasil, Caixa Federal e Banrisul), para atuarem como agentes financeiros do FINAME ou de projetos de modernização. Este mecanismo de persuasão é fundamental no comprometimento de participação dos agentes econômicos, particularmente os de menor porte. d) Recursos disponíveis

Deve ser preparado um orçamento para este Projeto e consultar o Plano Plurianual da

SMMA.

e) Cronograma físico

Recomenda-se prioridade para o início deste Projeto, que deve se desenvolver a curto,

médio e longo prazo. 7.2. REDUÇÃO DA POLUIÇÃO DO AR

As diretrizes para o desenvolvimento deste projeto devem ser estabelecidas a partir dos resultados preliminares de dois projetos propostos no Programa 6, Controle ambiental (6.2. Inventário de fontes de emissões aéreas e 6.3. Monitoramento da qualidade do ar), e devem incluir as seguintes premissas:

• articulação do planejamento de uso e ocupação do solo e melhoria do sistema viário; • melhoria do sistema de transportes; • redução das emissões de veículos automotores; • melhoria dos sistemas de circulação e fiscalização do tráfego; • melhoria da qualidade dos combustíveis e alternativas energéticas de baixo potencial poluidor;

• instrumentos econômicos e fiscais. a) Metas

Reduzir a emissão de poluentes atmosféricos oriundos de veículos automotores, através de programas de infra-estrutura de transporte, controle veicular e educação ambiental.

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_____________________ PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DO AMBIENTE FÍSICO

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b) Órgão responsável e parceiros institucionais O órgão responsável deve ser a SMMA, em colaboração com órgãos federais

(Ministérios de Meio Ambiente e Transportes), estaduais (DETRAN, FEPAM, SEC, CIENTEC) e sociedade (ONGs, empresas). Os recursos necessários incluem: Técnicos SMMA, analisadores de gases (inspeção veicular). Cabe destacar que essas atividades podem ser financiadas através do pagamento de taxas e licenças pela prefeitura.

c) Ações propostas Apesar de complexas, as ações de combate à poluição veicular devem necessariamente

incluir alguns subprojetos básicos, dentre os quais se destacam os apresentados a seguir.

• Combate a fumaça preta

Consiste na inspeção e fiscalização, principalmente de veículos pesados (ônibus e caminhões) utilizando ferramentas simples (escala de Ringelmann).

• Controle dos postos de abastecimento

Instalação de dispositivos simples e eficientes fabricados em borracha, a ser utilizados nas bombas durante o abastecimento, que impedem o lançamento na atmosfera de gases voláteis (benzeno, propileno, etc.). Utilização de equipamentos condensadores, que além de reduzir o lançamento de gases na atmosfera, permitiria o reaproveitamento do combustível evaporado.

• Estimulo do uso do gás natural veicular

Campanha de informação junto a população das vantagens econômicas e ambientais do uso do GNV. Estímulo para instalação de postos de abastecimento do gás no Município.

• Programa de inspeção/manutenção veicular

Com base nas resoluções do CONAMA, deve-se estabelecer um Programa de Inspeção Veicular (PIV) no Município. Pode-se esperar com esse programa reduções das emissões totais médias da frota circulante em até 30%, dependendo do poluente em questão e das características técnicas de implementação a serem adotadas (Cetesb, 2002). Além dos benefícios ambientais, programas como o PIV contribuem, segundo dados internacionais, para a redução do consumo de combustível da frota em até 7%, redução dos congestionamentos provocados por falhas mecânicas dos veículos em circulação e melhoria da segurança rodoviária, com a possibilidade de integração com programas de inspeção dos itens de segurança.

d) Cronograma

Os Projetos apresentados devem ser realizados de forma permanente para garantir sua eficiência.

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Programa 7

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e) Considerações Finais A organização do tráfego urbano e a política de transportes são determinantes na

qualidade do ar nas grandes cidades. O transporte coletivo produz emissões muito menores do que os automóveis, quando estas são calculadas por pessoa/quilômetro transportada. Além disso, o congestionamento ou a redução da velocidade média aumentam muito a emissão de cada veículo. Deve-se incentivar o uso de veículos movidos por energia com menor potencial poluidor (gás natural e álcool). Em especial aqueles utilizados no transporte coletivo, como o óleo diesel de melhor qualidade, visando à redução do teor de enxofre e outras características relacionadas com a formação de fumaça preta e de precursores da formação de ozônio.

As diferentes soluções sugeridas podem ser muito dispendiosas para a sociedade se as

medidas não forem examinadas multidisciplinarmente. Recomenda-se a integração dos órgãos de planejamento da cidade, do trânsito, do meio ambiente, de saúde etc. A integração entre as instituições que organizam o fluxo de trânsito na cidade deve ser encarada como o ponto de partida para qualquer planejamento que vise à melhoria do sistema, encurtando distâncias, reduzindo o número de viagens, aumentando a velocidade média e, com isto, reduzindo o consumo de energia, a poluição ambiental e melhorando a qualidade de vida na cidade. A concretização destas metas depende da opção da população pelo transporte coletivo. 7.3. PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA BACIA DO RIO GRAVATAÍ a) Metas Este Projeto destina-se à formação de um consórcio dos Municípios localizados na Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí, visando à captação de recursos para a proteção e recuperação da bacia. A Lei Federal nº 11.107 / 2005 instituiu as normas gerais de constituição dos consórcios públicos e convênios de cooperação. b) Órgão responsável e parceiros institucionais

A iniciativa deve partir da SMMA do Município de Cachoeirinha. Os parceiros institucionais são as Prefeituras dos Municípios localizados na Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí, com o apoio da SEMA, do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí e de ONG´s. c) Atividades principais

• Realizar contatos com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Gravataí, Prefeituras Municipais da Bacia do Rio Gravataí e SEMA para a formação de equipe de estudos para a criação do Consórcio;

• Viabilizar o processo legal de formação do Consórcio; • Analisar e discutir as alternativas para a captação de recursos existentes; • Estabelecer diretrizes de ação integradas; • Atribuir responsabilidades aos parceiros institucionais para as ações.

d) Recursos disponíveis

Para as atividades de reuniões e contatos com órgãos financiadores as despesas financeiras devem ser buscadas no Plano Plurianual dos Municípios envolvidos.

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_____________________ PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DO AMBIENTE FÍSICO

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e) Cronograma

Recomenda-se o início imediato deste projeto, com estabelecimento de um cronograma a partir do conhecimento do processo legal para formação do consórcio municipal. 7.4. RECUPERAÇÃO DE TALUDES E MARGENS DE RECURSOS HÍDRICOS a) Metas

Destina-se à recuperação de taludes, áreas adjacentes e leito de recursos hídricos

ocupados de forma irregular por assentamentos habitacionais, especialmente ao longo do arroio Passinhos, buscando restabelecer, ao máximo possível, seu estado natural, reduzindo a erosão e o assoreamento. Este projeto deve ser realizado de forma integrada com os projetos pertencentes ao Programa 5, Assentamentos Habitacionais Irregulares.

b) Órgãos responsáveis Deve ser realizado de forma conjunta, pela SMMA, SEHAB, SMSU e SMOV.

c) Atividades principais As principais atividades para a recuperação dos taludes do arroio, das áreas adjacentes

e para o desassoreamento do leito do arroio consistem em movimentações de solo. Para isso, é necessário que as habitações irregulares às margens do arroio e os resíduos sólidos existentes no local sejam totalmente retirados previamente.

