apresentacao direito do idoso
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Apresentacao Direito Do IdosoTRANSCRIPT
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SUL CAMPUS PASSO FUNDO – CURSO DE MEDICINACOMPONENTES CURRICULARES DIREITO E CIDADANIA
Professor Diego José Baccin
UNIVERSIDADE FEDERAL DA FRONTEIRA SULCURSO DE MEDICINA CAMPUS PASSO FUNDO - RS
DIREITOS DO IDOSO
Marcos Haack
George Bianchi
André Tessaro
Daniel Furnaletto
Matheus Sangalli
Passo Fundo, Dezembro 2015
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), idoso é todo indivíduo com 60 anos ou mais,
É importante considerar que a idade cronológica não é um marcador preciso para as alterações que acompanham o envelhecimento, podendo haver grandes variações quanto a condições de saúde, nível de participação na sociedade e nível de independência entre as pessoas idosas, em diferentes contextos.
O envelhecimento populacional é uma resposta à mudança de alguns indicadores de saúde, especialmente a queda da fecundidade e da mortalidade e o aumento da esperança de vida. Não é homogêneo para todos os seres humanos, sofrendo influência dos processos de discriminação e exclusão associados ao gênero, à etnia, ao racismo, às condições sociais e econômicas, à região geográfica de origem e à localização de moradia
O envelhecimento pode ser compreendido como um processo natural, de diminuição progressiva da reserva funcional dos indivíduos – senescência - o que, em condições normais, não costuma provocar qualquer problema.
No mundo inteiro, o número de pessoas com 65 anos de idade ou mais está crescendo mais rapidamente que antes. A maioria desse incremento acontece nos países desenvolvidos.
No Brasil, estima-se que existam, atualmente, cerca de 17,6 milhões de idosos Fonte ( Ministério da saúde; 2007)
No final da década de 90, a Organização Mundial de Saúde (OMS) passou a utilizar o conceito de “envelhecimento ativo” buscando incluir, além dos cuidados com a saúde, outros fatores que afetam o envelhecimento: envolve politicas que promovam modos de viver mais saudáveis e seguros em todas as etapas da vida
A promoção da saúde da população idosa são contempladas na Política Nacional de Promoção da Saúde – Portaria 687/GM, de 30 de março de 2006, tem prioridades de ações específicas:
Alimentação saudável
Prática corporal/atividade física
Prevenção e controle do tabagismo
Redução da morbi-mortalidade em decorrência do uso abusivo de álcool e outras drogas
Prevenção da violência e estímulo à cultura de paz
Promoção do desenvolvimento sustentável.
O Ministério da Saúde, em setembro de 2005, definiu a Agenda de Compromisso pela Saúde que agrega três eixos:
Pacto em Defesa do Sistema Único de Saúde (SUS)
Pacto em Defesa da Vida
Pacto de Gestão.
Destaca-se aqui o Pacto em Defesa da Vida que constitui um conjunto de compromissos que deverão tornar-se prioridades inequívocas dos três entes federativos. Tres prioridades foram pactuadas com relação ao planejamento de saúde para a pessoa idosa. São elas:
a saúde do idoso, a promoção da saúde e o fortalecimento da Atenção Básica
A Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa (PNSPI), Portaria GM nº 2.528, de 19 de outubro de 2006, define que a atenção à saúde dessa população terá como porta de entrada a Atenção Básica/Saúde da Família, tendo como referência a rede de serviços especializada de média e alta complexidade.
Na Atenção Básica espera-se oferecer à pessoa idosa e à sua rede de suporte social, incluindo familiares e cuidadores (quando existente), uma atenção humanizada com orientação, acompanhamento e apoio domiciliar, com respeito às culturas locais, às diversidades do envelhecer e à diminuição das barreiras arquitetônicas
Organização Mundial de Saúde propôs, em 2004, um projeto denominado “Towards Age-friendly Primary Health Care”, cuja proposta é adaptar os serviços de atenção básica para atender adequadamente às pessoas idosas, tendo como objetivo principal a sensibilização e a educação no cuidado primário em saúde São três áreas de atuação desse projeto
Informação, Educação, Comunicação e Treinamento
Sistema de Gestão da Assistência de Saúde
Adequação do ambiente físico
Abandono e Violência contra Idosos
De acordo com a Lei nº 10.741/2003, art. 19, está previsto que os casos de suspeita ou confirmação de maus tratos contra idoso são de notificação obrigatória ao Conselho Municipal ou Estadual dos Direitos do Idoso, Delegacias de Polícia e Ministério Público
A identificação de sinais de violência contra as pessoas idosas é freqüentemente negligenciada no atendimento à saúde, quer pela dificuldade em identificá-los quer pela ausência de suporte formal para auxiliar tanto a(s) vítima(s) quanto os profissionais
As violências que as estatísticas mostram
Na contramão do cenário geral, que aponta uma leve queda no número de denúncias de violações de direitos humanos, o número de registros de casos de negligência e violência contra
idosos cresceu 16,4% no país em um ano, segundo dados do Disque 100, serviço do governo federal.
Na contramão do cenário geral, que aponta uma leve queda no número de denúncias de violações de direitos humanos, o número de registros de casos de negligência e violência contra idosos cresceu 16,4% no país em um ano, segundo dados do Disque 100, serviço do governo federal.
