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    Direitos Autorais: T odos os direitos autorais deste produto so reservados e protegidos pela lei 5.988,de 14/12/73 e pela lei 9.610, de 19/02/1998.Lei n. 9.610, de 19 de fevereiro de 1998

    "Art. 105. A transmisso e a retransmisso, por qualquer meio ou processo, e a comunicao ao pblico deartsticas, literrias e cientficas, de interpretaes e de fonogramas, realizadas mediante violao aos direitde seus titulares, devero ser imediatamente suspensas ou interrompidas pela autoridade judicial competensem prejuzo da multa diria pelo descumprimento e das demais indenizaes cabveis, independentementedas sanes penais aplicveis; caso se comprove que o infrator reincidente na violao aos direitos dostitulares de direitos de autor e conexos, o valor da multa poder ser aumentado at o dobro."

    O produto encontra-se registrado na Biblioteca Demonstrativa Nacional-RJ, pelosdireitos autorais. O produto possui certificado de Registro ou Averbao expedida pelaBiblioteca Nacional-RJ

    N. Registro daObra

    400330, no Livro 745, Folha 490, em 9/4/2007

    Prezado aluno(a);

    Informamos aos alunos que esse material venda doProfessor Euler Fernandes ,comercializado nos sites:www.mercadolivre.com.br

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    Somente essa pessoa que est autorizada acomercializar o material proposto. atravs da aquisido material que teremos condies de confeccionaroutros materiais para vocs alunos.

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    suporte em seus estudos.

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    Caso no tenha adquirido o produto conosco, por faventre em contato:

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    Microfone

    A palavra microfone vem do vocabulrio grego que quer dizer Mikros , pequeno + Phone , som.

    O Microfone foi inventado por David Hughes no ano de 1878 e um aparelho quetransforma, atravs de fenmenos diversos (eletrodinmicos, piezeltricos,eletrostticos, etc.), as vibraes mecnicas de uma membrana que recebe ondasacsticas em variaes de corrente.

    Esta operao de transformar ondas acsticas em sinais eltricos chamadatransduo. tido como transdutor qualquer aparelho capaz de transformar umtipo de energia em outro.

    Alguns bons exemplos de transdutor a lmpada que transforma energia eltricaem energia luminosa, o alto-falante que transforma energia eltrica em ondasacsticas e no caso do Microfone, transforma o som recebido (ondas acsticas) emsinal eltrico, cujas variaes representam to fielmente quanto possvel as do somrecebido.

    A figura abaixo uma representao de uma onda acstica depois de convertidopara tenses eltricas:

    No que se refere transduo da onda acstica para sinal eltrico, os microfonespodem ser classificados, basicamente, em dois tipos: dinmico e capacitivo .

    O microfone dinmico consiste de um diafragma fino acoplado a uma bobinamvel dentro de um campo magntico. Quando o som atinge o diafragma, este se

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    move para dentro e para fora, e este movimento da bobina dentro de um campomagntico produz uma variao de corrente na bobina (e conseqentemente umavariao de tenso em seus terminais) anloga variao da presso atuando nodiafragma.

    A seguir temos um grfico do sistema de um microfone dinmico:

    Este tipo de microfone muito utilizado em apresentaes ao vivo porque fcil deusar e dispensa o uso de alimentao eltrica. Mas, por outro lado, possuem umabaixa sensibilidade, ou seja, um microfone Duro .

    J o microfone capacitivo , tambm conhecido como microfone " condenser ", usao princpio de um capacitor varivel, consistindo de um diafragma montado bem

    prximo a uma placa fixa.Uma carga eltrica polarizada fixa mantida entre a placa e o diafragma e,conforme este se move com a presso sonora, a voltagem entre a placa e odiafragma varia analogamente.

    Atualmente, a carga polarizada usada na maioria dos microfones condenser implementada com um "eletreto" pr-polarizado, uma camada carregadapermanentemente na placa ou na parte posterior do prprio diafragma. Apolarizao por meios externos normalmente usada somente nos microfones deestdio de mais alta qualidade. Este tipo de microfone j so mais macios devido leveza e flexibilidade da membrana usada.

    Este tipo de microfone geralmente alimentado por uma pilha de 1,5 volts ou porPhantom Power onde a alimentao ocorre atravs do prprio cabo do microfoneque ser visto mais adiante.

    Abaixo temos o diagrama simplificado do microfone a condensador:

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    O CAPACITOR

    Um capacitor simplesmente constitudo por 3 peas sendo 2 peas condutorasidnticas (Armaduras) e uma pea isolante (dieltrico) colocada entre as outrasduas.

    Um capacitor pode armazenar energia eltrica, mas, no usado comoalimentador. Para que se tornem claras as suas aplicaes, necessrio fazer oestdio de seu funcionamento.

    Antes de entrar na parte sobre diretividade, gostaria de citar aqui mais dois tiposde microfones que fizeram grande nome no decorrer dos tempos.

    MICROFONE DE FITA

    Devido dureza do microfone dinmico, foi criado um microfone onde o nvel dedistoro era bem menor e o som mais macio. O microfone possui este nome, poiso conjunto de diafragma e bobina substitudo por uma fita muito fina de plsticoou metal que fica suspensa (pelas pontas) entre os plos de um potente campomagntico ficando seu corpo livre para se movimentar. Este microfone marcoupoca nos anos 40 e 50 onde era muito usado em programas de rdio.

    Quando o sinal incide sobre a fita, esta vibra proporcionalmente intensidade dosom, atravessando as linhas do campo magntico onde so induzidas as variaesresultantes. Isto faz surgir em seus terminais uma pequena tenso.

    Por isso este tipo de microfone necessita de um transformador elevador de sinal ecasador de impedncias, j que a impedncia da fita muito baixa.

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    Microfone de Fita - RCA 44BX

    MICROFONE A CARVO

    A cpsula do microfone a carvo contm grnulos de carvo, fechada por umdiafragma que vibra por efeito de ondas sonoras e exerce maior ou menor pressosobre as partculas de carvo, o que faz variar a intensidade da corrente que passapor elas.

    Um ponto fraco do telefone de Bell era o dispositivo emissor que originava um sinaleltrico muito fraco. O fsico ingls David Hughes no ano de 1878 substituiu estedispositivo por outro a que chamou microfone. O microfone era composto por 3peas de carvo. Uma delas tinha a forma de uma barra pontiaguda nasextremidades, pelas quais assentava nas outras duas peas, tambm em forma debarra.

    Funcionamento - Quando falamos diante do bocal microfnico, as esfrulas decarvo so sacudidas modificando-se assim, os numerosos contatos existentesentre elas, o que tem por conseqncia uma variao da resistncia passagemda corrente. Este tipo de microfone era muito usado nos telefones antigos quetinha uma pssima qualidade, mas durava por muitos e muitos anos.

    DIAGRAMA POLAR (diretividade)

    O diagrama polar define o ngulo de captao do microfone e sua variao emfuno da freqncia. O diagrama polar apresenta o eixo, ou seja, a Zero grau, edemais ngulos como 90, 180 e 270 graus. De posse deste diagrama sabe-se o

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    comportamento do microfone em funo do ngulo que o sinal emitido est emrelao ao eixo.

    A diretividade dividida da seguinte forma:

    Cardiide (Unidirecionais): So chamados assim porque sua curva de respostatem a forma de um corao. Este tipo de microfone responde melhor aos sonsvindos da frente. Os sons das laterais so captados com pouca intensidade e seuuso indicado para lugares de muito barulho ou para evitar a reverberao emambientes fechados.

    Supercardiide: Apresenta caracterstica parecida com a cardiide, mas, commaior sensibilidade aos sons vindos da frente, captando um pouco mais os vindosde trs.

    Hipercardiide: Microfones ultra-direcionais, altamente sensveis aos sonsfrontais, com uma sensibilidade menor do que os anteriores aos sons vindos daparte de trs. Deve ser apontado com preciso para no captar sons indesejveis.No devem ser utilizados em interiores ou exteriores com paredes refletoras. Emambientes reverberantes originam perdas de definio graves e coloraes

    indesejveis nas vozes.

    Bidirecional: Tambm conhecidos como Figura de 8 so os que captam o somde duas direes opostas, na frente (0 do eixo) e atrs (180 do eixo). So muito

    usados em estdios de udio. Em televiso sua utilizao limitada.

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    Omnidirecional: Captam o som de todas as direes. Muito sensveis, necessitamestar muito prximo da fonte sonora para no pegar sons indesejveis. Soindicados para a captao de festas, orquestras, quando se usa um s microfone.

    DIAGRAMA POLAR:

    CARACTERSTICA CARDIIDE SUPERCARD. HIPERCARD. BIDIREC. OMNIDIREC.ngulo de

    captao c/ -3dB ---------- 131 115 106 90

    ngulo decaptao c/ -6dB ---------- 180

    156 141 120 Resposta relativa

    a 90 em dB 0 -6 -8,5 -12 00Resposta relativa

    a 180 em dB 0 -00 -12 -6 0ngulo para

    resposta nula ---------- 180 127 110 90

    Fator de distncia 1 1,7 1,9 2,0 1,7

    TABELA DE NGULO DE CANCELAMENTO:

    Tipo de Microfone ng. de Cancelamento Ang. de CoberturaCardiide 180 180

    Supercardiide 120 151Hipercardiide 110 141

    Bidirecional 90 2 x 120Omnidirecional ----- 360

    POSICIONAMENTO DO MICROFONE

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    Geralmente, a falta de experincia de alguns artistas (geralmente cantores,locutores, etc.) na hora de se posicionar diante do microfone, atrapalha muito nahora da equalizao e regulagem do volume de um microfone.

    Sem ter uma noo de qual o posicionamento ideal para o tipo de microfone usado,s vezes cantam a mais ou menos 10 centmetros do microfone, s vezes colocamperto demais da boca, s vezes ficam se movimentando hora perto, hora longe,sem nenhuma dinmica. Problemas desse tipo causam a perda do sinal, ondeaparecero problemas no resultado final. Problemas como estes podem causar

    microfonia

    Abaixo temos um grfico do ngulo de posicionamento ideal do microfone para

    locutores e cantores.

    A distncia ideal para o uso do microfone ( na maioria dos casos ), cerca de dois atrs centmetros de distncia entre a boca e o microfone.

    Microfonia ou Realimentao Acstica (Acoustic Feedback): Efeito emforma de um forte silvo de alta freqncia que ocorre quando as ondas sonorasemitidas por um sonofletor so captadas e re-amplificadas pelo microfone que asoriginou. bem comum a microfonia causar danos a alto-falantes e amplificadorespodendo tambm trazer problemas de audio quando a pessoa muito esposta.Na maioria dos casos as microfonias so em torno de 3.100 Hz a 5000 Hz.

    MICROFONE IDEAL PARA CADA APLICAO:

    Microfone de mo: O microfone de mo o tipo mais comum. Muito usado ementrevistas e por cantores, alm de permitir ser segurado pelo usurio, pode serfixado em um pedestal, pendurado ou mesmo ser deixado no cho.

