apostila sphs agua fria 2015
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Apostila SPHS Agua Fria 2015TRANSCRIPT
TH030: Sistemas Prediais Hidráulicos Sanitários
Sistemas Prediais Hidráulicos Sanitários
ÁGUA FRIA
Profa Selma A. Cubas
Atualização 2015: Prof. Alexandre K. Guetter
TH030-SPHS: Água Fria
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Objetivos de uma instalação de água fria:
Conforto – Fornecer água em quantidade suficiente, para amenizar os problemas provenientes de interrupções dos sistemas de abastecimento e ruídos;
Higiene – Fornecer água para os aparelhos sanitários; Segurança – Garantir o atendimento dos padrões de potabilidade da água
(Portaria nº 1469); Economia – Dimensionamento adequado, minimizando os custos das
instalações (NBR 5626);
Projeto de uma instalação de água fria:
Etapas
Concepção: Finalidade da Edificação, distribuição arquitetônica dos cômodos hidrosanitários, caixa d´água, determinação das peças de utilização, sistema de abastecimento e distribuição das colunas;
Determinação das vazões: Determinação das vazões dos trechos através de tabelas da norma;
Dimensionamento hidráulico: Hidráulica x Norma
Desenvolvimento: O projeto deverá ser desenvolvido em conjunto com os outros projetos, arquitetônico, estrutural, fundações, etc.;
Componentes do projeto:
Memorial descritivo e justificativo;
Memorial de Cálculo;
Norma de execução;
Especificação dos materiais e equipamentos;
Plantas;
Desenhos isométricos;
Detalhes;
Relação de materiais e equipamentos
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Componentes de um Sistema Predial de Água Fria
Fonte: Fundamentos de Engenharia Hidráulica, Baptista e Lara (2002)
• Rede Predial – conjunto de tubulações constituído de barriletes, colunas de distribuição, ramais e sub-ramais;
• Ramal Predial – tubulação que liga a rede de abastecimento ao hidrômetro;
• Alimentador predial – tubulação entre o ramal predial e o reservatório;
• Reservatório inferior – reservatório intercalado entre o alimentador predial e a instalação elevatória, destinado a reservar a água e funcionar como poço de sucção da elevatória;
• Reservatório superior – reservatório ligado ao alimentador predial ou à tubulação de recalque, destinado a alimentar a rede predial;
• Instalação elevatória – conjunto de tubulações, equipamentos destinados a elevar a água até o reservatório de distribuição;
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• Tubulação de recalque – tubulação entre a saída da bomba e o ponto de
descarga no reservatório de distribuição (superior); • Tubulação de Sucção – tubulação entre o ponto de tomada no reservatório
inferior e a entrada da bomba • Barrilete – conjunto de tubulações que se origina no reservatório e da qual
partem as colunas de distribuição; • Extravasor – escoa o excesso de água no reservatório superior, para evitar o
extravasamento do reservatório superior por falha de operação nas bóias eletro-mecânicas que interrompem o bombeamento quando o reservatório estiver cheio;
• Inspeção – qualquer meio de acesso aos reservatórios, equipamentos e
tubulações; • Coluna de distribuição – tubulação derivada do barrilete e destinada a
alimentar ramais; • Caixa ou Válvula de Quebra Pressão – instalada nas colunas de prédios
com mais de 12 pavimentos, alterando a coluna de distribuição que desce sem ramais até a válvula de quebra-pressão, seguindo em sentido ascendente com a distribuição dos ramais;
• Ramal – tubulação derivada da coluna de distribuição e destinada a alimentar
os sub-ramais; • Sub-ramal – tubulação que liga o ramal à peça de utilização; • Peça de utilização – dispositivo ligado a um, sub-ramal para permitir a
utilização da água (pia, lavatório, chuveiro); • Ponto de utilização – extremidade de jusante do sub-ramal; • Trecho – comprimento de tubulação entre duas derivações;
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Sistemas de Captação
Rede Pública – Concessionárias (SANEPAR, CASAN, etc.);
Fonte Particular – poços, nascentes, etc.
