aprendizagem, afeto, segurança, respeito e vocação

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NO MEU TEMPO... Triatleta lembra quando perdeu uma competição de natação EU FAçO ASSIM Professora aproveita as eleições e ensina aos alunos sobre política ENTREVISTA Mãe conta como acompanha os estudos dos filhos A Revista do Colégio São Judas Tadeu | Ano IV – Nº 11 | OUT 2012 Saiba como tudo isso é trabalhado no dia a dia do São Judas

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Page 1: Aprendizagem, afeto, segurança, respeito e vocação

No Meu TeMpo...Triatleta lembra quando perdeu uma competição de natação

eu faço assiMProfessora aproveita as eleiçõese ensina aos alunos sobre política

eNTrevisTa Mãe conta como acompanhaos estudos dos filhos

A Revista do Colégio São Judas Tadeu | Ano IV – Nº 11 | OUT 2012

Saiba como tudo isso é trabalhadono dia a dia do São Judas

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missão de uma empresa é a razão de sua existência e está baseada nos valores de seus fundadores.

Nesta edição de Geração São Judas, você vai conhecer a nossa missão e entender como ela é praticada no dia a dia escolar.

Em Fique por Dentro, saiba sobre a qua-lidade da água utilizada na escola, sobre como receber descontos na mensalidade e dicas para participar de uma pesquisa de satisfação. A seção Eu Faço Assim re-vela o trabalho que a professora Mônica Peralli Broti desenvolveu com os alunos do 8º ano sobre eleições. As alunas-repór-

teres desta edição são Stephany Sambra-na Pedroso e Raiani Valkovias Valentim, que acabaram de se alfabetizar e escre-veram sobre a importância da leitura e da escrita.

Em Escola Cheia de Vida, conheça o tra-balho social realizado no primeiro semes-tre pelos alunos do Ensino Médio com uma escola de Educação Infantil da re-gião. No Meu Tempo traz a história de um triatleta que venceu a frustração que um dia viveu na piscina da escola. A entre-vistada da edição é Silvana Mucciolo da Costa, mãe dos alunos Carlos Henrique

(3º ano C) e de Catharina (7º ano), que es-tudam à tarde. Ela falou sobre sua rotina de estudos com seus filhos.

Boa leitura e um abraço,

NO MEU TEMPO...Triatleta lembra quando perdeu uma competição de natação

EU FAÇO ASSIMProfessora aproveita as eleiçõese ensina aos alunos sobre política

ENTREVISTAMãe conta como acompanhaos estudos dos fi lhos

A Revista do Colégio São Judas Tadeu | Ano IV – Nº 11 | OUT 2012

Saiba como tudo isso é trabalhadono dia a dia do São Judas

ouTubro 2012 | Nº 11

RepoRtagem de Capa

No São Judas, aprendizagem, afeto, segurança, respeito e vocação são palavras que sustentam a missão da escola e revelam seu propósito de existir 4

carta ao leitor

Se quiser participar de nossa Revista, escreva para [email protected] e sugira uma reportagem ou indique algum assunto de seu interesse para as seções.

Esta é a nossa missão

12eNTrevisTaMãe conta como acompanha os estudos de seus dois filhos

10aluNas repórTeresCrianças escrevem sobre a importância da leitura e da escrita

10escola cheia de vidaEstudantes levam teatro à escola de Educação Infantil dos arredores

8eu faço assiMProfessora ensina como se faz política com base no tema “eleições”

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No Meu TeMpo

Triatleta se lembra do dia em que a piscina do São Judas o venceu

3Notas sobre a água, descontos e pesquisa de satisfaçãofique por deNTro

fique por dentro

apRoveite os desContosO Colégio São Judas Tadeu está cheio de promoções. Na campanha Amigos para Sempre, ao indicar a escola para amigos e familiares, os estudantes de qualquer nível de ensino recebem 25% de desconto na mensalidade de março de 2013 e uma camiseta. Os recomendados também recebem o benefício na matrícula. Além disso, todos concorrem a um iPad 3. As indicações também podem ser feitas pelo Facebook, em um aplicativo. No entanto, é primordial que o estudante cite quem o indicou. Saiba mais sobre a promoção em www.csjt.com.br. Outro jeito de eco-nomizar é na hora de realizar a rematrícula. Até o dia 30 de outubro, é possível ga-nhar 25% de desconto, além de dividi-la em até 3 parcelas. Para mais informações, o telefone da Secretaria é 11 2174.6409 e o e-mail é [email protected].

