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Constituição de sociedades como processo: Acto constitutivo Instituto Superior Bissaya Barreto Direito das Sociedades Comerciais

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direito das sociedades comerciaisato contitutivo

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Apresentao do PowerPoint

Constituio de sociedades como processo:

Acto constitutivo

Instituto Superior Bissaya Barreto

Direito das Sociedades ComerciaisO CSC regula alguns modos de constituio. O processo normal de constituio de sociedades a previsto desdobra-se em trs actos principais:

contrato de sociedade ( sujeito a forma especial, art.7CSC)

registo definitivo do contrato

publicao do contratoActo constitutivo

O normal acto constituinte das sociedades um contrato, sendo que o CSC fala muitas vezes de contrato de sociedade, art.3,4,7,9,16,18,19. Se durante muito tempo foi largamente controvertida a natureza do acto jurdico-privado plurissubjectivo constituinte da sociedade, hoje muito menor a controvrsia e reconhece-se geralmente a natureza contratual de tal acto.Trata-se de um contrato de fim comum e de organizao

- fim comum, pois temos a obteno de lucros distribuveis pelos scios

- organizao, pois o negcio faz nascer uma entidade estruturada orgnico-funcionalmente.

ContedoOs actos constituintes regidos pelo CSC ho-de conter certas menes e podem conter outras (no obrigatrias ou facultativas). O artigo 9 CSC fixa uma lista de menes obrigatrias gerais (para a generalidade das sociedadesm seja qual for o tipo.O processo complexo de constituioO CSC estruturou o processo tradicional de constituio das sociedades em trs momentos nucleares:

- acto constitutivo inicial reduzido a escrito (as assinaturas dos subscritores devem ser reconhecidas presencialmente);

- registo definitivo- publicao

O acto constitutivo inicial seja qual for a sua natureza jurdica ergue o esqueleto da entidade/sociedade comercial. Em regra, o propsito de constituir uma sociedade comercial assenta num acordo em que duas ou mais pessoas se obrigam a contribuir com bens ou servios para o exerccio em comum de certa actividade econmica, que no seja de mera fruio, a fim de repartirem os lucros resultantes dessa actividade, 980CC. Tendo as partes decidido exercer em comum uma actividiade comercial, devem adoptar um dos tipos previstos no CSC, art.1/3 CSC.

Contedo do contrato?Regime das relaes dos scios com terceiros antes da celebrao do contrato de sociedadeArtigo 36 Relaes anteriores celebrao do contrato de sociedade

1 Se dois ou mais indivduos, quer pelo uso de uma firma comum quer por qualquer outro meio, criarem a falsa aparncia de que existe entre eles um contrato de sociedade respondero solidria e ilimitadamente pelas obrigaes contradas nesses termos por qualquer deles.2 Se for acordada a constituio de uma sociedade comercial, mas, antes da celebrao do contrato de sociedade, os scios iniciarem a sua actividade, so aplicveis s relaes estabelecidas entre eles e com terceiros as disposies sobre sociedades civis.

Regime das relaes da sociedade com terceiros no perodo compreendido entre a celebrao do contrato de sociedade e o registo definitivo (38 a 40 CSC)Sociedade em nome colectivoSociedade em comandita simplesSociedade Annima, Sociedade por quotas e sociedade em comandita por acesPelos negcios realizados em nome desta, com o acordo expresso ou tcito de todos os scios, respondem ilimitada e solidariamente todos os scios, presumindo-se o seu consentimento.Se, eventualmente, os negcios realizados no tiverem tido autorizao por todos os scios, respondem pessoal e solidariamente aqueles que os realizaram e autorizaram, 38/1 e 2.Pelos negcios realizados em nome desta, respondem pessoal e solidariamente todos os scios comanditados, sendo que o consentimento deste se presume. Se o scio comanditrio consentir comeo das actividades sociais, 39/1 e 2, fica sujeito mesma responsabilidade.Pelos negcios no autorizados, respondem pessoal e solidariamente quem os trenha realizado e os scios comanditaos que os tenham autorizado, 39/3.Pelos negcios realizados em nome destas, respondem ilimitada e solidariamente todos os que no negcio agirem em representao dela, bem como os scios que tais negcios autorizem. Os restantes scios respondem at s importncias das entradas a que se obrigaram, acrescidas das importncias que tenham recebido a ttulo de lucros ou de distribuio de reservas, 40/1.Artigo 40 Relaes das sociedades por quotas, annimas e em comandita por aces no registadas com terceiros

1 Pelos negcios realizados em nome de uma sociedade por quotas, annima ou em comandita por aces, no perodo compreendido entre a celebrao do contrato de sociedade e o seu registo definitivo, respondem ilimitada e solidariamente todos os que no negcio agirem em representao dela, bem como os scios que tais negcios autorizarem, sendo que os restantes scios respondem at s importncias das entradas a que se obrigaram, acrescidas das importncias que tenham recebido a ttulo de lucros ou de distribuio de reservas.

