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Desenho e Percepção Visual CGA - Elisabete Silva

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Page 1: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Desenho e Percepccedilatildeo Visual

CGA - Elisabete Silva

Leonardo da Vinci- Mestre renascentista usava o desenho como instrumento para

compreender a realidade

Albrecht Duumlrer - Mestre do desenho e gravura renascentista O seu desenho teve especial

importacircncia no desenvolvimento da ilustraccedilatildeo atraveacutes da gravura

Rembrandt - Mestre do desenho e gravura barroca conhecido pelos seus estudo de claro-

escuro

Michelacircngelo Buonarroti - Mestre renascentista cujo desenho expressivo natildeo segue

necessariamente a harmonia do Renascimento

Ingres - O grande mestre do desenho na Franccedila do seacuteculo XIX

M C Escher - Mestre do desenho e da gravura cujo trabalho eacute baseado em questotildees de

percepccedilatildeo visual e do desenho na geometria

JCarlos - Mestre da caricatura e ilustraccedilatildeo de humor brasileiro no comeccedilo do seacuteculo XX

CGA - Elisabete Silva

ponto de contacto a interface entre o

mundo fiacutesico e o mundo mental

imagem que se forma na mente

abstraccedilatildeo mantida pelo ceacuterebro para o ser-

-vivo se adaptar melhor ao meio-ambiente

em que vive

fundamental para a sobrevivecircncia pois

com ela a mente gera os seus planos de

acccedilatildeo

transforma os estiacutemulos da luz em

relaccedilotildees entre imagens e o meio-ambiente

CGA - Elisabete Silva

Exemplo 1

A percepccedilatildeo pode provocar reaccedilotildees raacutepidas

como no caso de estar a escrever um texto num

editor de texto e de repente ver uma tela toda

azul Natildeo eacute a cor azul que lhe causa ansiedade

mas sim a ameaccedila de perder seu trabalho pois

esta tela eacute completamente diferente da que

vocecirc estava anteriormente

A relaccedilatildeo entre a imagem e o meio-ambiente

indica perigo Apoacutes algumas reincidecircncias do

caso pode ser que sua percepccedilatildeo se acostume

com o estiacutemulo e transforme a ansiedade em

raiva pelos autores do software ou num

estranho prazerCGA - Elisabete Silva

Exemplo 2

um pesquisador mostrou fotografias a uma

tribo indiacutegena que tinha tido pouco contato

com nossa cultura ocidental e eles

simplesmente natildeo conseguiram entender que

ali haviam objectos representados pois na

sua percepccedilatildeo natildeo estava treinada para

converter a imagem bidimensional da foto

numa cena tridimensional

CGA - Elisabete Silva

Na nossa cultura estamos tatildeo habituados a fazer isso que existe grande possibilidade de se ver primeiro um cubo na figura abaixo embora o que esteja desenhado seja uma seacuterie de linhas

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

ldquoA percepccedilatildeo natildeo envolve apenas um acto

fisioloacutegico mas um processo altamente

dinacircmico e caracteriacutestico da consciecircncia

humana Processo activo e participativo eacute

uma acccedilatildeo e nunca uma reacccedilatildeo mecacircnica ou

instintiva perante estiacutemulos recebidos

passivamente Alcanccedilando aacutereas recocircnditas

de nosso inconsciente articulando e trazendo-

as ao consciente a percepccedilatildeo mobiliza todo

nosso ser sensiacutevel associativo inteligente

imaginativo e criativo Perceber eacute sinoacutenimo de

compreenderrdquo

Ostrower

CGA - Elisabete Silva

Caracteriacutesticas da percepccedilatildeo segundo Chauiacute

Eacute um conhecimento sensorial dotado de sentido total eacute o mesmo que sensaccedilatildeo

Eacute uma vivecircncia corporal

Eacute sempre uma experiecircncia dotada de significaccedilatildeo

Eacute uma relaccedilatildeo do sujeito com o mundo exterior

Eacute uma relaccedilatildeo complexa entre o corpo-sujeito e os corpos-objectos

Envolve a nossa vida social eacute uma forma de estarmos no mundo

Eacute um dos meios fundamentais para a arte pela capacidade de alterar a nossa percepccedilatildeo

quotidiana

CGA - Elisabete Silva

o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade

Bosi

CGA - Elisabete Silva

Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan

CGA - Elisabete Silva

Psicologia da formaPsicologia da

GestaltGestaltismoGestalt

Eacute uma teoria da psicologia que considera os

fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto

autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua

configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna

A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max

Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-

1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do

seacuteculo XX

Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a

simples soma de suas partes

CGA - Elisabete Silva

A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas

partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes

satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse

todo

CGA - Elisabete Silva

Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a

Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como

linhas planos volumes cores texturas dentre outros

CGA - Elisabete Silva

Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades

em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais

unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios

estabelecidos

CGA - Elisabete Silva

Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando

percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem

CGA - Elisabete Silva

Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia

figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi

constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees

entre as partes de uma gestalten

CGA - Elisabete Silva

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 2: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Leonardo da Vinci- Mestre renascentista usava o desenho como instrumento para

compreender a realidade

Albrecht Duumlrer - Mestre do desenho e gravura renascentista O seu desenho teve especial

importacircncia no desenvolvimento da ilustraccedilatildeo atraveacutes da gravura

Rembrandt - Mestre do desenho e gravura barroca conhecido pelos seus estudo de claro-

escuro

Michelacircngelo Buonarroti - Mestre renascentista cujo desenho expressivo natildeo segue

necessariamente a harmonia do Renascimento

Ingres - O grande mestre do desenho na Franccedila do seacuteculo XIX

M C Escher - Mestre do desenho e da gravura cujo trabalho eacute baseado em questotildees de

percepccedilatildeo visual e do desenho na geometria

JCarlos - Mestre da caricatura e ilustraccedilatildeo de humor brasileiro no comeccedilo do seacuteculo XX

CGA - Elisabete Silva

ponto de contacto a interface entre o

mundo fiacutesico e o mundo mental

imagem que se forma na mente

abstraccedilatildeo mantida pelo ceacuterebro para o ser-

-vivo se adaptar melhor ao meio-ambiente

em que vive

fundamental para a sobrevivecircncia pois

com ela a mente gera os seus planos de

acccedilatildeo

transforma os estiacutemulos da luz em

relaccedilotildees entre imagens e o meio-ambiente

CGA - Elisabete Silva

Exemplo 1

A percepccedilatildeo pode provocar reaccedilotildees raacutepidas

como no caso de estar a escrever um texto num

editor de texto e de repente ver uma tela toda

azul Natildeo eacute a cor azul que lhe causa ansiedade

mas sim a ameaccedila de perder seu trabalho pois

esta tela eacute completamente diferente da que

vocecirc estava anteriormente

A relaccedilatildeo entre a imagem e o meio-ambiente

indica perigo Apoacutes algumas reincidecircncias do

caso pode ser que sua percepccedilatildeo se acostume

com o estiacutemulo e transforme a ansiedade em

raiva pelos autores do software ou num

estranho prazerCGA - Elisabete Silva

Exemplo 2

um pesquisador mostrou fotografias a uma

tribo indiacutegena que tinha tido pouco contato

com nossa cultura ocidental e eles

simplesmente natildeo conseguiram entender que

ali haviam objectos representados pois na

sua percepccedilatildeo natildeo estava treinada para

converter a imagem bidimensional da foto

numa cena tridimensional

CGA - Elisabete Silva

Na nossa cultura estamos tatildeo habituados a fazer isso que existe grande possibilidade de se ver primeiro um cubo na figura abaixo embora o que esteja desenhado seja uma seacuterie de linhas

