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Page 1: Apostila sae para_e-mail

CUIABAacute2006

Introduccedilatildeo

Essa apostila foi elaborada com o objetivo de fornecer a Enfermeiros e Acadecircmicos de Enfermagem elementos para a aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem a partir da construccedilatildeo de um referencial teoacuterico embasado em teorias de enfermagem

Em 2004 a utilizamos por ocasiatildeo da oficina realizada pela Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso junto aos enfermeiros dos Hospitais Regionais onde contei com a colaboraccedilatildeo da Enfordf Idevania Geraldini Costa Para subsidiar as oficinas promovidas pelo COREN em 07 regiotildees do Estado fiz algumas adaptaccedilotildees em 2005 Nesta segunda revisatildeo dispus novos textos para o estudo das teorias de enfermagem e atualizei os diagnoacutesticos de enfermagem

Esse material estaacute assim organizado primeira parte - coletacircnea de textos referente a teorias de Enfermagem a construccedilatildeo do marco referencial de Enfermagem e sua relaccedilatildeo com a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem(SAE) Na segunda parte apresentamos os aspectos eacuteticos e legais relativos a SAE e na terceira parte descrevemos cada passo do processo de enfermagem e propomos alguns exerciacutecios

Agradeccedilo a todas as pessoas que de alguma forma contribuiacuteram para a elaboraccedilatildeo deste material em especial as Enfas Geralda Lopes e Maria Yolanda e Silva

As raacutepidas e contiacutenuas mudanccedilas no ambiente de cuidado de sauacutede Tecircm grandemente aumentado as responsabilidades que a enfermeira de hoje enfrentaPara entender as responsabilidades o planejamento e a documentaccedilatildeo do cuidado satildeo essenciais para a satisfaccedilatildeo das necessidades do paciente e atendimento das obrigaccedilotildees legais Assim conforme as enfermeiras trabalham colaborativamente com outras disciplinas para prestar o cuidado do paciente noacutes precisamos continuar a identificar e documentar as necessidades de cuidado de enfermagem pelos pacientes por meio do uso do processo de enfermagem e do diagnoacutestico de enfermagemhellipO que estaacute a frente da Enfermagem e do Planejamento do cuidadodefinitivamente um enorme excitante e preciso desafio (DOENGES 2003)

Sandra Regina Altoeacute

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PARTE 1

TEORIA DE ENFERMAGEM MODELO CONCEITUAL E SISTEMATIZACcedilAtildeO DA

ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO 1 ENFERMAGEM DE SUA ESSEcircNCIA AOS MODELOS DE ASSISTEcircNCIA

Teima Elisa Carraro

Eacute difiacutecil identificar e descrever adequadamente as origens da Enfermagem pois temos poucos registros sobre as atividades a ela relacionadas na antiguidade Contudo ela aparece nos descobrimentos arqueoloacutegicos e antropoloacutegicos desta eacutepoca mostrando cuidados com as crianccedilas e a importacircncia destas crianccedilas para a sobrevivecircncia da espeacutecie humana Logo demonstram a importacircncia do cuidado de Enfermagem mantendo a vida

Muitas vezes neste processo evolutivo torna-se difiacutecil distinguir a Enfermagem da Medicina ateacute porque os primoacuterdios das duas profissotildees estatildeo intimamente entrelaccedilados Em algumas eacutepocas como a hipocraacutetica por exemplo a Medicina era exercida sem a Enfermagem jaacute na Idade Meacutedia a Enfermagem era praticada sem a Medicina Sem duacutevida a matildee-enfermeira precedeu ao mago-sacerdote ou ao curandeiro Inclusive eacute possiacutevel que estes dois serviccedilos estivessem unidos inicialmente tendo-se dividido com o tempo dando lugar a duas profissotildees relacionadas agrave arte da cura o fornecedor da Medicina e o cuidador ou seja o meacutedico e a enfermeira (Stewart amp Austin citados por Donahue 1993)

A Enfermagem tem sido considerada a mais antiga das artes e a mais jovem das profissotildees Atravessou vaacuterias fases sempre participando dos movimentos sociais A histoacuteria da Enfermagem tem sido a histoacuteria de um grupo profissional cujo status sempre vem marcado pelas linhas prevalentes da humanidade Os momentos decisivos da histoacuteria tambeacutem o satildeo para a Enfermagem Os acontecimentos que provocam consideraccedilatildeo pelos seres humanos tendem a promover atitudes como as da Enfermagem atitudes fundamentalmente humaniacutesticas (Dock amp Stewart citados por Donahue 1993)

Podemos facilmente nos lembrar dos acontecimentos da Guerra da Crimeacuteia e relacionaacute-los a Florence Nightingale Entatildeo fica claro outro aspecto marcante na Enfermagem sua relaccedilatildeo com a histoacuteria da mulher pela predominacircncia feminina e pela atuaccedilatildeo voltada ao cuidado a histoacuteria da Enfermagem reflete a situaccedilatildeo da mulher atraveacutes dos tempos De acordo com Donahue (1993 p 3) durante os periacuteodos em que a mulher esteve rigorosamente confinada ao lar por imposiccedilotildees sociais e suas energias se dirigiram exclusivamente agrave vida familiar a Enfermagem adotou um caraacuteter de arte domeacutestica Os deveres da mulher seu grau de independecircncia econocircmica sua liberdade fora da famiacutelia e outros fatores tiveram uma influecircncia capital no progresso da Enfermagem

Esta forte relaccedilatildeo entre a Enfermagem e a mulher mais especificamente a mulher-matildee perpetuou a ideacuteia de que a Enfermagem soacute poderia ser exercida por mulheres o que ateacute os dias de hoje gera muitos preconceitos e influencia na escolha da profissatildeo A Enfermagem no entanto natildeo inclui fronteiras sexuais tanto homens como mulheres possuem uma tendecircncia natural de agir frente ao processo sauacutede-doenccedila seja se afastando seja ignorando seja agindo junto ao outro Assim a Enfermagem eacute uma profissatildeo que pode ser exercida por ambos os sexos

Agrave medida que os cuidados de Enfermagem foram ficando mais complexos ficou claro que para realizaacute-los era necessaacuterio mais que a simples motivaccedilatildeo ateacute entatildeo suficiente O amor e a dedicaccedilatildeo natildeo bastavam por si soacutes para fomentar a sauacutede e vencer a doenccedila O desenvolvimento da Enfermagem dependia de outros dois fatores a habilidadeexperiecircncia

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e o conhecimento A destreza manual para a execuccedilatildeo de determinados procedimentos realidade inclusive nas tribos primitivas seguiu aperfeiccediloando-se por meio da experiecircncia Agrave medida que se dispunha de mais detalhes sobre o processo sauacutede-doenccedila surgia a necessidade de mais conhecimento (Dock amp Stewart referidos por Donahue 1993)

A cabeccedila o coraccedilatildeo e as matildeos se uniram firmemente para assentar os alicerces da Enfermagem moderna Estes trecircs elementos essenciais corresponderiam agrave ciecircncia agrave alma e agrave habilidade da Enfermagem e inclusive em outro contexto seriam sinocircnimos dos aspectos teoacuterico praacutetico e eacutetico-moral da profissatildeo (Stewart apud Donahue 1993)

O conhecimento dos fatos e princiacutepios proporcionou o impulso para que a Enfermagem se convertesse tanto em uma arte quanto em uma ciecircncia (Dock amp Stewart referidos por Donahue 1993)

Tratando-se da Enfermagem moderna percebemos que Nightingale corrobora o acima exposto ao salientar que agrave Enfermagem cabia o cuidado com o doente e que a Medicina tratava a doenccedila Ressaltou a importacircncia da Enfermagem ao doente e da Enfermagem saudaacutevel e em ambas incluiu medidas de prevenccedilatildeo e de promoccedilatildeo agrave sauacutede Para ela Enfermagem era 1mbos uma arte e uma ciecircncia e requeria uma organizaccedilatildeo cientiacutefica e educaccedilatildeo formal para cuidar dos sofrimentos das doenccedilas (Nightingale 8931949 apud Reed e Zurakowski 1983 p 13 Carraro 1994) A princiacutepio Nightingale julgava que ldquopara aliviar o sofrimento do proacuteximo bastavam a ternura a simpatia e a paciecircnciardquo Mas agora a sua curta experiecircncia lhe mostrava que soacute os conhecimentos especializados poderiam trazer o aliacutevio (Woodham-Srnith 1951 p 143)

Da sua Essecircncia

Japiassu e Marcondes (1991) registram que essecircncia eacute o ser mesmo das coisas aquilo que a coisa eacute ou o que faz dela aquilo que ela eacute Para Ferreira (1986) essecircncia significa aquilo que constitui a natureza do ser o principal o cerne

De acordo com Donahue a essecircncia da Enfermagem reside na imaginaccedilatildeo criativa no espiacuterito sensiacutevel e na compreensatildeo inteligente que constituem o fundamento real dos cuidados de Enfermagem eficazes Para Florence Nightingale a Enfermagem eacute uma arte[] poder-se-ia dizer a mais bela das artes (Seymer [19--] p 106) Ela salientava que a arte da Enfermagem deveria incluir condiccedilotildees que por si mesmas tomassem possiacutevel a assistecircncia de Enfermagem Referia-se agrave enfermagem como a arte de cuidar dos doentes (18591989 p 15) Natildeo explicou o que entendia por arte poreacutem em todos os momentos deixa esse conceito transparecer (Carraro 1994)

Vemos que a arte se expressa na Enfermagem principalmente atraveacutes da sensibilidade da criatividadeimaginaccedilatildeo e da habilidade como instrumentos para a assistecircncia de Enfermagem A sensibilidade nos leva a perceber e externar nossos sentimentos e por outro lado eacute ela que nos possibilita perceber entender e respeitar os sentimentos do outro A criatividadeimaginaccedilatildeo se complementam e nos conduzem a pensar inventar figurar em espiacuterito com bases na sensibilidade E eacute nesse lento que a habilidade se configura como aptidatildeo ou capacidade para desenvolver algo contemplando tambeacutem a inteligecircncia e a perspicaacutecia (se articulam no conjunto dos componentes jaacute explicitados da arte) um todo (Carraro 1994)

A ciecircncia se evidencia atraveacutes da aplicaccedilatildeo de conhecimentos sistematizados instrumentalizados pela arte

O Resgate do Modelo Nightingaleano de Assistecircncia

A histoacuteria da Enfermagem nos mostra a evoluccedilatildeo de um fazer intuitivo - como o eacute o cuidado da mulher-matildee com o seu receacutem nascido a um fazer reflexivo Registra que a praacutetica preacute-

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nightingaleana era desenvolvida sem um referencial e que as pessoas que a exerciam natildeo eram preparadas para tal

A questatildeo teoacuterica na profissatildeo nasce em Florence Nightingale quando ela apresenta suas reflexotildees e diz que a Enfermagem eacute diferente da Medicina e que portanto eacute necessaacuterio estudar e estruturar as maneiras de fortalecer nos indiviacuteduos suas potencialidades naturais para que por sua proacutepria forccedila se opere a cura Com esta proposiccedilatildeo ela afirma a importacircncia de um trabalho dirigido por conhecimentos gerais e especiacuteficos que toda enfermeira deve possuir (Leopardi 1999 p 8)

A proacutepria Florence Nightingale apoacutes buscar conhecer o que se praticava na Enfermagem afirmou que soacute conhecimentos especializados poderiam trazer resultados satisfatoacuterios e que ela iria fazer um curso de Enfermagem Essa breve retrospectiva mostra-nos um crescente do empiacuterico para o cientiacutefico A partir da atuaccedilatildeo de Florence Nightingale e da consequente instituiccedilatildeo da Enfermagem moderna determinou-se um contraste entre a praacutetica da Enfermagem exercida por pessoas preparadas para tal e a praacutetica anterior Nightingale embora de forma empiacuterica e sem consciecircncia desse fato principalmente no que se refere agraves visotildees atuais atuou embasada num Modelo de Enfermagem Para Marriner-Tomey (1994) um modelo eacute uma ideacuteia que explica por meio de visualizaccedilatildeo fiacutesica ou simboacutelica Os modelos simboacutelicos para ela podem ser verbais esquemaacuteticos ou quantitativos Os verbais satildeo enunciados construiacutedos com palavras os esquemaacuteticos podem ser diagramas graacuteficos desenhos ou imagens e os quantitativos se embasam em siacutembolos matemaacuteticos Os modelos servem para facilitar o raciociacutenio dos conceitos e das relaccedilotildees existentes entre eles ou ainda para delinear o processo de assistecircncia de Enfermagem

Segundo Selanders (1995) o Modelo de Enfermagem de Nightingale descreve como uma enfermeira deve implementar as leis naturais as quais permitem que os conceitos pessoa ambiente sauacutede-doenccedila e Enfermagem interajam Seu modelo foi adotado natildeo apenas na Inglaterra seu paiacutes de origem mas difundiu-se pelo mundo afora influenciando diretamente o desenvolvimento da Ciecircncia da Enfermagem

Nightingale defendia que embora o meacutedico e a enfermeira possam lidar com a mesma populaccedilatildeo a Enfermagem natildeo deve ser vista como subserviente agrave Medicina ao contraacuterio a Enfermagem objetiva descobrir as leis naturais que auxiliaratildeo a colocar o enfermo na melhor condiccedilatildeo possiacutevel a fim de que a natureza possa efetuar a cura (Selanders 1995)