    O ideal que ele tenha um amortecedor interno para diminuir os rudos com amanipulao e ser bem robusto. Em geral os microfones de mo so do tipodinmico.

    Lapela: Microfone projetado para ser usado junto do corpo humano. O microfone

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    de lapela, tambm chamado de Lavalier , outro tipo muito utilizado. De formatomuito pequeno, preso roupa deixando o usurio com as mos livres.

    Ele pode ser facilmente escondido atrs de qualquer objeto, neste caso o som deveser muito bem equalizado para parecer natural. Os microfones de lapela podem serligados diretamente ou atravs de emissores / receptores.

    Quando so usados Lavalier sem fio, um pequeno transmissor colocado na roupado usurio. Se ele for duplo so usados dois transmissores com freqnciasdiferentes. Em geral os microfones de lapela so do tipo eletreto oucondensadores.

    Shotgun: O do tipo Shotgun projetado para captar sons de distncias maiores.Deve-se evitar apont-lo para superfcie dura, como uma parede de azulejos ou detijolos, porque elas podem refletir sons de fundo ou deixar o som "oco".

    O Shotgun muito sensvel ao barulho causado pelo vento, por isto deve sermovimentado com cuidado e, sempre que possvel, us-lo com quebra-vento deespuma (luva). Em geral os microfones Shotgun so do tipo Hipercardiide,Supercardiide ou Cardiide.

    PZM: O PZM (Pressure Zone Microphones ), um microfone projetado para captaro som de vrias pessoas. Este microfone iguala o volume de todos os sons captadosdentro de seu alcance. Em geral os microfones PZM so do tipo omnidirecionais.

    Abaixo citarei alguns microfones atualmente disponveis no mercado que analisandocusto / benefcio executam bem o que prope.

    FABRICA MODELO CAPTAO TIPO DE TRANSDUTORLESON SM 58 PLUS Supercardiide DinmicoLESON MP 68 Cardiide CondensadorSHURE SM 58 Cardiide DinmicoSHURE SM 87 A Supercardiide Condensador AKG C 900 Cardiide Condensador AKG C 4000 B Hipercardiide (varivel) Condensador

    BEHRINGER B2 Cardiide CondensadorSAMSON Q1 Cardiide Condensador

    POLARIDADE E FASE

    Estes termos so freqentemente usados como tendo o mesmo significado, porm,no a realidade.

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    Polaridade: Em eletricidade, mudar a polaridade fazer a simples reverso doplo positivo com o plo negativo. No importa se trata-se de CC (CorrenteContnua) ou CA (Corrente Alternada).

    Inverter uma bateria em uma lanterna a explicao mais simples para este fato.Se voc reverter a polaridade da voltagem que est indo para a lmpada dalanterna ela funcionar da mesma maneira, porm, em outros circuitos eletrnicos,o funcionamento no acontecer.

    Um exemplo da mudana de fase em CA (Corrente Alternada) a troca da entradados terminais de um alto-falante. Se assim voc o fizer, voc ter mudado apolaridade do sinal que entra no alto-falante.

    Fase: Em eletricidade, a fase tem relao apenas com a CA (Corrente Alternada) edeve haver dois sinais. Os sinais devem ser da mesma freqncia e fase refere-seao relacionamento delas em um determinado tempo.

    Se ambos os sinais alcanarem o mesmo ponto ao mesmo tempo, eles estaro emfase e se eles alcanarem o mesmo ponto em tempo diferente eles estaro fora defase.

    A principal questo quanto eles esto fora de fase, ou explicando de outramaneira, qual o deslocamento de fase entre eles. O importante a ser observadonessas definies que voc pode reverter a polaridade de um sinal e voc podemedir esta mudana, porm, voc necessita de d o i s s i n a i s para medir umdeslocamento de fase.

    MICROFONANDO INSTRUMENTOS

    Antes de qualquer coisa, devemos observar que apenas com a mudana noposicionamento do microfone podemos ter uma grande alterao no timbre.

    Vamos utilizar como exemplo um cubo de guitarra. Direcionando o microfone parao centro do alto-falante, estaremos captando com mais intensidade as freqnciasmdias e altas, ao contrrio de captarmos o som nas bordas do alto-falante ondeteremos menos intensidade nestas freqncias tornando o som menos estridente.

    Da mesma maneira ocorre com instrumentos, vozes, etc. No vamos especificarneste material como fazer a captao ideal, pois, cada caso um caso e noexistem padres. Devemos sempre experimentar e criar nossas prprias tcnicasde microfonao porque nesta rea no existe certo ou errado; existe apenas o quesoa bem ou no.

    O mtodo de microfonao vai depender muito do estilo que ser apresentado,pois, h estilos que exige um som mais estridente, outros no.

    Veremos mais sobre microfonao de instrumentos em mdulos mais adiante.PHANTON POWER E BIAS VOLTAGE (Voltagem de Polarizao)

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    Muitos usurios de equipamentos de udio profissional acham que no existemdiferenas entre Phanton Power e Bias Voltage. Isto no verdade, elas no seconfundem.

    Phanton Power normalmente fornecida pela mesa de som, mas, podem tambmser suprida por uma fonte de Phanton Power externa, adquirida separadamente.

    Phanton Power requer um circuito balanceado onde os pinos 2 e 3 do conector XLRtransportem a mesma voltagem CC relativa ao pino 1.

    Ex: Se uma mesa de som fornecer 48 Volts de Phanton Power, os pinos 2 e 3 XLRde um cabo de microfone transportaro 48 Volts CC cada um em relao ao pino 1.

    claro que o cabo do microfone transporta a voltagem Phanton Power bem como osinal de udio.

    As mesas de som que fornecem Phanton Power possuem resistores limitadores decorrente que atuam como vlvula de controle. Se o microfone ou cabo estiver coma fiao impropriamente conectada, estes resistores limitam o fluxo corrente para omicrofone prevenindo danificaes ao circuito de fornecimento de Phanton Voltage.

    Um microfone dinamicamente balanceado no afetado pela Phanton Power,entretanto, um microfone dinmico desbalanceado ser afetado. Provavelmente omicrofone no ser danificado, mas, no ir trabalhar apropriadamente.

    Bias Voltage: uma voltagem CC (de 1,5 a 9 Volts) que fornecida atravs deum condutor nico. Diferente do Phanton Power, a voltagem de polarizao (bias)no requer um circuito balanceado.

    A voltagem de polarizao fornecida a um transistor conhecido como ( JFET )conectado sada de um microfone de eletreto.

    O JFET atua como um conversor de impedncia que uma necessidade paraqualquer microfone projetado para usar um capacitor como elemento (microfonecapacitivo).

    IMPEDNCIA

    Impedncia a verso CA ( Corrente Alternada ) do termo resistncia em umcircuito CC (Corrente Contnua ) e significa a oposio do fluxo da corrente deeltrons em um circuito e expressa em ohms .

    A impedncia que abreviada com Z inclui a reatncia capacitiva e a reatnciaindutiva somadas resistncia CC. A reatncia est relacionada principalmente coma freqncia do sinal que flui no circuito.

    A reatncia capacitiva aumenta quando a freqncia diminui e a reatncia indutivaaumenta com o aumento da freqncia. Por causa desta relao com a freqncia,a impedncia no medida diretamente com um multmetro como feito com aresistncia CC.

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    MICROFONE CALIBRADO

    Os microfones para medies tambm chamados de Microfones Calibrados devemter resposta plana, tipicamente dentro de mais ou menos 1dB dentro da banda deudio (20Hz a 20.000 Hz) ou acima. necessrio tambm que sejamomnidirecionais para captar todo o som ao seu redor, macios, para captar os sonsde baixa intensidade, e possurem um pr-amplificador interno com uma boaextenso dinmica como, por exemplo, 100 dB ou maior.

    Abaixo temos o microfone ECM 8000 da Behringer:

    O ECM 8000 possui resposta de freqncia linear e omnidirecional permitindorealizar as tarefas de medio e alinhamento com boa preciso.Este microfone acompanha o ULTRA-CURVE PRO DSP8024, mas tambm pode serusado com qualquer outro RTA (real-time analyzer) e adquirido separadamente.

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    MesasUm mixer um dispositivo capaz de misturar sons provenientes de vrias fontesem uma nica. Nesta mistura podem ser estabelecidos os volumes de udio destasfontes. A omisso de algumas delas, e a aplicao de efeitos especiais sonoros.

    A mesa de som o corao do sistema, onde todo oudio centralizado. Por ela passam sinais dosmicrofones, instrumentos, alm de processadores deefeitos, etc.

    Para melhor compreenso, abaixo teremos o grficoe a descrio de um canal (raia) de uma mesa desom de pequeno porte.

    O CANAL DE ENTRADA

    MIC: Esta entrada geralmente do tipo XLR(tambm conhecida por Cannon ) e prpria parareceber sinais de baixa impedncia e balanceado, ecomo o prprio nome j diz, geralmente utilizadapara microfones.LINE: Esta entrada do tipo P10 (Jack , tambmconhecido como Banana) e usada para recebergeralmente sinais de alta impedncia podendo ouno ser balanceadas.

    INSERT: Podemos atravs desta entrada, conectarequipamentos externos como equalizador,compressor, gate, etc em um canal. E em mesas deporte maior, podemos conectar estes equipamentosem subgrupo e/ou master.

    GAIN: Este boto responsvel pelo ajuste do nveldo sinal de entrada do udio na mesa. Devemos ficarmuito atento para no confundir g a n h o com

    v o l u m e . Para monitorar o nvel da entrada,podemos usar o VU da mesa acionando o boto PFL que ser visto mais adiante.

    FILTROS (Equalizadores)

    Em mesas de pequeno porte, o tipo de filtro Peaking onde os controles so de ajustes fixos e

    apenas alteram o ganho das freqncias onde aatenuao / ganho mximo pr-estabelecida pelofabricante. Geralmente so encontrados 3 ajustes

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    sendo eles: HIGH(Agudo) , MID (Mdio) e LOW (Grave) .

    AUX MONITOR: Comeste boto podemosfazer o ajuste de nveldo sinal individual docanal de monitorcorrespondente.Geralmente em mesas

    de pequeno porteestes controles sopr-fader*.

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    Pre-fader: Um sinal (ou potencimetro que atua sobre este sinal) que nofluxo de sinais de uma mesa de mixagem localiza-se antes do potencimetro devolume do canal estando, portanto, independente das variaes do fader do canal.

    Post-fader: Um sinal (ou potencimetro que atua sobre este sinal) que no fluxode sinais de uma mesa de mixagem localiza-se aps o fader (potencimetro devolume) do canal sendo, portanto, alterado pela posio do mesmo.

    AUX EFFECT: Este boto responsvel pelo controle de nvel individual para aparelhode efeitos (reverb, delay, multi-efeitos, etc.). Este canal de auxiliar geralmente Post-Fader.