Você está satisfeito?Pais, mães e responsáveis sempre observam pontos importantes sobre a vida escolar dos filhos, mas, por falta de tempo ou de oportunidade, acabam não compartilhando suas impressões com a escola. O Colégio São Judas Tadeu entende que essa comunicação é fundamental para melhorar seu atendimento. Por isso, foi criada uma pesquisa on-line para saber como estão sendo avaliados corpo docente, instalações, serviços oferecidos, segurança, comunicação, trabalho pedagógico, eventos etc. Diversas colaborações foram recebidas e estão sendo analisadas para vigorar já no próximo ano letivo. Se você ainda não participou, envie um e-mail para [email protected] e contribua com suas sugestões.

BeBa e use água!Você sabia que a água do Colégio São Judas Tadeu é analisada periodicamente? Atendendo à legislação, as coletas são realizadas semestralmente pelo Serviço Hídrico de São Paulo, empresa responsável pela avaliação. A água da piscina é própria para a balneabilidade e a água de todos os bebedouros é potável. Portanto, beba e use a água da escola sem medo!

Resultado do Provão

São Judas on-line

Colégio SÃO JUDAS TADEURua Clark, 213 - Mooca

São Paulo - SP - 03167-070fone: 11 2174.6422 | fax: 11 2174.6424

[email protected]

@csjt csjt1947

SUPERVISÃO GERALIvan Galvão Bueno Trigueirinho

CONSELHO EDITORIAL

Cesar Farid HaddadDomingos da Silva BiondiErica Camocardi Licastro

Reginaldo Rodrigues de Oliveira

REVISÃOSadika Osmann

PROJETO GRÁFICO

Fred [email protected]

IMPRESSÃO

AGNS Gráfica & Editora Ltda.www.agns.com.br

fone: 11 2966.0322

CRIAÇÃO, COORDENAÇÃO E TEXTOSo Ham – Comunicação para Educação

www.sohamcomunicacao.com.brfone: 11 3542.8322

A reprodução de textos desta edição é permitida, exclusivamente para uso editorial, desde que citada

a fonte. Textos assinados e fotos com crédito identificado somente podem ser reproduzidos com autorização, por escrito, de seus autores.

expediente

Ivan TrigueirinhoDiretor do Colégio São Judas Tadeu

Foto

de

capa

SXC

@ivantrig

Este ano, o Colégio São Judas Tadeu implantou a Prova Multidis-ciplinar, que compõe dois pontos da nota total. Nela, o estudante resolve questões de todas as disci-plinas sempre após a avaliação tri-mestral. Logo que o aluno termina a prova, ele tem a possibilidade de checar seu desempenho no site do Colégio. No Portal do Aluno, basta escolher a opção “multidisciplinar” para acessar o gabarito ou comple-tar com as respostas (“preenche alternativa”) e visualizar erros e acertos (“estatísticas”). O objetivo é facilitar a constatação de onde é necessário concentrar mais os estudos. Vale lembrar que, no caso do Ensino Fundamental, a prova é composta por 40 questões; no Ensino Médio, 80.

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reportagem de capaFotos Leo Salles / Arquivo CSJT / SXC

4 GeraçãO SãO JudaS OuT2012 5OuT2012 GeraçãO SãO JudaS

uem chega ao Colégio São Judas Tadeu se depara com uma bela placa de metal fixada na recepção. Nela, está escrito: Ser uma instituição que desenvolva competências e habilidades, com segurança e afeto, que permita ao educando uma melhor compreensão de si, do outro e do mundo, formando-o em sua plenitude vocacional

e humana. Esta é a missão da escola!A placa está lá, explícita, para assegurar que o que está escrito nela seja cumprido. “Se todos

tiverem conhecimento de nossa missão, cada um poderá ter mais autonomia para tomar decisões baseadas nela”, explica o diretor administrativo Ivan Galvão Bueno Trigueirinho. “O porteiro de nossa escola, consciente disso, entende a importância de abrir a porta do carro para um aluno, quando ele chega à porta do Colégio com seus pais, e de conduzi-lo até o portão de entrada. Essa ação tem a ver com segurança e afeto.”

