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Redes sociais: limite entre o aceitável e o perigoso.É fato que, na última década, cresce rapidamente o número de brasileiros que acessam a Internet em sua rotina - hoje,

mais de 50% o fazem -, aumentando, assim, a relevância do conteúdo por ela viralizado. Em contrapartida, a população, embora utilize tal mídia em larga escala, não se mostra totalmente crente naquilo por ela divulgada.

Obviamente, com a Internet, através das redes sociais, tornou-se possível estabelecer comunicação com quaisquer lugares no mundo - desde que esses ofereçam conexão -, facilitando e , de certa forma, garantindo a existência de relacionamentos a distância, antes custosos. Além disso, ampliou-se substancialmente a obtenção de informações, o que proporciona ao povo formas de manter atualizado acerca de tudo o que está acontecendo, seja questões sociais, seja políticas, dentro do país ou fora dele. Por fim, é inegável o caráter "amplificador" das redes sociais no que diz respeitos a dados particulares divulgados, tendo em vista o volume gigantesco de pessoas com acesso a eles, o que propicia ao usuário consciente uma ferramenta de projeção pessoas e profissional.

Todavia, quando as pessoas esquecem as principais características das redes de comunicação - a velocidade de propagação de informação para milhares de pessoas e a possibilidade de falsos dados e fontes - , o uso deles pode acarretar problemas. Ao exagerar no teor ou na frequência de publicações, embora objetivando uma "autopromoção" saudável , o indivíduo pode transmitir uma imagem equivocada de si mesmo, o que traz prejuízo à vida pessoal e à carreira. Soma-se a isso o fato de que a exposição desmedida, sobretudo de dados realmente íntimos, pode levar a situações de "cyberbullying", clonagem de documentos e senhas e até mesmo a cenários mais preocupantes, como os casos de "sexting" e "nude selfing" que acabam vazando. Além do mais, justamente por não terem total credibilidade às informações que constam na Internet , uma má interpretação ou um uso malicioso deles implica a formação de opiniões distorcidas acerca dos mais diversos assuntos.

A fim de que as redes sociais sejam utilizadas de maneira sadia, é preciso haver, desde cedo, na vida dos jovens, por meio da família e da escola, uma conscientização sobre os limites dessas ferramentas e os perigos que elas oferecem caso sejam desrespeitadas.

IBGE: Metade dos brasileiros estão conectados à internet; Norte lidera em acesso por celular

Luís Guilherme Barrucho –@luisbarrucho

Da BBC Brasil em São Paulo

O jovem Awipdavi Urueu, da tribo indígena Uru-Eu-Wau-Wau, em Rondônia, tem 23 anos e comotodo brasileiro da sua idade gosta de acessar comfrequência as redes sociais.

Porém, com apenas um computador na reservaindígena onde mora, localizada a cerca de 100quilômetros ao sul da capital do Estado, PortoVelho, Awipdavi acaba tendo de recorrer na maiorparte do tempo ao celular, por meio do qualinterage com a comunidade – são 200 membrosespalhados em seis aldeias – e se comunica com omundo exterior, além de manter atualizado o seuperfil no Facebook, repleto de 'selfies'.

"Acesso a internet por meio de uma antena que eu mesmo comprei. De todas as aldeias, só a nossa tem esse tipo deconexão. Como aqui não tem sinal de telefone, é a forma que consegui para trocar ideias e conhecer pessoas novas, comovocê", disse ele à BBC Brasil. A antena, conta, custou cerca de R$ 2 mil, valor que a aldeia pagou "em parcelas mensais deR$ 100".A realidade de Awipdavi é comum na região Norte do país, cujas distâncias e grandes dimensões retardaram a chegada dasredes de dados e fibras óticas. Sem uma infraestrutura adequada de cabos, a banda larga móvel (sem fio) ganhou forçafrente à fixa, em uma evolução diferente da verificada no restante do país.Dados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia eEstatística) nesta quarta-feira confirmam essa peculiaridade. Em 2013, a região Norte apresentou o maior porcentual dedomicílios que usaram o celular para acessar a internet (75,4%), enquanto no restante do Brasil predominou o uso docomputador.Entre os Estados do país, o acesso feito exclusivamente por celular ou tablet superou o feito por computador em Sergipe(28,9% por celular ou tablet contra 19,3% por computador), Pará (41,2% contra 17,3% por computador), Roraima (32%contra 17,2%), Amapá (43% contra 11,9%) e Amazonas (39,6% versus 11,1%). Parte dos entrevistados não soube responderà pergunta.Rondônia, paradoxalmente, foi a unidade da federação que registrou a maior proporção de acesso exclusivo por meio decomputador (61,1%), enquanto Santa Catarina teve o menor porcentual de acesso exclusivo por celular ou tablet (5%).Diferentemente do restante do Brasil, o Norte foi também a única região do país onde a conexão via banda larga móvel - asredes 3G ou 4G - ultrapassou a rede fixa. Nos Estados do Amazonas, Roraima, Pará e Amapá, oito em cada dez residênciascom internet acessaram a rede via banda larga móvel em 2013."A região Norte acabou prejudicada por causa da conexão à longa distância. Isso fez com que a internet ficasse muito cara ecom a velocidade muito baixa. O acesso que, antes só era possível via satélite, hoje já é viável por meio das torres de

