apres01d8 processos de laminacao ifes marcelolucas

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  Dis ciplina: Conformação Mecâ nica Pr of. Dr. Ma rcelo Luc as P ereira Ma chado 1 5 - LAMINAÇÃO  A laminação é um processo de conformação mecânica no qual o material é forçado a passar entre dois cilindros, girando em sentidos opostos, com praticamente a mesma velocidade superficial e separados entre si de uma distância menor que o valor da espessura inicial do material a ser deformado. Os primórdios da laminação são bastante antigos: a mais antiga ilustração de um laminador é uma gravura de Leonardo da Vinci, em torno de 1486, o qual se destinava, provavelmente, à laminação a frio de barras chatas de ouro ou prata para a cunhagem de moedas.

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mecanismos de laminação do aço. Hot rolled steel

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  • Disciplina: Conformao Mecnica Prof. Dr. Marcelo Lucas Pereira Machado

    1

    5 - LAMINAO

    A laminao um processo de conformao mecnica no qual o material

    forado a passar entre dois cilindros, girando em sentidos opostos, com

    praticamente a mesma velocidade superficial e separados entre si de uma

    distncia menor que o valor da espessura inicial do material a ser deformado.

    Os primrdios da laminao so bastante antigos: a mais antiga ilustrao de

    um laminador uma gravura de Leonardo da Vinci, em torno de 1486, o qual

    se destinava, provavelmente, laminao a frio de barras chatas de ouro ou

    prata para a cunhagem de moedas.

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    A deformao plstica provocada pela presso dos cilindros sobre o

    material;

    Leonardo da Vinci projetou um dos primeiros laminadores em 1486, mas

    pouco provvel que seu projeto tenha sido executado. Por volta de 1600, a

    laminao do chumbo e do estanho era realizada temperatura ambiente, por

    meio de laminadores operados manualmente.

    Na Europa ocidental, nos princpio do sculo XVIII, surgiu o processo de

    laminao a quente do ferro, transformando barras em chapas.

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    Antes disso, os nicos laminadores existentes eram utilizados para operaes

    de corte, em que pares de cilindros opostos dotados de discos cortantes

    (colarinhos) cortavam o ferro em tiras estreitas para a fabricao de pregos e

    produtos similares. No havia, naquele processo, a pretenso de reduzir a

    espessura do metal.

    A laminao um processo que requer uma potente fonte de energia.

    At o sculo XVIII essa energia provinha de moinhos dgua.

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    O advento das mquinas a vapor, durante a revoluo industrial, foi o principal

    responsvel pelo aumento da capacidade dos laminadores at que, a partir de

    1900, essas mquinas foram substitudas por motores eltricos, largamente

    empregados nos tempos atuais.

    Na laminao os produtos semi-acabados so transformados em produtos

    acabados que devem atender as especificaes estabelecidas em termos de

    propriedades mecnicas, forma, dimenses, dentre outros critrios.

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    A laminao pode ser a quente ou a frio. Pelo fato destas operaes com

    freqncia serem as ltimas e podem alterar a microestrutura do ao, elas

    devem ser projetadas de modo a permitir que a microestrutura desejada.

    Desta forma, as operaes de acabamento envolvem tratamentos trmicos, tais

    como: esferoidizao, normalizao, e recozimento, ou tratamentos

    superficiais, como: galvanizao, estanhamento, cementao, usinagem

    tempera etc.

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    Durante a laminao, raramente passa-se o material somente uma vez entre os

    cilindros ou rolos de laminao, pois, a reduo de rea almejada no pode ser

    conseguida em um s passe. Deste modo, o equipamento de laminao deve

    ser capaz de submeter o material a uma seqncia de passes.

    Quando este equipamento consiste em somente um conjunto de cilindros, isto

    pode ser conseguido de duas formas:

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    ou variando-se a distncia entre os cilindros de trabalho, laminadores

    regulveis durante a operao,

    ou mantendo-se esta distncia fixa, laminadores fixos durante a operao, e

    variando-se o dimetro do cilindro ao longo do seu comprimento, o que

    equivale a variar a abertura entre os cilindros.

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    Neste ltimo caso, a pea a ser trabalhada dever ser deslocada ao longo dos

    cilindros para cada passe sucessivo.

    Uma outra forma de realizar passes com diferentes redues, seria a colocao

    de laminadores em linha, com uma distncia pr-determinada entre eles, de

    modo que trabalhassem o material sucessivamente e em alguns casos

    simultaneamente.

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    Figura 5.1 - Representao esquemtica do processo de laminao.

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    Figura 5.2 Esquema mostrando cilindros com canais de um laminador fixo.

    Figura 5.3 Esquema mostrando um trem contnuo de laminao.

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    Ao passar entre os cilindros, a fora de atrito entre a pea e os cilindros

    promove uma deformao plstica, na qual a espessura diminuda e a

    largura e o comprimento so aumentados.

    A laminao um dos processos de conformao mais utilizados na prtica.

    Tal fato acontece porque este processo apresenta uma alta produtividade e um

    controle dimensional do produto acabado que pode ser bastante preciso.

    Na laminao possvel obter-se tanto produtos acabados, como chapas,

    barras e perfis, como produtos semi-acabados, tais como placas.

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    O processo de laminao pode ser feito a frio ou a quente. Normalmente, a

    laminao a quente usada para as operaes de desbaste e a laminao a

    frio, para as operaes de acabamento.

    As ltimas etapas da laminao a quente e a maior parte da laminao a frio

    so efetuadas comumente em mltiplos conjuntos de cilindros denominados

    trens de laminao.

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    As matrias-primas iniciais para laminao so constitudas geralmente por

    lingotes fundidos; blocos, tarugos ou placas do lingotamento contnuo ou mais

    raramente placas eletrodepositadas.

    Ainda possvel a laminao diretamente do p, atravs de um processo

    especial que combina metalurgia do p com laminao.