Por considerá-la a premissa de qualquer sistema de qualidade e modelo de gestão, há alguns anos, Ivan procurou Dona Alzira Altenfelder Silva Mesquita para entender sua motivação ao fundar e man-ter um importante complexo educacional. Dona Alzira foi categórica: “O São Judas tem a missão de despertar a vocação das pessoas”. A afirmativa nunca mais saiu de sua cabeça e assim passou a persegui-la nas pequenas coisas do cotidiano.

Certa vez, um aluno queria uma sala de aula para fazer um vídeo com um professor porque seu sonho era cursar faculdade de cinema em Cuba e fazer o filme era um passo importante para o seu portfolio. “Eu poderia ter dito que não, afinal, conceder esse pedido não faz parte das atri-buições do Colégio. No entanto, na hora em que ele me pediu, veio à minha cabeça a missão. Ponderei e tomei os cuidados necessários para que ele conseguisse chegar mais perto de seu sonho”, conta Ivan.

E assim acontece com todos os projetos institucionais e pedagógicos desenvolvidos na escola. “Seja em um show de talentos ou em um trabalho sobre eleições, estamos sempre

revelando possibilidades para que os estudantes experimentem caminhos que um dia possam querer seguir”, afirma. “Nossa missão não é um discurso, e sim uma vivência!”

Conheça as principais ações que definem a missão do Colégio São Judas Tadeu e de que maneira elas são efetivadas na rotina escolar

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6 GeraçãO SãO JudaS OuT2012 7OuT2012 GeraçãO SãO JudaS

reportagem de capa

Muitos jeitos para aprender

A premissa de uma escola é fazer com que o aluno aprenda os conteúdos escolares. Para chegar a esse fim, que está explícito na missão, o São Judas adota diferentes estratégias. Na Educação In-fantil e no 1º ano do Ensino Fundamental, por exemplo, a proposta contempla o educar e o cuidar, sem deixar de lado a brincadeira.

Quando o assunto é alfabetização, entra em cena o método fôni-co, que foca o ensino na associação de grafemas (letras) e fonemas (sons). Leitura e escrita são trabalhadas desde o Infantil I (3 e 4 anos), com atividades em que as crianças aprendem a segurar o lápis, familiarizando-se com o ato da escrita. Contar histórias tam-bém os aproxima da estrutura dos textos desde cedo.

No Infantil II (4 e 5 anos), mesmo sem domínio total da escrita, os pequenos já são estimulados a escrever, como sabem, por meio de ditados e outras atividades de produção de textos individuais e coletivos. No fim do 1º ano do Ensino Fundamental (5 e 6 anos), em geral, todos estão alfabetizados.

Quando essa turma chega ao 2º ano do Ensino Fundamental, a preocupação é fazer com que eles saibam interpretar o que leem e escrever do melhor jeito para se comunicar com efetividade. Nesse segmento, o método adotado é o global analítico, que trabalha do todo para as partes, ou seja, do texto para a palavra. “Assim fun-ciona com todas as disciplinas, com exceção de Língua Espanhola e Língua Inglesa, em que a professora adota outros métodos”, explica a coordenadora pedagógica Mônica Miotto Bertolini.

No Ensino Médio, todo o conhecimento é mediado por professo-res qualificados e experientes. Muitos, inclusive, lecionam no Ensino Superior e possuem títulos de mestrado e doutorado. O corpo do-cente está sempre atualizado com o que acontece no mundo e também na pró-pria disciplina. “Sua função é mostrar aos alunos que eles necessitam dos conhecimentos escolares para viver, tomar decisões sobre a vida e con-tinuar os estudos”, explica o diretor José Ribeiro Filho. “Ele tem de ter vocação de ensinar de maneira que o estudante tenha prazer em estar na sala de aula.”

relações de afeto

A palavra “afeto” marca presença no São Judas, tanto que ela com-põe a missão da escola. Conhecer cada aluno não significa decorar nome ou número de matrícula (o que já é um diferencial). A inten-ção é se aproximar de cada estudante para conhecê-lo realmente. Na Educação Infantil e no 1º ano do Ensino Fundamental, o acolhimento acontece também com os pais ou responsáveis. “Os adultos entram

na escola todos os dias e acompanham as crianças até a porta da sala”, afirma a diretora Cibele Cortelli Trigueirinho.

