appc_252

28

Upload: junta-de-missoes-nacionais

Post on 29-Mar-2016

235 views

Category:

Documents


15 download

DESCRIPTION

Revista destinada a parceiros da Junta de Missões Nacionais da CBB.

TRANSCRIPT

Page 1: APPC_252
Page 2: APPC_252
Page 3: APPC_252

ÍNDICE

EDITORIAL

Cartas de e-mails .........................................................................4

Gente que faz Missões Igrejas e grupos visitam a Cristolândia ..........6 Impacto em Ibicoara, BA ................................7

Testemunho Família Restaurada .........................................8

Mobilização Orar é impactar a nação .................................9

Sempre Orando Agenda de oração de novembro de 2011 ......10

Clubinho Missionário Deixai vir a mim .....................................................................12

O Senhor Jesus afirmou que nós, seus discípulos, somos sal e luz. Isso significa que somos agentes de mudança e transformação. Mas com qual poder impactaremos vidas e estruturas sociais para que mudanças profundas aconteçam? Como impactaremos a nação?

Conforme o Livro de Atos 17.6, aonde os discípulos de Cristo che-gavam havia um grande alvoroço, consequência do impacto e das transformações produzidas pela comunicação do evangelho. Mas quais os fatores que contribuíram tanto para que eles fossem tão relevantes nos lugares aonde chegavam? Primeiro, a Bíblia testifica que estes homens eram cheios do Espírito Santo. Se a igreja aspira impactar o Brasil, precisa estar consciente de que sem o mover do Espírito Santo nada acontecerá. Se cada crente não buscar humilde-mente uma vida cheia do Espírito Santo, não será possível impactar uma nação que tem tantas influências do reino das trevas. Temos milhões de crentes em todo o território brasileiro, mas o impacto resultante da presença deles, que são sal e luz, não tem sido tão re-levante assim. Em todos os setores da sociedade é possível encontrar crentes, mas em muitos casos a estrutura social continua corrupta, antiética, envolvida em mentiras e injustiças. Adere-se e adapta-se ao sistema facilmente. Crentes que não são exemplo de dedicação e ex-celência no exercício de suas responsabilidades. Chegamos ao cúmu-lo do absurdo de ter “crentes” orando para agradecer o recebimento de dinheiro fruto de corrupção. Tudo normal. “Não tem nada a ver”. É um descalabro. Uma vergonha para o testemunho cristão. A nossa

Matéria de Capa Projeto Amazônia ..........................................14

Entrevista “Caixinha de surpresa” .................................17

Panorama Missionário Notícias do campo .........................................18

História de Missões As várias gerações da Trans ...........................24

A Grande Comissão

Missões e Kênosis .....................................................................26

nação precisa conhecer os princípios de vida cristã no testemunho diário de cada crente. Isso será impactante: santidade como reflexo de uma vida cheia do Espírito de Deus.

Outro aspecto do impacto que os discípulos causavam era o fato de testemunharem com autoridade o evangelho da salvação. Eles prega-vam a mensagem poderosa de arrependimento, fé e obediência a Cristo. Não era mensagem de autoajuda para agradar a um ou outro. Era preciso mudanças profundas na vida de quem quisesse seguir a Cristo. Eles não tinham medo de pregar em nenhum momento. Não tinham vergonha nem se intimidavam diante de ameaças. Estavam focados e comprometidos com a Grande Comissão de Mateus 28.18-20. Se dese-jamos impactar a Pátria, não podemos recuar nem nos envergonhar do evangelho de Cristo Jesus. É preciso pregar e testemunhar em todo o tempo na total dependência do Espírito de Deus. É preciso esforço, dedicação de vidas, renúncia e obediência ao Senhor da seara. O evan-gelho não mudou, continua com sua mensagem poderosa e precisa ser levada e comunicada para todos, em todos os lugares.

Eles também impactavam porque davam o melhor para fazer a obra missionária. Não consideravam suas vidas acima dos interes-ses do Reino. Não impactaremos o Brasil se os crentes não estiverem prontos e dispostos a dar o melhor pela causa do evangelho. E o me-lhor que temos para oferecer é a nossa própria vida, pois Ele fez isso por nós. Conforme João 3.16, Ele deu o seu Filho. Você estaria dispos-to a dar duas semanas em julho de 2012 para trabalhar para Jesus? Se sim, faça sua inscrição na Trans no site de Missões Nacionais.

Pr. Fernando BrandãoDiretor Executivo de Missões Nacionais

Minha Vida, Impacto para a Nação

Page 4: APPC_252

Uma publicação da Junta de Missões Nacionaisda Convenção Batista Brasileira

Ano LXVI nº 252 - Tiragem: 50.000 Novembro/2011

Direção ExecutivaPr. Fernando Brandão

Gerência Executiva de Soluções EstratégicasPr. Jeremias Nunes

RedaçãoJornalista Responsável

Marize Gomes Garcia – DRT 25.994/RJAssistente – Ana Luiza Menezes

RevisãoAdalberto Alves de Sousa

ArteOliverartelucas

Nossa Missão: Conquistar a Pátria para Cristo.

Nossa Visão: Ser uma agência missionária dinâmica e criativa, com excelência na gestão missionária, voltada para servir às

igrejas da CBB no cumprimento da sua missão.

Endereço da Sede:Rua Gonzaga Bastos, 300 – Vila Isabel

20541-000 – Rio de Janeiro – RJTelefax: (21) 2107-1818

CARTAS E E-MAILS

Amor por missões Tenho acompanhado o andamento do trabalho missionário por toda a nação e, a cada dia, amo mais e mais

missões. Espero, também, algum dia, poder fazer parte do grupo missionário. Aonde o Senhor me enviar, eu irei.Susy Mary Mamude – São José do Rio Preto (SP)

Cristolândia RJTenho certeza absoluta de que Deus está feliz com a iniciativa missionária da JMN, por intermédio desses que

trabalham na obra de resgate de vidas, conduzindo-as à dignidade, ao amor, ao convívio e louvor ao Criador, sustentador, redentor e Senhor Jesus Cristo. Estou orando e, em breve, farei uma visita.

Ricardo Conceição – Araruama (RJ)

De geração a geraçãoMeu amor por missões veio por influência de minha mãe, que foi uma das primeiras de sua igreja a contribuir.

Antes de falecer, ela falava que eu também precisava abençoar um missionário. Jane Glauce – Gramado (RS)

CampanhaQue Deus esteja com o povo batista do Brasil! É hora de impactar nossa nação. Quero fazer minha parte. Não

importa quantos desafios teremos que enfrentar, é nosso dever prosseguir, levando a mensagem de amor e salvação que um dia mudou nossas vidas. Tudo para a glória de Deus.

Amanda Moreno – Barra Mansa (RJ) – Comentário postado no canal de Missões Nacionais no Youtube

Novos Sonhos – Cristololândia SPÉ muito bom saber como Deus tem trabalhado por intermédio dos nossos missionários que doam suas vidas para

resgatar outras. Engrandecido seja o nosso Deus. Rozinete Marinho – São Mates (ES)

Comentário postado no Facebook de Missões Nacionais

Neste ano, a APPC completa 65 anos de informação missionária em nosso Brasil. Agradecemos a Deus e a você, nosso leitor, por sua fidelidade. Se você tem sido edificado por este veículo, mande-nos uma mensagem para [email protected]

ou deixe um recado em facebook.com/missoesnacionais

Page 5: APPC_252
Page 6: APPC_252

6

A

Igrejas e grupos visitam a Cristolândia

GENTE QUE FAZ MISSÕES

A juventude da Igreja Memorial Batista em Brasília, junto com seu Ministério de Missões, aceitou o desafio de passar dois dias na Cristolândia. O grupo, liderado pelos pastores Rubens da Costa Monteiro e José Fabrício da Silva Freitas, saiu com um ônibus cheio de mantimentos, roupas e outros donativos, além da expectativa que cada um tinha quanto a esse desafio.