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    Os principais objetivos da laminao so:

    1. obter um produto final com tamanho e formato especificados, com uma alta

    taxa de produo e um baixo custo;

    2. obter um produto final de boa qualidade, com propriedades mecnicas e

    condies superficiais adequadas.

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    O nmero de operaes necessrias para atender a estes objetivos do

    processo de laminao, depende das especificaes estipuladas para a forma,

    as propriedades mecnicas, as condies superficiais (rugosidade,

    revestimentos, etc.) e em relao a macro e microestrutura do produto

    laminado.

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    Para obteno de produtos laminados as principais etapas so:

    1. preparao do material inicial para a laminao;

    2. aquecimento do material inicial;

    3. laminao a quente;

    4. acabamento e/ou tratamento trmico (caso de ser produto final);

    5. decapagem;

    6. laminao a frio (caso seja necessrio);

    7. tratamento trmico;

    8. acabamento e revestimento.

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    Durante as etapas de laminao, deve-se efetuar um controle de qualidade do

    produto para se detectar a presena de defeitos, tais como trincas e vazios

    internos, afim de se evitar que um produto com excesso de defeitos, portanto,

    rejeitvel, continue sendo processado, com desperdcio de tempo e energia.

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    Principais variveis de influncia na laminao so:

    1. o dimetro dos rolos ou cilindros laminadores;

    2. a resistncia deformao do metal (tenso de escoamento e de ruptura,

    encruamento durante a deformao, temperatura de trabalho, velocidade de

    trabalho, etc.);

    3. o atrito entre os cilindros e o metal;

    4. a presena da trao de avano ou de retrocesso no produto que esta sendo

    laminado.

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    5.1 - DEFINIES DOS PRODUTOS LAMINADOS:

    comum para os produtos siderrgicos a adoo de uma primeira

    classificao como aos planos e no-planos.

    Entende-se por produtos planos aqueles cuja forma da seo transversal

    retangular, sendo que a largura do produto e vrias vezes maior do que a sua

    espessura.

    Produtos no-planos, pelo contrrio, tem sua seo transversal diferente da

    forma retangular (exceo de barras chatas, alguns blocos e tarugos), formas

    em geral complexas e variadas, embora j se tenha formas consagradas e

    limitadas. o caso de perfis tais como H, I, U, trilhos e outros.

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    Os produtos siderrgicos podem tambm ser classificados em acabados ou

    semi-acabados quanto a aplicabilidade direta destes.

    So denominados semi-acabados, ou intermedirios, em virtude de

    praticamente no existir aplicao direta para os mesmos, salvo para posterior

    processamento por laminao, extruso, trefilao, etc. que os transformaro

    em produtos finais ou seja acabados.

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    5.1.1 - CLASSIFICAO DOS PRODUTOS SEMI-ACABADOS

    Obtidos em laminao primria, envolvendo uma ou mais cadeiras (quebradora

    de carepa, desbastadora e ainda, em alguns casos, at uma cadeira

    secundria, seguida ou no de um trem contnuo).

    Os semi-produtos devero ser, posteriormente, forjados, extrudados, trefilados

    ou submetidos a outras etapas de laminao, para darem origem a produtos

    acabados.

    No existe uma clara separao dimensional entre eles, embora a ABNT em

    sua norma NBR 6215 de 1986 classifique os semi-acabados de conformidade

    com a rea da seo transversal e sua forma, como:

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    1. bloco: um produto semi-acabado cuja seo transversal superior a

    22.500 mm2 e com relao entre altura e espessura igualou menor que 2; as

    arestas so arredondadas, estas medidas se situam entre 150 e 300mm de

    lado;

    2. tarugo ou palanquilha: um produto semi-acabado cuja seo transversal

    menor ou igual a 22.500 mm2 e a relao largura e espessura igualou menor

    que 2; as arestas so arredondadas as tolerncia dimensionais menos

    restritivas que as de barras, estas medidas se situam entre 50 e 125mm de

    lado ou dimetro;

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    3. placa: um produto semi-acabado com seo transversal retangular, com

    espessura maior que 80 mm (100 mm segundo a norma NBR 5903 de 1983 -

    1987) e relao largura e espessura maior que 4, ou seja, espessura at

    230mm e 610 a 1520mm de largura;

    O comprimento do semi-acabado funo dos produtos finais a serem obtidos

    a partir dos mesmos, respeitando-se as limitaes de equipamento de cada

    laminao.

    Nos semi-acabados tambm se utilizam dos processos usuais de

    condicionamento, tais como escarfagem e esmerilhamento, visando a

    eliminao de defeitos superficiais que possam comprometer o produto final.

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    5.1.2 - CLASSIFICAO DOS PRODUTOS ACABADOS

    Quanto aos produtos acabados de laminao (observa-se que podemos ter

    produtos acabados a partir de semi-acabados por diversos processos de

    conformao tais como laminao, forjamento, trefilao, extruso, etc.)

    Blocos e tarugos, por laminao, do lugar a vrios tipos de produtos longos,

    tais como perfis; trilhos e acessrios; barras redondas, quadradas, sextavadas,

    etc; fio-mquina, tubos sem costura, etc.

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    Placas e platinas so laminadas em vrios tipos de produtos planos (barras

    chatas, chapas, tiras, fitas e folhas) que podem ser transformados, p. ex., em

    tubos com costura e peas estampadas.

    Os produtos acabados planos so obtidos por laminao a quente ou a quente

    e a frio de placas em cilindros lisos (sem canais) e se subdividem de acordo

    com as seguintes dimenses:

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    A) PRODUTOS LAMINADOS PLANOS

    O esforo de compresso executado pelos cilindros aplicado sobre uma

    superfcie plana do produto laminado, sendo que, por esta ao, h uma

    reduo da espessura acom-panhada do conseqente aumento de compri-

    mento.