2 Cessa o disposto no nmero precedente se os negcios forem expressamente condicionados ao registo da sociedade e assuno por esta dos respectivos efeitos.Regime das relaes entre os scios antes do registo Artigo 37 Relaes entre os scios antes do registo1 No perodo compreendido entre a celebrao do contrato de sociedade e o seu registo definitivo so aplicveis s relaes entre os scios, com as necessrias adaptaes, as regras estabelecidas no contrato e na presente lei, salvo aquelas que pressuponham o contrato definitivamente registado.2 Seja qual for o tipo de sociedade visado pelos contraentes, a transmisso por acto entre vivos das participaes sociais e as modificaes do contrato social requerem sempre o consentimento unnime dos scios.Registo do contrato de sociedadeInvalidades do contrato socialInvalidades antes do registoInvalidades depois do registoNos termos do artigo 41, no perodo anterior ao registo definitivo do contrato de sociedade, seja qual for o tipo de sociedade em causa, a invalidade do contrato rege-se pelas disposies aplicveis aos negcios jurdicos nulos ou anulveis. Excepes?a)em matria de consequncias jurdicas da declarao de nulidade e da anulao remete para o 52(41/1);b) a invalidade resultante de vcio da vontade ou de usura s oponvel aos demais scios, 41/2.a)Nas sociedades pessoais sociedade em nome colectivo e sociedade em comandita simples so fundamento de invalidade do contrato, alm dos vcios do ttulo constitutivo, as causas gerais de invalidade dos negcios jurdicos segundo a lei civil, art.43/1. Este artigo admite um elenco no taxativo de vcios invocveis.b)Nas sociedades de capitais SA, SQ e comandita por aces efectuado o registo definitivo do contrato de sociedade o art.42 apresenta uma enumerao taxativa das causas de nulidade do contrato de sociedade.A invocao de vcios constantes do apertado elenco deste artigo no conduz necessariamente invalidade do contrato de sociedade. Pois na sequncia do n2 apresenta os que so sanveis, sendo que no caso de o vcio ser sanvel a aco de declarao de nulidade do contrato de sociedade no pode ser proposta antes de decorridos 90 dias sobre a interpelao da sociedade para sanar o vcio. Outros dos desvios importantes ao regime geral da nulidade dos negcios jurdicos, 286CC, tm que ver com a aco de declarao de nulidade do acto constituinte das sociedades de qualquer tipo registadas. A legitimidade para intentar a mesma est prvista no art.44/1 e 2 CSC. Sendo que o prazo para a intentar de trs anos a contar do registo, art.44/1, sendo que o MP a pode intentar a todo o tempoVcios parciais e a invalidade do actoAntes do registoDepois do registoA invalidade das singulares declaraes negociais rege-se pelas disposies da lei civil aplicveis s declaraes nulas ou anulveis, art.41/1 CSC. Havendo a declarao de nulidade ou a anulao de uma das declaraes negociais, operar-se- uma reduo do negcio jurdico se se cumprirem os pressupostos definidos pelo 292CC. Realizada a reduo do negcio jurdico, conserva-se o contrato de sociedade entre os restantes contraentes.Porm, apenas a invalidade decorrente de incapacidade oponvel tanto sociedade como a terceiros. Ou seja, o incapaz pode exigir da sociedade o que a ela tenha prestado e pode eximir-se da eventual responsabilidade perante credores sociais.Agora, a invalidade resultante de vcio de vontade ou de usura s sociedade oponvel o que significa que ele no pode eximir-se a uma eventual responsabilidade perante credores sociais, podendo contudo exigir da sociedade o que a ela tenha prestado e o que tenha desembolsado para pagar dividas sociais, 41/2.Aqui h a considerar desvios ao regime civil para as declaraes negociais viciadas. Tambm aqui temos que fazer distines quanto ao tipo:a)sociedades de capitais atendemos ao disposto do art.45, que nos diz que a participao de scio enganado, coagido ou vtima de usura no pode ser anulada, nem anulado por isso, pode ser o contrato. Ele tem o direito de se exonerar, de sair da sociedade e receber o valor real da participao social.No que toca aos incapazes, olhemos para o n2 que nos diz que a incapacidade de um dos contraentes torna o negcio jurdico anulvel relativamente a ele. Sendo anulada a sua declarao, ele tem o direito de reaver o que prestou e no pode ser obrigado a completar a sua entrada, art.47.b)sociedades pessoais regime , no seu essencial, idntico ao previsto no CC. Olhemos para o artigo 46Consequncias da invalidade do acto?Artigo 52 Efeitos da invalidade

1 A declarao de nulidade e a anulao do contrato de sociedade determinam a entrada da sociedade em liquidao, nos termos do artigo 165o, devendo este efeito ser mencionado na sentena.2 A eficcia dos negcios jurdicos concludos anteriormente em nome da sociedade no afectada pela declarao de nulidade ou anulao do contrato social.3 No entanto, se a nulidade proceder de simulao, de ilicitude do objecto ou de violao da ordem pblica ou ofensa dos bons costumes, o disposto no nmero anterior s aproveita a terceiros de boa f.4 A invalidade do contrato no exime os scios do dever de realizar ou completar as suas entradas nem to-pouco os exonera da responsabilidade pessoal e solidria perante terceiros que, segundo a lei, eventualmente lhes incumba.5 O disposto no nmero antecedente no aplicvel ao scio cuja incapacidade foi a causa da anulao do contrato ou que a venha opor por via de excepo sociedade, aos outros scios ou a terceiros.FimAntnio Gonalo Carvalho n2883