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Apostila sobre Pilar
Lançamento de Pilar
Para os pilares de canto, deve-mais carregada, observe nos diagramas de cortante das vigas. Para os pilares de borda, deve-se lançar o lado maior do pilar na direção da viga que não tem continuidade, pois ele não tem travamento, esse esforço solicitará mais do pilar. Para o pilar interno, deve-se lançar sempre obedecendo as restrições da arquitetura, a fim de evitar “dentes” na alvenaria.
se lançar o lado maior do pilar na direção da viga
2
3.1- Introdução3.2- Características Geométricas3.3- Classificação dos Pilares3.4- Excentricidade de 1ª Ordem3.5- Esbeltez Limite3.6- Excentricidade de 2a Ordem3.7- Detalhamento de Pilares3.8- Dimensionamento de Pilares3.9- Situações de Projeto e de Cálculo3.10- Roteiro para Dimensionamento
3.1- Introdução
Pilares são elementos estruturais lineares de eixo reto, usualmente dispostos na vertical;As ações preponderantes que atuam nos pilares são forças normais de compressão;Função principal é receber as ações atuantes nos diversos pavimentos e conduzi-las até as fundações;Os pilares, juntamente com as vigas, formam os pórticos, que são os responsáveis por resistir às ações verticais e horizontais e garantir a estabilidade global da estrutura.
3
3.2- Características Geométricas
Dimensões mínimas:A seção transversal dos pilares, qualquer que seja a sua forma, não deve apresentar dimensão menor que 19 cm.Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 12 cm, desde que no dimensionamento se multipliquem as ações por um coeficiente adicional γn:
)( qgF cnd +⋅⋅= γγ
sendo “b” a menor dimensão da seção transversal do pilar (cm)
bn ⋅−= 05,095,1γ
Pro
f. R
omel
Dia
s V
ande
rlei
3.2- Características Geométricas
Dimensões mínimas:As recomendações referentes aos pilares são válidas nos casos em que h ≤ 5b.Quando esta condição não for satisfeita, o pilar deve ser tratado como pilar-parede.Em qualquer caso, não se permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm².
4
3.2- Características Geométricas
Comprimento equivalente:Para pilar vinculado em ambas extremidades, o comprimento equivalente “le” é o menor dos valores:
Onde:l o – distância entre as faces internas
dos elementos que vinculam o pilar;
h – altura da seção transversal do pilar, medida no plano da estrutura;
l – distância entre os eixos dos elementos aos quais o pilar estávinculado.
⎩⎨⎧ +
≤l
hlle
0
Pro
f. R
omel
Dia
s V
ande
rlei
3.2- Características Geométricas
Comprimento equivalente:Para pilar engastado na base e livre no topo: lle ⋅= 2
Raio de Giração:
I é o momento de inércia da seção transversal;A é a área de seção transversal.
AIi=
5
3.2- Características Geométricas
Para o caso em que a seção transversal éretangular:
ile=λ
12
1212
2
3
hihbh
bh
AIi =⇒===
Índice de Esbeltez:
Pro
f. R
omel
Dia
s V
ande
rlei
3.3- Classificação dos Pilares
Quanto as solicitações iniciais:
6
3.3- Classificação dos Pilares
Quanto as solicitações iniciais:Pilares internos - aqueles submetidos a compressão simples, ou seja, que não apresentam excentricidades iniciais.Pilares de borda - as solicitações iniciais correspondem a flexão composta normal, ou seja, há excentricidade inicial em uma direção. Para seção quadrada ou retangular, a excentricidade inicial ocorre na direção perpendicular àborda.Pilares de canto - são submetidos a flexão oblíqua. As excentricidades iniciais ocorrem nas direções das bordas.
Pro
f. R
omel
Dia
s V
ande
rlei
3.3- Classificação dos Pilares
Quanto a esbeltez:Pilares robustos ou pouco esbeltos → λ ≤ λ1
Pilares de esbeltez média → λ1 < λ ≤ 90Pilares esbeltos ou muito esbeltos → 90 < λ ≤ 140Pilares excessivamente esbeltos → 140 < λ ≤ 200
sendo:
onde αb será detalhado adiante.
A NBR 6118:2003 não admite, em nenhum caso, pilares com índice de esbeltez λ superior a 200.
b
he
αλ
1
1
5,1225 ⋅+=
7
3.4- Excentricidade de 1ª Ordem
Excentricidade inicial:É oriunda das ligações dos pilares com as vigas neles interrompidas;Ocorre em pilares de borda e de canto;A partir das ações atuantes em cada tramo do pilar, as excentricidades iniciais no topo, na base e intermediária são obtidas pelas expressões:
d
topotopoi N
Me =,
d
basebasei N
Me =,d
meiomeioi N
Me =,
Pro
f. R
omel
Dia
s V
ande
rlei
3.4- Excentricidade de 1ª Ordem
Excentricidade inicial:
d
topotopoi N
Me =,
d
basebasei N
Me =,
d
meiomeioi N
Me =,
8
3.4- Excentricidade de 1ª Ordem
Excentricidade inicial:Cálculo do momento atuante no topo e na base do pilar:
Pro
f. R
omel
Dia
s V
ande
rlei
3.4- Excentricidade de 1ª Ordem
Excentricidade inicial:Pode ser considerado, nos apoios extremos, momento fletor igual ao momento de engastamento perfeito multiplicado pelos coeficientes estabelecidos nas seguintes relações:
infsupinf
inf
supsupinf
sup
supinf
supinf
3343 ___pilar doinferior ramo
3343
___pilar dosuperior ramo
33433
__________________
MMrrr
rT
MMrrr
rT
MMrrr
rrViga
engviga
engviga
vigaengviga
=⋅++
=⋅++
=⋅++
+
onde:12
M e 2
englp
lIri
ii
⋅==
9
3.4- Excentricidade de 1ª Ordem
Excentricidade acidental:Essas imperfeições podem ser divididas em dois grupos:
Imperfeições globaisImperfeições locais
Pro
f. R
omel
Dia
s V
ande
rlei
3.4- Excentricidade de 1ª Ordem
a) Imperfeições GlobaisDeve ser considerado um desaprumo dos elementos verticais conforme mostra a figura:
2
11
1001
1a
1
n
l
+=
=
θθ
θ
10
3.4- Excentricidade de 1ª Ordem
onde:l é a altura total da estrutura (em metros);n é o número total de elementos verticais contínuos;
2001
locais esimperfeiçõ e móveis nós de estruturas para
3001
fixos nós de estruturas para 4001
,1
min1,
=
⎪⎪⎩
⎪⎪⎨
⎧
=
máxθ
θ
Esse desaprumo não precisa ser superposto ao carregamento de vento.Entre vento e desaprumo, pode ser considerado apenas o que provoca o maior momento total na base de construção.
Pro
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omel
Dia
s V
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3.4- Excentricidade de 1ª Ordem
b) Imperfeições LocaisDeve ser considerado o efeito do desaprumo ou da falta de retilinidade do eixo do pilar.
11
3.4- Excentricidade de 1ª Ordem
b) Imperfeições LocaisNos casos usuais, a consideração da falta de retilinidade ésuficiente:
2 1ale ⋅= θ
Para pilar em balanço, obrigatoriamente deve ser considerado o desaprumo:
le 1a ⋅= θ
Pro
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3.4- Excentricidade de 1ª Ordem
Momento Mínimo:O efeito das imperfeições locais nos pilares pode ser substituído pela consideração do momento mínimo de 1ªordem dado por:
( ) min,min,1 03,0015,0 iddd eNhNM ⋅=+⋅=
Nd - força normal de cálculo;h - altura total da seção transversal na direção considerada (em
metros);ei,min - excentricidade mínima igual a 0,015+0,03·h (em metros).
12
3.4- Excentricidade de 1ª Ordem
Momento Mínimo:Admite-se que o efeito das imperfeições locais esteja atendido se for respeitado esse valor de momento total mínimo.A este momento devem ser acrescidos os momentos de 2ª ordem.No caso de pilares submetidos à flexão oblíqua composta, esse mínimo deve ser respeitado em cada uma das direções principais, separadamente.
Pro
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s V
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3.4- Excentricidade de 1ª OrdemExcentricidade de forma:
Quando os eixos das vigas não passam pelo centro de gravidade da seção transversal do pilar, as reações das vigas apresentam excentricidades que são denominadas excentricidades de forma.As excentricidades de forma, em geral, não são consideradas no dimensionamento dos pilares.
13
3.4- Excentricidade de 1ª OrdemExcentricidade suplementar:
Leva em conta o efeito da fluência.A consideração da fluência é complexa, pois o tempo de duração de cada ação tem que ser levado em conta.É obrigatório em pilares com índice de esbeltez λ > 90.Valor aproximado dessa excentricidade:
Euler) de flambagem de (força 10
1718,2
2e
ccie
NNN
aQP
QPc
lIEN
eNM
e QPe
QP
⋅⋅=
⎟⎟
⎠
⎞
⎜⎜
⎝
⎛−⋅⎟
⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛+= −
ϕ
MQP, NQP - esforços solicitantes devidos à combinação quase permanente;ea - excentricidade acidental devida a imperfeições locais;ϕ - coeficiente de fluência; (Tabela 8.1 da norma, pg. 21)Eci = 5600 fck
½ (MPa);Ic - momento de inércia no estádio I; le - comprimento equivalente do pilar.
Pro
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3.5- Esbeltez Limite
Corresponde ao valor da esbeltez a partir do qual os efeitos de 2a ordem começam a provocar uma redução da capacidade resistente do pilar.Os principais fatores que influenciam o valor da esbeltezlimite são:
excentricidade relativa de 1a ordem e1/h;vinculação dos extremos do pilar isolado;forma do diagrama de momentos de 1a ordem.
14
3.5- Esbeltez Limite
Os esforços locais de 2a ordem em elementos isolados podem ser desprezados quando o índice de esbeltez λfor menor que o valor limite λ1, que pode ser calculado pelas expressões:
9035 e 5,1225
1b
1
1 ≤≤⋅+
= λαα
λb
he
sendo:e1/h a excentricidade relativa de 1a ordem, não incluindo a excentricidade acidental;αb um coeficiente que depende da distribuição de momentos no pilar.
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3.5- Esbeltez Limite
O valor de αb pode ser obtido de acordo com as seguintes situações:
a) Para pilares biapoiados sem cargas transversais:
4,00,1 : 40,040,060,0 ≥≥≥⋅+= bA
Bb sendo
MM αα
MA e MB são os momentos solicitantes de 1a ordem nas extremidades do pilar.
15
3.5- Esbeltez LimiteAdota-se para MA o maior valor absoluto entre os dois momentos de extremidade.Adota-se o sinal positivo para MB, se este tracionar a mesma face que MA (curvatura simples), e negativo em caso contrário (curvatura dupla).
Pro
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3.5- Esbeltez Limite
b) Para pilares biapoiados com cargas transversais significativas ao longo da altura:
0,1=bα
0,10,85 : 85,020,080,0 ≤≤≥⋅+= bA
Cb sendo
MM αα
c) Para pilares em balanço:
MA é o momento fletor de 1a ordem no engaste;MC é o momento fletor de 1a ordem no meio do pilar em balanço.
16
3.5- Esbeltez Limite
d) Para pilares biapoiados ou em balanço com momentos menores que o momento mínimo:
0,1=bα
Pro
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3.6- Excentricidade de 2a Ordem
A força normal atuante no pilar, sob as excentricidadesde 1a ordem (excentricidade inicial), provoca deformações que dão origem a uma nova excentricidade, denominada excentricidade de 2a ordem.A determinação dos efeitos locais de 2a ordem em barras submetidas à flexo-compressão normal, pode ser feita pelo método geral ou por métodos aproximados.A consideração da fluência é obrigatória para índice de esbeltez λ > 90, acrescentando-se ao momento de 1a
ordem M1d a parcela relativa à excentricidade suplementar ec.
