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COMPRAS, NEGOCIAÇÃO, VAREJO, SUPERMERCADOS, REDES DE COOPERAÇÃO, CENTRAIS DE NEGÓCIOS, PRODUTOS, EQUIPAMENTOS.TRANSCRIPT
Como negociar com fornecedores de
produtos em supermercados
Sebastião Barroso Felix
TeoriaComprar produtos de supermercados hoje, tornou-se uma tarefa extremamente fácil, pois a quantidade de fornecedores e produtos é muito superior a capacidade de compras das lojas.
PráticaPorém, a pulverização trouxe para o meio, elementos até então pouco conhecidos e que precisam ser trabalhados pelos varejistas.
Compra para supermercados: Teoria e Prática
Comprar para vender ou vender para comprar?
Qual o objetivo do varejista?
Qual o objetivo do fabricante, atacadista ou distribuidor?
Qual a ótica atual de compras do varejo moderno?
Todos os fornecedores têm como objetivo maximizar as vendas e os lucros de suas marcas e de seus produtos. O que é naturalmente
correto, justo e honesto.
Todos os varejistas têm como objetivo maximizar as vendas e os
lucros de suas categorias de produtos
e da loja como um todo. O que é naturalmente correto,
justo e honesto.
Objetivos de Venda dos Fornecedores
Objetivos de Venda dos Varejistas
Apesar de todo o esforço entre fornecedores e varejistas para diminuir a distância entre os seus objetivos no
processo de compra e venda, na prática, ainda há muito o que melhorar
nessa relação. Fornecedores e Varejistas precisam aproximar seus
objetivos.
Enquanto o fornecedor busca maximizar a venda das suas marcas e
produtos, de forma legítima e honesta, o varejista busca maximizar a venda de suas categorias de produtos e da loja
como um todo. Temos, portanto, visões diferentes para o
mesmo objetivo.
Objetivos de Venda dos Fornecedores
x Objetivos de Venda dos
Varejistas
Atributos Atacadista Distribuidor
Tipo de produto Oportunidade Reposição
Preço Menor Maior
Serviços Nenhum Algum
Negociação + Fechada + Aberta
Prazo Menor Maior
Promoção/Desconto Volume Mix/Marca
Verbas promocionais Inexistente Existente
Trocas Não Sim
Variedade Maior Menor
Sortimento Menor Maior
Qualificação do Vendedor Menor Maior
Diferença entre a oferta de produtos de
atacadistas e distribuidores
Atributos Vantagens
Produtos destino A
Produtos não-destino
D
Variedade A
Sortimento D
Prazo D
Produtos que geram troca
D
Promoção D
Descontos/Volume A
Campanhas Sazonais D
Serviços D
Pós-venda D
Atendimento D
Garantia de Reposição
D
Vantagens de comprar de Atacadistas e Distribuidores
Atacadistas • Preço• Variedade
Distribuidores • Sortimento• Política de Comercialização• Serviços
Vantagens competitivas de
Atacadistas e
Distribuidores
Os produtos de troca representam
em média 1% do faturamento
mensal da loja.
Desse volume o varejista consegue
recuperar em média 50% (metade).
O restante é perda real.