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

ldquoA percepccedilatildeo natildeo envolve apenas um acto

fisioloacutegico mas um processo altamente

dinacircmico e caracteriacutestico da consciecircncia

humana Processo activo e participativo eacute

uma acccedilatildeo e nunca uma reacccedilatildeo mecacircnica ou

instintiva perante estiacutemulos recebidos

passivamente Alcanccedilando aacutereas recocircnditas

de nosso inconsciente articulando e trazendo-

as ao consciente a percepccedilatildeo mobiliza todo

nosso ser sensiacutevel associativo inteligente

imaginativo e criativo Perceber eacute sinoacutenimo de

compreenderrdquo

Ostrower

CGA - Elisabete Silva

Caracteriacutesticas da percepccedilatildeo segundo Chauiacute

Eacute um conhecimento sensorial dotado de sentido total eacute o mesmo que sensaccedilatildeo

Eacute uma vivecircncia corporal

Eacute sempre uma experiecircncia dotada de significaccedilatildeo

Eacute uma relaccedilatildeo do sujeito com o mundo exterior

Eacute uma relaccedilatildeo complexa entre o corpo-sujeito e os corpos-objectos

Envolve a nossa vida social eacute uma forma de estarmos no mundo

Eacute um dos meios fundamentais para a arte pela capacidade de alterar a nossa percepccedilatildeo

quotidiana

CGA - Elisabete Silva

o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade

Bosi

CGA - Elisabete Silva

Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan

CGA - Elisabete Silva

Psicologia da formaPsicologia da

GestaltGestaltismoGestalt

Eacute uma teoria da psicologia que considera os

fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto

autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua

configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna

A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max

Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-

1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do

seacuteculo XX

Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a

simples soma de suas partes

CGA - Elisabete Silva

A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas

partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes

satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse

todo

CGA - Elisabete Silva

Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a

Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como

linhas planos volumes cores texturas dentre outros

CGA - Elisabete Silva

Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades

em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais

unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios

estabelecidos

CGA - Elisabete Silva

Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando

percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem

CGA - Elisabete Silva

Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia

figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi

constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees

entre as partes de uma gestalten

CGA - Elisabete Silva

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 3: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

ponto de contacto a interface entre o

mundo fiacutesico e o mundo mental

imagem que se forma na mente

abstraccedilatildeo mantida pelo ceacuterebro para o ser-

-vivo se adaptar melhor ao meio-ambiente

em que vive

fundamental para a sobrevivecircncia pois

com ela a mente gera os seus planos de

acccedilatildeo

transforma os estiacutemulos da luz em

relaccedilotildees entre imagens e o meio-ambiente

CGA - Elisabete Silva

Exemplo 1

A percepccedilatildeo pode provocar reaccedilotildees raacutepidas

como no caso de estar a escrever um texto num

editor de texto e de repente ver uma tela toda

azul Natildeo eacute a cor azul que lhe causa ansiedade

mas sim a ameaccedila de perder seu trabalho pois

esta tela eacute completamente diferente da que

vocecirc estava anteriormente

A relaccedilatildeo entre a imagem e o meio-ambiente

indica perigo Apoacutes algumas reincidecircncias do

caso pode ser que sua percepccedilatildeo se acostume

com o estiacutemulo e transforme a ansiedade em

raiva pelos autores do software ou num

estranho prazerCGA - Elisabete Silva

Exemplo 2

um pesquisador mostrou fotografias a uma

tribo indiacutegena que tinha tido pouco contato

com nossa cultura ocidental e eles

simplesmente natildeo conseguiram entender que

ali haviam objectos representados pois na

sua percepccedilatildeo natildeo estava treinada para

converter a imagem bidimensional da foto

numa cena tridimensional

CGA - Elisabete Silva

Na nossa cultura estamos tatildeo habituados a fazer isso que existe grande possibilidade de se ver primeiro um cubo na figura abaixo embora o que esteja desenhado seja uma seacuterie de linhas

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

ldquoA percepccedilatildeo natildeo envolve apenas um acto

fisioloacutegico mas um processo altamente

dinacircmico e caracteriacutestico da consciecircncia

humana Processo activo e participativo eacute

uma acccedilatildeo e nunca uma reacccedilatildeo mecacircnica ou

instintiva perante estiacutemulos recebidos

passivamente Alcanccedilando aacutereas recocircnditas

de nosso inconsciente articulando e trazendo-

as ao consciente a percepccedilatildeo mobiliza todo

nosso ser sensiacutevel associativo inteligente

imaginativo e criativo Perceber eacute sinoacutenimo de

compreenderrdquo

Ostrower

CGA - Elisabete Silva

Caracteriacutesticas da percepccedilatildeo segundo Chauiacute

Eacute um conhecimento sensorial dotado de sentido total eacute o mesmo que sensaccedilatildeo

Eacute uma vivecircncia corporal

Eacute sempre uma experiecircncia dotada de significaccedilatildeo

Eacute uma relaccedilatildeo do sujeito com o mundo exterior

Eacute uma relaccedilatildeo complexa entre o corpo-sujeito e os corpos-objectos

Envolve a nossa vida social eacute uma forma de estarmos no mundo

Eacute um dos meios fundamentais para a arte pela capacidade de alterar a nossa percepccedilatildeo

quotidiana

CGA - Elisabete Silva

o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade

Bosi

CGA - Elisabete Silva

Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan

CGA - Elisabete Silva

Psicologia da formaPsicologia da

GestaltGestaltismoGestalt

Eacute uma teoria da psicologia que considera os

fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto

autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua

configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna

A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max

Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-

1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do

seacuteculo XX

Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a

simples soma de suas partes

CGA - Elisabete Silva

A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas

partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes

satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse

todo

CGA - Elisabete Silva

Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a

Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como

linhas planos volumes cores texturas dentre outros

CGA - Elisabete Silva

Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades

em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais

unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios

estabelecidos

CGA - Elisabete Silva

Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando

percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem

CGA - Elisabete Silva

Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia

figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi

constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees

entre as partes de uma gestalten

CGA - Elisabete Silva

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 4: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Exemplo 1