O afeto também transparece nos projetos pedagógicos. “Sempre que fazemos um trabalho, envolvemos os pais e os familiares.” Cibele faz questão de citar a atenção que dispensa à sua equipe. “Quando uma professora falta por motivos de saúde, ligo para saber como ela está passando e se precisa de algo”, conta. “Certa vez, uma novata me perguntou se eu tinha o hábito de fazer isso sempre, pois ela nunca havia tido esse tipo de atenção de seus superiores.”

No Ensino Fundamental (a partir do 2º ano), a parceria com os pais acontece logo no início de cada ano. Geralmente, no fim de janeiro, di-retora, coordenadora pedagógica e professoras do segmento recebem os adultos para compartilhar informações importantes do ano letivo e aproveitam para aplicar uma dinâmica de grupo, que revela um pouco de como será a vida dos estudantes no ambiente escolar. “Este ano, cada um recebeu uma palavra e passou a representá-la (sucesso, amor, dedicação etc.). Depois, demos as mãos simbolizando uma corrente e nos comprometemos em não desfazê-la”, descreve Mônica.

Ao longo do ano, esse acolhimento se transforma na atenção que as professoras dispensam aos alunos na correção de um exercício, na me-diação de um desentendimento entre colegas, na preocupação com o estado físico e emocional de cada aluno e em tantos outros momentos.

atenção à segurança

Para fazer valer o que prega a missão do Colégio, a escola conta com um bom esquema de segurança. Há câmeras internas e exter-nas, que mostram o que acontece o tempo todo. Atualmente, são 32 câmeras. “As imagens ficam armazenadas por até 60 dias”, conta

Ivo Galvão Bueno Trigueirinho, res-ponsável pela segurança e pela ma-nutenção do São Judas. “A intenção não é controlar o que os alunos e os funcionários fazem, e sim prevenir ações que coloquem a segurança de alguém em risco.”

Além disso, os seguranças e os porteiros estão atentos aos acessos de entrada e de saída e a tudo o que acontece na rua. Faz parte das atri-buições desse pessoal fazer rondas nas ruas que cercam o Colégio algu-

mas vezes por dia. Nos horários de entrada e saída, os profissionais também contribuem para o embarque e o desembarque dos alunos e para atravessar a rua. Ao todo, são sete pessoas na equipe.

O sistema de acesso foi desenvolvido especialmente para a rea-lidade do São Judas. Ele mantém o histórico de entradas e saídas. Com isso, é possível controlar, monitorar e ser mais efetivo na movi-

mentação de alunos, pais ou visitantes. Sempre um inspetor acompa-nha esse momento. Diariamente, depois que os alunos passam pelos acessos, só saem com autorização dos pais ou dos responsáveis e, mesmo assim, um funcionário se encarrega de certificar a liberação. O mesmo cuidado acontece em relação às faltas. A cada cinco ocor-rências – faltas ou notificações pedagógicas –, é disparado um e-mail para o responsável descrevendo-as. Em casos específicos, solicita-se uma reunião com a direção.

A obrigatoriedade do uniforme é também uma medida de segu-rança. Da Educação Infantil à ultima série do Ensino Médio, todos têm de estar devidamente uniformizados para entrar na escola. Essa medida facilita a identificação pelos funcionários e também pelo mo-nitoramento eletrônico de quem pertence ao Colégio nos horários de entrada e saída.

respeito eM todos os cantos

No São Judas, respeito é palavra de ordem. Campanhas de solida-riedade, como a tradicional festa junina, que arrecada fundos para a Casa José Eduardo Cavichio (Cajec), em Taboão da Serra (SP), que cui-da de crianças e adolescentes carentes com câncer, são feitas sempre na escola. “Páscoa, Dia das Crianças e fim de ano são boas efemérides para pensarmos e desenvolvermos bons trabalhos sociais”, conta a diretora Sineide Esteves Peinado.

