APPLE

Apple

A empresa foi fundada em 1976 por Steve Jobs e Steve Wozniak, na Califórnia,

Estados Unidos. Inicialmente se chamava Apple Computer, mas em 2007 a palavra

“computer” foi retirada do nome. A mudança ocorreu devido ao lançamento do Iphone e

do sistema Apple TV. Logo, ela passa a atuar não só no segmento de computadores,

mas também no segmento de smarthphones, softwares, música digital portátil, etc. A

Apple atua em diversos países e vende seus produtos em lojas online, lojas de retalho e

venda direta, além de revendedores. Seu público alvo são pessoas físicas, pequenas,

médias e grandes empresas, setor de educação, governos e mercado criativo. Entre os

produtos oferecidos estão: IPhone, Apple TV, IPad, Mac, ITunes e Ipod.

Estratégias da marca

Entre as estratégias da Apple estão:

Superar a expectativa dos clientes. Para a empresa o resultado financeiro é fruto

decorrente de consumidores satisfeitos e gestão administrativa adequada. Steve

Jobs afirmava que conhecer os consumidores significa trazer o que realmente

atende os seus anseios, por que, os clientes não querem apenas comprar

produtos, e sim consumir novas experiências.

Antecipar-se no mercado. Por que, a Apple não apenas pensa em lançar mais um

produto, mas sim “O Produto”, como por exemplo, estabelecer novos padrões,

mostrar novas tendências, ser o primeiro, ser o melhor, ser o mais lembrado e

acertar em cheio os anseios e desejos dos clientes.

Inovação. A inovação em produtos ou serviços passa pelo entendimento das

necessidades e desejos do público consumidor. Saber o que ele anseia e como se

comporta é uma das estratégias da marca.

Apple e os consumidores

Os produtos da Apple são uns dos itens mais desejados quando se trata de tecnologia.

Não é raro ver fila de pessoas que esperam para adquirir um novo modelo do IPhone. A

marca se consolidou no mercado, trazendo como principal estratégia competitiva a

inovação nos produtos. Aliado a isso estão a criatividade e design. Uma das inovações

criadas pela empresa foi o IMac, que trazia uma interface amigável, fácil configuração e

personalidade própria. Ele não tinha o drive para disquete numa época em que os

disquetes eram indispensáveis e foi uma das primeiras máquinas a usar o USB. Segundo

matéria publicada no site Administradores1, aimportância das vendas da Apple está

concentrada em propiciar experiências diferenciadas ao cliente no uso de seus produtos.

Os resultados da marca confirmam que sua estratégia estava certa. Que investir em

inovação, permitindo a criatividade simplificada dá certo.

Para que um produto seja vendido e reconhecido no mercado, primeiramente, a

marca deve conhecer seu consumidor. De acordo com Ehremberg e Souza, em seu

artigo “Apple no Brasil: o consumo de uma marca que vai além da tecnologia2”, os

desejos e anseios dos consumidores possuem particularidades que o fazem atuar de

decisiva na hora da escolha de determinada marca. Com a presença de produtos

similares espalhados ao redor do mundo, os pequenos detalhes passaram a ser

considerados como diferenciação entre uma marca e outra.

Outro motivo pelo qual o consumidor pode adquirir um produto Apple é o status

e destaque dentro de um grupo. Conforme afirma Ehremberg e Souza, No Brasil o

iPhone é mais caro por causa da alta tributação de impostos sobre produtos importados,

o que gerou o status diferenciado deste e de quem o consome.

Outro estudo3 realizado sobre a marca Apple mostra uma tendência maior de

consumo por quem já adquiriu um de seus produtos. Isto é, quanto mais produtos o

consumidor tem, mais ele quer comprar itens da marca. A pesquisa foi realizada na

Universidade de Brasília com 258 estudantes que possuíam produtos da empresa. Ela

também afirma o valor que é atribuído à marca e a sensação de prestígio e poder sobre

as pessoas, mostrando que a fidelidade aos produtos da Apple é tanto maior quanto a

valorização de características pessoais como sucesso, ambição, status social e

autoridade.

1 Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/criatividade-e-inovacao-enquanto-diferencial-competitivo-o-caso-apple/58372/. Acesso em 11 de junho de 2016. 2Disponível em:http://www2.metodista.br/unesco/ecom2013/GT2/26.Karla%20e%20Rog%C3%A9rio_Apple%20no%20Brasil.pdf .Acesso em 11 de junho de 2016.3 Disponível em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/1670/1/2011_LarissaRenataGaristoMontes.pdf. Acesso em: 12 de junho de 2016.

Como podemos perceber este são alguns dos motivos que levam os

consumidores a escolherem essa marca na hora de consumir um smartphone ou

notebook, por exemplo.

Campanhas Apple

Uma das campanhas históricasda Apple foi lançada em 1997 e trazia o slogan

“ThinkDifferent”4. Esta possuía peças impressas, mídia externa, além do comercial de 1

minuto que mostra figuras históricas que mudaram o mundo, como Albert Einstein,

John Lennon e Martin Luther King. O objetivo era atrair consumidores que “pensavam

diferente” e fazer uma homenagem aos gênios criativos de hoje. A campanha foi um

sucesso, marcou o renascimento da Apple como marcas ganhou novo adeptos.

Segundo o site Brainstorm9, hoje a Apple dita moda e usa as novas mídias como

poucas empresas fazem. As pessoas param para escutar o que a marca diz. O sucesso da

empresa não é resultado apenas de produtos revolucionários ou campanhas publicitárias,

mas sim uma união das duas coisas. Não são apenas comerciais na TV que fazem a

Apple tornar-se a marca mais influente do planeta, e sim um planejamento de

comunicação que fala da maneira certa nos lugares certos. Atualmente, os comerciais5

dos produtos focam nas novas funções que ele traz e em seu design.