Após serem concluídos os trabalhos de recomposição dos locais, a área deverá ser submetida às recomendações do Projeto de Recuperação de formações vegetais nativas degradadas (vide 8.1), para as ações de recomposição da mata ciliar.

d) Recursos necessários

Para a realização deste projeto, será necessária a participação de uma equipe técnica constituída por engenheiros, agrônomos e biólogos. Os recursos financeiros deverão ser orçados e verificada a capacidade orçamentária do Plano Plurianual das Secretarias Municipais envolvidas. e) Cronograma

Este projeto está previsto para ser realizado durante quatro anos, na medida em que as áreas invadidas forem sendo desocupadas e sejam possíveis os trabalhos.

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Programa 8 8. PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA VEGETAÇÃO E DA FAUNA

PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA VEGETAÇÃO E DA FAUNA

Este Programa se destina a estabelecer ações envolvendo a vegetação e a fauna, que têm sido alvo de contínuos danos causados pela expansão urbana e pelo crescimento das atividades econômicas, identificados sob a forma de problemas no capítulo 5 do volume 2. As ações são de duas naturezas, proteção e recuperação.

A proteção dos ecossistemas naturais e antrópicos ameaçados tem sido realizada de

forma tradicional pelos governos, através de forte fiscalização e da criação e manutenção de Unidades de Conservação, visando protegê-los de ocupação e uso indevido.

A recuperação de ecossistemas que se encontram em algum nível de degradação, os

chamados passivos ambientais, é obrigação legal do causador do dano ambiental, seja ele o governo, a empresa privada ou o indivíduo.

a) Objetivo geral

Proteger e recuperar a vegetação existente no Município, visando garantir a biodiversidade, o habitat da fauna e o bem-estar da população local.

b) Órgãos responsáveis e parceiros institucionais

O órgão responsável por este Programa é a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, tendo como parceiros, no âmbito municipal, as demais Secretarias que compõem o Sistema Municipal de Proteção Ambiental. Na esfera estadual, são parceiros o Departamento de Florestas e Áreas Protegidas – DEFAP e a Fundação Zoobotânica do RS, pertencentes à Secretaria Estadual do Meio Ambiente. Também as Universidades, a Associação de Preservação da Natureza – Vale do Gravataí – APN-VG, e a Fundação O Boticário podem contribuir nas atividades de elaboração, execução e financiamento de Projetos. c) Projetos recomendados

A seguir, são propostos cinco projetos, considerados indispensáveis para a melhoria ambiental de Cachoeirinha. Deve-se ressaltar que, para a execução deles, é necessário o adequado conhecimento da vegetação e da fauna existente no Município, a partir de dois projetos integrantes do Programa 6: 6.7. Inventário e mapeamento da vegetação nativa e 6.8. Inventário e mapeamento da fauna nativa.

• Recuperação de formações vegetais nativas degradadas; • Criação de corredores ecológicos; • Arborização pública; • Recuperação e ampliação do Parque Municipal Tancredo Neves; • Revitalização da área do dique.

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Programa 8

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8.1. RECUPERAÇÃO DE FORMAÇÕES VEGETAIS NATIVAS DEGRADADAS a) Metas

Recuperação das formações remanescente do Bioma Mata Atlântica, constituídas por

vegetação nativa primária e secundária, nos estágios de regeneração médio (porte arbustivo / arbóreo) e avançado (porte arbóreo), localizadas em Áreas de Preservação Permanente (às margens do rio Gravataí e de todos os arroios no Município) e dispersas em todo o território municipal. Este projeto tem por base o artigo 2º, inciso III do Decreto nº 3.420 / 2000, que dispõe sobre o Programa Nacional de Florestas – PNF.

b) Órgãos responsáveis Secretaria Municipal de Meio Ambiente juntamente com a Secretaria Municipal de Obras

e com o apoio do Horto Florestal Municipal e da APN-VG ONG ambientalista do Município.

c) Atividades principais • Identificar as áreas degradadas a serem recuperadas; • realizar levantamentos de vegetação e fauna; • remover os ocupantes de áreas invadidas, quando for o caso; • estudar as espécies vegetais mais adequadas em cada área; • realizar a reposição florestal através do adensamento das áreas vegetadas.

d) Recursos Financeiros Usar recursos das multas pagas por empresas que praticaram crimes ambientais e

buscar parcerias junto a empresas privadas que tenham interesse na área ambiental. e) Cronograma Físico

Atividade 1º Ano 2º Ano 3º Ano Levantar as áreas a serem recuperadas Buscar recursos financeiros Retirar os ocupantes das áreas de risco Escolher as mudas de espécies nativas Iniciar os trabalhos de recomposição Avaliar os resultados

8.2. CRIAÇÃO DE CORREDORES ECOLÓGICOS a) Metas

Implantar corredores ecológicos através da interligação de remanescentes de vegetação nativa. Recomposição da mata ciliar do arroio Passinho com espécies nativas, unindo a vegetação ciliar do rio Gravataí com a floresta do parque Tancredo Neves e permitindo o livre fluxo da fauna associada.

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________________PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA VEGETAÇÃO E DA FAUNA

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b) Órgãos responsáveis

Secretaria Municipal de Meio Ambiente, juntamente com a Secretaria Municipal de Obras e com o apoio do Horto Municipal e da APN-VG, ONG ambientalista do Município. c) Atividades principais

• Identificar formações remanescentes com potencial para interligações; • realizar levantamentos de vegetação e fauna; • analisar propostas de ligações; • desenvolver alternativas de projetos para serem submetidos a parceiros

institucionais financiadores; • identificar a possibilidade de parceria com proprietários interessados no projeto; • executar o projeto aprovado.

d) Recursos

Além dos recursos financeiros existentes no Plano Plurianual, deve ser analisada a possibilidade de serem usados recursos do Fundo Municipal de Meio Ambiente, oriundos de multas pagas por empresas que praticaram crimes ambientais. Devem, também, ser buscadas parcerias junto às empresas privadas que tenham interesse ambiental.