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3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
Método GeralO método consiste na análise não-linear de 2a ordem
efetuada com:Discretização adequada da barra;Consideração da relação momento–curvatura real em cada seção;Consideração da não-linearidade geométrica de maneira não aproximada.
O método geral é obrigatório para λ > 140.
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3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
Métodos AproximadosA NBR 6118:2003 permite a utilização de alguns métodos simplificados, como o do pilar padrão e o do pilar padrão melhorado, cujas aproximações são relativas às não-linearidades física e geométrica.
18
3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
PILAR PADRÃO:Por definição, pilar padrão é um pilar em balanço com uma distribuição de curvaturas que provoque na sua extremidade livre uma flecha “a” dada por:
base
e
baser
lrla ⎟
⎠⎞
⎜⎝⎛⋅=⎟
⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛⋅=
110
4,022
Pro
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Dia
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rlei
3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
PILAR PADRÃO:Elástica do pilar padrão:
2
2
2
2
22
)(1
:se- temmédia, seção a Para
1
:Como
e cos
:setemAssim,
⎟⎠⎞
⎜⎝⎛⋅=′′=⎟
⎠⎞
⎜⎝⎛
≅
⎟⎠⎞
⎜⎝⎛⋅⎟
⎠⎞
⎜⎝⎛⋅=′′⎟
⎠⎞
⎜⎝⎛⋅⋅−=′
−
⎟⎠⎞
⎜⎝⎛⋅−=
== l
ayr
dxyd
r
xl
senl
ayxll
ay
xl
senay
ll
xx
π
ππππ
π
19
3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
PILAR PADRÃO:Assim, a flecha máxima pode ser:
2
12
2
lxrla
=⎟⎠⎞
⎜⎝⎛⋅=
π
Para o caso de pilar em balanço, tem-se:
10 que em 110
22
≅⎟⎠⎞
⎜⎝⎛⋅= π
base
e
rl
a
Pro
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3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
PILAR PADRÃO:Obtendo-se a flecha máxima, pode-se obter também o momento de 2a ordem pode ser obtido facilmente pela equação:
base
ebase
base
rl
NM
aNM
⎟⎠⎞
⎜⎝⎛⋅⋅=
⋅=
110
2
,2
,2
20
3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
Método do pilar-padrão com curvatura aproximada :Este método aplica-se somente ao caso de flexão composta normal;É permitido para pilares de seção constante e de armadura simétrica e constante ao longo de seu eixo;Pode ser empregado apenas para pilares com λ ≤ 90;A não-linearidade geométrica é considerada de forma aproximada, supondo-se que a configuração deformadada barra seja senoidal;A não-linearidade física é levada em conta através de uma expressão aproximada da curvatura na seção crítica.
Pro
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3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
Método do pilar-padrão com curvatura aproximada :A excentricidade de 2a ordem e2 é dada por:
rle e 110
2
2 ⋅=
1/r é a curvatura na seção crítica, que pode ser avaliada pela expressão:
( ) hhr005,0
5,0005,01
≤+
=ν
h é a altura da seção na direção considerada;ν é a força normal adimensional.
cdc
sd
fAN⋅
=ν
21
3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
Método do pilar-padrão com curvatura aproximada :O momento total máximo no pilar (soma do momento de 1° ordem com o momento de 2° ordem) é dado por:
Ade
dAdbtotd Mr
lNMM ,1
2
,1,1
10≥⋅⋅+⋅= α
Sendo:M1d,A ≥ M1d,min
M1d,A é o valor de cálculo de 1ª ordem do momento MA
MA é o maior valor absoluto entre os dois momentos de extremidade
Pro
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3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
Exercício:Determinar o valor de Md,tot para o pilar abaixo, com dimensão igual a 40 cm na direção x e dimensão 25 cm na direção y. Na direção y existe uma viga intermediaria (meia altura) entre os pontos A e B. Usar o Método do Pilar Padrão com Curvatura Aproximada, considerando concreto C20 (γc = 1,4).
22
3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
Método do pilar-padrão com rigidez κ aproximada :Este método pode ser aplicado em pilares submetidos àflexão composta normal e flexão composta oblíqua, analisando-se cada uma das duas direções principais, simultaneamente.É permitido para λ ≤ 90;Em pilares de seção retangular constante, armadura simétrica e constante ao longo do comprimento;A não-linearidade geométrica é considerada de forma aproximada, supondo-se que a deformada da barra seja senoidal;A não-linearidade física é considerada através de uma expressão aproximada da rigidez.
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3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
Método do pilar-padrão com rigidez κ aproximada:O momento total máximo no pilar (soma do momento de 1° ordem com o momento de 2° ordem) é dado por:
⎪⎭
⎪⎬⎫
⎪⎩
⎪⎨⎧
≥
⋅−
⋅=
min,1
,12
,1,
1201 d
AdAdbtotd M
MMM
νκ
λ
α
Sendo κ a rigidez adimensional, calculada aproximadamente por:
νκ ⋅⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛⋅
+⋅=d
totd
NhM ,5132
23
3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
Método do pilar-padrão com rigidez κ aproximada:Observa-se que o valor da rigidez adimensional κ énecessário para o cálculo de Md,tot, e para o cálculo de κutiliza-se o valor de Md,tot.Assim, a solução somente pode ser obtida por tentativas.Usualmente, duas ou três iterações são suficientes.
Pro
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3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
Método do pilar-padrão com rigidez κ aproximada:Para o cálculo interativo, pode-se adotar o seguinte procedimento:
Adotar um κinicial dado por:
Adotar, sequencialmente, valores de κ próximos da média obtida entre κ arbitrado e o κ resultante da tentativa;Nunca usar o κ resultante de uma tentativa para a próxima, a convergência pode ser perdida.
⎪⎪⎩
⎪⎪⎨
⎧⋅⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛⋅
+⋅>
100
5132
2
,1
νλ
νκ d
Ad
inicialNh
M
24
3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
Método do pilar-padrão com rigidez κ aproximada:É possível considerar uma solução única para cálculo do Md,tot, portanto sem a necessidade de iterações;Substituindo a expressão κ em Md,tot, temos:
[ ]
19200
0384019200384019200 ,1,,122
,
÷
=⋅⋅⋅⋅−⋅⋅⋅−⋅⋅−⋅⋅+⋅ AddbtotdAdbddtotd MNhMMNhNhM ααλ
02,019200
2,0 ,1,,1
22
, =⋅⋅⋅⋅−⋅⎥⎦
⎤⎢⎣
⎡⋅−
⋅⋅−⋅⋅+ AddbtotdAdb
ddtotd MNhMMNhNhM ααλ
Pro
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3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
Método do pilar-padrão com rigidez κ aproximada:Fazendo:
acabbM totd ⋅⋅⋅−+−
=2
42
,
Resulta em:
2
22 12 sendo
hle ⋅=λ
Addb
Adbd
d
MNhc
MNhNhb
a
,1
,1
2
2,019200
2,0
1
⋅⋅⋅⋅−=
⋅−⋅⋅
−⋅⋅=
=
α
αλ
25
3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
Exercício:Determinar o valor de Md,tot para o pilar abaixo, com dimensão igual a 40 cm na direção x e dimensão 25 cm na direção y. Na direção y existe uma viga intermediaria (meia altura) entre os pontos A e B. Usar o Método do Pilar Padrão com Rigidez κAproximada , considerando concreto C20 (γc = 1,4).
Pro
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3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
Método do pilar-padrão acoplado a diagramas M, N, 1/r :Para pilares com λ ≤ 140;A não-linearidade geométrica é considerada de forma aproximada, supondo-se que a deformada da barra seja senoidal;A não-linearidade física é levada em conta utilizando-se, para a curvatura da seção crítica, valores obtidos de diagramas M, N, 1/r específicos para o caso.
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3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
Método do pilar padrão para pilares da seção retangular submetidos à flexão oblíqua composta :
Para λ < 90 nas duas direções principais, precisa ser aplicado o processo aproximado do pilar padrão com rigidez κaproximada em cada uma das duas direções.
Pro
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3.6.1- Determinação dos Efeitos Locais de 2a Ordem
Exercício:Determinar os valores de Mxd,tot e Myd,tot para o pilar abaixo, com dimensão igual a 20 cm na direção x e dimensão 40 cm na direção y. Usar o Método do Pilar Padrão para Pilares de Seção Retangular Submetidos à Flexão Composta Obliqua (Método da Rigidez κ Aproximada).
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3.7- Detalhamento de Pilares3.7.1- Dimensões mínimas:
A seção transversal dos pilares, qualquer que seja a sua forma, não deve apresentar dimensão menor que 19 cm.Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 12 cm, desde que no dimensionamento se multipliquem as ações por um coeficiente adicional γn:
)( qgF cnd +⋅⋅= γγ
sendo “b” a menor dimensão da seção transversal do pilar (cm)
bn ⋅−= 05,095,1γ
Pro
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3.7- Detalhamento de Pilares3.7.2- Cobrimento das armaduras
Cobrimento mínimo (cmin) é o menor valor que deve ser respeitado ao longo de todo o elemento considerado.Para garantir o cobrimento mínimo, o projeto e a execução devem considerar o cobrimento nominal (cnom), que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução (Δc).
As dimensões das armaduras e os espaçadores devem respeitar os cobrimentos nominais, estabelecidos na tabela, para Δc = 10 mm.
cccnom Δ+= min
28
3.7- Detalhamento de Pilares3.7.2- Cobrimento das armaduras
Os cobrimentos são sempre referidos à superfície da armadura externa, em geral à face externa do estribo.O cobrimento nominal deve ser maior que o diâmetro da barra:
barranomc φ≥
A dimensão máxima característica do agregado graúdo utilizado não pode superar em 20% o cobrimento nominal, ou seja:
nommáx cd ⋅≤ 2,1
Pro
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3.7.3- Armadura Longitudinal
Deve atender não só à função estrutural como também às condições de execução, particularmente com relação ao lançamento e adensamento do concreto.Os espaços devem permitir a introdução do vibrador e impedir a segregação dos agregados e a ocorrência de vazios no interior do pilar.Colaboram para resistir à compressão, diminuindo a seção do pilar, e também resistem às tensões de tração.Também têm a função de diminuir as deformações do pilar, especialmente as decorrentes da retração e da fluência.
29
3.7.3- Armadura Longitudinal
3.7.3.1- Diâmetro das barrasO diâmetro das barras longitudinais não deve ser inferior a 10 mm e nem superior a 1/8 da menor dimensão da seção transversal:
810 bmm l ≤≤ φ
Pro
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3.7.3- Armadura Longitudinal
3.7.3.2- Taxa geométrica de armaduraDefine-se taxa geométrica (ρ) de armadura longitudinal do pilar pela seguinte relação:
c
s
AA
=ρ
sendo:As - soma das áreas das seções transversais das barras
longitudinaisAc - área da seção transversal do pilar.
30
3.7.3- Armadura Longitudinal
3.7.3.2- Taxa geométrica de armaduraA área mínima de armadura longitudinal (As,mín) édeterminada pela seguinte expressão:
ccyd
dmíns AA
fNA ⋅=⋅≥⎟
⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛⋅= %4,0004,015,0,
Portanto, a taxa geométrica mínima de armadura é igual a ρmín = 0,4%.
Pro
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3.7.3- Armadura Longitudinal
3.7.3.2- Taxa geométrica de armaduraA máxima área de armadura (As,máx) possível em pilares, considerando-se inclusive a sobreposição de armadura em regiões de emenda, deve ser de 8% da área da seção transversal:
cmáxs AA ⋅= %8,
Portanto, a taxa geométrica máxima de armadura é igual a ρmáx = 8%.Para que isso ocorra, a taxa geométrica máxima na região fora da emenda deve ser igual a ρmáx = 4%.
31
3.7.3- Armadura Longitudinal
3.7.3.3- Número mínimo de barrasEm seções poligonais, dentre as quais estão incluídas as seções retangulares, deve existir pelo menos uma barra em cada canto ou vértice do polígono.Em seções circulares, deve existir pelo menos seis barras, distribuídas ao longo do perímetro.