A percepccedilatildeo pode provocar reaccedilotildees raacutepidas

como no caso de estar a escrever um texto num

editor de texto e de repente ver uma tela toda

azul Natildeo eacute a cor azul que lhe causa ansiedade

mas sim a ameaccedila de perder seu trabalho pois

esta tela eacute completamente diferente da que

vocecirc estava anteriormente

A relaccedilatildeo entre a imagem e o meio-ambiente

indica perigo Apoacutes algumas reincidecircncias do

caso pode ser que sua percepccedilatildeo se acostume

com o estiacutemulo e transforme a ansiedade em

raiva pelos autores do software ou num

estranho prazerCGA - Elisabete Silva

Exemplo 2

um pesquisador mostrou fotografias a uma

tribo indiacutegena que tinha tido pouco contato

com nossa cultura ocidental e eles

simplesmente natildeo conseguiram entender que

ali haviam objectos representados pois na

sua percepccedilatildeo natildeo estava treinada para

converter a imagem bidimensional da foto

numa cena tridimensional

CGA - Elisabete Silva

Na nossa cultura estamos tatildeo habituados a fazer isso que existe grande possibilidade de se ver primeiro um cubo na figura abaixo embora o que esteja desenhado seja uma seacuterie de linhas

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

ldquoA percepccedilatildeo natildeo envolve apenas um acto

fisioloacutegico mas um processo altamente

dinacircmico e caracteriacutestico da consciecircncia

humana Processo activo e participativo eacute

uma acccedilatildeo e nunca uma reacccedilatildeo mecacircnica ou

instintiva perante estiacutemulos recebidos

passivamente Alcanccedilando aacutereas recocircnditas

de nosso inconsciente articulando e trazendo-

as ao consciente a percepccedilatildeo mobiliza todo

nosso ser sensiacutevel associativo inteligente

imaginativo e criativo Perceber eacute sinoacutenimo de

compreenderrdquo

Ostrower

CGA - Elisabete Silva

Caracteriacutesticas da percepccedilatildeo segundo Chauiacute

Eacute um conhecimento sensorial dotado de sentido total eacute o mesmo que sensaccedilatildeo

Eacute uma vivecircncia corporal

Eacute sempre uma experiecircncia dotada de significaccedilatildeo

Eacute uma relaccedilatildeo do sujeito com o mundo exterior

Eacute uma relaccedilatildeo complexa entre o corpo-sujeito e os corpos-objectos

Envolve a nossa vida social eacute uma forma de estarmos no mundo

Eacute um dos meios fundamentais para a arte pela capacidade de alterar a nossa percepccedilatildeo

quotidiana

CGA - Elisabete Silva

o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade

Bosi

CGA - Elisabete Silva

Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan

CGA - Elisabete Silva

Psicologia da formaPsicologia da

GestaltGestaltismoGestalt

Eacute uma teoria da psicologia que considera os

fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto

autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua

configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna

A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max

Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-

1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do

seacuteculo XX

Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a

simples soma de suas partes

CGA - Elisabete Silva

A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas

partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes

satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse

todo

CGA - Elisabete Silva

Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a

Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como

linhas planos volumes cores texturas dentre outros

CGA - Elisabete Silva

Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades

em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais

unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios

estabelecidos

CGA - Elisabete Silva

Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando

percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem

CGA - Elisabete Silva

Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia

figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi

constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees

entre as partes de uma gestalten

CGA - Elisabete Silva

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

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Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

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CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

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Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

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Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

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Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

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Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

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Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

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Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

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Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 5: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Exemplo 2

um pesquisador mostrou fotografias a uma

tribo indiacutegena que tinha tido pouco contato

com nossa cultura ocidental e eles

simplesmente natildeo conseguiram entender que

ali haviam objectos representados pois na

sua percepccedilatildeo natildeo estava treinada para

converter a imagem bidimensional da foto

numa cena tridimensional

CGA - Elisabete Silva

Na nossa cultura estamos tatildeo habituados a fazer isso que existe grande possibilidade de se ver primeiro um cubo na figura abaixo embora o que esteja desenhado seja uma seacuterie de linhas

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

ldquoA percepccedilatildeo natildeo envolve apenas um acto

fisioloacutegico mas um processo altamente

dinacircmico e caracteriacutestico da consciecircncia

humana Processo activo e participativo eacute

uma acccedilatildeo e nunca uma reacccedilatildeo mecacircnica ou

instintiva perante estiacutemulos recebidos

passivamente Alcanccedilando aacutereas recocircnditas

de nosso inconsciente articulando e trazendo-

as ao consciente a percepccedilatildeo mobiliza todo

nosso ser sensiacutevel associativo inteligente

imaginativo e criativo Perceber eacute sinoacutenimo de

compreenderrdquo

Ostrower

CGA - Elisabete Silva

Caracteriacutesticas da percepccedilatildeo segundo Chauiacute

Eacute um conhecimento sensorial dotado de sentido total eacute o mesmo que sensaccedilatildeo

Eacute uma vivecircncia corporal

Eacute sempre uma experiecircncia dotada de significaccedilatildeo

Eacute uma relaccedilatildeo do sujeito com o mundo exterior

Eacute uma relaccedilatildeo complexa entre o corpo-sujeito e os corpos-objectos

Envolve a nossa vida social eacute uma forma de estarmos no mundo

Eacute um dos meios fundamentais para a arte pela capacidade de alterar a nossa percepccedilatildeo

quotidiana

CGA - Elisabete Silva

o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade

Bosi

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Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan

CGA - Elisabete Silva

Psicologia da formaPsicologia da

GestaltGestaltismoGestalt

Eacute uma teoria da psicologia que considera os

fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto

autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua

configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna

A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max

Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-

1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do

seacuteculo XX

Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a

simples soma de suas partes

CGA - Elisabete Silva

A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas

partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes

satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse

todo

CGA - Elisabete Silva

Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a

Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como

linhas planos volumes cores texturas dentre outros

CGA - Elisabete Silva

Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades

em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais

unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios

estabelecidos

CGA - Elisabete Silva

Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando

percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem

CGA - Elisabete Silva

Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia

figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi

constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees

entre as partes de uma gestalten

CGA - Elisabete Silva

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 6: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Na nossa cultura estamos tatildeo habituados a fazer isso que existe grande possibilidade de se ver primeiro um cubo na figura abaixo embora o que esteja desenhado seja uma seacuterie de linhas

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

ldquoA percepccedilatildeo natildeo envolve apenas um acto

fisioloacutegico mas um processo altamente

dinacircmico e caracteriacutestico da consciecircncia

humana Processo activo e participativo eacute

uma acccedilatildeo e nunca uma reacccedilatildeo mecacircnica ou

instintiva perante estiacutemulos recebidos

passivamente Alcanccedilando aacutereas recocircnditas

de nosso inconsciente articulando e trazendo-

as ao consciente a percepccedilatildeo mobiliza todo

nosso ser sensiacutevel associativo inteligente

imaginativo e criativo Perceber eacute sinoacutenimo de

compreenderrdquo

Ostrower

CGA - Elisabete Silva

Caracteriacutesticas da percepccedilatildeo segundo Chauiacute

Eacute um conhecimento sensorial dotado de sentido total eacute o mesmo que sensaccedilatildeo