Garantir a potabilidade da água a partir de exames (periódicos) em laboratórios, que atestem o atendimento à portaria nº 1469;
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Sistema de Abastecimento Sistema Direto de Abastecimento
Figura 01: Sistema de Abastecimento Direto
Fonte: BOTELHO, 1998
Neste tipo de sistema alimentação dos aparelhos se dá diretamente pela rede pública, distribuição ascendente. Utilizado quando há pressão suficiente e não ocorre interrupção no abastecimento; Vantagens
• Água de melhor qualidade (cloro residual); • Maior pressão disponível (Pressão mínima na rede é igual a 10 mca); • Menor custo da instalação.
Desvantagens • Falta de água em caso de interrupção do sistema público; • Variações de pressão ao longo do dia; • Pressões elevadas nos prédios situados em trechos baixos da cidade; • Maior consumo devido à maior pressão
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Sistema Indireto de Abastecimento sem Bombeamento
Figura 02: Sistema de Abastecimento indireto sem bombeamento
Fonte: BOTELHO, 1998
A alimentação dos aparelhos se dá através de reservatório superior, o qual é alimentado pela rede pública, distribuição descendente. Utilizado em residências de até dois pavimentos, quando há pressão suficiente mas não ocorre continuidade no abastecimento; Vantagens
Barato, não há custo de energia elétrica; Absorve problemas de interrupção no fornecimento de água pela rede
pública. Desvantagens
Pressão menor, altura do reservatório pequena; Menor qualidade da água que fica armazenada (cloro).
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Sistema Indireto de Abastecimento com Bombeamento
Figura 03: Sistema de Abastecimento indireto com bombeamento
Fonte: BOTELHO, 1998
A alimentação dos aparelhos se dá através de reservatório superior, o qual é alimentado por um reservatório inferior (cisterna) através de um sistema de recalque, distribuição descendente. Utilizado em grandes edifícios, quando não há pressão suficiente e não ocorre continuidade no abastecimento; Vantagens
Absorve variações no abastecimento; Dois reservatórios ( inferior e superior) gerando maior quantidade de água
armazenada; Desvantagens
Consumo de energia elétrica; Custo de instalação, operação e manutenção de equipamentos; Menor qualidade da água dos reservatórios (cloro); Menor pressão no caso de reservatórios pouco elevados.
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Sistema de Abastecimento Misto
Figura 05: Sistema de Abastecimento Misto
Fonte: BOTELHO, 1998
Parte da distribuição é feita pela rede pública e parte indiretamente, sendo este sistema mais utilizado em residências de até dois pavimentos, onde a pia de cozinha, lavatórios, chuveiros são abastecidas tanto pela rede pública quanto pelo reservatório. Há necessidade de registros na entrada e saída do reservatório para que se selecione o tipo de abastecimento; Vantagens
• Abastecimento direto: Água de melhor qualidade; • Maior pressão e vazões nas peças do que com o reservatório.
Desvantagens
• Necessidade do usuário operar os registros quando houver falta de água na rede de distribuição. Normalmente o usuário desconhece a operação do sistema misto.
• Para evitar a operação dos registros, se pode fazer a Instalações de torneiras duplas (uma alimentada pela rede pública e outra pelo reservatório), encarecendo o sistema.
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RESERVAÇÃO
Consumo Diário (Cd) Para o cálculo do consumo primeiramente temos que estimar a taxa de ocupação da edificação, da seguinte maneira:
Residências:
Cada quarto social: 2 habitantes;
Cada quarto de serviço: 1 habitante.
Demais edificações:
Tabela 01. OBS: Conhecida a ocupação podemos calcular consumo diário pela Tabela 02
Consumo Per capita A Tabela 02 apresenta o consumo per capita (L/hab/dia) por tipo de edificação, mas este valor pode ser estimado, o exemplo a seguir apresenta o cálculo do consumo per capita de uma residência de uma família com 5 pessoas: Exemplo 1: Em uma casa vivem 6 pessoas: 1 casal,3 filhos e 1 empregada, o consumo mensal de um ano na casa está descrito na tabela abaixo, considerando, para efeitos de cálculo e por estar a favor da segurança, que o mês é de trinta dias, estime o consumo per capita da família.
Mês Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Consumo m3 32 26 21 23 22 20 21 20 23 25 30 32
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Volume de Reservação
Em nosso país o sistema de abastecimento público é ser considerado com elevado risco de interrupção, por tal motivo o abastecimento direto é pouco usual. Portanto, em geral, se recomenda o uso de reservatórios para garantir a regularidade do abastecimento.