Pro
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Dia
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3.7.3- Armadura Longitudinal
3.7.3.4- Espaçamento das barras longitudinaisO espaçamento mínimo livre entre as faces das barras longitudinais, medido no plano da seção transversal, deve ser igual ou superior ao maior dos seguintes valores:
⎪⎩
⎪⎨
⎧
⋅≥
.,2,1
20
agremáx
l
d
mma φ
Esses valores se aplicam também às regiões de emenda por traspasse
32
3.7.3- Armadura Longitudinal
3.7.3.4- Espaçamento das barras longitudinaisO espaçamento máximo (amáx) entre os eixos das barras deve ser menor ou igual a duas vezes a menor dimensão da seção (b), sem exceder 40 cm, ou seja:
⎩⎨⎧ ⋅
≤cmb
amáx 402
Pro
f. R
omel
Dia
s V
ande
rlei
3.7.4- Armadura Transversal
Deve ser constituída por estribos e, quando for o caso, por grampos suplementares;Deve ser colocada em toda a altura do pilar, sendo obrigatória sua colocação na região de cruzamento com vigas e lajes;Os estribos devem ser fechados, geralmente em torno das barras de canto, ancorados com ganchos que se transpassam, colocados em posições alternadas.Funções dos estribos:a) garantir o posicionamento e impedir a flambagem das
barras longitudinais;b) garantir a costura das emendas de barras longitudinais;c) confinar o concreto e obter uma peça mais resistente ou
dúctil.
33
3.7.4- Armadura Transversal
3.7.4.1- Diâmetro dos estribosO diâmetro dos estribos (φt) em pilares não pode ser inferior a 5 mm ou 1/4 do diâmetro da barra longitudinal:
⎪⎩
⎪⎨⎧
≥
4
5
lt
mmφφ
Pro
f. R
omel
Dia
s V
ande
rlei
3.7.4- Armadura Transversal
3.7.4.2- Espaçamento máximo dos estribosDeve ser igual ou inferior ao menor dos seguintes valores, medido na direção do eixo do pilar :
⎪⎪⎩
⎪⎪⎨
⎧
⋅⋅
≤
25 -CA para 2450 -CA para 12
seção da dimensãomenor 20
l
lt
cm
s
φφ
Pode-se adotar o diâmetro dos estribos φt menor que φl/4, desde que as armaduras sejam constituídas do mesmo tipo de aço e o espaçamento respeite também a limitação:
MPa) em f (com 190000 yk
2
,ykl
tmáxt f
s ⋅⎟⎟⎠
⎞⎜⎜⎝
⎛⋅=φφ
34
3.7.4- Armadura Transversal
Resumo das principais recomendações da NBR 6118:2003 a respeito do espaçamento das armaduras em pilares:
.agreg,máx
L
d,
mma
21
20φ≥
Pro
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omel
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3.7.4- Armadura Transversal
3.7.4.3- Estribos SuplementaresOs estribos poligonais impedem a flambagem das barras longitudinais situadas em seus cantos e as por eles abrangidas, situadas no máximo à distância de 20φt do canto, desde que nesse trecho de comprimento 20φt não existam mais de duas barras, não contando a do canto.Quando houver mais de duas barras no trecho de comprimento 20φt ou barras fora dele, deve haver estribos suplementares.
35
3.7.4- Armadura Transversal
3.7.4.3- Estribos Suplementares
Pro
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3.7.4- Armadura Transversal
3.7.4.3- Estribos SuplementaresSe constituído por uma barra reta, terminada em ganchos, deve atravessar a seção do elemento estrutural e os seus ganchos devem envolver a barra longitudinal.Se houver mais de uma barra longitudinal a ser protegida junto à extremidade do estribo suplementar, seu gancho deve envolver um estribo principal em ponto junto a uma das barras, o que deverá ser indicado no projeto de modo bem destacado.Essa amarra garantirá contra a flambagem essa barra encostada e mais duas no máximo para cada lado, não distantes dela mais de 20φt.Para essas amarras, é necessário prever um cobrimentomaior.
36
3.7.4- Armadura Transversal
3.7.4.3- Estribos Suplementares
Pro
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3.7.4- Armadura Transversal
3.7.4.3- Estribos SuplementaresNo caso de estribos curvilíneos cuja concavidade esteja voltada para o interior do concreto, não há necessidade de estribos suplementares.Se as seções das barras longitudinais se situarem em uma curva de concavidade voltada para fora do concreto, cada barra longitudinal deve ser ancorada pelo gancho de um estribo reto ou pelo canto de um estribo poligonal.
37
3.7.5- Emenda de Barras Longitudinais
Em função do processo construtivo, as barras longitudinais dos pilares precisam ser emendadas.As emendas das barras podem ser:
por traspasse;por luvas com preenchimento metálico ou rosqueadas;por solda.
A emenda por traspasse é empregada por seu menor custo, além da facilidade na montagem das barras da armadura na construção.
Pro
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3.7.5- Emenda de Barras Longitudinais
A emenda por traspasse não é permitido para:Diâmetros de barras maiores que 32mm;Tirantes e pendurais (elementos inteiramente tracionados).
O comprimento de traspasse nas barras longitudinais comprimidas é determinado pela expressão:
min,, ocnecboc lll ≥=
sendo que:lb,nec é o comprimento de ancoragem necessário;loc,min é o maior valor entre 0,6·lb, 15φ e 200mm;lb é o comprimento de ancoragem básico.
38
3.7.5- Emenda de Barras Longitudinais
Comprimento básico de ancoragem:bd
ydb f
fl ⋅=
4φ
sendo que:
onde:
ctdbd ff ⋅⋅⋅= 321 ηηη
3221,0 e ,
32mm para 100
13232mm para 0,1
aderência má de situações para 7,0aderência boa de situações para 0,1
50)-(CA nervuradas barras para 25,260)-(CA entalhadas barras para 4,1
25)-(CA lisas barras para 0,1
infinf,
3
2
1
ckctk,c
ctkctd ff
ff ⋅==
⎪⎩
⎪⎨⎧
>−
<=
⎩⎨⎧
=
⎪⎩
⎪⎨
⎧=
γ
φφφ
η
η
η
Pro
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3.7.5- Emenda de Barras Longitudinais
Comprimento de ancoragem necessário:
min,,
,1, b
efs
calcsbnecb lAA
ll ≥⋅⋅=α
onde:
⎪⎩
⎪⎨
⎧⋅⋅
≥
⎩⎨⎧
=
mm
ll
b
b
10010
3,0
gancho; com as tracionadbarras para 7,0gancho; sem barras para 0,1
min,
1
φ
α
39
3.7.5- Emenda de Barras Longitudinais
Em resumo:
⎪⎩
⎪⎨
⎧ ⋅≥=⋅⋅=
⎪⎩
⎪⎨
⎧ ⋅≥≥⋅⋅=
mm
llll
mm
ll
AA
ll
b
bbnecb
b
befs
calcsbnecb
10010
3,00,10,1
10010
3,0
,
min,,
,1,
φ
φα
⎪⎩
⎪⎨
⎧ ⋅≥≥=
mm
llll
b
ocnecboc
20015
6,0
min,, φ
Pro
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3.7.5- Emenda de Barras Longitudinais
Onde:
32
32
3375,0
21,00,10,125,2
321
ckbd
c
ckbd
ctdbd
ff
ff
ff
⋅=
⋅⋅⋅⋅=
⋅⋅⋅=
γ
ηηηbd
ydb f
fl ⋅=
4φ
32
32 35,13375,04 ck
yd
ck
ydb f
ff
fl
⋅⋅=
⋅⋅= φφEntão:
40
3.7.5- Emenda de Barras Longitudinais
Logo:
e
⎩⎨⎧
≥=mm
ll boc 20015φ
3235,1 ck
ydb f
fl
⋅⋅= φ
Pro
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3.7.5- Emenda de Barras Longitudinais
Emenda por traspasse das barras longitudinais em pilares:
41
3.8- Dimensionamento de Pilares3.8.1- Seção de concreto armado submetida a flexão oblíqua
Pro
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3.8- Dimensionamento de Pilares
3.8.2- Condições de segurançaDefinir as solicitações de cálculo como NSd, MSd,x e MSd,y de modo que:
y. eixo do tornoem momento x.eixo do tornoem momento
→×=→×=
ySdSyd
xSdSxd
eNMeNM
A condição de segurança (estado limite último) resulta:
( ) ( )⎪⎩
⎪⎨
⎧
≤≤≤
≤
RydSyd
RxdSxd
RdSd
RdSd
MM
NN ,,N ,,NS
MMMMRMM RydRxdSydSxd
42
3.8- Dimensionamento de Pilares
3.8.2- Condições de segurançaSendo:
∑∫∫
∑∫∫
∑∫∫
=
=
=
⋅⋅+⋅⋅=×=
⋅⋅+⋅⋅=×=
⋅+=
n
isisisi
AyxcyRdRyd
n
isisisi
AyxcxRdRxd
n
isisi
AyxcRd
yAddyeNM
xAddxeNM
AddN
c
c
c
1
1
1
σσ
σσ
σσ
Pro
f. R
omel
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3.8- Dimensionamento de Pilares
Superfície de interação:
43
3.8- Dimensionamento de Pilares3.8.2- Condições de segurança
Diagramas de interação mais usados:Hormigón armado – Ábacos Montoya, P. J.; Meseguer, A.G.; Cabré, F.M, 1978.Dimensionamento de Peças Retangulares de Concreto Armado Solicitadas à Flexão Reta, de W. S. Venturini, 1987;Ábacos para Flexão Obliqua, de L. M. Pinheiro, L. T. Baraldi e M. E. Porem, 1994.
Programas computacionais (M. F. F. de Oliveira e C. A. W. Zandona – UFPR, 2001):
Normal 1.3 . Flexão Composta Reta;Obliqua 1.0 . Flexão Composta Obliqua.
Pro
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3.8- Dimensionamento de Pilares
3.8.3- Equacionamento adimensional
44
3.8- Dimensionamento de Pilares
3.8.3- Equacionamento adimensionalFlexão Normal Composta:
armadura de mecânica Taxa
aladimensionfletor Momento
aladimension normal Força
2
→⋅
⋅=
→⋅=⋅⋅⋅
=⋅⋅
=
→⋅
=⋅⋅
=
cdc
yds
cdc
d
cd
d
cdc
d
cd
d
fAfA
heν
fhAeN
fhbM
fAN
fhbN
ω
μ
ν
Pro
f. R
omel
Dia
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3.8- Dimensionamento de Pilares
Ábacos para Flexão Normal Composta:
45
3.8- Dimensionamento de PilaresÁbacos para Flexão Normal Composta:
A posição 1 representa uma seção dimensionada com segurança, porém com excesso de material (concreto ou aço);A posição 2 corresponde à condição limite de segurança, sem excesso de material;A posição 3 corresponde a uma seção fora dos limites de segurança, devendo ser alterada em suas dimensões ou na quantidade de armadura.
Ábacos Montoya FNC
Ábacos Venturini (1987)
Normal 1.3 - Flexão Composta Reta
Pro
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3.8- Dimensionamento de Pilares
Exercício:Determinar a armadura para a seção transversal de um pilar
submetido ao carregamento abaixo indicado.Considerar: concreto C25 e aço CA-50.
Nd = NSd = 1289 kNe = 20 cm
Normal 1.3 - Flexão Composta Reta
46
3.8- Dimensionamento de Pilares
3.8.3- Equacionamento adimensionalFlexão Composta Oblíqua:
armadura de mecânica Taxa
aladimensionfletor Momento
aladimensionfletor Momento
aladimension normal Força
→⋅
⋅=
→⋅=⋅⋅
=
→⋅=⋅⋅
=
→⋅
=⋅⋅
=
cdc
yds
y
y
ycdc
ydy
x
x
xcdc
xdx
cdc
d
cdyx
d
fAfA
he
νhfA
Mheν
hfAM
fAN
fhhN
ω
μ
μ
ν
Pro
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3.8- Dimensionamento de Pilares
Ábacos para Flexão Composta Oblíqua:
47
3.8- Dimensionamento de PilaresÁbacos para Flexão Composta Oblíqua:
A posição 1 representa uma seção dimensionada com segurança, porém com excesso de material (concreto ou aço);A posição 2 corresponde à condição limite de segurança, sem excesso de material;A posição 3 corresponde a uma seção fora dos limites de segurança, devendo ser alterada em suas dimensões ou na quantidade de armadura.