Eacute uma vivecircncia corporal

Eacute sempre uma experiecircncia dotada de significaccedilatildeo

Eacute uma relaccedilatildeo do sujeito com o mundo exterior

Eacute uma relaccedilatildeo complexa entre o corpo-sujeito e os corpos-objectos

Envolve a nossa vida social eacute uma forma de estarmos no mundo

Eacute um dos meios fundamentais para a arte pela capacidade de alterar a nossa percepccedilatildeo

quotidiana

CGA - Elisabete Silva

o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade

Bosi

CGA - Elisabete Silva

Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan

CGA - Elisabete Silva

Psicologia da formaPsicologia da

GestaltGestaltismoGestalt

Eacute uma teoria da psicologia que considera os

fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto

autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua

configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna

A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max

Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-

1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do

seacuteculo XX

Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a

simples soma de suas partes

CGA - Elisabete Silva

A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas

partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes

satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse

todo

CGA - Elisabete Silva

Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a

Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como

linhas planos volumes cores texturas dentre outros

CGA - Elisabete Silva

Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades

em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais

unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios

estabelecidos

CGA - Elisabete Silva

Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando

percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem

CGA - Elisabete Silva

Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia

figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi

constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees

entre as partes de uma gestalten

CGA - Elisabete Silva

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 7: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

CGA - Elisabete Silva

ldquoA percepccedilatildeo natildeo envolve apenas um acto

fisioloacutegico mas um processo altamente

dinacircmico e caracteriacutestico da consciecircncia

humana Processo activo e participativo eacute

uma acccedilatildeo e nunca uma reacccedilatildeo mecacircnica ou

instintiva perante estiacutemulos recebidos

passivamente Alcanccedilando aacutereas recocircnditas

de nosso inconsciente articulando e trazendo-

as ao consciente a percepccedilatildeo mobiliza todo

nosso ser sensiacutevel associativo inteligente

imaginativo e criativo Perceber eacute sinoacutenimo de

compreenderrdquo

Ostrower

CGA - Elisabete Silva

Caracteriacutesticas da percepccedilatildeo segundo Chauiacute

Eacute um conhecimento sensorial dotado de sentido total eacute o mesmo que sensaccedilatildeo

Eacute uma vivecircncia corporal

Eacute sempre uma experiecircncia dotada de significaccedilatildeo

Eacute uma relaccedilatildeo do sujeito com o mundo exterior

Eacute uma relaccedilatildeo complexa entre o corpo-sujeito e os corpos-objectos

Envolve a nossa vida social eacute uma forma de estarmos no mundo

Eacute um dos meios fundamentais para a arte pela capacidade de alterar a nossa percepccedilatildeo

quotidiana

CGA - Elisabete Silva

o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade

Bosi

CGA - Elisabete Silva

Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan

CGA - Elisabete Silva

Psicologia da formaPsicologia da

GestaltGestaltismoGestalt

Eacute uma teoria da psicologia que considera os

fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto

autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua

configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna

A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max

Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-

1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do

seacuteculo XX

Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a

simples soma de suas partes

CGA - Elisabete Silva

A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas

partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes

satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse

todo

CGA - Elisabete Silva

Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a

Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como

linhas planos volumes cores texturas dentre outros

CGA - Elisabete Silva

Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades

em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais

unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios

estabelecidos

CGA - Elisabete Silva

Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando

percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem

CGA - Elisabete Silva

Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia

figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi

constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees

entre as partes de uma gestalten

CGA - Elisabete Silva

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 8: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

CGA - Elisabete Silva

Caracteriacutesticas da percepccedilatildeo segundo Chauiacute

Eacute um conhecimento sensorial dotado de sentido total eacute o mesmo que sensaccedilatildeo

Eacute uma vivecircncia corporal

Eacute sempre uma experiecircncia dotada de significaccedilatildeo

Eacute uma relaccedilatildeo do sujeito com o mundo exterior

Eacute uma relaccedilatildeo complexa entre o corpo-sujeito e os corpos-objectos

Envolve a nossa vida social eacute uma forma de estarmos no mundo

Eacute um dos meios fundamentais para a arte pela capacidade de alterar a nossa percepccedilatildeo

quotidiana

CGA - Elisabete Silva

o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade

Bosi

CGA - Elisabete Silva

Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan

CGA - Elisabete Silva

Psicologia da formaPsicologia da

GestaltGestaltismoGestalt

Eacute uma teoria da psicologia que considera os

fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto

autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua

configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna

A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max

Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-

1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do

seacuteculo XX

Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a

simples soma de suas partes

CGA - Elisabete Silva

A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas

partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes

satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse

todo

CGA - Elisabete Silva

Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a

Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como

linhas planos volumes cores texturas dentre outros

CGA - Elisabete Silva

Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades

em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais

unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios

estabelecidos

CGA - Elisabete Silva

Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando

percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem

CGA - Elisabete Silva

Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia

figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi

constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees

entre as partes de uma gestalten

CGA - Elisabete Silva

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 9: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

CGA - Elisabete Silva

o viacutenculo da percepccedilatildeo visual com os estiacutemulos captados pelos outrossentidos eacute um dos temas fundadores de uma fenomenologia do corpo Oolhar natildeo estaacute isolado o olhar estaacute enraizado na corporeidade enquantosensibilidade e enquanto motricidade

Bosi

CGA - Elisabete Silva

Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan

CGA - Elisabete Silva

Psicologia da formaPsicologia da

GestaltGestaltismoGestalt

Eacute uma teoria da psicologia que considera os

fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto

autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua

configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna

A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max

Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-

1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do

seacuteculo XX

Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a

simples soma de suas partes

CGA - Elisabete Silva

A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas

partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes

satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse

todo

CGA - Elisabete Silva

Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a

Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como

linhas planos volumes cores texturas dentre outros

CGA - Elisabete Silva

Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades

em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais

unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios

estabelecidos

CGA - Elisabete Silva

Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando

percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem

CGA - Elisabete Silva

Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia

figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi

constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees

entre as partes de uma gestalten

CGA - Elisabete Silva

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 10: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

CGA - Elisabete Silva

Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan

CGA - Elisabete Silva

Psicologia da formaPsicologia da

GestaltGestaltismoGestalt

Eacute uma teoria da psicologia que considera os

fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto

autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua

configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna

A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max

Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-

1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do

seacuteculo XX

Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a

simples soma de suas partes

CGA - Elisabete Silva

A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas

partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes

satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse

todo

CGA - Elisabete Silva

Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a

Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como

linhas planos volumes cores texturas dentre outros

CGA - Elisabete Silva

Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades

em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais

unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios

estabelecidos

CGA - Elisabete Silva

Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando

percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem

CGA - Elisabete Silva

Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia

figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi

constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees

entre as partes de uma gestalten

CGA - Elisabete Silva

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 11: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Vemos a representaccedilatildeo de um retacircngulo (forma mais simples) Contudo a representaccedilatildeo anterior natildeo eacute mais do que a figuraccedilatildeo do jogo PacMan