Antigamente a Medicina procurava ver o homem integral respeitando suas crenccedilas e valores Hipoacutecrates (460 a 475 aC) dizia que o conhecimento do corpo eacute impossiacutevel sem o conhecimento do homem como um todo Naquela eacutepoca Hipoacutecrates pressupondo que cada doenccedila tinha uma causa natural e que sem causas naturais nada acontecia abandonou as explicaccedilotildees sobrenaturais da doenccedila

Com o desenvolvimento da Medicina estes princiacutepios foram aos poucos sendo deixados de lado e o seu enfoque passou a ser nas noccedilotildees do corpo como maacutequina da patologia como uma avaria nesta maacutequina e da tarefa do Meacutedico como o concerto desta maacutequina (Engel apud Capra 1982 p 116) Ao mudar seu enfoque a Medicina passa a centrar suas atenccedilotildees na cura pois se a patologia eacute considerada um fenocircmeno orgacircnico redutiacutevel a processos fiacutesicosquiacutemicos o saber meacutedico tinha o poder de curar

As atitudes meacutedicas frente ao corpo maacutequina portador de uma doenccedila foram reforccediladas pelos avanccedilos tecnoloacutegicos os quais cada vez mais separam o profissional meacutedico dos clientes O avanccedilo dos estudos e a tecnologia vecircm reforccedilando o poder de cura outorgado agrave Medicina (Capra 1982) Este modelo concede ao Meacutedico o poder de decisatildeo tanto da assistecircncia prestada seja ela meacutedica seja de outra categoria profissional quanto sobre o destino dos pacientes

Apesar da posiccedilatildeo de Nightingale os rumos na aacuterea da sauacutede levaram a Enfermagem a adotar o modelo biomeacutedico (Carraro 1999) o qual permeia sua praacutetica ateacute os dias atuais determinando um distanciamento de suas metas originais passando a existir centrado na prescriccedilatildeo meacutedica No entanto podemos perceber que atualmente este modelo biomeacutedico

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natildeo responde mais agraves necessidades do ser humano na vivecircncia do processo sauacutededoenccedila Ele natildeo quer mais ser visto em pedaccedilos mas sim como um ser singular integral indivisiacutevel insubstituiacutevel pleno na sua concepccedilatildeo de interagir com o mundo interage com o meio ambiente onde satildeo expressas crenccedilas e valores que permeiam suas accedilotildees (Carraro 1997 p 26)

No momento em que a Enfermagem voltar-se para seus modelos de assistecircncia e assumir sua essecircncia seraacute uma profissatildeo que responderaacute agraves necessidades do ser humano e que articularaacute ciecircncia e arte tendo assim visibilidade

Do Modelo Nightingaleano agrave Diversidade de Modelos de Assistecircncia

O resgate do modelo nightingaleano vem acontecendo haacute alguns anos A primeira Enfermeira a publicar poacutes-Nightingale foi Hildegard Peplau que em 1952 lanccedilou o livro Relaccedilotildees Interpessoais em Enfermagem Peplau tomou-se um marco histoacuterico para a Enfermagem dos anos 50 Naquela deacutecada iniciaram-se os cursos de Mestrado nos Estados Unidos da Ameacuterica dando novo iacutempeto agrave profissatildeo deflagrando a eacutepoca das Teorias de Enfermagem

Segundo Leddy e Pepper (1993) a ciecircncia da Enfermagem tem sido derivada principalmente das teorias sociais bioloacutegicas e meacutedicas Todavia depois de 1950 grande nuacutemero de enfermeiras teoristas tem desenvolvido modelos de Enfermagem que oferecem suporte para o desenvolvimento das teorias de Enfermagem e do

conhecimento de Enfermagem

Este novo conhecimento posto de algum modo aponta como principal preocupaccedilatildeo natildeo a patologia mas o indiviacuteduo doente ou natildeo experenciando o processo sauacutede-doenccedila com o enfoque na promoccedilatildeo do bem-estar e da sauacutede

Destaca-se no Brasil a atuaccedilatildeo de Wanda de Aguiar Horta no que se refere agrave difusatildeo das Teorias de Enfermagem Nascida em 1926 em Beleacutem do Paraacute graduou-se em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da USP em 1948 e doutorou-se em 1968 na Escola Ana Neacuteri Em 1979 publica seu livro baseado na Teoria das Necessidades Humanas Baacutesicas de Maslow e a partir daiacute operacionaliza um Processo de Enfermagem Existe atualmente uma discussatildeo sobre se os escritos de Horta configuram uma teoria ou um processo de Enfermagem Chegar a uma conclusatildeo a respeito eacute tarefa muito difiacutecil face agrave grande diversidade de paradigmas existentes poreacutem eacute inegaacutevel o grande avanccedilo que seus escritos trouxeram para o desenvolvimento da Enfermagem brasileira ateacute porque a grande maioria dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem adotou-os como base para a aprendizagem da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem (Carraro 1998) Certamente sua proposta nos mostra um Modelo de Assistecircncia

Atualmente a influecircncia das Teorias e dos Modelos de Assistecircncia de Enfermagem eacute evidente no contexto da Enfermagem brasileira pois estatildeo cada vez mais difundidos tanto na praacutetica da Enfermagem quanto na formaccedilatildeo de profissionais enfermeiros

Modelos de Assistecircncia satildeo representaccedilotildees do mundo vivido expressas verbalmente ou por meio de siacutembolos esquemas desenhos graacuteficos diagramas Seu objetivo eacute direcionar a assistecircncia de Enfermagem oferecendo ao enfermeiro os subsiacutedios necessaacuterios para sua atuaccedilatildeo

Segundo Keck (1989) as teorias satildeo modelos da realidade em geral realidades natildeo-observaacuteveis diretamente Os modelos ajudam a desenvolver as teorias e a explicitar a relaccedilatildeo existente entre os conceitos Ateacute porque os modelos permitem a manipulaccedilatildeo dos conceitos sobre o papel antes de serem submetidos agrave verificaccedilatildeo no mundo real

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Um modelo eacute uma abstraccedilatildeo da realidade um modo de visualizar a realidade facilitando o raciociacutenio Um modelo conceitual mostra-nos como vaacuterios conceitos satildeo inter-relacionados e aplica teorias que predizem ou avaliam consequumlecircncias de accedilotildees alternativas (Leddy e Pepper 1993)

Fawcett (1992) salienta a utilidade dos modelos conceituais para a organizaccedilatildeo do pensamento da observaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo do que se vecirc Eles tambeacutem provecircem uma estrutura sistematizada e racional para o desenvolvimento das atividades

Modelos de Enfermagem incluem conceitos de ser humano Enfermagem sauacutede-doenccedila e ambiente (Fitzpatrick e Whall 1983 Fawcett 1992)

Na Enfermagem ou mesmo em outra aacuterea do conhecimento agimos de acordo com um meacutetodo seguimos um modelo mesmo que dinacircmica e inconscientemente Se prestarmos atenccedilatildeo agrave nossa rotina observaremos que na maioria das vezes agimos de maneira semelhante todos os dias repetindo accedilotildees desde a mais simples ateacute a mais complexa E temos um motivo para isso realizamos as atividades pautadas em conhecimentos empiacutericas aprendidas no dia-a-dia com rotinas preestabelecidas ou embasados cientificamente e as repetimos cada vez que agimos Muitas vezes fazemos isto sem refletir a respeito sem procurar modos mais eficientes sem buscar a atualizaccedilatildeo do conhecimento sem nos lembrarmos da velocidade e do dinamismo com que o conhecimento avanccedila na atualidade

Este meacutetodo de que lanccedilamos matildeo visa organizar e direcionar nosso desempenho embora num primeiro momento possa parecer complexo apoacutes estarmos familiarizados com este processo ele passa a facilitar nosso trabalho assegurando maior qualidade agrave assistecircncia prestada

Segundo Pollit e Hungler (1995) o meacutetodo cientiacutefico combina aspectos do raciociacutenio loacutegico com outros para criar um sistema de soluccedilatildeo de problemas que embora faliacutevel eacute mais confiaacutevel do que a tradiccedilatildeo a autoridade a experiecircncia ou a tentativa e erro por si soacutes

Assim um modelo de assistecircncia embasado cientificamente conduz-nos ao fazer reflexivo a estar sempre buscando a melhoria da assistecircncia prestada Leva-nos a refletir que Enfermagem eacute esta que estou desenvolvendo Quem eacute o ser humano que estou assistindo O que eacute o processo sauacutede-doenccedila a que o ser humano estaacute exposto E o meio ambiente o que eacute

Os modelos de assistecircncia nos auxiliam a perceber que praticar Enfermagem natildeo eacute simplesmente uma ordenaccedilatildeo de procedimentos mais ou menos constantes dependendo da situaccedilatildeo Ela eacute um processo dinacircmico mutaacutevel e criativo mas nem por isso deixa de ser um processo conheciacutevel objetivo programaacutevel e decifraacutevel Desta forma quanto mais claro estiver o referencial teoacuterico do modelo aplicado maior seraacute a seguranccedila e a realizaccedilatildeo profissional do Enfermeiro maior seraacute o direcionamento da equipe de Enfermagem culminando com uma assistecircncia de Enfermagem adequada agraves necessidades apresentadas pelo ser humano assistido

Por outro lado a qualidade da Assistecircncia de Enfermagem prestada depende da equipe liderada e coordenada pelo Enfermeiro Os modelos de assistecircncia instrumentalizam o planejamento cientiacutefico e sistematizado das accedilotildees a serem desenvolvidas pelos integrantes da Equipe de Enfermagem oferecendo suporte e direcionando o desempenho das atividades Contribuem para a credibilidade e visibilidade da Enfermagem

O desenvolvimento da profissatildeo de Enfermagem atraveacutes dos tempos ainda natildeo alcanccedilou sua maturidade Continua crescendo e desenvolvendo-se a fim de ampliar as esferas de serviccedilos e praacuteticas profissionais aumentando suas responsabilidades Sem duacutevidas a cada dia a Enfermagem se supera criando agregando novos conhecimentos e indo aleacutem na certeza de que eacute uma Ciecircncia e uma e Arte inacabada e crescente

Refletindo

Para praticar enfermagem necessitamos

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Conhecer e prosseguir conhecendo os fundamentos e avanccedilos da profissatildeo

Ter clareza sobre a fonte de onde esta praacutetica se origina

Reconhecer as premissas e conceitos do modelo eleito para prestar assistecircncia

Estar atentos aos aspectos teoacutericos praacuteticos e eacutetico-morais da profissatildeo

Ser coerentes entre a necessidade e a finalidade da assistecircncia

Ser coerentes entre no que pensamos falamos e fazemos Saber avaliar e retro-alimentar nossa praacutetica

Ter bom senso para usar a cabeccedila o coraccedilatildeo e as matildeos Conciliar ciecircncia alma e habilidade

Ser artistas e ao mesmo tempo cientistas

Para praticara arte da enfermagem necessitamos (Buscaglia 1972)

Tempo

Compreensatildeo da arte

Sensibilidade para utilizar o material necessaacuterio

Extrema paciecircncia enquanto aprendemos as habilidades baacutesicas

Praticar a arte da Enfermagem inclui o desejo de

Experimentar fracassar arriscar Conhecer frustraccedilatildeo e mesmo o

desespero Antes de poder abandonar teacutecnicas aprendidas mecanicamente

Projetar-se plenamente na proacutepria criaccedilatildeo

2 TEORIAS E MARCO CONCEITUAL SUA INFLUEcircNCIA NA METODOLOGIA DA ASSISTEcircNCIA

Teima Elisa Carraro

A histoacuteria registra que a Enfermagem preacute-nightingaleana era desenvolvida sem um referencial que as pessoas que a exerciam natildeo eram preparadas para tal e ainda que seu resultado deixava muito a desejar

A partir da vivecircncia de Nightingale a Enfermagem passa a ser denominada cientiacutefica passando a apresentar um modelo de assistecircncia por ela desenvolvido e implementado

As crenccedilas de Nightingale a respeito da Enfermagem o que eacute e o que natildeo eacute formam o fundamento do que escreveu em suas Notas sobre EnfermagemrdquoSua contribuiccedilatildeo ao desenvolvimento das teorias estaacute em explicar o campo de accedilatildeo da Enfermagem como a relaccedilatildeo pacientemeio ambiente e em iniciar as anaacutelises estatiacutesticas para a sauacutede e a Enfermagem profissional (Choi 1989)

Sua educaccedilatildeo meticulosa vinda de seu pai um homem culto formado em Cambridge e Edimburgo era pouco comum para uma mulher do seacuteculo XIX Estudou latim grego liacutenguas modernas artes matemaacutetica e estatiacutestica filosofia histoacuteria e religiatildeo Sua educaccedilatildeo e os acontecimentos da eacutepoca estimularam seu pensamento criacutetico levando-a a interessar-se por poliacutetica economia governo liberdade condiccedilotildees sociais e instituiccedilotildees Leu e citou em

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seus escritos Platatildeo Dante Mill Bacon Locke Newton Kant Hegel Comte e Satildeo Joatildeo Por outro lado era tiacutemida e espiritualista Acreditava que servindo ao homem estava servindo a Deus o que a impulsionava a fazer seu caminho a ser independente a buscar uma profissatildeo para utilizar sua capacidade (Carraro 1999) Esta educaccedilatildeo influenciou seu pensamento e sua concepccedilatildeo da Enfermagem como ciecircncia e arte subsidiando e determinando a praacutetica da profissatildeo

Nightingale deixou-nos suas concepccedilotildees registradas em I47 livros e panfletos Sua correspondecircncia pessoal tambeacutem foi volumosa Em 1859 publicou dois de seus Best-Known Notes on Hospitais e Notes um Nursing livros que abriram uma nova eacutepoca na reforma e no cuidado com a sauacutede (Schuyler 1992) No entanto a Enfermagem tem apresentado dificuldades em seguir seu exemplo no tocante a teorizar escrever e publicar ideacuteias e realizaccedilotildees