Ábacos Montoya FCO
Ábacos Pinheiro (1994)
Obliqua 1.0 - Flexão Composta Obliqua
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3.8- Dimensionamento de Pilares
Exercício:Determinar a armadura para a seção transversal de um pilar
submetido ao carregamento abaixo indicado.Considerar: concreto C25 e aço CA-50.
Nd = 573 kN (NSd)ex = 5 cmey = 15 cmhx = 20 cmhy = 40 cmd’x = 4 cm (0,20 hx)d’y = 4 cm (0,10 hy)
Obliqua 1.0 - Flexão Composta Obliqua
48
3.9- Situações de Projeto e de Cálculo
As situações de projeto dependem apenas de sua posição em relação à estrutura e dos esforços iniciais:
Pilares intermediários – compressão centrada;Pilares de extremidade – flexão normal compostaPilares de canto – flexão oblíqua composta.
Nas situações de cálculo, além das excentricidades iniciais da situação de projeto, devem estar consideradas as excentricidades que levam em conta efeitos adicionais:
Imperfeições geométricas (ea);Efeitos de 2.ª ordem (e2);Efeitos da fluência do concreto (ec para λ>90).
Pro
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3.9- Situações de projeto e de cálculo
3.9.1- Seção de extremidade e seções intermediárias de pilares
Precisam ser analisadas as seções das extremidades e as seções intermediárias do pilar.Considerar uma estrutura de nós indeslocáveis. Em uma seção intermediária do pilar existem deslocamentos de 2.ª ordem, que precisam ser considerados no projeto.
49
3.9- Situações de projeto e de cálculo
3.9.1- Seção de extremidade e seções intermediárias de pilaresAs excentricidades iniciais nas seções intermediárias são menores que as das seções extremas (pois os momentos solicitantes são menores).As situações de cálculo nas seções de extremidade e na seção intermediária precisam ser consideradas separadamente.Nas seções de extremidade não se incluem os efeitos de 2ª ordem, devendo considerá-los apenas na seção intermediária.As áreas de armadura das seções transversais são as maiores entre as verificações das várias seções.
Pro
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3.9- Situações de projeto e de cálculo
Pilares curtos: λ ≤ λ1Os efeitos locais de 2ª ordem podem ser desprezados na direção em questão.Somando-se as excentricidades inicial e a acidental, geram-se as situações de cálculo.
Pilares medianamente esbeltos: λ1 < λ ≤ 90Os efeitos locais de 2ª ordem precisam ser, obrigatoriamente, considerados.A determinação dos efeitos de 2ª ordem pode ser feita por métodos aproximados, como o método do pilar padrão.Os efeitos da fluência do concreto podem ser desprezadosnos pilares medianamente esbeltos (λ1< λ ≤90).Nas seções de extremidade não se incluem os efeitos de 2ª ordem, devendo considerá-los apenas na seção intermediária.
50
Situação de projeto e de cálculo em pilares curtos – seções intermediárias
Pro
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Situação de projeto e de cálculo em pilares medianamente esbeltos – seções intermediárias
51
3.9- Situações de projeto e de cálculo
Pilares esbeltos: 90 < λ ≤ 140É obrigatória a consideração dos efeitos da fluência do concreto, efetuada por meio de uma excentricidade ec.A determinação dos efeitos locais de 2ª ordem pode ser feita pelo método do pilar padrão ou pilar padrão melhorado, utilizando-se para a curvatura da seção crítica valores obtidos dos diagramas de momento fletor, força normal e curvatura específica para o caso.
Pilares muito esbeltos: 140 < λ ≤ 200Deve-se recorrer ao Método Geral, que consiste na análise não-linear de 2ª ordem efetuada com discretizaçãoadequada da barra, considerando a relação momento-curvatura real em cada seção e a não-linearidade geométrica de maneira não aproximada.
Pro
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3.10- Roteiro para Dimensionamento
1- Características geométricasComprimentos equivalentesÍndice de esbeltez
2- ExcentricidadesInicial (ei,x; ei,y) – Base e topo do pilarAcidental (ea,x; ea,y) – Seção intermediária:
Verificar o momento mínimo de 1ª ordem (M1d,mín)Necessidade de excentricidade de 2ª ordem:
Esbeltez limite (λ1)Efeitos de 2ª ordem: Métodos aproximados
3- Situações de cálculoSeção de topoSeção de BaseSeção Intermediária
52
3.10- Roteiro para Dimensionamento
4- Dimensionamento das armadurasSituação mais desfavorávelEquações adimensionaisEscolha do ábacoTaxa mecânica de armadura (ω)Área de aço
5- DetalhamentoArmadura Longitudinal
Diâmetro das barrasTaxas mínimas e máximas de armadura longitudinalNúmero mínimo de barrasEspaçamentos para armadura longitudinal
Pro
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3.10- Roteiro para Dimensionamento
5- DetalhamentoArmadura transversal
DiâmetroEspaçamentos para armadura transversalProteção contra flambagem localizada das armadurasComprimento dos estribosComprimento dos estribos suplementaresNúmero de estribosNúmero de estribos suplementaresDesenho da seção transversal
Comprimento das esperasComprimento total das barras longitudinais
6- Desenhos
SUMÁRIO
1 – Dimensões ............................................................................................................................ 1
1.1 – Dimensões mínimas das seções transversais dos pilares .................................................. 1
1.2 – Cobrimento da armadura dos pilares ................................................................................ 1
2 – Cálculo das solicitações nos pilares ..................................................................................... 4
2.1 - Estruturas de nós fixos e estruturas de nós moveis ........................................................... 4
2.2 – Contraventamento ............................................................................................................. 5
2.3 – Imperfeições geométricas ................................................................................................. 5
2.4 - Elementos isolados ............................................................................................................ 8
2.5 - Dispensa da consideração dos esforços globais de 2ª ordem ............................................ 8
2.5.1 - Parâmetro de instabilidade ............................................................................................. 8
2.5.2 - Coeficiente z .................................................................................................................. 8
2.6 - Análise de estruturas de nós fixos ..................................................................................... 9
2.7 – Processo simplificado para o cálculo das solicitações nas estruturas usuais de edifícios 10
3 - Análise de elementos isolados .............................................................................................. 12
3.1 – Generalidades ................................................................................................... 12
3.2 - Dispensa da análise dos efeitos locais de 2ª ordem ........................................................... 12
3.3 - Determinação dos efeitos locais de 2ª ordem .................................................................... 13
3.3.1 - Barras submetidas a flexo-compressão .......................................................................... 13
3.3.2 - Método exato .................................................................................................................. 13
3.3.3 - Métodos aproximados .................................................................................................... 13
3.3.3.1 - Método do pilar padrão com curvatura aproximada .................................................... 13
3.3.3.2 - Método do pilar padrão com rigidez aproximada .................................................... 14
3.3.3.3 - Método do pilar padrão acoplado a diagramas M, N, 1/r ............................................ 14
3.3.3.4 - Método do pilar padrão para pilares da seção retangular, submetidos à flexão
composta oblíqua ....................................................................................................................... 14
3.3.3.5 – Resumo das exigências da NBR6118:2014 para verificação de pilares esbeltos ....... 15
4 – Dimensionamento das seções à flexão composta oblíqua ................................................... 15
5 – Recomendações relativas ao detalhamento dos pilares ....................................................... 16
5.1 - Proteção contra flambagem das barras .............................................................................. 16
5.2 – Disposições gerais relativas às armaduras dos pilares ...................................................... 17
5.2.1 – Introdução ...................................................................................................................... 17
5.2.2 - Armaduras longitudinais ................................................................................................ 17
5.2.2.1 - Diâmetro mínimo e taxa de armadura ......................................................................... 17
5.2.2.2 - Distribuição transversal ............................................................................................... 18
5.2.2.3 – Comprimento de espera .............................................................................................. 18
5.2.3 - Armaduras transversais .................................................................................................. 19
5.2.4 – Detalhamento dos pilares .............................................................................................. 19
6 – Exemplos ............................................................................................................................. 21
Anexo – Aço destinado a armaduras para estruturas de concreto armado (NBR7480:2007) ... 34
PARTE 2
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 1
1 – Dimensões
Os pilares dos edifícios correntes, com estrutura em concreto armado, têm, em geral,
seções transversais constantes de piso a piso (concreto e aço). As seções transversais podem
apresentar a forma quadrada, retangular, circular ou de uma figura composta por retângulos
(seções L, T, U).
1.1 – Dimensões mínimas das seções transversais dos pilares
As dimensões mínimas da seção transversal de pilares são fixadas no item 13.2.3 da
NBR6118:2014. Conforme este item, a seção transversal de pilares não deve apresentar
dimensão menor que 19 cm.
Em casos especiais, permite-se a consideração de dimensões entre 19 cm e 14 cm,
desde que se multipliquem as ações a serem consideradas no dimensionamento por um
coeficiente adicional n, de acordo com o indicado na tabela abaixo. Em qualquer caso, a
norma não permite pilar com seção transversal de área inferior a 360 cm2.
Tabela – Valores do coeficiente adicional n
b (cm) 19 18 17 16 15 14
n 1,00 1,05 1,10 1,15 1,20 1,25
Nesta tabela, b é a menor dimensão da seção transversal do pilar e n = 1,95 – 0,05 b é
um coeficiente que deve majorar os esforços solicitantes finais de cálculo nos pilares, quando
do dimensionamento.
1.2 – Cobrimento da armadura dos pilares
Segundo o item 6 da NBR6118:2014 (diretrizes para durabilidade das estruturas de
concreto), as estruturas de concreto devem ser projetadas e construídas de modo que, sob as
condições ambientais previstas na época do projeto e quando utilizadas conforme preconizado
em projeto, conservem suas segurança, estabilidade e aptidão em serviço durante o prazo
correspondente à sua vida útil.
A agressividade do meio ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que
atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, das variações
volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e outras previstas no dimensionamento
das estruturas de concreto.
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 2
Nos projetos das estruturas correntes, a agressividade ambiental pode ser classificada
de acordo com o apresentado na seguinte tabela e pode ser avaliada, simplificadamente,
segundo as condições de exposição da estrutura ou de suas partes.
Tabela - Classes de agressividade ambiental
Classe de
agressividade
ambiental (CAA)
Agressividade Classificação geral do tipo de
ambiente para efeito de projeto
Risco de
deterioração da
estrutura
I Fraca Rural
Submersa Insignificante
II Moderada Urbana
1), 2) Pequeno
III Forte Marinha1)
Industrial1), 2) Grande
IV Muito forte Industrial1), 3)
Respingos de maré Elevado
1) Pode-se admitir um microclima com uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) para
ambientes internos secos (salas, dormitórios, banheiros, cozinhas e áreas de serviço de apartamentos
residenciais e conjuntos comerciais ou ambientes com concreto revestido com argamassa e pintura).
2) Pode-se admitir uma classe de agressividade mais branda (um nível acima) em: obras em regiões de
clima seco, com umidade relativa do ar menor ou igual a 65%, partes da estrutura protegidas de chuva
em ambientes predominantemente secos, ou regiões onde chove raramente.
3) Ambientes quimicamente agressivos, tanques industriais, galvanoplastia, branqueamento em indústrias
de celulose e papel, armazéns de fertilizantes, indústrias químicas.
No item 7 da NBR6118:2014, são apresentados os critérios de projeto visando a
durabilidade das estruturas de concreto. No item 7.4, são referenciados os critérios relativos à
qualidade do concreto e cobrimento da armadura.