Chegando a São Paulo, o grupo foi divido entre as tarefas realizadas na Mis-são e tiveram oportunidade de ir às ruas, distribuindo pão e água, descobrindo que essa ação é necessária porque é grande o número de viciados que morrem de desidratação nas ruas. As pessoas que es-tavam nas ruas foram convidadas a irem para a Cristolândia e, segundo os volun-tários, aquela experiência foi bastante impactante, pois ali estavam, na escu-ridão da noite, usando blusas amarelas e representando os batistas brasileiros,

levando esperança para aquelas vidas.Eles viram a realidade “nua e crua” de

até que ponto a degradação humana pode chegar, não importando a idade, classe social ou escolaridade. Atestaram que o efeito da droga não afeta apenas o corpo, mas também a alma. Destrói não apenas o indivíduo, mas a sociedade. Os pastores que lideraram os jovens afirmaram que todos voltaram diferentes para casa. Ape-sar de terem ficado por apenas alguns dias na Cristolândia, tiveram experiências sufi-cientes para transformar suas vidas e mu-dar a perspectiva que tinham em relação à realidade humana, percebendo também que os campos estão brancos para a cei-fa. Unânimes, os jovens perguntaram:

“Quando voltaremos lá?”Outra visita que a Cristolândia de São

Paulo recebeu foi a de uma caravana mi-neira , composta por 49 pessoas, entre eles dois pastores, 17 seminaristas da Faculda-de Batista de Minas Gerais, sete promoto-res de missões e 23 irmãos de várias igrejas batistas de Belo Horizonte, liderados pelo gerente regional de Missões Nacionais em Minas Gerais, pastor Gérson Perruci, e pelo seminarista Thiago Meireles. Além da disposição para servir, levaram uma expressiva doação de alimentos, materiais para higiene, roupas, calçados e 20 col-chões, para abençoar o projeto.

De igual maneira, todos participaram da rotina do projeto e diante das experiên-cias que o grupo teve, um dos integrantes, Thales Alexandre, disse: “A cracolândia é o Iraque do mundo espiritual, pois é um verdadeiro campo de batalha. O mais marcante não é simplesmente conhecer o lugar, mas ver o que Jesus pode fazer por alguém que está no fundo do poço. Ver o que o coração missionário pode fazer para estender a mão para o próximo e o que a igreja de Cristo pode proporcionar

Jovens de Brasília com os jovens da Cristolândia

Caravana mineira com os irmãos da Cristolândia

Page 7: APPC_252

7

PImpacto evangelístico

em Ibicoara, BA

para que o poder de Deus mude a fama e o nome de um lugar para Cristolândia”.

Rosimary Soares também causou im-pacto com suas atitudes e contou: “Fui confrontada pelo Espírito Santo e de-monstrei o amor de Deus para aquelas

pessoas. Para mim, foi algo inédito ouvir que alguém ganhou o dia porque rece-beu um abraço nosso. É gratificante sa-ber que além da ajuda material ofereci-da, um abraço fez toda a diferença. Éra-mos a família deles naquele momento”.

Os visitantes também conheceram o trabalho “Novos Sonhos”, realizado com as crianças que residem na região da cracolândia. O projeto atende meno-res vulneráveis socialmente, por meio de atividades artísticas, esportivas e educa-cionais. Aproveitando a presença deles, foi realizada uma grande festa infantil, numa tarde de sábado, com a participa-ção dos missionários radicais.

O impacto que uma viagem missioná-ria causa em seus participantes e naqueles que são alcançados pela mensagem de salvação dura para sempre. Além de aju-dar o campo missionário, passam por ex-periências que promovem crescimento es-piritual. Aqueles que já participaram não devem achar que já fizeram muito, e sim continuar proclamando o evangelho em todas as oportunidades que tiverem, como no desafio da Mega Trans 2012, na qual desejamos envolver 100 mil voluntários. Não fique de fora, pois, como está escrito em Gálatas 6.9: “Não nos cansemos de fa-zer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido”.

Equipe ajuda a descarregar os donativos

Para iniciar a campanha de Missões Nacionais, a 1ª IB em Cascavel, de Ibico-ara (BA), realizou um impacto evange-lístico durante a programação do desfile de 7 de setembro. A ação teve grande re-percussão na comunidade. O pastor Filo-meno Meira Guimarães, juntamente com os membros da igreja, e o pastor Renato Fagundes, missionário da JMN em Barra de Estiva (BA), distribuíram mais de 400 folhetos evangelísticos, bem como água mineral para os participantes e familiares que assistiam ao desfile.

No mesmo dia, à noite, aconteceu um culto evangelístico no templo e a abertura da campanha de Missões Nacionais. Foi uma noite de intercessão pela pátria e de gratidão pelo trabalho realizado. No fim, o pastor Filomeno fez o apelo e houve várias

decisões, além da consagração de irmãos ao trabalho do Senhor.

A 1ª IB em Cascavel é uma das mais novas igrejas da Chapada Diamantina. Organizada recentemente, ela vem se destacando como uma força missionária para a região. Atualmente, além de contar com duas congregações, apoia a Congre-gação Batista Missionária em Ibicoara. Em pouco menos de um ano já foram ba-tizadas 16 pessoas e já está acontecendo o discipulado de mais 25 novos crentes que passarão pelo batismo ainda este ano.

Para avançar na conquista de almas para Cristo, a igreja tem investido em ca-pacitação. Já foram preparados o ministério de música, o infantil e a capacitação con-tinuada para pregadores leigos, que auxi-liarão na proclamação da Palavra de Deus.

Em todos os dias do mês de outubro será realizado um impacto evangelístico para crianças, iniciando o projeto ‘Construindo Sonhos’, que visa atender não apenas essa faixa etária como também adolescentes – e suas famílias – com esportes, artes, músi-ca e reforço escolar. Em concordância com o lema “É tempo de avançar”, a 1ª IB em Cascavel tem se mobilizado para contribuir com a conquista da pátria para Cristo.

Page 8: APPC_252

TESTEMUNHO

Família restaurada

CCasado, pai de duas filhas, prestes a perder família devido às drogas, é restau-rado. Hoje estuda teologia, foi aprovado como missionário de Missões Nacionais e atuará na recuperação de dependentes químicas junto com a família. Abaixo ele, sua esposa e a filha mais velha con-tam um pouco desta história.

Carlos por ele mesmoEm 1998 entrei em uma casa de recu-

peração e lá fui chamado por Deus para me envolver com este tipo de ministério. No entanto não dei ouvidos à voz de Deus e quis cuidar da minha vida e me desenvolver profissionalmente, afinal de contas tinha apenas 20 anos e pensava em me estruturar primeiro, para depois dedicar o meu tempo ao reino de Deus.

Saí da casa de recuperação e come-cei a frequentar uma igreja, da qual me tornei membro , casei-se, tive minhas duas filhas e as apresentei ao Senhor. Fui consagrado ao presbitério da igreja, dava aulas em EBD, fui tesoureiro e líder de diáconos. Mas o Senhor continuava me cobrando e constantemente eu ouvia a voz do Senhor me dizendo: “Carlos, as pessoas estão sofrendo por causa das drogas, mães estão chorando por seus filhos que estão perdidos e escravos do vício, você sabe a solução, mas não está fazendo nada”.

Mesmo tendo um bom emprego, um bom salário e uma vida bem estrutura-da financeiramente, não me sentia no centro da vontade de Deus, parecia que estava faltando algo. Voltei a usar drogas e cheguei ao ponto de perder tudo, até o

casamento. Em um fim de semana ao vi-sitar a Primeira Igreja Batista de Atibaia, ouvi o pastor Fernando Brandão, falan-do da Cristolândia e como Deus estava operando maravilhas na cracolândia em São Paulo por intermédio deste mi-nistério. Foi então que novamente ouvi a voz de Deus dizendo: “Carlos, era num projeto assim que eu gostaria de usar sua vida, meu filho”. Mesmo assim ainda fi-quei relutante.

Dias depois, minha mãe assistiu ao coral da Cristolândia na 1ª IB de Atibaia, pegou o telefone do pastor Humberto e fez contato pedindo ajuda. Ela também me ligou e me disse que eu deveria ir para o projeto e buscar ajuda. Foi então que o Senhor me conduziu até a Cris-tolândia, onde fui restaurado comple-tamente e tive minha família também restaurada. Meu objetivo hoje é terminar a faculdade de Teologia e dedicar minha vida a ajudar outros que estão na mesma situação em que eu me encontrava, pois já perdi muito tempo investido em meus próprios prazeres. Hoje estou entregando minha vida em favor do reino de Deus.