A Norma NBR 5626/98 estabelece que o volume total a ser armazenado (V) não deve ser inferior a uma vez o Cd e nem superior a três vezes, (1 Cd)<V<(3 Cd).
Usualmente o valor de armazenamento para projetos é de 2 vezes o Cd,
porém a SANEPAR recomenda a utilização do máximo estabelecido pela norma, ou seja V=3 Cd.
Do volume total 2/5 (40%) devem ser armazenados no reservatório superior e
3/5 (60%) no inferior (cisterna), quando da existência do mesmo. Os reservatórios superiores sejam compartimentados, quando o volume dos
mesmos for superior a 3000 L. A compartimentação é necessária para que se possa fazer a limpeza, sem que se interrompa completamente o abastecimento.
Deve-se lembrar que quando houver a necessidade de projeto de prevenção
contra incêndio por hidrantes devemos computar o volume de água necessário para proteção contra incêndios, cujo qual poderá ser calculado através da norma de prevenção contra incêndios do corpo de bombeiros, que possui um item específico sobre o assunto, sendo que este volume deverá estar no reservatório superior. Volume de Reservação (Resumo)
• Projetos que seguem recomendação da Norma NBR 5626: V = 2(Cd) • Projetos que seguem recomendação da SANEPAR: V=3(Cd)
• Edificação nº de pavimentos ≥3 • Edificações com área ≥ 600 m² e nº de aparelhos >15 • Edificação com nº de economias > 3 • Postos de serviço para veículos automotores • Piscinas com volume > 100m³
• Projetos que necessitam prevenção contra incêndio: V = 3xCd+Vi
• Volume prático, apenas para estimativa, de prevenção contra incêndio:
Vi = 10 ou 20% de Cd, o volume correto deverá seguir o que diz a norma de Prevenção contra incêndios do Corpo de Bombeiros.
Corpo de Bombeiro de Curitiba prevê mínimo variando com a Classe de Risco:
RLeve = 10,0 m3 RMedio = 15,0 m3
RElevado = 27,0 m3
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Funções dos Reservatórios Os reservatórios possuem função primordial nas Instalações Prediais de Água, sendo as seguintes:
• Reservatório Inferior (RI) – Armazenar parte da água destinada ao abastecimento, sua existência só se justifica quando o RS não for abastecido diretamente pela rede pública e quando o volume de água a ser armazenado for grande;
• Reservatório Superior (RS) – Atuar como regulador de distribuição e
pressurizador da rede de distribuição, para isso deve ter capacidade adequada e altura suficiente.
Aspectos Construtivos dos Reservatórios
• Material de qualidade comprovada e estanques;
• Materiais empregados na construção e/ou impermeabilização não podem poluir a água;
• Não podem atuar como ponto de drenagem de águas residuárias ou águas
paradas ao seu redor;
• Superfície superior externa deve ser impermeabilizada e com declividade mínima de 1:100 (1%) no sentido das bordas;
Abertura de inspeção permitindo fácil acesso ao seu interior para inspeção, manutenção e limpeza. Abertura deve ter tampa.
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SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO
Instalações Mínimas A Tabela 11 de origem americana, fixa as exigências mínimas das peças de utilização, fornecendo dados para o dimensionamento das dependências destinadas às instalações sanitárias.
Altura dos pontos de utilização A Tabela 12 apresenta as alturas padronizadas dos pontos de utilização.
Vazão das peças de Utilização: As peças de utilização deverão funcionar com uma vazão igual às constantes na Tabela 03.
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Sistema de Distribuição – Dimensionamento das Tubulações
Diâmetro dos Sub-ramais: Os sub-ramais possuem diâmetros mínimos, a Tabela 04 lista a relação entre peças e diâmetros .
Exemplo 1 – dimensionamento de sub-ramais
Determine os diâmetros dos sub-ramais e a altura dos pontos de utilização conforme planta abaixo:
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Diâmetro dos Ramais e Colunas: Os Ramais podem ser dimensionados por dois métodos:
• Consumo Máximo Possível: Em residências unifamiliares podemos considerar que todas as peças hidráulicas sejam usadas simultaneamente. Por exemplo, se uma pessoa abre a água da banheira, poderia fazer uso simultâneo do vaso sanitário e/ou do lavatório. Outro caso que se aplica o método do consumo máximo possível é para instalações onde os horários são rígidos, como quartéis, escolas, teatros, estádios, etc., nós teremos o uso simultâneo de todas as peças de utilização.
