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LinguísticaTRANSCRIPT
Lyons: A Linguística é descritiva, não prescritiva.
“Dizer que a linguística é uma ciência descritiva (ou
seja, não normativa) é dizer que ela tenta descobrir e
registrar as regras segundo as quais se comportam os
membros de uma comunidade linguística, sem tentar
impor-lhes outras regras ou normas, de correção
exógenas”
Dois Tipos de Regras:- Imanentes- TranscendentesO que são essas regras?
Regras Imanentes Na medida em que o comportamento de certos grupos dentro da comunidade é, na prática, governado por princípios determináveis – seja que os membros de tais grupos professem, ou mesmo estejam conscientes de tais princípios, ou não – podemos dizer que seu comportamento é regido por regras: as regras são IMANENTES (internas) a seus comportamentos reais.
Regras Transcendentes As pessoas podem ou não obedecer ao que chamo de regras transcendentes (exteriores, não imanentes). Pode haver diferença entre o seu comportamento real, e o comportamento que dizem, ou mesmo pensam, ter. Contudo, a distinção mais importante é a que existe entre regras transcendentes (Prescritivas) e regras imanentes (descritivas). Um dizer e não-dizer, se prescritivo é uma ordem. Se descritivo, é uma afirmação.
O comportamento linguístico é regido por regras imanentes e um estudo prescritivo sobre o mesmo, implicaria no uso de normas transcendentes. As pessoas podem obedecer ou não às regras transcendentes (moral, lei, religião), enquanto que as imanentes elas as tem na maioria das vezes de forma inconsciente.
A Gramática Tradicional para o Linguista O gramático tradicional tinha um caráter acentuadamente normativo. O gramático acreditava que sua missão era formular os padrões de correção e impor, se necessário, aos falantes da língua, tais normas de comportamento.
Preconceito Linguístico
Como membro individual de uma comunidade, o lingüista terá seus próprios preconceitos. Suas atitudes a respeito de sua própria língua não serão menos subjetivas, neste particular, do que as dos leigos. Mas ele saberá que o que está corrigindo, por exemplo, não é inerentemente incorreto, mas apenas relativamente a um padrão que, por motivos de prestígio social ou de vantagens educacionais, prevalece.