Carlos Amorim – 33 anos

O Carlos pela esposaO Carlos, quando usava drogas, era

uma pessoa egoísta, que passava noites fora de casa sem se importar se suas fi-lhas ou esposa o esperavam. Uma cena que mexeu comigo foi quando minha filha mais velha (Geovana, 10 anos), me disse que seria melhor que o pai não vol-tasse mais para casa, pois estávamos bem sem ele. Foi quando decidi me divorciar,

pois não poderia continuar expondo mi-nhas filhas daquela maneira.

Estávamos em processo de separação quando o Carlos foi para a Cristolândia. A princípio não me importei, pois já esta-va cansada e pensei que seria mais uma internação sem sucesso. Muito relutante, depois de três meses na Cristolândia, fui visitá-lo, e percebi que de fato ele estava se rendendo ao chamado que nós sabía-mos que Deus tinha para ele.

Notei que o Carlos, antes egoísta, es-tava doando suas próprias roupas e dedi-cando sua vida a outros que precisavam dele. Neste momento meu coração foi quebrantado por Deus e comecei a admi-rá-lo novamente e senti que eu também fazia parte deste chamado, pois Deus co-meçou a colocar um amor muito grande em meu coração por aquelas pessoas.

Hoje eu sei que nada do que aconte-ceu foi por acaso e que nossa experiência pode servir de exemplo para ajudar ou-tras pessoas. Quero, junto de meu esposo e filhas, poder honrar tudo o que Ele tem feito por nós, entregando nossas vidas em gratidão a Ele.

Fabiana Menezes Amorim - 30 anos

O casal no treinamento de Missões Nacionais

8

Page 9: APPC_252

MObILIZAçãO

CÉ tempo de clamor e conquista! Tem-po de Impactar! A esperança do mundo está nas igrejas e igrejas cheias do poder de Deus, cujos membros estejam dispos-tos a serem fiéis até as últimas conse-quências.

Missões Nacionais tem promovido e divulgado diferentes ações para cons-cientizar e mobilizar o povo de Deus para assumir um compromisso com a inter-cessão a favor de nossa nação. Muitas vezes olhamos com desalento a realidade social que nos envolve, sentindo-nos im-potentes e desanimados, esquecendo-nos de que conhecemos o único que pode transformar todas as coisas ao nosso re-dor. Por isso, esperamos ver cada irmão comprometido com o ato de colocar as aflições de nossa nação, de nossa gente diante do Deus Verdadeiro, única espe-rança de transformação.

Neste espírito, temos:

Minuto que Impacta e Transforma – MIT

Todas as segundas-feiras, às 12h, você é convocado a parar e orar pelos desafios da Pátria. Será apenas um minuto de clamor. Milhares de pessoas já estão par-ticipando, formando um grande exército de intercessores. Cadastre-se pelo Site www.missoesnacionais.org.br clicando no Link Oração.

Orar é impactar a nação “E se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e buscar

a minha face e se converter dos seus maus caminhos, então eu ouvirei do céu, e perdoarei os seus pecados, e sararei a sua terra.” 2Cr 7.14

24 horas de oração pela nossa Pátria

Igrejas de vários estados brasileiros abra-çaram a vigília de 24 horas ininterruptas de clamor pela Pátria, realizada das 20h do dia 11 às 20h do dia 12 de outubro, quando cla-mamos pela cura e restauração da Pátria.

100 horas de oraçãoDurante a Assembleia da Convenção

Batista Brasileira em Foz de Iguaçu, a Sala de Oração funcionará 100 horas ininterruptas.

Vamos começar às 9h de sexta-feira, dia 20/01/2012, e encerraremos às 13h de terça-feira, dia 24/01/2012. Serão 100 horas de oração e súplica sem parar.

Se você deseja participar da Sala de Ora-ção em Foz do Iguaçu em janeiro de 2012, envie um e-mail para [email protected] e informe o horário em que você estará na sala intercedendo. Esperamos que cada pessoa participe pelo menos 15 minutos na Sala de Oração.

100 dias que impactarão o Brasil

A proposta é mobilizar o povo de Deus para orar sem cessar ao longo dos 100 dias por mudanças profundas em nos-sa pátria e assim impactar a nação com oração e proclamação do evangelho. Iniciaremos o tempo de oração às 20h

do dia 22 de abril, dia do Descobrimento do Brasil, e terminaremos no dia 30 de julho de 2012, quando também termina a mega Trans. Em janeiro será lançado o livro com motivos de intercessão para os 100 dias de oração e várias estratégias estão sendo elaboradas para o período.

Rede de IntercessoresSeja um intercessor da obra missio-

nária em nosso Brasil. Cadastre-se pelo Site www.missoesnacionais.org.br e faça parte da rede dos 100 mil intercessores!

Sala de OraçãoTambém em nosso site, no Link Ora-

ção, temos a Sala de Oração, onde você se cadastra e compartilha seus motivos pessoais de oração. Caso você autorize a divulgação, eles serão publicados nes-ta área do site e os demais intercessores estarão intercedendo pelo pedido apre-sentado. Caso não seja autorizada a di-vulgação, o pedido será encaminhado à pessoa responsável por este ministério na sede de Missões Nacionais, onde estare-mos internamente intercedendo.

Outras ações estão sendo planejadas e logo divulgaremos, mas envolva já sua igreja com o que já está sendo realiza-do. É hora de avançar... de joelhos! Você e Missões Nacionais, unidos em oração pela transformação do Brasil!

9

Page 10: APPC_252

SEMPRE ORANDO

10

Agenda de Oração

Novembro 2011Missões Nacionais convoca você a continuar clamando pelo Brasil!

“Àquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou

pensamos, de acordo com o seu poder que atua em nós, a esse seja a glória na igreja e

em Cristo Jesus.” Efésios 3.20 e 21a

Grandes coisas Deus tem feito na Obra Missioná-ria, e continuará fazendo para honra e glória do seu NOME! Vidas têm sido salvas! Vocacionados tem-se apresentado! O Senhor nosso Deus tem feito muito mais... Pedi e dar-se-nos-á, segundo sua boa vontade. Quando o povo de Deus ora, os céus se movem... Não podemos parar, temos de impactar nossa Nação com oração!

PARA INTERCEDER PROJETO CRISTOLÂNDIA

1-Ore pelos Radicais que atuam no Rio de Janeiro, São Paulo e Recife; por seus líderes locais; pelas suas famí-lias. (Lucas 16-18)

2-Ore para que mais projetos como o realizado nas cracolândias e nas comunidades terapêuticas sejam desenvolvidos pelos batistas. (Lucas 19-21)

3-Ore pelo Projeto Reviver I (término das obras) e Revi-ver II, por seus missionários e internos. (Lucas 22-24)

4-Ore pela melhoria contínua das Cristolândias, desde a abordagem ao usuário até o encaminhamento dele à Comunidade Terapêutica e Centro de Formação Cris-tã, e sua reinserção na sociedade. (João 1-3)

5-Ore por voluntários que possam cooperar com o Projeto, doando tempo, bens e talentos em benefí-cio dos que desejam abandonar o mundo das drogas. (João 4-6)

6-Ore pelos missionários que atuam diretamente no acompanhamento e evangelização de dependentes químicos. (João 7-9)

ORAÇÃO É... DESLIGAR-NOS DO MUNDO

E OUVIR A DEUS.“Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ações de graças, apresentem seus pedidos a Deus.”

Filipenses 4.6

PROJETO DE EVANGELIZAÇÃO JESUS TRANSFORMA (TRANS)

7-Ore por voluntários para as Trans (Mobilização Je-sus Transforma) que acontecerão em Jan/12: PR, SC, RS, SE, AM. (João 10-12)

8-Ore por 100 mil voluntários nas Trans 2012. Com cada dupla evangelizando 5 pessoas por dia, no fim de 10 dias teremos evangelizado 2.500.000 pessoas. Ore para que as igrejas batistas se mobilizem para partici-par. Ore pelos pastores. (João 13-15)

9-Ore pela disponibilidade de igrejas para realizarem as Trans locais. (João 16-18)

10-Ore por voluntários que possam entrar em férias do trabalho no período das Trans. (João 19-21)

11-Ore pelas igrejas que receberão as Trans: líderes locais, logística, comunidade, etc. (Atos 1-4)

12-Ore por recursos financeiros para preparo do ma-terial necessário para este impacto de evangelização. (Atos 5-7)

ORAÇÃO É... OUVIR DEUS FALAR A SEU CORAÇÃO.