A fundamentaccedilatildeo teoacuterica e a vivecircncia de Nightingale influenciaram seus escritos e ainda estatildeo presentes em muitas teorias de Enfermagem mais recentes Este eacute um elo importante entre a Enfermagem Ciecircncia e Arte de Florence Nightingale e a Enfermagem atual Em sua visatildeo e saber incluem-se insight e valores antigos que se relacionam com a teoria do cuidado humano atual teoria que uma vez mais guia a educaccedilatildeo de Enfermagem a praacutetica e a investigaccedilatildeo cliacutenica que se baseia no cuidado como um ideal moral teoria que permeia o espiritual o transcendente o todo enquanto atende o ser e fazer totalmente integrados A visatildeo e saber de Nightingale incluem a visatildeo e a imagem de totalidade beleza e harmonia de vida um sentido de uniatildeo de todos os seres vivos (Watson 1992)

1 Das Teorias de Enfermagem

O interesse pelo desenvolvimento de Teorias de Enfermagem surgiu por duas razotildees Primeiramente as enfermeiras perceberam que o desenvolvimento de teorias era um meio de estabelecer a Enfermagem como profissatildeo aleacutem de ser inerente a um antigo interesse em definir um corpo de conhecimentos especiacuteficos da Enfermagem Em segundo lugar os teoacutericos estavam motivados pelo valor intriacutenseco das teorias para a Enfermagem e pela importacircncia do crescimento e enriquecimento da teoria para a Enfermagem em si mesma (Choi 1989)

Com o passar dos tempos na busca de maiores subsiacutedios para a atuaccedilatildeo de Enfermagem surgiram novas teorias e novos modelos de assistecircncia inicialmente nos Estados Unidos onde esta preocupaccedilatildeo tomou forccedila com o surgimento dos cursos de mestrado em Enfermagem expandindo-se depois para outros paiacuteses

No Brasil em 1979 Wanda de Aguiar Horta publica sua teoria baseada na Teoria das Necessidades Humanas Baacutesicas de Maslow e a partir daiacute operacionaliza um Processo de Enfermagem Seus escritos foram adotados por grande parte dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem como base para a aprendizagem da Metodologia da Assistecircncia

Considerando-se teoria como um conjunto de princiacutepios fundamentais duma arte ou duma ciecircncia (Ferreira 1993 p 1664) percebe-se de forma crescente a influecircncia das teorias no contexto da Enfermagem brasileira pois sua difusatildeo cada vez mais transparece tanto na sua praacutetica quanto na formaccedilatildeo de profissionais enfermeiros

Teoria de Enfermagem eacute definida por Meleis (1985) como uma construccedilatildeo articulada e comunicada da realidade criada ou descoberta (fenocircmenos centrais e inter-relaccedilotildees) dentro da ou pertinente agrave Enfermagem para os propoacutesitos de descriccedilatildeo explicaccedilatildeo prediccedilatildeo ou prescriccedilatildeo do cuidado de Enfermagem Ainda segundo a autora as teorias de Enfermagem refletem diferentes realidades pois apontam os interesses da Enfermagem na eacutepoca o ambiente sociocultural e as experiecircncias educacionais e vivenciais da teoacuterica Espelham algumas realidades da eacutepoca em que foram concebidas e ajudam a dar forma agraves realidades da eacutepoca atual

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De acordo com Neves e Trentini (1987) a teoria orientada para a praacutetica eacute aquela dirigida para produzir mudanccedilas ou efeitos desejados em determinada condiccedilatildeo ou fenocircmeno Assim as teorias se apresentam como formas de olharcompreender os fenocircmenos da Enfermagem Alguns fenocircmenos satildeo abordados em praticamente todas as teorias de Enfermagem porque representam o centro da sua praacutetica tais como o ser humano o ambiente a sauacutededoenccedila e a Enfermagem Estes fenocircmenos compotildeem uma rede de conceitos que se inter-relacionam e formam uma maneira de ver o mundo da Enfermagem e desenvolver sua praacutetica (Paim et al 1998)

As teorias que hoje temos representam os esforccedilos coletivos e individuais das Enfermeiras para definir e dirigir a profissatildeo e como tal proporcionar a base para um desenvolvimento teoacuterico continuado (Choi 1989)

Ao representar estes esforccedilos as teorias mostram diferentes modos de pensar Enfermagem algumas apontando apenas um aspecto da realidade outras apontando todos os fenocircmenos de interesse da disciplina Vaacuterias teorias utilizadas por Enfermeiros satildeo cedidas por outras disciplinas como as teorias do estresse do enfrentamento do risco da educaccedilatildeo (Fawcett 1995)

Eacute de fundamental importacircncia que os Enfermeiros ao fazerem a opccedilatildeo por uma ou outra teoria considerem a adequaccedilatildeo e a aplicabilidade dela agrave situaccedilatildeo de Enfermagem em que seraacute utilizada

2 Marco Conceitual

Fawcett (1995) enfatiza que os marcos conceituais natildeo satildeo uma realidade nova na Enfermagem existem desde Nightingale (1859) com suas primeiras ideacuteias avanccediladas sobre Enfermagem mesmo que natildeo tenham sido expressas formalmente como marcos

A proliferaccedilatildeo formal dos marcos conceituais de Enfermagem aconteceu concomitante agrave introduccedilatildeo das ideacuteias sobre teorias de Enfermagem ambas com interesse em conceitualizar a Enfermagem como uma disciplina distinta Para Fawcett (1995) o desenvolvimento dos marcos conceituais de Enfermagem foi um importante avanccedilo para a disciplina

No entanto este eacute um tema que vem gerando discussatildeo e mostrando divergecircncias conceituais entre os estudiosos principalmente no que se refere agraves terminologias de marco e modelo teoacuterico e conceitual conforme podemos ver a seguir

Newman (1979) registra que Marco Teoacuterico eacute uma matriz de conceitos que juntos descrevem o foco da investigaccedilatildeo

De acordo com Fawcet (1984 e 1978) Modelo Teoacuterico ou Marco Teoacuterico refere-se a uma teoria ou grupo de teorias que fornecem fundamentos para as hipoacuteteses poliacuteticas e curriacuteculo de uma ciecircncia

Para Neves e Gonccedilalves (1984) Marco Conceitual eacute uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que serve para dirigir o processo da investigaccedilatildeo e da accedilatildeo

Segundo Fawcet (1992) e Botha (1989) Marco Conceitual eacute sinocircnimo de Modelo Conceitual e eacute definido como um conjunto de conceitos e proposiccedilotildees abstratas e gerais intimamente relacionados

Em 1993 Silva e Arruda registram que o Marco de Referecircncia apresenta niacutevel de abstraccedilatildeo de menor complexidade do que os Marcos Conceituais Teorias no que se refere a sua construccedilatildeo teoacuterico-conceitual Tem a finalidade de demarcar o conhecimento em que se apoacuteia servindo de base para as accedilotildees de Enfermagem (Silva e Arruda 1993)

Na compreensatildeo de Wall (2000) o Marco Conceitual eacute um conjunto de elaboraccedilotildees mentais sobre aspectos relacionados ao objeto em estudo Um ponto que serve como forccedila como orientaccedilatildeo Uma proposta da qual queremos nos aproximar

Apesar desta divergecircncia conceitual eacute fundamental que os enfermeiros compreendam que os marcos eou modelos (Marco Conceitual Modelo Conceitual Marco

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Teoacuterico Modelo Teoacuterico) com suas diferenccedilas e semelhanccedilas formam um emaranhado de conceitos inter-relacionados que servem para direcionar as accedilotildees de Enfermagem Podemos dizer que eles iluminam os caminhos da Enfermagem

Em resumo todos os termos utilizados visam aprofundar formas de dirigir a accedilatildeo de Enfermagem pois buscam por meio dos conceitos formalizar uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que fundamente a ciecircncia e consequentemente as accedilotildees de Enfermagem

3 Das Funccedilotildees dos Marcos Conceituais

Os MarcosModelos proporcionam ao profissional a evidecircncia de que ele necessita para embasar suas accedilotildees apontando e justificando por que selecionar um determinado problema para estudo Ajudam na sumarizaccedilatildeo do conhecimento existente na explicaccedilatildeo dos fatos observados e das relaccedilotildees entre eles

De acordo com Neves e Gonccedilalves (1984) o Marco Conceitual contribui na previsatildeo de eventos ateacute entatildeo natildeo-observados e no estabelecimento de relaccedilotildees entre os eventos com base nos princiacutepios explicativos englobados nas teorias

Fawcett (1995) salienta que os marcos direcionam a procura das questotildees sobre o fenocircmeno e sugerem soluccedilotildees para problemas praacuteticos Enfatiza que os marcos conceituais de Enfermagem explicitam orientaccedilotildees filosoacuteficas e pragmaacuteticas para a assistecircncia que somente os Enfermeiros podem oferecer aos pacientes por conhecerem a dimensatildeo total do cuidado o qual eacute diferente daquele realizado por qualquer outro profissional de sauacutede

O marco conceitual constitui uma construccedilatildeo teoacuterica que sustenta a praacutetica de Enfermagem e as decisotildees no processo de assistir o ser humano Ele reflete tambeacutem a maneira de o autor conceber os indicativos assistenciais da Enfermagem (Carraro 1997)

Assim compreendido o Marco Conceitual torna-se uma importante ferramenta para embasar direcionar e clarificar as accedilotildees natildeo apenas do Enfermeiro mas de toda a equipe de Enfermagem Ele serve de base para a proposta e o desenvolvimento da Metodologia de Assistecircncia de Enfermagem a qual deveraacute estar estruturada de forma coerente com seus conceitos

Tem a finalidade de proporcionar o foco que ilumina os caminhos a serem percorridos pelo profissional para atingir seus objetivos assistenciais formando um emaranhado uma teia dentro da qual a assistecircncia os aspectos teoacutericos teacutecnicos e eacuteticos satildeo examinados a fim de tomarem possiacutevel explicar as relaccedilotildees propostas e identificar vazios no conhecimento que necessitam ser revelados para ampliar continuamente as possibilidades de cuidado

4 Da sua Construccedilatildeo

Todos noacutes temos uma imagem pessoal do que seja a praacutetica da Enfermagem Esta imagem influencia nossa interpretaccedilatildeo dos dados decisotildees e accedilotildees Mas pode uma disciplina continuar desenvolvendo-se quando seus membros se sustentam em diferentes imagens Os proponentes dos marcos conceituais para a praacutetica estatildeo procurando fazer uso consciente destas imagens sem o que natildeo poderemos comeccedilar a identificar semelhanccedilas em nossas percepccedilotildees sobre a natureza da praacutetica nem evoluir para conceitos bem ordenados (Reillys citado por Fawcett 1995)

Segundo King (1988) conceitos satildeo abstraccedilotildees que provecircem conhecimento sobre a essecircncia das coisas Um conceito eacute uma imagem mental de uma coisa de uma pessoa ou de um objeto Para Chinn e Jacobs (1982) os conceitos satildeo formulaccedilotildees mentais complexas de um objeto propriedade ou acontecimento originaacuterias das percepccedilotildees e experiecircncias individuais

Os conceitos registram ainda as crenccedilas e valores do autor sobre aquilo que estaacute sendo conceituado Quando os conceitos satildeo inter-relacionados como no caso da Enfermagem eles formam uma base para as accedilotildees seja na pesquisa seja na praacutetica profissional A esta estrutura pode-se chamar marco conceitual (Carratildeo 19)

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A construccedilatildeo de um Marco Conceitual pode partir da praacutetica da conceituaccedilatildeo das imagens privativas do Enfermeiro sobre a praacutetica da Enfermagem vivenciada pelo autor baseada em suas crenccedilas e valores com a busca de subsiacutedios na teoria Nesta forma de construccedilatildeo primeiramente se elaboram os conceitos eleitos registrando-se aquilo em que se acredita sobre cada um deles com leituras releituras e reformulaccedilotildees ateacute que reflitam os pensamentos do autor Pode-se usar a estrateacutegia de discuti-los com a Equipe de Enfermagem eou com outras pessoas Somente apoacutes esta preacutevia estruturaccedilatildeo dos conceitos busca-se uma teoria que venha ao encontro das ideacuteias ali expressas potencializando-as Entatildeo incorporam-se aos conceitos as ideacuteias contidas na teoria

Pode-se tambeacutem partir da teoria Contudo antes de optarmos por uma teoria primeiramente eacute necessaacuterio estudaacute-la procurando compreendecirc-la buscando as relaccedilotildees entre o que ela retrata aquilo em que se acredita e a aplicaccedilatildeo que se pretende fazer Somente apoacutes essa identificaccedilatildeo eacute que deve ser feita a opccedilatildeo por uma determinada teoria Entatildeo alguns dos seus conceitos satildeo escolhidos para embasarem o Marco Conceitual e a praacutetica da Enfermagem

Conveacutem lembrar que a teoria escolhida natildeo necessita ser especificamente de Enfermagem Existe ainda a possibilidade de se usar mais de uma teoria poreacutem com muita cautela pois as concepccedilotildees teoacuterico - filosoacuteficas delas podem ser divergentes comprometendo assim toda a construccedilatildeo do Marco Conceitual e consequentemente a assistecircncia de Enfermagem a ser prestada

A construccedilatildeo de um Marco Conceitual partindo da praacutetica ou partindo da teoria eacute um processo reflexivo que se configura num ir e vir aos conceitos reformulando-os tantas vezes quantas forem necessaacuterias para que estes reflitam o pensamento do seu autor Busca-se ainda a inter-relaccedilatildeo entre os conceitos de tal modo que lendo-se um deles os demais estejam impliacutecitos mostrando forte relaccedilatildeo entre si

