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DIREITOS CONSTITUCIONAL
FRANCION SANTOS
1. (CESPE – 2016 – PC/PE – Escrivão de Polícia). No que se refereaos direitos e às garantias fundamentais, assinale a opção correta.
a) O direito fundamental ao contraditório não se aplica aosinquéritos policiais.
b) O início de execução da pena criminal condenatória após aconfirmação da sentença em segundo grau ofende o princípioconstitucional de presunção da inocência.
c) Os direitos e as garantias individuais não são assegurados àspessoas jurídicas, uma vez que elas possuem dimensão coletiva.
d) O sigilo de correspondência e o sigilo das comunicaçõestelefônicas são invioláveis ressalvadas as hipóteses legais, porordem judicial ou administrativa devidamente motivada.
e) O tribunal do júri tem competência para o julgamento doscrimes culposos e dolosos contra a vida.
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Comentários:
a) CERTA: Segundo entendimento do STF, como regra geral,nem o contraditório nem a ampla defesase aplicam aoInquérito Policial, haja vista sua natureza de procedimentoadministrativo (não é processo jurisdicional). Ele visa colherelementos suficientes para um possível oferecimento dedenúncia, ou mesmo para afastar uma presunção deculpabilidade. Sua função é colher informações.
(RE 481.955-AgR, rel. min. Cármen Lúcia, j. 1052011, 1a T,DJE de 2652011.)
b) ERRADA: Por maioria, o Plenário do Supremo TribunalFederal (STF) entendeu que o artigo 283 do Código deProcesso Penal (CPP)* não impede o início da execução dapena após condenação em segunda instância e indeferiuliminares pleiteadas nas Ações Declaratórias deConstitucionalidade (ADCs) 43 e 44. Assim: “A execuçãoprovisória de acórdão penal condenatório proferido em graude apelação (segundo grau), ainda que sujeito a recursoespecial ou extraordinário, não compromete o princípioconstitucional da presunção de inocência".
(HC 126292, Relator(a): Min. TEORI ZAVASCKI, TribunalPleno, julgado em 17/02/2016, PROCESSO ELETRÔNICO DJe-100 DIVULG 16-05-2016 PUBLIC 17-05-2016)
2. (CESPE – 2016 – TRE/PI – Técnico Judiciário). A respeito dosdireitos e das garantias fundamentais, assinale a opção correta.
a) Os direitos sociais, econômicos e culturais são, atualmente,classificados como direitos fundamentais de terceira geração.
b) O direito ao meio ambiente equilibrado e o direito àautodeterminação dos povos são exemplos de direitosclassificados como de segunda geração.
c) A comissão parlamentar de inquérito tem autonomia paradeterminar a busca e a apreensão em domicílio alheio, com oobjetivo de coletar provas que interessem ao poder público.
d) A entrada em domicílio, sem o consentimento do morador, épermitida durante o dia e a noite, desde que haja autorizaçãojudicial.
e) A doutrina moderna classifica os direitos civis e políticos comodireitos fundamentais de primeira geração.
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Comentários:
Gabarito Alternativa “E”
1ª DIMENSÃO 2ª DIMENSÃO 3ª DIMENSÃO 4ª DIMENSÃO
Momento Séc. XVIIIEstado Liberal
Séc. XIX e XXEstado Social
Séc. XX e XXIEstadoDemocrático deDireito
Não há um marcodelimitado.
Lema Liberdade“liberté”
Igualdade “égalité” Fraternidade /Solidariedade“fraternité”
Não há um lemapróprio que tenhamarcado estadimensão.
Gêneros Direito civis edireitos políticos
Direitoseconômicos,sociais e culturais
Direitos difusos ecoletivos –transindividuais
Biotecnologia euniversalizaçãodos direitosfundamentais.
EspéciesLiberdades einviolabilidades
Saúde, educação,trabalho,assistência,moradia,sindicalização,direitos de greve...
Proteção ao meioambiente,consumidor,progresso,desenvolvimentotecnológico.
Direito demudança de sexo,contramanipulaçãogenética.