“Por essa razão, desde o dia em que o ouvimos, não deixamos de orar por vocês

e de pedir que sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus, com

toda a sabedoria e entendimento espiritual.” Colossenses 1.9

PROJETOS DE ORAÇÃO13-Ore pelo desafio de cadastrarmos 100 mil interces-sores da obra missionária nacional. É tempo de muito clamor! Precisamos ORAR! Estarmos unidos no mes-

Page 11: APPC_252

11

mo propósito de vermos o poder salvador de Jesus sobre a nossa Nação! (Atos 8-10)

14-Ore pela produção do caderno “100 Dias de Ora-ção que impactarão o Brasil” e pela campanha dos 100 Dias de Oração, que acontecerá do dia 22 de abril a 31 de julho de 2012. (Atos 11-13)

15-Ore pela restauração da oração na família. O líder da família reunirá todos os seus membros para orar uma vez por semana durante os 100 Dias de Oração. (Atos 14-16)

16-Ore por 2.400 líderes que assumirão a responsa-bilidade de orar por uma hora durante os 100 Dias de Oração. Cada líder será responsável por um horário específico e mobilizará mais pessoas para orar naque-le período. (Atos 17-19)

17-Ore por mais intercessores participando do MIT (Minuto que Impacta e Transforma). Todas as segun-das-feiras, ao meio-dia, pare e ore pelos desafios da Pátria. Será apenas um minuto de clamor. Milhares de pessoas já estão participando, formando um grande exército de intercessores. (Atos 20-22)

18-Ore pelas 100 Horas de Oração. Durante a Assem-bleia da Convenção Batista Brasileira em Foz de Igua-çu, a Sala de Oração funcionará 100 horas ininterrup-tas. Começará na sexta-feira, dia 20 de janeiro, às 9h e encerrará na terça-feira, dia 24 de janeiro de 2012, às 13h. Serão 100 horas de oração e súplica sem parar. (Atos 23-25)

ORAÇÃO É... EXPRESSAR SUA DEVOÇÃO A DEUS.“Alegrem-se sempre. Orem continuamente.

Deem graças em todas as circunstâncias, pois esta é a vontade de Deus para vocês em

Cristo Jesus.” 1Tessalonicenses 5.16-18

PROJETO DE PLANTAÇÃO DE IGREJA19-Ore pela disseminação da Visão Igreja Multiplica-dora. (Atos 26-28)

20-Ore pelos Projetos de Igreja Multiplicadora em todo o Brasil (missionários). (Romanos 1-3)

21-Ore pela produção de Material para os vários mi-nistérios da Visão Igreja Multiplicadora (oração, evan-

gelização, discipulado, ação social, formação de líde-res e Plantação de Igrejas). (Romanos 4-7)

22-Ore pelos Congressos e Clínicas de Igreja Multipli-cadora realizados no Brasil. (Romanos 8-10)

23-Ore pela plantação de novas igrejas em áreas urba-nas. (Romanos 11-13)

24-Ore pelo desafio de Plantação de Igrejas em Libras, para surdos. (Romanos 14-16)

ORAÇÃO É... ALGO QUE DEUS NOS CHAMOU A

FAZER.“Oro para que a comunhão que procede da sua fé seja eficaz no pleno conhecimento de

todo o bem que temos em Cristo.” Filemom 6

PROJETO RADICAL AMAZÔNIA25-Ore pelos missionários que fazem parte da equipe de líderes do Radical Amazônia; pelo desafio de trei-nar e capacitar os Radicais que irão evangelizar os Ri-beirinhos da Amazônia. (1Coríntios 1-4)

26- Ore por voluntários para o projeto Radical Amazô-nia. (1Coríntios 5-7)

27- Ore pelos recursos financeiros (R$100.000,00) para construção das Instalações da Base de Treina-mento Missionário do Radical Amazônia. (1Coríntios 8-10)

28- Ore pelo desafio de alcançar todos os povos ri-beirinhos da Amazônia brasileira, plantando igrejas multiplicadoras, relevantes e autóctones. (1Coríntios 11-13)

29- Ore para Deus repreender toda a atuação malig-na que tem tentado fechar as portas já abertas para a proclamação do evangelho salvador de Jesus nas Co-munidades Ribeirinhas. (1Coríntios 14-16)

30- Ore pela aquisição de uma casa em Manaus para servir de base do projeto e pela aquisição de meios de transporte (barcos) para o projeto. (2Coríntios 1-4)

“Espero no Senhor com todo o meu ser, e na sua palavra ponho a minha esperança.”

Salmo 130.5

Page 12: APPC_252

0

5

25

75

95

100

0

5

25

75

95

100

0

5

25

75

95

100

0

5

25

75

95

100

��ubin�o �rian� a� �ara �e�u� �a� 1 e 2

quinta-feira, 6 de outubro de 2011 10:02:51

Page 13: APPC_252

0

5

25

75

95

100

0

5

25

75

95

100

0

5

25

75

95

100

0

5

25

75

95

100

��ubin�o �rian� a� �ara �e�u� �a� 1 e 2

quinta-feira, 6 de outubro de 2011 10:02:52

Page 14: APPC_252

Para que conquistemos a Pátria para Cristo, é preciso levar a boa semente a to-dos os lugares, inclusive à região amazô-nica, com seus 5.016.136,3 km², corres-pondendo a 61 % do território nacional. Englobando os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondô-nia, Roraima, Tocantins e Maranhão, a região conta com cerca de 24 milhões de habitantes, distribuídos entre mais de 30 mil comunidades ribeirinhas, grandes populações urbanas, que crescem desor-denadamente, e tribos indígenas. Cerca de 60% dos 616 mil indígenas do Brasil vivem na Amazônia. São 147 etnias sem presença evangélica que sinalizam para a necessidade de envio de obreiros.

“O que o Senhor Jesus espera da sua Igreja em relação a este cenário? O de-

Radicais durante treinamento de sobrevivência na selva

safio é realmente muito grande, mas não podemos recuar. É preciso avançar e levar esperança aos povos da Amazô-

nia. Teremos muito trabalho pela frente e serão necessários muitos recursos hu-manos e financeiros”, destaca o pastor

Levando o sopro do Espírito ao pulmão do mundo

PROJETO ^

AMAZONIAMATÉRIA DE CAPA

14

Page 15: APPC_252

Coordenadores do projeto com os primeiros Radicais

Fernando Brandão, diretor executivo de Missões Nacionais, que está investindo na plantação de igrejas e também no de-senvolvimento de liderança autóctone na região. Entre as metas para 2012, está a plantação de cinco igrejas; início de dois projetos indígenas; estruturação do Cen-tro de Treinamento Missionário da Ama-zônia e também do Centro de Formação de Liderança Indígena.

Radical AmazôniaPorque amar a Cristo é

radicalizarSair do conforto e se dispor a levar a

Palavra e ajudar pessoas necessitadas é uma experiência que todo cristão deve ter. Existem milhares de comunidades ribeirinhas, ao longo dos rios Negro e Amazonas, sem nenhuma presença do evangelho porque ninguém foi até lá para compartilhar o amor de Jesus. São crianças, jovens e adultos que, além da necessidade espiritual, vivem em condições sociais muito precárias. O Projeto Radical Amazônia surgiu para atender a essa grande demanda existente nessa região ainda tão caren-te de salvação.

Essa é uma parte do país, infelizmen-te, bastante ignorada por grande parte do povo brasileiro. Para chegar a alguns lugares, é preciso percorrer de barco o rio durante 10 dias. Mas para aqueles que sentem amor pelas almas perdidas, todo esforço vale a pena. E para aqueles que foram revestidos com o espírito de ou-sadia, concedido por Deus, se aventurar pela região amazônica para contribuir com a conquista da Pátria para Cristo é um desafio radical.

Os Radicais Amazônia são missioná-rios voluntários, de 18 a 40 anos de ida-de, que se comprometem com a missão de evangelizar, discipular, plantar uma igreja multiplicadora, formar líderes au-tóctones e abençoar a comunidade com desenvolvimento social.