    Dependendo da relao entre a largura e a espessura iniciais, pode ou no

    haver um alargamento livre do produto laminado.

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    1. bobina:

    Produto plano laminado com largura mnima de 500 mm enrolado na forma

    cilndrica.

    1.1. bobina fina a frio:

    Produto plano laminado com espessura entre 0,38 e 3,0 mm e com largura

    superior a 500 mm, enrolado na forma cilndrica e cuja espessura final obtida

    por laminao a frio.

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    1.2. bobina fina a quente:

    Produto plano larninado com espessura entre 1,20 e 5,0 mm e com largura

    superior a 500 mm, enrolado na forma cilndrica e cuja espessura final obtida

    por laminao a quente.

    1.3. bobina grossa:

    Produto plano laminado com espessura superior a 5,0 mm e igual ou inferior a

    12,7 mm, largura superior a 500 mm, enrolado na forma cilndrica e cuja

    espessura final obtida por laminao a quente.

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    2. chapa:

    Produto plano de espessura mnima de 0,38 mm e largura mnima de 500 mm.

    2.1. chapa fina:

    Chapa com espessura entre 0,38 e 5,0 mm e com largura igual ou superior a

    500 mm.

    2.2. chapa fina a frio:

    Chapa com espessura entre 0,38 e 3,0 mm e com largura superior a 500 mm,

    fornecido em forma plana, cuja espessura final obtida por laminao a frio.

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    2.3. chapa fina a quente:

    Chapa com espessura entre 1,20 e 5,0 mm e com largura superior a 500 mm,

    fornecido em forma plana, cuja espessura final obtida por laminao a

    quente.

    2.4. chapa grossa:

    Chapa com espessura superior a 5,0 mm e largura superior a 500mm,

    fornecido em forma plana, cuja espessura final obtida por laminao a

    quente, seja no laminador reversvel at no mximo 152 mm ou no laminador

    contnuo at no mximo 12,70 mm.

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    3. fita de ao para embalagem:

    Produto plano laminado com espessura igual ou inferior a 1,27 mm e com

    largura igualou inferior a 32 mm fornecido na forma de rolo, utilizado como

    elemento de fixao ou compactao no acondicionamento e/ou embalagem.

    4. folha:

    Produto plano laminado a frio com espessura igual ou inferior a 0,38 mm e com

    largura mnima de 500 mm fornecido em bobinas ou num comprimento

    definido.

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    5. tira:

    Produto plano relaminado a frio ou produto plano laminado com largura igual ou

    inferior a 500 mm, fornecido com comprimento definido.

    5.1. tira cortada:

    Produto plano laminado com largura igual ou inferior a 500 mm, fornecido com

    comprimento definido; pode ser obtida de rolos cortados aplainados ou de corte

    mecnico de chapas finas a frio, chapas finas a quente, chapa grossa ou

    qualquer produto plano laminado.

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    5.2. tira relaminada a frio:

    Produto plano relaminado a frio com espessura igual ou inferior a 8,00 mm e

    largura igual ou inferior a 500 mm, fornecido com comprimento definido,

    distinguindo-se da tira cortada por ter tolerncia mais estreitas na espessura e

    largura decorrentes do processo de fabricao.

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    6. rolo:

    Produto plano relaminado a frio ou produto plano laminado com largura igual ou

    inferior a 500 mm, enrolado na forma cilndrica de tal modo que a largura final

    do rolo seja igual largura do produto plano (rolo simples) ou seja superior a

    largura do produto plano, o qual obtido em sistema oscilante (rolo zigue-

    zague).

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    100 300

    500 700 900

    1

    2

    3

    4

    5

    7

    6

    Largura (mm)

    Esp

    ess

    ura

    (m

    m)

    FFOOLLHHAA

    CCHHAAPPAA FFIINNAA

    CCHHAAPPAA GGRROOSSSSAA BBAARRRRAA CCHHAATTAA

    TTIIRRAA

    FFIITTAA

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    Os produtos acabados laminados no-planos se classificam em barras, fios,

    tubos, perfis comuns, perfis especiais e os trilhos.

    Os produtos no planos chamados de fios (fio-mquina) so materiais com

    seo transversal circular com dimetro de 5 a 13mm, laminados a quente,

    fornecidos na forma de bobinas ou no e geralmente so destinados a

    trefilao.

    Os tubos com costura so aqueles produzidos por laminao na Mannesmann

    e outros.

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    B) PRODUTOS LAMINADOS LONGOS

    A ao compressiva exercida numa superfcie no plana do laminado. Esta

    ao quase sempre acompanhada de restrio ao alargamento livre do

    material laminado, pelo fato de a deformao ser realizada no interior de

    caneluras nos cilindros.

    Perfis estruturais

    Vigas H, vigas I, vigas U, vigas Z, cantoneiras grandes, etc

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    Trilhos e acessrios

    Trilhos para ferrovias, pontes rolantes, carros de transporte de lingotes,

    elevadores, etc; talas de juno; placas de apoio; etc.

    Perfis especiais

    Estacas-pranchas, perfis para aros de rodas, etc.

    Laminados comerciais

    Barras redondas, sextavadas, quadradas, barras chatas, ferro T, cantoneiras

    pequenas, vigas U pequenas, vigas I, etc.

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    Fio-mquina

    Material de seo geralmente redonda com dimetro de 5 a 13mm, laminado a

    quente, matria-prima de trefilao.

    Tubos sem costura

    Bolas de moinho

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    (a) Exemplos de produtos laminados no planos ou longos e casos tpicos de suas

    aplicaes: (a) produtos de ao

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    (b)

    (c) (d) Figura 5.5 - Exemplos de produtos laminados no planos ou longos e casos tpicos de suas aplicaes: (b) seqncia de forjamento de uma pea a partir de uma barra redonda laminada; (c) ponte rodo-ferroviria e (d) elementos de mquinas.

