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ARANEÍSMO Museu de Paleontologia de Crato Fósseis de aranhas + / - 110 mi anos Formação Santana do Cariri Bergson Bergson

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ARANEÍSMO

Museu de Paleontologia de Crato

Fósseis de aranhas + / - 110 mi anos

Formação Santana do Cariri

Bergson Bergson

ARANHAS DE IMPORTÂNCIA MÉDICA

As aranhas são animais carnívoros, alimentando-se

principalmente de insetos, como grilos e baratas. Muitas têm

hábitos domiciliares e peridomiciliares. Apresentam o corpo

dividido em cefalotórax e abdomem. No cefalotórax articulam-se

os quatro pares de patas, um par de pedipalpos e um par de

quelíceras. Nas quelíceras estão os ferrões utilizados para

inoculação do veneno.

Espécies de aranhas que acometem o Ceará:

A) Latrodectus (Viúvas-Negras):

-Latrodectus curacaviensis, L. geometricus

As viúvas-negras são aranhas muito conhecidas, tanto pelo fato (deturpado) de matarem seus machos após o acasalamento como também pelo seu 'veneno fatal'.

São pequenas, raramente ultrapassando os 3 cm.

Uma de suas principais características é um desenho avermelhado, na região inferior do abdomem, em forma de ampulheta.

O veneno da viúvas-negras brasileiras é muito menos tóxico do que aqueles presentes nas espécies européias, como o da Latrodectus mactans.

No Brasil existem poucos casos considerados graves e muitas vezes estão associados à

sensibilidade do picado.

Seu veneno tem ação neurotóxica e, em envenenamentos sérios, causam:

sudorese, dor no corpo, taquicardia e desconforto.

Seus acidentes possuem baixa freqüência.

Seu tratamento pode recomendar a soroterapia mas, normalmente, é feito um

acompanhamento médico e tratado conforme a sintomatologia.

Latrodectus geometricus

Latrodectus curacaviensis

ACIDENTES POR LATRODECTUS

Os acidentes por Latrodectus têm sido relatados na região

Nordeste (Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe), causados

principalmente pela espécie L. curacaviensis. Ocorrem

principalmente em pacientes do sexo masculino na faixa etária de

10 a 30 anos.

Classificação dos acidentes quanto à gravidade, manifestações

clínicas e tratamento.

Classificação Manifestações Clínicas Tratamento

Leve

-Dor local

-Edema local discreto

-Dor nos membros inferiores

-Parestesia em membros

-Tremores e contraturas

-Sintomático: analgésicos, gluconato de

cálcio, observação

Moderado

-Além dos acima referidos:

-Dor abdominal

-Sudorese generalizada

-Ansiedade/agitação

-Mialgia

-Dificuldade de deambulação (andar)

-Cefaléia e tontura

-Hipertermia

-Sintomático: analgésicos, sedativos e

-Específicos: SALatr** uma ampola, IM*

Grave

-Todos os acima referidos e:

-Taqui/bradicardia

-Hipertensão arterial

-Taquipnéia/dispnéia

-Náuseas e vômitos

-Priapismo

-Retenção urinária

-Fácies latrodectísmica

-Sintomático: analgésicos, sedativos e

-Específicos: SALatr uma a duas ampolas,

IM

*IM = Intramuscular.

**SALatr = Soro antilatrodético.

B) Aranha Armadeira -Phoneutria nigriventer

Chamada de armadeira devido o comportamento de defesa, apoiam-se nas

patas traseiras, erguem as dianteiras e os palpos, abrem as quelíceras,

tomando bem visíveis os ferrões, e procuram picar. Embora provoquem

acidentes com freqüência, estes raramente levam a um quadro graves.

Tratamento é sintomático. A dor local deve ser tratada com infiltração

anestésica local ou troncular à base de lidocaína a 2% sem vaso constritor

(3-4 ml em adultos e de 1-2 ml em crianças).

Tratamento para Foneutrismo

Classificação

Manifestações

Clínicas

Tratamento

Geral

Tratamento

Específico

Leve

Dor local na maioria dos

casos, eventualmente

taquicardia e agitação

Observação até 6

horas

-------------------

Moderado

Dor local intensa associada

a : sudorese e/ou vômitos

ocasionais e/ou agitação

e/ou hipertensão arterial

Internação

2 – 4 ampolas de

SAAr* (crianças)

I V

Grave

Além das anteriores,

apresenta uma ou mais

das seguintes

manifestações: sudorese

profusa, sialorréia, vômitos

freqüentes, hipertonia

muscular, priapismo,

choque e/ou edema

pulmonar agudo.

Unidade de Cuidados

Intensivos

5 – 10 ampolas de

SAAr*

I V

* SAAr = Soro Antiaracnídico : 1 ampola = 5 ml (1 ml neutraliza 1,5 doses mínimas mortais)

C) Caranguejeira - Vitaflus sorocabac

Apesar do seu grande porte (chegam a medir mais de 30 cm) e preconceito as

caranguejeiras brasileiras (conhecidas nos países de língua inglesa como "tarantulas"),

salvo raras exceções, não possuem o veneno ativo no homem.