Para tanto, eles passam por treinamen-to intensivo, ao longo de três meses, a fim de prepararem-se para viver em um novo contexto sociocultural, para que consigam se adaptar ao estilo de vida de uma comu-nidade ribeirinha. Depois de treinados, são divididos em duplas e enviados para mo-rar com uma família local, vivendo como os nativos por período que pode variar de um a dois anos. Os coordenadores do pro-jeto, pastor Donaldo e Marinalva Santos, esperam enviar, anualmente, duas turmas de 20 radicais cada uma, sendo uma no 1º e outra no 2º semestre.

Rafael Bonfim, que aceitou o desafio, deixou São Paulo e está há um ano e de-seja permanecer no campo por mais um ano, enfatiza que Deus precisa de jovens que não apenas falem do evangelho, mas que vivam o evangelho e convoca: “Se você tem convicção do seu chamado, tem uma vida de testemunho onde está, ama pessoas, quer abdicar dos confortos dessa vida para ver pessoas salvas, e sabe que é necessário que Cristo cresça e que você diminua, então, esse projeto é para você. Ser um Radical Amazônia não é correr pela floresta, comer carne de macacos, matar jacaré, ser picado por insetos e beber água do rio. Ser Radical é ouvir a voz de Deus e obedecer. Você está disposto a pagar o preço? Estamos te esperando!”.

Aceitar o desafio de ir anunciar o evangelho, além de contribuir para o

avanço do Reino, possibilita novas expe-riências e lições que servem para a vida toda, fortalecendo fé e desenvolvendo a maturidade cristã porque o servo vive na total dependência do Espírito Santo. Essa é a experiência de Rafael, que reconhece as mudanças que vem sofrendo: “Cresci como homem, como servo e como ser humano. Minha forma de vida, antes, era pela minha ótica, mas hoje é normal e automático que eu sempre veja as coisas pela ótica de Deus, sempre em primeiro lugar. Meu amor pelas almas aumentou e descobri que meu relacionamento com Deus é sempre cheio da mesma intimi-

Pr. Fernando em visita ao Projeto Amazônia

15

Page 16: APPC_252

dade que um filho deve ter com seu pai, e isso reflete na maneira como me rela-ciono com as pessoas. Os que entram no Radical Amazônia, jamais sairão como

entraram. Estou aqui há apenas um ano, e me resta mais um. Tenho muito ainda a dar e a receber”. É tempo de avançar e se comprometer com a obra, pois os campos estão brancos, aguardando os ceifeiros. A próxima turma iniciará suas atividades em janeiro de 2012. Participe!

Além de treinar e enviar missionários voluntários às comunidades ribeirinhas, temos ainda como desafios a compra e estruturação de uma base missionária em Manaus e a compra de dois barcos (um de 18 a 20 lugares e uma rabeta – barco menor usado em pequenos deslo-camentos) para auxiliar no transporte dos integrantes do projeto, facilitando a realização da obra. Para tanto também

Congregação Batista em uma comunidade ribeirinha

Rafael com os missionários Donaldo e Marinalva e um casal ribeirinho

precisamos da união e envolvimento do povo de Deus, a fim de que conquistemos esta grande extensão territorial de nossa Pátria para Cristo. Há muitas oportuni-dades para participar. Escolha a sua e junte-se a nós para que levemos o sopro do Espírito ao pulmão do mundo.

Você pode participar...• Sendo um Radical na Amazônia

– uma vez atendidos os requisitos, submeta-se ao processo de seleção, mobilize intercessores e parcerias por meio do PAM Brasil;

• Apoiando financeiramente o projeto – oferta mensal por intermédio do PAM Brasil ou oferta única designada para compra dos barcos;

• Fazendo uma viagem missionária – levar sua igreja para trabalhar em uma comunidade ribeirinha junto com os nossos missionários;

• Intercedendo diariamente pelos mis-sionários, pessoas que vivem nas co-munidades e pelo projeto;

• Mobilizando jovens que possam traba-lhar como missionários radicais nas comunidades ribeirinhas da Amazônia.

Para mais informações, visite www.missoesnacionais.org.br/radicalbrasil,

envie um e-mail para [email protected]

ou faça contato com nossa central de atendimento.

16

Page 17: APPC_252

ENTREVISTA

“Caixinha de surpresa”

AA missionária Rosângela Maria das Dores não nasceu num lar cris-tão. Seu pai era alcoólatra e dos oito filhos, cinco tornaram-se também alcoólatras, inclusive ela. Teve um casamento fracassado devido à be-bida e tornou-se dependente. Numa casa de recuperação, conheceu Jesus e hoje coordena a Comunidade Te-rapêutica Élcia Barreto Soares (CTE-BS), em Campos dos Goytacazes, RJ. Conheça um pouco sobre este traba-lho desafiador.

Como é trabalhar em uma co-munidade terapêutica e como funciona?

  É um aprendizado, a cada dia. Precisamos procurar ter equilíbrio emocional e viver na dependência do Senhor. São pessoas diferentes de lugares e costumes diferentes, com sérios problemas.  Temos um cronograma, das 7h às 22h, com cultos, estudos bíblicos, oficinas de artesanato e culinária, laborterapias e aconselhamentos. As residentes são acompanhadas por psicólogos, psiquiatras e conselheiros (pastores voluntários). Aos domingos, elas são levadas para a igreja, de manhã e à noite. Sou coordenadora, conselhei-ra, monitora, “mãe”, enfim, faço de tudo um pouco. Nosso trabalho é uma “caixinha de surpresa”, pois nunca sabemos o que vai acontecer, então precisamos estar atentos às necessidades que surgem.

Em que estado as mulheres costumam chegar à CT? 

Bastante machucadas, não só fisicamente. Algumas vêm direto das ruas e apanham da polícia e de bandidos. Então, além de ma-chucadas, elas vêm humilhadas e revoltadas. Chegam destruídas, sem sonhos, desiludidas, com bai-xa autoestima e, em alguns casos, com a saúde debilitada. São muito carentes de amor, de atenção e de abraço.

Cite a experiência que mais te marcou na CTEBS.

 A história da residente que esta-va morando nas ruas com uma en-fermidade muito séria e ficou mui-to debilitada. Chorando, ela pediu a Deus que não a deixasse morrer

ali, então chegou até nós, em estado grave e teve várias complicações de saúde. Era compulsiva pelo crack e pensávamos que ela não iria re-sistir, mas resistiu e completou seu tratamento.

Qual a situação que mais te cho-cou neste ministério?

 A situação de uma ex-presidiá-ria, que estava querendo se tratar e nos procurou, porém não tínha-mos mais vagas. Um dia, quando cheguei à comunidade, encontrei na mesa o cartão da irmã dela e liguei para informar que tinha surgido uma vaga. Porém, ela me disse que há três dias aquela mu-lher havia morrido por causa de uma overdose. Então, me senti mal e impotente.

Rosângela entre algumas residentes

17

Page 18: APPC_252

18

PANORAMA MISSIONáRIO

Templo é inaugurado no Maranhão

Atualmente, são feitos 32 estudos bíblicos semanais, além do evangelismo e discipulado. Os jovens são ativos e têm par-ticipado do Projeto Vinho Novo, ministrando estudos bíblicos e educativos. As mulheres e os homens da igreja se reúnem, todo terceiro fim de semana do mês, para promover atividades que atendam a comunidade, como jantares, palestras ou simples encontros para tomar chimarrão enquanto falam sobre diver-sos assuntos, fazendo com que os irmãos tenham mais comu-nhão, e os visitantes ouçam sobre Deus, vendo que os cristãos também se divertem.

Outro motivo que trouxe alegria para a missionária foi a libertação de uma jovem, chamada Alice, que sofria com pro-blemas psicológicos e espirituais. Segundo os psiquiatras, ela nunca terminaria os estudos por causa do estado em que se encontrava, mas, ao conhecer Jesus, a jovem teve sua vida transformada, concluiu os estudos e convidou os médicos para a formatura. Todas essas vitórias comprovam que, mesmo nos lugares mais difíceis, a Palavra de Deus consegue alcançar os que estão necessitados quando os servos atendem ao ide.

Culto de inauguração do templo

O templo da Primeira Igreja Batista em Santo Antônio dos Lopes (MA) foi inaugurado e mais de 250 pessoas estiveram presentes no culto de celebração. A igreja foi

plantada pelos missionários Francisco das Chagas e Maria do Amparo Souza. Segundo eles, esta é uma confirmação de que Deus tem aprovado o trabalho por eles realizado na cidade.