telefonia celular. A banda fixa ali, contudo, acabou não evoluindo, diferentemente do restante do país", explica EduardoTude, presidente da consultoria Teleco, especializada em telecomunicações.Foi a primeira vez que o IBGE levantou dados sobre o tipo de equipamento utilizado para acessar a internet. Os dados daPnad também incluíram os domicílios cobertos por sinal digital de TV aberta e a posse de celular para uso pessoal.Computador menos importanteSegundo o órgão, 85,6 milhões de brasileiros acima de 10 anos de idade (49,4% da população) tinham usado a internet,pelo menos uma vez, no período de referência dos últimos três meses (últimos 90 dias que antecederam ao dia daentrevista) em 2013.Desse total, 78,3 milhões (45,3% da população) afirmaram ter acessado a rede via computador. A proporção é menor doque a verificada em 2011, quando 46,5% dos brasileiros diziam ter usado a internet por meio de um computador nodomicílio. Em 2013, de acordo com o IBGE, as regiões Sudeste (57%), Sul (53,5%) e Centro-Oeste (54,3%) registraram osmaiores percentuais de utilização da internet considerando-se todos os equipamentos. Já a região Norte teve a maiorproporção (8,7%) de pessoas de 10 anos ou mais de idade que utilizaram a internet por meio de aparelhos com exceção docomputador (celular, tablet, TV, etc). Em relação ao número de domicílios, de acordo com a pesquisa, 48% deles tinhamacesso à internet (31,2 milhões de residências). Desse total, 88,4% (ou 27,6 milhões) usavam a internet por meio decomputador. No restante – 11,6% ou 3,6 milhões de domicílios, a utilização da internet era realizada por outrosequipamentos.TabletsO IBGE verificou ainda a existência de tablets nos domicílios brasileiros. Segundo os dados da Pnad 2013, 7,1 milhões(10,8%) dos 65,1 milhões de domicílios particulares permanentes do país tinham o aparelho.Dentre eles, diz o órgão, mais da metade (3,9 milhões) estava no Sudeste, onde 13,8% das casas possuíam tablets. Já oNorte do país foi a região com a menor incidência do aparelho. Apenas 278 mil domicílios (ou 5,9% do total da região)tinham o dispositivo.

A pesquisa também mostrou uma relação direta entre oacesso à internet, a renda e os anos de estudo. Segundo oIBGE, a proporção de pessoas que usa a rede cresceconforme aumentam o rendimento e a escolaridade.Já no tocante à faixa etária, o cenário é inverso. Os maisjovens registraram os maiores percentuais de acesso àinternet.Acesso à TV e posse de celularO IBGE também levantou dados sobre o acesso à TV e aposse de celular para uso pessoal.Segundo as estimativas da Pnad 2013, 130,2 milhões debrasileiros acima de 10 anos de idade tinham celular parauso pessoal, um aumento de 49,4% ante a 2008.

Entre as regiões do país, o Centro-Oeste registrou a maior proporção de pessoas com o aparelho (83,8%), seguido do Sul(79,8%), Sudeste (79,5%), Norte (66,7%) e Nordeste (66,1%).De acordo com o IBGE, oito em cada dez brasileiros entre 25 e 49 anos possuíam um celular para uso pessoal em 2013.Já a TV, diz o órgão, predomina em 97,3% dos domicílios do país (63,3 milhões). Desse total, 29,5% das residências tinhamTV por assinatura, 31,2% possuíam sinal digital de TV aberta enquanto que 38,4% dependiam de antena parabólica.