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    Placas Blocos Tarugos

    Chapas

    Folhas

    Tubos com

    Costura

    Perfis Trilhos

    Barras

    Barras

    Trefilados

    Chapas Fio-mquina

    Tubos sem

    Costura

    Tubos

    Calandrados

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    43

    Figura 5.7 sees transversais tpicas de produtos longos

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    5.2 - CLASSIFICAO DOS LAMINADORES

    Pode ser feita segundo diferentes critrios:

    1. Condies de trabalho em: Laminadores a quente e a frio.

    2. Funo ou programa de produo: Primrios e Acabadores;

    3. Tipo de produto: de Perfis, de Trilhos, de Arame, etc;

    4. Tipo de cadeiras;

    5. De acordo com a disposio das diversas cadeiras de laminao: em Linha

    (trem tipo Belga), em Zigue-zague (cross-country), Contnuo (tandem), etc.

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    45

    1. CLASSIFICAO PELAS CONDIES DE TRABALHO:

    1.1. laminao a quente:

    aquela que se realiza a temperaturas acima do ponto crtico do ao, ou seja:

    a cada passe no laminador reduz o tamanho do gro, o qual cresce novamente,

    assim que a presso retirada. O tamanho do gro final determinado pela

    temperatura e pela porcentagem de reduo do ltimo passe.

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    1.2. laminao a frio:

    aquela que se realiza a temperaturas abaixo do ponto crtico do ao, ou seja:

    a cada passe no laminador o tamanho do gro se deforma mas no cresce,

    tornando a superfcie do material mais bem acabada e mais resistente.

    A laminao a frio se desenvolveu devido necessidades crescente de

    material com qualidades mecnicas determinadas e s exigncias cada vez

    maiores de uniformidade de bitola.

    Antes do trabalho a frio, necessrio remover a camada de xido por meio da

    decapagem, com o intuito de se obter boa superfcie no produto acabado.

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    47

    A laminao a frio tem como conseqncia um aumento da dureza e da

    resistncia trao, ao mesmo tempo que reduz a dutilidade e o tamanho do

    gro do ao.

    A profundidade at onde a estrutura do gro alterada, depende da seo,

    tamanho e reduo da rea.

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    48

    2. CLASSIFICAO DE ACORDO COM O SEU PROGRAMA DE

    PRODUO:

    Pode-se classificar os laminadores em laminadores primrios ou de semi-

    produtos e laminadores de produtos acabados.

    2.1. Laminadores Primrios ou de Semi-Produtos:

    So aqueles que produzem semi-produtos ou semi-acabados, tais

    como:blocos, placas, tarugos e platinas, destinados aos trens acabadores.

    Entre os laminadores primrios pode-se distinguir os laminadores

    desbastadores e os laminadores de tarugos ou platinas.

  • Disciplina: Conformao Mecnica Prof. Dr. Marcelo Lucas Pereira Machado

    49

    Os laminadores desbastadores, tambm conhecidos pelo nome de blooming ou

    slabbing, operam a partir de lingotes. No caso de lingotes grandes, os seus

    produtos sero os blocos (blooms) ou as placas (slabs). No caso de lingotes

    pequenos, produzem diretamente tarugos ou platinas.

    Os laminadores de tarugos ou de platinas operam sempre a partir de blocos ou

    de placas cortadas longitudinalmente, transformando-os em tarugos ou

    platinas.

    2.2. Laminadores de produtos acabados:

    So aqueles que transformam semi-produtos (blocos, placas, tarugos e

    platinas) em produtos acabados, tais como: perfiz, trilhos, tubos, etc.

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    50

    3. CLASSIFICAO DE ACORDO COM O TIPO DE PRODUTO:

    Esta classificao restringe-se aos laminadores de produtos acabados.

    De acordo com o tipo de produto podemos ter:

    3.1. laminadores de perfis pequenos ou comerciais ou ainda perfis leves;

    3.2. laminadores de perfis mdios;

    3.3. laminadores de perfis pesados;

    3.4. laminadores de fio-mquina;

    3.5. laminadores de tubos;

    3.6. laminadores de chapas;

    3.7. laminadores de tiras;

    3.8. laminadores de rodas;

    3.9. laminadores de esferas.

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    51

    4. CLASSIFICAO DE ACORDO COM O TIPO DE CADEIRAS:

    O conjunto formado pelos cilindros de laminao, com seus mancais,

    montantes, suportes, etc. chamado de cadeira de laminao. Vejamos quais

    os tipos mais comuns.

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    52

    4.1. CADEIRA DUO COM RETORNO POR CIMA:

    Consiste em dois cilindros colocados um sobre o outro. Os cilindros so

    colocados na horizontal. O sentido de rotao no muda sendo que a pea

    laminada, ao passar entre dois cilindros, devolvida para o passe seguinte,

    passando sobre o cilindro superior.

    Este tipo de laminador o mais antigo e mais simples, sendo usado no

    passado na laminao de chapas e, ainda hoje, nas laminaes de tarugos,

    trens contnuos de perfis pequenos e trens de fio-mquina.

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    53

    4.2. CADEIRA DUPLO DUO:

    Consiste em dois duos colocados em planos verticais paralelos e montados

    numa cadeira de laminao nica. Utilizada na laminao de barras de ao

    especial. No deve ser confundido com o laminador contnuo formado por

    cadeiras duo no-reversveis.

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    54

    (a) (b)

    Figura 5.8 - Cadeiras duo: (a) com retorno por cima e (b) duplo duo.

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    55

    4.3 CADEIRA DUO REVERSVEL:

    aquela em que o sentido de rotao dos cilindros do laminador invertido

    aps cada passagem da pea atravs do laminador. Empregado em

    laminadores desbastadores para lingotes grandes e trens de perfis.