Quando se percebe o desrespeito a algum colega, professor ou fun-cionário, logo há uma intervenção. Na Educação Infantil, as ações são mais lúdicas, mas passam a mesma mensagem. “A literatura tem nos ajudado muito a mostrar para as crianças que existem diferenças e que elas devem ser respeitadas.”

Não são raras as vezes que alunos maiores tentam driblar as regras, como tentar justificar uma lição de casa não resolvida ou o esque-cimento de algum compromisso escolar. “Nesse momento, fazemos

questão de jogar luz sobre o assunto para mostrar aos estudantes que esse tipo de conduta não é permitido”, pontua Sineide. “Dessa maneira, mostramos aos alunos o que é e o que não é aceitável para se viver em sociedade.”

O projeto institucional sobre sustentabilidade, desenvolvido ao longo deste ano, aborda o tema “respeito” por outro viés: o respeito pelo planeta. “Para mudar o planeta, é necessário, em primeiro lugar, se respeitar para só assim respeitar o colega e, por fim, o meio ambiente”, explica Mônica. Afinal, uma escola que

quer se intitular como sustentável deve ser democrática, respeitar as diferenças e, principalmente, ser um espaço de pessoas felizes,

onde todos tenham prazer em estar dentro dela.

despertar de uMa vocação

Fazer com que o aluno descubra a própria vocação é missão tam-bém do São Judas. Talvez não seja possível fazer isso durante sua Educação Básica, já que tantas questões afligem os estudantes nessa época, mas é função da escola ensinar a buscar durante sua vida o caminho que o levará à felicidade. “Oriento sempre os professores do Ensino Médio para que as aulas sejam interessantes e que pos-sibilitem o maior número de explorações, na tentativa de despertar vocações”, conta Ribeiro.

Nem sempre os estímulos vêm de conteúdos escolares estudados formalmente em sala de aula. Pode ser que um trabalho extracur-ricular ajude nessa questão, como um show de talentos, em que as qualidades artísticas são ressaltadas (cantar, dançar, tocar algum instrumento musical etc.). O Projeto Profissões, ainda em andamen-to, é um bom exemplo. Nele, os professores Ana Rosa da Silva e Domingos Biondi apresentam habilidades, atitudes, competências e conhecimento de profissões do passado, do presente e do futuro. O Fórum Profissionalizante, que já está na sua 17ª edição, contribui também com o objetivo de apresentar algumas carreiras aos estu-dantes. Todos os anos, os adolescentes participam de palestras com profissionais das mais diversas áreas do mundo do trabalho. Ribeiro não descarta nem as aulas de reforço escolar, momento em que o aluno se encontra com o professor da disciplina na qual apresenta alguma dúvida, mas em um grupo menor. “Nesse momento, o estu-dante pode se identificar com algum aspecto que não fazia muito sentido na turma maior.” O ex-aluno Marcelo Sando, personagem da seção No Meu Tempo da última edição da revista Geração São Judas (número 10, junho de 2012), em seu depoimento, declarou que a oportunidade de participar do Projeto Reciclar contribuiu para que ele escolhesse seu caminho profissional. Ele é autor do livro “Notas & Reflexões sobre Educação” e também criador de uma filosofia educacional chamada “Pedagogia da Compaixão”. Atual-mente, viaja pelo Brasil para falar sobre ela em eventos de educa-ção. E, o mais importante, está feliz da vida. •

Aprendizagem, afeto, segurança, respeito e vocação permeiam a rotina escolar do São Judas

Dona Alzira enfatiza a importância de despertar a vocação das pessoas como missão do complexo educacional que ela fundou ao lado de seu marido

Page 5: Aprendizagem, afeto, segurança, respeito e vocação

8 GeraçãO SãO JudaS OuT2012 9OuT2012 GeraçãO SãO JudaS

o fim do primeiro semestre, durante as aulas de História sobre Revolução Francesa e Iluminismo, veio à tona uma discussão sobre a atuação da sociedade civil diante as

propostas na esfera política do país. Na ocasião, fizemos uma visita à Câmara dos Vereadores de São Paulo e, assim, nasceu o projeto Política Começa na Escola, que está sendo desenvolvido com os alu-nos do 8º ano (matutino e vespertino).