• Consumo Máximo Provável: Quando a possibilidade de uso simultâneo for inferior a 100%, que é a situação mais frequente, então se estimam as vazões nas peças através dos pesos. Partindo-se desta afirmação é razoável assumir que podemos obter uma economia no dimensionamento das tubulações. Na sequência, se discute individualmente os métodos do consumo máximo possível e do consumo máximo provável.
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Método do Consumo Máximo Possível Para a hipótese de consumo máximo possível utiliza-se o método das seções equivalentes, onde todos os diâmetros são expressos em função da vazão obtida com a tubulação de ½ polegada (Tabela 06). Para se dimensionar uma tubulação através deste método utiliza-se a Tabela 06.
NO CASO DE RESIDÊNCIAS DE 1 OU 2 PAVIMENTOS CONSIDERA-SE O USO SIMULTÂNEO DE TODAS AS PEÇAS, POIS A ECONOMIA OBTIDA NA APLICAÇÃO DO CONSUMO MÁXIMO PROVÁVEL É IRRELEVANTE.
Exemplo 2 – Consumo máximo possível Dimensionar um ramal que irá alimentar as seguintes peças, imaginadas, de uso simultâneo: Pia de cozinha (½”), Vaso Sanitário (1 ¼”), lavatório (½”) e Tanque de Lavar (¾”).
Exemplo 3 – Consumo máximo possível Dimensione a coluna de distribuição em PVC de um sobrado unifamiliar contendo 2 banheiros (um com banheira+chuveiro e outro só com chuveiro), 1 lavabo, 1 cozinha e 1 área de serviço com churrasqueira.
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Método do Consumo Máximo Provável NBR 5626 – Vazão provável em função dos pesos: onde: Q = Vazão (l/s); C = coeficiente de descarga = 0,30 l/s;
P = Soma de pesos de todas as peças de utilização alimentadas pelo trecho considerado (Tabela 03);
Q C P
Determinada a vazão entra-se no ábaco 01 e daí extrai-se o diâmetro correspondente. Adicionalmente usa-se a Tabela 05 para o dimensionamento de colunas que atendam várias unidades residências (por exemplo, um edifício com 20 apartamentos)
Exemplo 4 - Consumo máximo provável para ramal Em um edifício com vários apartamentos, aplique o método do consumo máximo provável para dimensionar o ramal, que alimenta apenas um banheiro com as seguintes peças: 1 vaso sanitário, um lavatório, 1 banheira e 1 chuveiro. Para se dimensionar uma tubulação que irá atender diversas peças de tubulação deve-se utilizar a Tabela 03 e o ábaco 01.
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Exemplo 5 - Consumo máximo provável para coluna Dimensionar a coluna que irá alimentar 20 banheiros iguais ao do exemplo anterior: vaso sanitário 1,9 l/s, banheira 0,30 l/s. Para se dimensionar a coluna que irá atender diversas peças de tubulação deve-se utilizar as Tabelas 03 e 05 e o ábaco 01.
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Diâmetro das Colunas: Método de HUNTER Cuidados a serem tomados:
1. Devem-se desenhar as colunas que atenderão as diversas peças de utilização, nomeando cada trecho a montante e jusante através de letras, levando em consideração que é sempre preferível, em vez de ramais muito longos, a criação de novas colunas, e também evitar colocar na mesma coluna vasos sanitários e aquecedores ou chuveiros. É recomendável ter uma coluna atendendo somente válvulas e outra as demais peças, para o caso de edifícios, para residências é aceitável o atendimento de vasos sanitários e lavatórios. (queda de pressão nas peças quando a válvula é acionada);
2. Os diâmetros das colunas podem variar de trecho para trecho, no caso de
abastecimento descendente o diâmetro da coluna vai diminuindo a medida que se aproxima os pavimentos inferiores, essa modificação de diâmetro para as colunas traz uma economia significativa em edifícios;
O dimensionamento das colunas deve obedecer à seguinte seqüência:
Numerar a coluna e marcar com letras os trechos em que há derivação para os ramais;
Somar os pesos acumulados nos trechos; Determinar as vazões (Ábaco 01); Adotar o d (mm) encontrado como primeira tentativa; Obter os outros parâmetros hidráulicos (Ábaco 02 ou 03 – função do material
utilizado na tubulação)
V (velocidade) (m/s);
J (perda de carga) (m/m);
Com d (mm) e vazão verificar a velocidade e pressão
Se V < 2,5 m/s (ruído) - OK;
Se V > 2,5 m/s – adotar novo diâmetro imediatamente superior ao adotado;
Pressão Mínima de funcionamento das peças (Tabela 07); o Pressão ≥ Tabela 07 – OK; o Se Pressão < Tabela 07 - adotar novo diâmetro
imediatamente superior ao adotado, ou elevar o reservatório.