    PAN: Este boto responsvel pelo balano (panorama) do sinal entre os ladosesquerdo, direito e centro.

    MUTE: Quando acionada esta chave interrompe o sinal do canal de entrada antes deser miado, evitando que canais no usados em determinados instantes interfiram nosdemais canais. Este recurso muito til quando queremos cortar o som de um canalsem alterar o controle de volume.

    PFL (P r e - F a d e r L e v e l ) : Quando acionada esta chave podemos monitorar o nvel deentrada de udio do canal para fazer a regulagem, mas, sempre levando em conta apossibilidade de eventuais picos deixando assim uma reserva.

    VOLUME: Este Fader responsvel pelo controle de volume individual do canal. Eledetermina o nvel do sinal enviado do correspondente canal de entrada para o canalMaster. Se algum canal no tiver sendo utilizado, aconselhvel que seu volume sejaajustado para a posio mnima para prevenir rudo indesejado que possa seradicionado ao sinal do programa principal.

    RAIA DE UMA MESA PROFISSIONAL

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    PHANTON POWER: Quando acionada, esta chaveativa a alimentao Phanton Power ao conector MICdo canal correspondente. Esta alimentao(geralmente 48 Volts) utilizada para alimentarcircuitos eletrnicos de microfones e tambm DirectBox Ativos.

    PAD: Esta chave quando acionada diminui em 20decibis a sensibilidade do canal de entradacorrespondente tanto no conector MIC quanto noLINE.

    PHASE REVERSE: Quando acionada, esta chave inverte a polaridade da entrada docanal balanceado correspondente, atuando tanto no conector MIC quanto no LINE. Esterecurso muito utilizado para corrigir alguns erros comumente presentes emapresentaes ao vivo relacionadas polaridade e fase.GAIN: Este boto responsvel pelo ajuste do nvel do sinal de entrada do udio namesa. Para ajustarmos o ganho podemos monitor-lo no VU da mesa, atravs doboto PFL, levando sempre em considerao os possveis picos que venham a ocorrer.

    HPF (Corte de Baixas Freqncias): Este controle atua sobre os graves e suaescala contm amplas possibilidades, iniciando na regio subsnica e indo at a regiodos mdio-graves em seu respectivo canal. Como se trata de um filtro passa-altas, sua

    atuao consiste em proporcionar uma atenuao nas freqncias abaixo daselecionada variando o nmero decibis dependendo do fabricante.

    FILTROS (Equalizadores)

    Como dito anteriormente, em mesas de pequenoporte, o tipo de filtro Peaking onde os controlesso de ajustes fixos e apenas alteram o ganho dasfreqncias onde a atenuao / ganho mximo pr-estabelecida pelo fabricante. Em mesasprofissionais, encontramos tambm os controlescom Sweep (varredura) que ajusta o ponto deatuao do controle dentro de uma faixa defreqncia.CHAVE EQ OUT / EQ IN: Esta chave um recursomuito til, pois, permite que voc possa

    ouvir e comparar rapidamente o resultado da resposta do respectivo canal com e sema equalizao que foi feita no equalizador do respectivo canal.

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    CHAVE EQ OUT / EQ AUX PRE: Esta chavequando pressionada altera entre pr ou psequalizao do canal para os auxiliares. Esta chaveseleciona o tipo de monitorao desejada: antes ouaps a equalizao do canal.

    AUX: Com este boto podemos fazer o ajuste denvel do sinal individual do canal de monitorcorrespondente.

    AUX PR / POST: So controles de nvelindividuais destes canais auxiliares que podem sercombinados atravs da chave Pr / Post para pr-

    fader (geralmente monitores) e post-fader(geralmente efeitos).

    CHAVE PR / POST: Em muitas mesas existe estachave para cambiar os canais auxiliares para acondio de pr e post-fader.

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    PAN: Este boto responsvel pelo balano(panorama) do sinal entre os lados esquerdo, direitoe centro.

    MUTE: Quando acionada esta chave interrompe osinal do canal de entrada antes de ser miado,evitando que canais no usados em determinadosinstantes interfiram nos demais canais. Este recurso muito til quando queremos cortar o som de umcanal sem alterar o controle de volume.

    PFL (P r e - F a d e r L e v e l ) : Quando acionada estachave podemos monitorar o nvel de entrada deudio do canal para fazer a regulagem, mas, semprelevando em conta a possibilidade de eventuais picosdeixando assim uma reserva.

    M1 / M2 (MATRIX): Algumas mesas possuemMatrix que um recurso excelente que nos permiteenderear os sinais vindos dos subgrupos, masters eauxiliares para outras sadas como, por exemplo:Gravadores, rdios, TVs, etc. Seus conectores desada em geral so os XLR. Como temos controlesindividuais das fontes podemos fazer uma mixagemdiferenciada em cada sada de Matrix.

    L/R: Com esta chave acionada os sinais do canalcorrespondente so enviados diretamente para oscanais mster L (esquerdo ) e R (direito ).

    SubMaster: Estas chaves so responsveis aoendereamento dos sinais do canal correspondenteaos canais Submaster. Por exemplo, pressionandoao boto , o udio do canal endereado para oSubmaster , selecionando o boto , o udio selecionado para o Submaster , e assim pordiante.

    MUTE GROUP: Estas chaves quando acionadas programam o canal para entrar emmute assim que receber o comando da chave master do Mute Group (grupo de mute)que recebe o endereamento deste canal.

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    VOLUME: Movendo este Fader possvel determinar o nvel do sinal enviado docorrespondente canal de entrada para o canal estreo Master.

    OS CONTROLES DE UMA RAIA MUDAM DE ACORDO COM O FABRICANTE

    COMO INSERTAR EQUIPAMENTOS NA MESA DE SOM

    Ao conectar um equipamento (equalizador, compressor, etc) no INSERT, ele passa afazer parte do circuito e atua como se tivesse dentro da mesa de som.

    Para utilizar o INSERT de uma mesa, necessrio possuir um cabo especfico para estaoperao, como ser mostrado no grfico abaixo e tambm na sesso sobrecabeamento.Dentro do Jack de INSERT existem trs terminais:

    O SLEEVE (TERRA) que encaixa no corpo do plug, o SEND por onde o sinal sai damesa e o RETURN por onde o sinal volta para a mesa aps passar pelo aparelhoexterno.

    MESA DE MONITOR (Stage Mix)

    Tambm conhecida como mesa de palco, onde feita a mixagem do som para osmonitores (caixas de retorno) ou sistemas de fones "in ear" no palco. A diferena entreelas, que, no monitor direcionamos o som dos canais para vrias mandadasdiferentes com diferentes mixagens. J no PA endereamos todo o programa musical,basicamente, de dois at trs canais de sada.

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    No caso do Monitor, em todas as raias existe um controlador de volume individual paracada instrumento. Estes controles so conhecidos como vias de Monitor eproporcionam um volume independente para cada instrumento. Veja o grfico maisabaixo.

    Existem mesas que nos permite operar os sistemas de P.A. e Monitor sem ter anecessidade de disponibilizar outra no palco (esta uma alternativa, mas nem semprea mais usada, pois, em grandes eventos como rodeio, etc os artistas sempre solicitamuma mesa para o P.A. e outra para o Monitor).

    Supondo que na raia 10 voc tenha um Teclado e na 11 tenha um Sax voc poderenviar o sinal com volumes diferente para o monitor de cada um dos msicos. Cadaraia tem o controle de volume das demais vias e cada canal possibilita uma mixagemcom a quantidade de vias existentes na mesa.

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    RAIA DE UMA MESA DE MONITOR

    ESQUEMA DE LIGAO

    No caso acima, o sinal sai da mesa pelo Aux 01 (Auxiliar 01) e passa por 1 canal doequalizador (no caso de amplificador estreo). Depois endereado para oamplificador que ir amplificar o sinal e envia-lo para a caixa de retorno (monitor).

    MAPEAMENTO DA MESA

    O mapeamento da mesa tanto de P.A. quanto de Monitor de grande importncia paraque na hora do show o operador saiba em qual raia se encontra cada instrumento.

    Veja um exemplo no grfico abaixo:

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    O mapeamento neste caso foi feito em portugus, mas, geralmente ostcnicos preferem utilizar abreviaes em ingls como ser mostrado na tabelaabaixo.

    TABELA DE ABREVIAES

    01 K Kick (bumbo)02 SN Snare (caixa)

    03 HH Hi-hat (ximbal)04 I Tom 105 II Tom 206 SW Swing (surdo)07 OVER Plate (prato)08 KEY L Keyboard L (teclado canal esquerdo)09 KEY R Keyboard R (teclado canal direito)10 BS Bass (contra-baixo)11 GTE Guitar Eletric (Guitarra Eltrica)

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    12 GT Guitar (violo)13 VLN Violin (Violino)Main Voice (Voz Principal)14 V1*

    15 V2 Voice (Voz secundria, Back)

    O tcnico, tanto de P.A. quanto de Monitor deve sempre ter em mos uma caneta pararetro-projetor e um rolo de fita crepe (fita usada em fraudas de beb) para fazer omapeamento.

    Em shows de artistas consagrados, enviado anteriormente para a companhialocadora do som o Input List no qual constam todos os instrumentos que sero usadose seus respectivos canais na mesa.

    Assim, quando os msicos chegam para a passagem do som, as mesas j forammapeadas e os cabos passados facilitando assim o trabalho dos msicos e dostcnicos.

    EXEMPLO DE INPUT LIST (RIDER)

    Banda: Roupa NovaTurn: Ouro de Minas

    Neste caso, no campo Canal est informando qual a raia que o i n s t r u m e n t o /m i c r o f o n e deve ser ligado. No campo Especificao informado o i n s t r u m e n t o / m i c r o f o n e que dever ser enviando para o respectivo canal.

    No campo Micro informado qual o microfone que a companhia locadora do somdever disponibilizar. No campo Insert indicado qual perifrico ( equalizador,compressor, gate, etc ) dever ser insertado naquele canal.

    No campo Micro, onde consta RN, os microfones so disponibilizados pelogrupo Roupa Nova.

    Canal Especificao Micro Insert01 Bumbo RN Graf\Gate\comp02 Bumbo Elet. RN03 Caixa RN04 Esteira RN

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    05 Contra-tempo aberto RN06 Contra-tempo fechado RN07 Tom 01 RN Gate08 Tom 02 RN Gate09 Tom 03 RN Gate10 Tom 04 RN Gate11 Over L RN12 Over R RN13 Percusso L RN14 Percusso R RN15 Pandeiro SM57\SM5816 Carrilho SM57\SM5817 Baixo RN Graf\comp18 Guitarra Kiko L RN19 Guitarra Kiko R RN20 Guitarra Ricardo L RN21 Guitarra Ricardo R RN22 Violo Nando RN Comp23 Violo Kiko RN24 Violo Ricardo RN Comp25 Key Serginho RN26 Bongo (Reserva) S\FIO27 Cleberson RN28 Nando RN Comp29 Serginho RN Comp30 Paulinho Frente RN Comp31 Paulinho Fundo RN32 Kiko RN Comp33 Ricardo RN Comp34 Key Cleberson L RN35 Key Cleberson R RN36 Key Ricardo L RN37 Key Ricardo R RN38 Dvd base L RN39 Dvd base R RN40 Dvd voz RN

    MAPA DE PALCO

    No mapa de palco informado para a companhia locadora do som o posicionamentodos msicos, equipamentos, caixas de retorno, etc no palco. Isto de grandeimportncia para facilitar na montagem e preparao do palco.