Os trabalhos se dividem em pesquisa sobre diversos temas, como a história dos partidos políticos e dos candidatos, propostas políti-cas de cada candidato, história das eleições no Brasil, escândalos políticos, realizações da atual prefeitura e problemas enfrentados pela cidade. O livro paradidático “Afinal para que Serve Política” tem ajudado muito na elaboração do trabalho.

Em geral, os estudantes têm muitas dúvidas sobre o tema, afinal, política não é um assunto discutido com pais, amigos e familiares. A pergunta mais básica deles é: Qual é a função de um vereador, de um prefeito, de um deputado e do presidente? Outros questiona-mentos, como “Por que a população não se manifesta?”, no caso das denúncias de corrupção, também surgem constantemente. Por isso, destaco a importância de a escola auxiliar na formação política das pessoas e, em especial, na vontade de discussões como esta, sobre política. Eles estão muito envolvidos, adorando!

O projeto consiste na criação de uma cidade fictícia, de partidos políticos e de projetos sociais para esse município, sendo necessária a apresentação do histórico de cada candidato e partido. Os elei-tores - alunos e funcionários da escola - conheceram as propostas dos candidatos por meio de um debate político. As eleições foram realizadas no São Judas e toda a organizaçãofoi feita pelos alunos do 8º ano.

O objetivo das atividades é desenvolver de maneira críti-ca a participação e a formação do indivíduo enquanto eleitor e responsável pela construção da cidadania. O projeto vem exigin-do o contato com os vereadores da cidade e sua atuação política, acompanhamento das notícias referentes às campanhas elei-torais e constantes debates em sala de aula. Ao fim do trabalho teve votação e, para isso, foram confeccionados pelos alunos títulos de eleitor, distribuídos para todas as pessoas da escola – os eleitores.

Das propostas elaboradas pelos alunos, vale destaque a dis-cussão do tema com a família e com os amigos. Chama muito a atenção a compreensão deles sobre o verda-deiro sentido da educação: levar o conhecimento para além dos muros da escola e atuarem politicamente. Em relação às propostas dos candidatos do período da tarde, a preocupação deles com a educação e também com moradores de rua chega a ser emocionante.

Estou muito satisfeita com os resultados que tenho alcançado até aqui. Vejo que o objetivo do trabalho, que era instigar a consciência política, discernir na escolha de um candidato e refletir nos atos do coti-diano, está, dia a dia, se cumprindo. •

Destaco a importância de a escola

auxiliar na formação política das

pessoas e, em especial, na vontade de

discussões como esta, sobre política

Professora Mônica Peralli Broti*

eu faço assim

* Professora Mônica Peralli Broti leciona História para o Ensino Fundamental II (6º ao 9 º ano) e Sociologia para o Ensino Médio.

Projeto sobre eleições desperta a consciência política nos alunos

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Professora Mônica desenvolve trabalho para aproximar alunos

do tema “eleições”

Page 6: Aprendizagem, afeto, segurança, respeito e vocação

10 GeraçãO SãO JudaS OuT2012 11OuT2012 GeraçãO SãO JudaS

alunos repórteres

u era pequeno. Devia ter 9 anos e estar na 3ª série (atual 4º ano do Ensino Fundamental). Lembro bem que o dia estava ensolarado. Era sábado. Na piscina descoberta do Colégio São Judas Tadeu, aconteceria uma competição entre alu-nos. O objetivo era nadar 25 metros, ou seja, apenas uma

ida. Voltei para casa e contei sobre a prova para a minha mãe. Queria muito ir, mas ela respondeu: “Você não sabe nadar direito”. Eu devolvi: “É somente uma ida da piscina”.

A verdade é que eu mal sabia o que era nadar essa distância. Minha experiência se resumia a duas aulas em uma escolinha de natação, que eu parei de frequentar, justamente, por medo. Fora isso, a piscina só servia mesmo para as brin-cadeiras de fim de semana com a família na chá-cara de meus pais. Minha mãe pensou um pouco e concordou. “Se você quer mesmo, vamos!”, assen-tiu ela. Meu pai estava trabalhando e, por isso, não nos acompanhou.