Eacute importante ressaltar que independentemente da forma de construccedilatildeo o Marco Conceitual deveraacute contemplar as especificidades da praacutetica a que seraacute aplicado uma vez que ele eacute um instrumento que subsidia a praacutetica da Enfermagem (portanto um meio e natildeo um fim em si mesmo embasando a construccedilatildeo e o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem)

Apoacutes a construccedilatildeo do Marco Conceitual passa-se a sua aplicaccedilatildeo para que deveratildeo ser buscados os elementos de cada conceito as accedilotildees a que cada elemento conduz e a estrateacutegia para desenvolver cada accedilatildeo Esta operacionalizaccedilatildeo pode configurar-se como um mapa da assistecircncia a ser prestada embasando a metodologia de assistecircncia

Como exemplo vai imaginar que ao conceituar-se ser humano esteja registrado que ele eacute singular integral indivisiacutevel e insubstituiacutevel As accedilotildees a que este registro conduz satildeo accedilotildees de humanizaccedilatildeo da assistecircncia e as estrateacutegias poderatildeo ser chamar pelo seu nome envolver sua famiacutelia na assistecircncia ouvir tocar entre outras Se o registro diz que a Enfermagem eacute uma ciecircncia e uma arte as accedilotildees deveratildeo ser de aplicaccedilatildeo tanto do conhecimento cientiacutefico quanto da sensibilidade Imaginaccedilatildeocriatividade e habilidade ao prestar cuidados As estrateacutegias deveratildeo contemplar diaacutelogo observaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas especiacuteficas

Enfim o resultado final da Assistecircncia prestada deveraacute refletir o Marco Conceitual proposto aleacutem de servir para confirmar testar os conceitos formulados ou mesmo dar-lhes novos direcionamentos e ou reconstruccedilotildees

5 Algumas Consideraccedilotildees

A implementaccedilatildeo da praacutetica assistencial embasada num Marco Conceitual proporciona uma perspectiva de assistecircncia sistematizada e singular um embasamento teoacuterico para o desenvolvimento da praacutetica e por meio desta um enriquecimento da teoria num movimento de ir e vir

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No transcorrer da assistecircncia evidenciam-se pontos do Marco Conceitual que a subsidiam Quando se inicia a implementaccedilatildeo da praacutetica subsidiada por um Marco Conceitual pode-se encontrar dificuldades ateacute por uma questatildeo de haacutebito O pensamento se configura mas a accedilatildeo eacute tatildeo automaacutetica que quando percebemos jaacute a executamos natildeo como a pensamos mas como estaacutevamos condicionados a fazer (Carraro 1994 p 119)

Precisamos ter o Marco Conceitual introjetado em noacutes para conseguirmos vencer os haacutebitos anteriores e avanccedilar rumo a uma nova proposta de assistecircncia estando alertas para nossas accedilotildees ateacute para natildeo nos desanimarmos com o processo pois aos poucos podemos transpor as dificuldades de implementaccedilatildeo que se apresentarem

O Marco Conceitual quando conscientemente aplicado pouco a pouco vai mostrando que o fazer fazendo aprendendo e teorizando agrave luz da praacutetica concretiza-se no dia-a-dia da assistecircncia de Enfermagem Enfim conduz ao fazer reflexivo proporcionando satisfaccedilatildeo na Praacutetica Assistencial de Enfermagem tanto para o profissional quanto para o ser humano que estaacute sob seus cuidados

BILBIOGRAFIA

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para a assistecircncia de enfermagem

teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB 2001 paacuteg 5-14

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para p Assistecircncia de Enfermagem teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica Sobre teorias e marco conceitual sua influecircncia na metodologia da assistecircnciaGoiacircniaAB 2001 paacuteg 29-37

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CAPIacuteTULO 3 TEORIAS E METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE TEORIA

11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO

ldquoA unidade baacutesica do pensamento teoacuterico eacute o CONCEITO Os conceitos satildeo palavras que representam a realidade e facilitam a nossa capacidade de comunicaccedilatildeo sobre ela (Webester 1991)rdquo

Os conceitos podem ser

EMPIacuteRICOS = sentidos percebidos observados OU

ABSTRATOS = natildeo satildeo observaacuteveis Ex esperanccedila infinito

ldquoTodos os conceitos tornam-se abstraccedilotildees na ausecircncia do objetordquo

TEORIAS

Conjunto de conceitos inter-relacionados definiccedilotildees e proposiccedilotildees que apresentam uma forma sistemaacutetica de ver fatoseventos pela especificaccedilatildeo das relaccedilotildees entre as variaacuteveis com a finalidade de explicar ou prever o fatoevento (Kerlinger 1973)

12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA

PRAacuteTICA PESQUISA

TEORIA E CONCEITOS

13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA

Caracteriacutesticas de uma teoria segundo Torres 1990

1 as teorias podem inter-relacionar conceitos de tal forma que criem uma nova maneira de ver determinado fenocircmeno

2 as teorias devem ser de natureza loacutegica

3 as teorias devem ser relativamente simples e ainda generalizaacuteveis

4 as teorias podem ser as bases para as hipoacuteteses serem testadas ou para a teoria ser expandida

5 as teorias contribuem para o aumento do corpo de conhecimentos gerais da disciplina atraveacutes da pesquisa implementada para validaacute-las

6 as teorias podem ser utilizadas por profissionais para orientar e melhorar a sua praacutetica

7 as teorias devem ser consistentes com outras teorias validadas leia e princiacutepios mas devem deixar abertas as questotildees natildeo-respondidas que devem ser investigadas

2 AS TEORIAS DE ENFERMAGEM ENFATIZAM QUATRO CONCEITOS

A PESSOA pode representar um indiviacuteduo uma famiacutelia uma comunidade ou toda humanidade Eacute aquele que recebe o cuidado de enfermagem

A SAUacuteDE representa um estado de bem-estar decidido mutuamente pelo cliente e enfermeiro

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O AMBIENTE pode representar os arredores imediatos a comunidade ou o universo com tudo que conteacutem

A ENFERMAGEM eacute a ciecircncia e a arte da disciplina

3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM

Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM

Esclareccedilo que para a composiccedilatildeo desse material transcrevi na iacutentegra os textos produzidos pelas autoras citadas na referecircncia bibliograacutefica

Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos

Quadro 1 Caracteriacutesticas gerais das teorias de enfermagem

CATEGORIAS DE TEORIAS

CARACTERIacuteSTICATEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM

1NECESSIDADES PROBLEMAS

Enfocam as necessidades e os problemas que os clientes tecircm buscando preenchecirc-los ou corrigi-los utilizando o Processo de Enfermagem

Nightingale Abdellah Henderson Orem Hall Watson Horta2SISTEMAS Sugerem que o homem eacute composto de muitas partes ou subsistemas que quando

juntos satildeo mais e diferentes do que sua soma Johnson Roy Beth Newman Levine Leininger

3INTERACcedilAtildeO Enfocam o processo de comunicaccedilatildeo no preenchimento das necessidades do cliente Peplau Orlando Wiedenbach King Paterson e Zderad Erickson Tomlin e

Sawai Boykin e Schoenhofer4CAMPO DE ENERGIA

Acreditam que as pessoas satildeo campo de energia em constante interaccedilatildeo com o seu ambiente ou com o universo

Rogers Parse Margareth Newman

Fonte GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional

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Paradigma modelo ou conjunto baacutesico de crenccedilas que orientam a accedilatildeo a investigaccedilatildeo da disciplinada

Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

1NECESSIDADESPROBLEMAS

DOROTHEA E OREM

Autocuidado

1971

A Enfermagem eacute necessaacuteria sempre que a manutenccedilatildeo contiacutenua do autocuidado requer o uso de teacutecnicas especiais e a aplicaccedilatildeo de conhecimentos cientiacuteficos para prover o cuidado ou administraacute-lo

Teoria de Kortabisnk da accedilatildeo eficiente 1965Teoria da accedilatildeo social de Parson 1968

WANDA DE AGUIAR HORTA

Necessidades Humanas Baacutesicas

1979

A Enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrio em equiliacutebrio pela assistecircncia do ser humano em suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Teoria da motivaccedilatildeo Humana de Maslow (necessidades humanas baacutesicas)Lei da homeostase e do holismo

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

2SISTEMAS

MADELEINE M LEININGER

Teoria de enfermagem transcultural1985

A Enfermagem eacute uma profissatildeo humaniacutestica e cientiacutefica que eacute apreendida e focalizada no fenocircmeno do cuidado humano e em atividades que propiciem assistecircncia suporte facilitaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo a indiviacuteduos grupos para manter ou reaver o seu bem-estar de uma forma culturalmente significativa e satisfatoacuteria

SociologiaAntropologia cultural

MYRA ESTRIN LEVINE

Holiacutestica1969

A accedilatildeo da Enfermagem estaacute baseada no cuidado total da pessoa e assim sendo na conservaccedilatildeo dos princiacutepios de energia integridade estrutural pessoal e social Todos tecircm como postulado a integridade e unidade do indiviacuteduo

BiologiaPsicologiaSociologia

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

3INTERACcedilAtildeO

IMOGENE M KING

Alcance dos objetivos19711981

A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo humana entre enfermeira e cliente atraveacutes do qual um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo eles fixam os objetivos exploram os recursos concordam sobre meios para o alcanccedilarem os objetivos Eacute um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo interaccedilatildeo transaccedilatildeo

Teoria de SistemasSistemas pessoais interpessoais e sociaisPsicologiaTeorias sociais

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

Teoria do Papel modelagem

Concebem essa teoria para compreender o modo como clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

Teorias de Erckson Maslow Selyee Engel e piaget

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

4CAMPO DE ENERGIA

MARTHA E ROGERS

Martha Rogers1970

A ciecircncia da Enfermagem eacute dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direccedilatildeo de seu desenvolvimento A Enfermagem eacute uma ciecircncia humaniacutestica dedicada a um interesse compassivo para manter e promover a maacutexima potencialidade de sauacutede do homem que eacute um todo unificado

FisiologiaBiologiaPsicologiaAntropologiaSociologia

MARGARET NEWMAN

1989

A Enfermagem natildeo eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o proacuteprio poder atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

Idem

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

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tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

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COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

41

AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 2: Apostila sae para_e-mail

Introduccedilatildeo

Essa apostila foi elaborada com o objetivo de fornecer a Enfermeiros e Acadecircmicos de Enfermagem elementos para a aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem a partir da construccedilatildeo de um referencial teoacuterico embasado em teorias de enfermagem

Em 2004 a utilizamos por ocasiatildeo da oficina realizada pela Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso junto aos enfermeiros dos Hospitais Regionais onde contei com a colaboraccedilatildeo da Enfordf Idevania Geraldini Costa Para subsidiar as oficinas promovidas pelo COREN em 07 regiotildees do Estado fiz algumas adaptaccedilotildees em 2005 Nesta segunda revisatildeo dispus novos textos para o estudo das teorias de enfermagem e atualizei os diagnoacutesticos de enfermagem

Esse material estaacute assim organizado primeira parte - coletacircnea de textos referente a teorias de Enfermagem a construccedilatildeo do marco referencial de Enfermagem e sua relaccedilatildeo com a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem(SAE) Na segunda parte apresentamos os aspectos eacuteticos e legais relativos a SAE e na terceira parte descrevemos cada passo do processo de enfermagem e propomos alguns exerciacutecios

Agradeccedilo a todas as pessoas que de alguma forma contribuiacuteram para a elaboraccedilatildeo deste material em especial as Enfas Geralda Lopes e Maria Yolanda e Silva

As raacutepidas e contiacutenuas mudanccedilas no ambiente de cuidado de sauacutede Tecircm grandemente aumentado as responsabilidades que a enfermeira de hoje enfrentaPara entender as responsabilidades o planejamento e a documentaccedilatildeo do cuidado satildeo essenciais para a satisfaccedilatildeo das necessidades do paciente e atendimento das obrigaccedilotildees legais Assim conforme as enfermeiras trabalham colaborativamente com outras disciplinas para prestar o cuidado do paciente noacutes precisamos continuar a identificar e documentar as necessidades de cuidado de enfermagem pelos pacientes por meio do uso do processo de enfermagem e do diagnoacutestico de enfermagemhellipO que estaacute a frente da Enfermagem e do Planejamento do cuidadodefinitivamente um enorme excitante e preciso desafio (DOENGES 2003)

Sandra Regina Altoeacute

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PARTE 1

TEORIA DE ENFERMAGEM MODELO CONCEITUAL E SISTEMATIZACcedilAtildeO DA

ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO 1 ENFERMAGEM DE SUA ESSEcircNCIA AOS MODELOS DE ASSISTEcircNCIA

Teima Elisa Carraro

Eacute difiacutecil identificar e descrever adequadamente as origens da Enfermagem pois temos poucos registros sobre as atividades a ela relacionadas na antiguidade Contudo ela aparece nos descobrimentos arqueoloacutegicos e antropoloacutegicos desta eacutepoca mostrando cuidados com as crianccedilas e a importacircncia destas crianccedilas para a sobrevivecircncia da espeacutecie humana Logo demonstram a importacircncia do cuidado de Enfermagem mantendo a vida