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    Abaixo est disponibilizado o Mapa de Palco do Grupo Roupa Nova:

    Equalizador

    O equalizador um aparelho que permite o ajuste individual de determinadasfreqncias no espectro sonoro.

    Este perifrico divide o som em uma srie de faixas de freqncia e permite o ajusteindividual do volume de cada uma delas atravs de pequenos faders (ou botes)especficos.

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    O som registrado em um determinado local pode muitas vezes conter misturados aomesmo outros sons indesejados, como som ambiente e rudos especficos de fundo. Oequalizador permite atenuar estas freqncias indesejadas e ao mesmo tempoaumentar ou reforar outras freqncias do som principal. Mas, a funo principal doequalizador em um sistema de P.A. e Monitor o alinhamento do sistema (atenuandoou reforando as freqncias).

    Enquanto a compresso que veremos mais adiante, tem sua rea de atuao na faixadinmica do som, a equalizao (EQ) atua no controle da faixa de freqncia do som.

    Abaixo temos uma tabela que divide a faixa de freqncias em quatro bandas.Grave (de 20 a 125 Hz), Mdio Grave (de 125 a 1250 Hz), Mdio Agudo (1250 a6300 Hz) e Agudo (de 6300 a 20.000 Hz). Observe que estas bandas podem ter umapequena variao para mais ou para menos.

    A escala na parte superior do equalizador mostra as freqncias variando de 20 Hz a20 kHz. Geralmente quando falamos de mdio agudo (high-mids) estamos referindo afaixa de freqncias que vai de 1,25 kHz a 6,3 kHz a grosso modo.

    No desenho abaixo temos um equalizao (EQ) Curva de Pico baseada em umafreqncia central.

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    Como podemos observar a freqncia central em torno de 750 Hz e o aumento deganho (boost) gira em torno de 18 dB. O Fator Q (fator de mrito) a largura dasfreqncias afetadas pelo reforo ou atenuao e medido em oitavas. Um alto Q estreito e um baixo Q largo.

    No desenho abaixo temos a representao de uma Curva Shelf onde as freqnciasacima ou abaixo da freqncia central so reforadas ou atenuadas.

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    H dois tipos predominantes de equalizadores, o Paramtrico e o Grfico .Vamos ver cada um deles.

    O Equalizador Grfico

    Abaixo temos um exemplo de um equalizador grfico de 10 bandas tpico.

    Podemos notar que h controles deslizantes (slider controls) para cada faixa defreqncia e a escala na parte inferior mostra quais freqncias so estas comeandoem 31 Hz e aumentado por oitavas at 16 kHz em 10 bandas.

    Um equalizador grfico tpico no possui qualquer controle varivel sobre o Fator Q, eseu valor geralmente j vem pr-ajustado de fbrica.

    Em equalizadores digitais, a escala na parte superior indica quantos dB esto sendoalterados em cada uma das faixas enquanto a escala inferior indica as freqncias.Note que h valores positivos (boost) onde adicionado ganho em determinadasfreqncias, negativos (cut) onde atenuado o ganho de determinadas freqncias e0,0 (zero) onde no h alterao alguma.

    Veja o grfico abaixo:

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    O Equalizador Paramtrico

    Para que um equalizador possa ser chamado de paramtrico necessrio que eletenha um Fator Q varivel e uma freqncia central tambm varivel. Abaixo vemos oexemplo de um equalizador paramtrico.

    GRAFICO A

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    GRFICO B

    O grfico A representa um tpico equalizador de um console anlogo avanadoenquanto que o grfico B representa um equalizador digital de computador, ou seja,um software.

    O grfico A possui dois controles com Q varivel para controlar as freqnciasmdias. A verso para computador ( grfico B ) possui 4 bandas, sendo que cada umadelas possui controle sobre sua prpria freqncia central, ganho e largura do Fator Q.

    No grfico A a curva resultante (EQ Curve) tambm mostrada. A banda dasfreqncias mdias dividida em 2 bandas fazendo varredura no mdio grave que vaide 60Hz a 1,4kHz e no mdio agudo que vai de 600Hz at 14kHz (estes valores variamde console para console , no se trata de valores absolutos. J na unidade digital ovalor varia de 20Hz a 20kHz em qualquer banda.

    Existem outros tipos de equalizadores como o semi-paramtrico e shelving.

    O equalizador semi-paramtrico possui quase todos os parmetros do paramtrico,diferenciando apenas em no possuir o fator Q. Neste caso, a banda passante tambm fixa.

    No equalizador Shelving a largura de banda j pr-determinada, podendo-sesomente reforar ou atenuar esta determinada faixa do espectro. Neste tipo deequalizador corre-se o risco de alterarmos tambm as freqncias laterais podendoprejudicar no resultado final.

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    RTAs (Real Time Analizer)

    J faz algum tempo que os operadores de udio vem utilizando RTAs (Real TimeAnalizer) em conjunto com equalizadores de 1/3 de oitava para fazerem o alinhamentode sistemas de P.A. e Monitor.

    O RTA mostra a amplitude x freqncia do udio captado em uma resoluo de 1/3 deoitava onde os equalizadores so utilizados para corrigir pequenas variaes exibidasno display do analisador (RTA).

    O funcionamento da seguinte maneira:

    Basta mover o slide correspondente no equalizador, at se obter a resposta desejadano display do analisador. Adicionando ganho, voc perceber que a faixa de freqnciaalterada no equalizador tambm ser alterada no display do RTA e atenuando o ganho,tambm ser atenuado no display do RTA.

    Mas saiba que nos guiando apenas pelos RTAs, dificilmente conseguiremos perceber

    quando os problemas so relativos interao entre caixas; interao entre caixas eambiente; posicionamento inadequado de caixas ou problemas de acstica.

    Outra questo que no sabemos qual a relao entre o sinal entregue aos falantes eo sinal recebido pelo microfone do analisador (microfone calibrado). Por este motivoprecisamos utilizar um sinal chamado Rudo Rosa onde constam todas as freqnciasde 20 Hz a 20.000 Hz, todas sendo reproduzidas ao mesmo tempo com mesmo volume(amplitude).

    Veja abaixo uma demonstrao do funcionamento de um RTA:

    GRFICO DO SINAL DE ENTRADA

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    GRFICO DO EQUALIZADOR ANTES DO AJUSTE

    GRFICO DO SINAL DE ENTRADA APS AJUSTE

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    GRFICO DO EQUALIZADOR APS AJUSTE

    NVEL DE PRESSO SONORA (SPL)

    Muitas vezes somos levados a creditar que determinados sistemas podem atingirelevados nveis de presso sonora com uma quantidade reduzida de caixas.Certamente, alguns sistemas apresentam maior sensibilidade do que outros, damesma forma que uns so mais agradveis aos ouvidos que outros.

    Porm, nunca devemos deixar de lado um perfeito dimensionamento do sistema, tendoem vista a presso sonora necessria para o atendimento de todo o pblico, semesquecer do headroom adequado ao programa.

    Atingir elevados nveis de presso sonora em ambientes relativamente grandes tarefa para uma quantidade grande de falantes e caixas. Obviamente, quanto maior oespao a ser sonorizado, maior a necessidade de caixas.

    Quando somos responsveis pelo dimensionamento dos sistemas, devemos levar emconsiderao diversos fatores, tais como sensibilidade do sistema, potncia necessriapara excitar os falantes, distncias envolvidas, nmero de ouvintes, acstica do local,forma de agrupamento das caixas (Flying, andaimes, etc.).

    Temos que nos precaver, na medida do possvel, das interferncias destrutivas,posicionando as caixas de modo que umas no interfiram nas outras. E lembre-se:

    Quando dobramos o nmero de caixas, conseguimos um acrscimo de apenas 3dBque, para termos a sensao de dobra de presso sonora, precisamos, teoricamente,de dez vezes mais caixas!

    Um sistema bem alinhado, com as interferncias minimizadas e com uma estrutura deganho bem cuidada, oferecer mais SPL do que um sistema em que estes cuidadosno foram tomados devidamente.

    Uma prtica importante respeitar o limite do sistema. Assim como no caso da bandapassante, de nada adianta tentar levar o sistema a fornecer um SPL que ele no pode

    alcanar; isso s geraria distores, instabilidade e, se o sistema no for devidamenteprotegido, a queima de falantes e drivers.

    E quando comea a distoro, no importa qual o sistema ou quanto ele custa, todosficam ruins.

    RUDOS E REALIMENTAO

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    Rudos tais como os gerados por energia eltrica suja, loops de terra, falta deaterramento, hiss e outros podem atrapalhar, e muito, os processadores dealinhamento.

    Se o sistema apresentar algum desses rudos, ele deve ser corrigido antes de qualquerpasso ou procedimento. J a realimentao um problema que deve ser atacadoseriamente, pois no existe nada mais desagradvel do que realimentaes durante oevento.

    O perfeito posicionamento das caixas e um cuidadoso posicionamento dos microfonesso imprescindveis para o controle das realimentaes. Se as caixas e microfonesestiverem posicionados corretamente, isto , o mais distante possvel uns dos outros e,ainda assim, tivermos problemas com realimentao, pode ser que precisemos de umsistema mais diretivo ou de microfones mais diretivos para que, assim, possamosevitar que os microfones ouam as caixas.

    Algumas vezes, seremos obrigados a sacrificar um timbre perfeito para que possamoseliminar as realimentaes; em alguns casos, isso possvel, em outros, inadmissvel.Alm disso, existe um limite; no podemos ir alm dele.

    Compressor

    FAIXA DINMICA OU DYNAMIC RANGE

    Antes de estudarmos os compressores e limitadores devemos entender o que significao termo Faixa Dinmica. A faixa dinmica de um som a variao entre o som maissilencioso (sem rudo) e a seo mais alta ou no caso de um gravador, a faixa que vaientre o Noise Floor (O Noise Floor expresso em dB, o nvel de rudo randmicoabaixo do sinal do programa) e o ponto de distoro.

    Voc j deve ter percebido como uma Orquestra Sinfnica pode variar de um sommuito alto para um som muito baixo. O som de uma orquestra possui uma Faixa

    Dinmica muito ampla.

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    O medidor acima mostra uma faixa dinmica de 72 dB . Em gravador cassete a seosilenciosa nesta trilha deve estar abaixo do rudo de gravao e tudo o que ser ouvidono passa de Tape Hiss (Tape hiss um rudo indesejvel de alta freqnciasassociado a gravao de fitas magnticas).