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Definições relacionadas à pressão 1. Pressão Estática ou disponível (Pdisponível): Altura da coluna de água, entre o
nível d’água do reservatório e o ponto considerado (água sem movimento); 2. Pressão dinâmica ou pressão no ponto ou pressão a jusante (Pj): Pressão
estática menos as perdas de carga decorrentes do movimento da água na tubulação (água em movimento);
2.1. Perda de carga Unitária (J): é a perda de carga em metros de coluna de
água por metro de tubulação (m/m) (Ábacos 02 e 03); 2.2. Comprimento equivalente Lequivalente: O comprimento equivalente é a
representação das perdas de cargas ocasionadas pelas diversas conexões (Tabelas 08, 09 e 10), as perdas de cargas nas conexões são denominadas perdas de cargas localizadas e são em função do material da tubulação;
2.3. Perda de carga Total: É a soma do comprimento real da tubulação e o
comprimento equivalente multiplicada pela perda de carga unitária referente às diversas conexões:
H = (Ltubulação + Lequivalente) x J (m.c.a) 2.4. Pressão dinâmica ou pressão no ponto ou pressão a jusante (Pj)
Pj = Pdisponível – H (m.c.a)
Velocidade Máxima e Mínima As velocidades Máximas não devem ultrapassar os valores: - Norma 5626: Vmáx < 2,5 m/s - Tabela 13 – Velocidades Máximas
maxV 14 D, onde D (m)
Velocidades máximas: fixadas para que o ruído causado pelo escoamento da água no interior das tubulações não perturbe o repouso ou o desenvolvimento normal das atividades no interior dos edifícios. Velocidades mínimas: não são fixadas, permitindo que a tubulação possa ser projetada para funcionar como um reservatório.
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Pressões Máximas e Mínimas
Em edifícios altos, onde a pressão ultrapassa os valores propostos pela norma (Tabela 07) é preciso provocar quedas de pressão;
Para que ocorra queda de pressão é preciso aumentar a perda de carga através de dispositivos com esta finalidade, como:
Válvulas redutoras de pressão (quebra pressão);
Reservatórios intermediários. OBS.: Alguns sistemas de edifícios altos são projetados, com distribuição forma ascendente até um determinado pavimento, ou seja, diretamente pela rede, e o restante dos pavimentos superiores, de forma descendente, a partir do reservatório superior.
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Exemplo 6 – Diâmetro das colunas: Método de Hunter Dimensionar as colunas 1, 2, em PVC, de um edifício residencial de 8 pavimentos, que atendem as seguintes peças por pavimento: Coluna 01: Vaso sanitário com válvula de descarga de 1,5”; Coluna 02: Chuveiro, bidê e lavatório; Dados:
• Pé direito: 3 m; • Altura Estática disponível no último pavimento: 4,0 m • Comprimento da tubulação até a ligação do ramal do último pavimento: 6,0 m • Conexões no 8º pavimento (colunas 1 e 2): 1 joelhos 90º; • Conexões do 2º ao 7º pavimento (colunas 1 e 2): 1 Tê de saída billateral; • Conexões no 1º pavimento (colunas 1 e 2): 1 joelho 90º.
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Exercício Proposto 1 – Diâmetro das colunas: Método de Hunter Dimensionar as colunas 1, 2 e 3, de um edifício residencial de 4 pavimentos, que atendem as seguintes peças por pavimento: Coluna 01: Banheira, Lavatório e Chuveiro; Coluna 02: Vaso sanitário com válvula de descarga; Coluna 03: Pia, Tanque, Chuveiro e Vaso sanitário com válvula de descarga. Dados:
• Pé direito: 3 m; • Altura Estática disponível no último pavimento: 5,5 m • Comprimento da tubulação até a ligação do ramal do último pavimento: 10,50
m • Conexões no 4º pavimento coluna 01,02 e 03: 1 RG, 3 joelhos 90º e 1 Tê de
saída lateral; • Conexões no 3º pavimento coluna 01,02 e 03: 1 Tê de saída lateral; • Conexões no 2º pavimento coluna 01,02 e 03: 1 Tê de saída lateral; • Conexões no 1º pavimento coluna 01,02 e 03: 1 joelho 90º.