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    56

    4.4. CADEIRAS TRIO:

    Trs cilindros so dispostos um sobre o outro na horizontal e a pea

    introduzida no laminador passando entre o cilindro superior e o mdio.

    Os cilindros nunca so reversveis. Inicialmente o material a laminar era

    manuseado por meio de ganchos ou barras manuais para colocar o material na

    parte superior, porm, atualmente, utilizam-se mesas elevatrias ou

    basculantes.

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    57

    (a) (b)

    Figura 5.9 - (a) cadeiras duo reversvel e (b) cadeira trio.

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    58

    Os laminadores ou cadeiras trio so usados em trens desbastadores para

    lingotes pequenos, trens de perfis (grandes, mdios e pequenos), cadeiras

    acabadoras de trens de fio-mquina abertos.

    Uma outra variao do laminador trio convencional o laminador Lauth,

    utilizado na laminao de chapas, onde o cilindro mdio tem cerca de 2/3 do

    dimetro dos outros dois cilindros.

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    59

    4.5. CADEIRAS QUDRUO:

    Quando chapas largas so laminadas em trens duo ou trio, os cilindros, que

    necessariamente tem grande comprimento de mesa, tendem a fletir.

    Conseqentemente, as chapas laminadas por este mtodo no apresentam

    uma espessura uniforme no sentido transversal.

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    60

    Figura 5.10 - Disposio de cilindros na cadeira qudruo.

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    61

    Para evitar este defeito, foi criado o laminador qudruo no qual existem quatro

    cilindros, montados um sobre o outro na horizontal, sendo que os cilindros do

    meio, chamados cilindros de trabalho, so de menor dimetro e os cilindros

    inferior e superior, chamados de cilindros de encosto ou apoio, so de maior

    dimetro.

    Nos laminadores qudruo, as chapas grossas podem ser laminadas com

    espessura uniforne, porque os cilindros de apoio superior e inferior

    efetivamente suportam os cilindros de trabalho. So usados em laminadores

    aquente e a frio de chapas e tiras.

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    62

    Quanto menor for o dimetro dos cilindros, menor ser o atrito entre estes e o

    metal. Portanto, necessrio uma menor potncia.

    Por outro lado, quando menor for o dimetro, menor ser a rigidez dos

    cilindros.

    As tenses originadas pela resistncia do metal a deformao conduzem a

    flexo dos cilindros e por conseguinte conduzem a obteno de um produto

    final mais espesso no centro do que nas bordas.

    Para manter inalterado o perfil dos cilindros, assume grande importncia a

    questo do resfriamento.

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    63

    Mesmo com a utilizao de cilindros de encosto, verifica-se ainda uma certa

    flexo dos cilindros de trabalho a qual compensada pela coroa dos cilindros.

    A coroa obtida usinando-se o cilindro com maior dimetro no centro do que

    nas extremidades. Os cilindros de encosto podem no ser retificados com

    coroa.

    Quanto menor for o dimetro dos cilindros de trabalho de um laminador, menor

    ser a espessura que poder ser obtida.

    Considerando-se este fenmeno, desenvolveu-se a utilizao de laminadores

    com cilindros de trabalho de pequeno dimetro para laminao de produtos de

    pequena espessura.

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    64

    O dimetro dos cilindros influi tambm na fora de laminao.

    Isto pode ser comparado com o corte de um determinado material por meio de

    2 facas.

    Quanto mais finas (mais afiadas) forem as facas menor ser a fora a ser

    empregada para o corte.

    Portanto, com cilindros de pequeno dimetro reduz-se a fora de laminao e,

    como conseqncia, reduz-se tambm a deformao do laminador .

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    65

    4.6. CADEIRAS UNIVERSAIS:

    Constitui uma combinao de cilindros horizontais e verticais, normalmente

    montados na mesma cadeira de laminao. o caso dos laminadores

    desbastadores para placas.

    Verifica-se que deve ser observado um certo distanciamento entre o par de

    cilindros verticais e o par de cilindros horizontais. Os quatro cilindros,

    geralmente, possuem acionamento independente, mas sincronizado.

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    66

    Outra modalidade do laminador universal, o construdo com cilindros verticais

    no acionados, colocados entre os extremos dos cilindros horizontais e no

    mesmo plano vertical.

    A sua funo apenas garantir a uniformidade da seo do perfilado. o caso

    do laminador Grey, para a produo de perfilados pesados tais como duplo T.

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    67

    4.7. CADEIRAS COM CILINDROS AGRUPADOS

    Se a deflexo dos cilindros for muito grande, as altas tenses produzidas

    podem causar efeitos de fadiga e conduzir os cilindros a ruptura.

    Para aproveitar a vantagem da necessidade de menor potncia com cilindros

    de pequeno dimetro, foi projetado o laminador qudruo e a idia foi estendida

    para a utilizao de uma maior quantidade de cilindros, obtendo-se os

    denominados laminadores agrupados, podendo-se destacar o laminador

    Sendzimir.

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    68

    Este laminador muito caro, sendo utilizado para a laminao a frio e de

    acabamento para produtos para os quais se requer tolerncias dimensionais

    mais estreitas.

    Um tipo de laminador no convencional, o laminador Sendzmir planetrio

    utilizado) para o trabalho a quente, ganha cada vez mais popularidade na

    produo de tiras de ao de alta resistncia e de aos-liga, inclusive de ao

    inoxidvel.

    Este equipamento, atravs de pequenos cilindros giratrios, produz substancial

    reduo de seo da tira e oferece a vantagem de produzir uma superfcie com

    bom acabamento.

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    69

    Os rolos alimentadores aplicam uma pequena reduo de espessura e

    empurram a placa contra o laminador planetrio onde a maior parte da reduo

    de espessura realizada.

    Os cilindros de trabalho so posicionados numa gaiola porta-cilindros (mancal

    de rolamento) que gira sobre o cilindro de encosto.

