apresentação de extensão rural
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DOCENTE: ROMIER SOUSADISCENTES: EDVANDRO CAVALCANTE; JOSÉ GABRIEL; MAURÍCIO BARBOSA E RAÍ FERREIRA.
O TÉCNICO E O HUMANO: A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA ASSISTÊNCIA TÉCNICA NO SUL
DO PARÁLívia Alves & Raul Navegantes
MEC-SETECINSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ-CAMPUS-CASTANHAL –
IFPABACHARELADO EM AGRONOMIA
DISCIPLINA: COMUNICAÇÃO E EXTENSÃO RURAL
CASTANHAL/2016
Reflexão técnicos(Ater) assentamentos de reforma agrária Sul e Sudeste – PA
Contratos com INCRA
Experiência de Docentes/Pesquisadores (LASAT E NEAF) UFPA
Objetivo:Busca-se analisar o processo de construção de uma nova forma de assistência técnica, diferindo assim do tradicional. Busca-se também apoiar as diferentes iniciativas locais.
IniciouAssociação Brasileira de Crédito e Assistência Rural (ABCAR) 1956
Estabeleceu-se em plena Revolução Verde, pois existia uma carência por
alimentos, período pós-guerra
Contexto Histórico
Em 1976, extingue-se a ABCAR e nasce a (EMBRATER)
Coordenar Empresas Estaduais de assistência técnica (EMATER’s)
A redução dos recursos, final dos anos 70 e inicio de 1980. Motivou a ideia de rever o
sistema de (ATER)
Inicio da década de 1990 ocorre a extinção da EMBRATER
Distanciamento Governo
Contrastando com o empresariado local, beneficiado com financiamentos bastante vantajosos. Ex: (FNO E SUDAM)
Contexto Histórico
Assim a ATER ficou a cargo unicamente dos
estados
Não tinham estrutura financeira e operacional, ficam sem a unidade estratégica, perde-se o articulador
nacional
Ocorre um declínio na capacidade operacional da
ATER
Porém, o trabalho esteve sempre restrito aos aspectos agrotécnicos dos sistemas de produção
Aspectos sociais, econômicos, culturais, etc. (pouco trabalhados). Participação do público não era garantida
Segundo (IBGE, 2000) o número de famílias atendidas foi de 100 mil, equivalente a 25% do total de famílias
Trazia consigo uma série de concepções
inovadoras
Atendendo a pressões internas e externas para dinamização da “Reforma Agrária”. Buscava-se atender os assentados.
Em 1997 é criado o projeto Lumiar
Contexto Histórico
Em 1997 é criado o projeto piloto Lumiar
Surgem as ONGS, COOPERATIVAS E
ESMPRESAS PRIVADASParticipação dos agricultores e de suas organizações em todas
a decisões
Valorização de diferentes aspectos importantes para o
desenvolvimento: a organização, a educação o
lazer
Contexto Histórico
E sem uma politica nacional a ATER, ficou a cargo de cada superintendência do INCRA e da capacidade de pressão das organizações de agricultores locais. Ou seja, “estava avacalhado”
Porém, muitas inovações foram mantidas, pois se iniciava um processo aparentemente irreversível de ruptura com os conceitos tradicionais
Extinção do projeto lumiar, em 2000
,
Somente em 2004, foi estabelecida uma Política Nacional de Assistência Técnica. Porém, diferente da anterior. Estabelece princípios agroecológicos
Diante dessa política o INCRA fixa instrução normativa(39/2004) trazendo como equipe de articulação, uma esfera intermediária entre coordenação regional e os núcleos técnicos
Capacidade política dos movimentos garantir os seus direitos, construção coletiva de propostas relativas ao desenvolvimento e empenho do poder público
A CONSTRUÇÃO DE UMA NOVA METODOLOGIA DE ATER
As abordagens clássicas das ciências agrárias
seguem uma lógica produtivista-tecnicista-
industrialista;
Uso de técnicas ditas modernas;
Essas tecnologias são pautadas por critérios
exógenos aos estabelecimentos familiares;
Tais limitações impuseram a necessidade de adoção de uma
abordagem mais adaptada às práticas dos pequenos
agricultores;
Paulo Freire afirma que “O trabalho do agrônomo como
educador não se esgota no domínio da técnica, pois esta não
existe sem os homens e estes não existem fora da história, fora
da realidade que devem transformar” (FREIRE, 1977, p. 49).
O enfoque sistêmico aplicado à agricultura tornou-se, então,
a base teórica dos trabalhos de assistência técnica em
assentamentos da reforma agrária;
A abordagem sistêmica (final da década de 80);
Metodologia conhecida como Pesquisa-Desenvolvimento em
Sistemas de Produção Agrícola (PDSP);
Segundo Simões e Oliveira (2003), essa metodologia
consiste em partir da observação da realidade agrária para
distinguir os diferentes tipos de agricultores em função do
meio envolvente, compreender a lógica interna dos sistemas
de produção de cada tipo em função dos objetivos da
família, dos meios de produção e das tecnologias
disponíveis e das principais restrições encontradas.
Planejamento das Ações de Desenvolvimento
• Metodologia baseada na realidade local;
• Segundo orientação do INCRA, respeitar a autonomia dos assentados;
• Dialogo do Técnico com os agricultores;
• PDA - Plano de Desenvolvimento dos Assentamentos;
• Trabalho em equipe em todas as fases;
• Importância do diagnostico;
• Levantamento das propostas;
DIFICULDADE DE DIÁLOGO
• Imposição da solução pelo técnico, robustecida de conhecimento teóricos específicos
• Submissão irrestrita à proposta do agricultor(falta de argumentos técnicos ou por tentativa de exercício de uma atitude democrática)
• “As agências responsáveis pela ATER ainda estão longe de garantir a participação efetiva das famílias assentadas no processo de diagnose e construção de propostas de intervenções técnicas condizentes com as reais demandas apontadas em escala local”
- Veiga, Santos e Sousa(2003)
BAIXA APLICAÇÃO DOS PLANOS – subutilização do PDA
1. Planos muito complexos; critérios que podem ser alterados em curto prazo; regiões de PDA são dinâmicas
2. Descontinuidade na ATER• Escassez de recursos financeiros• Inconstância do corpo técnico da equipe 3. Atividades centradas no crédito4. Viabilidade econômica baseado em indicadores da economia
neoclássica5. Não se privilegia a participação dos agricultores6. Falta de articulação entre diagnóstico e plano• Metodologia defasada7. Falta de reformulação constante do diagnóstico e do plano• Plano têm período de dez anos