Muitas vezes neste processo evolutivo torna-se difiacutecil distinguir a Enfermagem da Medicina ateacute porque os primoacuterdios das duas profissotildees estatildeo intimamente entrelaccedilados Em algumas eacutepocas como a hipocraacutetica por exemplo a Medicina era exercida sem a Enfermagem jaacute na Idade Meacutedia a Enfermagem era praticada sem a Medicina Sem duacutevida a matildee-enfermeira precedeu ao mago-sacerdote ou ao curandeiro Inclusive eacute possiacutevel que estes dois serviccedilos estivessem unidos inicialmente tendo-se dividido com o tempo dando lugar a duas profissotildees relacionadas agrave arte da cura o fornecedor da Medicina e o cuidador ou seja o meacutedico e a enfermeira (Stewart amp Austin citados por Donahue 1993)

A Enfermagem tem sido considerada a mais antiga das artes e a mais jovem das profissotildees Atravessou vaacuterias fases sempre participando dos movimentos sociais A histoacuteria da Enfermagem tem sido a histoacuteria de um grupo profissional cujo status sempre vem marcado pelas linhas prevalentes da humanidade Os momentos decisivos da histoacuteria tambeacutem o satildeo para a Enfermagem Os acontecimentos que provocam consideraccedilatildeo pelos seres humanos tendem a promover atitudes como as da Enfermagem atitudes fundamentalmente humaniacutesticas (Dock amp Stewart citados por Donahue 1993)

Podemos facilmente nos lembrar dos acontecimentos da Guerra da Crimeacuteia e relacionaacute-los a Florence Nightingale Entatildeo fica claro outro aspecto marcante na Enfermagem sua relaccedilatildeo com a histoacuteria da mulher pela predominacircncia feminina e pela atuaccedilatildeo voltada ao cuidado a histoacuteria da Enfermagem reflete a situaccedilatildeo da mulher atraveacutes dos tempos De acordo com Donahue (1993 p 3) durante os periacuteodos em que a mulher esteve rigorosamente confinada ao lar por imposiccedilotildees sociais e suas energias se dirigiram exclusivamente agrave vida familiar a Enfermagem adotou um caraacuteter de arte domeacutestica Os deveres da mulher seu grau de independecircncia econocircmica sua liberdade fora da famiacutelia e outros fatores tiveram uma influecircncia capital no progresso da Enfermagem

Esta forte relaccedilatildeo entre a Enfermagem e a mulher mais especificamente a mulher-matildee perpetuou a ideacuteia de que a Enfermagem soacute poderia ser exercida por mulheres o que ateacute os dias de hoje gera muitos preconceitos e influencia na escolha da profissatildeo A Enfermagem no entanto natildeo inclui fronteiras sexuais tanto homens como mulheres possuem uma tendecircncia natural de agir frente ao processo sauacutede-doenccedila seja se afastando seja ignorando seja agindo junto ao outro Assim a Enfermagem eacute uma profissatildeo que pode ser exercida por ambos os sexos

Agrave medida que os cuidados de Enfermagem foram ficando mais complexos ficou claro que para realizaacute-los era necessaacuterio mais que a simples motivaccedilatildeo ateacute entatildeo suficiente O amor e a dedicaccedilatildeo natildeo bastavam por si soacutes para fomentar a sauacutede e vencer a doenccedila O desenvolvimento da Enfermagem dependia de outros dois fatores a habilidadeexperiecircncia

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e o conhecimento A destreza manual para a execuccedilatildeo de determinados procedimentos realidade inclusive nas tribos primitivas seguiu aperfeiccediloando-se por meio da experiecircncia Agrave medida que se dispunha de mais detalhes sobre o processo sauacutede-doenccedila surgia a necessidade de mais conhecimento (Dock amp Stewart referidos por Donahue 1993)

A cabeccedila o coraccedilatildeo e as matildeos se uniram firmemente para assentar os alicerces da Enfermagem moderna Estes trecircs elementos essenciais corresponderiam agrave ciecircncia agrave alma e agrave habilidade da Enfermagem e inclusive em outro contexto seriam sinocircnimos dos aspectos teoacuterico praacutetico e eacutetico-moral da profissatildeo (Stewart apud Donahue 1993)

O conhecimento dos fatos e princiacutepios proporcionou o impulso para que a Enfermagem se convertesse tanto em uma arte quanto em uma ciecircncia (Dock amp Stewart referidos por Donahue 1993)

Tratando-se da Enfermagem moderna percebemos que Nightingale corrobora o acima exposto ao salientar que agrave Enfermagem cabia o cuidado com o doente e que a Medicina tratava a doenccedila Ressaltou a importacircncia da Enfermagem ao doente e da Enfermagem saudaacutevel e em ambas incluiu medidas de prevenccedilatildeo e de promoccedilatildeo agrave sauacutede Para ela Enfermagem era 1mbos uma arte e uma ciecircncia e requeria uma organizaccedilatildeo cientiacutefica e educaccedilatildeo formal para cuidar dos sofrimentos das doenccedilas (Nightingale 8931949 apud Reed e Zurakowski 1983 p 13 Carraro 1994) A princiacutepio Nightingale julgava que ldquopara aliviar o sofrimento do proacuteximo bastavam a ternura a simpatia e a paciecircnciardquo Mas agora a sua curta experiecircncia lhe mostrava que soacute os conhecimentos especializados poderiam trazer o aliacutevio (Woodham-Srnith 1951 p 143)

Da sua Essecircncia

Japiassu e Marcondes (1991) registram que essecircncia eacute o ser mesmo das coisas aquilo que a coisa eacute ou o que faz dela aquilo que ela eacute Para Ferreira (1986) essecircncia significa aquilo que constitui a natureza do ser o principal o cerne

De acordo com Donahue a essecircncia da Enfermagem reside na imaginaccedilatildeo criativa no espiacuterito sensiacutevel e na compreensatildeo inteligente que constituem o fundamento real dos cuidados de Enfermagem eficazes Para Florence Nightingale a Enfermagem eacute uma arte[] poder-se-ia dizer a mais bela das artes (Seymer [19--] p 106) Ela salientava que a arte da Enfermagem deveria incluir condiccedilotildees que por si mesmas tomassem possiacutevel a assistecircncia de Enfermagem Referia-se agrave enfermagem como a arte de cuidar dos doentes (18591989 p 15) Natildeo explicou o que entendia por arte poreacutem em todos os momentos deixa esse conceito transparecer (Carraro 1994)

Vemos que a arte se expressa na Enfermagem principalmente atraveacutes da sensibilidade da criatividadeimaginaccedilatildeo e da habilidade como instrumentos para a assistecircncia de Enfermagem A sensibilidade nos leva a perceber e externar nossos sentimentos e por outro lado eacute ela que nos possibilita perceber entender e respeitar os sentimentos do outro A criatividadeimaginaccedilatildeo se complementam e nos conduzem a pensar inventar figurar em espiacuterito com bases na sensibilidade E eacute nesse lento que a habilidade se configura como aptidatildeo ou capacidade para desenvolver algo contemplando tambeacutem a inteligecircncia e a perspicaacutecia (se articulam no conjunto dos componentes jaacute explicitados da arte) um todo (Carraro 1994)

A ciecircncia se evidencia atraveacutes da aplicaccedilatildeo de conhecimentos sistematizados instrumentalizados pela arte

O Resgate do Modelo Nightingaleano de Assistecircncia

A histoacuteria da Enfermagem nos mostra a evoluccedilatildeo de um fazer intuitivo - como o eacute o cuidado da mulher-matildee com o seu receacutem nascido a um fazer reflexivo Registra que a praacutetica preacute-

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nightingaleana era desenvolvida sem um referencial e que as pessoas que a exerciam natildeo eram preparadas para tal

A questatildeo teoacuterica na profissatildeo nasce em Florence Nightingale quando ela apresenta suas reflexotildees e diz que a Enfermagem eacute diferente da Medicina e que portanto eacute necessaacuterio estudar e estruturar as maneiras de fortalecer nos indiviacuteduos suas potencialidades naturais para que por sua proacutepria forccedila se opere a cura Com esta proposiccedilatildeo ela afirma a importacircncia de um trabalho dirigido por conhecimentos gerais e especiacuteficos que toda enfermeira deve possuir (Leopardi 1999 p 8)

A proacutepria Florence Nightingale apoacutes buscar conhecer o que se praticava na Enfermagem afirmou que soacute conhecimentos especializados poderiam trazer resultados satisfatoacuterios e que ela iria fazer um curso de Enfermagem Essa breve retrospectiva mostra-nos um crescente do empiacuterico para o cientiacutefico A partir da atuaccedilatildeo de Florence Nightingale e da consequente instituiccedilatildeo da Enfermagem moderna determinou-se um contraste entre a praacutetica da Enfermagem exercida por pessoas preparadas para tal e a praacutetica anterior Nightingale embora de forma empiacuterica e sem consciecircncia desse fato principalmente no que se refere agraves visotildees atuais atuou embasada num Modelo de Enfermagem Para Marriner-Tomey (1994) um modelo eacute uma ideacuteia que explica por meio de visualizaccedilatildeo fiacutesica ou simboacutelica Os modelos simboacutelicos para ela podem ser verbais esquemaacuteticos ou quantitativos Os verbais satildeo enunciados construiacutedos com palavras os esquemaacuteticos podem ser diagramas graacuteficos desenhos ou imagens e os quantitativos se embasam em siacutembolos matemaacuteticos Os modelos servem para facilitar o raciociacutenio dos conceitos e das relaccedilotildees existentes entre eles ou ainda para delinear o processo de assistecircncia de Enfermagem

Segundo Selanders (1995) o Modelo de Enfermagem de Nightingale descreve como uma enfermeira deve implementar as leis naturais as quais permitem que os conceitos pessoa ambiente sauacutede-doenccedila e Enfermagem interajam Seu modelo foi adotado natildeo apenas na Inglaterra seu paiacutes de origem mas difundiu-se pelo mundo afora influenciando diretamente o desenvolvimento da Ciecircncia da Enfermagem

Nightingale defendia que embora o meacutedico e a enfermeira possam lidar com a mesma populaccedilatildeo a Enfermagem natildeo deve ser vista como subserviente agrave Medicina ao contraacuterio a Enfermagem objetiva descobrir as leis naturais que auxiliaratildeo a colocar o enfermo na melhor condiccedilatildeo possiacutevel a fim de que a natureza possa efetuar a cura (Selanders 1995)

Antigamente a Medicina procurava ver o homem integral respeitando suas crenccedilas e valores Hipoacutecrates (460 a 475 aC) dizia que o conhecimento do corpo eacute impossiacutevel sem o conhecimento do homem como um todo Naquela eacutepoca Hipoacutecrates pressupondo que cada doenccedila tinha uma causa natural e que sem causas naturais nada acontecia abandonou as explicaccedilotildees sobrenaturais da doenccedila

Com o desenvolvimento da Medicina estes princiacutepios foram aos poucos sendo deixados de lado e o seu enfoque passou a ser nas noccedilotildees do corpo como maacutequina da patologia como uma avaria nesta maacutequina e da tarefa do Meacutedico como o concerto desta maacutequina (Engel apud Capra 1982 p 116) Ao mudar seu enfoque a Medicina passa a centrar suas atenccedilotildees na cura pois se a patologia eacute considerada um fenocircmeno orgacircnico redutiacutevel a processos fiacutesicosquiacutemicos o saber meacutedico tinha o poder de curar

As atitudes meacutedicas frente ao corpo maacutequina portador de uma doenccedila foram reforccediladas pelos avanccedilos tecnoloacutegicos os quais cada vez mais separam o profissional meacutedico dos clientes O avanccedilo dos estudos e a tecnologia vecircm reforccedilando o poder de cura outorgado agrave Medicina (Capra 1982) Este modelo concede ao Meacutedico o poder de decisatildeo tanto da assistecircncia prestada seja ela meacutedica seja de outra categoria profissional quanto sobre o destino dos pacientes

Apesar da posiccedilatildeo de Nightingale os rumos na aacuterea da sauacutede levaram a Enfermagem a adotar o modelo biomeacutedico (Carraro 1999) o qual permeia sua praacutetica ateacute os dias atuais determinando um distanciamento de suas metas originais passando a existir centrado na prescriccedilatildeo meacutedica No entanto podemos perceber que atualmente este modelo biomeacutedico

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natildeo responde mais agraves necessidades do ser humano na vivecircncia do processo sauacutededoenccedila Ele natildeo quer mais ser visto em pedaccedilos mas sim como um ser singular integral indivisiacutevel insubstituiacutevel pleno na sua concepccedilatildeo de interagir com o mundo interage com o meio ambiente onde satildeo expressas crenccedilas e valores que permeiam suas accedilotildees (Carraro 1997 p 26)

No momento em que a Enfermagem voltar-se para seus modelos de assistecircncia e assumir sua essecircncia seraacute uma profissatildeo que responderaacute agraves necessidades do ser humano e que articularaacute ciecircncia e arte tendo assim visibilidade

Do Modelo Nightingaleano agrave Diversidade de Modelos de Assistecircncia

O resgate do modelo nightingaleano vem acontecendo haacute alguns anos A primeira Enfermeira a publicar poacutes-Nightingale foi Hildegard Peplau que em 1952 lanccedilou o livro Relaccedilotildees Interpessoais em Enfermagem Peplau tomou-se um marco histoacuterico para a Enfermagem dos anos 50 Naquela deacutecada iniciaram-se os cursos de Mestrado nos Estados Unidos da Ameacuterica dando novo iacutempeto agrave profissatildeo deflagrando a eacutepoca das Teorias de Enfermagem