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    70

    (a)

    (b) Figura 5.11 - (a) cadeira universal; (b) laminador tipo Grey.

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    71

    (a) (b)

    Figura 5.12 - Tipos de laminadores com cilindros agrupados: (a) com 6

    cilindros; (b) Sendzmir.

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    72

    Figura 5. 13 Foto de um laminador Sendzmir.

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    73

    05. CLASSIFICAO DE ACORDO COM A DISPOSIO DAS DIVERSAS

    CADEIRAS DE LAMINAO:

    A classificao dos laminadores de conformidade com a disposio das

    cadeiras, tambm usada nos meios tcnicos.

    Trem em linha: consistindo de vrias cadeiras Trio ou Duo, dotadas de um

    acionamento nico.

    A ponta da pea laminada, ao sair de um passe, virada", entrando no passe

    seguinte, no mesmo lado do laminador de onde saiu.

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    74

    Este processo de mudar a direo da pea repetido de ambos os lados do

    laminador, tornando possvel laminar-se em vrias cadeiras ao mesmo tempo.

    Assim, consegue-se evitar a queda da temperatura ao laminar peas compridas

    em sees de pequeno dimetro, que resultaria se tivssemos que fazer o

    material passar completamente por um passe antes de comear o passe

    seguinte.

    Evidentemente, para se ter a flexibilidade necessria para o "dobramento", a

    barra laminada deve ser de seo relativamente pequena.

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    75

    O laminador de vrios grupamentos de cadeiras, com um trem preparador e um

    ou mais trens acabadores, representa uma soluo lgica para a realizao

    dos passes iniciais com velocidade mais baixa e sees maiores, e dos passes

    acabadores com menores redues e velocidades mais elevadas, para

    compensar a reduo de seo e obter melhor superfcie.

    Desta forma, podemos classifica-los em:

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    76

    5.1. TRENS CONTNUOS

    Consiste de uma srie de cadeira Duo, com cilindros girando no mesmo

    sentido, colocados no mesmo eixo de laminao e com pequeno afastamento

    entre as cadeiras.

    O material trabalhado ao mesmo tempo entre vrios pares de cilindros, cuja

    velocidade perifrica aumenta proporcionalmente, para compensar a reduo

    de seo.

    o tipo de instalao destinada a grandes produes e programas de

    laminao relativarnente pouco variados.

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    77

    5.2. TREM CROSS-COUNTRY:

    Assim chamado pela disposio escalonada das cadeiras do laminador. A

    pea, ao ser laminada, faz um trajeto de zigue-zague.

    Este tipo de laminador tem grande flexibilidade de programa de laminao, com

    uma produo horria, relativamente alta.

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    78

    5.3. LAMINADORES DE TUBOS:

    So de muitos tipos diferentes: em alguns, a seo inicial uma barra chata ou

    chapa de ao que aquecida temperatura de caldeamento; em outros ela

    trabalhada a frio.

    Os tubos soldados por caldeamento de tpo (butt-welded) so produzidos

    repuxando-se uma pea do material atravs de um sino ou fieira.

    Os tubos com costura so formados a partir de chapas aquecidas, e a costura

    obtida pela presso mecnica.

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    79

    Figura 5.14 Laminao de tubos com costura

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    80

    Os tubos sem costura so produzidos a partir de tarugos aquecidos e

    perfurados, de tarugos inteirios, ou ainda, a partir de roletes aquecidos (slugs).

    Figura 5.15 Laminao de tubos sem costura, utilizando mandril e tarugos

    inteirios (processo Mannesman)

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    81

    Figura 5.16 - Disposies de

    cadeiras de laminao

    formando trens:

    (a) simples;

    (b) aberto ou em linha;

    (c) em srie; (d) contnuo;

    (e) e (f) semicontnuo;

    (g) ziguezague ou alternado.

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    82

    5.3 - RGOS MECNICOS DE UM LAMINADOR

    Um laminador consiste essencialmente, de duas gaiolas para suportar os

    cilindros, de dois ou mais cilindros e os meios para o seu acionamento e para

    controlar a abertura entre os cilindros de trabalho.

    Alm disso, deve-se considerar as vrias instalaes de transporte das peas a

    laminar, os meios de lubrificar o equipamento e os de remover a camada de

    xido.

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    83

    1. GAIOLA:

    A gaiola do laminador , em geral, uma pea de ao fundido, cujas dimenses

    so determinadas com um coeficiente de segurana bastante grande, como

    pode ser visto na figura 5.17.

    As duas gaiolas so ligadas entre si na parte superior por um cabeote fundido

    ou, perto da base e do topo, por meio de tirantes forjados.

    Para reduzir a um mnimo o alongamento das gaiolas, uma das solues

    constru-Ias com grandes sees, de modo que a solicitao especfica

    (presso por cm2) seja a menor possvel, ou ento, empregam-se as gaiolas

    protendidas.

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    84

    As principais vantagens das gaiolas protendidas so:

    1. a altura total da cadeira menor e, portanto, a dilatao (que proporcional

    ao comprimento tracionado) menor;

    2. a presso que atua sobre todos os elementos da cadeira durante a marcha

    em vazio (sem estar laminando o material) reduz a folga entre eles,

    melhorando, portanto, a preciso de laminao.

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    85

    A gaiola protendida tem a vantagem adicional de manipulao mais fcil, pelo

    fato de seu peso e dimenses serem menores, nos casos onde necessrio

    trocar rapidamente uma cadeira completa, como por exemplo, na mudana de

    um programa de laminao para o outro.

    Para assegurar a horizontalidade dos cilindros, as bases das gaiolas so

    apoiadas sobre uma placa usinada de ferro fundido ou de ao e fixados por

    parafusos.

    A abertura na gaiola atravs qual passa o pescoo do cilindro a "janela",

    normalmente revestida de placas de desgaste, que se pode trocar depois de

    certo tempo de uso, quando ficarem amolgadas ou danificadas.