O casal tem feito a obra missionária por intermédio de Mis-sões Nacionais desde 2009, quando foram contratados para atuar em São José do Divino (PI). Depois que desenvolveram um grande trabalho nesta cidade, foram enviados para o cam-po atual, Santo Antônio dos Lopes, em julho de 2010 para que plantassem igrejas multiplicadoras.

Apesar das muitas bênçãos que têm presenciado, os missio-nários contam com as orações de seus irmãos em Cristo e par-ceiros para que equipes de evangelismo sejam formadas para alcançar outros municípios da região. “Sabemos que a nossa luta não é contra a carne ou sangue, mas contra principados e potestades”, afirmam.

Avanço do Evangelho em Porto Alegre

A igreja plantada pela missionária Zandra Queila da Silva Queiroz, que abrange os bairros Vila Farrapos e Humaitá, em Porto Alegre (RS), recentemente, festejou o batismo de vários irmãos que tomaram a atitude de firmar o compromisso que fizeram com Jesus. “Temos visto o Senhor salvar vidas, para a sua glória”, contou Zandra. O desenvolvimento desse ministério é resultado das atividades variadas que a igreja tem realizado.

Grupo de irmãos antes do batismo

Frutos da Cristolândia Rio de Janeiro

Já instalados na região da Central do Brasil, os radicais da Mis-são Batista Cristolândia do Rio de Janeiro têm oferecido banho, roupas, alimentação, encaminhamento para casa de recupera-ção e, principalmente, a Palavra de salvação para as pessoas da área. Como resultado das ações de evangelismo e atendimento aos necessitados, oito vidas já foram resgatadas para Cristo.

Page 19: APPC_252

19

Ação Social na praça

Os radicais têm participado de cultos na Praça Procópio Ferreira, onde também promovem ação social, oferecendo corte de cabelo. Há dias em que a média é de 100 pessoas abordadas e atendidas, entre moradores de rua, trabalhadores, dependentes químicos e outros.

“Nesses cultos damos testemunho, cantamos e falamos da transformação que Deus promoveu em nossas vidas. Temos saído a fim de fazer relacionamentos com as pessoas que es-tão marginalizadas e, cada vez mais, presas pelos laços do inimigo”, disse a radical Elydiane Santos, que, junto com seus colegas de ministério, em uma dessas saídas, se deparou com o “casarão”, um local invadido, onde eles têm, aos poucos, con-quistado o respeito dos moradores. No local vivem 200 famílias em condições sub-humanas, segundo relato dos radicais.

No galpão ao lado deste local, o grupo realizou um culto in-fantil, com apoio de 30 voluntários, ao qual compareceram, em média, 80 crianças e 30 adultos. A missionária radical Roslene Aleixo relatou sua experiência com emoção: “Minha alegria era tanta que não contive as minhas lágrimas. Deus nos deu a opor-tunidade de falar para crianças que vivem em um ambiente de lixo e drogas”. O objetivo desse projeto é levar esperança e ajudar essas pessoas a terem uma nova vida com Deus. A batalha espiri-tual é intensa, então contribua e interceda por esta obra.

Surfando no EspíritoCom o objetivo de compartilhar Jesus com o público jo-

vem de Rio Grande (RS), a igreja plantada pelos missioná-rios Alberto e Zezina de Souza realizou uma programação que contou com a presença de 120 pessoas, entre jovens e adultos. O nome do evento foi ‘Surfando no Espírito’, já que eles estão em uma cidade costeira, mais precisamente na Praia do Cassino, um dos pontos turísticos mais procurados do litoral gaúcho.

Houve louvor, oração, gincanas, pregação da Palavra e qua-tro conversões no evento. Os missionários pretendem expandir o ministério, alcançando outros bairros que não contam com a presença de nenhuma igreja batista e, em muitos casos, nem mesmo evangélica. Tornar Jesus conhecido e proclamar liber-tação nesta cidade é um grande desafio. Não deixe de orar e contribuir para que o evangelho continue sendo pregado.

Jesus para as crianças

Em Exu (PE), os missionários Raimundo César e Eliene Luna desenvolveram um projeto que tem abençoado a vida de 28 crianças carentes por meio de atividades que incluem dese-nhos, brincadeiras e lições bíblicas, além do almoço e lanche. Elas também recebem atendimento médico e cuidados relacio-nados à higiene pessoal, como banho, escovação dos dentes e tratamento contra piolhos.

A iniciativa surgiu no início de 2010, quando os missionários atendiam apenas 14 crianças. A partir deste ano, o número do-brou e o projeto passou a ser desenvolvido em uma casa alugada, que fica perto da igreja. A equipe que cuida das crianças conta

Missionários, educadoras e as crianças do PEPE

Page 20: APPC_252

20

Livre das correntesA Missão Batista Cristolândia em São Paulo, frequen-

temente encaminha pessoas para que recebam tratamen-to que combata a dependência química. Recentemente, a chegada de um rapaz acorrentado, levado por sua família, comoveu a todos. Ele estava naquela situação, por escolha própria, pois não queria voltar a consumir crack.

“Ele vivia acorrentando-se na cama e, à noite, ele passa-va uma corrente no punho, presa com um grande cadeado”, contou a missionária Soraia Machado, que coordena o proje-to da Cristolândia, junto com seu esposo, o pastor Humberto Machado. O jovem foi à frente durante um dos cultos reali-zados na missão e, ao verem sua situação, todos os presentes começaram a clamar a Deus por sua vida e libertação.

Ainda de acordo com Soraia, foi possível perceber o mo-ver de Deus durante a oração. Em seguida, foi pedido à fa-mília que as algemas fossem tiradas do jovem, que chorava pedindo ao Senhor que o libertasse. Ele também suplicou ao Senhor por perdão e abraçou seus familiares. Todos os participantes do projeto cercaram aquela família e mãos

Jovem encontra liberdade em Cristo

Crescimento de igreja no Amapá

com quatro educadoras, um secretário e uma cozinheira, que são voluntários e recebem apenas uma pequena ajuda mensal.

Para manter essas ações, que têm feito a diferença no bairro em que estão, os missionários contam com os mantenedores, que contribuem por intermédio do PAM Brasil. Para eles, esse é um grande desafio, considerando que a igreja que dirigem ainda é pequena.

foram erguidas para abençoar suas vidas e também em lou-vor a Jesus.

No mesmo dia, o rapaz foi encaminhado para a Comu-nidade Terapêutica Reviver, em Muriaé, MG, dirigida pelo missionário pastor Fernando Arêde, onde passa bem e está em processo de recuperação.

Apresentação dos novos irmãos

De acordo com os missionários Alexandre e Carla Andrea Fer-nandes, as orações e ofertas de seus parceiros têm gerado resultados relevantes e consistentes em Laranjal do Jari (AP). O trabalho de igreja multiplicadora tem avançado com a inauguração de mais uma frente missionária, a Missão Portas Abertas. Aproximadamen-te, 120 pessoas estiveram presentes no culto de inauguração.

A nova frente nasce com um grupo de 25 novos crentes, que são fruto dos núcleos de estudos bíblicos nos lares, após as 56 semanas de trabalho de evangelismo e discipulado realizados no Cajari. Este bairro é, atualmente, o segundo maior no índice de violência do município, perdendo apenas para uma parte central da cidade, conhecida como Beira, onde ficam as palafitas e onde também há um trabalho aberto pelos missionários desde 2009.

Após sua inauguração, a frente se prepara para impactar o bairro, mantendo as portas abertas para o trabalho social, ofe-recendo reforço escolar para as crianças e atividades esportivas e socioeducativas para jovens e adolescentes expostos à margi-nalidade. “Essa vitória é resultado da capacitação e treinamento de líderes multiplicadores. Em 2008 tínhamos apenas duas fren-tes de trabalho batista em todo o município. Hoje, temos cinco frentes e queremos avançar ainda mais como igreja relevante e impactante para a nossa comunidade”, disse o missionário.

Page 21: APPC_252

21

a líder comunitária convidou-os, dizendo que havia um terre-no e disposição para construir um templo, apenas faltava uma denominação que estivesse disposta a ajudar a população espi-ritual e emocionalmente.