    A distncia entre a seo mais alta e o ponto de distoro chamada de Headroom .Se a distoro alcanada em +6 dB dizemos que temos um headroom de 4 dB . Para

    reduzir a faixa dinmica podemos a percorrer a faixa inteira com um fader e deslig-loquando a passagem for muito baixa e recoloc-lo quando estiver muito alto ou claro,voc pode usar um compressor.

    Diferente da fita cassete que possui uma faixa dinmica em torno de 65 dB a faixadinmica de um CD ultrapassa os 90 dB .

    O ouvido humano pode perceber sons dentro de uma faixa dinmica de 120 dB quepode variar desde o limiar da audio (quase silncio) at o limiar da dor (estrondo deuma turbina de avio a jato, som de uma britadeira, etc).

    Veja abaixo uma tabela com exemplos de Nvel de presso sonora em dB:

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    COMPRESSORES

    Um compressor pode mudar o sinal de entrada para um sinal de sada relacional.Vamos explicao:

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    No diagrama acima, ganho unitrio significa que o que entrar sair sem alterao. Narelao 2:1 do exemplo significa que quando sinal estiver acima do limiar (threshold) asada do sinal ser reduzida em uma relao em que cada 2 dB de entrada apresentar1dB na sada.

    Deste modo voc retira 1 dB do topo da faixa dinmica e depois, voc poderaumentar o volume novamente em 1dB sem ter os efeitos do headroom. Em casosmais severos como o 20:1 , que mais conhecido como Limiter significa que paracada 20 dB na entrada teremos 1 dB na sada.

    O compressor e o limiter podem ser usados juntos em uma nica unidade, onde ocompressor atua na faixa de 2:1 a 15:1 , enquanto que o limiter usado para cortaros picos de transientes na faixa de 15:1 a 20:1 . O limiter muitas vezes chamado dePeak Limiter (Limitador de Pico).

    No diagrama acima o limiar do limiter foi aumentado e deste modo o programaprincipal ser comprimido acima do limiar de compresso que 2:1 e acima destevalor o limiar de limitao ser de 20:1 . Um compressor um dispositivo de reduo

    de ganho, portanto todos os compressores possuem um controle de maquiagem(make-up gain - Nvel de Sada) que, como exemplo, se voc estiver usando 3 dB dereduo de ganho voc pode aumentar pelo mesmo valor na sada e continuar a ter omesmo headroom.

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    No desenho acima temos a transio do ganho unitrio para compresso no limiar dacompresso/limitao. V se que a transio gradual ao invs de ser uma linha reta.A isto se d o nome de Limiar (threshold) Soft Knee . Soft Knee significa ngulo suavee muitos tcnicos brasileiros preferem traduzir knee ao p da letra como joelho , e isto

    j pegou. Note que esta curva bastante aplainada.

    O medidor em um compressor pode usualmente ser comutado para medir tanto o nvelde entrada de sinal quanto o de sada e tambm a quantidade de reduo de ganho. aconselhvel checar se o nvel de entrada est correto antes de iniciar o ajuste dolimiar e configurar a relao de compresso, etc...

    O attack time (tempo de ataque) determina a rapidez com que um compressor reageao sinal quando este atinge um valor acima do limiar (threshold). Os sinais possuempicos agudos e curtos chamados de transientes que podem facilmente disparar umcompressor fazendo com que ele atue.

    O attack time determina quanto tempo o pico deve durar acima do limiar antes que ocompressor atue. Este tipo de transiente importante na clareza do som, porm, noafeta altura ou volume do som. O Objetivo da compresso fazer com que oinstrumento soe mais alto sem distoro, e comprima ou estreite a faixa dinmica.

    Portanto voc pode desejar aumentar ou estender o attack time e permitir ostransientes passarem e serem tratados posteriormente com um limiter (limitador) sefor necessrio e o compressor trabalhar em nveis prolongados acima do limiar(threshold).

    O release time (tempo de liberao) determina a velocidade com que o compressorrestaura o ganho normal. Se a liberao for muito rpida para a quantidade dereduo de ganho aplicada far com que o retorno a ganho normal, de forma

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    repetitiva, conforme o sinal vai acima e abaixo do limiar, provoque o que conhecemoscomo pumping , devido ao fato da estrutura do ganho estar em constante mudana.

    bom pedir ao msico que toque notas sustentadas, ou seja, mais longas e ajuste orelease, porque desta maneira a mudana no ganho no d problemas. Instrumentosque possuem notas com um tempo de sustentao maior como o baixo usam umrelease time menor. J os instrumentos percussivos agudos, como a percusso,tendem a usar um release time maior.

    A maioria dos compressores da nova gerao digital possuem um boto chamadoAUTO que permite deixar a cargo do prprio compressor, de forma automtica,realizar este ajuste e eles o fazem de uma maneira confivel.

    Veja abaixo, a ilustrao de um compressor tpico e seus controles. Os nomes estoem ingls, pois, o mais comum.

    A seo esquerda da figura representa a seo do Noise Gate. Ele possui controlespara o limiar (threshold) que o gate abre, liberao (release time) e um switch com asopes fast/slow para controlar o attack time (tempo de ao ou ataque).

    Na parte central temos a seo do compressor com os botes padro: Threshold,Compression Ratio, Attack e Release. O boto Peak/RMS determina a maneira pelaqual o compressor ir avaliar o contedo sinal, isto , se ser o pico ou o valor RMS.

    O boto AUTO oferece a possibilidade de permitir que o compressor trateautomaticamente os valores de attack e release aps uma anlise automtica do sinal.O boto hard/soft atua no ajuste do knee. O medidor faz a leitura do sinal de entrada

    ou de sada (In-Out) e tambm a quantidade de reduo de ganho (gain reduction -GR).

    Finalmente temos a seo Make-up Gain . Esta seo muitas vezes chamada denvel de sada. O boto link uma opo para conectarmos dois compressores.Compressores estreos possuem uma facilidade de link que faz com que um dos doiscompressores atue como master (geralmente o compressor da esquerda).

    Todos os controles do master afetam o slave e desta maneira ambos trabalham juntos.Se os compressores no estiverem linkados qualquer sinal mais forte no direito far

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    com que o ganho seja reduzido e a imagem estreo moveria devido ao fato de que oinstrumentos com panormico no centro variariam em seu balanceamento esquerda -direita . Portanto, quando comprimir um sinal estreo observe se os compressoresesto linkados.

    Abaixo temos a imagem de um compressor de computador (Plug-IN) produzido pelaWaves. Trata-se de um programa muito bom e muito usado em HomeStudio emesmo em estdios profissionais. Nele encontramos todos os controles principais docompressor.

    As opes Electro e Warm so opes adicionais que no encontramos nas versesdas unidades anlogas de compressores. Como voc pode observar na figura othreshold (limiar) est baixo do sinal de pico e desta maneira a reduo do sinal estsendo efetuada como indicado no Attenuation Meter (medidor de atenuao).

    O ratio (relao) est configurado em 2.90:1 e h um ganho de make-up aplicado. Oattack time est ajustado em 3.66ms e o release time em 214ms .Temos a um controle manual e no automtico.

    A caracterstica principal de um compressor seja digital ou analgico a de preservar aintegridade do sinal original no introduzindo colorao e nem distoro indesejveis.

    Expanders

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    Expander um dispositivo que restaura a faixa dinmica de um sinal que passou porum compressor para a faixa dinmica original. Trata-se de um compressor reverso(invertido). Existem dois tipos de expansores, em um, sinais acima do limiarpermanece como ganho unitrio enquanto que os sinais abaixo do limiar tem seuganho reduzido.

    No outro tipo, o sinal acima do limiar tem seu ganho aumentado. O expander pode serusado tambm como redutor de rudos. Ajuste o limiar (threshold) para que fiqueabaixo do nvel de volume do msico, quando este estiver tocando. Quando o msicoparar de tocar o sinal cair para um nvel abaixo do limiar e ento ser reduzido emseu ganho, diminuindo consequentemente o rudo.

    O grfico acima mostra diferentes aes de compressores e expanders. O expander nodesenho est aumentando o ganho acima do threshold e reduzindo o ganho abaixo dothreshold.

    A maior parte das gravaes populares, hoje em dia, aplicam uma compresso bempesada. Se gravarmos os componentes de uma trilha comprimidos individualmente j

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    teremos a trilha toda comprimida antes de passarmos para o CD. Isto uma idia quemuitos esto utilizando.

    LIMITERS

    O limiter um compressor bastante rigoroso onde as relaes de compresso sobastante altas. Em algumas unidades como o DBX 160 e compressores Alesis, umcontrole de limitao de pico atuando atravs de um LED que pisca, foi implementado unidade.

    Existem algumas unidades como a Aphex Dominator que so puro limitador e somuito sofisticadas na maneira pela qual atacam e controlam os picos que permitemcoisas fantsticas.

    DE-ESSER

    O De-esser um compressor/limiter seletivo de freqncia que comprime apenasfreqncias pr-determinadas. ajustado para atuar nas freqncias de sibilncia darea de um vocal (de 4kHz a 8kHz, existindo uma variao entre as vozes de homense mulheres). O vocal sofrer compresso apenas nesta faixa de freqncias parareduzir a sibilncia. Sibilncia o pico das altas freqncias criado pelas letras " S" ,"T" , "C" , etc...

    A NOVA GERAO

    A nova gerao de compressores, expanders, Gates, etc dos novos programas decomputador merecem um citao neste curso. Estes compressores possuem umavantagem considervel sobre os compressores stand-alone, ou seja, os de hardwares.

    Eles podem ler o sinal com antecedncia pelo fato de poderem extrair o sinal do discorgido frente no tempo, analis-lo trat-lo e ento fazer com que ele sai em temporeal. Eles sabem o que vai acontecer frente, o que d a eles uma vantagem distinta epermite manter um controle estvel sobre o sinal.

    Crossover

    O crossover um equipamento indispensvel na composio de um sistema de reforode sonorizao (P.A.), ou em qualquer outro tipo de sonorizao. Na realidade ocrossover um divisor de freqncia. Sua funo dividir em faixas programadas,todo o espectro (banda) da faixa de udio (de 20Hz a 20KHz).

    Tal procedimento necessrio, porque no existe ainda, um driver (alto-falante), comcaractersticas tcnicas suficientes, para reproduzir inteiramente a faixa (banda) de

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    udio, com nveis adequados de SPL (Sound Pressure Level) - Nvel de Presso Sonoracom qualidade e definio. Todos os drivers (alto-falantes), disponveis no mercado,so especficos para trabalhar com eficincia dentro de uma determinada faixa deaudiofreqncia.

    O crossover possui duas funes fundamentais:

    1 - Dividir a faixa de audiofreqncia, de modo que cada driver (alto-falante) recebasomente as freqncias determinadas, ou seja, aquelas que ele consegue reproduzircom eficincia e qualidade.