Característica
Absenteísmoestatal,direitos negativos,obrigação de nãofazer, direito dedefesa.
Intervencionismo,direitos positivos,obrigações defazer, direitos deprestação.
O ser humanopassa a ser vistocomo membro deuma coletividade
Resultado daglobalização dosdireitosfundamentais.
A doutrina afirma que a CPI possui poderes instrutórios einvestigatórios, mas não possui poder geral de cautela. (Estáprevista no art. 798 do CPC e consiste na possibilidade daautoridade judicial determinar medidas provisórias que julgueadequadas ao caso concreto)
Como desdobramento do poder de investigação conferido pela CFàs CPIs, podem elas determinar:
• A quebra de sigilo bancário, fiscal e de dados (destaque-se osigilo de dados telefônicos)
• A busca e apreensão de documentos
• A condução coercitiva para depoimento
• A realização de exames periciais
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De outro modo, por não poderem praticar atos de jurisdiçãoexclusivos do Poder Judiciário, não podem as CPIs:
• Realizar diligência de busca domiciliar
• Quebrar o sigilo das comunicações telefônicas (interceptaçãotelefônica)
• Dar ordem de prisão, salvo no caso de flagrante delito (crimede falso testemunho, por exemplo)
• Praticar atos de jurisdição cautelar (arresto, sequestro,hipoteca judiciária, indisponibilidade dos bens, proibição deausentar-se do país)
• Reitere-se, por fim, que as comissões parlamentares deinquérito não são órgãos de acusação ou julgamento, masapenas de investigação. Justamente por isso, podem, sim,sofrer controle pelo Poder Judiciário.
3. (CESPE – 2017 – SEE/DF – Analista de Gestão Educacional - Direito eLegislação). O governo de determinado estado da Federação publicoumedida provisória (MP) que altera dispositivos da Lei de Diretrizes eBases da Educação Nacional. Em protesto contra a referida MP, algunsestudantes do ensino médio do estado ocuparam as escolas públicas,impedindo que os demais alunos frequentassem as aulas. O MinistérioPúblico estadual ingressou com medida judicial requerendo a imediatareintegração e desocupação das escolas invadidas. A medida judicialrequerida foi deferida por um juiz de primeiro grau que tomou posse hávinte meses.
A respeito dessa situação hipotética e de aspectos constitucionais a elarelacionados, julgue o item a seguir.
O juiz agiu corretamente ao deferir a medida judicial, uma vez que aconduta dos alunos não encontra amparo no direito fundamental àliberdade de expressão e de livre reunião e manifestação.
Resposta: Certa
Art. 5º (…)
XVI - todos podem reunir-se pacificamente, sem armas,em locais abertos ao público, independentemente deautorização, desde que não frustrem outra reuniãoanteriormente convocada para o mesmo local, sendoapenas exigido prévio aviso à autoridade competente;
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Obs.: O STF, em 15/06/2011, por 8 x 0, no julgamento daADPF nº 187, considerou legítimo os eventos públicos dedefesa da legalização ou descriminalização do uso de drogas,encontrando respaldo nos direitos fundamentais de LIVREMANIFESTAÇÃO DO PENSAMENTO (art. 5º, IV) e de REUNIÃO(art. 5º, XVI). Concluiu o Supremo que a MERA proposta dedescriminalização e defesa, em espaços públicos, dalegalização de drogas, não significaria ilícito penal, mas, oexercício legítimo do direito à livre manifestação dopensamento, propiciada pelo exercício do direito de reunião.Contudo, estabeleceu interessantes parâmetros:
a reunião deve ser pacífica, sem armas, previamentenoticiada às autoridades públicas quanto à data, ao horário,ao local e ao objetivo, e sem iniciação à violência;
não pode admitir a incitação, incentivo ou estímulo aoconsumo de entorpecentes na sua realização;
não pode haver consumo de entorpecentes na ocasião damanifestação ou evento público;
nas manifestações, está proibida a participação de criançase adolescentes.