Em seu livro, “O Culto às Marcas”, Atkin (2007) traz a explicação de Lee Clow,

o responsável por desenvolver a campanha. Para ele, as marcas já não são um modo de

lembrar o que você quer comprar. Hoje são parte do tecido da nossa sociedade e

integram o nosso sistema de ordenação das coisas – e até criam um contexto sobre quem

somos e como vivemos. Elas expressam que você é e quais seus valores.

Abaixo veremos algumas formas de publicidade da Apple para os produtos Iphone e Ipad.

4 Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=SswMzUWOiJg. Acesso em: 13 de unho de 2016.5 Comercial “Onions”. Disponível em: https://youtu.be/2gHeBVyqJRo. Comercial “Fingerprint”. Disponível em: https://youtu.be/U2MTLNfCZBQ. Acesso em 13 de junho de 2016.

Publicidade e estratégia de mercado do iPhone e do iPad

A Apple é a marca mais valiosa do mundo, com valor estimado em US$ 151,1 bilhões, segundo o ranking da revista Forbes. Seu CEO é uma das 50 personalidades do ano. Todo esse reconhecimento de mercado reflete na supervalorização de todos os seus aparelhos, principalmente nos que mais vendem: o iPhone e o iPad.

Apesar do iPhone ser um aparelho caro, isso não faz a muita diferença na hora de mantê-lo no topo dos smartphones. O número de vendas são altos. No último semestre foram os 74 milhões de unidades vendidas. Os gráficos abaixo ilustram o número de vendas do Iphone e Ipad.

GráficoIPad (vendas em milhões). Fonte: Blog do Iphone

GráficoIPhone (vendas em milhões). Fonte: Blog do Iphone

Apesar desse grande número de vendas, no Brasil, há pouco trabalho de publicidade em cima dos produtos da Apple (como comerciais, anúncios em revistas, outdoors,etc). Mas em 2014, com o surgimento da sua primeira loja oficial, foi criada a campanha “Clicada com iPhone”, tendo como foco a imensa popularidade de sua câmera que, segundo o site Flicker, é a mais popular se tratando de fotografia digital. Abaixo vemos no gráfico que o Iphone é o produto mais vendido da empresa.

Abaixo temos alguns exemplos de anúncio da Apple.

Anúncio do IPhone 6S

Porcentagem de vendas dos produtos Apple

Anuncio do Iphone em São Paulo

Conclusão

Após esta pesquisa podemos concluir que as estratégias utilizadas pela Apple conseguiram atrair novos seguidores e que ela acabou se tornando símbolo de status e inovação.

Segundo pesquisa publicada no Intercom, sobre o fascínio pela marca, a aquisição do equipamento da Apple se torna a saciedade de uma necessidade a ser suprida. Melo (2010) explica que a empresa atende aos conceitos evidenciados hoje principalmente pelos membros da geração que nasce e cresce no digital: a tecnologia, a velocidade, o perfil multitarefa e a individualidade.

Assim, uma das maiores apostas da Apple, e que muitas vezes é criticada, está no campo de distorção da realidade. A marca usa todos os seus aparatos de marketing para levar ao consumidor a sensação de que ele necessita do produto e, que ela é pioneira em certos campos da tecnologia mesmo que já exista algo do tipo em uma marca concorrente.

Referências

Análise Apple. Disponível em: http://goo.gl/l9xMq4. Acesso em: 11 de junho de 2016.

Apple - uma empresa de sucesso. Disponível em: http://www.isulpar.com.br/publicacoes/anexo/6-forum/ANDERSON_FUCK.pdf. Anderson Fuck, Fernanda Ribeiro, Jair Júnior, Lilian Dias.

Acesso em 12 de junho de 2016.

Apple | ThinkDifferent. Brainstorm9. Disponível em: http://www.b9.com.br/283/advertising/think-different/. Acesso em: 14 de junho de 2016.

Apple no Brasil: o consumo de uma marca que vai além da tecnologia. Rogério Furlan de Souza1 e Karla Caldas Ehrenberg. Disponível em: http://www2.metodista.br/unesco/ecom2013/GT2/26.Karla%20e%20Rog%C3%A9rio_Apple%20no%20Brasil.pdf . Acesso em 11 de junho de 2016.

Blog Iphone. blogiphone.com

Criatividade e inovação enquanto diferencial competitivo o caso Apple. Portal Administradores. Disponível em: http://www.administradores.com.br/artigos/marketing/criatividade-e-inovacao-enquanto-diferencial-competitivo-o-caso-apple/58372/. Acesso em 11 de junho de 2016.

Estudo de caso Apple. Disponível em: https://prezi.com/2jwsfm5ysyyi/estudo-de-caso-

apple/. Acesso em: 11 de junho de 2016.

Forbes marca mais valiosa. G1.Disponível em:http://g1.globo.com/economia/midia-e-marketing/noticia/2016/05/apple-e-marca-mais-valiosa-do-mundo-pelo-6-ano-diz-forbes.html. Acesso em: 12 de junho de 2016.

Valores humanos, tipo de julgamento e significado atribuído: uma análise do perfil dos usuários da marca Apple. LarissaRenataGaristoMonte. Disponível em: http://bdm.unb.br/bitstream/10483/1670/1/2011_LarissaRenataGaristoMontes.pdf. Acesso em: 12 de junho de 2016.