Sentado na lateral da piscina, ao lado de outros co-legas, eu olhava de um lado para outro e dizia para mim mesmo: “Não é tão grande assim. Dá para chegar ao outro lado...” Chegou a minha vez. Deram a largada e eu pulei na água fria de qualquer jeito. Fui me deba-tendo até o meio do trajeto porque, realmente, eu mal sabia nadar. Um professor me ajudou a chegar à outra borda. Fiquei (claro!) em último lugar. Voltei para casa chorando, além de muito frustrado. Minha mãe agiu da maneira mais natural possível: “Não tem problema, você ainda é pe-queno, tem muito para aprender e tenho certeza de que na próxima vez você vai conseguir”.

Quase 30 anos após esse episódio, retornei ao mesmo local. Os 25 metros daquela época já não são suficientes nem para meu aqueci-mento, pois preciso de, aproximadamente, 3 mil a 3,5 mil metros por sessão de treino, três vezes por semana, para me preparar para as competições de alto nível na elite do Triathlon. Sim, eu me tornei um triatleta. Quem imaginaria? Atualmente, o Colégio São Judas Tadeu me apoia com o uso da mesma piscina para meus treinamentos, que um dia foi palco de uma derrota, mas que serviu como lição determi-nante para buscar uma vitória. •

no meu tempo...

O triatleta Celso Delmengi aponta o peso do São Judas na escolha de um esporte

Descoberta de uma vocação

Práticas de cidadania

escola cheia de vida

s alunos da 3ª série do Ensino Médio levaram poesia, humor e muita graça às crianças da EMEI Marcilio Dias, que fica na Mooca. No fim do primeiro semestre, as crianças e os professores assistiram a uma apresenta-

ção de uma peça teatral organizada pelos estudantes. Foi encenada A Princesa e o Sapo, baseada no filme animado pela Walt Disney Animation Studios. A iniciativa partiu das reflexões sobre a neces-sidade da parceria entre escola e comunidade durante as aulas de

Sociologia, com a professora Mônica Peralli Broti. A partir disso, nasceu o projeto “Escola Cidadã” e a Marcilio Dias foi escolhida por causa da grande concentração de filhos de imigrantes e de quadros de inclusão, como crianças com paralisia cerebral e Síndrome de Down. Diversificadas brincadeiras e respeito às diferenças também rechearam o dia na escola parceira. A ação deu tão certo que a turma já pensa na próxima ação. Desta vez, os alunos querem ir ao cinema com a turminha de lá. •

Estudantes encenam peça em escola de EducaçãoInfantil e planejam mais ações para estabelecer uma parceria

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Celso durante prova e exibindo o troféu conquistado em prova internacional. Abaixo, o prontuário dos tempos de Colégio

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o Colégio São Judas Tadeu, o 1º ano do Ensino Fundamental é focado na alfabetização, sem deixar de lado o brincar, que ainda é tão importante para as crianças dessa faixa etária. Na escola, o método fônico ajuda as professoras a alfa-

betizar suas turmas. Os pequenos aprendem a decodificar, ou seja, a converter os grafemas em fonemas, pronunciando a palavra em presença da escrita. Neste ano, 99% dos alunos partirão para o 2º ano dominando a leitura. •

Stephany S. Pedroso, 6 anos,1º ano B, e Raiani V. Valentim, 6 anos,1º ano C

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elso Delmengi tem 37 anos. Cursou da Educação Infantil (antigo Dente de Leite) até Ensino Médio no São Judas. Ingressou na Universidade São Judas Tadeu, em Educação

Física, mas não seguiu adiante. É comissário de voo e, atualmente, se prepara para a formação de piloto na aviação comercial. Inspirado nos exemplos de um pai ciclista, aos 18 anos de idade, se iniciou no Triathlon. Disputou sete campeonatos mundiais e, em um deles (Calaes, na França), conquistou a segunda colocação. Para falar com ele, escreva para [email protected].