Produtos que geram trocas, com diferenças de
preços de até 1%, devem ser comprados de
Distribuidores ou Fabricantes
Faturamento:.................................................... R$ 100.000,001% de Troca:..................................................... R$ 1.000,0050% de Perdas:............................................... R$ 500,00EM UM ANO:....................................................... R$ 6.000,00
Exemplificando
• Foco no volume de compras de
cada cliente • Maior ênfase no momento
presente• Posicionamento estratégico de
preço• Foco no mix e marcas exclusivas
que cada cliente compra • Maior ênfase na relação de longo
prazo• Posicionamento estratégico de
diferenciação, através da prestação
de serviços ao varejo
Estratégias de comercialização dos Atacadistas
Estratégias de comercialização
dos Distribuidores
Comprar o que se vende e não vender o que se compra O mix de produtos deve ser definido em função dos consumidores e não da loja ou de fornecedores
Promoções e ofertas devem ser planejadas e subsidiadas pelos fornecedores, jamais pelo varejista
Privilegiar a venda pessoal
Gerenciar as compras dos produtos de cada categoria como se fossem unidades estratégicas de negócios
Definir os parâmetros de negociação para introdução de novos fornecedores ou produtos
Negociação de promoções e ofertas sazonais devem ser feitas separadamente das negociações de reposição
Estratégias adequadas de compras
Definir os dias da semana de compra (máximo três – ideal dois)
Definir o tempo máximo de atendimento (controle interno)
Atender os vendedores por ordem de chegada, sem exceções
Criar procedimento para a efetivação de compra: relação de trocas, ofertas, campanhas especiais ou sazonais...
Separar a negociação de compra de reposição, da negociação de introdução de novos produtos ou promocionais
Dicas para uma boa negociação de compra
Não introduzir novos fornecedores ou produtos na primeira negociaçãoNegociar a introdução de novos fornecedores e
produtos por parte: preço, desconto, bonificação, ações promocionais, trocas,
entrega, forma de pagamento e finalmente o prazoSomente introduzir produtos que representam
novas opções para os clientes (melhoria do mix)
A introdução de novos produtos deve representar benefícios para os clientes e a
lojaO momento da introdução de produtos ou
fornecedores é o mais importante de todo o processo de negociação de compra e venda
entre lojista e fornecedor
Dicas para Introdução de Produtos/Fornecedores
Definir três fornecedores em média para cada
categoria ou sub-categorias de produtos
Definir espaço de área de vendas com
tamanho diferenciado para cada fornecedor
dentro de cada categoria ou sub-categoria e
alterá-los periodicamente de acordo com o seu
interesseUsar os preços praticados pelos seus
concorrentes como parâmetro para melhorar
os preços de compra dos produtosNegociar sempre preços ligeiramente menores
do que os praticados na última negociação (-
R$ 0,01 - 0,03 - 0,05...)
Como comprar bem
Compras de reposição automáticaProcesso de compras, onde os fornecedores previamente cadastrados, realizam o levantamento de faltas e fazem a sugestão de vendas Vantagens Maior agilidade no processo de compras Relação com fornecedores mais harmoniosa Maiores benefícios promocionais relativos Menor volume de faltas (cortes)
As diferentes formas de compras
Desvantagens Os preços dos produtos tendem a ser maiores O volume total de compras tende a ser maior Os descontos tendem a ser menores Menor controle na introdução de novos produtos Necessidade de maior acompanhamento do varejista
Vantagens Os preços tendem a ser menores Os cortes tendem a ser menores Relação com os fornecedores mais amistosa Maior controle na introdução de novos produtos Conhecimento das vantagens competitivas de cada um
Desvantagens Maior tempo no processo de compra Menor número de empresas fornecedoras envolvidas Abandono por parte de determinados fornecedores
Compras por cotação de preçosTomada de preços de produtos com mais de um fornecedor, visando a compra de mercadorias com preços menores
Compras por leilão de preçosTomada de preços de produtos com vários fornecedores simultaneamente, visando conseguir o menor preço entre todos elesVantagens Sistema de compra que apresenta maior rapidez Maior controle na introdução de novos produtos Maior número de empresas participantes
Desvantagens Maior corte de produtos (faltas) Os preços tendem a ser maiores do que poderiam ser Relação menos harmoniosa com os fornecedores
Sobre os produtos Conhecer os preços de aquisição dos produtos Conhecer todas as fontes possíveis de abastecimento Importância dos produtos para a loja(destino/não-destino) Preços e fontes de abastecimento de produtos similares Política de comercialização das diversas fontes de abastecimento dos produtos e seus similares
Sobre os concorrentes e o mercado Preços praticados pelos concorrentes dos produtos e seus similares Nível de oferetas/promoções dos produtos e similares Aceitação dos produtos pelo mercado consumidor
Informações importantes na hora da negociação
Se fizermos a análise de uma loja com cerca de 5.000 itens,
que a loja possui 10 unidades de produtos de cada item
e que o custo médio dos produtosdela seja de R$ 2,50 teremos:
5.000 x 10 = 50.00050.000 x 10% = 5.000
5.000 x R$ 2,50 = R$ 12.500,00
Cerca de 10% dos produtos em supermercados não vendem
Promovê-los e livrar-se deles o mais rápido possível Substituí-los por outros produtos similares Substituí-los por produtos de outras categorias Não persistir no erro. Erra uma vez é humano, errar duas vezes é....