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Diâmetro do Barrilete O Barrilete é a tubulação responsável de ligar as colunas à caixa d´água. Existem dois tipos:
Ramificado – solução mais econômica, porém espalha muito os registros das colunas;
Concentrado – concentra os registros em uma única região, e com isso exige um espaço mais amplo.
A NBR 5626 determina o calculo do barrilete da maneira mostrada a seguir:
1. Determina-se a vazão através do somatório dos pesos ∑P:
Q C P
2. Assume-se uma perda de carga unitária de J = 0,08 m/m;
3. De posse dessa perda de carga e da vazão determina-se o diâmetro (Ábaco
02 ou 03);
4. Encontrado o diâmetro calcula-se a pressão em cada derivação para coluna, da mesma forma que o dimensionamento para as colunas;
Na prática, o diâmetro mínimo do barrilete deve ser 1” (25 mm)
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Diâmetro da Tubulação de Recalque Tubulação que liga a saída da bomba ao reservatório superior Segundo a NBR 5626 onde: DR = diâmetro de recalque (m) QR = vazão de recalque (m3/s) = 15% a 20 % CD X = (número de horas de funcionamento/dia)/24 OBS: NBR 5626 recomenda t entre 01 e 06 horas
Diâmetro da Tubulação de Sucção Tubulação que liga o interior do reservatório inferior até a entrada da bomba; DS = diâmetro de sucção, deve ser no mínimo igual ao diâmetro nominal superior ao de recalque, DR. Instalar válvula de pé (ou crivo) na extremidade da tubulação de sucção
DR = 1,3 . (Q
R)
1/2
. (X)1/4
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Hidrômetros
São aparelhos que medem e indicam o volume de água escoado da rede de abastecimento ao ramal predial. Devem ser dimensionados de acordo com a vazão mensal, da edificação, através da tabela do Manual de Procedimentos da SANEPAR.
Ramal Predial Utiliza-se, normalmente, o mesmo diâmetro do hidrômetro. O diâmetro mínimo usualmente utilizado é igual a ¾.
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA
- Instalações hidráulicas e sanitárias. - Livros CREDER, Hélio. Instalações hidráulicas e sanitárias. 5 ed. Rio de Janeiro: LTC,
1991. 404 p. ISBN 85-216-0345-2
- Instalações hidráulicas: - Livros MACINTYRE, Archibald Joseph. Instalações hidráulicas: prediais e industriais. 3 ed.
Rio de Janeiro: LTC, 1996. 739 p. ISBN 85-216-1044-0
BIBLIOGRAFIA - COMPLEMENTAR
- Manual técnico de instalação hidráulicas e sanitárias. - Livros TIGRE. Manual técnico de instalação hidráulicas e sanitárias. 2 ed. São Paulo: PINI,
1987. 92 p.
- Instalações hidráulicas prediais, feitas para durar: - Livros BOTELHO, Manoel Henrique Campos; RIBEIRO JÚNIOR, Geraldo de Andrade.
Instalações hidráulicas prediais, feitas para durar: usando tubos de PVC. São Paulo:
Pró Editores Associados, 1998. 238 p.