Como recursos humanos, são necessários profissionais da área de biologia e agronomia, além de técnicos agrícolas. e) Cronograma físico

1º ano - trimestre Atividade

1º 2º 3º 4º Identificar áreas e parceiros Realizar levantamentos Analisar propostas de ligação Elaborar projetos Estabelecer parcerias Iniciar execução

8.3. ARBORIZAÇÃO PÚBLICA a) Metas

Harmonização da vegetação urbana com os espaços a ela destinados, elaboração de

um planejamento para plantio adequado, criação de atrativos para a avifauna local e inclusão da população no planejamento deste projeto.

b) Órgãos responsáveis Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Educação e Pesquisa e

Secretaria Municipal do Planejamento, em parceria com a população local.

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c) Atividades principais

• Elaborar levantamento dos logradouros públicos, praças, parques e jardins com potencial para arborização;

• elaborar estudo para determinar as espécies mais adequadas a cada ambiente e suas quantidades;

• reunir a população local; • obter mudas a serem plantadas; • realizar plantios; • realizar o monitoramento dos plantios.

d) Recursos O Município deve buscar alternativas financeiras junto a instituições privadas ou órgãos

federais. Também neste caso poderá contar com a comunidade através das associações de bairros, convocando cada cidadão a melhorar a sua rua. e) Cronograma físico

1º ano - quadrimestre Atividade

1º 2º 3º Levantar os logradouros públicos Inventariar a flora e fauna urbana existentes Definir espécies e quantidades Realizar reuniões com as associações de bairros Contatar horto florestal para aquisição das mudas Executar o plantio adequado Realizar o monitoramento ambiental

8.4. PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DO PARQUE MUNICIPAL TANCREDO NEVES a) Metas

Este projeto visa melhorar as ações de proteção e recuperação do Parque Municipal

Tancredo Neves, por ainda não ter sido elaborado o seu Plano de Manejo. b) Órgãos responsáveis e parceiros institucionais:

O órgão responsável é a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, tendo como parceiros ONGs ambientalistas, como a APN-VG e a Fundação O Boticário, e empresas privadas interessadas. c) Atividades principais

• Realizar um diagnóstico técnico detalhado e um prognóstico de curto prazo visando identificar os principais problemas do Parque;

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________________PROTEÇÃO E RECUPERAÇÃO DA VEGETAÇÃO E DA FAUNA

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• realizar uma consulta objetiva sobre demandas e sugestões da comunidade. Verificar as opiniões sobre o cercamento e a fiscalização 24 horas, através de convênio com a Guarda Municipal;

• analisar os dados e informações coletados; • executar as ações propostas na revisão.

d) Recursos necessários

As atividades de revisão do Plano de Manejo necessitam contar com recursos humanos especializados do órgão responsável e parceiros. Para a execução das propostas apresentadas, é necessária a elaboração de um orçamento detalhado, acompanhado de cronograma físico-financeiro. e) Cronograma físico

1º ano - trimestre Atividade

1º 2º 3º 4º Realizar um diagnóstico e prognóstico Realizar uma consulta à comunidade Analisar os dados e informações coletadas Executar as ações propostas na revisão

8.5. REVITALIZAÇÃO DA ÁREA DO DIQUE a) Metas

Criar uma área de lazer junto ao dique, na porção localizada entre as pontes da entrada

de Cachoeirinha e a Free Way, no intuito de preservar e repor a mata ciliar nativa, envolvendo a comunidade na manutenção e valorização do ambiente local.

b) Órgãos responsáveis Secretaria Municipal de Meio Ambiente juntamente com a Secretaria Municipal de Obras

e Secretaria Municipal de Planejamento, com o apoio do Horto Municipal e da APN-VG, ONG ambientalista do Município.

c) Atividades principais • Retirar ocupantes ilegais da área; • quantificar os danos causados à mata ciliar e estrutura do dique; • elaborar projeto de educação ambiental para a comunidade local; • implantação de ciclovia e praça; • ajardinar a área.

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d) Recursos financeiros

Usar recursos das multas pagas por empresas que praticaram crimes ambientais e

buscar parcerias junto a empresas privadas que tenham interesse na área ambiental.

e) Cronograma físico

Atividade 1º Ano 2º Ano 3º Ano Remover ocupantes ilegais Buscar recursos financeiros Levantar danos locais Conscientizar a comunidade local Escolher equipamentos e arborização para o local Iniciar os trabalhos de recomposição Avaliar resultados

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Programa 9 9. PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO, HISTÓRICO E CULTURAL

PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO, HISTÓRICO E CULTURAL

Este Programa propõe ações de curto e médio prazos destinadas a minimizar os problemas diagnosticados no capítulo 7, Proteção do Patrimônio Arqueológico, e no capítulo 8, Proteção do Patrimônio Histórico e Cultural, do volume 2 deste Plano. Em ambos os casos, há muito a ser feito, tanto por força da legislação vigente, como por iniciativas voluntárias do poder público ou de empresas privadas.

O Programa está subdividido em dois subprogramas, constituídos por quinze Projetos

que não esgotam as possibilidades de solução para a necessidade de valorização destes importantes patrimônios existentes no Município.

9.1. PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO 9.1.1. Objetivos

Identificar, valorizar e preservar o patrimônio arqueológico ainda existente, material e

imaterial, envolvendo a Administração pública, as empresas privadas e a população local. 9.1.2. Órgão responsável e parceiros institucionais

Instituições de Pesquisa como universidades, públicas ou privadas, centros de estudos e

museus, seja do próprio Município, sejam estaduais, tal como o MARSUL (Museu Arqueológico do Estado do Rio Grande do Sul). Algumas destas instituições reúnem acervo de diferentes Municípios do Estado e possuem profissionais qualificados, com formação em Arqueologia, como determina a lei para que sejam possam ser obtidas autorizações para a realização de pesquisas de campo e a guarda e curadoria do acervo.

A Secretaria Municipal da Cultura, através do Centro de Documentação e Pesquisa, é o

órgão indicado a elaborar medidas visando à promoção e proteção do patrimônio arqueológico, assim como iniciativas visando sua valorização e reconhecimento dentro dos diversos segmentos da população do Município. Para isso, no entanto, é necessário dispor de recursos financeiros, recursos humanos e técnicos, criando oportunidades para que sejam desenvolvidos projetos de pesquisa e estabelecidas parcerias e convênios interinstitucionais. 9.1.3. Projetos recomendados

A seguir são apresentados seis Projetos, destinados à solução dos quatro problemas diagnosticados.