O que fazer com os produtos que não vendem
Atividade
Quais as três maiores dificuldades do varejista na hora de comprar?
Em grupo de 03 pessoas relacionar essas dificuldades.
Estabelecer como objetivo da loja maximizar a venda e o lucro de cada categoria e deixar isso claro aos fornecedores
Analisar em cada categoria, quais produtos e marcas de cada fornecedor poderá maximizar a venda e o lucro dela como um todo e negociá-los com os respectivos fornecedores, oferecendo-lhes a devida parceria
Definir as ações promocionais a partir do mesmo princípio - maximizando a venda e o lucro de cada categoria, definindo as parcerias Privilegiar o espaço de área de vendas da loja dentro da mesma ótica - maximizando a venda e o lucro de cada categoria, definindo as parcerias
Como desenvolver parceria com fornecedores
Deve ser amplo suficiente para atender as diversas necessidades dos consumidores: alimentação, higiene pessoal, beleza, limpeza de casa...
Deve oferecer alternativas de consumo para os diversos perfis de renda (classes A/B/C/D/E)
Deve conter produtos com margens diferenciadas e que proporcionem equilíbrio na formação da margem de lucro da loja
Premissas básicas da definição do mix de
produtos de um Supermercado
Estabelecer como objetivo da loja maximizar a venda e o lucro de cada categoria de produtos
Definir a variedade e o sortimento das categorias da loja, levando em conta o perfil dos clientes, a localização da loja, os hábitos de consumo e as tendências de mercado e as necessidades não atendidas daquele mercado
Analisar o mix de produtos dos concorrentes (pontos fracos e fortes), diferenciais competitivos
O mix de produtos deve ser definido em função dos consumidores e não da loja ou de seus fornecedores
Como definir o mix de produtos ideal
Exemplo de sortimento inadequado de produtos
Produtos Valor
Extrato de tomate marca A
190 grs
Extrato de tomate marca B
190 grs
Extrato de tomate marca C
190 grs
Extrato de tomate marca D
190 grs
R$
1,35
R$
1,39
R$
1,39
R$
1,45
Exemplo de sortimento ideal de produtos
Produtos Valor
Extrato de tomate marca A
190 grs
Extrato de tomate marca B
190 grs
Extrato de tomate marca C
190 grs
Extrato de tomate marca D
190 grs
R$
0,99
R$
1,39
R$
1,89
R$
2,09
Deve ser planejada
Ter prazo de execução Ser totalmente técnica
Deve ser centralizada
As compras administrativas e de insumos
devem ter critérios
Qualidade do material Qualidade de impressão Quantidade em unidade Quantidade em kg Quantidade em metros Gramatura e espessura do material Capacidade (litragem) Tamanho (largura, comprimento)
Sacolas Micagem(espessura da embalagem), Quantidade Bobinas Qualidade do papel, Metragem (22m)Cartuchos – Tonner Qualidade da tinta, Quantidade (em ml)
Aspectos técnicos das compras administrativase de insumos
01 carreta de sacolas plásticas no valor de R$ 120.000, pode
apresentar diferenças de 6% no valor, o que representa
uma perda de R$ 7.200,00 Uma bobina de PDV vendida como se tivesse
22 metros, se tiver efetivamente 18 metros, equivale a uma
perda de 18, 2%Os valores relativos as compras
administrativas e insumos representam custos
O custo é igual unha, se não cortar cresce.