Segundo Leddy e Pepper (1993) a ciecircncia da Enfermagem tem sido derivada principalmente das teorias sociais bioloacutegicas e meacutedicas Todavia depois de 1950 grande nuacutemero de enfermeiras teoristas tem desenvolvido modelos de Enfermagem que oferecem suporte para o desenvolvimento das teorias de Enfermagem e do

conhecimento de Enfermagem

Este novo conhecimento posto de algum modo aponta como principal preocupaccedilatildeo natildeo a patologia mas o indiviacuteduo doente ou natildeo experenciando o processo sauacutede-doenccedila com o enfoque na promoccedilatildeo do bem-estar e da sauacutede

Destaca-se no Brasil a atuaccedilatildeo de Wanda de Aguiar Horta no que se refere agrave difusatildeo das Teorias de Enfermagem Nascida em 1926 em Beleacutem do Paraacute graduou-se em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da USP em 1948 e doutorou-se em 1968 na Escola Ana Neacuteri Em 1979 publica seu livro baseado na Teoria das Necessidades Humanas Baacutesicas de Maslow e a partir daiacute operacionaliza um Processo de Enfermagem Existe atualmente uma discussatildeo sobre se os escritos de Horta configuram uma teoria ou um processo de Enfermagem Chegar a uma conclusatildeo a respeito eacute tarefa muito difiacutecil face agrave grande diversidade de paradigmas existentes poreacutem eacute inegaacutevel o grande avanccedilo que seus escritos trouxeram para o desenvolvimento da Enfermagem brasileira ateacute porque a grande maioria dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem adotou-os como base para a aprendizagem da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem (Carraro 1998) Certamente sua proposta nos mostra um Modelo de Assistecircncia

Atualmente a influecircncia das Teorias e dos Modelos de Assistecircncia de Enfermagem eacute evidente no contexto da Enfermagem brasileira pois estatildeo cada vez mais difundidos tanto na praacutetica da Enfermagem quanto na formaccedilatildeo de profissionais enfermeiros

Modelos de Assistecircncia satildeo representaccedilotildees do mundo vivido expressas verbalmente ou por meio de siacutembolos esquemas desenhos graacuteficos diagramas Seu objetivo eacute direcionar a assistecircncia de Enfermagem oferecendo ao enfermeiro os subsiacutedios necessaacuterios para sua atuaccedilatildeo

Segundo Keck (1989) as teorias satildeo modelos da realidade em geral realidades natildeo-observaacuteveis diretamente Os modelos ajudam a desenvolver as teorias e a explicitar a relaccedilatildeo existente entre os conceitos Ateacute porque os modelos permitem a manipulaccedilatildeo dos conceitos sobre o papel antes de serem submetidos agrave verificaccedilatildeo no mundo real

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Um modelo eacute uma abstraccedilatildeo da realidade um modo de visualizar a realidade facilitando o raciociacutenio Um modelo conceitual mostra-nos como vaacuterios conceitos satildeo inter-relacionados e aplica teorias que predizem ou avaliam consequumlecircncias de accedilotildees alternativas (Leddy e Pepper 1993)

Fawcett (1992) salienta a utilidade dos modelos conceituais para a organizaccedilatildeo do pensamento da observaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo do que se vecirc Eles tambeacutem provecircem uma estrutura sistematizada e racional para o desenvolvimento das atividades

Modelos de Enfermagem incluem conceitos de ser humano Enfermagem sauacutede-doenccedila e ambiente (Fitzpatrick e Whall 1983 Fawcett 1992)

Na Enfermagem ou mesmo em outra aacuterea do conhecimento agimos de acordo com um meacutetodo seguimos um modelo mesmo que dinacircmica e inconscientemente Se prestarmos atenccedilatildeo agrave nossa rotina observaremos que na maioria das vezes agimos de maneira semelhante todos os dias repetindo accedilotildees desde a mais simples ateacute a mais complexa E temos um motivo para isso realizamos as atividades pautadas em conhecimentos empiacutericas aprendidas no dia-a-dia com rotinas preestabelecidas ou embasados cientificamente e as repetimos cada vez que agimos Muitas vezes fazemos isto sem refletir a respeito sem procurar modos mais eficientes sem buscar a atualizaccedilatildeo do conhecimento sem nos lembrarmos da velocidade e do dinamismo com que o conhecimento avanccedila na atualidade

Este meacutetodo de que lanccedilamos matildeo visa organizar e direcionar nosso desempenho embora num primeiro momento possa parecer complexo apoacutes estarmos familiarizados com este processo ele passa a facilitar nosso trabalho assegurando maior qualidade agrave assistecircncia prestada

Segundo Pollit e Hungler (1995) o meacutetodo cientiacutefico combina aspectos do raciociacutenio loacutegico com outros para criar um sistema de soluccedilatildeo de problemas que embora faliacutevel eacute mais confiaacutevel do que a tradiccedilatildeo a autoridade a experiecircncia ou a tentativa e erro por si soacutes

Assim um modelo de assistecircncia embasado cientificamente conduz-nos ao fazer reflexivo a estar sempre buscando a melhoria da assistecircncia prestada Leva-nos a refletir que Enfermagem eacute esta que estou desenvolvendo Quem eacute o ser humano que estou assistindo O que eacute o processo sauacutede-doenccedila a que o ser humano estaacute exposto E o meio ambiente o que eacute

Os modelos de assistecircncia nos auxiliam a perceber que praticar Enfermagem natildeo eacute simplesmente uma ordenaccedilatildeo de procedimentos mais ou menos constantes dependendo da situaccedilatildeo Ela eacute um processo dinacircmico mutaacutevel e criativo mas nem por isso deixa de ser um processo conheciacutevel objetivo programaacutevel e decifraacutevel Desta forma quanto mais claro estiver o referencial teoacuterico do modelo aplicado maior seraacute a seguranccedila e a realizaccedilatildeo profissional do Enfermeiro maior seraacute o direcionamento da equipe de Enfermagem culminando com uma assistecircncia de Enfermagem adequada agraves necessidades apresentadas pelo ser humano assistido

Por outro lado a qualidade da Assistecircncia de Enfermagem prestada depende da equipe liderada e coordenada pelo Enfermeiro Os modelos de assistecircncia instrumentalizam o planejamento cientiacutefico e sistematizado das accedilotildees a serem desenvolvidas pelos integrantes da Equipe de Enfermagem oferecendo suporte e direcionando o desempenho das atividades Contribuem para a credibilidade e visibilidade da Enfermagem

O desenvolvimento da profissatildeo de Enfermagem atraveacutes dos tempos ainda natildeo alcanccedilou sua maturidade Continua crescendo e desenvolvendo-se a fim de ampliar as esferas de serviccedilos e praacuteticas profissionais aumentando suas responsabilidades Sem duacutevidas a cada dia a Enfermagem se supera criando agregando novos conhecimentos e indo aleacutem na certeza de que eacute uma Ciecircncia e uma e Arte inacabada e crescente

Refletindo

Para praticar enfermagem necessitamos

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Conhecer e prosseguir conhecendo os fundamentos e avanccedilos da profissatildeo

Ter clareza sobre a fonte de onde esta praacutetica se origina

Reconhecer as premissas e conceitos do modelo eleito para prestar assistecircncia

Estar atentos aos aspectos teoacutericos praacuteticos e eacutetico-morais da profissatildeo

Ser coerentes entre a necessidade e a finalidade da assistecircncia

Ser coerentes entre no que pensamos falamos e fazemos Saber avaliar e retro-alimentar nossa praacutetica

Ter bom senso para usar a cabeccedila o coraccedilatildeo e as matildeos Conciliar ciecircncia alma e habilidade

Ser artistas e ao mesmo tempo cientistas

Para praticara arte da enfermagem necessitamos (Buscaglia 1972)

Tempo

Compreensatildeo da arte

Sensibilidade para utilizar o material necessaacuterio

Extrema paciecircncia enquanto aprendemos as habilidades baacutesicas

Praticar a arte da Enfermagem inclui o desejo de

Experimentar fracassar arriscar Conhecer frustraccedilatildeo e mesmo o

desespero Antes de poder abandonar teacutecnicas aprendidas mecanicamente

Projetar-se plenamente na proacutepria criaccedilatildeo

2 TEORIAS E MARCO CONCEITUAL SUA INFLUEcircNCIA NA METODOLOGIA DA ASSISTEcircNCIA

Teima Elisa Carraro

A histoacuteria registra que a Enfermagem preacute-nightingaleana era desenvolvida sem um referencial que as pessoas que a exerciam natildeo eram preparadas para tal e ainda que seu resultado deixava muito a desejar

A partir da vivecircncia de Nightingale a Enfermagem passa a ser denominada cientiacutefica passando a apresentar um modelo de assistecircncia por ela desenvolvido e implementado

As crenccedilas de Nightingale a respeito da Enfermagem o que eacute e o que natildeo eacute formam o fundamento do que escreveu em suas Notas sobre EnfermagemrdquoSua contribuiccedilatildeo ao desenvolvimento das teorias estaacute em explicar o campo de accedilatildeo da Enfermagem como a relaccedilatildeo pacientemeio ambiente e em iniciar as anaacutelises estatiacutesticas para a sauacutede e a Enfermagem profissional (Choi 1989)

Sua educaccedilatildeo meticulosa vinda de seu pai um homem culto formado em Cambridge e Edimburgo era pouco comum para uma mulher do seacuteculo XIX Estudou latim grego liacutenguas modernas artes matemaacutetica e estatiacutestica filosofia histoacuteria e religiatildeo Sua educaccedilatildeo e os acontecimentos da eacutepoca estimularam seu pensamento criacutetico levando-a a interessar-se por poliacutetica economia governo liberdade condiccedilotildees sociais e instituiccedilotildees Leu e citou em

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seus escritos Platatildeo Dante Mill Bacon Locke Newton Kant Hegel Comte e Satildeo Joatildeo Por outro lado era tiacutemida e espiritualista Acreditava que servindo ao homem estava servindo a Deus o que a impulsionava a fazer seu caminho a ser independente a buscar uma profissatildeo para utilizar sua capacidade (Carraro 1999) Esta educaccedilatildeo influenciou seu pensamento e sua concepccedilatildeo da Enfermagem como ciecircncia e arte subsidiando e determinando a praacutetica da profissatildeo

Nightingale deixou-nos suas concepccedilotildees registradas em I47 livros e panfletos Sua correspondecircncia pessoal tambeacutem foi volumosa Em 1859 publicou dois de seus Best-Known Notes on Hospitais e Notes um Nursing livros que abriram uma nova eacutepoca na reforma e no cuidado com a sauacutede (Schuyler 1992) No entanto a Enfermagem tem apresentado dificuldades em seguir seu exemplo no tocante a teorizar escrever e publicar ideacuteias e realizaccedilotildees

A fundamentaccedilatildeo teoacuterica e a vivecircncia de Nightingale influenciaram seus escritos e ainda estatildeo presentes em muitas teorias de Enfermagem mais recentes Este eacute um elo importante entre a Enfermagem Ciecircncia e Arte de Florence Nightingale e a Enfermagem atual Em sua visatildeo e saber incluem-se insight e valores antigos que se relacionam com a teoria do cuidado humano atual teoria que uma vez mais guia a educaccedilatildeo de Enfermagem a praacutetica e a investigaccedilatildeo cliacutenica que se baseia no cuidado como um ideal moral teoria que permeia o espiritual o transcendente o todo enquanto atende o ser e fazer totalmente integrados A visatildeo e saber de Nightingale incluem a visatildeo e a imagem de totalidade beleza e harmonia de vida um sentido de uniatildeo de todos os seres vivos (Watson 1992)

1 Das Teorias de Enfermagem

O interesse pelo desenvolvimento de Teorias de Enfermagem surgiu por duas razotildees Primeiramente as enfermeiras perceberam que o desenvolvimento de teorias era um meio de estabelecer a Enfermagem como profissatildeo aleacutem de ser inerente a um antigo interesse em definir um corpo de conhecimentos especiacuteficos da Enfermagem Em segundo lugar os teoacutericos estavam motivados pelo valor intriacutenseco das teorias para a Enfermagem e pela importacircncia do crescimento e enriquecimento da teoria para a Enfermagem em si mesma (Choi 1989)

Com o passar dos tempos na busca de maiores subsiacutedios para a atuaccedilatildeo de Enfermagem surgiram novas teorias e novos modelos de assistecircncia inicialmente nos Estados Unidos onde esta preocupaccedilatildeo tomou forccedila com o surgimento dos cursos de mestrado em Enfermagem expandindo-se depois para outros paiacuteses

No Brasil em 1979 Wanda de Aguiar Horta publica sua teoria baseada na Teoria das Necessidades Humanas Baacutesicas de Maslow e a partir daiacute operacionaliza um Processo de Enfermagem Seus escritos foram adotados por grande parte dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem como base para a aprendizagem da Metodologia da Assistecircncia

Considerando-se teoria como um conjunto de princiacutepios fundamentais duma arte ou duma ciecircncia (Ferreira 1993 p 1664) percebe-se de forma crescente a influecircncia das teorias no contexto da Enfermagem brasileira pois sua difusatildeo cada vez mais transparece tanto na sua praacutetica quanto na formaccedilatildeo de profissionais enfermeiros

Teoria de Enfermagem eacute definida por Meleis (1985) como uma construccedilatildeo articulada e comunicada da realidade criada ou descoberta (fenocircmenos centrais e inter-relaccedilotildees) dentro da ou pertinente agrave Enfermagem para os propoacutesitos de descriccedilatildeo explicaccedilatildeo prediccedilatildeo ou prescriccedilatildeo do cuidado de Enfermagem Ainda segundo a autora as teorias de Enfermagem refletem diferentes realidades pois apontam os interesses da Enfermagem na eacutepoca o ambiente sociocultural e as experiecircncias educacionais e vivenciais da teoacuterica Espelham algumas realidades da eacutepoca em que foram concebidas e ajudam a dar forma agraves realidades da eacutepoca atual