    2 - Impedir com eficincia, que as freqncias indesejadas consigam atingir osdrivers (alto-falantes), rejeitando-as, para evitar danos e/ou distoro a estes prpriosdrivers (alto-falantes), que resultariam em uma pobre qualidade sonora.

    CROSSOVERS ATIVOS E PASSIVOS

    A diferena fundamental, entre crossovers ativos e passivos, que os crossoversp a s s i v o s dividem o sinal de udio aps os amplificadores de potncia, e portanto, elestrabalham com a potncia total, fornecida pelo determinado amplificador de potncia.

    Os crossovers a t i v o s , ao contrrio, trabalham com o sinal de udio enquanto ele estcom nvel de linha -- (0dBu - 0,77 V RMS ou +4dBu - 1,23 V RMS).

    Depois de realizada a diviso das audiofreqncias, em faixas pr-determinadas, queestas so enviadas pelas respectivas sadas do crossover, aos determinadosamplificadores de potncia, que as amplificam em potncia e as enviam para osrespectivos drivers (alto-falantes).

    Como voc pde notar, os 2 tipos de crossovers realizam o mesmo trabalho, porm ocrossover a t i v o , realiza-o com muito mais preciso, flexibilidade e eficincia, almdisso, proporciona alta-fidelidade ao sistema de sonorizao.

    Para exemplificar, a seguir demonstramos atravs de um diagrama bsico, os 2 tipos

    de crossovers (Ativos e Passivos), com separao em 2 vias (bandas) com graves eagudos.

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    Alm da diferena fundamental entre os crossovers passivos e ativos, explicadainicialmente, existem outras diferenas:

    1 - No crossover a t i v o , voc poder selecionar a seu critrio e de forma rpida,atravs dos comandos seletores, os diferentes cortes de freqncias desejados, paracombinar com os tipos de drivers (alto-falantes), disponveis no sistema.

    Porm, nos crossover p a s s i v o s isto no ser possvel. Para alterar a atuao dosfiltros que o compe, para com isto, modificar as freqncias que chegam aosrespectivos drivers (alto-falantes), voc ter que modificar o seu projeto e alterarvalores de componentes destes filtros, isto, certamente, demandar muito tempo edisponibilidade de novos valores de componentes.

    2 - Em um sistema de som, cada via necessita de nveis de potncia diferentes entresi, e que tambm variam de acordo com o tipo e caracterstica de driver (alto-falante)disponvel. No caso de se utilizar o crossover ativo, isto muito simples, pois cada viapossui controle de nvel de ganho e isto pode rapidamente ser ajustado. J nocrossover passivo as complicaes so as mesmas descritas no item acima (item 1 ).

    3 - Os crossovers ativos permitem que sejam incorporados em seus projetos outrosrecursos, tais como: limiters, delays, chaves de mute, chaves inversoras de fase,equalizao para drivers de alta-freqncia, etc...

    4 - Os crossovers ativos proporcionam a rejeio de freqncias indesejadas emnveis muito mais altos -- atingindo at 24dB por oitava (filtros Linkwitz-Riley de 4ordem). Nos crossovers p a s s i v o s estas rejeies raramente passam de 12 dB poroitava.

    C o n c l u s o : as rejeies de freqncias indesejadas, nos pontos do crossovers --separao entre uma via e outra -- so 4 vezes mais rpidas nos crossovers ativos,evitando com isto que ocorram distores resultantes da reproduo, pelos drivers(alto-falantes), de ressonncias oriundas de freqncias, que esto fora do ponto de

    corte de uma determinada via do crossover.5 - O crossover p a s s i v o adiciona um problema a mais ao desempenho do sistema,pois ele reduz substancialmente o fator de amortecimento (damping factor) nosamplificadores de potncia, com isto, abaixando bastante a qualidade de graves,aumentando os riscos para os alto-falantes, desperdiando potncia, pois oscrossovers passivos so uma carga dissipativa e reativa entre os amplificadores depotncia e seus respectivos drivers (alto-falantes), vide Manuais de Instrues deamplificadores de potncia.

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    6 - Em sistemas de sonorizaes que utilizam crossovers a t i v o s, seus respectivosamplificadores de potncia trabalham com menores temperaturas em seusdissipadores de calor. Isto ocorre porque estes amplificadores no trabalham emregime full-range e sim em vias com freqncias limitadas, o que proporcionam umheadroom dinmico muito maior, ou seja, permitido um certo descanso a estesamplificadores de potncia, enquanto a sua determinada faixa de freqncia detrabalho no est recebendo sinal ou recebendo-o em nvel bem menor, de acordo coma udio-programao (msica, fala, etc).

    Os comandos de ajustes de um crossover podem variar de acordo com amarca e modelo. Neste caso, para exemplificar estamos usando o Crossover TPX2341S TECHVOX/CICLOTRON .

    IN LEVEL:esses controles, um para cada canal, ajustam o nvel de sinal de entradade seu canal correspondente. Quando esses controles esto rotacionados totalmente direita, proporcionam um ganho de 6dB; e, ao contrrio, quando esto rotacionadostotalmente esquerda, proporcionam atenuao total do sinal. No ponto 0dB, estescontroles possuem reteno (parada) central.

    Na realidade este um controle de ganho master do respectivo canal (A ou B docrossover), e por seu intermdio pode-se aumentar ou reduzir proporcionalmente esimultaneamente o nvel de sada de sinal de todas as vias do aparelho.Recomenda-se manter este controle em 0dB (ponto do retentor central).

    LEVEL: controle de nvel (controle de volume), que atua na sada do canal,controlando o nvel de suas respectivas vias de sada. No caso deste crossover, estecontrole utiliza potencimetro de 31 paradas (retentores), que possibilitam uma maiorreteno, no ponto desejado, em comparao aos controles de nveis comuns.

    Com esses controles de nveis rotacionados no sentido horrio at o ponto 10, aatenuao em sua respectiva via de sada mnima e portanto, sua sensibilidadeatinge o ponto mximo. Com esses controles de nveis rotacionados no sentido anti-horrio at o ponto 0, a atenuao em sua respectiva via de sada mxima e

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    portanto, sua sensibilidade atinge o ponto em que a sensibilidade nula, zerando osinal em sua respectiva tomada de sada.

    MUTE:Chave de mute, uma para cada via de sada. Quando a chave mute acionada,a sua via de sada correspondente, do crossover ativo programvel, entra em mute,cortando o sinal desta via de sada totalmente.

    As chaves Mute so bastante teis, para que atravs de seus rpidos acionamentos,voc possa verificar e analisar a presena do sinal respectivo no sistema de som. Nestecaso, ouve-se e/ou verifica-se a resposta de freqncia atravs de um analisador deespectro em tempo real (RTA), com o crossover ativo programvel atuando no sistemae compara-se com o canal de sada do crossover ativo programvel em mute (fora dosistema).

    POWER: esta chave liga e desliga a fonte de alimentao do aparelho, colocando-o emcondies de funcionamento.

    SELETORES DE FREQUENCIA DE CROSSOVER

    O divisor de freqncias do crossover T PX 2 3 4 1 S composto de 3 seletores defreqncias, de 41 retentores, que proporcionam grande preciso da freqnciaselecionada, com relao serigrafia da escala de freqncias e que atuam nos pontosde crossover entre as 4 vias separadas por canal, conforme mostra o grfico abaixo.

    Estes 3 seletores de freqncia funcionam de maneira similar, diferindo apenas nafreqncia de operao. Ao selecionar qualquer freqncia, dentro da faixa deoperao, de qualquer um destes 3 seletores, esta freqncia, denominada freqnciade crossover (cruzamento) ou freqncia de corte, ser o ponto de diviso da faixa deaudiofreqncia entre duas vias adjacentes.

    SELETOR DE CROSSOVER DE SUBGRAVES / GRAVES:

    Esses seletores de freqncias, um para cada canal, ajustam o ponto de crossover naregio dos subgraves e graves, de seu canal correspondente, neste modelo a faixa de

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    operao destes seletores de freqncias, vai de 20 585 Hz, dividido em 41 paradas(retentores).

    O ponto de corte, selecionado na escala destes seletores, determina o valor superiorda freqncia, enviada para a 1 Via de sada do aparelho.Este mesmo ponto de corte determina o valor inferior da freqncia enviada para a 2Via de sada do aparelho.

    SELETOR DE CROSSOVER DE GRAVES / MDIO-GRAVES / MDIOS:

    Esses seletores de freqncias, um para cada canal, ajustam o ponto de crossover naregio dos graves, mdio-graves e mdios, de seu canal correspondente. Nestemodelo a faixa de operao destes seletores de freqncias, vai de 190 4K1Hz,dividido em 41 paradas (retentores).O ponto de corte, selecionado na escala destes seletores, determina o valor superiorda freqncia, enviada para a 2 Via de sada do aparelho. Este mesmo ponto de cortedetermina o valor inferior da freqncia enviada para a 3 Via de sada do aparelho.

    SELETOR DE CROSSOVER DE MDIOS / MDIOS-ALTOS / AGUDOS:

    Esses seletores de freqncias, um para cada canal, ajustam o ponto de crossover,dentro de uma faixa de udio bastante estendida, abrangendo toda a regio dosmdios, mdio-altas e agudos. Neste modelo a faixa de operao destes seletores defreqncias, vai de 900 a 30 kHz, dividido em 41 paradas (retentores).

    O ponto de corte, selecionado na escala destes seletores, determina o valor superiorda freqncia, enviada para a 3 Via de sada do aparelho. Este mesmo ponto de cortedetermina o valor inferior da freqncia enviada para a 4 Via de sada do aparelho.

    PAINEL TRASEIRO

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    IN (ENTRADA BALANCEADA DO CANAL A e CANAL B):Neste modelo as entradasdo canal A e do canal B so balanceadas com conectores de entrada XLRpara conexocom equipamentos com sada balanceada.

    Apesar de estas entradas serem balanceadas, aceita tambm sinais de fontes nobalanceadas. A converso automtica bastando, para isto, apenas preparar o caboque ir conectar a entrada, de qualquer um dos dois canais (A ou B) do crossover sada da fonte de sinal no balanceada.

    OUTPUT (SADA): conectores de sada disponveis uma em cada canal de sada.Estes conectores de sada so do tipo XLR.

    CHAVE 1 WAY SUM A+B: esta chave, localizada no painel traseiro do crossoverquando acionada faz com que as duas sadas se transformem em 2 sadas com sinalsomado, tornando-os idnticos. Este recurso costuma ser utilizado quando o crossoverest programado para funcionar em 4 ou 3 vias de sada stereo.

    Ento quando esta chave est acionada a primeira via torna-se um sinal somado ouidntico (mono com duas sadas, cada qual com seu controle de volumeindependente). As demais sadas funcionam normalmente em stereo.

    Este recurso utilizado quando as vias de sada 1 (A e B) esto programadas, atravsdas chaves Seletoras de Freqncias com os cortes superiores abaixo de 100 Hz. Isto utilizado, porque nestas baixas freqncias (abaixo de 100 Hz), o ouvido humano nodiferencia estreo de mono.