4. (CESPE – 2016 – TCE/PA – Auxiliar Técnico de ControleExterno - Área Administrativa). No que concerne aos direitose deveres individuais e coletivos, à nacionalidade e aosdireitos políticos, julgue o item que se segue, tendo comoreferência as disposições da CF.
Em caso de flagrante delito no interior do domicílio dedeterminado indivíduo, no período noturno, a autoridadepolicial poderá adentrá-lo independentemente dedeterminação judicial.
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Resposta: Certa
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção dequalquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aosestrangeiros residentes no País a inviolabilidade dodireito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e àpropriedade, nos termos seguintes:
(...)
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nelapodendo penetrar sem consentimento do morador,salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou paraprestar socorro, ou, durante o dia, por determinaçãojudicial;
5. (CESPE – 2016 – PC/GO – Agente de Polícia Substituto).Observadas as ressalvas constitucionais e jurisprudenciais, osespaços que poderão ser protegidos pela inviolabilidade dodomicílio incluem:
I. o local de trabalho do indivíduo.
II. a embarcação em que o indivíduo resida e(ou) exerçaatividade laboral.
III. o recinto ocupado provisoriamente pelo indivíduo.
IV. o imóvel que o indivíduo ocupe por empréstimo.
V. o quarto de hotel que seja ocupado pelo indivíduo.
Assinale a opção correta.
a) Apenas os itens I, III e IV estão certos.
b) Apenas os itens II, III e V estão certos.
c) Todos os itens estão certos.
d) Apenas os itens I e II estão certos.
e) Apenas os itens IV e V estão certos.
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Gabarito: Alternativa “C”
Comentários: Assim, o conceito de “casa” alcança não só aresidência do indivíduo, mas também escritórios profissionais,consultórios médicos e odontológicos, trailers, barcos e aposentosde habitação coletiva (como, por exemplo, o quarto de hotel). Nãoestão abrangidos pelo conceito de casa os bares e restaurantes.
O STF entende que, embora os escritórios estejam abrangidos peloconceito de “casa”, não se pode invocar a inviolabilidade dedomicílio como escudo para a prática de atos ilícitos em seuinterior. Assim, a Suprema Corte já se manifestou pela legalidadeda instalação de escutas ambientais durante a noite em umescritório de advocacia, face que “(...) tais medidas não poderiamjamais ser realizadas com publicidade alguma, sob pena deintuitiva frustração, o que ocorreria caso fossem praticadasdurante o dia, mediante apresentação de mandado judicial”. (Inq.2424/RJ, rel. Min. Cezar Peluso, 19 e 20.11.2008. STF)
6. (CESPE - 2015 – FUB – Conhecimentos Básicos – nívelintermediário). No que se refere aos direitos fundamentais,julgue o próximo item.
O respeito aos direitos fundamentais deve subordinar tanto oEstado quanto os particulares, igualmente titulares edestinatários desses direitos.
Resposta: Certa
Os Direitos e Garantias funcionam como freios elimitadores ao poder do Estado frente às pessoas(eficácia vertical dos direitos fundamentais), bem comode uma pessoa contra outra (eficácia horizontal dosdireitos fundamentais).
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7. (CESPE - 2015 - TCU - Auditor Federal de ControleExterno - Auditoria de Obras Públicas). Se indícios da práticade ilícito penal por determinada pessoa constarem deescritos anônimos, a peça apócrifa, por si só, em regra, nãoserá suficiente para a instauração de procedimentoinvestigatório, haja vista a vedação ao anonimato prevista naCF.
Resposta: Certa
Delação Anônima - Investigação Penal - Ministério Público -Autonomia Investigatória (Transcrições) HC 100042-MC/RO*RELATOR: MIN. CELSO DE MELLO EMENTA: A INVESTIGAÇÃOPENAL E A QUESTÃO DA DELAÇÃO ANÔNIMA. DOUTRINA.PRECEDENTES. PRETENDIDA EXTINÇÃO DO PROCEDIMENTOINVESTIGATÓRIO, COM O CONSEQÜENTE ARQUIVAMENTODO INQUÉRITO POLICIAL. DESCARACTERIZAÇÃO, NA ESPÉCIE,DA PLAUSIBILIDADE JURÍDICA DO PEDIDO. MEDIDACAUTELAR INDEFERIDA. - As autoridades públicas nãopodem iniciar qualquer medida de persecução (penal oudisciplinar), apoiando-se, unicamente, para tal fim, empeças apócrifas ou em escritos anônimos.