As violências que as estatísticas mostram
As violências que as estatísticas mostramEssas duas causas — acidentes e trânsito e quedas — fazem uma confluência com várias formas de violências, pois as quedas podem ser atribuídas a vários fatores e juntas são responsáveis por 65% do total das causas violentas que provocam óbitos das pessoas idosas.
As violências que as estatísticas mostramNum estudo de caso realizado por Ferrer et al (2004) com 87 idosos e idosas que haviam sofrido queda — estudo esse que incluiu visita às casas de 53 deles — os pesquisadores não encontram nenhuma residência segura e livre de riscos.
Estratégias de Ação para o Enfrentamento à Violência contra a Pessoa Idosa
ESTRATÉGIA 1: Investir numa sociedade para todas as idades
ESTRATÉGIA 2: Segundo todas as convenções internacionais, os governos devem priorizar os direitos da pessoa idosa
ESTRATÉGIA 3: Contar com a pessoa idosa: “nada sobre nós sem nós”
ESTRATÉGIA 4: Apoiar as famílias que abrigam pessoas idosas em sua casa
ESTRATÉGIA 5: Criar espaços sociais seguros e amigáveis fora de casa
ESTRATÉGIA 6: Formar profissionais de saúde, assistência e cuidadores profissionais
ESTRATÉGIA 7: Prevenir dependências
O estatuto do idoso veio para atribuir melhores condições de vida para essa classe.
Nas disposições preliminares então incluídos
É instituído o Estatuto do Idoso, destinado a regular os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a 60 (sessenta) anos.
O idoso goza de todos os direitos fundamentais inerentes à pessoa humana, sem prejuízo da proteção integral de que trata esta Lei, assegurando-se-lhe, por lei ou por outros meios, todas as oportunidades e facilidades, para preservação de sua saúde física e mental e seu aperfeiçoamento moral, intelectual, espiritual e social, em condições de liberdade e dignidade.
É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.
CAPÍTULO IV Do Direito à Saúde
Art. 15. É assegurada a atenção integral à saúde do idoso, por intermédio do Sistema Único de Saúde – SUS, garantindo-lhe o acesso universal e igualitário, em conjunto articulado e contínuo das ações e serviços, para a prevenção, promoção, proteção e recuperação da saúde, incluindo a atenção especial às doenças que afetam preferencialmente os idosos.
§ 1o A prevenção e a manutenção da saúde do idoso serão efetivadas por meio de:
I – cadastramento da população idosa em base territorial;
II – atendimento geriátrico e gerontológico em ambulatórios;
III – unidades geriátricas de referência, com pessoal especializado nas áreas de geriatria e gerontologia social;
IV – atendimento domiciliar, incluindo a internação, para a população que dele necessitar e esteja impossibilitada de se locomover, inclusive para idosos abrigados e acolhidos por instituições públicas, filantrópicas ou sem fins lucrativos e eventualmente conveniadas com o Poder Público, nos meios urbano e rural;
V – reabilitação orientada pela geriatria e gerontologia, para redução das seqüelas decorrentes do agravo da saúde.
§ 2o Incumbe ao Poder Público fornecer aos idosos, gratuitamente, medicamentos, especialmente os de uso continuado, assim como próteses, órteses e outros recursos relativos ao tratamento, habilitação ou reabilitação
Art. 16. Ao idoso internado ou em observação é assegurado o direito a acompanhante, devendo o órgão de saúde proporcionar as condições adequadas para a sua permanência em tempo integral, segundo o critério médico.
Art. 18. As instituições de saúde devem atender aos critérios mínimos para o atendimento às necessidades do idoso, promovendo o treinamento e a capacitação dos profissionais, assim como orientação a cuidadores familiares e grupos de auto-ajuda.
Art. 19. Os casos de suspeita ou confirmação de violência praticada contra idosos serão objeto de notificação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à autoridade sanitária, bem como serão obrigatoriamente comunicados por eles a quaisquer dos seguintes órgãos:
I – autoridade policial
II – Ministério Público
III – Conselho Municipal do Idoso
IV – Conselho Estadual do Idoso
V – Conselho Nacional do Idoso
Referências bibliográficas AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da Diretoria
Colegiada, RDC no. 283, 26 de setembro de 2005. Disponível em: http://www.cuidardeidosos.com.br/normas-da-anvisa-para-ilpis. Acesso em: 23 nov.2013.
BRASIL. Lei nº 8.742 de 7 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências. Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS. Diário Oficial da União, Brasília, DF,8 dezembro 1998.
BRASIL. Lei nº 8.842 de 4 de janeiro de 1994. Dispõe sobre a Política Nacional do Idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, DF,6 janeiro 1994. 84
BRASIL. Portaria nº 1395/GM de 9 de dezembro de 1999. Aprova a Política Nacional de Saúde do Idoso e dá outras providências. Diário Oficial da União Brasília, DF,13 dezembro 1999.
BRASIL. Ministério da Saúde. Caderno de Atenção Básica Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese dos indicadores de 2012 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. Rio de Janeiro: IBGE, 2013.
http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2015/07/1658430-registros-de-abandono-e-violencia-contra-idosos-no-pais-crescem-164.shtml
Nunca seja arrogante com os humildes. Nunca seja humilde com
os arrogantes Jefferson Davis