    PHASE REVERSE (INVERSOR DE FASE): Estas chaves localizadas no painel traseirodo crossover, quando acionada, inverte a polaridade da sada balanceada do canalcorrespondente, atuando no conector (XLR).

    Este recurso utilizado para corrigir ou diminuir erros, comumente presentes emsonorizaes ao vivo, relacionadas polaridade e fase. Esses erros de polaridade, socausados por ligaes invertidas nos conectores dos cabos, tanto para conexo aocrossover quanto para os amplificadores de potncia.

    Noise Gates

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    Noise Gates so unidades que permitem a passagem do sinal acima de um certo nvele bloqueia ou corta o sinal abaixo de um limiar (threshold).

    Alguns Gates possuem uma funo chamada HOLD que permite configurar o gate parasegurar aberto durante um determinado tempo aps a abertura e ento o release timepode tomar o comando e fechar o gate. Esta facilidade faz com que o gate pare deabrir e fechar rapidamente graas aos picos.

    Ainda pode ser usado como um efeito, especialmente se for colocado no retorno deuma unidade de reverberao. Digamos que voc tenha um pouco de reverberao nacaixa (snare) de uma bateria, e ento voc coloca um gate no retorno do sinal doreverb.

    Desta maneira voc pode colocar a funo hold em ao para segurar o reverb abertopor um perodo, configurado pela funo hold, e ento rapidamente fechar usando umrpido release.

    Este efeito conhecido como Gated Reverb atualmente uma programao tpicaem quase todas as unidades de reverberao.

    Um gate pode ainda se configurado para ser disparado via Side Chain.Por exemplo, se voc colocar um gate em um microfone de ambincia voc pode usaro microfone da caixa (snare) para disparar (trigger) o gate e abrir quando a caixa fortocada e para fechar quando no for tocada ou estiver parada. Isto conhecido comoGated Ambience.

    Outro efeito que pode ser usado colocar um detector do chimbal na entrada sidechain e modular o gate para abrir e fechar com um som sintetizado. O efeitoapresentado de um sintetizador modulado com o attack e o release time controlandoa modulao.

    O Side Chain tambm conhecido como canal secundrio de sinal (secondary signalpath). Ele permite o sinal que passa atravs da unidade ser controlado pela dinmicade um outro sinal.

    Os Gates podem tambm ser linkados para que um controle o outro e quando um abreo outro abre tambm, como acontece com o compressor. Geralmente usado emsituaes estreo como no caso de microfonao de tons estreo.

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    Threshold: Como no compressor, este o limiar onde o gate dever dar incio suaatuao.

    Hold: Em alguns aparelhos tambm descrito como Attack , esta funo permite aousurio configurar o tempo de abertura para que o gate comece a atuar.

    Release: Diferente do Hold, esta funo permite ao usurio configurar o tempo defechamento do gate, ou seja, o momento em que o gate deixar de atuar.

    Ratio: Alguns modelos possuem filtros de altas e baixas freqncias que so utilizadospara a limitao da banda do espectro que ser utilizada para abrir o Gate.

    Expander: Esta funo usada como um como redutor de rudos. Funciona como se olimiar (threshold) fique abaixo do nvel de volume do msico, quando este estivertocando. Quando o msico parar de tocar o sinal cair para um nvel abaixo do limiar eento ser reduzido em seu ganho, diminuindo consequentemente o rudo.

    Efeitos

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    DELAY

    Tape Delay

    O primeiro aparelho para efeito de delay (atraso) era uma gravador de fita. Abaixovemos a representao da passagem de uma fita atravs do gravador. Neste caso omovimento no sentido Anti-Horrio.

    Vamos analisar o funcionamento. Primeiro a fita passa pela cabea apagadora quelimpa ou apaga a fita. Ento ela passa pela cabea de gravao onde o sinal gravado. Finalmente passa pela cabea de reproduo de onde retirado o sinal.

    O tempo que leva para a fita passar da cabea de gravao para a cabea dereproduo o que determina o delay (time delay). Se a fita avanar mais rpido otempo de delay ser mais curto, caso o avano seja mais lento o tempo de delay sermais longo.

    A velocidade da fita determinada pela velocidade de giro do motor do capstan e nosanos setenta os fabricantes comearam a adicionar motores de capstan comvelocidade varivel. Este controle chamado de varispeed.

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    Desta maneira era possvel configurar o delay de ouvido para a velocidade desejada.Se pegarmos o sinal que sai da cabea de reproduo e realimentarmos (feedback) osinal na cabea de gravao o sinal ficar repetindo em um crculo.

    Devido ao fato de que apenas uma pequena parte do primeiro delay foi realimentada osinal ir caindo em nvel cada vez que for realimentado. Est forma de criar um delayclssico e este controle chamado de feedback ou realimentao.

    Caso voc use um gravador estreo claro que o delay ser estreo. Se voc usar umgravador mono o delay ser tambm mono porque cada lado do delay ser o mesmoconforme o exemplo grfico abaixo:

    DIGITAL DELAY

    O delay digital mudou tudo. Em primeiro lugar voc pode configurar o delay que quiser(dentro dos valores estabelecidos pelo fabricante do aparelho) e o mais importante, que o delay pode ter valores diferenciados para os lados direito e esquerdo.

    Assim, se voc entrar com um sinal mono e ajustar o lado esquerdo para 500ms e odireito para 250ms, aplicando um feedback voc obter um delay estreo real.

    Veja a representao grfica abaixo.

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    Espero que estejam entendendo o que eu quero mostrar com os grficos. Estoutentando mostrar no grfico de delay o que ouvido. No lado esquerdo temos umdelay de 500ms enquanto que no direito o delay de 250ms.

    A cada 500ms o delay da esquerda e da direita so os mesmos ou iguais, portanto, osom vem do meio. O que aparenta ser estreo na realidade no o .

    semelhante a figura abaixo:

    Lembre-se: O Som tem profundidade, altura e largura, logo, ele tridimensional.

    Configurando o Delay time

    O ajuste do tempo de delay depende do TEMPO da trilha que voc est gravando. Se otempo de 120 beats por minuto (bpm) existe 120 beats em 60 segundos ou 120beats em 60.000 milisegundos o que significa uma batida a cada 500 milisegundos.

    Assim com 4 beats (tempos) em um compasso, um quarto de nota 500ms, oitava denota 250ms e dezesseis avos 125ms, etc. Existe alguns programas de computadorque faro estes clculos para voc. Para voc poder usar temos uma Tempo Chart comtodos estes tempos mastigados.

    Tempo ChartCalculadora rpida de delay.

    Existe uma maneira fcil de trabalhar com delays em uma trilha usando umcronmetro que leia 100ms de segundos.

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    Trata-se de um trabalho que feito com constncia ir melhorar sua capacidade auditivade percepo sonora. uma habilidade que muitos tcnicos de PA e estdio devemter.

    Solte a trilha, comece e conte um compasso. Dispare o cronmetro no primeirocompasso e conte 10 compassos e ento pare o cronmetro no dcimo primeirocompasso. Voc obter uma leitura semelhante a figura abaixo :

    Desta maneira a batida de um quarto de nota (valor de um quarto de uma notainteira) ser 460ms, um oitavo ser 230ms e em dcimo sexto ser 115ms . Esta uma tcnica til para quem opera um PA e precisa colocar delay em um vocalenquanto a banda est tocando.

    REVERB

    A reverberao uma forma de eco em que h uma superposio de ondas dando umestranho efeito sonoro.

    Certamente voc j teve aquela sensao desagradvel de "retorno" da prpria voz aofalar dentro de um banheiro ou numa sala de cinema totalmente vazia. Isso ocorre porcausa da reverberao prpria do ambiente.

    A reverberao o fenmeno em que os sons permanecem por algum tempo num

    ambiente depois de emitidos, devido reflexo das ondas sonoras nas paredes eobjetos. Ocorrem tantas reflexes quantas necessrias para que toda a energia do somse dissipe no ambiente. Este o motivo da permanncia do som.

    Se o conceito de reverberao ainda lhe estranho, lembre-se do eco:

    Em um lugar amplo, as reflexes de um som ocorrem muito espaadamente e o ouvidodistingue cada reflexo particular.

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    Pois bem, o eco apenas uma reverberao lenta. (Por esse motivo, os aparelhos queproduzem reverberao artificial so chamados tanto de "reverberadores" como de"cmaras de eco").

    Como qualquer gravao musical j contm, junto com o som dos instrumentos, a"sonoridade" prpria do ambiente onde a musica foi gravada (estdio, sala deconcerto, etc.), reverberao da sua sala de audio indesejvel, pois apresenta uma"contaminao" que tira o realismo da reproduo.

    A soluo mais simples : Quanto mais mobiliado for o ambiente, menos reverberaoele ter. Tapetes, carpetes grossos e tecidos (almofadas, cobertores, cortinas)absorvem as reflexes e mudam a forma de propagao dos sons diretos.

    Um exemplo clssico de reverberao quando cantamos no banheiro.Como ocorre o eco?

    O eco acontece quando uma onda sonora bate em uma barreira e volta para o local deorigem. So essas ondas que propagam o som, fazendo vibrar as molculas quecompe o ar.

    Quando essa onda bate em algo, como uma parede ou uma montanha, refletida.D para entender como isso acontece observando uma pequena onda em uma piscina.

    Ao bater na borda ela comea o caminho de volta. Para que o eco ocorra preciso queo som seja emitido em um ambiente com pouco ou nenhum objeto. Caso contrrio, osom vai encontrar mais de uma barreira e ser refletido em vrias direes, sedispersando. Alm disso, o lugar tem que ser bastante amplo.

    O som viaja rapidamente (cerca de 340 m/s). Se a distncia que ele percorrer antes debater em alguma coisa for muito pequena, o som refletido praticamente no mesmomomento em que foi emitido.

    O som refletido sobrepe ao som original e o eco no percebido. Para 340m/s develocidade do som no ar, o obstculo refletor deve estar a uma distncia igual ousuperior a 17metros.

    ONDAS ESTACIONRIAS

    Quando uma onda sonora incide perpendicularmente sobre um plano slido, esta bruscamente bloqueada e uma onda refletida e devolvida ao sentido oposto.

    Esta segunda onda, por sua vez, poder repetir o efeito na parede oposta, resultandoem uma onda estacionria. Este efeito prejudicial, sendo o principal motivo para que

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    ambientes destinados a atividades acsticas, tais como estdios de gravao e salasde audio, no devam possuir paredes paralelas.

    OS MODULADORES

    PHASER/FLANGER

    Se tivermos um delay de 10ms que pode ser variado usando um modulador(dispositivo que fora um sinal em uma portadora) que varia de 0ms a 10ms parafrente e para trs relativamente ao sinal de entrada teremos um Phase Shift.

    Quando o delay estiver aumentando o phase shift estar aumentandosimultaneamente e o efeito Doppler far com que o som diminua o pitch semelhanteao avio a jato se afastando e quando a modulao estiver diminuindo teremos oefeito oposto, isto , a sensao do avio se aproximando.