Redes sociais também oferecem riscos na divulgação de

informações pessoaisEspecialistas alertam para a superexposição detalhada na web, que pode fazer usuários ficarem mais

vulneráveis a pessoas que monitoram para cometer crimesBIANCA LOBIANCO

Rio - Saber exatamente o lugar onde a pessoa está ouqual a sua rotina. Esse é um dos grandes problemas quesurge em um momento onde a exposição diária por meiodas redes sociais é super compartilhada. O "saber detudo" expõe na vulnerabilidade do usuário, que entregapara qualquer desconhecido o local onde mora, oslugares que costuma frequentar, seus hábitos e seu perfiltraçado. O uso inconsciente das redes traz uma realidadede medo em um mundo onde tudo é "perfeito", masonde sempre tem alguém à espreita.Para o professor de Segurança da Informação daUniversidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), MárcioGonçalves, quem usa a Internet para fazer o mal estáatrás das pegadas digitais dos usuários. "Os usuáriosestão desamparados por questões legais e acabam

esquecendo disso ao expor o lugar onde moram, se estão passando férias na casa de praia, onde estão almoçando. Aspessoas realmente não têm dimensão do que tem por trás dessa superexposição. A segurança da informação é um assuntoque deve ser discutido à exaustão na sociedade", pontua

O professor também afirma que as pegadas digitais nãopodem ser tão claras a fim de deixar os usuáriosvulneráveis. Já que a rede mundial de computadores querconectar as pessoas, mas não fazer com que corram riscos."Os dados passam por um servidor que armazena inclusiveuma foto deletada do aparelho do usuário. A rede seduz oindivíduo a compartilhar a sua vida e isso o faz sermonitorado 24 horas por dia. É preciso ter cuidado ao fazerum check-in no lugar onde está, uma selfie na empresaonde trabalha, ou até mesmo um post despretencioso dasua rotina pelo Facebook. Muitas pessoas deveriam teraula de segurança da informação, principalmente osgerentes de bancos, que são mais visados nesses tipos decrimes", conclui.

O publicitário Danilo Sanches, de 24 anos, não se preocupa em compartilhar informações na rede, mas toma algunscuidados. "Faco check-in dizendo onde estou. No trabalho, balada, academia, restaurantes onde almoço. Isso é o que maisindica a minha rotina. Tem gente que faz check-in em casa. Eu nao costumo fazer isso, nem habilitar a localização do tweet.

Mas faço check-in de lugares públicos, embora isso entregue todo meu itinerário.á o produtor musical Victor Gonzalez, de 25 anos, mantém a rede social apenas para contato pessoal e vê nelas umacarência latente dos usuários. "Acho inutil essa superexposição para as pessoas "comuns". Tipo o que vou escrever? Saindoagora pro trabalho?" Isso é uma informação inutil que você nao precisa compartilhar com as pessoas. Era como se sefossemos carentes por atenção. Eu só mantenho o Facebook porque existem pessoas que só tenho contato por aquela redesocial", justifica.Para o delegado-titular da Delegacia de Repressão a Crimes de Informática (DRCI), Alessandro Thiers, o mau uso da Interneté extremamente prejudicial à segurança do indivíduo. "Pessoas compartilham onde estão o tempo inteiro. Acabam por usara Internet como um diário. Os bandidos também ficam ligados nessas coisas, nos detalhes", afirma ele, que faz umaobservação quanto aos dados pessoais que foram vazados em páginas na Internet. "As pessoas estão tão vidradas no fatode o número do Cadastro de Pessoa Física (CPF) ter sido divulgado, que esquecem que divulgam o endereço, o telefone,além de outras informações mais pessoais. Tudo isso fica registrado na rede, aumentando ainda mais o risco que as pessoascorrem. Todo tipo de crime pode ser cometido pela Internet", alerta ele, que explica que apenas a divulgação dos dados nãoconfigura crime.

No entanto, se a existência deste tipo de site não configura uma consequência penal,as páginas podem, sim, causar consequências cíveis. "As pessoas podem se associar eajuizar uma ação conjunta junto ao Ministério Público Federal, já que os dadosestavam sendo usados para fins lucrativos, com anúncios do Google na página. Alémdas informações terem sido obtidas sem o consentimento do usuário, o que caracterizaato ilícito", afirma o professor de Direito da Pontíficia Universidade Católica do Rio deJaneiro (Puc-Rio) Marcos Barbosa.Além dos sites que divulgam os CPFs, há também os que estão divulgando o númerodo Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). Segundo a procuradoria de São Paulo,

há 23 denúncias sobre o site NomesBrasil.com nos estados do Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Ceará, Bahia, Rio Grandedo Norte, Alagoas, Paraíba, Rio de Janeiro, Pernambuco, Goiás e São Paulo. Já sobre o CNPJBrasil, foram realizadasdenúncias no estado do Rio, nas cidades de Niterói, São João de Meriti e na capital fluminense.Em São Paulo, as denúncias foram distribuídas aos procuradores, mas ainda não há nenhum parecer sobre o caso. Váriasdenúncias estão sendo concentradas na procuradoria do Ceará, já que foi lá que surgiu a primeira reclamação. No dia 30de abril, um procedimento foi instaurado e está no gabinete da procuradora Nilce Cunha, ainda sem decisão.