apresentação o pensamento pedagógico romano

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Por serem ambas, Roma eGrécia, sociedades escravistas, o trabalhomanual era desvalorizado, enquanto ointelectual constituía privilégio daaristocracia; a única a desfrutar de taisprivilégios. Os educadores então buscamformar o Homem racional capaz de pensarcorretamente e se expressar de formaconvincente,

Era uma sociedade composta por grandesproprietários que monopolizavam o podere por plebeus que apesar de livres eramexcluídos do poder,

O poder do Império construido pelos romanos foi tão grande que até os dias de hoje é uma referencia para os povos Ocidentais,

Através de conquistas impuseram o latim a numerosas províncias,

Os educadores buscavam formar o homem racional, capaz de pensar corretamente e se expressar de forma convincente,

Na época áurea do Império, existia um sistema de educação com três graus de ensino:

- As escolas do ludi-magister – educação elementar;

- As escolas do gramático – ensino secundário;

- Os estabelecimentos de educação superior, que iniciaram com a Retórica e seguidos do ensino do Direito e da Filosofia, espécie de universidade,(estas só surgiram na Idade Média).

Seus estudos eram essencialmente

humanista,

Os romanos queriam universalizar a sua

humanitas, o que acabaram por conseguir

através do cristianismo.

humanitas ( tradução de paidéia) cultura

geral que transcende os interesses locais e

nacionais.

A Humanitas restringiu-se aos estudos das

letras, descuidando-se das ciências.

A humanitas era dada na escola do “gramático”, queseguia as seguintes fases

• Ditado de um fragmento do texto, a título de exercício ortográfico;

• Memorização do fragmento;

• Tradução do verso em prosa e vice-versa;

• Expressão de uma mesma ideia em diversas construções;

• Análise das palavras e frases;

• Composição literária.

A praticidade do processo educativo romano inicia-se desde os temposmais remotos, na educação doméstica, em que a vida familiar serve deprincipal instituição. Nesse processo, a criança recebe a máximareverência, dentro das exigências de uma educação austera, que visaformá-la no amor à pátria e no culto aos deuses. O processo elementarvisará formar nela a piedade, a honestidade e a austeridade.

O jovem romano integra-se no processo educativo a partir da vidadiária, acompanhando o pai nos afazeres civis, pois o ideal imediato detodo processo educativo é formar o bom cidadão, formar o homem queum dia possa servir à pátria.

Tratava-se de uma educação pela vida e para a vida. Dentro desse mesmoconceito, as meninas permanecem sob a vigilância da mãe para aprenderos deveres da vida doméstica.

Doravante, o principal valor do processo educativo será a formação docaráter do educando, em sentido universal, cosmopolita, humanista.

Roma teve muitos teóricos da educação como:

Catão: (234 – 149 a C.) chamado “O antigo”, distinguiu-se pela

importância que atribuía à formação do caráter.

Marco Terêncio Varão: (116 – 27 a C.), foi partidário de uma cultura

Romano/Helênica; com base na “virtus” romana:

pietas, honestitas, austerits.

Marco Túlio Cícero (106 – 43 a C.), senador proclamado pelo Senado

Romano como “pai da Pátria”, considerava o ideal da educação formar

um orador que reunisse as qualidades do dialético, do filósofo, do

poeta, do jurista e do ator.

O orador encontrava sua base de sustentação na Humanitas. Essa, por

sua vez, vinculava-se ao projeto político de Roma: reunir os diversos

povos num grande império. Cícero foi o idealizador do Direito. Paz só

com vitórias e escravidão aos vencidos. Aos rebeldes a pena capital.

Marco Fábio Quintilliano- põe o peso principal do ensino no conteúdo do discurso. O estudo devia dar-se num espaço de alegria(schola). O ensino da leitura e da escrita era oferecido pelo ludi- magister ( centro do brinquedo)

Sêneca- insiste na educação para a vida e a individualidade: “non scholae, sed vitae estdocendum” ( não se deve ensinar para a escola mas sim para a vida)

Plutarco- insistia que a educação procurasse mostrar a biografia dos grandes homens, para funcionar como exemplos vivos de virtude e de caráter

Direito do pai sobre os filhos (pater - polestas);

Direito do marido sobre a esposa (manus);

Direito do senhor sobre os escravos (potestas dominica);

Direito de um homem livre sobre um outro, que a lei lhedava por contrato ou por condenação judiciária (manuscapere);

O Direito sobre a propriedade (dominium).

Os direitos decorriam desses direitos:

No lar o pai pela Pater potestas infligia aos filhos asobrigações do clã.