É por essa razão que o escrito anônimo não autoriza, desde queisoladamente considerado, a imediata instauração de “persecutiocriminis”. - Peças apócrifas não podem ser formalmenteincorporadas a procedimentos instaurados pelo Estado, salvoquando forem produzidas pelo acusado ou, ainda, quandoconstituírem, elas próprias, o corpo de delito (como sucede combilhetes de resgate no crime de extorsão mediante sequestro, oucomo ocorre com cartas que evidenciem a prática de crimes contraa honra, ou que corporifiquem o delito de ameaça ou quematerializem o “crimen falsi”, p. ex.). - Nada impede, contudo, queo Poder Público, provocado por delação anônima (“disque-denúncia”, p. ex.), adote medidas informais destinadas a apurar,previamente, em averiguação sumária, “com prudência ediscrição”, a possível ocorrência de eventual situação de ilicitudepenal, desde que o faça com o objetivo de conferir averossimilhança dos fatos nela denunciados, em ordem apromover, então, em caso positivo, a formal instauração da“persecutio criminis”, mantendo-se, assim, completadesvinculação desse procedimento estatal em relação às peçasapócrifas. HC 97197 – Informativo 565 – STF
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8. (CESPE - 2015 - FUB – Assistente em administração).Julgue o item seguinte, acerca dos remédios constitucionais.A legitimidade para impetração de habeas corpus éuniversal, abrangendo a pessoa jurídica e também aquelesque não possuem capacidade civil plena.
Resposta: Certa
Art. 5º (…)
LXVIII - conceder-se-á "habeas-corpus" sempre quealguém sofrer ou se achar ameaçado de sofrer violênciaou coação em sua liberdade de locomoção, porilegalidade ou abuso de poder;
LXXVII - são gratuitas as ações de "habeas-corpus" e"habeas-data", e, na forma da lei, os atos necessáriosao exercício da cidadania.
Características:
• Refere-se tão-somente a pessoa física, mas pode serproposto (autor) por pessoa jurídica (que será o impetrantee a pessoa física será o paciente). O MP também pode serautor, mas não paciente;
• O órgão julgador não está vinculado ao pedido formulado(pode decidir ultra - ocorre quando o juiz vai além dopedido do autor, concedendo mais do que fora pleiteadoou extra petita - em que o juiz concede provimentojurisdicional não requerido pela parte, o qual é "estranho"aos pedidos e fundamentos);
• Estende-se também aos corréus caso os motivos sejam osmesmos;
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Características:
• É isento de custas;
• Qualquer pessoa, nacional ou estrangeira, independentementede capacidade civil, profissional, de idade, de sexo, estadomental, pode propor habeas corpus em benefício próprio oualheio.
• Admite pedido de Liminar, desde que presentes o periculum inmora (probabilidade de dano irreparável) e o fumus boni iuris(ilegalidade clara do constrangimento).
• Quando no Tribunal, em caso de empate no julgamento, adecisão vencedora será a mais favorável ao paciente.
• Não exige representação por meio de advogado (art. 654 doCPP). É a única ação constitucional que dispensa a figura doadvogado.
Obs.: Em conformidade com o § 2º do art. 142 da CF: “Nãocaberá ‘habeas corpus’ em relação a punições disciplinaresmilitares”. Contudo, cumpre ressaltar que o não cabimentode habeas corpus em relação a punições disciplinaresmilitares é restrição que se circunscreve ao exame de méritodo ato, conforme vem decidindo reiteradamente o STF.
