apresentação mantra yoga
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MANTRA YOGADwapara Yuga – Krisna Dwaipayana Vyasa
Formação de professores módulo VI – Agosto 2015
MANTRAS
Ramo do Yoga Clássico que estuda e pratica as vocalizações
sonoras, explorando a própria vibração e as frequências dos sons para a
modificação, à transformação, à mutação e liberação dos padrões mentais,
liberando assim o praticante da dualidade material.
Sua origem é Védica, (principalmente no Rig-veda)
Sua potencialidade por ser dirigida de forma oral não se desatualizou
com o passar dos milênios.
F A T O S!
a) Seus objetivos são os mais diversos, amplos, variados e
inimagináveis.
b) Para cada uma delas existe um mantra específico ou genérico.
c) Podem ser usados para fins positivos ou negativos.
d) Em geral um mantra atuará sob qualquer situação.
DEFINIÇÕES
1. Do sânscrito Man = mente e Tra = alavanca.
2. É uma sílaba ou poema religioso normalmente em sânscrito.
3. Os mantras originaram do hinduísmo, porém são utilizados também
no budismo e janaismo e etc.
Para algumas escolas, especificamente as de fundamentação
técnica, mantra pode ser qualquer som, sílaba, palavra, frase ou texto, que
detenha um poder específico. Porém, é fundamental que pertença a uma
língua morta, na qual os significados e as pronúncias não sofram a erosão
dos regionalismos por causa da evolução da língua.
Nesse raciocínio
Dentro do Mantra yoga os sons podem ser de quatro espécies distintas:
1.O som imanifesto – Chamado de Para
2. O som imanifesto tornando-se manifesto – Pasyanti (pashianti)
3. O som potencial, que inclui o espaço e a forma – Madhyama
4. O som transformado em forma – Vaikhari ( o som como reflexo da
forma)
O Devanagari possui 50 vibrações perfeitas atuando nos universos
externos e internos sob três aspectos:
a) O sem forma. (Arupa)
b) O Harmonioso.
c) O desarmonioso.
No Sanatana Dharma e nos seus principais Darshanas, (Yoga chama-
se Japa-Yoga ou Mantra-Yoga), o Mantra exerce importância singular por dois
grandes motivos, primeiramente, por tratar-se de Angas, partes ou seqüências
dos hinos dos livros e, em segundo, por tratar-se da personificação do nome
ou Nama do Senhor (o Brahman em Si mesmo), na forma escrita e articulada
sonoramente.
a) Teorias das vibrações – ou Spanda que relata Conceito potencial do som – Shabda
Tanmantra (matrizes formativas – matrikas)
Cada matrika possui um Varna (cor ou cores), todas as matrikas ou letras mãe
possui o EPC em gênero, numero e grau, sendo a mais forte de todas é a força atômica no
plano da existencial (prakriti). O EPC pode ser colocado em ação sob três formas.
1. Controle das energias vitais (controles do 5 vayus)
2. Controle das energias vibracionais (mantrayamas)
3. Controle das energias elementais.
O pleno desenvolvimento de tais práticas leva o mínimo de 15 a 20 anos e,
atua diretamente sobre os tchakras, nadis, srotas, marmas, dhatus e etc..
Estruturação
TEMPERAMENTOS
Segundo o Bhairavi-Tantra existe uma divisão clássica dos
mantras sendo por sua ordem de temperamento ou idade.
a) Quentes – Narina direita – Surya ou agneya
b) Frios – Narina esquerda – Chandra ou saunya
c) Mornos – Ambas as Narinas – Shushumna nadi.
Para o texto clássico de Sarada-Tilak um mantra quando encontra-se
adormecido não compensa nem canta-lo.
RECOMENDA-SE
Sentir o trato olfatório para saber qual mantra deverá ser
recitado. No caso de mantras frios (saumya) durante o período de suas
práticas deve-se consumir alimentos puramentes vegetarianos (nem
sementes e cereais) – observar sempre segundo a medicina ayurvédica
o efeito do principio ativo do alimento sobre o organismo.
Para o Narayani-Tantra, vai mais além, afirma que a escolha do
mantra deve sempre basear-se no nome da pessoa e na letra inicial do
referido mantra.
Divisão dos Mantras
a) Pessoais: Transmitidos diretamente dos mestres para os discípulos,
jamais são de conhecimentos de terceiros.
b) Impessoais: Transmitidos também dos mestres para os discípulos,
porém com mais diferentes finalidades.