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12 GeraçãO SãO JudaS OuT2012

entrevista

Silvana MuCCiolo Da CoSTa

V isitar a escola do filho regularmente, conver-sar com os professores, perguntar como vão os estudos, ler bilhetes e avisos que a insti-tuição enviar e responder quando necessário, comparecer às reuniões de pais, dar opinião sobre qualquer aspecto da vida estudantil e

tantas outras atitudes são fundamentais para que os filhos te-nham sucesso na vida escolar e, como consequência, na carreira que escolherem.

Pesquisas de todas as naturezas, nacionais e internacionais, vêm demonstrando o quanto é importante esse papel. Cientistas americanos, por exemplo, acompanharam 1.300 crianças desde o nascimento até o 6º ano do Ensino Fundamental. Na obser-vação, perceberam que o envolvimento dos pais estava direta-mente relacionado às habilidades sociais de suas crianças. Entre outras coisas, os estudantes demonstraram mais autocontrole e comportamento cooperativo, além de serem menos agressivos e indisciplinados e tinham menos chance de desenvolver depressão ou ansiedade em excesso.

Uma mãe, consciente desse papel, conta como acompanha a vida escolar de seus filhos entre tantas outras atribuições que a vida contemporânea exige. Silvana Mucciolo da Costa, mãe dos alunos Carlos Henrique (3º ano C) e de Catharina (7º ano), que estudam à tarde, conversou com a equipe da revista Geração São Judas sobre o assunto. Leia a entrevista a seguir.

geração são judas – Como é a rotina de estudos de seus filhos?silvana Mucciolo da costa – De terça e quinta, meu filho faz

natação e, enquanto isso, eu caminho com minha filha. Por volta de 10h, eles fazem a lição de casa e eu me concentro nos afazeres domésticos. Se eles têm alguma dúvida, me chamam. Nos outros dias da semana, eles acordam por volta de 9h, tomam café da

manhã e já se voltam aos estudos. Como Carlos Henrique é me-nor, o trabalho mais intenso é com ele, que está aprendendo a estudar. A Catharina já é mais independente porque já passou por isso e, nesse momento, se vira mais sozinha. Por volta de 11h30, eles tomam banho e, ao meio-dia, almoçam para, em seguida, irem para a escola. Em época de provas, fico mais em cima. A Ca-tharina, por exemplo, precisa fazer a lição logo que vem da escola para se dedicar aos estudos no dia seguinte.

gsj – Já aconteceu de você não saber como ajudá-los com algum conteúdo específico?

silvana – Sim, claro! Hoje em dia, as crianças aprendem mate-mática de outra maneira. Nesse caso, meus filhos me explicaram como fazer do jeito novo, mas também peço explicação aos pro-fessores quando não sei algo.

gsj – Como é o ambiente em que seus filhos estudam?silvana – Fiz um quarto de estudos na minha casa. Nele, há um

computador, uma bancada e todos os materiais de que eles preci-sam, como livros, dicionários, lápis, canetas, cola etc. As mochilas da escola também ficam lá. Cada um fica em um canto, na sua cadeira. O lugar é silencioso e bem iluminado.

gsj – Por que você acha importante acompanhar os filhos nos estudos?

silvana – Zelo pelo sucesso deles. Por isso, abro mão de muita coisa para poder acompanhá-los e tenho consciência de que isso tem de ser feito desde cedo porque logo mais, eles caminharão sozinhos, sem a minha ajuda. Elogio quando vão bem e orien-to quando não vão. Não faço questão que tirem a melhor nota, mas penso que têm de fazer o melhor que podem. Eles são o meu orgulho! •

Acompanhar a vida escolar dos filhos é fundamental para o sucesso deles

Estudar com os filhos

Silvana é formada em técnico em contabilidade. Lamenta por não ter tido a oportunidade de cursar uma faculdade, mas ainda não perdeu a esperança, pois adora estudar. Seu projeto mais imediato é colocar os filhos no inglês e frequentar o curso junto com eles. Enquanto Carlos Henrique e Catharina estão na escola, ela aproveita para cuidar de toda a parte burocrática que exige a empresa de seu marido. É sua responsabilidade também preparar o almoço e o jantar todos os dias.

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