Exemplo de perda com
insumos
A compra de equipamentos deve ser extremamente técnica. Existe no
mercado uma infinidade de marcas/tamanhos/tipos de
materiais/ consumo de energia/garantias...NÃO É POSSÍVEL COMPARAR
MELANCIA COM ABÓBORA
Cuidados a serem observados na compra de equipamentos para a loja
Verificar espessura da chapa – quanto maior o número mais fina e portanto, menos resistente.
Verificar quantidade de prateleiras. O padrão do mercado é base + 4, entretanto, insuficiente
para fazer uma boa exposição. Se as prateleiras forem compradas separadamente
ficam mais caras. Ao comprar acessórios como: cestos, ganchos, barras e vasoureiros, desconsiderar o valor
referente a quantidade de prateleiras e braços do valor total.
Verificar altura do equipamento, pois qualquer diferença no tamanho, irá representar
diferença no valor total.Verificar tamanho dos módulos e considerar o
preço por M linear.Verificar a largura das prateleiras centrais e da base. Larguras diferentes apresentarão preços
de custos diferentes.
Dicas para comprar gôndolas
Verificar consumo de energia
Tempo de garantia do equipamento
Assistência local, estadual e nacional
Assistência própria ou terceirizada
Dicas para comprar equipamento de refrigeração
O que é mais vantajoso para o
varejista?1. Comprar um novo carrinho de
compras ou2. Reformá-lo 6 vezes com o mesmo
investimento
O que é melhor para o varejista?
Comprar uma máquina de refrigeração que custa R$ 10.000,00
Comprar uma máquina de refrigeração que custa R$ 5.000,00
Detalhe:A máquina 1 consome 2000 kw mês e
tem 01 ano de garantia
A máquina 2 consome 2200 kw mês e tem 01 ano de garantia
Dicas para comprar equipamento de refrigeração
Criar um motivo e apresentá-lo aos
fornecedores
Apresentar expectativas de aumento de vendas da loja, de alguma categoria específica e talvez dos produtos e marcas do fornecedor
Oferecer vantagens compensatórias temporárias aos fornecedores participantes: panfleto, ponta de gôndola...
Deixar claro que as ações promocionais serão implementadas com a participação ou não de determinados fornecedores
Separar a negociação de verbas, descontos e bonificações das compras de reposição
Como negociar ações promocionais, bonificações, descontos e maiores prazos
Negociar produtos concorrentes para oferta, promoção, pontas de gôndolas, pontos-extras...