A durabilidade das estruturas é altamente dependente das características do concreto e
da espessura e qualidade do concreto do cobrimento da armadura. Ensaios comprobatórios de
desempenho da durabilidade da estrutura frente ao tipo e nível de agressividade previsto em
projeto devem estabelecer os parâmetros mínimos a serem atendidos. Na falta destes e devido
à existência de uma forte correspondência entre a relação água/cimento ou água/aglomerante,
a resistência à compressão do concreto e sua durabilidade, permite-se adotar os requisitos
mínimos expressos na tabela seguinte.
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 3
Tabela - Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto
Concreto Tipo Classe de agressividade (tabela 1)
I II III IV
Relação
água/aglomerante
em massa
CA 0,65 0,60 0,55 0,45
CP 0,60 0,55 0,50 0,45
Classe de
concreto
(NBR 8953)
CA C20 C25 C30 C40
CP C25 C30 C35 C40
NOTAS:
CA - Componentes e elementos estruturais de concreto armado
CP - Componentes e elementos estruturais de concreto protendido
O cobrimento mínimo da armadura é o menor valor que deve ser respeitado ao longo
de todo o elemento considerado e que se constitui num critério de aceitação. Para garantir o
cobrimento mínimo (cmin) o projeto e a execução devem considerar o cobrimento nominal
(cnom), que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução (c). Assim as
dimensões das armaduras e os espaçadores devem respeitar os cobrimentos nominais,
estabelecidos na tabela abaixo para c=10 mm.
Nas obras correntes o valor de c deve ser maior ou igual a 10 mm. Quando houver
um adequado controle de qualidade e rígidos limites de tolerância da variabilidade das
medidas durante a execução pode ser adotado o valor c = 5 mm, mas a exigência de controle
rigoroso deve ser explicitada nos desenhos de projeto.
Os cobrimentos nominais e mínimos estão sempre referidos à superfície da armadura
externa, em geral à face externa do estribo. O cobrimento nominal de uma determinada barra
deve sempre ser maior ou igual ao seu próprio diâmetro.
cnom barra
A dimensão máxima característica do agregado graúdo, utilizado no concreto não pode
superar em 20% a espessura nominal do cobrimento, ou seja:
dmax 1,2 cnom
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Tabela- Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento nominal
para c=10mm
Tipo de estrutura
Componente ou
elemento
Classe de agressividade ambiental
I II III IV3)
Cobrimento nominal
mm
Concreto armado
Laje2)
20 25 35 45
Viga/Pilar 25 30 40 50 Elementos
estruturais em
contato com o solo 4)
30 40 50
Concreto protendido1)
Laje 25 30 40 50
Viga/Pilar 30 35 45 55 1)
Cobrimento nominal da bainha ou dos fios, cabos e cordoalhas. O cobrimento da armadura passiva deve respeitar os
cobrimentos para concreto armado. 2)
Para a face superior de lajes e vigas que serão revestidas com argamassa de contrapiso, com revestimentos
finais secos tipo carpete e madeira, com argamassa de revestimento e acabamento tais como pisos de
elevado desempenho, pisos cerâmicos, pisos asfálticos, e outros tantos, as exigências desta tabela podem ser
substituídas pelo item 7.4.7.5 respeitado um cobrimento nominal 15 mm. 3)
Nas faces inferiores de lajes e vigas de reservatórios, estações de tratamento de água e esgoto, condutos de
esgoto, canaletas de efluentes e outras obras em ambientes química e intensamente agressivos a armadura
deve ter cobrimento nominal 45mm. 4)
No trecho dos pilares em contato com o solo junto aos elementos de fundação, a armadura deve ter
cobrimento nominal ≥ 45 mm.
2 – Cálculo das solicitações nos pilares
Conforme o item 15.4 da NBR6118:2014, sob a ação das cargas verticais e
horizontais, os nós da estrutura de um edifício deslocam-se horizontalmente. Os esforços de
segunda ordem decorrentes desses deslocamentos são chamados efeitos globais de 2ª ordem.
Nas barras da estrutura, como um lance de pilar, os respectivos eixos não se mantêm
retilíneos, surgindo aí efeitos locais de 2ª ordem que, em princípio, afetam principalmente os
esforços solicitantes ao longo delas.
2.1 - Estruturas de nós fixos e estruturas de nós moveis
As estruturas são consideradas, para efeito de cálculo, como de nós fixos, quando os
deslocamentos horizontais dos nós são pequenos, e, por decorrência, os efeitos globais de 2ª
ordem são desprezáveis (inferiores a 10% dos respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas
estruturas, basta considerar os efeitos locais de 2ª ordem.
As estruturas de nós móveis são aquelas onde os deslocamentos horizontais não são
pequenos e, em decorrência, os efeitos globais de 2ª ordem são importantes (superiores a 10%
dos respectivos esforços de 1ª ordem). Nessas estruturas devem ser considerados tanto os
esforços de 2ª ordem globais como os locais.
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2.2 - Contraventamento
Por conveniência de análise, é possível identificar, dentro da estrutura, subestruturas
que, devido à sua grande rigidez a ações horizontais, resistem à maior parte dos esforços
decorrentes dessas ações. Essas subestruturas são chamadas subestruturas de
contraventamento. Os elementos que não participam da subestrutura de contraventamento são
chamados elementos contraventados. As subestruturas de contraventamento podem ser de nós
fixos ou de nós moveis.
2.3 – Imperfeições geométricas
Segundo o item 11.3.3.4 da NBR6118:2014, na verificação do estado limite último das
estruturas reticuladas, devem ser consideradas as imperfeições geométricas do eixo dos
elementos estruturais da estrutura descarregada. Essas imperfeições podem ser divididas em
dois grupos: imperfeições globais e imperfeições locais.
a) Imperfeições globais
Na análise global dessas estruturas, sejam elas contraventadas ou não, deve ser
considerado um desaprumo dos elementos verticais conforme mostra a figura abaixo.
Figura - Imperfeições geométricas globais
sendo:
1min = 1/300 para estruturas reticuladas e imperfeições locais;
1máx 1/200.
A sobreposição de vento e desaprumo não é necessária quando o menor valor entre
eles não ultrapassar 30% do maior valor. Essa comparação pode ser feita com os momentos
totais na base da construção e em cada direção e sentido da aplicação da ação do vento. Nesta
comparação, deve-se considerar o desaprumo correspondente a θ1, não se considerando θ1mín.
Quando a superposição for necessária, deve-se combinar com o vento o desaprumo
correspondente a θ1, não se considerando θ1mín. Se o efeito de desaprumo for predominante, o
valor do ângulo deve atender θ1mín. Nessa combinação, admite-se considerar ambas as ações
atuando na mesma direção e sentido como equivalentes a uma ação de vento, portanto como
carga variável, artificialmente amplificada para cobrir a superposição.
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b) Imperfeições locais
No caso de elementos que ligam pilares contraventados a pilares de contraventamento,
usualmente vigas e lajes, deve ser considerada a tração decorrente do desaprumo do pilar
contraventado (figura a). No caso da verificação de um lance de pilar, deve ser considerado o
efeito do desaprumo ou da falta de retilineidade do eixo do pilar (figuras b e c,
respectivamente).
Figura - Imperfeições geométricas locais
Admite-se que, nos casos usuais, a consideração apenas da falta de retilineidade ao longo do
lance de pilar seja suficiente.
c) Momento mínimo
O momento total M1d,mín de primeira ordem, isto é, o momento de primeira ordem acrescido
dos efeitos das imperfeições locais, deve respeitar o valor mínimo dado por:
M1d,mín = Nd (0,015 + 0,03h)
onde:
h é a altura total da seção transversal na direção considerada, em metros.
Nas estruturas reticuladas usuais admite-se que o efeito das imperfeições locais esteja
atendido se for respeitado esse valor de momento total mínimo. A este momento devem ser
acrescidos os momentos de segunda ordem.
Para pilares de seção retangular, pode-se definir uma envoltória mínima de 1ª ordem, tomada
a favor da segurança, de acordo com a figura abaixo.
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Figura – Envoltória mínima de primeira ordem
Neste caso, a verificação do momento mínimo pode ser considerada atendida quando,
no dimensionamento adotado, obtém-se uma envoltória resistente que englobe a envoltória
mínima de primeira ordem.
Quando houver a necessidade de calcular os efeitos locais de 2ª ordem em alguma das
direções do pilar, a verificação do momento mínimo deve considerar ainda a envoltória
mínima com 2ª ordem. Para pilares de seção retangular, quando houver a necessidade de
calcular os efeitos locais de 2ª ordem, a verificação do momento mínimo pode ser considerada
atendida quando, no dimensionamento adotado, obtém-se uma envoltória resistente que
englobe a envoltória mínima com 2ª ordem, cujos momentos totais são calculados a partir dos
momentos mínimos de 1ª ordem.
A consideração desta envoltória mínima pode ser realizada através de duas análises à
flexão composta normal, calculadas de forma isolada e com momentos fletores mínimos de 1ª
ordem atuantes nos extremos do pilar, nas suas direções principais.
Figura - Envoltória mínima com 2ª ordem
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2.4 - Elementos isolados
São considerados elementos isolados (item 15.4.4 – NBR6118:2014), os seguintes:
a) os elementos estruturais isostáticos;
b) os elementos contraventados;
c) os elementos das estruturas de contraventamento de nós fixos;
d) os elementos das subestruturas de contraventamento de nós moveis desde que, aos
esforços nas extremidades, obtidos numa análise de 1ª ordem, sejam acrescentados os
determinados por análise global de 2ª ordem.
2.5 - Dispensa da consideração dos esforços globais de 2ª ordem
Os processos aproximados, apresentados a seguir, podem ser utilizados para verificar a
possibilidade de dispensa da consideração dos esforços globais de 2ª ordem, ou seja, para
indicar se a estrutura pode ser classificada como de nós fixos, sem necessidade de cálculo
rigoroso.
2.5.1 - Parâmetro de instabilidade
Uma estrutura reticulada simétrica pode ser considerada como sendo de nós fixos se seu
parâmetro de instabilidade for menor que o valor 1 conforme a expressão:
)I/(ENH ccsktot
sendo:
1=0,2+ 0,1n se: n 3
1=0,6 se: n 4
onde:
n é o número de andares acima da fundação ou de um nível pouco deslocável do subsolo;
Htot é a altura total da estrutura, medida a partir do topo da fundação ou de um nível pouco
deslocável do subsolo;
Nk é a somatória de todas as cargas verticais atuantes na estrutura (a partir do nível
considerado para o cálculo de Htot), com seu valor característico;
EcsIc representa a somatória dos valores de rigidez de todos os pilares na direção
considerada; o valor de Ic deve ser calculado considerando as seções brutas dos pilares.
2.5.2 - Coeficiente z
O coeficiente z de avaliação da importância dos esforços de segunda ordem global é
válido para estruturas reticuladas de no mínimo quatro andares. Ele pode ser determinado a
partir dos resultados de uma análise linear de primeira ordem.
O valor de z para cada combinação de carregamento é dado pela expressão:
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1
1
,,1
,
dtot
dtot
z
M
M
onde:
M1,tot,d é o momento de tombamento, ou seja, a soma dos momentos de todas as forças
horizontais da combinação considerada, com seus valores de cálculo, em relação à base da
estrutura;
Mtot,d é a soma dos produtos de todas as forças verticais atuantes na estrutura, na
combinação considerada, com seus valores de cálculo, pelos deslocamentos horizontais de
seus respectivos pontos de aplicação, obtidos da análise de 1ª ordem;
Considera-se que a estrutura é de nós fixos se for obedecida a condição: z 1,1.
2.6 - Análise de estruturas de nós fixos
Nas estruturas de nós fixos, o cálculo pode ser realizado considerando cada elemento
comprimido isoladamente, como barra vinculada nas extremidades aos demais elementos
estruturais que ali concorrem, onde se aplicam os esforços obtidos pela análise da estrutura
efetuada segundo a teoria de 1ª ordem. A análise dos efeitos locais de 2ª ordem deve ser
realizada de acordo com o estabelecido no item 15.8 da NBR6118:2014.