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    86

    A parte inferior da janela serve de apoio para o mancal do cilindro inferior que,

    em grandes laminadores, geralmente estacionrio e nos pequenos

    laminadores ajustvel por meio de parafusos verticais ou de cunhas

    horizontais.

    Atravs o tpo da gaiola, passam os parafusos para controlar a elevao do

    cilindro superior.

    Em pequenos laminadores, estes cilindros so ajustados manualmente; no.

    grandes, por meio de mecanismo de ajustagem motorizado.

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    87

    2. PLACAS DE APOIO:

    Para assegurar a horizontalidade dos cilindros, os ps da gaiola so apoiados

    sobre uma placa usinada de ferro fundido ou de ao e fixados por parafusos de

    cabea quadrada.

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    88

    Figura 5.17 Seo de um laminador desbastador, acionado por um nico motor.

    Observe-se a caixa de pinhes e as arvores de transmisso, dotadas de juntas universais,

    que transmitem esforos de rotao aos cilindros.

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    89

    Figura 5.18 - Detalhe de uma caixa de pinhes e um redutor simples constituidos por um conjunto de engrenagens.

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    90

    01 - Guarda lateral;

    02 - Pistes hidrulicos do sistema de balanceamento do cilindro de encosto superior e work roll bending;

    03 - Cpsula hidrulica;

    04 - Motor do parafuso eltrico;

    05 - Dial de visualizao;

    06 - Parafuso eltrico;

    07 - Carrie beam;

    08 - Rolo tensor (looper);

    09 - Cilindro de trabalho (work roll);

    10 - Tranquete;

    11 - Calo mvel (soft line);

    12 - Calo fixo (hard line);

    13 - Clula de carga;

    14 - Mancal morgoil;

    15 - Cilindro de encosto (backup roll).

    Figura 5.19 - Vista lateral da cadeira de laminao, com detalhes dos componentes para

    sustentao e posicionamento dos cilindros.

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    91

    Figura 5.20 - Equipamentos constituintes de um laminador, destacando-se o sistema de

    acionamento e troca dos cilindros: (01) carro de troca dos cilindros de trabalho; (02) cilindros

    de trabalho (reserva); (03) parafuso eltrico; (04) cpsula hidrulica; (05) chapa de desgaste

    (bronzina); (06) rvore de ligao (spindle); (07) caixa de pinhes; (08) caixa de reduo (F1 e

    F2); (09) motor.

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    92

    5.4 - CILINDROS DE LAMINAO:

    Os cilindros de laminao so em geral, peas inteirias, fundidas ou forjadas.

    A parte central do cilindro, o "corpo" ou a "face" deste, que entra em contato

    com o ao durante a "operao de laminar.

    Pode ser lisa ou, ento, dotada de canais; em alguns casos pode ser entalhada

    para facilitar a mordida na laminao a quente, ou jateada por granalha

    metlica, para propiciar um acabamento fosco no produto final.

    Em cada extremidade, esto os "pescoos" que se apiam nos mancais. Os

    pescoos podem ser cilndricos ou cnicos.

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    93

    Alm do pescoo fica o "trvo", que recebe o acoplamento para rotao. Pode

    ser acoplado caixa de pinhes ou a um outro cilindro da cadeira ao lado e

    podem ser de 4 ou. 5 abas.

    Os laminadores modernos utilizam juntas universais; para estas, o "trvo"

    substituido por uma seo adequada ao desenho do acoplamento.

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    94

    Figura 5.21 - Principais partes de um cilindro de laminao.

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    95

    Figura 5.22 Esquema mostrando partes de um cilindro de laminao com pescoo cilndrico e garfo de

    acloplamento (acima), e pescoo cnico com munho de aclopamento.

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    96

    As principais caractersticas que definem a qualidade de um cilindro de

    laminao so as seguintes:

    1. dureza;

    2. resistncia ao desgaste da mesa;

    3. resistncia ruptura por ocasio de uma eventual sobrecarga;

    4. baixa sensibilidade formao de trincas trmicas;

    5. boa superfcie.

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    97

    5.4.1 - CLASSIFICAO DOS CILINDROS:

    So produzidos em uma enorme variedade de materiais, desde o ao simples

    com 0,50% de carbono, passando pelos ferros fundidos especiais e nodulares,

    at os carbo netos de tungstnio.

    Os cilindros podem ser fundidos com a mesa lisa ou com a mesa j esboada

    para facilitar a usinagem dos canais.

    Os cilindros em ao, que podem ser ou fundidos ou forjados, so mais

    indicados onde aplicam-se fortes redues, com canais fundamente entalhados

    nos cilindros.

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    98

    Mediante o emprego de elementos de liga e de tratamentos trmicos

    adequados pode-se conseguir altas durezas e resistncias adequadas com

    cilindros de ao.

    O teor de carbono varia de 0,35 a 1%.

    Os principais elementos de liga so o cromo, o nquel e o molibdnio.

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    99

    Os cilindros de ferro fundido so de: ferro fundido cinzento moldado em

    areia; ferro fundido cinzento moldado em coquilha; ferro fundido tratado

    termicamente; ferro fundido de dupla fuso; ferro fundido nodular.

    O teor de carbono varia de 2,5 a 3%. Em alguns tipos so utilizados elementos

    de liga tais como nquel cromo e molibdnio.

    Apresentam melhor resistncia ao desgaste do que os de ao. No entanto, sua

    resistncia ruptura menor, no suportando grandes redues por passe.

    So usados como cilindros preparadores ou acabadores em diversos tipos de

    trens de laminao, como mostraremos a seguir.

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    100

    Podemos classificar os cilindros como:

    1. CILINDROS DE AO FUNDIDO:

    Apresentam resistncia ao desgaste relativamente pequena mas, devido sua

    alta resistncia flexo, permitem grandes redues em cada passagem.