No Brasil seus venenos ainda estão sendo estudados e, confirmadamente, somente uma

espécie, a Trechona venosa da Mata Atlântica, possui condições de causar envenenamento

sério.

Mas o interesse médico das caranguejeiras não está associado diretamente ao seu veneno,

mas sim pelo comportamento, que algumas espécies apresentam, de rasparem os pêlos do

abdome com auxílio das patas traseiras.

Estes pêlos, dispersos no ar, possuem minúsculos ganchos que aderem às dobras da pele e

no interior das narinas, causando forte reação alérgica e, em alguns casos, edema de glote.

Pessoas naturalmente alérgicas, pesquisadores e criadores sensibilizados devido ao

constante contato com os pêlos, podem ter graves irritações cutâneas.

O tratamento é sintomático, normalmente com anti-histamínico.

Bergson

Vitflus sorocabac

D) Aranha-de-Grama -Lycosa erythrognatha

Com cerca de 5 cm de comprimento é uma aranha extremamente comum em gramados e

jardins.

Possui um desenho preto, em forma de flecha, na região superior do abdome.

São bem ágeis e fogem quando molestadas.

Seu veneno possui uma fraca ação no ser humano provocando uma leve necrose superficial

que, em poucos dias, desaparece.

A ação do veneno pode causar dor e o tratamento é sintomático para dor ou ulceração

cutânea.

Há um grande número de espécies descritas para todo o Brasil.

Macho

Bergson

E) Aranha Marrom – Loxosceles spp

Conhecidas popularmente como aranhas marrons, constroem teias

irregulares em fendas de barrancos; sob cascas de árvores, telhas e

tijolos empilhados, atrás de quadros e móveis, cantos de parede,

sempre ao abrigo da luz direta.

Não são aranhas agressivas, picando apenas quando comprimidas

contra o corpo. No interior de domicílios, ao se refugiar em

vestimentas, acabam provocando acidentes.

Tratamento para Loxoscelismo

Classificação

Manifestações

Clínicas

Tratamento

Leve

•Loxosceles identificada como agente

causador do acidente,

•Lesão incaracterística,

•Sem comprometimento do estado geral,

•Sem alterações laboratoriais.

Sintomático. Acompanhamento

até 72 horas após a picada*

Moderado

•Com ou sem identificação da

Loxosceles no momento da picada,

•Lesão sugestiva ou característica,

•Alterações sistêmicas (rash cutâneo,

petéquias),

•Sem alterações laboratoriais sugestivas

de hemólise.

Soroterapia:

5 ampolas de SAAr* IV

e/ou

Prednisona:

Adultos 40 mg/dia

Crianças 1 mg/Kg/dia

Durante 5 dias.

Grave

•Lesão característica,

•Alteração no estado geral: anemia

aguda, icterícia,

•Evolução rápida,

•Alterações laboratoriais indicativas de

hemólise.

Soroterapia:

10 Ampolas de SAAr IV

e

Prednisona:

Adultos 40 mg/dia

Crianças 1 mg/Kg/dia

Durante 5 dias.

* Pode haver mudança de classificação durante esse período ** SAAr = Soro antiaracnídico

Acidente por Loxosceles

1- Usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem.

2- Examinar e sacudir calçados e roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las.

3- Afastar camas das paredes e evitar pendurar roupas fora de armários.

4- Não acumular lixo orgânico, entulhos e materiais de construção.

5- Limpar regularmente atrás de móveis, cortinas, quadros, cantos de parede.

6- Vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros, meia-canas e rodapés. Utilizar

telas e vedantes em portas, janelas e ralos. Colocar sacos de areia nas portas para evitar a

entrada de animais peçonhentos.

Como prevenir acidentes com aranhas e escorpiões

7- Manter limpos os locais próximos das residências, jardins, quintais, paióis e celeiros.

Evitar plantas tipo trepadeiras e bananeiras junto as casas e manter a grama sempre

cortada.

8- Combater a proliferação de insetos, principalmente baratas e cupins, pois são

alimentos para aranhas e escorpiões.

9- Preservar os predadores naturais de aranhas e escorpiões como seriemas, corujas,

sapos, lagartixas e galinhas.

10- Limpar terrenos baldios pelo menos na faixa de um a dois metros junto ao muro ou

cercas.

11- Não colocar mãos ou pés em buracos, cupinzeiros, monte de pedra ou lenha,

troncos podres, etc.

PRIMEIROS SOCORROS

• lavar o local da picada;

• usar compressas mornas ajudam no alívio da dor;

• procurar o serviço médico mais próximo;

• se possível, levar o animal para identificação.

Lavar o local da picada

Usar compressas mornas ajudam no alívio da dor

Procurar o serviço médico mais próximo

Se possível, levar o animal para identificação

PRIMEIROS

SOCORROS

“Um único momento de glória na vida vale mais

do que anos de uma vida sem glória.”

Obrigado !

Caraúba de José Alves – Itarema Bergson