O comprimento equivalente e do elemento comprimido (pilar), suposto vinculado em
ambas as extremidades, deve ser o menor dos seguintes valores:
e = 0 + h
e =
onde:
0 é a distância entre as faces internas dos elementos estruturais, supostos horizontais, que
vinculam o pilar;
h é a altura da seção transversal do pilar, medida no plano da estrutura em estudo;
é a distância entre os eixos dos elementos estruturais aos quais o pilar está vinculado.
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2.7 – Processo simplificado para o cálculo das solicitações nas estruturas usuais de
edifícios
Para efeitos de projeto, os pilares dos edifícios podem ser classificados em três
categorias: pilares intermediários, pilares de extremidade e pilares de canto. Os pilares
intermediários estão basicamente submetidos a cargas axiais de compressão. Como as vigas e
lajes, que se apoiam nestes pilares, não sofrem interrupção total sobre os mesmos, admitem-se
como desprezáveis os momentos fletores transmitidos para os pilares. A situação básica de
projeto para os pilares intermediários é, portanto, a de compressão centrada.
Os pilares de extremidade, em princípio, estão submetidos a flexão normal composta.
A flexão decorre da interrupção sobre o pilar, da viga perpendicular à borda considerada. No
caso dos pilares de canto, em virtude da interrupção das vigas situadas nas duas bordas, existe
uma situação de projeto de flexão oblíqua composta.
Em todos os casos considerados, é importante observar que as situações de projeto
levam em conta somente os esforços solicitantes iniciais, que são os esforços de 1ª ordem
decorrentes apenas das cargas atuantes sobre a estrutura. Para o dimensionamento dos pilares,
devem ser consideradas as excentricidades mínimas, que são também excentricidades de 1ª
ordem, bem como, no caso de pilares esbeltos, as excentricidades de 2ª ordem.
Figura – Arranjos estruturais dos pilares de edifícios (P.B.Fusco, Estruturas de Concreto – Solicitações Normais)
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Segundo o item 14.6.6.1 da NBR6118:2014, pode ser utilizado o modelo clássico de
viga contínua, simplesmente apoiada nos pilares, para o estudo das cargas verticais. Quando
não for realizado o cálculo exato da influência da solidariedade dos pilares com a viga, deve
ser considerado, nos apoios extremos, momento fletor igual ao momento de engastamento
perfeito multiplicado pelos coeficientes estabelecidos nas seguintes equações:
- no tramo superior do pilar:
supr
infr
vigr
supr
- no tramo inferior do pilar:
supr
infr
vigr
infr
onde:
ri é o coeficiente de rigidez do elemento i no nó considerado, avaliada conforme indicado
na figura abaixo.
Figura - Aproximação em apoios extremos
Os coeficientes de rigidez são calculados através das expressões
vig
vig
vig
Ir
Ir
Ir ;
2;
2
sup
sup
sup
inf
infinf
onde Iinf e Isup são os momentos principais centrais de inércia das seções transversais dos
trechos inferior e superior do pilar e Ivig é o momento principal central de inércia da seção
transversal da viga, considerando a contribuição das lajes.
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3 - Análise de elementos isolados
3.1 - Generalidades
As recomendações do item 15.8 da NBR6118:2014, que serão apresentadas a seguir
são aplicáveis apenas a elementos isolados de seção constante e armadura constante ao longo
de seu eixo, submetidos a flexo-compressão. Os pilares devem ter índice de esbeltez menor ou
igual a 200 ( 200). Apenas no caso de postes com força normal menor que 0,10fcdAc, o
índice de esbeltez pode ser maior que 200.
Para pilares com índice de esbeltez superior a 140, na análise dos efeitos locais de 2ª
ordem, deve-se multiplicar os esforços solicitantes finais de cálculo por um coeficiente
adicional γn1 = 1 + [0,01.(λ – 140) / 1,4].
3.2 - Dispensa da análise dos efeitos locais de 2ª ordem
Os esforços locais de 2ª ordem em elementos isolados podem ser desprezados quando
o índice de esbeltez for menor que o valor limite 1 estabelecido neste item.
O índice de esbeltez deve ser calculado pela expressão:
= e/i
sendo e o comprimento equivalente do pilar e i o raio de giração mínimo da seção
transversal.
O valor de 1 depende de diversos fatores, mas os preponderantes são:
- a excentricidade relativa de 1ª ordem e1/h;
- a vinculação dos extremos da coluna isolada;
- a forma do diagrama de momentos de 1ª ordem.
O valor de 1 pode ser calculado pela expressão:
he
b
/5,1225 11
sendo:
9035 1
onde o valor de b para pilares biapoiados, sem cargas transversais, deve ser calculado por:
40,040,060,0 A
Bb
M
M
Os momentos MA e MB são os momentos de 1ª ordem nos extremos do pilar. Deve ser
adotado para MA o maior valor absoluto ao longo do pilar biapoiado e para MB o sinal
positivo, se tracionar a mesma face que MA, e negativo em caso contrário. Se o pilar
apresentar momentos menores do que o momento mínimo, estabelecido no item 11.3.3.4.3 da
NBR6118:2014, b deve ser tomado igual a 1.
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3.3 - Determinação dos efeitos locais de 2ª ordem
3.3.1 - Barras submetidas a flexo-compressão
O cálculo pode ser feito pelo método exato ou por métodos aproximados. A
consideração da fluência deve obrigatoriamente ser realizada em pilares com índice de
esbeltez > 90.
3.3.2 - Método exato
Consiste na análise não-linear de 2ª ordem efetuada com discretização adequada da
barra, consideração da relação momento-curvatura real em cada seção, e consideração da não-
linearidade geométrica de maneira não aproximada. O método exato é obrigatório para
>140.
3.3.3 - Métodos aproximados
A determinação dos esforços locais de 2ª ordem pode ser feita por métodos aproximados
como o do pilar padrão e o do pilar padrão melhorado.
3.3.3.1 - Método do pilar padrão com curvatura aproximada
Pode ser empregado apenas no cálculo de pilares com 90, seção constante e
armadura simétrica e constante ao longo de seu eixo. A não-linearidade geométrica é
considerada de forma aproximada, supondo-se que a deformação da barra seja senoidal. A
não-linearidade física é considerada através de uma expressão aproximada da curvatura na
seção crítica.
O momento total máximo no pilar deve ser calculado pela expressão:
A1d,
2
edA1d,btot d M
r
1
10 N M M
,
onde, 1/r a curvatura na seção crítica, que pode ser avaliada pela expressão aproximada:
hhr
005,0
)5,0(
005,01
sendo:
= Nd / (Ac fcd)
e
M1d,A M1d,min
onde, h é a altura da seção na direção considerada.
O momento M1d,A e o coeficiente b têm as mesmas definições do item 3.2, sendo
M1d,A o valor de cálculo de 1ª ordem do momento MA.
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3.3.3.2 - Método do pilar padrão com rigidez aproximada
Pode ser empregado apenas no cálculo de pilares com 90, seção retangular
constante, armadura simétrica e constante ao longo de seu eixo.
O momento total máximo no pilar deve ser calculado pela expressão:
min1d,
A1d,
2
A1d,
,M
M
/ 1201
M
b
totdM
sendo o valor da rigidez adimensional dado, aproximadamente, pela expressão:
d
totd,
h.N
M 5 1 32
As variáveis h, , M1d,A e b são as mesmas definidas no item anterior. Usualmente
duas ou três iterações são suficientes quando se optar por um cálculo iterativo.
Este procedimento recai na formulação direta dada abaixo:
Adbd
Adbed
dtotdtotd
MhNC
MhN
NhB
hA
ondeCMBMA
,1
2
,1
22
,
2
,
...
...5320
..
.5
:,0..
A
CABBM totd
.2
..42
,
3.3.3.3 - Método do pilar padrão acoplado a diagramas M, N, 1/r
A determinação dos esforços locais de 2ª ordem em pilares com 140 pode ser feita
pelo método do pilar padrão ou pilar padrão melhorado, utilizando-se para a curvatura da
seção crítica valores obtidos de diagramas M, N, 1/r específicos para o caso.
3.3.3.4 - Método do pilar padrão para pilares da seção retangular, submetidos à flexão
composta oblíqua
Quando a esbeltez de um pilar de seção retangular submetido à flexão composta
oblíqua for menor que 90 (<90) nas duas direções principais, pode ser aplicado o processo
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aproximado descrito no item 3.3.3.1, 3.3.3.2 e 3.3.3.3 simultaneamente em cada uma das duas
direções.
A obtenção dos momentos de 1ª ordem em cada direção é diferente, pois depende de
valores distintos de rigidez e esbeltez.
Uma vez obtida a distribuição de momentos totais, de primeira e segunda ordem, em
cada direção, deve ser verificada, para cada seção ao longo do eixo, se a composição desses
momentos solicitantes fica dentro da envoltória de momentos resistentes para a armadura
escolhida. Essa verificação pode ser realizada em apenas três seções: nas extremidades A e B
e num ponto intermediário onde se admite atuar concomitantemente os momentos Md,tot nas
duas direções (x e y).
3.3.3.5 – Resumo das exigências da NBR6118:2014 para verificação de pilares esbeltos
As exigências feitas pela NBR6118:2014, para a verificação da segurança de pilares
esbeltos, estão resumidas no quadro abaixo.
f
Consideração
dos efeitos de
2a ordem
PROCESSO DE CÁLCULO
Consideração
da fluência
Exato
Aproximado
(diagramas
M, N, 1/r) Simplificado
1
1,4
dispensável - - - -
90
obrigatória
dispensável permitido
permitido dispensável
140
não
permitido obrigatória
200 1,4+0,01(λ – 140) obrigatório não
permitido
NÃO É PERMITIDO EMPREGAR > 200
4 – Dimensionamento das seções à flexão composta oblíqua
Conforme o item 17.2.5 da NBR6118:2014, nas situações de flexão simples ou
composta oblíqua pode ser adotada a aproximação dada pela expressão de interação:
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1 = M
M +
M
M
yy,Rd
y,Rd
xx,Rd
x,Rd
onde:
MRd,x; MRd,y são as componentes do momento resistente de cálculo em flexão oblíqua
composta, segundo os dois eixos principais de inércia x e y, da seção bruta, com um
esforço normal resistente de cálculo NRd igual à normal solicitante NSd. Estes são os
valores que se deseja obter;
MRd,xx; MRd,yy são os momentos resistentes de cálculo segundo cada um dos referidos eixos
em flexão composta normal, com o mesmo valor de NRd. Estes valores são calculados a
partir do arranjo e da quantidade de armadura em estudo;
é um expoente cujo valor depende de vários fatores, entre eles o valor da força normal, a
forma da seção, o arranjo da armadura e de suas porcentagens. Em geral pode ser adotado
=1, a favor da segurança. No caso de seções retangulares pode se adotar =1,2.
5 – Recomendações relativas ao detalhamento dos pilares
5.1 - Proteção contra flambagem das barras
De acordo com o item 18.2.4 da NBR6118:2014, sempre que houver possibilidade de
flambagem das barras da armadura, situadas junto à superfície do elemento estrutural, devem
ser tomadas precauções para evitá-la.
Os estribos poligonais garantem contra a flambagem as barras longitudinais situadas
em seus cantos e as por eles abrangidas, situadas no máximo à distância de 20t do canto, se
nesse trecho de comprimento 20t não houver mais de duas barras, não contando a de canto.
Quando houver mais de duas barras nesse trecho ou barra fora dele, deve haver estribos
suplementares.
Se o estribo suplementar for constituído por uma barra reta, terminada em ganchos, ele
deve atravessar a seção do elemento estrutural e os seus ganchos devem envolver a barra
longitudinal.