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a) Zoneamento arqueológico

Este Projeto foi idealizado para enfrentar o problema 1, carência de pesquisas arqueológicas, investimentos em recursos humanos e materiais e incentivo. • Meta

Estabelecer o potencial de ocorrência de sítios arqueológicos e estado de conservação

em diferentes áreas do Município, conforme o Plano Diretor. Em médio prazo, recomenda-se a adoção de projetos de pesquisa que contemplem o zoneamento de áreas ainda preservadas em detrimento daquelas muito perturbadas, o que oportunizará a inclusão de áreas propícias ou reconhecidamente importantes do ponto de vista arqueológico e histórico a pesquisar com detalhamento e de forma específica. Uma vez estabelecido o potencial de ocorrência de sítios arqueológicos, devem ser realizadas ações concretas na garantia imediata de valorização, preservação e estudo do patrimônio arqueológico existente. b) Inventário do patrimônio arqueológico

Este Projeto foi idealizado para enfrentar o problema 1, carência de pesquisas arqueológicas, investimentos em recursos humanos e materiais e incentivo. • Meta

Levantamento exaustivo do patrimônio arqueológico, com o cadastro de sítios

arqueológicos especialmente naquelas áreas ainda preservadas, como parques, áreas verdes, áreas devolutas, áreas privadas ou públicas com antigas edificações, ruínas e evidências materiais em subsolo. c) Acervo museológico e histórico

Este Projeto foi idealizado para enfrentar o problema 2, carência de acervo material com

tratamento museológico (exposição, guarda e curadoria) de bens culturais obtidos em pesquisas e através de doações;

• Meta

Reunião de acervo composto por evidências materiais a serem obtidas em pesquisas

arqueológicas ou através de doações da comunidade. Criação de exposições temporárias e permanentes, assim como pesquisas de cunho histórico e arqueológico, através das análises e interpretações do material obtido, como imagens, objetos, artefatos, entre outros. d) Extroversão do conhecimento

Este Projeto foi idealizado para enfrentar o problema 2, carência de acervo material com tratamento museológico (exposição, guarda e curadoria) de bens culturais obtidos em pesquisas e através de doações; • Meta

Permitir e propiciar a extroversão e divulgação do conhecimento produzido, oferecendo acesso à comunidade local e regional, oportunidade em que se deve educar para a valorização

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________PROTEÇÃO DO PATRIMÔNIO ARQUEOLÓGICO, HISTÓRICO E CULTURAL

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do passado histórico e para a importância da reunião de acervo e a preservação do patrimônio cultural material e imaterial, destacando os saberes e fazeres das diferentes etnias existentes no Município. Faz-se necessário ainda conscientizar empreendedores, sobre a importância do patrimônio arqueológico, salientando que é necessário preservar ou, no caso de impactos inevitáveis, permitir que estudos detalhados garantam o resgate de informações e sua documentação, como forma de mitigar os impactos. e) Arqueologia preventiva

Este Projeto foi idealizado para enfrentar o problema 3, necessidade de inclusão da pesquisa arqueológica nos licenciamentos ambientais municipais: • Meta

Realização de pesquisas arqueológicas em obras de engenharia que causem impactos,

conforme determina a resolução do CONAMA nº 0001/86 para os licenciamentos ambientais, e a FEPAM, com sua política de descentralização, para os licenciamentos sob a responsabilidade municipal. Inclusão da pesquisa arqueológica nos “termos de referência” para os licenciamentos ambientais, especialmente aqueles em âmbito municipal. f) Preservação de áreas

Este Projeto foi idealizado para enfrentar o problema 4, destruição do patrimônio

edificado, representante do início da ocupação histórica do Município, se não forem tomadas providências para o tombamento, restauro e conservação de importantes bens imóveis; • Meta

Conservação do patrimônio ambiental, entendido de forma ampla, onde se inclui o patrimônio cultural material; contribuir para o reconhecimento, preservação e valorização dos bens culturais ainda existentes e oportunizar pesquisas futuras.

Ações de educação ambiental e patrimonial, entendendo que a proteção do rio Gravataí,

a preservação de antigas edificações no interior do Mato do Júlio, o Parque Tancredo Neves, o futuro Loteamento Chico Mendes, a casa de Alberto Bins, em área do IRGA, entre outros, e a criação de áreas de proteção, podem contribuir para o reconhecimento, preservação e valorização dos bens culturais ali existentes e oportunizar pesquisas futuras. 9.1.4. Recursos necessários

Podem ser captados recursos com empresas privadas, patrocinadoras, através, por

exemplo, da Lei de Incentivo a Cultura (LIC) e Lei Rouanet, ou, mediante apresentação de projetos para agências de fomento a pesquisa, tais como CNPq, CAPES ou FAPERGS, assim como, eventualmente, com contrapartida da própria prefeitura, através de recursos do Município destinados as Secretarias Municipais da Cultura, Turismo ou Educação.

O Município dispõe de um Fundo de apoio à cultura onde podem ser obtidos recursos

provenientes do orçamento. “O FUCCA é o Fundo da Cultura de Cachoeirinha e tem por finalidade prestar apoio financeiro a projetos que visem implementar e estimular a realização no âmbito da produção artística e cultural no Município de Cachoeirinha, que podem ser apresentados por grupos, entidades, personalidades, ONGs, instituições, sindicatos,

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associações, etc.” Os recursos a serem destinados dependem de avaliação da Comissão de Administração Financeira (formada por servidores da Secretaria Municipal da Cultura).

Desde sua implantação, o FUCCA já financiou 55 projetos nas mais diversas

modalidades: montagem de espetáculos teatrais, gravações de CDs, edições de livros, oficinas de dança, artes, palestras, aquisições de indumentárias gaúchas, entre outras. O Fundo, no entanto, está em processo de reestruturação com a nova lei nº 2600/06. O Conselho Municipal da Cultura, órgão responsável pela fiscalização do fundo, está em processo de formação. 9.1.5. Cronograma físico

Depende do caráter e intensidade de cada projeto, analisado conforme a extensão e profundidade dos sítios arqueológicos indicados para pesquisa, a quantidade de ocupações humanas (sítios arqueológicos pré-coloniais e/ou históricos, unicomponenciais ou multicomponenciais, etc.), assim como sua importância, relevância e ineditismo em relação a outras descobertas, sejam locais ou regionais.

9.2. PATRIMÔNIO HISTÓRICO E CULTURAL 9.2.1. Justificativa

O Decreto-lei nº. 25, de 30.11.1937, é o documento legal que estabelece as normas de proteção do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. O art. 1º estabelece que este patrimônio é constituído pelo conjunto dos bens móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou artístico.

A Constituição Federal, de 05.10.1988, dispõe no art. 30° que compete aos Municípios

“...promover a proteção do patrimônio histórico-cultural local, observada a legislação e a ação fiscalizadora federal e estadual.” 9.2.2. Objetivos Os objetivos que devem nortear qualquer proposta de trabalho e manejo dos bens culturais, materiais e imateriais, deve levar em conta o grau de significação deste para a sociedade, sendo necessário a promoção de uma conscientização patrimonial a fim de otimizar seu valor social e integridade. A identificação dos agentes culturais na comunidade e a busca de parceria são os instrumentos necessários para adequar à realidade qualquer projeto nesse sentido. Este Programa deve atender a dois importantes objetivos:

a) Gerenciamento dos bens imóveis de interesse histórico-cultural - otimizar o manejo dos bens imóveis de interesse histórico-cultural nos atos de tombamento, restauração, valorização e demais ações de preservação. b) Valorização dos bens culturais de natureza imaterial - trabalhar com questões relativas aos bens culturais de natureza imaterial, que geralmente possuem pouca visibilidade, mas tem uma grande relevância como patrimônio cultural a ser preservado.