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De acordo com Neves e Trentini (1987) a teoria orientada para a praacutetica eacute aquela dirigida para produzir mudanccedilas ou efeitos desejados em determinada condiccedilatildeo ou fenocircmeno Assim as teorias se apresentam como formas de olharcompreender os fenocircmenos da Enfermagem Alguns fenocircmenos satildeo abordados em praticamente todas as teorias de Enfermagem porque representam o centro da sua praacutetica tais como o ser humano o ambiente a sauacutededoenccedila e a Enfermagem Estes fenocircmenos compotildeem uma rede de conceitos que se inter-relacionam e formam uma maneira de ver o mundo da Enfermagem e desenvolver sua praacutetica (Paim et al 1998)

As teorias que hoje temos representam os esforccedilos coletivos e individuais das Enfermeiras para definir e dirigir a profissatildeo e como tal proporcionar a base para um desenvolvimento teoacuterico continuado (Choi 1989)

Ao representar estes esforccedilos as teorias mostram diferentes modos de pensar Enfermagem algumas apontando apenas um aspecto da realidade outras apontando todos os fenocircmenos de interesse da disciplina Vaacuterias teorias utilizadas por Enfermeiros satildeo cedidas por outras disciplinas como as teorias do estresse do enfrentamento do risco da educaccedilatildeo (Fawcett 1995)

Eacute de fundamental importacircncia que os Enfermeiros ao fazerem a opccedilatildeo por uma ou outra teoria considerem a adequaccedilatildeo e a aplicabilidade dela agrave situaccedilatildeo de Enfermagem em que seraacute utilizada

2 Marco Conceitual

Fawcett (1995) enfatiza que os marcos conceituais natildeo satildeo uma realidade nova na Enfermagem existem desde Nightingale (1859) com suas primeiras ideacuteias avanccediladas sobre Enfermagem mesmo que natildeo tenham sido expressas formalmente como marcos

A proliferaccedilatildeo formal dos marcos conceituais de Enfermagem aconteceu concomitante agrave introduccedilatildeo das ideacuteias sobre teorias de Enfermagem ambas com interesse em conceitualizar a Enfermagem como uma disciplina distinta Para Fawcett (1995) o desenvolvimento dos marcos conceituais de Enfermagem foi um importante avanccedilo para a disciplina

No entanto este eacute um tema que vem gerando discussatildeo e mostrando divergecircncias conceituais entre os estudiosos principalmente no que se refere agraves terminologias de marco e modelo teoacuterico e conceitual conforme podemos ver a seguir

Newman (1979) registra que Marco Teoacuterico eacute uma matriz de conceitos que juntos descrevem o foco da investigaccedilatildeo

De acordo com Fawcet (1984 e 1978) Modelo Teoacuterico ou Marco Teoacuterico refere-se a uma teoria ou grupo de teorias que fornecem fundamentos para as hipoacuteteses poliacuteticas e curriacuteculo de uma ciecircncia

Para Neves e Gonccedilalves (1984) Marco Conceitual eacute uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que serve para dirigir o processo da investigaccedilatildeo e da accedilatildeo

Segundo Fawcet (1992) e Botha (1989) Marco Conceitual eacute sinocircnimo de Modelo Conceitual e eacute definido como um conjunto de conceitos e proposiccedilotildees abstratas e gerais intimamente relacionados

Em 1993 Silva e Arruda registram que o Marco de Referecircncia apresenta niacutevel de abstraccedilatildeo de menor complexidade do que os Marcos Conceituais Teorias no que se refere a sua construccedilatildeo teoacuterico-conceitual Tem a finalidade de demarcar o conhecimento em que se apoacuteia servindo de base para as accedilotildees de Enfermagem (Silva e Arruda 1993)

Na compreensatildeo de Wall (2000) o Marco Conceitual eacute um conjunto de elaboraccedilotildees mentais sobre aspectos relacionados ao objeto em estudo Um ponto que serve como forccedila como orientaccedilatildeo Uma proposta da qual queremos nos aproximar

Apesar desta divergecircncia conceitual eacute fundamental que os enfermeiros compreendam que os marcos eou modelos (Marco Conceitual Modelo Conceitual Marco

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Teoacuterico Modelo Teoacuterico) com suas diferenccedilas e semelhanccedilas formam um emaranhado de conceitos inter-relacionados que servem para direcionar as accedilotildees de Enfermagem Podemos dizer que eles iluminam os caminhos da Enfermagem

Em resumo todos os termos utilizados visam aprofundar formas de dirigir a accedilatildeo de Enfermagem pois buscam por meio dos conceitos formalizar uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que fundamente a ciecircncia e consequentemente as accedilotildees de Enfermagem

3 Das Funccedilotildees dos Marcos Conceituais

Os MarcosModelos proporcionam ao profissional a evidecircncia de que ele necessita para embasar suas accedilotildees apontando e justificando por que selecionar um determinado problema para estudo Ajudam na sumarizaccedilatildeo do conhecimento existente na explicaccedilatildeo dos fatos observados e das relaccedilotildees entre eles

De acordo com Neves e Gonccedilalves (1984) o Marco Conceitual contribui na previsatildeo de eventos ateacute entatildeo natildeo-observados e no estabelecimento de relaccedilotildees entre os eventos com base nos princiacutepios explicativos englobados nas teorias

Fawcett (1995) salienta que os marcos direcionam a procura das questotildees sobre o fenocircmeno e sugerem soluccedilotildees para problemas praacuteticos Enfatiza que os marcos conceituais de Enfermagem explicitam orientaccedilotildees filosoacuteficas e pragmaacuteticas para a assistecircncia que somente os Enfermeiros podem oferecer aos pacientes por conhecerem a dimensatildeo total do cuidado o qual eacute diferente daquele realizado por qualquer outro profissional de sauacutede

O marco conceitual constitui uma construccedilatildeo teoacuterica que sustenta a praacutetica de Enfermagem e as decisotildees no processo de assistir o ser humano Ele reflete tambeacutem a maneira de o autor conceber os indicativos assistenciais da Enfermagem (Carraro 1997)

Assim compreendido o Marco Conceitual torna-se uma importante ferramenta para embasar direcionar e clarificar as accedilotildees natildeo apenas do Enfermeiro mas de toda a equipe de Enfermagem Ele serve de base para a proposta e o desenvolvimento da Metodologia de Assistecircncia de Enfermagem a qual deveraacute estar estruturada de forma coerente com seus conceitos

Tem a finalidade de proporcionar o foco que ilumina os caminhos a serem percorridos pelo profissional para atingir seus objetivos assistenciais formando um emaranhado uma teia dentro da qual a assistecircncia os aspectos teoacutericos teacutecnicos e eacuteticos satildeo examinados a fim de tomarem possiacutevel explicar as relaccedilotildees propostas e identificar vazios no conhecimento que necessitam ser revelados para ampliar continuamente as possibilidades de cuidado

4 Da sua Construccedilatildeo

Todos noacutes temos uma imagem pessoal do que seja a praacutetica da Enfermagem Esta imagem influencia nossa interpretaccedilatildeo dos dados decisotildees e accedilotildees Mas pode uma disciplina continuar desenvolvendo-se quando seus membros se sustentam em diferentes imagens Os proponentes dos marcos conceituais para a praacutetica estatildeo procurando fazer uso consciente destas imagens sem o que natildeo poderemos comeccedilar a identificar semelhanccedilas em nossas percepccedilotildees sobre a natureza da praacutetica nem evoluir para conceitos bem ordenados (Reillys citado por Fawcett 1995)

Segundo King (1988) conceitos satildeo abstraccedilotildees que provecircem conhecimento sobre a essecircncia das coisas Um conceito eacute uma imagem mental de uma coisa de uma pessoa ou de um objeto Para Chinn e Jacobs (1982) os conceitos satildeo formulaccedilotildees mentais complexas de um objeto propriedade ou acontecimento originaacuterias das percepccedilotildees e experiecircncias individuais

Os conceitos registram ainda as crenccedilas e valores do autor sobre aquilo que estaacute sendo conceituado Quando os conceitos satildeo inter-relacionados como no caso da Enfermagem eles formam uma base para as accedilotildees seja na pesquisa seja na praacutetica profissional A esta estrutura pode-se chamar marco conceitual (Carratildeo 19)

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A construccedilatildeo de um Marco Conceitual pode partir da praacutetica da conceituaccedilatildeo das imagens privativas do Enfermeiro sobre a praacutetica da Enfermagem vivenciada pelo autor baseada em suas crenccedilas e valores com a busca de subsiacutedios na teoria Nesta forma de construccedilatildeo primeiramente se elaboram os conceitos eleitos registrando-se aquilo em que se acredita sobre cada um deles com leituras releituras e reformulaccedilotildees ateacute que reflitam os pensamentos do autor Pode-se usar a estrateacutegia de discuti-los com a Equipe de Enfermagem eou com outras pessoas Somente apoacutes esta preacutevia estruturaccedilatildeo dos conceitos busca-se uma teoria que venha ao encontro das ideacuteias ali expressas potencializando-as Entatildeo incorporam-se aos conceitos as ideacuteias contidas na teoria

Pode-se tambeacutem partir da teoria Contudo antes de optarmos por uma teoria primeiramente eacute necessaacuterio estudaacute-la procurando compreendecirc-la buscando as relaccedilotildees entre o que ela retrata aquilo em que se acredita e a aplicaccedilatildeo que se pretende fazer Somente apoacutes essa identificaccedilatildeo eacute que deve ser feita a opccedilatildeo por uma determinada teoria Entatildeo alguns dos seus conceitos satildeo escolhidos para embasarem o Marco Conceitual e a praacutetica da Enfermagem

Conveacutem lembrar que a teoria escolhida natildeo necessita ser especificamente de Enfermagem Existe ainda a possibilidade de se usar mais de uma teoria poreacutem com muita cautela pois as concepccedilotildees teoacuterico - filosoacuteficas delas podem ser divergentes comprometendo assim toda a construccedilatildeo do Marco Conceitual e consequentemente a assistecircncia de Enfermagem a ser prestada

A construccedilatildeo de um Marco Conceitual partindo da praacutetica ou partindo da teoria eacute um processo reflexivo que se configura num ir e vir aos conceitos reformulando-os tantas vezes quantas forem necessaacuterias para que estes reflitam o pensamento do seu autor Busca-se ainda a inter-relaccedilatildeo entre os conceitos de tal modo que lendo-se um deles os demais estejam impliacutecitos mostrando forte relaccedilatildeo entre si

Eacute importante ressaltar que independentemente da forma de construccedilatildeo o Marco Conceitual deveraacute contemplar as especificidades da praacutetica a que seraacute aplicado uma vez que ele eacute um instrumento que subsidia a praacutetica da Enfermagem (portanto um meio e natildeo um fim em si mesmo embasando a construccedilatildeo e o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem)

Apoacutes a construccedilatildeo do Marco Conceitual passa-se a sua aplicaccedilatildeo para que deveratildeo ser buscados os elementos de cada conceito as accedilotildees a que cada elemento conduz e a estrateacutegia para desenvolver cada accedilatildeo Esta operacionalizaccedilatildeo pode configurar-se como um mapa da assistecircncia a ser prestada embasando a metodologia de assistecircncia

Como exemplo vai imaginar que ao conceituar-se ser humano esteja registrado que ele eacute singular integral indivisiacutevel e insubstituiacutevel As accedilotildees a que este registro conduz satildeo accedilotildees de humanizaccedilatildeo da assistecircncia e as estrateacutegias poderatildeo ser chamar pelo seu nome envolver sua famiacutelia na assistecircncia ouvir tocar entre outras Se o registro diz que a Enfermagem eacute uma ciecircncia e uma arte as accedilotildees deveratildeo ser de aplicaccedilatildeo tanto do conhecimento cientiacutefico quanto da sensibilidade Imaginaccedilatildeocriatividade e habilidade ao prestar cuidados As estrateacutegias deveratildeo contemplar diaacutelogo observaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas especiacuteficas

Enfim o resultado final da Assistecircncia prestada deveraacute refletir o Marco Conceitual proposto aleacutem de servir para confirmar testar os conceitos formulados ou mesmo dar-lhes novos direcionamentos e ou reconstruccedilotildees

5 Algumas Consideraccedilotildees

A implementaccedilatildeo da praacutetica assistencial embasada num Marco Conceitual proporciona uma perspectiva de assistecircncia sistematizada e singular um embasamento teoacuterico para o desenvolvimento da praacutetica e por meio desta um enriquecimento da teoria num movimento de ir e vir

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No transcorrer da assistecircncia evidenciam-se pontos do Marco Conceitual que a subsidiam Quando se inicia a implementaccedilatildeo da praacutetica subsidiada por um Marco Conceitual pode-se encontrar dificuldades ateacute por uma questatildeo de haacutebito O pensamento se configura mas a accedilatildeo eacute tatildeo automaacutetica que quando percebemos jaacute a executamos natildeo como a pensamos mas como estaacutevamos condicionados a fazer (Carraro 1994 p 119)

Precisamos ter o Marco Conceitual introjetado em noacutes para conseguirmos vencer os haacutebitos anteriores e avanccedilar rumo a uma nova proposta de assistecircncia estando alertas para nossas accedilotildees ateacute para natildeo nos desanimarmos com o processo pois aos poucos podemos transpor as dificuldades de implementaccedilatildeo que se apresentarem