Assim, a “legalidade da imposição de punição constritiva daliberdade, em procedimento administrativo castrense, podeser discutida por meio de habeas corpus” (RE 338840 RS -2003). Para a doutrina, o que deve ser vedado ao controlejudicial é o exame acerca da conveniência ou oportunidadeda medida disciplinar adotada, mas jamais a análise dospressupostos de legalidade (a hierarquia, a pena, etc.).
9. (CESPE - 2015 – TRE/GO – Analista Judiciário – áreaadministrativa). Julgue o item que se segue, no queconcerne aos direitos e garantias fundamentais e àaplicabilidade das normas constitucionais. Qualquerassociação legalmente constituída e em funcionamento hápelo menos um ano é parte legítima para propor açãopopular que vise à anulação de ato lesivo ao patrimôniopúblico ou ao meio ambiente.
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Resposta: Errada
Art. 5º (…)
LXXIII - qualquer cidadão é parte legítima para proporação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimôniopúblico ou de entidade de que o Estado participe, àmoralidade administrativa, ao meio ambiente e aopatrimônio histórico e cultural, ficando o autor, salvocomprovada má-fé, isento de custas judiciais e do ônusda sucumbência;
Características:
• Admite a modalidade preventiva (antes da consumação dosefeitos lesivos) e repressiva (busca do ressarcimento dos danoscausados).
• Somente o cidadão possui legitimidade ativa para a propositurada ação, seja brasileiro nato ou naturalizado, no gozo de seusdireitos políticos (pessoa jurídica não). Para que o portuguêsequiparado a brasileiro também seja legitimado a propor Açãopopular é preciso que haja reciprocidade por parte de Portugal(art. 12, § 1º da CF/88).
• É irrelevante que o cidadão-autor pertença à comunidade quediga respeito ao litígio.
• Age como substituto processual, pois defende em juízo, emnome próprio, direito pertencente à coletividade.
10. (CESPE - 2015 – DPE/PE – Defensor Público). Acerca domandado de injunção, julgue o item seguinte. Ajurisprudência do STF acerca do mandado de injunçãoevoluiu para admitir que, além de declarar omisso o PoderLegislativo, o próprio tribunal edite a norma geral de quedepende o exercício do direito invocado pelo impetrante.
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Resposta: Certa
Art. 5º (…)
LXXI - conceder-se-á mandado de injunção sempre quea falta de norma regulamentadora torne inviável oexercício dos direitos e liberdades constitucionais e dasprerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania eà cidadania;
Divergências doutrinárias sobre os seus efeitos:
a) Não-Concretista: Não admite que a medida jurisdicionalregule o exercício do direito, pois agindo assim o Judiciárioestaria usurpando a função legislativa. Com isso, atribuem aoMandado de Injunção a finalidade específica de ensejar oreconhecimento formal da inércia do Poder Públicocompetente, para que se edite a norma faltante. (foi aposição dominante no STF durante muitos anos vide MI 107-DF. A partir de 2006 começou a mudar o entendimento)
b) Concretista: Defende que, constatada a omissãoadministrativa ou legislativa, a decisão judicial deveimplementar o exercício do direito, da liberdade ou daprerrogativa constitucional até que sobrevenha aregulamentação do poder competente.
b.1) Concretista Geral: Encontra-se em extremacontraposição aos não-concretistas. Para estes adecisão deve ter efeitos erga omnes, implementando oexercício da norma constitucional através de umanormatividade geral, até que a omissão seja supridapelo poder competente. (STF nos MI nº 670, 708 e 712,art. 37, inciso VII da CF/88)
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b.2) Concretista Individual Direta: Defende que ao sejulgar procedente o Mandado de Injunção, deve oJudiciário implementar eficácia da normaconstitucional, mas somente ao autor da ação (interpartes). (STF no MI nº 721, art. 40, § 4º da CF/88)
b.3) Concretista Individual Intermediária: Adota amesma tese da Direta, defendendo, entretanto, que seconceda um prazo ao Poder competente para aelaboração da norma (fala-se em 120 dias), findo oqual sem que haja sido elaborada, aí sim, o Judiciáriodeveria fixar as condições necessárias ao exercício dodireito pelo autor. (MI 232, art. 195, §7º da CF/88))