CGA - Elisabete Silva

Psicologia da formaPsicologia da

GestaltGestaltismoGestalt

Eacute uma teoria da psicologia que considera os

fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto

autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua

configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna

A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max

Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-

1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do

seacuteculo XX

Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a

simples soma de suas partes

CGA - Elisabete Silva

A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas

partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes

satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse

todo

CGA - Elisabete Silva

Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a

Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como

linhas planos volumes cores texturas dentre outros

CGA - Elisabete Silva

Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades

em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais

unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios

estabelecidos

CGA - Elisabete Silva

Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando

percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem

CGA - Elisabete Silva

Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia

figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi

constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees

entre as partes de uma gestalten

CGA - Elisabete Silva

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 12: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Psicologia da formaPsicologia da

GestaltGestaltismoGestalt

Eacute uma teoria da psicologia que considera os

fenoacutemenos psicoloacutegicos como um conjunto

autoacutenomo indivisiacutevel e articulado na sua

configuraccedilatildeo organizaccedilatildeo e lei interna

A teoria foi criada pelos psicoacutelogos alematildees Max

Wertheimer (1880-1943) Wolfgang Koumlhler(1887-

1967) e Kurt Koffka (1886-1940) nos princiacutepios do

seacuteculo XX

Funda-se na ideia de que o todo eacute mais do que a

simples soma de suas partes

CGA - Elisabete Silva

A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas

partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes

satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse

todo

CGA - Elisabete Silva

Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a

Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como

linhas planos volumes cores texturas dentre outros

CGA - Elisabete Silva

Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades

em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais

unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios

estabelecidos

CGA - Elisabete Silva

Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando

percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem

CGA - Elisabete Silva

Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia

figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi

constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees

entre as partes de uma gestalten

CGA - Elisabete Silva

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

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Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 13: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

A Gestalt afirma que natildeo vemos partes isoladas mas relaccedilotildees entre essas mesmas

partes Para a nossa percepccedilatildeo que eacute o resultado de uma sensaccedilatildeo global as partes

satildeo inseparaacuteveis do todo e seriam outra coisa que natildeo elas mesmas fora desse

todo

CGA - Elisabete Silva

Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a

Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como

linhas planos volumes cores texturas dentre outros

CGA - Elisabete Silva

Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades

em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais

unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios

estabelecidos

CGA - Elisabete Silva

Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando

percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem

CGA - Elisabete Silva

Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia

figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi

constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees

entre as partes de uma gestalten

CGA - Elisabete Silva

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 14: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Unidades - O conjunto de mais de um elemento configurando o ldquotodordquo a

Gestalt Uma ou mais unidades formais podem ser encontradas tais como

linhas planos volumes cores texturas dentre outros

CGA - Elisabete Silva

Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades

em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais

unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios

estabelecidos

CGA - Elisabete Silva

Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando

percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem

CGA - Elisabete Silva

Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia

figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi

constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees

entre as partes de uma gestalten

CGA - Elisabete Silva

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 15: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Segregaccedilatildeo - Capacidade perceptiva de separar identificar ou destacar unidades

em uma composiccedilatildeo ou em suas partes Pode-se separar em uma ou mais

unidades de acordo com suas semelhanccedilas e estiacutemulos visuais ou criteacuterios

estabelecidos

CGA - Elisabete Silva

Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando

percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem

CGA - Elisabete Silva

Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia

figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi

constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees

entre as partes de uma gestalten

CGA - Elisabete Silva

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 16: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Unificaccedilatildeo - Quando haacute coerecircncia formal da linguagem visual ou quando

percebemos um estilo formal em relaccedilatildeo agraves partes ou o todo de uma imagem

CGA - Elisabete Silva

Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia

figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi

constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees

entre as partes de uma gestalten

CGA - Elisabete Silva

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 17: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Fechamento - Tendecircncia ao fechamento da forma (exemplo da circunferecircncia

figB) que busca completar os elementos para garantir sua compreensatildeo Foi

constatada uma tendecircncia natural de unir os intervalos e estabelecer ligaccedilotildees

entre as partes de uma gestalten

CGA - Elisabete Silva

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 18: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Boa Continuidade - Parte do princiacutepio que as partes

sucedem-se umas as outras com coerecircncia Sem

quebras bruscas e ou interrupccedilatildeo de sua fluidez visual

Buscamos a estabilidade visual espontaneamente O

princiacutepio da Gestalt da boa continuidade diz que os

elementos graacuteficos que sugerem uma linha visual

contiacutenua tendem a agruparem-se Mais ainda padrotildees

visuais com boa continuidade podem sugerir ao

observador que o padratildeo continua aleacutem do fim do

padratildeo propriamente dito Ou seja noacutes mentalmente

completamos ou pintamos o restante do padratildeo

CGA - Elisabete Silva

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

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Page 19: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Proximidade - Elementos proacuteximos tendem a serem vistos juntos e

consequentemente sugerem participar de um mesmo todo Quanto mais curta a

distacircncia entre as partes mais unificaccedilatildeo se daacute

CGA - Elisabete Silva

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

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A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

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Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

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Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 20: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Semelhanccedila - Igualdade de forma ou cor nos conduz a perceber uma mesma

unidade

CGA - Elisabete Silva

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 21: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Pregnacircncia da Forma - A Lei baacutesica da

Gestalt eacute explicada Quanto melhor for a

organizaccedilatildeo visual da gestalten (forma)

facilitando a compreensatildeo da linguagem

visual isto eacute rapidez de leitura ou

interpretaccedilatildeo maior seraacute seu grau de

pregnacircncia E vice-e-versa

CGA - Elisabete Silva

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 22: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

1 Plano

Superfiacutecie sobre a qual se desenvolve uma composiccedilatildeo pode ter uma forma geomeacutetrica

ou natildeo

Pode transformar-se numa barreira e criar um enquadramento que se for dominado

pode ser um factor positivo e natildeo um estorvo

No enquadramento mais simples que eacute o quadrado as medianas representam a sua

estrutura estaacutetica e as diagonais a sua estrutura dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

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Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 23: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Composiccedilotildees realizadas com paralelas a estas linhas teratildeo expressatildeo completamente

diferente A de A teraacute uma expressatildeo estaacutevel e a de B teraacute uma expressatildeo dinacircmica

CGA - Elisabete Silva

A B

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 24: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Traccedilados semelhantes permitem modular orientar e estabelecer malhas para a execuccedilatildeo

de padrotildees (azulejos etc)

CGA - Elisabete Silva

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 25: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Em desenho de observaccedilatildeo do natural existe necessidade de se encontrar o

enquadramento apesar de estar definido o assunto

Observemos o enquadramento inicial e desenhemos nele um ciacuterculo em posiccedilotildees

diferentes

CGA - Elisabete Silva

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 26: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Em a) e b) haacute estabilidade embora criada em movimentos para cima e para baixo