Na escola, os castigos eram severos e os culpados eramaçoitados com vara.

Todas as cidades e regiões conquistadas eram submetidasaos mesmos hábitos e costumes, à mesmaadministração, apesar de serem consideradas “aliados deRoma”.

A instalação de escolas era livre à iniciativa

privada, deixando o Estado sua fiscalização

aos pais que deviam saber a quem

entregavam os filhos para educar.

O alojamento era bem modesto: um

alpendre, situado na proximidade dos

pórticos, separado de ruídos; a mobília

constava de bancos (os alunos escreviam

sobre os joelhos), as vezes de mesas e outros

móveis, como quadro-negro. O professor

sentava sobre um estrado.

O programa da escola primária abrangia a

leitura, a escrita e a aritmética. Antes de

conhecerem a forma das letras, os alunos

deviam aprender-lhes o nome e a ordem.

Conhecido o aspecto dos sinais, passava-se às

combinações silábicas e, depois às palavras

isoladas. Os alunos primários, em estágio de

alfabetização dividiam-se de acordo com seu

adiantamento. Da leitura de palavras

isoladas passava-se à de frases e pequenos

versos.

O magistério primário era uma profissão penosa, mal paga e de baixa consideração, o que ganhava mal dava para o sustento, então necessitava juntar receitas de outras fontes, escreviam nas horas vagas alguns testamentos.Os alunos eram levados à escola de manhã por um escravo paedagogus, que às vezes, desempenhava papel decisivo na formação do adolescente.O ano letivo durava de oito a nove meses e as férias de verão iam de julho até meados de outubro.

Após o término dos estudos elementares, os meninos ingressavam na escola do grammaticus. A sala de aula era forrada com mapas murais e bustos de autores célebres. A situação financeira do grammaticus era superior a do professor primário.

Os ensinamentos visavam o aperfeiçoamento da boa linguagem e a explicação dos poetas clássicos.

Para a compreensão dos poetas, era indispensável estudar certas noções de História, Geografia, Astronomia, etc. Entre os poetas gregos, estudados inicialmente em traduções e, ao depois, nos textos originais, figuravam Homero, Hesíodo e Menandro.

Nem todos os que concluíam seus estudos

elementares ingressavam no ensino

secundário. Menor ainda era o número dos

que podiam prosseguir os estudos de grau

superior. “A sociedade romana permaneceu

uma sociedade aristocrática e os estudos

aprofundados fazem parte dos privilégios da

elite” (Marrou 1975).

E para os romanos as escolas de direito. Defato, representa a aparição de uma nova formade cultura, de um tipo de espírito que o mundogrego não havia de modo algum pressentido. Éum tipo original: o homem que conhece odireito, que sabe a fundo as leis, os costumes, asregras processuais, o repertório dajurisprudência (conjunto dos precedentes a quedeterminados casos se pode referir para invocara autoridade da analogia, da tradição), que sabepropor a elegante solução que triunfa sobre aobscuridade da causa e a ambigüidade da lei. Asabedoria não é constituída apenas detrapaças, apóia-se sobre o justo, o bem e aordem. Esta sabedoria contribuiu para opensamento grego.

Havia, em Roma uma ciência do

direito, seu conhecimento que era

um precioso bem, ao qual aspiravam

muitos jovens romanos: abre uma

promissora carreira. Surge para

atender a este desejo o mestre do

direito (magister iuris), o mestre é

mais um prático que um professor, o

aluno o acompanha nas consultas

jurídicas e aprende as sutilezas do

caso.

Era utilitária e militarista, organizada pela disciplina ejustiça. Começava pela fidelidade administrativa;educação para a pátria.No âmbito do pensamento filosófico, tornaram-sepopulares as correntes:Epicurismo: baseado no desenvolvimento do espírito e naprática das virtudes, procurava atingir o bem pela buscado prazer.

Estoicismo: defendia a harmonia entre os indivíduos e anatureza. Argumentava que o prazer e a dor eraminsignificantes diante da verdadeira felicidade. Propunhamo desprendimento em relação aos bens materiais edefendia a fraternidade humana.

Cinismo: criticava sem nada oferecer, total desprezo aosvalores tradicionais, desprendimento de tudo (riqueza).

“A virtude está na ação”.

“Nada em nossa vida escapa ao dever”.

“Próprio do Homem é à procura da verdade”

Ensinar de acordo com a natureza humana”.

“De que modo se reconhecem os talentos nas

crianças e quais os que devem ser tratados”.