Os missionários ficaram emocionados com o convite e, desde então, passaram a acompanhar os moradores da comunidade, porém sem levar a filha por medo dos acidentes que poderiam acontecer ao longo do percurso. Mas Deus tinha outros planos, pois preparou os corações deles e a preocupação cessou. “No dia em que resolvemos levar a Raquel, para nossa surpresa, ela andou pelas pontes sozinha e cantando, com a maior natura-lidade”, contaram.

Ela fez amizade com as crianças locais e, juntas, brincaram, louvaram e oraram. Deus mostrou aos missionários que suas orações para que a filha também ame missões foram ouvidas e o resultado pôde ser visto nas atitudes da menina que, nem mesmo teve pressa para ir embora quando as atividades termi-naram. O trabalho nessa comunidade ribeirinha tem crescido com estudos bíblicos, visitas aos lares e EBF. Segundo os mis-sionários, muitas pessoas já aceitaram a Jesus e começaram o discipulado.

A pequena Raquel em campo com desenvoltura

Clamor pelo BrasilO Coral Cristolândia participou da 52ª Assembleia Geral da

Convenção Batista do Distrito Federal e visitou várias igrejas batistas de Brasília, quando muitos foram impactados pelas histórias de vida de alguns que testemunharam. “Fiquei emo-cionada e vi, por intermédio dos testemunhos, como Jesus age poderosamente em nossas vidas. Realmente, Deus é poderoso para fazer muito mais, além de tudo o que pedimos ou pensa-mos. Jesus é maravilhoso”, declarou Cássia Moura, da Igreja Batista Viva Esperança.

Aproveitando a oportunidade de estarem na capital do país, os integrantes do Coral se juntaram ao grupo de irmãos ba-tistas brasilienses em uma tarde de clamor pelas autoridades, na Praça dos Três Poderes, quando intercederam pela nação e louvaram a Deus, entoando a música ‘Nada além do sangue’, do cantor Fernandinho. A presença na sede do Governo Federal daqueles que tiveram suas vidas restauradas por Cristo, após tanto tempo sem rumo nas ruas da cracolândia, mostra que ainda há esperança de um Brasil melhor, desde que seja diri-gido por Jesus.

Intercessão pelo Congresso Nacional

A pequena missionária Demonstrando coragem e amor por missões, a pequena Ra-

quel, de 4 anos de idade, não se importou de acompanhar seus pais até uma comunidade ribeirinha distante e com muitos perigos no caminho. Ela é filha dos missionários Raimundo Nonato e Cristiane Silva, que atuam em Belém (PA).

Segundo eles, a oportunidade de iniciar uma obra em Terra Firme surgiu durante a Tenda da Esperança em 2010, quando

Jovens vocacionadosDepois de terem participado da Trans em Santos, cinco

jovens da Terceira Igreja Batista de Limeira, município loca-lizado na região leste de São Paulo, foram para Monte Alto, onde realizaram atividades para as crianças. A ideia de oferecer apoio à obra missionária surgiu porque, durante a Trans, co-

Page 22: APPC_252

22

Cursos profissionalizantes no Lar Por meio de uma parceria com o SENAI e o Colégio Estadual

Beira Rio, em Luzimangues (TO), a direção do Lar Batista F. F. Soren conseguiu disponibilizar cursos profissionalizantes de corte e costura industrial, eletricista, pedreiro e assistente ad-ministrativo. Um total de 100 alunos estão matriculados e as aulas já estão sendo realizadas nas dependências do Lar. O ob-jetivo é oferecer capacitação para todos os que se encontram na comunidade onde o Lar está inserido, de modo que consigam melhores oportunidades de trabalho e o sustento necessário para suas vidas e famílias.

Segundo a missionária Judite Rocha, diretora do Lar, esse pro-jeto estava nos planos desde que se instalaram em Palmas (TO) há pouco mais de 1 ano. “Deus estava observando estes desejos e agora nos ajudou a concretizá-los. Aos poucos vamos conquistando melhorias para as vidas de nossas crianças e adolescentes”, disse ela, que também afirmou estar feliz por tudo o que Deus tem feito.

Apresentar Jesus para os alunos e continuar impactando a vida daqueles que estão no Lar Batista F. F. Soren é um grande desafio. A equipe de missionários tem se reunido para planejar formas de evangelizar aqueles que entram no Lar buscando apri-morar seus conhecimentos. Eles contam com as orações do povo de Deus para que vidas sejam alcançadas durante esse período.

Alunos no curso de pedreiro

Mais investimento no campo gaúcho

Promover o crescimento do evangelho no Rio Grande do Sul é um grande desafio. A população do estado é composta por 10,6 milhões de habitantes, segundo o censo 2010 do IBGE, e, destes, 90% vivem sem o conhecimento do Deus vivo. Para modificar esse quadro, Missões Nacionais tem in-vestido no envio de obreiros para o campo gaúcho, e agora lançou o Curso Livre de Formação Ministerial, em Osório (RS), com previsão de aulas para o início de 2012. O obje-tivo é formar líderes, missionários, plantadores de igrejas e pastores para o sul do Brasil.

Foram abertas 20 vagas para o curso, que terá a duração de 2 anos, em regime integral, com início previsto para fevereiro de 2012. Para participar, é preciso ser maior de 18 anos, ser mem-bro, por pelo menos 2 anos, de uma igreja batista filiada à CBB, ter no mínimo o ensino médio (2º grau) completo e convicção do chamado para o ministério missionário ou pastoral. Após a

Crianças abençoadas por trabalho dos jovens

nheceram o pastor Gérson Celestino dos Santos, que lidera a igreja batista na cidade.

Como prova do interesse de continuar usando suas vidas para abençoar outras, dois jovens que fizeram parte desse gru-po pretendem ingressar na Faculdade Teológica de Campinas, no início do ano que vem. Segundo o pastor Gérson, missioná-rio de Missões Nacionais, é um privilégio fazer parte e incenti-var esta geração de jovens a cumprir o ide de Cristo. “Me alegro cada vez que vejo jovens como estes, que tiveram suas vidas impactadas por Jesus para depois impactar outros”, afirmou.

aprovação no processo de admissão, os alunos receberão curso gratuito (será necessário levantar parceiros pelo PAM Brasil), ajuda de custo e moradia coletiva.

Para mais informações, visite nosso site:www.missoesnacionais.org.br, ou envie um e-mail para

[email protected] .

Page 23: APPC_252

23

Page 24: APPC_252

HISTóRIA DE MISSÕES

24

NAs várias gerações da Trans

No momento em que a primeira Trans foi planejada, em 1974, o objetivo era ir além das barreiras e limites para alcan-çar mais pessoas, como explicou o pastor Samuel Mitt, então diretor executivo de Missões Nacionais, e um dos criadores do projeto. “Mexe com o coração, falar sobre a Trans. É fantástico ver como criou raízes e foi se expandindo”, declarou ele, ao ser perguntado sobre essa iniciativa, escla-recendo: “Dizem que sou o pai da Trans, mas não pensei em tudo sozinho”. Segun-do ele, o missionário norte-americano Bill Morgan, o pastor Edilson Braga e o piloto Werner Grinberg, que os conduziu até aquela parte do país, o ajudaram a elaborar até mesmo no nome ‘Trans To-tal’, como era chamada a mobilização inicialmente.

Desde então, essa mobilização conheci-da atualmente como Jesus Transforma ou apenas Trans tem atravessado gerações, e dado muitos frutos. Um deles é o pas-tor Cirino Refosco, gerente de estratégias missionárias de Missões Nacionais, que

aceitou a Cristo durante o evangelismo realizado na primeira Trans Catarinense, em 1977. “Lembro de uma equipe for-mada por seminaristas e educadoras, que estavam animados, eram trabalhadores e realizavam recenseamento, evangelismo pessoal, estudos bíblicos e cultos nos lares, além de atividades nas praças e na rádio da cidade”, contou o pastor Cirino, que no ano seguinte teve sua primeira expe-riência de trabalhar como voluntário na Segunda Trans Catarinense. De acordo ele, naquela época, havia acompanhamento do trabalho por três anos consecutivos, até que o grupo de novos crentes da cidade pudesse, junto com o obreiro de Missões Nacionais, continuar com o trabalho. Estando envolvido com esse movimento, ele também conheceu Regina, hoje sua esposa, e com ela, mais tarde, partiu para o campo missionário em Alagoas, onde permaneceram por muitos anos.