Em c) e d) haacute instabilidade e eacute criado um movimento obliacutequo

em e) a composiccedilatildeo estaacute equilibrada

CGA - Elisabete Silva

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 27: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Facilmente se compreende que sem o enquadramento o simples desenho do ciacuterculo natildeo

teria significado expressivo Seria um ciacuterculo e mais nada

Interessa compreender que no quadrado (ou em qualquer outra figura) os lados e os

acircngulos satildeo elementos que condicionam a composiccedilatildeo por possuiacuterem qualidades

expressivas que podem acentuar ou destruir o seu significado

CGA - Elisabete Silva

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 28: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Tensotildees dinacircmicas e estaacuteticas

Eacute conhecido o efeito de calma produzido pela horizontal pelo que o seu uso como

caracteriacutestica estrutural de uma composiccedilatildeo faraacute com que esta transmita de imediato essa

sensaccedilatildeo

Igualmente para o sentido de ascensatildeo e de dignidade das verticais

Equiliacutebrio transmitido pelas verticais e horizontais cruzadas

Movimento transmitido pelas diagonais

CGA - Elisabete Silva

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 29: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Em a) o campo estaacute em equiliacutebrio

em b) c) e d) haacute um movimento respectivamente para a direita para cima e para baixo

Este movimento natildeo eacute evidentemente um movimento percebido pois as figuras

encontram-se perfeitamente paradas De facto deve-se falar mais de tensotildees do quem em

movimento na medida em que se trata de desvios do centro de equiliacutebrio do campo

CGA - Elisabete Silva

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 30: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Nos exemplos seguintes verifica-se que o disco seraacute sempre afectado por uma destas

linhas de forccedila independentemente de se encontrar exactamente sobre ela

Verifica-se que os discos tendem a ser afectados por uma linha estrutural que lhes

determinaraacute a tensatildeo a exercer na nossa psique

CGA - Elisabete Silva

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 31: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Assim verificamos que em 1 e em 3 o disco apresenta tensotildees respectivamente na

horizontal para a direita e na diagonal tambeacutem para a direita No entanto esta tensatildeo natildeo

eacute a que estaacute mais proacutexima do disco

CGA - Elisabete Silva

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 32: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Em baixo estaacute representado um campo de forccedilas em que a direcccedilatildeo denominante eacute

representada pelo traccedilo maior

CGA - Elisabete Silva

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 33: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

2 Equiliacutebrios e desequiliacutebrios

sob o ponto de vista fiacutesico eacute o estado em que as forccedilas que actuam sobre o corpo se

compensam umas agraves outras

teremos equiliacutebrio de um campo visual sempre que as forccedilas perceptuais se compensam

umas agraves outras

Haacute sempre um centro de equiliacutebrio que pode ser determinado para qualquer campo seja

ele qual for

Existem casos de obras de arquitectura actual em que o equiliacutebrio perfeitamente

conseguido graccedilas ao betatildeo armado nem sempre tem correspondecircncia visual

CGA - Elisabete Silva

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 34: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

O campo visual estaacute organizado em funccedilatildeo de um centro de atenccedilatildeo

A tendecircncia para equilibrar o campo eacute uma tendecircncia inata com que nos encontramos

apetrechados e fundamenta-se numa necessidade natural instintiva de focar a atenccedilatildeo

sobre todo o elemento novo que vem perturbar a ordem do campo ateacute ele se encontrar

novamente equilibrado

EXEMPLO

Suponhamos agora que um elemento novo surge de repente no campo como por

exemplo uma pessoa que chega vinda de repente uma janela que se abre um objecto

que cai De imediato nos voltamos na direcccedilatildeo do elemento novo focando-o e

reestruturando assim o campo e reajustando a ordem interior (nossa) agrave exterior (do

campo)

CGA - Elisabete Silva

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 35: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Transpostas as coisas para o campo do desenho facilmente verificamos que uma

composiccedilatildeo desequilibrada nos parece sempre incompleta e mal acabada

Tudo isto tambeacutem eacute vaacutelido para a literatura para a muacutesica para o cinema POR EXEMPLO

todos temos a experiecircncia de ter assistido a filmes que ldquoacabamrdquo agraves vezes antes de chegar

ao fim ou que chegam ao fim sem terem acabado

CGA - Elisabete Silva

Existem cortes que

beneficiam a

composiccedilatildeo

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 36: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Peso

O peso de uma parte de uma composiccedilatildeo depende de vaacuterios factores Em primeiro lugar

depende da localizaccedilatildeo Os elementos colocados no centro ou sobre a linha mediana

vertical do campo podem ter mais peso do que aqueles que se encontram fora dela

Para que a composiccedilatildeo fique equilibrada o peso deveraacute diminuir agrave medida que o elemento

se encontrar afastado do centro Por isso na maior parte dos casos os elementos de maior

peso geralmente grupos satildeo colocados no centro da composiccedilatildeo Elementos de peso igual

seratildeo colocados a igual distacircncia e assim sucessivamente

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 37: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

CGA - Elisabete Silva

O peso depende tambeacutem do tamanho do elemento Na imagem seguinte o elemento da

direita como eacute menor equilibra o maior tamanho do da esquerda graccedilas agrave sua localizaccedilatildeo

mais afastada no centro

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 38: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Poreacutem este equiliacutebrio eacute rompido graccedilas ao uso da cor Esta tem uma escala de peso que se

pode definir a partir do azul mais leve para o vermelho mais pesado O grau de claridade

de uma cor tambeacutem conta Uma cor mais clara aparenta sempre mais peso do que uma cor

escura Na imagem seguinte os elementos de cor clara desequilibram ainda que pouco a

composiccedilatildeo para o seu lado

CGA - Elisabete Silva

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 39: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

O peso da composiccedilatildeo tambeacutem eacute afectado pelo interesse especiacutefico que um determinado

elemento pode ter ou ainda pela sua complexidade formal ou desenho minucioso

Na seguinte figura o desenho da direita desloca a composiccedilatildeo na sua direcccedilatildeo graccedilas ao

seu desenho mais pormenorizado O interesse que uma figura desperta nos desejos ou

receios do observador embora mais subjectivo eacute tambeacutem um caso a considerar no que

respeita agrave atribuiccedilatildeo de peso a um elemento

CGA - Elisabete Silva

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 40: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Outro dos factores que condicionam o peso de um elemento eacute o seu isolamento do

contexto Numa paisagem a mesma figura colocada no espaccedilo teraacute muito maior peso do

que se estiver colocada no solo como se pode verificar na imagem seguinte

CGA - Elisabete Silva

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 41: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Este factor eacute particularmente usado quer no teatro quer no cinema onde a vedeta se

destaca pela marcaccedilatildeo ou pela coreografia do conjunto atraindo assim a nossa vista e

interesse Na imagem a) pode-se verificar que haacute um desequiliacutebrio na composiccedilatildeo muito

mais notoacuterio do que na imagem b)