Falar para os fornecedores valores ou formas de participação de seus concorrentes – o segredo é a alma do negócio
Não parcelar ou deixar para receber o benefício após o evento
Negociar espaço de área de vendas
por tempo ilimitado
Atrelar benefícios a serem recebidos
à volume de compras
O que deve ser evitado na negociação de verbas,
bonificações, descontos e maiores prazos
A melhor qualidade
A melhor oferta
O menor preço
O melhor prazo
A melhor margem
O preço igual
O investimento x histórico de compras
Principais argumentos de negociação dos fornecedores
Menor margem (10% e 15%)
Maior espaço (share = espaço)
Produto consignado
Troca de produtos perecíveis
Troca de produtos não perecíveis
Erros comuns dos fornecedores a serem evitados
Quantidade/volume de produtos
Reposição de produtos sem giro
Cópia do pedido com quantidade de produtos, preços e valor total. Além dos descontos, bonificações e prazo
negociadosCuidado com as famosas “bolas” aos funcionários
Quantidade/volume comprado x quantidade recebida
Preços negociados x preços efetivos
Marca/sabor/aroma dos produtos comprados x recebidos
Cuidados a serem observados pelos varejistas na efetivação de
compra/recebimento
Negociar e receber a bonificação em produtos que já comercializa na loja,
quando não se tratar de verba de introdução
Atentar para que os produtos recebidos como bonificação ou pagamento de
verbas promocionais estejam com os mesmos
preços dos produtos faturados normalmente
Observar para que os descontos recebidos sejam “reais”Quando negociar qualquer benefício
para loja, faço-o em quantidade de produtos, jamais em valores ou
descontos
Cuidados a serem observados pelos varejistas na negociação
e recebimento de bonificações, descontos e verbas promocionais
Pedir sempre descontos, pois todos os fornecedores têm. Faz
parte da estratégia de comercialização de qualquer
empresaPara descobrir o desconto
possível, negocie o preço do produto a vista. Muitos
fornecedores oferecem prazo no preço a vista
Se descobrir o percentual máximo de desconto possível, não hesite
em pedi-lo ao fornecedor em todas as suas compras
Dicas de como comprar por um preço menor
Atividade
O que é uma boa negociação para o varejista?
Em grupo de 3 pessoas relacionar os três atributos considerados maisimportantes.
Oportunidades de negociar verbas com fornecedores Verba de combate
Valor fixo pago pelo fornecedor do produto que apresenta preço inferior na empresa varejista concorrente. Ainda pouco usado pelos pequenos varejistas, entretanto a prática se mostra de grande utilidade no processo concorrencial e de manutenção das margens originais de comercialização.
Preço margem zero
Desconto de 5% sobre o preço promocional do concorrente. Muito usado pelas grandes redes varejistas, como forma de evitar preços promocionais dos concorrentes muito diferentes daqueles praticados por ele.
Troca zero
Valor fixo mensal ou percentual sobre as compras como reserva técnica para cobrir os custos de eventuais trocas. Prática com bons resultados para varejistas e fornecedores. Evita os inconvenientes do sistema de troca tradicional, aumenta o grau de confiança entre as partes e favorece o fornecedor na mensuração e controle das despesas com trocas.
Verba de distribuição
Valor fixo mensal ou percentual de desconto sobre as compras, para cobrir os custos de distribuição para as lojas. Sistema muito usado pelas empresas que possuem centros de distribuição. Prática considerada muito justa pela maioria dos fornecedores.
Verba de EDI financeiro
Valor cobrado dos fornecedores, referente ao custo de implementação do EDI – Eletronic Data Interchange. Prática usada pelas grande redes por ocasião da implantação do EDI. É uma forma de compensar o varejista pelo investimento feito na tecnologia e pela redução de custos provocada ao fornecedor.
Verba de fidelidade
Valor fixo mensal ou percentual pago sobre as compras pelos fornecedores como garantia do escoamento de sua produção. O pequeno varejo não tem se utilizado dessa ferramenta de negociação, apesar de representar muitas vezes o único canal de distribuição de determinados fornecedores, principalmente as indústrias regionais.
Verba incondicional
Percentual cobrado sobre as compras de todos os fornecedores. Forma de negociação muito usada por grandes redes varejistas como forma de criar e manter um fundo promocional. Essa prática garante aos grandes varejistas a cobertura de todos os investimentos em marketing da empresa.
Verba de quebra
Valor cobrado dos fornecedores, a título de contribuição, para compensar os resultados negativos de vendas de determinadas categorias ou produtos da loja, ou simplesmente por que as metas de vendas não foram alcançadas.
Verba de inauguração do concorrente
Desconto nos preços dos produtos para competir com a loja concorrente inaugurada na área de influência da loja. Pode ser cobrado tanto dos fornecedores, cujos produtos estão sendo promocionados pelo concorrente como dos fornecedores de produtos concorrentes aos dos produtos ofertados pela loja inaugurada.