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9.2.3. Órgão responsável e parceiros institucionais

A Secretaria Municipal de Cultura - SMC é responsável pela proteção do patrimônio histórico e cultural no Município.

As comunidades religiosas, além de outras, possuem tanto seus referenciais históricos, na forma dos templos e santuários, quanto suas ações sociais e culturais, podendo tornar-se elementos-chave, quanto à valorização do patrimônio. As empresas privadas, mediante estímulos compensatórios, poderiam auxiliar na preservação, na restauração dos bens culturais, como tem acontecido em vários momentos. As escolas e os diversos grupos do meio cultural podem tornar-se vetores de uma política de valorização.

Os institutos legais de preservação, no âmbito estadual o IPHAE e no federal o IPHAN,

além do respaldo legal são responsáveis pelo apoio técnico necessário a uma eficácia nos projetos. Ao final, a sociedade como um todo, conscientizada dos valores culturais de que dispõe, é a última instância e objetivo de um projeto de valorização patrimonial. 9.2.4. Projetos recomendados Para atender ao objetivo de gerenciamento dos bens imóveis de interesse histórico-cultural, propõem-se os seguintes nove projetos, como prioritários. a) Atualização legal • Metas

Sancionar, urgentemente, a proposta de projeto relativa à Nova Lei do Tombo, de forma a possibilitar o salvamento do que ainda é possível preservar. No Artigo 2° e Artigo 3°, há a definição de competências quanto à política de fiscalização, proteção e revitalização do patrimônio de interesse histórico e cultural:

Art. 2º – § 2º – O controle e a fiscalização necessários à preservação do patrimônio cultural e paisagístico do Município serão executados por órgão municipal, supletivamente em consonância com os órgãos federal e estadual, nos termos da legislação pertinente. No artigo 3° estão dispostas as competências quanto à proteção, preservação e

revitalização do patrimônio histórico, cultural e ambiental do Município, mas parece que tem de ser adequada à nova configuração das secretarias municipais:

Art. 3º - § 1º - Para dar cumprimento aos objetivos da presente lei, o Poder Executivo Municipal, nomeara a Comissão Permanente de avaliação e Pesquisa do Patrimônio Ambiental Histórico-Cultural, a qual compete o assessoramento e a colaboração com o executivo municipal, em todos os assuntos relacionados com o patrimônio histórico, cultural e ambiental do Município, no prazo de trinta dias, após a publicação da presente lei. A referida comissão será composta por um representante titular e um suplente, de cada órgão ou entidade. Art. 3º - § 2º - Será de competência do Departamento de Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental, vinculado a Secretaria Municipal da Cultura, Desporto e Lazer, dar execução aos assuntos relacionados à proteção, preservação e revitalização do patrimônio histórico, cultural e ambiental do Município.

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Em Gravataí, por exemplo, a Lei Orgânica do Município, datada de 1990, foi finalmente

regulamentada pela Lei N° 2.114, de 01 de abril de 2004 e são os instrumentos legais para a proteção dos bens imóveis de interesse cultural. A última institui os procedimentos de Tombamento para a proteção ao Patrimônio Cultural do Município e da outras providências, tais como isenções, áreas de entorno, etc. Compete ao Departamento de Patrimônio Cultural e Natural, vinculado à Fundação Municipal de Arte e Cultura (FUNDARC), o gerenciamento do Patrimônio Cultural e Natural do Município. Entre a primeira lei e a segunda, há um espaço de tempo de quatorze anos onde muita coisa pode ter acontecido ante a iminência da regulamentação. b) Divulgação do patrimônio • Metas

Realizar encontros na forma de palestras, para troca de experiências com equipes de outros Municípios onde a questão patrimonial esta melhor equacionada, técnicos em restauração e nos aspectos jurídicos do patrimônio, etc. As palestras estariam abertas ao público interessado, aumentando assim, a mobilização da comunidade na proteção dos bens de valor histórico e cultural.

• Recursos necessários

Local adequado, diárias e veículo para deslocamentos e divulgação.

• Resultados esperados

A divulgação do patrimônio e do trabalho na sua preservação, bem como um maior esclarecimento dos gestores públicos e da comunidade interessada quanto aos esforços de preservação. A adequação da legislação e dos esforços na preservação do patrimônio. c) Avaliação técnica • Metas

Tornar indispensável a avaliação de um técnico em restauração (arquiteto) em iniciativas que venham a interferir em um bem de interesse histórico cultural e no seu entorno. Buscar a promoção de intervenções de restauração planejadas e assessoradas por especialistas em restauração do IPHAE e do IPHAN. Laudos técnicos, também emitidos por esse órgão, fazem sugestões quanto ao manejo do entorno do bem de interesse histórico e cultural no sentido de otimizar seu aproveitamento pela comunidade.

• Recursos necessários Contrato de um mês veículo, câmara fotográfica digital de boa definição, computador

para manuseio de imagens, gráficos, tabelas e texto, material de escritório, diárias para alimentação.

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• Resultados esperados

O resultado esperado é a obtenção de um conjunto de ações técnicas a serem aplicadas

progressivamente nos bens imóveis de interesse histórico-cultural, incluindo os já reformados, de forma a valorizá-los enquanto patrimônio.

d) Avaliação de prioridades de preservação • Metas

Os diversos elementos a serem considerados para a preservação, tais como relevância para a comunidade, ameaça iminente, antiguidade, valor estético, concordância do proprietário e recursos disponíveis, devem ter seu peso definido através de uma avaliação que será fruto de uma consultoria técnica. Através do manuseio dos dados coletados, os bens de interesse histórico e cultural, seriam hierarquizados e ações planejadas a partir deste modelo estabelecido. • Recursos necessários

Computador para manuseio de imagens, gráficos, tabelas e texto, material de escritório. • Resultados esperados

Definição de um plano de ação acerca de quais bens a tombar, quais revitalizar, quais restaurar, etc., a curto, médio e longo prazo, baseado em prioridades. e) Valorização visual • Metas

Mediante avaliação prévia e indicação da Coordenação do Patrimônio Histórico e Cultural, a prefeitura municipal poderia tomar medidas práticas e pontuais para a proteção do patrimônio. Permuta de propaganda em rádio, jornais e outras formas, pela redução de placas e demais propagandas afixadas nos imóveis de interesse histórico e cultural. Remoção de obstáculos à visualização do bem imóvel, tais como paradas de ônibus, postes, etc. Incentivos à manutenção do imóvel. • Recursos necessários

A própria estrutura de fiscalização e obras da prefeitura, mediante solicitação do órgão responsável pela proteção do patrimônio. • Resultados esperados

O resultado esperado é a melhoria progressiva da “ambiência”, isto é, de um espaço urbano melhorado quanto a poluição visual e conseqüentemente a valorização dos bens imóveis de interesse histórico-cultural.