Dentro de um sistema o equiliacutebrio eacute atingido quando as forccedilas que o constituem se

compensam umas agraves outras Estas estatildeo dependentes de trecircs propriedades ponto de

aplicaccedilatildeo sentido e forccedila

CGA - Elisabete Silva

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 42: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Em princiacutepio as linhas como as que estatildeo representadas na seguinte figura a) indicam

sempre um impulso nessa direcccedilatildeo que para ser equilibrado teraacute de ser compensado por

um impulso noutra direcccedilatildeo

A figura daacute-nos disso um exemplo As linhas de forccedila da mulher satildeo compensadas pelo

olhar e pelos braccedilos Na figura b) esse equiliacutebrio eacute destruiacutedo com a junccedilatildeo de um segundo

elemento com o mesmo sentido Dirige a vista para a esquerda da composiccedilatildeo retirando-

lhe o equiliacutebrio

CGA - Elisabete Silva

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 43: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Rectacircngulo de ouro

Problema da proporccedilatildeo

O rectacircngulo de ouro pertence a um dos vaacuterios sistemas que regulam as relaccedilotildees ou

repeticcedilotildees de linhas espaccedilos e volumes tons e cores que actuam como fundamentos de

harmonia

Refere-se a uma proporccedilatildeo que natildeo soacute diz respeito agraves grandezas dos lados mas tambeacutem

ao todo por ela formado

CGA - Elisabete Silva

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 44: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

O rectacircngulo de ouro eacute o enquadramento rectangular cuja proporccedilatildeo se obteve por uma

relaccedilatildeo matemaacutetica Para que haja unidade numa composiccedilatildeo todos os seus elementos

incluiacutedo o enquadramento devem formar um todo

CGA - Elisabete Silva

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 45: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Entende-se pela proporccedilatildeo a correspondecircncia das partes com o todo ou dos elementos

entre si Na proporccedilatildeo interveacutem o princiacutepio da repeticcedilatildeo um conjunto satisfaz quando as

suas partes satildeo repetidas e ao mesmo tempo tecircm variaccedilotildees suficientes para chamar a

atenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 46: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Linha

A linha eacute um elemento visual de linguagem plaacutestica que conteacutem um grande poder de

expressatildeo Arrasta consigo a vista ateacute um determinado ponto comunicando uma acccedilatildeo ou

um movimento

serve o contorno das formas a textura os valores do claro-escuro e a proacutepria malha

estrutural da composiccedilatildeo

o tipo de traccedilado assim ela adquire um significado ndash relaciona-se natildeo soacute com a

personalidade do desenhador mas tambeacutem com o instrumento riscado e o suporte com

que se trabalha

CGA - Elisabete Silva

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 47: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Registos de linhas com expressotildees diferentes

CGA - Elisabete Silva

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 48: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

As linhas formam o esqueleto de uma composiccedilatildeo de que depende todo o significado e

definem de imediato uma proposta esteacutetica (exemplo na imagem seguinte)

CGA - Elisabete Silva

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 49: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

As linhas podem desempenhar as seguintes funccedilotildees

Elemento de contorno definindo formas e figuras

Elemento gerador de superfiacutecie ajudando a definir (imagem seguinte)

Elemento modelador definindo volumes

Elemento expressivo atraveacutes da sua anatomia

Elemento auxiliar de construccedilatildeo

Elemento de tensatildeo direccional (gerador de espaccedilo e movimento)

Traccedilado ordenador modulador Assegura a proporccedilatildeo entre as partes

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 50: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

CGA - Elisabete Silva

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 51: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Resumindo

Quando agrave forma as linhas dividem-se em dois grupos ndash expliacutecitas (todas as que se

observam pela sua presenccedila na obra) e impliacutecitas (aquelas que natildeo se expressam por si

mas que se subentendem) Eacute o caso das linhas estruturais de uma composiccedilatildeo

Quanto agrave funccedilatildeo dividem-se em trecircs grandes grupos

Linhas de composiccedilatildeo ndash traccedilados ordenadores linhas envolventes e linhas direccionais

Linhas de representaccedilatildeo ndash mais ou menos condicionadas agraves formas a sugerir

Linhas expressivas ndash podem ser de representaccedilatildeo rigorosa ou livre e dependem sempre de

um gesto e de uma intenccedilatildeo

CGA - Elisabete Silva

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 52: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Resumindo (cont)

A linha eacute uma abstracccedilatildeo

Natildeo passa de um conceito

Eacute um elemento visual e estrutural de que nos servimos para representar ou explicitar o que

necessitamos

Como figura geomeacutetrica a linha eacute um conceito usado para resolver problemas Pode

representar uma intersecccedilatildeo entre dois planos ou simplesmente representar um valor em

si

Em qualquer um dos casos a sua expressatildeo eacute de rigor

CGA - Elisabete Silva

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 53: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Linha ndashValores claroescuro

Como elemento repetido a si proacuteprio ou formando malhas cruzadas rigorosas ou

livremente a linha pode tornar homogeacuteneas as superfiacutecies como se de uma tonalidade

se tratasse

Textura

Chama-se textura ao aspecto resultante de uma composiccedilatildeo material

Representa uma linguagem visual todo o grafismo que caracteriza uma superfiacutecie

Desempenha um papel importante como elemento de linguagem visual plaacutestica

CGA - Elisabete Silva

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 54: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

As texturas classificam-se quanto agrave sua origem em

Naturais

Artificiais

Todas as texturas apresentadas graficamente satildeo texturas artificiais

Quanto aacute forma classificam-se em

Ordenadas (regulares)

Desordenadas (irregulares)

Ligada aacute noccedilatildeo de textura existe a noccedilatildeo de padratildeo textura artificial com formas cujas

dimensotildees lhe conferem individualidade

CGA - Elisabete Silva

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 55: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Nos padrotildees distinguimos o moacutedulo - unidade miacutenima de repeticcedilatildeo ndash e a malha estrutural

ndash traccedilado ordenador em que se apresentam os moacutedulos

Quanto agraves suas texturas podem actuar como

Elemento gerador de superfiacutecies (definindo certas aacutereas de suporte)

Elemento caracterizador (pode-se dizer qual o material de que o objecto eacute feito)

Elemento gerador de profundidade (a forma texturada tende a ser vista como em

primeiro plano)

Elemento de normalizaccedilatildeo padronizado

Gerador expressivo (expressatildeo de racionalidade emotividade serenidade agitaccedilatildeo

etc)

CGA - Elisabete Silva

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 56: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Cor Valor

O fenoacutemeno da cor eacute um dos mais importantes da linguagem plaacutestica

A cor pode-se estudar sob vaacuterios aspectos fiacutesico psicoloacutegico artiacutestico cultural e

fisioloacutegico

A cor eacute

uma sensaccedilatildeo produzida quando radiaccedilotildees de comprimento atingem o nosso globo

ocular actuando como estiacutemulo satildeo ondas provenientes sobretudo da luz solar (ou de

qualquer outra fonte luminosa) e reflectida pelas diversas superfiacutecies do nosso mundo

envolvente Como o espectro de absorccedilatildeo ou seja a aparte da luz que eacute absorvida

varia de superfiacutecie para superfiacutecie

CGA - Elisabete Silva

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 57: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Atributos e aparecircncia da cor

a cor natildeo eacute uma propriedade do objecto mas sim uma alteraccedilatildeo psiacutequica daquele que a

percebe

Desconhece-se se se trata de uma sensaccedilatildeo ou uma percepccedilatildeo

o valor a intensidade e a saturaccedilatildeo satildeo atributos da cor ao passo que o brilho eacute jaacute um

modo de aparecircncia

CGA - Elisabete Silva

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 58: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Classificaccedilatildeo das cores