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Instalações de Sistemas Prediais
Hidráulico – Sanitários
Tabelas
Instalações de Água Fria
Profa. Selma A. Cubas
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Tabela 01 - Taxas de Ocupação
Local Taxa de Ocupação
Bancos
Escritórios
Pavimentos Térreos
Lojas - Pavimentos Superiores
Museus e Bibliotecas
Salas de Hotéis
Restaurantes
Salas de Cirurgia
Teatros, Cinemas e Auditórios
1 habitante/ 5,0 m2 de área
1 habitante/ 6,0 m2 de área
1 habitante/ 2,5 m2 de área
1 habitante/ 5,0 m2 de área
1 habitante/ 5,5 m2 de área
1 habitante/ 5,5 m2 de área
1 habitante/ 1,4 m2 de área
8 habitantes
1 cadeira/ 0,7 m2 de área
Fonte:- Hélio Creder, 1995
Tabela 02 - Consumo Predial ou Consumo Diário
Prédio Consumo ( l )
Alojamentos provisórios
Casa populares ou rurais
Residências
Apartamentos
Hotéis sem cozinha e sem lavanderia
Hospitais
Escolas - internatos
Escolas - externatos
Escolas - semi-internatos
Oficinas de costura
Orfanatos, asilos, berçários
Quartéis
Edifícios públicos ou comerciais
Escritórios
Cinemas e teatros
Templos
Restaurantes e similares
Garagens
Lavanderias
Mercados
Matadouros - animais de grande porte
Matadouros - animais de pequeno porte
Fábricas em geral - uso pessoal
Postos de serviço para automóvel
Cavalariças
Jardins
Ambulatórios
Creches
80
120
150
200
120
250
150
50
100
50
150
150
50
50
2
2
25
50
30
5
300
150
70
150
100
1,5
25
50
per capita
per capita
per capita
per capita
por hóspede
por leito
per capita
per capita
per capita
per capita
per capita
per capita
per capita
per capita
por lugar
por lugar
por refeição
por automóvel
por kg de roupa seca
por m2 de área
por cabeça abatida
por cabeça abatida
por operário
por veículo
por cavalo
por m2
per capita
per capita
Fonte:- Hélio Creder, 1995
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Tabela 03 - Vazão das Peças de Utilização
Peça de Utilização Vazão ( l/s ) Peso
Bacia sanitária com caixa de descarga
Bacia sanitária com válvula de descarga
Banheira
Bebedouro
Bidê
Chuveiro
Lavatório
Máquina de lavar prato ou roupa
Mictório auto-aspirante
Mictório de descarga contínua, por
metro ou por aparelho
Mictório de descarga descontínua
Pia de despejo
Pia de cozinha
Tanque de lavar roupa
0,15
1,90
0,30
0,05
0,10
0,20
0,20
0,30
0,50
0,075
0,15
0,30
0,25
0,30
0,3
40,0
1,0
0,1
0,1
0,5
0,5
1,0
2,8
0,2
0,3
1,0
0,7
1,0 Fonte:- NBR 5626, 1982
Tabela 04 - Diâmetros Mínimos dos Sub-Ramais
Peças de Utilização Diâmetro
(mm) (pol)
Aquecedor de baixa pressão
Aquecedor de alta pressão
Bacia sanitária com caixa de descarga
Bacia sanitária com válvula de descarga
Banheira
Bebedouro
Bidê
Chuveiro
Filtro de pressão
Lavatório
Máquina de lavar pratos ou roupa
Mictório auto-aspirante
Mictório de descarga contínua
Pia de despejo
Pia de cozinha
Tanque de lavar roupa
20 ¾
15 ½
15 ½
32 1 ¼
15 ½
15 ½
15 ½
15 ½
15 ½
15 ½
20 ¾
25 1
15 ½
20 ¾
15 ½
20 ¾ Fonte:- NBR 5626, 1982
TH030-SPHS: Água Fria
31
Tabela 05 - Possibilidade de uso simultâneo dos Aparelhos Sanitários
sob condições normais
Fator de Uso
Número de Aparelhos Aparelhos Comuns
(%)
Aparelhos com Válvulas
(%)
2
3
4
5
6
7
8
9
10
20
100
80
68
62
58
56
53
51
50
42
100
65
50
42
38
35
31
29
27
16
Fonte:- Hélio Creder, 1995
Tabela 06 - Seções Equivalentes
Diâmetro dos tubos
(pol)
½ ¾
1 1 ¼ 1 ½
2 2 ½
3 4
No de tubos de ½
com mesma
capacidade
1
2,9
6,2
10,9
17,4
37,8
65,5
110,
5
189
Fonte:- Hélio Creder, 1995
Tabela 07 - Pressões Estáticas e Dinâmicas Máximas e Mínimas nos
Pontos de Utilização ( mca )
Aparelho P Máxima P Mínima
Estática Dinâm. Estática Dinâm.