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f) Centro de Documentação Municipal • Metas

Adequar um imóvel, preferencialmente de interesse histórico cultural, ou outro provisoriamente, de forma a receber e armazenar adequadamente, toda a documentação remanescente que foi produzida, esta sendo e que será produzida e que é de interesse à pesquisa e de valor histórico e cultural, de forma a facilitar o acesso e preservá-la. Um Centro de Documentação Municipal Integrado pode abrigar e preservar a documentação histórica e administrativa que foi e está sendo produzida, respeitadas as suas especificidades, em setores distintos. Quanto à criação de um centro de documentação, que o Centro de Documentação e Pesquisa sediado no Ecomuseu pleiteia na forma de um Arquivo Histórico, “deverá ser implantado no máximo nos próximos dois anos, cumprindo um indicativo do Tribunal de Contas do Estado - TCE que poderá se tornar uma obrigatoriedade para os Municípios com mais de 25.000 habitantes” (Conforme informação fornecida pelo centro de Documentação e Pesquisa acima citado). • Recursos necessários

Imóvel com características adequadas, corpo técnico, computador para manuseio de imagens, gráficos, tabelas e texto, material de escritório. • Resultados esperados

O resultado esperado é a e centralização da documentação referente ao Município bem como sua preservação e fácil acesso. g) Origens • Metas

Em um exercício de imaginação, pode-se pensar em uma forma ideal de preservação em que todos os fatores que conduzem para a conservação de um espaço vital para a comunidade fossem contemplados. Um projeto que, dentro de um planejamento urbano, contemple o bem estar e a qualidade de vida da comunidade, seja em seus aspectos ambientais, necessidade de espaços de lazer, na necessidade de atrativos em turísticos ou na questão do patrimônio histórico cultural.

Um projeto que fosse capaz de viabilizar uma propriedade que relutou em permanecer

integra apesar do forte apelo da valorização imobiliária. Existem casos de propriedades que se transformam em pousadas, outras abertas a visitação com trilhas e atrativos da vida no campo. Outras propriedades de porte podem transformar-se de grande utilidade à comunidade que a envolve recebendo eventos tais como rodeios, festivais de música, feiras de artesanato, e. que se tornam lucrativas para a comunidade.

Totalmente ou parcialmente utilizada, a propriedade pode ser usada na sua forma

tradicional e terá mais visitação, quanto mais atrativos tiver. Num exercício menos ambicioso, uma boa negociação talvez consiga garantir a preservação de parte dela que tenha maior

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significância ao patrimônio histórico e cultural. A antiga Fazenda da Cachoeira do Coronel João Baptista Soares da Silveira e Souza ou Casa do Júlio é da segunda metade do século XIX. Bem situada em pequena elevação e protegida por uma vegetação que quase só permite ver seu telhado, certamente seria um grande atrativo do Município. • Recursos necessários

Apesar de imensos, é viável a captação destes pelo grande interesse de diversos segmentos da sociedade e o imenso benefício que traria ao Município e ao estado. Financiamentos de porte destinados às questões ambientais, a preservação e restauração do patrimônio histórico e cultural e da iniciativa privada que reverteria na forma de propaganda, deduções de impostos e aumento de negócios. • Resultados esperados

O resultado esperado é a melhoria progressiva da “ambiência”, isto é, de um espaço urbano melhorado quanto à poluição com a preservação de espaço verde remanescente vital á comunidade. Aumento da área de lazer disponível conseqüentemente a preservação do bem de interesse histórico e cultural de maior relevância à cidade e à região.

Os dois projetos a seguir têm por objetivo trabalhar com questões relativas aos bens culturais de natureza imaterial, que, geralmente, possuem pouca visibilidade, mas possuem uma grande relevância como patrimônio cultural a ser preservado. h) Procedências • Metas

Segundo este projeto, se introduziria na rede de ensino, o debate e estudo sobre a formação da população e sua trajetória ao longo da história. O objetivo principal seria proporcionar uma noção mais clara da participação cultural dos diversos elementos formadores da comunidade e a bagagem cultural que trouxeram.

Os Projetos Mosaico e Memória da Cidade se configuram como excelentes instrumentos

no sentido da preservação do patrimônio. Devem ser incentivados e incitados à abordagem de temas como o resgate da memória oral e estudos sobre a procedência dos contingentes populacionais e seu reflexo na cultura local.

• Recursos necessários

Os recursos necessários são o incentivo a essas iniciativas e garantia de sua permanência. • Resultados esperados

O resultado esperado é a compreensão da formação plural da sociedade bem como o resgate da memória oral proporcionando preciosa documentação a ser preservada.

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i) Economia do Passado • Metas

Proporcionar excursões aos alunos da rede pública de ensino onde teriam contato a locais preservados em que prédios, e instrumentos de trabalho do passado de forma a terem uma noção da economia do passado. Um roteiro poderia ser elaborado com visitas à Casa do Leite, ao IRGA, à Fábrica de Conservas Ritter, etc. Seria interessante trabalhar com a possibilidade de visita a outros Municípios próximos, tais como Gravataí e São Leopoldo onde os esforços de preservação possibilitaram a preservação de elementos que em seu conjunto ampliam o leque de opções. • Recursos necessários

O recurso necessário é apenas um veículo com motorista. • Resultados esperados

O resultado esperado é a melhor compreensão, por parte do público envolvido, do processo histórico e dos processos econômicos na região.

9.2.5. Recursos necessários

O aporte de recursos financeiros e materiais para a pesquisa e divulgação da relevância do patrimônio histórico e cultural envolve a participação direta dos órgãos responsáveis na discussão orçamentária e de projetos do Poder Público e a inserção da preocupação com o patrimônio histórico e cultural no planejamento do Município. A parceria com a iniciativa privada permite a elas adquirirem maior visibilidade na comunidade e pode ter um retorno assegurado. Deduções em impostos como leis de incentivo a cultura podem ser um bom argumento para atrair recursos. Fora isso, compensações exigidas para a viabilização de projetos têm revertido beneficamente ao patrimônio em muitos Municípios. 9.2.6. Cronograma físico

A urgência na preservação dos bens históricos e culturais requer equação imediata de problemas jurídicos e financeiros que impedem ações efetivas de preservação. O ideal é que em um ano o projeto encontros, o projeto hierarquização de prioridades de preservação e o projeto consultoria técnica estivessem surtindo efeitos positivos. Quanto maior a demora na resolução das questões jurídicas, maior o dano ao patrimônio. No caso do bem histórico e cultural conhecido como “Casa do Júlio”, as iniciativas devem ser imediatas, sob risco de dano irreversível.