Figura - Proteção contra flambagem das barras
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No caso de estribos curvilíneos cuja concavidade esteja voltada para o interior do
concreto, não há necessidade de estribos suplementares. Se as seções das barras longitudinais
se situarem em uma curva de concavidade voltada para fora do concreto, cada barra
longitudinal deve ser ancorada pelo gancho de um estribo reto ou pelo canto de um estribo
poligonal.
5.2 – Disposições gerais relativas às armaduras dos pilares
5.2.1 - Introdução
As exigências, que seguem (item 18.4 da NBR6118:2014), referem-se a pilares cuja
maior dimensão da seção transversal não exceda cinco vezes a menor dimensão, e não são
válidas para as regiões especiais. Quando a primeira condição não for satisfeita, o pilar deve
ser tratado como pilar parede, aplicando-se o disposto no item 18.5 da NBR6118:2014.
5.2.2 - Armaduras longitudinais
5.2.2.1 - Diâmetro mínimo e taxa de armadura
O diâmetro das barras longitudinais não deve ser inferior a 10 mm e nem superior 1/8
da menor dimensão transversal.
A taxa geométrica de armadura deve respeitar os valores máximos e mínimos
especificados no item 17.3.5.3 da NBR6118:2014. Conforme este item, a taxa de armadura
deve ter o valor mínimo, expresso a seguir:
%,,,
min 400f
f150
A
A
yd
cd
c
míns
sendo:
= Nd/(Ac.fcd)
onde é o valor da força normal adimensionalizada.
A tabela abaixo fornece valores para min, com o uso de aço CA-50 e considerando c
= 1,4 e s = 1,15.
Tabela - Taxas mínimas de armadura de pilares
Valores de mín
fck (MPa) 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90
0,1 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400%
0,2 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,419% 0,444%
0,3 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,407% 0,444% 0,481% 0,518% 0,554% 0,591% 0,628% 0,665%
0,4 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,400% 0,444% 0,493% 0,542% 0,591% 0,641% 0,690% 0,739% 0,789% 0,838% 0,887%
0,5 0,400% 0,400% 0,400% 0,431% 0,493% 0,554% 0,616% 0,678% 0,739% 0,801% 0,863% 0,924% 0,986% 1,047% 1,109%
0,6 0,400% 0,400% 0,444% 0,518% 0,591% 0,665% 0,739% 0,813% 0,887% 0,961% 1,035% 1,109% 1,183% 1,257% 1,331%
0,7 0,400% 0,431% 0,518% 0,604% 0,690% 0,776% 0,863% 0,949% 1,035% 1,121% 1,208% 1,294% 1,380% 1,466% 1,553%
0,8 0,400% 0,493% 0,591% 0,690% 0,789% 0,887% 0,986% 1,084% 1,183% 1,281% 1,380% 1,479% 1,577% 1,676% 1,774%
Para aço CA-50, c = 1,4 e s = 1,15
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A maior armadura possível em pilares deve ser 8% da seção real, considerando-se
inclusive a sobreposição de armadura existente em regiões de emenda.
As, máx = 8,0% Ac
5.2.2.2 - Distribuição transversal
As armaduras longitudinais devem ser dispostas na seção transversal de forma a
garantir a adequada resistência do elemento estrutural. Em seções poligonais, deve existir pelo
menos uma barra em cada vértice; em seções circulares, no mínimo seis barras distribuídas ao
longo do perímetro.
O espaçamento livre entre as faces das barras longitudinais, medido no plano da seção
transversal, fora da região de emendas, deve ser igual ou superior ao maior dos seguintes
valores:
- 20 mm;
- o diâmetro da barra, do feixe ou da luva;
- 1,2 vezes a dimensão máxima do agregado graúdo.
Para feixes de barras, deve-se considerar o diâmetro do feixe: √ .
Esses valores se aplicam também às regiões de emendas por traspasse das barras.
Quando estiver previsto no plano de concretagem o adensamento através de abertura
lateral na face da forma, o espaçamento das armaduras deve ser suficiente para permitir a
passagem do vibrador.
O espaçamento máximo entre eixos das barras, ou de centros de feixes de barras, deve
ser menor ou igual a duas vezes a menor dimensão no trecho considerado, sem exceder 400
mm.
5.2.2.3 – Comprimento de espera
Conforme o item 9.5.2.3 da NBR6118:2014, o comprimento de espera das barras da
armadura longitudinal dos pilares deve ser calculado por
min,0
,
,
0 c
efs
calcs
bcA
A
sendo 0c, min o maior valor entre 0,6 b , 15 e 200mm.
O valor b é o comprimento de ancoragem básico. Este comprimento é definido como
o comprimento reto de uma barra de armadura necessário para ancorar a força limite Asfyd
nessa barra, admitindo, ao longo desse comprimento, resistência de aderência uniforme e
igual a fbd. O comprimento de ancoragem básico é dado por:
25f
f
4 bd
yd
b
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 19
A resistência de aderência, para barras nervuradas, pode ser calculada pela expressão
m,ctbdf125,1f
- para concretos de classe até C50:
MPaf3,0f3/2
ckm,ct
- para concretos de classes de C50 até C90:
MPaf11,01ln12,2f ckm,ct
Para o aço CA-50, o comprimento de ancoragem básico pode ser obtido, em função do
valor característico da resistência à compressão do concreto, da tabela abaixo.
fck [MPa] 15 20 25 30 35 40 45 50 55 ≥60
b 53 44 38 34 30 28 26 26 26 25
5.2.3 - Armaduras transversais
A armadura transversal de pilares, constituída por estribos e, quando for o caso, por
grampos suplementares, deve ser colocada em toda a altura do pilar, sendo obrigatória sua
colocação na região de cruzamento com vigas e lajes.
O diâmetro dos estribos em pilares não deve ser inferior a 5 mm nem a 1/4 do
diâmetro da barra isolada ou do diâmetro equivalente do feixe que constitui a armadura
longitudinal.
O espaçamento longitudinal entre estribos, medido na direção do eixo do pilar, para
garantir o posicionamento, impedir a flambagem das barras longitudinais e garantir a costura
das emendas de barras longitudinais nos pilares usuais, deve ser igual ou inferior ao menor
dos seguintes valores:
200 mm;
menor dimensão da seção;
24 para CA-25, 12 para CA-50.
Pode ser adotado o valor t</4 desde que as armaduras sejam constituídas do mesmo
tipo de aço e o espaçamento respeite também a limitação:
290 t
yk
máxf
GPas
5.2.4 – Detalhamento dos pilares
A figura abaixo ilustra a forma que deve ser apresentado o detalhamento de um trecho
de pilar, compreendido entre dois pavimentos consecutivos.
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 20
75
25
70
20
19 estr. 6,3 s=20
=199
20
95 estr. 6,3 s=20
=39
3o. ANDAR
2o. ANDAR
181
6 =4
50
80
Figura – Detalhamento de um pilar
Figura – Continuidade das armaduras junto a lajes de piso
Para realizar as emendas por traspasse junto a lajes de piso, basta, em geral, dobrar
ligeiramente a parte superior das barras de canto inferiores, a fim de absorver os momentos.
Nos locais de dobra, o esforço devido à mudança de direção das barras, agindo de dentro para
fora, deve ser absorvido por estribos. Quando os pilares diminuírem de seção, recomendam-se
os detalhes das figuras acima.
0c
0c
h
<h/2
0c
h
h/2
0c
+ h/2
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 21
As barras da armadura longitudinal que não terão prolongamento no tramo superior do
pilar devem ser adequadamente ancoradas. Conforme o item 9.4.2.5 da NBR6118:2014, o
comprimento de ancoragem necessário pode ser calculado por:
min,b
ef,s
calc,s
bnec,bA
A
sendo b, min o maior valor entre 0,3 b , 10 e 100 mm.
6 - Exemplos
seção retangular: hx = 30 cm; hy = 40 cm
C25 fck = 2,5 kN/cm2 fcd = 1,786 kN/cm
2
CA50 fyk = 50 kN/cm2 fyd = 43,48 kN/cm
2
d' = c + t + 2 = 2,5 cm + 0,5 cm + 1,25 cm = 4,25 cm 5 cm
mm
1/8 hx = 30/8 = 3,75 cm (hx é a menor dimensão da seção)
Exemplo 1:
N = 1500 kN
Mx = 0 e1x = Mx/N = 0
My = 0 e1y = My/N = 0
ℓe = 2,6 m
46,3
h
12
h
hb
12
hb
A
Ii
i
3
e
5,2240
26046,3
h46,3
0,3030
26046,3
h46,3
h46,3
y
ey
x
ex
e
e1,mín = 1,5 cm + 0,03 h
1e cm 2,7 40 0,03 1,5 h 0,03 cm 1,5 e
e cm 2,4 30 0,03 1,5 h 0,03 cm 1,5 eb
1yymín1y ,
1xxmín1x,
35
9035
25
h/e5,1225
1
1
b
11
curtopilar0e
0e
y21y
x21x
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 22
- primeira situação de cálculo:
cm21,8AA
cm5'd;cm25d;cm30h;cm40b
m.kN364,21500eNM
kN1500N
22s1s
mín,x1x
- segunda situação de cálculo:
- detalhamento (primeira alternativa):
adotando-se para a armadura longitudinal )cm64,19(254 2 , deve-se verificar, inicialmente,
se a envoltória resistente engloba a envoltória mínima solicitante:
- envoltória mínima de 1ª. ordem (curva vermelha):
1 m.kN5,40
M +
m.kN36
M =
M
M +
M
M2
y,mín,1
2
x,mín,1
2
yy,mín,1
y,mín,1
2
xx,mín,1
x,mín,1
- envoltória resistente (curva azul):
1 = m.kN56,65
M +
m.kN51,46
M=
M
M +
M
M2,1
y,R
2,1
x,R
2,1
yy,R
y,R
2,1
xx,R
x,R
Como a envoltória resistente engloba a envoltória mínima de 1ª. ordem, a armadura adotada é
suficiente.
- adotando-se estribos de 5 mm, têm-se
cm185,2
5,0
5,0
90
f
GPa90mm25,64/mm5como
cm305,21212
cm30h
cm20
s22
t
ykt
x
t
resultando estribos .cm18/c5
cm18,7AA
cm5'd;cm35d;cm40h;cm30b
m.kN5,407,21500eNM
kN1500N
22s1s
mín,y1y
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 23
* espaçamento das barras:
.OKcm5,2cm195,225,025,2230e
cm3,29,12,1d2,1
cm5,21
cm2
e
máx
.OKcm40cm5,315,25,025,2240s
cm60h2
cm40s
x
* taxa de armadura longitudinal:
.OK)2(%8
.OK%604,0980,048,43
786,115,0
980,0786,14030
15004,1
fA
N
%40,0f
f15,0
%64,14030
64,19
A
A
máx
mín
cdc
d
yd
cd
mín
c
s
* comprimento de espera:
cm20
15
6,0
A
Ab
ef,s
cal,sbc0
cm80836,05,23882,9
18,7,
82,9
21,8máxx38c0
- detalhamento (segunda alternativa):
adotando-se para a armadura longitudinal )cm61,20(164204 2 , deve-se verificar,
inicialmente, se a envoltória resistente engloba a envoltória mínima solicitante:
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 24
- envoltória mínima de 1ª. ordem (curva vermelha):
1 m.kN5,40
M +
m.kN36
M =
M
M +
M
M2
y,mín,1
2
x,mín,1
2
yy,mín,1
y,mín,1
2
xx,mín,1
x,mín,1
- envoltória resistente (curva azul):
1 = m.kN45,51
M +
m.kN64,36
M=
M
M +
M
M2,1
y,R
2,1
x,R
2,1
yy,R
y,R
2,1
xx,R
x,R
Como a envoltória resistente não engloba a envoltória mínima de 1ª. ordem, a armadura
adotada é insuficiente. Adota-se, então, para a armadura longitudinal )cm14,25(208 2 .
- envoltória resistente (curva verde):
1 = m.kN98,61
M +
m.kN02,44
M=
M
M +
M
M2,1
y,R
2,1
x,R
2,1
yy,R
y,R
2,1
xx,R
x,R
Como a envoltória resistente passa a englobar a envoltória mínima de 1ª. ordem, a nova
armadura adotada é suficiente.