As cores podem classificar-se segundo o seu grau na escala de construccedilatildeo cromaacutetica em

Primaacuterias vermelho amarelo azul

Secundaacuterias e intermeacutedias resultantes da mistura de corantes primaacuterios entre si e

destes com um dos tons obtidos (Am+V=Lj+V=VLj Intermeacutedio)

Terciaacuterias resultantes da mistura de duas cores secundaacuterias trecircs primaacuterias (com

predominacircncia de uma delas) ou uma primaacuteria e uma secundaacuteria oposta

(complementar)

CGA - Elisabete Silva

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 59: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

CGA - Elisabete Silva

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 60: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Variaccedilotildees por contraste

Contraste simultacircneo

Ao fixarmos um ciacuterculo vermelho durante 15 segundos veremos aparecer agrave sua volta uma

aureacuteola esverdeada que se tornaraacute mais forte aacute medida que a vista se fatiga A este

fenoacutemeno chama-se contraste simultacircneo

Esse ciacuterculo esverdeado vamos vecirc-lo se imediatamente a seguir fixarmos uma folha de

papel branco Eacute o que se chama contraste sucessivo

CGA - Elisabete Silva

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 61: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Contraste sucessivo

A nossa vista ao fixar uma cor neste caso o vermelho reage construindo a sua

complementar o verde

Todas as cores primaacuterias tecircm como complementar correspondente uma cor secundaacuteria que

lhes estaacute diametralmente oposta no ciacuterculo cromaacutetico como acontece com o vermelho e

verde referidos

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 62: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Relaccedilatildeo das cores

Os fenoacutemenos de acccedilatildeo reciacuteproca das cores satildeo

Relaccedilotildees de quantidade

Relaccedilotildees de valor

Relaccedilotildees de croma

Relaccedilotildees de quentefrio

Relaccedilotildees de complementaridade

Relaccedilotildees de simultaneidade

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 63: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilotildees de quantidade o equiliacutebrio entre duas cores opostas (complementares)

depende em parte da aacuterea ocupada por cada uma delas

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 64: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de valor uma cor apareceraacute mais clara sobre um fundo escuro do que sobre um

fundo mais claro do que ela

CGA - Elisabete Silva

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 65: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Relaccedilatildeo das cores

Relaccedilatildeo de intensidade uma cor apareceraacute mais pura sobre um fundo mesclado do que

sobre um fundo vivo

Relaccedilatildeo quentefrio uma cor fria apareceraacute mais fria sobre um fundo quente do que

sobre um fundo frio

Relaccedilatildeo de complementaridade uma cor apareceraacute mais niacutetida sobre uma sua

complementar do que sobre qualquer outra

Relaccedilatildeo de simultaneidade um amarelo apareceraacute mais alaranjado quando oposto a um

azul do que a um vermelho

CGA - Elisabete Silva

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 66: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Cor e simbolismo

CGA - Elisabete Silva

Vermelho-claro (vivo) alegria

Vermelho-escuro depressatildeo

Rosa-paacutelido feminilidade

Rosa-forte frivolidade

Laranja-claro limpeza

Laranja-escuro desolaccedilatildeo

Amarelo-claro nitidez

Amarelo-escuro apelo aos sentidos

Violeta opressatildeo

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 67: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

As cores e suas sensaccedilotildees - Influecircncias no comportamento do consumidor

CGA - Elisabete Silva

Verde-claro frescura

Verde-escuro decadecircncia

Azul-claro tranquilidade

Azul-escuro depressatildeo

Azul-violaacuteceo repouso

Azul-marinho profundidade

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 68: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Cores mais recomendadas para as embalagens

CGA - Elisabete Silva

Cafeacute marrom-escuro com um toque de laranja ou vermelho

Chocolate marrom-claro ou vermelho-alaranjado

Leite azul em vaacuterios tons as vezes com toques de vermelho

Gorduras vegetais verde-claro ou amarelo natildeo muito forte

Doces vermelho alaranjado

Frutas e compotas fundo vermelho as vezes com toque de amarelo

Massas alimentiacutecias produto em transparecircncia com toque de vermelho

amarelo ndashouro e agraves vezes com toques azuis

Chaacute-mate vermelho branco e marrom

Queijos azul claro vermelho e branco amarelo claro

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 69: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Cores mais recomendadas para as embalagens Sorvetes Gelados laranja azul-claro amarelo-ouro

Oacuteleos e azeites Verde vermelho e toques de azul

Iogurte branco e azul

Cerveja amarelo-ouro vermelho e branco

Ceras tons de marrom e branco

Detergentes rosa azul-turquesa azul cinza esverdeado branco azulado

Inseticidas amarelo e preto verde escuro

Cosmeacuteticos azul pastel rosa e amarelo-ouro

Perfumes roxo amarelo ouro e prateado

Bronzeadoreslaranja e vermelho

CGA - Elisabete Silva

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 70: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Figurafundo

Podemos observar este fenoacutemeno dando atenccedilatildeo agraves imagens que ilustram as leis da

relaccedilatildeo figurafundo e tambeacutem as figuras reversiacuteveis do conhecido exemplo de Rubin

CGA - Elisabete Silva

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 71: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Quando se observam dois campos homogeacuteneos de tamanhos diferentes o maior eacute visto

como fundo e o menor como figura

Se um campo se apresenta dividido em duas partes homogeacuteneas a inferior tende a ser

vista como figura

CGA - Elisabete Silva

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 72: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

A cruz cujos sectores satildeo verticais eacute mais rapidamente vista como figura porque eles

coincidem com a estrutura linear do ciacuterculo

CGA - Elisabete Silva

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva

Page 73: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Nas figuras reversiacuteveis gera-se uma instabilidade provocada pela leitura que nos permite

ver como fundo a parte escura se fixarmos a branca ou a branca se fixarmos a escura

CGA - Elisabete Silva

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

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Page 74: ApresentaçãO Módulo 2 CGA

Escala

Uma lei simples da percepccedilatildeo da forma diz-nos que um objecto mais proacuteximo aparece-

nos maior do que um objecto do mesmo tamanho mas mais afastado

Na imagem seguinte a bola colocada agrave direita eacute uma bola de futebol ou uma bola de golf

Torna-se por isso difiacutecil colocaacute-la num plano do espaccedilo referenciado pelos sucessivos rostos

em gradaccedilatildeo A bola e os rostos estatildeo em escalas diferentes

CGA - Elisabete Silva