Aquecedor elétrico de alta pressão
Aquecedor elétrico de baixa pressão
Aquecedor a gás de baixa pressão
Aquecedor a gás de alta pressão
Bebedouro
Chuveiro de ½”
Chuveiro de ¾”
Torneira
Torneira-bóia de caixa de descarga de ½”
Torneira-bóia de caixa de descarga de ¾”
Torneira-bóia para reservatório
Válvula de descarga de 1 ½”
Válvula de descarga de 1 ¼”
Válvula de descarga de 1”
40,0
5,0
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
-
40,0
4,0
5,0
40,0
40,0
40,0
40,0
40,0
40,0
40,0
40,0
6,0
15,0
40,0
1,0
1,0
-
-
-
-
-
-
-
-
-
2,0
-
-
0,5
0,5
1,0
1,0
2,0
2,0
1,0
0,5
1,5
0,5
0,5
1,2
3,0
10,0
Fonte:- NBR 5626, 1982
TH030-SPHS: Água Fria
32
Tabela 08: Perdas de carga localizadas: Comprimentos equivalentes em metros de canalização
de aço galvanizado, conexões de ferro maleável classe 10.
TH030-SPHS: Água Fria
33
Tabela 09: Perdas de carga localizadas: Comprimentos equivalentes em metros para bocais e
válvulas.
TH030-SPHS: Água Fria
34
Tabela 10: Perdas de carga localizadas: Comprimentos equivalentes em metros de canalização
de PVC rígido ou cobre.
TH030-SPHS: Água Fria
35
Ábaco 01: Ábaco para cálculo das Tubulações
TH030-SPHS: Água Fria
36
Ábaco 02: Ábaco para encanamento de aço galvanizado e ferro fundido
Fonte: Creder ( 1995 )
TH030-SPHS: Água Fria
37
Ábaco 03: Ábaco para encanamento de cobre e PVC
Fonte: Creder ( 1995 )
TH030-SPHS: Água Fria
38
Tabela 11: Previsões de Instalações Mínimas
(*) Fonte: “ Uniform Plumbing Code – 1955”
(**) Bebebouros não devem ser instalados em compartimentos sanitários.
(***) 1 tanque para residência ou 2 para cada 10 aparelhos.
1 Pia de cozinha para cada residência ou apartamento
(****)Onde houver contaminação da pele com germes ou matérias irritantes, prever 1 lavatório para
cada 5 pessoas.
Observações:
1. A aplicação desde quadro em bases puramente numéricas pode resultar em uma instalação
inadeguada às necessidades individuais das ocupações. Deve-se prever, também as facilidades
de acesso aos aparelhos.
2. Nas instalações provisórias, prever: 1 bacia sanitária e 1 mictório para cada 30 operários.
3. Para instalações regulamentadas, consultar as posturas municipais que regulamentam o asunto
TH030-SPHS: Água Fria
39
Tabela 12 - Altura dos Pontos de Utilização
Peça de Utilização Altura (m)
Válvula de descarga
Caixa tipo montana
Caixa acoplada ao vaso
Banheira
Bidê
Chuveiro
Lavatório
Máquina de lavar
Tanque
Filtro
Pia de cozinha
1,10
2,00
0,50 - 0,55
0,55
0,30
2,00 - 2,20
0,60
0,75
0,90
2,00
1,00
Tabela 13 - Velocidades e Vazões Máximas em função dos Diâmetros
Diâmetro
(mm) (pol)
Velocidade Máxima
(m/s)
Vazão Máxima
(l/s)
13 ½
19 ¾
25 1
32 1 ¼
38 1 ½
50 2
63 2 ½
75 3
100 4
125 5
150 6
1,60
1,95
2,25
2,50
2,50
2,50
2,50
2,50
2,50
2,50
2,50
0,20
0,60
1,20
2,50
4,00
5,70
8,90
12,00
18,00
31,00
40,00 Fonte:- NBR 5626, 1982
TH030-SPHS: Água Fria
1
Coluna Trecho Pesos Vazão d Veloc. Comprimentos Equivalentes Pressão Perda de Carga Pressão Obs.
Unit. Acum. (l/s) (mm) (m/s) Tubul.
(m)
Peças
(m)
Total
(m)
Disponível Unitária
Total Jusante
(kPa) (mca/m) (kPa/m) (kPa) (kPa)
FIGURA 13 - Planilha de Cálculo
Fonte:- Di Bernardo, L. - EESC/USP, 1991