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Programa 10 10. EDUCAÇÃO AMBIENTAL

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Embasado nos princípios da Educação Ambiental, em conformidade com a Política Nacional de Educação Ambiental, Lei nº 9.795/99, na Política Ambiental do Município, Lei 1.339/93, no Programa Municipal de Educação Ambiental, Lei nº 2.333/04 e, sobretudo, na análise do diagnóstico, nos problemas identificados, nos processos formal e não-formal da educação ambiental, optou-se por desenvolver um Programa que atendesse de maneira horizontal todas as lacunas encontradas visando auxiliar na superação dos problemas tais como a insuficiência de dados e de sistematização de informações em Educação Ambiental; a capacitação profissional e necessidade de atualização e formação específica em EA, bem como assessoria técnica e pedagógica para os projetos em andamento; a pouca incidência de encontros, fóruns e seminários com enfoque em EA; poucos convênios e parcerias estabelecidos entre os diferentes órgãos da administração municipal e destes com outras instituições e/ou empresas e planejamentos desarticulados; baixo número de projetos de EA elaborados e em execução no Município.

A Educação Ambiental possui papel fundamental na intervenção dos problemas ambientais. Uma das possibilidades se dá através de planejamentos focados nas práticas pedagógicas do universo escolar, mas torna-se potencialmente transformadora quando articulada à outras políticas ambientais locais, regionais, nacionais e globais. O trabalho em EA, com o envolvimento das dimensões social, econômica, política, ideológica, cultural e ecológica do problema ambiental e todas as suas conexões, incentivando não apenas a ação individual na esfera privada, mas também a ação coletiva na esfera pública será capaz de provocar não apenas as mudanças culturais que possam conduzir à ética ambiental, mas também as mudanças sociais necessárias para a construção de uma sociedade ecologicamente prudente e socialmente justa.

O Programa tem como objetivo geral efetivar a educação ambiental como um processo de permanente aprendizagem que valoriza as diversas formas de conhecimento e forma cidadãos capazes de investigar, refletir, posicionar-se criticamente, adotando novas práticas individuais e coletivas, construindo, assim, alternativas às problemáticas sócio-ambientais. A educação ambiental deve estar voltada para a realidade da comunidade, através de uma análise da realidade local como metodologia de construção social do conhecimento, articulando a participação de todos os segmentos sociais.

Através dos Projetos e ações, visa promover a continuidade e permanência do processo educativo em desenvolvimento no Município, redimensionando a participação e fortalecendo a integração coletiva. Nesse sentido, foram estabelecidos seis Projetos, a serem executados pelos órgãos responsáveis. Cada um, na sua execução, atende de forma complementar e contínua, as metas previstas nos demais. A incorporação de subprojetos poderá ser definida nos planejamentos dos diferentes Grupos de Trabalho em Educação Ambiental, formados e capacitados nas etapas deste Programa. 10.1. UTILIZAÇÃO DO SISTEMA MUNICIPAL DE INFORMAÇÕES AMBIENTAIS - SMIA

Este projeto visa democratizar o acesso à produção de conhecimentos e às questões sócio-ambientais locais, através da inclusão e utilização de dados e informações, contribuindo no aprimoramento dos processos de planejamento, execução e avaliação da Educação Ambiental e promovendo a potencialização de suas práticas.

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a) Metas

Disponibilizar a todas as Secretarias e demais instituições públicas e privadas que atuam no Município uma ferramenta gerencial, de caráter informativo, que ofereça subsídios às comunidades na elaboração de propostas voltadas a superação de problemas ambientais e que agregue elementos à política ambiental do Município no desenvolvimento da Educação Ambiental. b) Órgãos responsáveis e parceiros institucionais

Deverá ser desenvolvido e administrado pela SMMA e SMEP. As demais instituições, que possuem ações em Educação Ambiental, deverão alimentar o Sistema com dados e informações de sua área de atuação, bem como as ONG’s, empresas e escolas. c) Atividades principais

• Definir equipe de trabalho para pesquisa, organização e alimentação do SMIA; • sensibilizar e informar as comunidades sobre o conjunto de conhecimentos produzidos na

região; • possibilitar o acesso livre da comunidade, para a pesquisa no SMIA, com a

disponibilização de terminais em todos os órgãos públicos; • divulgar o SMIA em todas as páginas de internet da administração municipal, bem como

na mídia local. d) Recursos necessários:

Necessita previsão de recursos para a aquisição de máquinas com seguinte configuração: • 01 Servidor com processador de, no mínimo, 1 GHz; • Memória RAM de 1 Gb; • Disco Rígido de, no mínimo, 160 Gb; • 01 Canal de Internet, de no mínimo, 512 Kbps;

Sistema operacional recomendado: Linux - Software livre, sem custos de licença.

e) Cronograma físico

Planejamento administrativo – 2 meses

• Composição da equipe • Definição de recursos • Definição de dados e informações

Desenvolvimento e programação – 4 meses

• Análise • Programação • Testes • Treinamento da equipe

Implementação do sistema – 1 dia Alimentação de dados – continua Liberação do sistema para consulta - continua

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10.2. FORMAÇÃO CONTINUADA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Contribuir para a formação de profissionais ativos, propositores, reflexivos e realimentadores do processo de desenvolvimento, que considerem os aspectos biogeográficos, sociais e culturais da região, na construção de suas ações. a) Metas

• Promover o aprofundamento metodológico das questões ambientais e educacionais, voltado à construção de práticas educativas de conservação de ambientes naturais, buscando o aprimoramento e a correta identificação dos problemas sócio-ambientais, no planejamento, execução e avaliação dos processos desenvolvidos.

• Instrumentalizar os técnicos das secretarias e as lideranças comunitárias e atualizá-los sobre as questões ambientais atuais do Município, a fim de qualificá-los para o desempenho das suas atividades e na assessoria aos grupos comunitários.

• Incluir a participação de representantes de escolas das três redes de ensino. b) Órgãos responsáveis e parceiros institucionais

Secretarias municipais e parcerias com as instituições de ensino superior, ONG’s e empresas. c) Atividades principais

• Contratar consultoria técnica especializada dirigida à formação dos profissionais das secretarias, com atuação em EA;

• realizar cursos com abordagens em recursos hídricos; degradação dos solos; contaminações por químicos; alterações nos meios de vida da população; perda da paisagem e patrimônio cultural, geração de resíduos, unidades de conservação, etc.;

• buscar a participação das universidades e empresas, como parceiros, na realização dos cursos de capacitação;

• multiplicar a formação, através de seminários, mini-cursos, oficinas aos os demais Grupos de Trabalho em Educação Ambiental; formados no Projeto Multiplicação de Gestão;

• estimular a participação dos professores, agentes comunitários e lideranças para desenvolverem instrumentos, metodologias e projetos de educação ambiental de forma articulada e interdisciplinar, voltadas para uma maior participação comunitária na reflexão e ação sobre a gestão ambiental da comunidade.

d) Cronograma físico Deverá ser planejado a partir da definição de recursos pelos órgãos administrativos, responsáveis pela execução. 10.3. MULTIPLICAÇÃO DE GESTÃO EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Este projeto visa promover interações mais complexas entre os profissionais dos diferentes segmentos da administração e destes com a comunidade, em planejamentos mais articulados.