    So usados; principalmente, nos laminadores desbastadores, nas primeiras

    cadeiras de laminadores de tiras a quente e como cilindros de encosto nos

    laminadores planos aquente e a frio.

    Podem tambm ser empregados como cilindros preparadores.

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    101

    2. CILINDROS DE AO FORJADO:

    Apresentam melhor resistncia ao desgaste.

    So usados principalmente como cilindros de trabalho de laminadores a frio.

    3. CILINDROS DE FERRO FUNDIDO EM MOLDES DE AREIA:

    So empregados como cilindros acabadores de trens de grandes perfis e trens

    comerciais, bem como cilindros preparadores de trens de perfis mdios.

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    102

    4. CILINDROS DE FERRO FUNDIDO COQUILHADO:

    Possuem uma camada exterior dura, com grande resistncia ao desgaste

    podendo gerar produtos com bom acabamento superficial.

    O ncleo, no entanto, mais tenaz e possui boa resistncia ruptura.

    Podem ser usados em cadeiras acabadoras de trens de fio-mquina, de trens

    de pequenos perfis, e em laminadores desbastadores.

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    103

    5. CILINDROS DE FERRO FUNDIDO NODULAR:

    Alm de terem boa resistncia ao desgaste, apresentam resistncia ruptura

    maior que os outros cilindros de ferro fundido cinzento.

    Podem ser usados em cilindros de laminadores de tarugos e cilindros

    intermedirios de trens de fio-mquina.

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    104

    RESFRIAMENTO DOS CILINDROS

    Quando um esboo aquecido laminado, uma parte de seu calor transmitida

    aos cilindros, provocando o aquecimento destes.

    Como este aquecimento no regular ao longo da mesa, formam-se as 'trincas

    trmicas' que marcam (danificam) os cilindros podendo, inclusive, provocar sua

    ruptura.

    Estas trincas podem, no entanto, ser evitadas ou atenuadas mediante um

    resfriamento adequado dos cilindros.

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    105

    Realiza-se o resfriamento lanando gua sobre a mesa dos cilindros.

    A quantidade de gua a ser utilizada depende de vrios fatores como:

    a - comprimento do esboo a ser laminado: quanto mais comprido for o esboo

    mais intenso dever ser o resfriamento;

    b - velocidade de laminao: quanto maior a velocidade, maior dever ser a

    quantidade de gua a ser utilizado no resfriamento;

    c - forma do canal: canais profundos exigem um melhor resfriamento;

    d - material de construo dos cilindros: quanto mais duros forem os cilindros,

    mais eficiente dever ser o resfriamento.

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    106

    Na operao de um laminador, deve-se procurar evitar um aquecimento ou

    resfriamento brusco dos cilindros.

    Estas mudanas rpidas de temperatura produzem 'choques trmicos' que

    podem provocar trincas ou mesmo a ruptura do cilindro.

    Quando a operao do laminador for interrompida deve-se cortar a gua de

    resfriamento, caso contrrio ocorrer um choque trmico no reincio da

    operao.

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    107

    5.5 LAMINAO A QUENTE.

    A maioria dos produtos laminada de ao fabricado por um dos dois caminhos

    descritos a seguir, ou seja, produo de perfis, tarugos e barras (produtos no-

    planos ou produtos longos) ou produo de chapas, tiras e folhas (produtos

    planos).

    A figura (5.23), mostra uma representao esquemtica do processamento de

    diversos produtos laminados, e a figura (5.24) mostra aplicaes tpicas deste

    produtos.

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    Figura 5.23 Representao do processamento de diversos produtos laminados.

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    Como pode ser observado, existem dois pontos iniciais distintos na laminao:

    ou parte-se do lingote obtido por lingotamento convencional na aciaria, ou

    parte-se das placas ou blocos do lingotamento contnuo tambm na aciaria.

    Quando o produto inicial um lingote, existe a necessidade de um laminador

    primrio, tambm conhecido pelo nome de laminador desbastador, onde os

    lingotes so transformados em blocos ou placas para subseqente

    acabamento em barras, perfis, chapas. tiras e folhas.

    Depois da obteno das placas ou dos blocos no laminador primrio, estes dois

    semi- acabados sero acabados de maneiras diferentes.

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    As placas sero reaquecidas nos fornos de reaquecimento e podero seguir

    por dois caminhos distintos:

    ou so encaminhadas a um laminador de chapas grossas onde a espessura da

    placa ser reduzida,

    ou so encaminhadas para o laminador de tiras a quente onde sero obtidas as

    bobinas de tiras laminadas a quente.

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    As bobinas de tiras laminadas a quente podem por sua vez, seguir vrios

    caminhos distintos: podem ser utilizadas na fabricao de tubos sem costura,

    por diversos processos; podem servir de matria-prima para o laminador de

    tiras a frio obtendo-se assim chapas e tiras laminadas a frio com ou sem

    revestimentos superficiais; podem servir de matria-prima para os laminadores

    a frio tipo Sendzmir para o caso de aos especiais (inoxidveis, ao silcio, etc.)

    onde obteramos as folhas ou fitas laminadas.

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    As tiras ou chapas oriundas do laminador de tiras a quente podem tambm ser

    utilizadas para a fabricao de peas dobradas, rodas, vigas, vasos de

    presso, etc.

    Para o caso dos tarugos, estes podem seguir trs caminhos distintos: para os

    laminadores de perfis (leves, mdios ou pesados) onde obteramos os perfis

    estruturais e os trilhos; para os laminadores de barras ou de fios, onde se

    chegaria aos diversos tipos de barras e aos fios- mquina; para os laminadores

    de tubos sem costura. Normalmente, todas as etapas de laminao de tarugos

    at o produto final feita aquente.

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    Figura 5.24 Esquema mostrando aplicaes tpicas deste produtos.

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