    Note que a principal diferena entre o Flanger e o Phaser que o Flanger usa circuitostime shift enquanto o Phaser usa phase shift. Um est relacionado com a fase do sinale o outro com o tempo do sinal.

    CHORUS

    O Chorus semelhante a um grupo de cantores, o efeito chorus pode fazer um nicoinstrumento soar como se houvesse, na realidade, diversos instrumentos tocando aomesmo tempo.

    Ele adiciona densidade e espessura ao som. frequentemente descrito como dandouma "riqueza" ao som. O Chorus possui essencialmente o mesmo algoritmo doFlanger, porm, tem como caracterstica um pequeno tempo de delay (cerca de 1ms a10ms) e um retorno de alimentao (feedback) que direciona a sada de delay de voltapara a entrada.

    Se aumentarmos o tempo de delay de uma regio de 0 a 10ms e movermos para umaregio de 60ms a 80ms e continuarmos a modular os delays o efeito muda para

    Chorus.

    WAH-WAH

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    Este efeito foi popularizado por muitos guitarristas da msica Pop, Rock e Blues, queusam pedais de wah-wah. Basicamente, um filtro passa-banda que varre o espectroe atenua as freqncias baixas e altas durante a varredura.O efeito obtido semelhante ao prprio nome wah-wah.

    Cabos e Conectores

    Uma coisa bem simples que hoje em dia os operadores tem deixado de lado aconfeco e reviso dos cabos de udio. Por ser um componente barato e de fcilacesso os profissionais preferem mandar fazer do que faze-los ou revisa-los.

    Mesmo que o profissional no queira se dedicar atividade de "montagem de cabo" (a maioriapensa que isso coisa para tcnicos de eletrnica), em algumas situaes, saber soldar umcabo pode evitar muitos problemas.

    TIPOS DE CABOS MAIS USADOS:

    CABO BLINDADO ESTREO: constitudo por dois condutores internos (cada qual feito comvrios fios finos) encapados separadamente por isolantes, e envoltos por uma blindagem(tambm pode ser uma malha entrelaada ou uma trana), tudo encapado por outro isolante;

    CABO BLINDADO MONO: constitudo por um condutor interno (feito com vrios fios finos)encapado por isolante e envolto por uma blindagem (pode ser uma malha entrelaada ou umatrana ao seu redor), tudo isso encapado por um outro isolante;

    A blindagem feita pelos fios do condutor entrelaado oferece proteo s interfernciaseletromagnticas externas, que podem introduzir rudo sobre o sinal que est sendotransmitido.

    O cabo mono usado para transmitir os sinais de udio de guitarras, instrumentoseletrnicos e microfones (no balanceados) aos mixers e amplificadores, e at mesmoem pedais de sustain e de controle. O cabo estreo, por sua vez, usado em linhasbalanceadas de udio (usadas quando o percurso longo, para evitar que diferenasde potencial de terra, introduzam rudo).

    Cabe ressaltar que as maiorias dos instrumentos que possuem sada de udio emestreo usam duas sadas para cabos mono, e no uma nica sada para cabo estreo(j a sada de fones, no entanto, usa cabo estreo).

    Os plugs tm uma variedade um pouco maior do que os cabos, sendo que felizmenteh uma certa padronizao para determinadas aplicaes, o que ajuda bastante

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    quando se adquire equipamentos novos, que tm de ser conectados ao que j existeno sistema:

    JACK MONO:tambm conhecido como "plug banana" ou "plug de guitarra" o maisusado para conexes de udio de instrumentos musicais, como guitarras, baixos,teclados, mdulos, etc;

    JACK STEREO: usado em fones e tomadas de insert de mixers;

    PLUG RCA:muito usado para conexes entre equipamentos domsticos de udio (CD,gravadores, etc), e outros equipamentos musicais semi-profissionais tambm usam;

    CONECTOR XLR:tambm conhecido como "conector Canon", usado basicamenteem conexes de linhas balanceadas. Os cabos com conectores XLR usam macho emuma extremidade e fmea na outra;

    SPEAKON: Este conector possibilita conectar at 4 polos (caixas biamplificadas) comum plug praticamente indestrutvel. O cabos Speakon usam machos nas caixas de some fmeas na outra ponta.

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    Deve-se procurar usar sempre os materiais mais resistentes, principalmente quando setratar de instalaes sujeitas mudanas freqentes, como o uso no palco. Os jacks,por exemplo, podem ter capa de plstico ou de metal, sendo esta ltima melhor (emais cara).

    Alguns plugs possuem uma luva que protege o cabo ao entrar no plug, evitando queele seja dobrado ou forado (nos jacks de capa metlica, essa luva feita com umamola flexvel).

    Amplificadores

    AMPLIFICADORES

    Ao falar em amplificador, logo pensamos em amplificador de potncia e, maisespecificamente, de udio. No entanto, o conceito de amplificao bastante genrico.

    Podemos escrever linhas e mais linhas sobre amplificadores, de qualquer tipo, paravrias aplicaes; mas nosso objetivo aqui dar apenas uma idia do que umamplificador de potncia, cuja funo fornecer, a partir de pequenos sinais, grandessinais cargas de baixa impedncia (grandes correntes), portanto potncia.

    CLASSES DE OPERAO

    Quando estudamos classes de amplificadores de udio, nos referimos ao estgio desada. As configuraes mais comuns so: A, B, AB, D, G, e H que sero descritasabaixo:

    A: Alta qualidade, baixo rendimento. Usada apenas em amplificadores Hi-Fi, a

    transistor ou (mais comumente) vlvula. Mxima fidelidade na reproduo sonora, custa de um consumo de energia (e gerao de calor) muito alto, pois os transistoresde sada conduzem o tempo inteiro, mesmo na ausncia de sinal.

    B: Baixa qualidade, mdio rendimento. Dificilmente usada na prtica, pois apresentaelevada distoro (de crossover). Apenas metade dos transistores de sada conduzema cada vez (cada semiciclo), da a maior eficincia.

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    AB: Rene as caractersticas de ambas as classes anteriores (da o nome), com boaqualidade e bom rendimento. a mais usada atualmente. Os transistores conduzemligeiramente, quando na ausncia de sinal.

    D: Mdia qualidade, alto rendimento. Chamado amplificador digital, funciona segundoa tcnica de modulao por largura de pulso (PWM). Cada vez mais usada atualmente,em aplicaes onde se exige alto rendimento, mas sem grande qualidade, como emmultimdia ou telefonia.

    G e H: Boa qualidade, alto rendimento. Funcionam segundo princpios semelhantes,sendo que (grosso modo) a classe G usa dois ou mais estgios de sada em srie, e aH, em paralelo. Cada um tem sua prpria fonte de alimentao com valores diferentes,que entram em ao de acordo com o nvel de sada exigido.

    A classe H vem sendo muito usada atualmente em P.A., nos amplificadores paragraves. Sua qualidade nas freqncias altas no satisfaz.

    ESPECIFICAO DE POTNCIA

    POTNCIA RMS

    A potncia RMS ( Root Mean Square) a potncia eficaz. a que, por definio,representa a capacidade de dissipao de potncia, real, de qualquer equipamento quese prope a realizar tal funo, seja ele de udio, RF, etc.

    POTNCIA IHF

    Essa forma de medida foi proposta pelo Institute of High Fidelity, Inc. IHF em IHFStandards Methods of Measurement for Audio Amplifier (IHF-A-201) onde levado emconsiderao o fato de que o amplificador trabalhar com programa musical e no comum sinal senoidal puro...o que fato.

    A potncia, ento, medida com um sinal senoidal (1 kHz) aplicado carga por umcurto espao de tempo, de forma que o amplificador opere como se estivesse emrepouso (sem sinal). Sendo assim, a fonte de alimentao (do amplificador) no terqueda de tenso significativa, o que, obviamente, resultar num maior valor depotncia se comparada potncia RMS.

    O IHF a chamou de Potncia Dinmica, tambm conhecida como Potncia Musical.

    RESPOSTA EM FREQNCIA

    Embora para a especificao de potncia seja assumida uma nica freqncia, oamplificador deve ter um mesmo comportamento em toda faixa de udio (20 Hz 20kHz), ou seja, deve reproduzir, com iguais caractersticas de magnitude e fase, osgraves, mdios e agudos de qualquer tipo de programa.

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    FATOR DE AMORTECIMENTO

    Relao entre a impedncia do alto-falante e a impedncia interna do amplificador.Mede a capacidade do amplificador em amortecer movimentos inerciais edesnecessrios do alto-falante.

    SLEW RATE

    Slew Rate a taxa de variao do sinal de sada, de um amplificador, por unidade detempo. Por definio, temos: Esse parmetro d o limite do amplificador deexcursionar sinais de alta freqncia e grande amplitude.

    RELAO SINAL/RUDOA relao Sinal/Rudo, S/N (em ingls, Signal/Noise), o parmetro que mostra aqualidade do amplificador quanto ao rudo. Se o que nos interessa o sinal, quantomenor o rudo, melhor.

    SENSIBILIDADE

    Esse parmetro, dado em VRMS (Volts), informa qual o nvel do sinal de entrada queleva o amplificador potncia nominal. A partir do instante que o ganho doamplificador constante, existir um nico valor de sinal de entrada que o levar mxima potncia.

    Um amplificador "mais sensvel" aquele que necessita de "menor nvel" de sinal deentrada para atingir a mxima potncia. Supondo dois amplificadores, A e B, comsensibilidades iguais a 0,7 VRMS e 1,0 VRMS, respectivamente, para uma mesmapotncia, dizemos que o amplificador A "mais sensvel" do que o amplificador B.

    EXEMPLO:

    Voc vai adquirir um par de caixas com as seguintes especificaes:

    360 watts RMS (cada) 8 ohms SPL (1w/1m) : 98 dB

    E precisa de um amplificador que atenda estas configuraes. Especificaes do

    Exemplo de amplificador ideal para este caso:

    Potncia: de 720 a 800 watts por canal em 8 ohms (160 a 240% da potncia dacaixa)

    Resposta de freqncias: 20Hz a 20kHz 0,5dB

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    Distoro harmnica (THD) potncia mxima: 0,1% ou menor Relao sinal/rudo: 90dB ou maior Sada classe AB Fator de amortecimento: 300 ou maior

    O SPL a 1 watt, 1 metro a sensibilidade da caixa. Se ela tem 360W, ento o mximoSPL obtido a 1m ser 98 + 10log360 = 124dB.

    CAIXAS ACSTICAS

    Comprar, fazer ou mandar fazer caixas acsticas uma misso que pede uma certacautela. Antes da sua escolha, voc deve fazer uma cuidadosa avaliao dascaractersticas necessrias para uma boa reproduo.

    Alm disso, aspectos como acabamento, dimenses e componentes usados nafabricao das caixas so tambm fundamentais para quem deseja atingir umre