O pastor Daniel Eiras foi criado em Pe-trópolis (RJ), e era membro de uma igre-ja batista quando surgiu a oportunidade

de participar da primeira Trans Catari-nense, onde atuou nas cidades de Herval D’Oeste e Joaçaba. Depois, ele integrou a equipe que esteve na primeira Trans Rio Grande do Sul e passou 45 dias em Novo Hamburgo. Segundo ele, como fruto des-se trabalho, até hoje, existem duas igrejas batistas na cidade. Com essa experiência, seus olhos foram abertos para a realidade espiritual do sul do Brasil e, ao perceber a necessidade e a carência de mais ações evangelísticas que levassem Jesus para os habitantes dessa região, ele não teve dú-vidas e disse: “Quero ir para o sul”. Apesar de trabalhar na sede de Missões Nacionais como líder de projetos missionários, ele deixou esse cargo para ser missionário em Joinville, SC. Atualmente, ele atua como gerente regional de Missões Nacionais em Curitiba (PR), e afirma: “Ainda hoje, o sul do país é o maior desafio para missões”.

Disposta a diminuir as estatísticas que apontam o sul como um campo desafia-dor, em janeiro de 2011, Luana Xavier, de 16 anos, teve sua primeira experiên-

Pr. Samuel Mitt na Trans Total e recebendo a camisa da Trans 2012Lúcia Margarida, Sonia Maria dos Anjos e Pr. Nilton Antônio de Souza durante a Transtotal

Mobilização que teve início há mais de 30 anos continua reunindo muitos participantes e impactando vidas

Page 25: APPC_252

25

cia missionária. Depois de ter aceitado o convite para trabalhar nos ministérios de evangelismo e dos adolescentes na Igreja Batista Memorial da Tijuca (RJ), da qual é membro, ela foi chamada para participar da Trans RS. Fez parte de uma equipe de 10 voluntários, que foram recebidos pela Igreja Batista Memorial de Porto Alegre, sob a liderança do pastor Felipe Almeida.

Quando contou para sua mãe que ti-nha sido convidada para a mobilização missionária, Luana ficou sabendo que seu pai, o pastor Manoel Xavier, falecido em 2008 em decorrência de um câncer no abdômen, também tinha participado de várias Trans. Com isso, ela ficou ainda mais feliz, pois sempre se lembra dele com respeito e admiração. Ele participou da 1ª e da 2ª Trans Total, bem como da Trans realizada em Santa Catarina e Itaipu, por-que amava as pessoas e queria comparti-lhar com elas o impacto que Jesus tinha causado em sua vida, quando tinha 17 anos de idade. Quando vários irmãos em Cristo se prontificaram a ajudar a finan-ciar o tratamento da doença, ele pediu que a quantia total fosse enviada para missões, pois já estava salvo. Em um trecho do tex-to que escreveu, intitulado ‘Quanto vale uma vida?’, o pai de Luana agradeceu e fez o seguinte apelo: “Me passou pela cabeça que quando amamos alguém, nós esta-mos dispostos a fazer qualquer sacrifício. Fiquei pensando em como nos mobiliza-mos quando alguém que amamos está em necessidade. Fiquei me perguntando se fa-ríamos a mesma coisa por vidas que nem

conhecemos, mas que ainda precisam de salvação. Será que o melhor investimento seria para alguém que já tem uma reserva garantida na habitação dos céus? Nossa cultura é marcada pela valorização dos amigos e família. Que pena que não te-mos a mesma cultura de darmos tudo por uma vida nos céus; de fazermos qualquer sacrifício para investirmos no que é eter-no. Amor é mais do que uma declaração, é um compromisso de doação, como Deus fez por mim e por todos. Não sei quantos de vocês, que estão lendo este artigo, participa-riam da ajuda para a minha cirurgia, mas quero incentivá-los a dedicarem isto para missões. Uma vida vale muito para o nosso Deus e deve valer muito para cada um de nós. Esta é a tarefa maior de nossas igrejas, buscar e salvar o que se havia perdido”.

Luana compartilhou a perda de seu pai com as pessoas visitadas. “Eu via as pes-soas sofrendo após terem perdido um pa-rente amado e pude dividir a paz de Cristo e a alegria que sinto, apesar de também ter passado por essa situação. Então, elas me davam atenção e se identificavam co-migo, sem sentirem mais tanta pena de si

mesmas”, contou a adolescente, que cer-tamente seguirá o exemplo deixado pelo pai, participando de outras Trans, para que mais pessoas sejam impactadas por intermédio de sua vida.

Em janeiro de 2012 será realizada a mobilização Jesus Transforma nos esta-dos da região Sul do país: Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, e também em Sergipe e no Amazonas. A grande con-centração, ou ‘Mega Trans’ será em julho, com o desafio de envolver 100 mil volun-tários para evangelizar em vários estados brasileiros, e outros 100 mil intercessores para que muitas vidas sejam resgatadas por meio desse projeto. Segundo Lúcia Margarida de Brito, diretora executiva da UFMBB, que participou das primeiras Trans, esse movimento de evangelização em massa, desde a primeira vez até hoje, é uma estratégia excelente para a salva-ção da Pátria. Não deixe de participar, pois Deus também quer usar a sua vida. Para mais informações, visite o nosso site www.missoesnacionais.org.br ou ligue para nossa Central de Atendimento. Lem-bre-se de que a fé sem obras é morta.

Pr. Xavier ao violão durante a primeira Trans Luana em sua primeira Trans

Page 26: APPC_252

A GRANDE COMISSãO

26

C

MISSÕES E KÊNOSIS

Chamamos de kênosis — pala-vra grega que aparece em Filipenses 2.7, quando lemos que Jesus Cristo “esva-ziou-se (eskénosen) a si mesmo, vindo a ser servo, tornando--se semelhante aos homens” — refere-se à encarnação do Filho de Deus para redimir os pecadores.

Quando quis anunciar ao mundo seu grande amor e sua graça infinita, Deus não mandou um folheto multicolorido para que o lessem, mas veio pessoalmen-te, encarnado, assumindo a condição humana e as limitações da humanidade, conforme declara também o evangelista João: “Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós” (1.14).

Pois exatamente aqui encontramos a essência da filosofia missionária de Deus: fazer-se presente para proclamar a salvação aos pecadores. Fazer-se presen-te, aliás, no sentido de marcar presença — conforme a declaração do próprio

Jesus na casa de Zaqueu: “o Filho do homem veio buscar e salvar o que estava perdido” (Lucas 19.10) — e, ao mesmo tempo, no de se revelar como dádiva divina para o mun-do condenado: “Porque Deus tan-to amou o mundo que deu o seu Filho Unigênito” ( João 3.16).

De acordo com essa filosofia missio-nária de Deus, a igreja — que é chama-da no epistolário paulino de Corpo de Cristo — também se faz presente, como o Senhor Jesus: encarnada num contexto sócio-histórico específico, identificando--se com a língua, os costumes e a cultura do povo que almeja alcançar com a pre-gação do evangelho, em vez de observar de longe, cheia de compaixão, mas dis-tante e impessoal.

Deus veio em pessoa. A igreja de Cris-to, para ser de fato missionária, deve ir do mesmo modo: em pessoa. Esta é a única maneira de cumprir a missão dada pelo Senhor: ir, envolver-se, assumir, abra-

çar, criar vínculos, identificar-se, falar a mesma língua, conviver, participar, fa-zer parte. Nenhum outro método pode ser tão eficaz e produtivo quanto, como já dissemos, fazer-se presente. Nos dois sentidos.

Não há, portanto, como fazer missões sem esse engajamento abrangente e pri-mordial. Precisamos prosseguir atenden-do o grande desafio de enviar missioná-rios e sustentá-los, abrir novos horizon-tes de evangelização e alcançar pessoas que não conhecem o plano de salvação, estabelecer metas de expansão do Reino de Deus e plantar igrejas em solos recep-tivos à semente da Palavra.

Mais do que observadores, precisa-mos ser sustentadores da obra. Mais do que intercessores, precisamos colocar as nossas vidas à disposição para ir. A igreja, a exemplo do que fez Jesus, deve encarnar-se, envolver-se, entregar-se. Pois outra não é nossa missão, senão fazer missões.

Carlos Novaes(pastor da Igreja Batista Barão da Taquara, Rio de Janeiro)

Page 27: APPC_252
Page 28: APPC_252