Verba de crescimento
Prêmio cobrado dos fornecedores, cujo o volume de compras ficou acima do esperado. Prática muito salutar e de interesse do fornecedor, entretanto é necessário que o varejista e o fornecedor defina a meta de compras e o valor do prêmio.
Verba de inauguração
Contribuição, através de bonificações ou descontos de todas as empresas varejistas para inauguração de nova loja. É a prática mais usual entre todas, pelas redes nacionais, regionais e locais, entretanto ainda pouco explorada pelos pequenos varejistas.
Verba de reforma
Valor cobrado dos fornecedores destinados a ajudar na reforma das lojas antigas. Verba importante para ambas as partes, afinal a loja reformada tenderá a vender mais, o que garantirá aumento de vendas também para o fornecedor.
Verba de reinauguração
Valor ou percentual sobre as compras cobrado dos fornecedores para reinauguração da loja. Geralmente após a reforma das lojas. Essa forma de negociação tem a mesma importância para ambas as partes que as verbas de inauguração com a única diferença que os valores envolvidos tendem a ser menores.
Verba de aquisição
Desconto solicitado pelo varejista sobre valores referentes a dívidas que tem com o fornecedor. Prática muito usada por ocasião de aquisição de nova loja e cujas dívidas foram assumidas pelo varejista.
Troca de bandeira
Verba cobrada do fornecedor para mudar bandeira de marcas. Sistema muito usado pelas grandes marcas de varejo e marcas de produtos líderes de mercado. Ainda pouco usado no varejo brasileiro, exceto por alguns segmentos de mercado como o de bebidas e de combustíveis.
Desconto financeiro
Desconto concedido por pagamento em dia ou antecipado. Muito usado na varejo por todos os tamanhos de lojas, principalmente para pagamentos antecipados ou a vista. Prática bem aceita por varejistas e fornecedores. Os ganhos marginais são bons para todos.
Tablóide
Verba de publicidade cooperada entre os fornecedores participantes da ação de marketing. Bastante usado no varejo brasileiro, tanto por iniciativa do varejista como pelos próprios fornecedores. Mais ainda restrita a alguns varejos cujos volumes de vendas são pequenos. Dar excelente resultado para varejistas e fornecedores participantes.
Verba de aniversário
Verba para comemoração do aniversário da rede/loja. Usado com bastante intensidade pelas redes médias ou grandes lojas independentes.
Introdução de item
Verba destinada a cobrir os custos de introdução de novos itens pelos fornecedores. Bastante utilizada por médias e grandes redes, entretanto ainda mal vista por alguns fornecedores. Essa prática de negociação deve nos próximos anos fazer parte da introdução de qualquer item novo na loja, será cada vez mais comum exigir isso do fornecedor.
Colocação de promotor
Verba destinada ao pagamento de promotor exclusivo do fornecedor na loja, quando este não tiver. Muito usado no varejo moderno. Bons resultados para varejistas e fornecedores. Essa prática garante de um lado a venda dos produtos da marca do fornecedor e de outro uma redução no custo operacional da loja.
Porcentagem sobre a compra anual
Desconto em função do volume de compras anual de cada fornecedor. Usado mais por grande redes locais e regionais. Essa forma de relação comercial tem crescido muito nos últimos anos. É uma forma de compensar o varejista pelo grau de fidelidade e pela garantia do volume de produção e venda do fornecedor.
Compra de ponta de gôndola
Verba destinada a compra de ponta de gôndola da loja para exposição em local privilegiado por determinado tempo. Interessante para ambas as partes, mas deve ser evitada pelo varejista, se o produto objeto de negociação não agregar valor à loja e a suas promoções.