- adotando-se estribos de 5 mm, têm-se
.OKmm54/mm5como
cm2421212
cm30h
cm20
s
t
x
t
resultando estribos .cm20/c5
* espaçamento das barras:
.OKcm3,2cm92
235,025,2230e
cm3,29,12,1d2,1
cm21
cm2
e
máx
.OKcm40cm162
25,025,2240s
cm60h2
cm40s
x
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 25
* taxa de armadura longitudinal:
.OK)2(%8
.OK%604,0980,048,43
786,115,0
980,0786,14030
15004,1
fA
N
%40,0f
f15,0
%10,24030
14,25
A
A
máx
mín
cdc
d
yd
cd
mín
c
s
* comprimento de espera:
cm20
15
6,0
A
Amáx,
b
ef,s
cal,sbc0
cm66871,023843,9
18,7,
43,9
21,8máx38c0
* proteção contra flambagem:
direçõesduasnaslementaressupestribos
cm105,02020cm162
25,025,2240s
cm105,02020cm112
25,025,2230s
ty
tx
Exemplo 2:
N = 1200 kN
Mx = ± 56 kN.m cm67,41200
5600ee B
x1A
x1
My = 0 e1y = My/N = 0
ℓe = 2,6 m
5,2240
26046,3
h46,3
0,3030
26046,3
h46,3
h46,3
y
ey
x
ex
e
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 26
- direção x:
0e4,6730
)9035(4,6740,0
30
67,45,1225
h
e5,1225
40,040,020,067,4
)67,4(40,060,040,0
e
e40,060,0
cm67,4e cm 2,4 30 0,03 1,5 h 0,03 cm 1,5 e
x2x1x
x1bx
x
x1
x1
bxbxAx1
Bx1
bx
1xxmín1x,
- direção y:
0e355,22
359035como251
40
05,1225
h
e5,1225
10e cm 2,7 40 0,03 1,5 h 0,03 cm 1,5 e
y2y1y
y1y1by
y
y1
y1
by1yymín1y ,
- primeira situação de cálculo:
cm4,2
0e
ecm67,4ee
kN1200N
y
mín,x1x1x
- segunda situação de cálculo:
cm7,2ee
cm67,4ee
kN1200N
mín,y1y
x1x
A primeira situação de cálculo é mais favorável do que a segunda e não precisa ser verificada.
- situação de dimensionamento de flexo-compressão oblíqua:
cm5'd;cm40h;cm30h
m.kN40,327,21200M
m.kN04,5667,41200M
kN1200N
yx
y
x
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 27
- dimensionamento indireto, através do processo simplificado do item 17.2.5.2 da NBR-6118
(2014):
.OK99,001,102
40,32
92,71
04,56254
23,148,84
40,32
18,60
04,56224
1Myy
My
Mxx
Mx
2,12,1
2,12,1
2,12,1
solução adotada: 425
- dimensionamento direto à flexo-compressão oblíqua:
* armadura igual nos quatro cantos: As,total = 17,92 cm2 (solução adotada: 425)
* armadura igual nas quatro faces: As,total = 20,62 cm2
Exemplo 3:
N = 1000 kN
Mx = ± 40 kN.m cm41000
4000ee B
x1A
x1
My = ± 60 kN.m cm61000
6000ee B
y1A
y1
ℓe = 2,6 m
5,2240
26046,3
h46,3
0,3030
26046,3
h46,3
h46,3
y
ey
x
ex
e
- direção x:
0e7,6630
)9035(7,6640,0
30
45,1225
h
e5,1225
40,040,020,04
)4(40,060,040,0
e
e40,060,0
cm4e cm 2,4 30 0,03 1,5 h 0,03 cm 1,5 e
x2x1x
x1bx
x
x1
x1
bxbxAx1
Bx1
bx
1xxmín1x,
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 28
- direção y:
0e2,675,22
)9035(2,6740,0
40
65,1225
h
e5,1225
40,040,020,06
)6(40,060,040,0
e
e40,060,0
cm6e cm 2,7 40 0,03 1,5 h 0,03 cm 1,5 e
y2y1y
y1by
y
y1
y1
bybyAy1
By1
by
1yymín1y ,
- como e1x > e1x,mín e e1y > e1y,mín, a situação de projeto é a única situação de cálculo.
cm5'd;cm40h;cm30h
m.kN6061000M
m.kN4041000M
kN1000N
yx
y
x
- dimensionamento indireto, através do processo simplificado do item 17.2.5.2 da NBR-6118
(2014):
.OK00,170,103
60
32,73
40224
1Myy
My
Mxx
Mx
2,12,1
2,12,1
solução adotada: 422 (4 x 3,801 = 15,20 cm2)
- dimensionamento direto à flexo-compressão oblíqua:
* armadura igual nos quatro cantos: As,total = 13,40 cm2 (solução adotada: 422)
* armadura igual nas quatro faces: As,total = 15,97 cm2
- armadura transversal:
adotando-se para a armadura longitudinal )cm20,15(224 2 e estribos de 5 mm, têm-se
cm5,202,2
5,0
5,0
90
f
GPa90mm5,54/mm5como
cm4,262,2x1212
cm30h
cm20
s22
t
ykt
x
t
resultando estribos .cm20/c5
Exemplo 4:
N = 1400 kN
Mx = 0 e1x = Mx/N = 0
My = 0 e1y = My/N = 0
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 29
ℓe = 4 m
6,3440
40046,3
h46,3
1,4630
40046,3
h46,3
h46,3
y
ey
x
ex
e
e1,mín = 1,5 cm + 0,03 h
1e cm 2,7 40 0,03 1,5 h 0,03 cm 1,5 e
e cm 2,4 30 0,03 1,5 h 0,03 cm 1,5 eb
1yymín1y ,
1xxmín1x,
35
9035
25
h/e5,1225
1
1
b
11
esbeltopilar0e
0e
y21y
x21x
- determinação dos efeitos locais de segunda ordem para :90
aproximadarigidezcom
aproximadacurvaturacompadrãopilardométodo
(a) curvatura aproximada:
fA
N
15,0com,h5,0
005,0
10e
ee
eeee
cdc
d
x
2e
x2
mín,x1x1
x1x2x1bxx
cm4,2e
cm29,489,14,2eee
cm89,1305,091,0
005,0
10
400e
91,04,1/5,24030
14004,1
cm4,2ee
x1
x2x1bxx
2
x2
mín,x1x1
(b) rigidez aproximada:
h
e5132
e
/1201
ee
x
x
x12x
x1bxx
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 30
- procedimento iterativo: arbitra-se, inicialmente, que ex = e1x = 2,4 cm
- primeira iteração:
cm97,3
80,44120
1,461
4,2e;80,44
30
4,25132
2x
- segunda iteração:
cm60,3
17,53120
1,461
4,2e;17,53
30
97,35132
2x
- terceira iteração:
cm67,3
20,51120
1,461
4,2e;20,51
30
60,35132
2x
- quarta iteração:
cm66,3
57,51120
1,461
4,2e;57,51
30
67,35132
2x
- solução direta:
724,2.1.30e..hC
39680,14,2.1.53840
30.1,4630e..5
3840
h.hB
5A
:onde,0Ce.Be.A
x1bxx
2
x1bxx
2
xxx
2
x
cm66,35.2
)72(.5.439680,139680,1
A.2
C.A.4BBe
22
x
- situação de cálculo:
cm7,2ee
cm66,3eee
mín,y1y
x2x1x
cm5'd;cm40h;cm30h
m.kN80,377,21400M
m.kN24,5166,31400M
kN1400N
yx
y
x
- dimensionamento direto à flexo-compressão oblíqua:
* armadura igual nos quatro cantos: As,total = 22,67 cm2
* armadura igual nas quatro faces: As,total = 25,22 cm2 (adotado: 820 8x3,142=25,14 cm
2)
- detalhamento:
adotando-se para a armadura transversal estribos de 5 mm, têm-se
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 31
.OKmm54/mm5como
cm242x1212
cm30h
cm20
s
t
x
t
resultando estribos .cm20/c5
* espaçamento das barras:
.OKcm3,2cm92
235,025,2230e
cm3,29,12,1d2,1
cm21
cm2
e
máx
máx,
* proteção contra flambagem:
direçõesduasnaslementaressupestribos
cm105,02020cm162
25,025,2240s
cm105,02020cm112
25,025,2230s
ty
tx
Exemplo 5:
N = 366,9 kN
cm109,366
3669em.kN69,36M
Ax
A
x1
cm5,29,366
917em.kN17,9M
Bx x1
B
cm259,366
9173em.kN73,91M
Ay
A
y1
cm39,366
1101em.kN01,11M
By x1
B
ℓe = 7,5 m
9,6440
75046,3
h46,3
5,8630
75046,3
h46,3
h46,3
y
ey
x
ex
e
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 32
- direção x:
)esbeltopilar(0e3,585,86
)9035(3,5850,0
30
105,1225
h
e5,1225
50,040,050,010
)5,2(40,060,040,0
e
e40,060,0
cm10e cm 2,4 30 0,03 1,5 h 0,03 cm 1,5 e
x2x1x
x1bx
x
Ax1
x1
bxbxAx1
Bx1
bx
A1xxmín1x,
- rigidez aproximada:
h
e5132
e
/1201
ee
x
x
x12x
x1bxx
- solução direta:
15010.5,0.30e..hC
455,5310.5,0.53840
30.5,8630e..5
3840
h.hB
5A
:onde,0Ce.Be.A
x1bxx
2
x1bxx
2
xxx
2
x
cm135.2
)150(.5.4455,53455,53
A.2
C.A.4BBe
22
x
)eextremidaddeseção(cm10
)ermediáriaintseção(cm13
e
e
x1
x
- direção y:
)esbeltopilar(0e7,599,64
)9035(7,5955,0
40
255,1225
h
e5,1225
55,040,055,025
)3(40,060,040,0
e
e40,060,0
cm25e cm 2,7 40 0,03 1,5 h 0,03 cm 1,5 e
y2y1y
y1by
y
Ay1
y1
bybyAy1
By1
by
A1yymín1y ,
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 33
- rigidez aproximada:
h
e5132
e
/1201
ee
y
y
y12y
y1byy
- solução direta:
55025.55,0.40e..hC
6251,7225.55,0.53840
40.9,6440e..5
3840
h.hB
5A
:onde,0Ce.Be.A
y1byy
2
y1by
y
2
y
yy
2
y
cm02,205.2
)550(.5.46251,726251,72
A.2
C.A.4BBe
22
x
)eextremidaddeseção(cm25
)ermediáriaintseção(cm02,20
e
e
y1
y
duas situações de projeto:
- seção intermediária:
cantosquatronosigualarmaduracm61,14A
m.kN45,7302,209,366M
m.kN70,47139,366M
kN9,366N
2
total,s
y
x
-seção de extremidade:
cantosquatronosigualarmaduracm44,15A
m.kN73,91259,366M
m.kN69,36109,366M
kN9,366N
2
total,s
y
x
solução: 425 (19,64 cm2)
Departamento de Engenharia Civil – Universidade Federal do Rio Grande do Sul 34
ANEXO – AÇO DESTINADO A ARMADURAS PARA ESTRUTURAS DE
CONCRETO ARMADO (NBR7480:2007)
Tabela 1 – Características das barras
Diâmetro
(mm)
Área
(cm2)
6,3 0,312
8,0 0,503
10,0 0,785
12,5 1,227
16,0 2,011
20,0 3,142
22,0 3,801
25,0 4,909
32,0 8,042
40,0 12,566
Tabela 2 – Características dos fios
Diâmetro
(mm)
Área
(cm2)
2,4 0,045
3,4 0,091
3,8 0,113
4,2 0,139
4,6 0,166
5,0 0,196
5,5 0,238
6,0 0,283
6,4 0,322
7,0 0,385
8,0 0,503
9,5 0,709
10,0 0,785