Finalidades e mutações
a) Imparcial (namah) para casos de transformações.
b) Femininos (swaha ou Voushat) – Casos do cotidiano.
c) Masculinos (quando aparece também as palavras Vashat ou Fath)
usados para distrair ou chamar a atenção.
DIVISÃO E MUTAÇÃO
1. Pinda Mantra – 01 letra
2. Kartari Mantra – 02 letras
3. Bija Mantra – Menos de 10 letras e + que uma.
4. Mantra – Mais de 10 e no máximo de 20 letras
5. Mala Mantra – Mais de 20 letras
EXTENSÕES
Forma de praticar os mantras
a) De maneira continua e de ritmo uniforme:
b) Em voz alta – Vachika Japa
c) Sussurrando – Upanshu Japa
d) Interiormente – Manasa Japa ou Ajapa Japa
Regras:
1- Melhor horários (de madrugada a partir das 2hs – horário de Brahma (ni).
2- Local limpo, arejado, tranqüilo e sossegado
3- Sentado (coluna ereta) e voltado para o norte
4- Nunca sentar-se em contato direto com o solo
5- Cerrar os olhos em mudra Yoni.
6- Decidir antecipadamente o numero de vezes que o mantra será cantado
7- Pode-se usar incensos legítimos para purificar o ambiente.
8- Ao final deverá agradecer a divindade.
9-Durante os 90 dias anteriores as práticas não se deve ingerir carne, bebidas
alcoólicas, tabaco ou qualquer outro produto de origem animal.
Os Mantras devem tão somente ser emitidos sob a restrita
autorização do Guru ou Mestre Espiritual, de acordo com a forma que este
orientar. No mais das vezes, os Mantras são articulados na forma de Japa, ou
repetição curta, com o uso de um Mala com 108 contas. Este processo pode
ser em três níveis, a saber: sussurrado, cantado ou mentalmente. Quanto mais
desenvolvida a concentração do 'Sadhaka' (praticante), maior será a sua
capacidade de mantralização na forma mental ou Manasika-Mantra.
Há um processo chamado Ajapa-japa, que é a repetição de
determinados Mantras conforme a respiração ou Pranayama.
Transmissão do Mantras – Agni Purana
1. Um Rish ou Rishaya – acima de 100 anos (a priori).
2. Um Guru legítimo – não os de seitas e doutrinas (acima dos 70 anos)
3. Um mestre ou mestra legítimo - não os de seitas e doutrinas
4. Um Swami ou Swamini – não de seitas
5. Um iniciando ou iniciada em Yoga no sétimo grau.
1° grau – criança
2° grau – 13 a 15 anos
3° grau – 21 anos
4° grau – 28 anos
5° grau – 35 anos
6° grau - 49 anos
7° grau - acima dos 63 anos
Japamala (Japa = repetição, Mala = cordão ou colar) é um objeto antigo de
devoção espiritual, conhecido também como rosário de orações no ocidente. É
um artesanato muito utilizado para ajudar nas orações e mentalizações como marcador.
Existem de diversos tipos, tamanhos e materiais e podem ter uma quantidade diferente de
contas, de acordo com a cultura ou religião.
Um Mala é geralmente composto por 108 contas e o “meru”, conta central que
marca o início e o fim do mala. Também é possível encontrar japamalas menores,
variando de 54 ou 27 contas, todas sub-divisões de 108.
Rudrakshas
São as sementes da planta, tiradas do fruto - semelhante a uma noz da
planta de mesmo nome. É-lhe atribuído mais valor curativo de acordo com a
obediência a certos fatores: coloração (as mais claras têm mais poder curativo),
aparência (conservadas, indenes, não lisas) e número de faces (mukhi), que deve
ser definido e quanto maior a sua quantidade, mais valor sentimental, financeiro,
afetivo e curativo dá à semente.
Etimologia
O nome rudraksha, é um termo composto (rudra = deus dos trovões e
akṣa = olho) que é dado tanto a esta árvore como também a seus pequenos frutos
e sementes, sendo estas muito prezadas por suas supostas propriedades sagradas
(Sri) e curativas de acordo com o sistema tradicional de medicina da Índia.
BOSE, Sandra. Rudraksha Terapia - A Terapia Iogue das Sementes Sagradas.
ASPECTOS DO OM - AUM
• O “Om” é um pinda mantra.
• Neles está contido todas as letras do alfabeto sanskrito.
• Som básico onde tudo esta presente.
• Profunda ligação para com os koshas.