Verba promocional
Valor solicitado em função do volume/valor vendido pela loja. Ação ainda restrita a poucas negociações da loja e na maioria dos casos por iniciativa do fornecedor. O varejista ainda não acordou para esse tipo de negociação, talvez por desconhecer a possibilidade e achar que os fornecedores não estão dispostos a investir neste tipo de ação.
Enxoval
Fornecimento gratuito de produtos. Geralmente por ocasião de introdução ou manutenção de espaço de área de vendas da loja. Também usado por alguns fornecedores para prestigiar lojas novas.
Prazo e desconto para inauguração de loja
Ampliação do prazo médio de pagamento e concessão de desconto em função de inauguração de uma nova loja. Tipo de ação usada principalmente pelas redes regionais como forma de melhorar o fluxo de caixa.
Ação de marketing
Verba destinada a ações promocionais específicas. Utilizada todos os dias em todos os quantos do país por todos os tipos e tamanhos de varejos. Tipo de ação preferida por distribuidores.
Racionalização de fornecedores
Valor cobrado para permanência do fornecedor na linha de produtos vendidos pela loja. Ação que deve ser usada periodicamente, pelo menos a cada ano. É uma forma lucrativa de eliminar os produtos da loja que não giram.
Sorteio de prêmios
Ação de doação de prêmios, vinculada a volume de compras, para sorteio entre os clientes da loja que adquirerem produtos da marca do fornecedor, como forma de alavancar as vendas. Muito usado pelo pequeno varejo e com bons resultados para ambos. Ação feita geralmente por iniciativa do fornecedor.
Premiação de final de ano
Verba solicitada pelo varejista aos principais fornecedores, para aquisição de prêmios (geralmente eletrodomésticos) para sorteios entre os clientes que comprarem no mês de dezembro. Ação muito utilizada por pequenos varejos de todas as regiões do país. A maioria dos fornecedores já conta com esse tipo de solicitação no final de ano.
Ponto-extra
Verba solicitada pelo varejista para concessão de espaço na loja para a exposição de produtos do fornecedor durante algum tempo (recomenda-se não ultrapassar 30 dias). Ação utilizada há muito tempo pelas grandes e médias redes, mas que começa a ser usada também pelo pequeno varejo, principalmente das grandes cidades.
Verba de produtos sazonais
Valor cobrado para introdução/exposição de produtos sazonais como ovos de páscoa, brinquedos, panetones, produtos de festa junina, entre outros. Utilizado pelas grandes e médias redes de todo o Brasil. Forma de negociação com bons resultados para ambos os lados.
Conclusão...
Comprar bem é mais difícil e complexodo que muitos varejistas imaginam e oconhecimento sobre as estratégias e táticasusadas pelos fornecedores é fundamental.
Programação
1.Workshop
“Como negociar com fornecedores de produtos em supermercados” – 04 horas.
O objetivo é sensibilizar os participantes e permitir um maior conhecimento sobre o assunto, além de mostrar as inúmeras possibilidades de diminuir o CMV e aumentar o lucro da loja.
2. Consultoria sobre padronização de mix de produtos Levantamento de fornecedores e mix de produtos de cada uma das lojas para definição de uma “cesta única de produtos” (aproximadamente 500 itens), levandoem conta o perfil de clientes, a localização das lojas e os concorrentes – (02 horas por loja + 08 horas de análise interna + 04 horas de discussão/reunião em grupo).
Essa ação dará uma maior uniformidade à rede com relação à oferta de produtos, possibilitará uma percepção mais positiva por parte dos clientes e ainda aumentará o poder de barganha nas negociações com fornecedores.
3. Consultoria de gestão e padronização dos preçosLevantamento de preços de custo e mark ups da “cesta única de produtos” das lojas para posterior orientação e padronização dos preços aos consumidores finais (aproximadamente 500 itens) – (04 horas por loja + 08 horas de análise interna + 04 horas de discussão/reunião em grupo).Essa estratégia fortalecerá a imagem da rede, aumentará sua capacidade competitiva e sua rentabilidade.