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a) Metas

Promover ampla participação inter-setorial, em planejamentos articulados, na formatação de projetos e ações voltadas ao desenvolvimento da Educação Ambiental, bem como na execução dos projetos propostos neste Plano Ambiental. Deverá promover, também, a inclusão das representações comunitárias na formação de grupos de trabalho descentralizados, localizados na comunidade com a participação das ONGs e empresas. b) Órgãos responsáveis e parceiros institucionais Secretarias Municipais, ONG’s, associações de bairro, lideranças comunitárias, instituições de ensino superior, sob a coordenação da SMMA e SMEP. c) Atividades principais

• Criar Grupo de Trabalho em Educação Ambiental formado por representantes de todas as

Secretarias que estimularão a criação, capacitação e instrumentalização dos demais grupos, propostos a seguir;

• formar Grupo de Articuladores de Educação Ambiental, constituído por Professores, representando todas as escolas municipais, com o objetivo de multiplicar, na escola, a formação dos demais professores;

• estimular a formação de Grupos Comunitários de Educação Ambiental, localizados nas comunidades, formados por diferentes representações, capacitados pelos demais grupos, com o objetivo de ampliar a participação e a promoção de ações em Educação Ambiental;

• promover a integração de todos os grupos, através de encontros regulares, para formação, troca de experiências;

• desenvolver subprojetos para a definição de metas para cada Grupo de Trabalho formado. d) Cronograma físico A definição da equipe de planejamento poderá ser definida imediatamente, assim como o Grupo de Trabalho. As demais ações previstas serão definidas e executadas na seqüência. 10.4. DIFUSÃO DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Dar dimensão regional ao trabalho realizado pelo Município, no desenvolvimento da Educação Ambiental, promovendo a realização de fóruns locais, e de abrangência regional, com a participação de outros Municípios, fortalecendo o processo de construção das políticas públicas ambientais locais, bem como difundindo os avanços conquistados pelo Município na solução das questões ambientais com a intervenção dos processos educativos. a) Metas

• Organizar o Fórum Estadual de Educação Ambiental Comparada, com a participação de

outros Municípios, de ocorrência anual, com a finalidade de expandir os espaços de discussão promovendo a troca de experiências.

• Realizar Seminários Integradores locais (de ocorrência bimestral) e intermunicipais (de ocorrência semestral), promovendo ampla participação da comunidade.

• Estabelecer um ciclo de seminários, cursos e oficinas sobre diferentes temas ambientais.

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b) Órgãos responsáveis e parceiros institucionais

SMMA, SMEP e SMC, as instituições de ensino superior, CESUCA e IES, e empresas

privadas e ONGs. Outros Municípios deverão ser envolvidos em todas as etapas. c) Ações

• Definir grupo de trabalho a fim de operacionalizar a realização do Fórum Estadual e dos seminários preparatórios;

• integrar os Grupos de Trabalho em Educação Ambiental no planejamento e execução dos encontros propostos;

• oportunizar a realização dos encontros locais, em diferentes regiões do Município, a fim de possibilitar maior participação da comunidade;

• sensibilizar a comunidade sobre a importância da sua participação nos fóruns locais e em outras instâncias de discussão, visando o exercício da cidadania;

• promover ampla divulgação e visibilidade, na mídia local e regional, e nos portais digitais do Município, dos eventos programados e dos Programas em execução, bem como do Sistema Integrado de Informações Ambientais;

• buscar parcerias junto às empresas privadas e instituições públicas para a realização do Fórum Estadual, e divulgação dos trabalhos citados;

• estimular na comunidade a construção de propostas de trabalho em Educação Ambiental; • integrar as ações executadas pela comunidade ao Fórum Estadual de Educação

Ambiental. d) Cronograma físico

• Definir grupo de trabalho, planejamento do evento, identificação de parcerias e recursos: de imediato;

• realizar Seminários Integradores: 2008; • realizar Fórum: segundo semestre de 2008.

10.5. COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Educação Ambiental requer a democratização dos meios de comunicação e seu comprometimento com os interesses de todos os setores da sociedade. A comunicação é um direito inalienável e os meios de comunicação um canal privilegiado de educação, não somente disseminando informações em bases igualitárias, mas também promovendo intercâmbio de experiências, métodos e valores. a) Metas

• Promover a integração dos profissionais da área de comunicação, publicidade e marketing,

artes plásticas, cênicas e gráficas, visando à pesquisa e o desenvolvimento de novos formatos e linguagens para a informação ambiental, tanto na criação de material de apoio pedagógico aos projetos quanto para a programação visual e veiculação de notícias e informações na mídia digital e impressa.

• Realizar concursos de produção artística, gráfica, musical e cênica sobre a temática ambiental, amplamente divulgado na comunidade.

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b) Órgãos responsáveis e parceiros institucionais

SMMA, SMEP e SMC com parceria de empresas de comunicação locais e regionais, Universidades, ONG’s, empresas privadas, profissionais liberais e grupos de teatro e música. c) Atividades principais

• Formar equipe de planejamento da atividade; • buscar na comunidade, nas empresas, profissionais de comunicação para compor um

grupo de pesquisa e desenvolvimento da comunicação; • avaliar a produção de informação impressa já realizada no Município e agregar novas

metodologias buscando maior adequação na comunicação; • analisar a informação em placas de alertas e de orientação utilizadas pelo Município; • oportunizar a participação da comunidade no desenvolvimento da comunicação através de

concursos em todas as áreas de expressão. d) Cronograma de Execução

A definição da equipe de planejamento poderá ser imediata, com as demais etapas desenvolvidas na seqüência. 10.6. ASSESSORIA EM EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Prestar assessoria técnica e pedagógica a órgãos municipais, grupos comunitários, empresas comerciais, industriais e de comunicação, com vistas à elaboração e execução de projetos de Educação Ambiental e treinamento de pessoal. a) Metas

Formar equipe multidisciplinar de planejamento, estabelecendo a composição administrativa, técnica e operacional, para o desenvolvimento de propostas metodológicas de trabalhos em Educação Ambiental, com o objetivo de qualificar os projetos existentes e estimular o desenvolvimento de novos. b) Órgãos responsáveis e parceiros institucionais

SMMA e SMEP, em parceria com os demais órgãos pertencentes ao Sistema Municipal de Proteção Ambiental. c) Atividades principais

• Formar equipe multidisciplinar com profissionais de diferentes áreas de formação, pertencentes a Secretarias Municipais e integrantes de Grupos de Trabalho em EA;

• oportunizar cursos de capacitação aos profissionais da equipe; • divulgar a disponibilização deste serviço a organizações interessadas em EA.

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