• O origem e o fim do universo (pralaya).
• É a representação, também do 1° aspecto do ser ou entes chamados
de Vaiswanara em sua natureza física. Onde, Quando desperto:
O sol é seu olho;
O céu é sua cabeça;
O espaço o seu corpo;
A terra os seus pés, o fogo seu coração, a água seu ventre e o ar seu
alento.
2° Tejas (mental)
3° Prijna (sem sonhos)
4° Indescritível
OM sob a forma de AUM
• “a” – representa o 1° aspecto (Vaiswanara) as qualidade físicas
• “u” – representa o 2° aspectos (Tejas) impressões mentais ou meio
dormindo e meio acordado.
• “m” – representa o 3° aspecto (prijna) sem impressões e sonhos.
Mantras diários
• Om Adittyaya namah – Vigor, saúde e clareza.
• Om sri Kali kaya namah – Respeito;
• Om sri Durgava namah – Saúde e lucidez
• Om Ramaya namah – Equilíbrio e bem-estar
• Om Pavan Putraya namah – Da sucesso absoluto
• Om Govindaya namah – paz e prosperidade
• Om sri Ganeshaya namah – liberador de caminhos.
SEGUNDO CHARAKA SAMHITA O INDIVÍDUO É COMPOSTO 72.000 CANAIS
Existem 03 srotas (canais) que conectam o indivíduo ao meio externo,
através do ar, da comida e da água: são eles:
1. Pranavaha srota – os canais que carregam a respiração, (PRANA e TEJAS).
2. Annavaha srota – os canais que transportam os alimentos sólidos, (PRANA E
OJAS)
3. Udakavaha srotas – os canais que transportam água, (PRANA E OJAS)
1. Atman - O nossa Essência Divina;
2. Budhi - Nossa Alma Divina;
3. Manas - Nossa Alma Humana, ou Mente Divina. É o elo entre a Díade Atman-Budhi
e nossos princípios inferiores; O corpo mental de Manas inferior;
4. Kâma Rupa - O corpo de desejos ou corpo emocional, o corpo astral
5. Prâna - O duplo etérico - corpo vital;
6. Linga Sharira - O etérico.
7. Sthula Sharira - O corpo físico, corpo denso.
OS SETE CORPOS SEGUNDO A TRADIÇÃO HINDU.
Sanskrito Português Posição Cores Básicas
N° de Pétalas (Bija) Sentido Elemento
Sahasrara Coronário Alta da Cabeça Violeta 972/1000 Sham Consciência Universal
Ajna Frontal Testa Azul Escuro 96 Om Intelecto Unificador
Vishuddha Laríngeo Garganta Azul Opala 16 Ham Audição Éter
Anahatha Coração Prox. o Coração Amarelo 12 Yam Tato Ar
Manipura Umbigo Prox. o Umbigo Verde 10 Ram Visão Fogo
Swadhistana Baço Órgãos sexuais
Rosa Choque 6 Vam Paladar Água
Mulhadhara Raiz Base da Espinha Laranja 4 Lam Olfato Terra
CHIDAKASH
Segundo o Vajra Satva Samhita afirma: o espaço das energias de
Chitta (mente) está em yoga dharana com o tatva chidakash. Ou seja: o
espaço sináptico entre os neurónios está funcionalmente ligado ao espaço
no interior do cérebro chamado de “lobo da insula”, (RANSMANSUN,
2010).
RANSMANSUN R. Una introducción a la comprensión de la ciencia de Prana ,Tejas y Ojas : Las energías de la mente. 2010.
A. Prana – Força vital, presente de forma sutil na atmosfera de todo cosmo, é a força
fundamental de todas as funções do corpo e da mente, responsável pela coordenação do
ares (vayus) e dos sentidos da mente (chitta). É responsável pelo entusiasmo e pela
expressão da mente, em falta sofremos de depressão e da estagnação mental.
B. Tejas – Luz Interior (bud), a energia sutil do fogo por meio da qual temos impressões e
pensamentos. A princípio, rege o desenvolvimento das capacidades superiores da
percepção. Rege a assimilação e a absorção da mente, sem ele nos falta a lucidez e a
determinação.
C. Ojas – vigor, fundamental energia sutil da água como nossa reserva vital de energia, a
essência dos alimentos digeridos, o próprio fluído da vida! Rege a calma, ajuda e propicia
todos os estados superiores da consciência. Fornece a estabilidade psicológica e a
resistência, sem ele temos angustia e fadiga mental.
CHIDAKASH