O Marco Conceitual quando conscientemente aplicado pouco a pouco vai mostrando que o fazer fazendo aprendendo e teorizando agrave luz da praacutetica concretiza-se no dia-a-dia da assistecircncia de Enfermagem Enfim conduz ao fazer reflexivo proporcionando satisfaccedilatildeo na Praacutetica Assistencial de Enfermagem tanto para o profissional quanto para o ser humano que estaacute sob seus cuidados

BILBIOGRAFIA

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para a assistecircncia de enfermagem

teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB 2001 paacuteg 5-14

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para p Assistecircncia de Enfermagem teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica Sobre teorias e marco conceitual sua influecircncia na metodologia da assistecircnciaGoiacircniaAB 2001 paacuteg 29-37

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CAPIacuteTULO 3 TEORIAS E METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE TEORIA

11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO

ldquoA unidade baacutesica do pensamento teoacuterico eacute o CONCEITO Os conceitos satildeo palavras que representam a realidade e facilitam a nossa capacidade de comunicaccedilatildeo sobre ela (Webester 1991)rdquo

Os conceitos podem ser

EMPIacuteRICOS = sentidos percebidos observados OU

ABSTRATOS = natildeo satildeo observaacuteveis Ex esperanccedila infinito

ldquoTodos os conceitos tornam-se abstraccedilotildees na ausecircncia do objetordquo

TEORIAS

Conjunto de conceitos inter-relacionados definiccedilotildees e proposiccedilotildees que apresentam uma forma sistemaacutetica de ver fatoseventos pela especificaccedilatildeo das relaccedilotildees entre as variaacuteveis com a finalidade de explicar ou prever o fatoevento (Kerlinger 1973)

12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA

PRAacuteTICA PESQUISA

TEORIA E CONCEITOS

13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA

Caracteriacutesticas de uma teoria segundo Torres 1990

1 as teorias podem inter-relacionar conceitos de tal forma que criem uma nova maneira de ver determinado fenocircmeno

2 as teorias devem ser de natureza loacutegica

3 as teorias devem ser relativamente simples e ainda generalizaacuteveis

4 as teorias podem ser as bases para as hipoacuteteses serem testadas ou para a teoria ser expandida

5 as teorias contribuem para o aumento do corpo de conhecimentos gerais da disciplina atraveacutes da pesquisa implementada para validaacute-las

6 as teorias podem ser utilizadas por profissionais para orientar e melhorar a sua praacutetica

7 as teorias devem ser consistentes com outras teorias validadas leia e princiacutepios mas devem deixar abertas as questotildees natildeo-respondidas que devem ser investigadas

2 AS TEORIAS DE ENFERMAGEM ENFATIZAM QUATRO CONCEITOS

A PESSOA pode representar um indiviacuteduo uma famiacutelia uma comunidade ou toda humanidade Eacute aquele que recebe o cuidado de enfermagem

A SAUacuteDE representa um estado de bem-estar decidido mutuamente pelo cliente e enfermeiro

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O AMBIENTE pode representar os arredores imediatos a comunidade ou o universo com tudo que conteacutem

A ENFERMAGEM eacute a ciecircncia e a arte da disciplina

3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM

Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM

Esclareccedilo que para a composiccedilatildeo desse material transcrevi na iacutentegra os textos produzidos pelas autoras citadas na referecircncia bibliograacutefica

Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos

Quadro 1 Caracteriacutesticas gerais das teorias de enfermagem

CATEGORIAS DE TEORIAS

CARACTERIacuteSTICATEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM

1NECESSIDADES PROBLEMAS

Enfocam as necessidades e os problemas que os clientes tecircm buscando preenchecirc-los ou corrigi-los utilizando o Processo de Enfermagem

Nightingale Abdellah Henderson Orem Hall Watson Horta2SISTEMAS Sugerem que o homem eacute composto de muitas partes ou subsistemas que quando

juntos satildeo mais e diferentes do que sua soma Johnson Roy Beth Newman Levine Leininger

3INTERACcedilAtildeO Enfocam o processo de comunicaccedilatildeo no preenchimento das necessidades do cliente Peplau Orlando Wiedenbach King Paterson e Zderad Erickson Tomlin e

Sawai Boykin e Schoenhofer4CAMPO DE ENERGIA

Acreditam que as pessoas satildeo campo de energia em constante interaccedilatildeo com o seu ambiente ou com o universo

Rogers Parse Margareth Newman

Fonte GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional

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Paradigma modelo ou conjunto baacutesico de crenccedilas que orientam a accedilatildeo a investigaccedilatildeo da disciplinada

Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

1NECESSIDADESPROBLEMAS

DOROTHEA E OREM

Autocuidado

1971

A Enfermagem eacute necessaacuteria sempre que a manutenccedilatildeo contiacutenua do autocuidado requer o uso de teacutecnicas especiais e a aplicaccedilatildeo de conhecimentos cientiacuteficos para prover o cuidado ou administraacute-lo

Teoria de Kortabisnk da accedilatildeo eficiente 1965Teoria da accedilatildeo social de Parson 1968

WANDA DE AGUIAR HORTA

Necessidades Humanas Baacutesicas

1979

A Enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrio em equiliacutebrio pela assistecircncia do ser humano em suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Teoria da motivaccedilatildeo Humana de Maslow (necessidades humanas baacutesicas)Lei da homeostase e do holismo

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

2SISTEMAS

MADELEINE M LEININGER

Teoria de enfermagem transcultural1985

A Enfermagem eacute uma profissatildeo humaniacutestica e cientiacutefica que eacute apreendida e focalizada no fenocircmeno do cuidado humano e em atividades que propiciem assistecircncia suporte facilitaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo a indiviacuteduos grupos para manter ou reaver o seu bem-estar de uma forma culturalmente significativa e satisfatoacuteria

SociologiaAntropologia cultural

MYRA ESTRIN LEVINE

Holiacutestica1969

A accedilatildeo da Enfermagem estaacute baseada no cuidado total da pessoa e assim sendo na conservaccedilatildeo dos princiacutepios de energia integridade estrutural pessoal e social Todos tecircm como postulado a integridade e unidade do indiviacuteduo

BiologiaPsicologiaSociologia

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

3INTERACcedilAtildeO

IMOGENE M KING

Alcance dos objetivos19711981

A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo humana entre enfermeira e cliente atraveacutes do qual um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo eles fixam os objetivos exploram os recursos concordam sobre meios para o alcanccedilarem os objetivos Eacute um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo interaccedilatildeo transaccedilatildeo

Teoria de SistemasSistemas pessoais interpessoais e sociaisPsicologiaTeorias sociais

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

Teoria do Papel modelagem

Concebem essa teoria para compreender o modo como clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

Teorias de Erckson Maslow Selyee Engel e piaget

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

4CAMPO DE ENERGIA

MARTHA E ROGERS

Martha Rogers1970

A ciecircncia da Enfermagem eacute dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direccedilatildeo de seu desenvolvimento A Enfermagem eacute uma ciecircncia humaniacutestica dedicada a um interesse compassivo para manter e promover a maacutexima potencialidade de sauacutede do homem que eacute um todo unificado

FisiologiaBiologiaPsicologiaAntropologiaSociologia

MARGARET NEWMAN

1989

A Enfermagem natildeo eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o proacuteprio poder atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

Idem

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

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tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

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Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
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PARTE 1

TEORIA DE ENFERMAGEM MODELO CONCEITUAL E SISTEMATIZACcedilAtildeO DA

ASSISTEcircNCIA DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO 1 ENFERMAGEM DE SUA ESSEcircNCIA AOS MODELOS DE ASSISTEcircNCIA

Teima Elisa Carraro

Eacute difiacutecil identificar e descrever adequadamente as origens da Enfermagem pois temos poucos registros sobre as atividades a ela relacionadas na antiguidade Contudo ela aparece nos descobrimentos arqueoloacutegicos e antropoloacutegicos desta eacutepoca mostrando cuidados com as crianccedilas e a importacircncia destas crianccedilas para a sobrevivecircncia da espeacutecie humana Logo demonstram a importacircncia do cuidado de Enfermagem mantendo a vida

Muitas vezes neste processo evolutivo torna-se difiacutecil distinguir a Enfermagem da Medicina ateacute porque os primoacuterdios das duas profissotildees estatildeo intimamente entrelaccedilados Em algumas eacutepocas como a hipocraacutetica por exemplo a Medicina era exercida sem a Enfermagem jaacute na Idade Meacutedia a Enfermagem era praticada sem a Medicina Sem duacutevida a matildee-enfermeira precedeu ao mago-sacerdote ou ao curandeiro Inclusive eacute possiacutevel que estes dois serviccedilos estivessem unidos inicialmente tendo-se dividido com o tempo dando lugar a duas profissotildees relacionadas agrave arte da cura o fornecedor da Medicina e o cuidador ou seja o meacutedico e a enfermeira (Stewart amp Austin citados por Donahue 1993)

A Enfermagem tem sido considerada a mais antiga das artes e a mais jovem das profissotildees Atravessou vaacuterias fases sempre participando dos movimentos sociais A histoacuteria da Enfermagem tem sido a histoacuteria de um grupo profissional cujo status sempre vem marcado pelas linhas prevalentes da humanidade Os momentos decisivos da histoacuteria tambeacutem o satildeo para a Enfermagem Os acontecimentos que provocam consideraccedilatildeo pelos seres humanos tendem a promover atitudes como as da Enfermagem atitudes fundamentalmente humaniacutesticas (Dock amp Stewart citados por Donahue 1993)

Podemos facilmente nos lembrar dos acontecimentos da Guerra da Crimeacuteia e relacionaacute-los a Florence Nightingale Entatildeo fica claro outro aspecto marcante na Enfermagem sua relaccedilatildeo com a histoacuteria da mulher pela predominacircncia feminina e pela atuaccedilatildeo voltada ao cuidado a histoacuteria da Enfermagem reflete a situaccedilatildeo da mulher atraveacutes dos tempos De acordo com Donahue (1993 p 3) durante os periacuteodos em que a mulher esteve rigorosamente confinada ao lar por imposiccedilotildees sociais e suas energias se dirigiram exclusivamente agrave vida familiar a Enfermagem adotou um caraacuteter de arte domeacutestica Os deveres da mulher seu grau de independecircncia econocircmica sua liberdade fora da famiacutelia e outros fatores tiveram uma influecircncia capital no progresso da Enfermagem

Esta forte relaccedilatildeo entre a Enfermagem e a mulher mais especificamente a mulher-matildee perpetuou a ideacuteia de que a Enfermagem soacute poderia ser exercida por mulheres o que ateacute os dias de hoje gera muitos preconceitos e influencia na escolha da profissatildeo A Enfermagem no entanto natildeo inclui fronteiras sexuais tanto homens como mulheres possuem uma tendecircncia natural de agir frente ao processo sauacutede-doenccedila seja se afastando seja ignorando seja agindo junto ao outro Assim a Enfermagem eacute uma profissatildeo que pode ser exercida por ambos os sexos

Agrave medida que os cuidados de Enfermagem foram ficando mais complexos ficou claro que para realizaacute-los era necessaacuterio mais que a simples motivaccedilatildeo ateacute entatildeo suficiente O amor e a dedicaccedilatildeo natildeo bastavam por si soacutes para fomentar a sauacutede e vencer a doenccedila O desenvolvimento da Enfermagem dependia de outros dois fatores a habilidadeexperiecircncia

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e o conhecimento A destreza manual para a execuccedilatildeo de determinados procedimentos realidade inclusive nas tribos primitivas seguiu aperfeiccediloando-se por meio da experiecircncia Agrave medida que se dispunha de mais detalhes sobre o processo sauacutede-doenccedila surgia a necessidade de mais conhecimento (Dock amp Stewart referidos por Donahue 1993)

A cabeccedila o coraccedilatildeo e as matildeos se uniram firmemente para assentar os alicerces da Enfermagem moderna Estes trecircs elementos essenciais corresponderiam agrave ciecircncia agrave alma e agrave habilidade da Enfermagem e inclusive em outro contexto seriam sinocircnimos dos aspectos teoacuterico praacutetico e eacutetico-moral da profissatildeo (Stewart apud Donahue 1993)

O conhecimento dos fatos e princiacutepios proporcionou o impulso para que a Enfermagem se convertesse tanto em uma arte quanto em uma ciecircncia (Dock amp Stewart referidos por Donahue 1993)

Tratando-se da Enfermagem moderna percebemos que Nightingale corrobora o acima exposto ao salientar que agrave Enfermagem cabia o cuidado com o doente e que a Medicina tratava a doenccedila Ressaltou a importacircncia da Enfermagem ao doente e da Enfermagem saudaacutevel e em ambas incluiu medidas de prevenccedilatildeo e de promoccedilatildeo agrave sauacutede Para ela Enfermagem era 1mbos uma arte e uma ciecircncia e requeria uma organizaccedilatildeo cientiacutefica e educaccedilatildeo formal para cuidar dos sofrimentos das doenccedilas (Nightingale 8931949 apud Reed e Zurakowski 1983 p 13 Carraro 1994) A princiacutepio Nightingale julgava que ldquopara aliviar o sofrimento do proacuteximo bastavam a ternura a simpatia e a paciecircnciardquo Mas agora a sua curta experiecircncia lhe mostrava que soacute os conhecimentos especializados poderiam trazer o aliacutevio (Woodham-Srnith 1951 p 143)

Da sua Essecircncia

Japiassu e Marcondes (1991) registram que essecircncia eacute o ser mesmo das coisas aquilo que a coisa eacute ou o que faz dela aquilo que ela eacute Para Ferreira (1986) essecircncia significa aquilo que constitui a natureza do ser o principal o cerne

De acordo com Donahue a essecircncia da Enfermagem reside na imaginaccedilatildeo criativa no espiacuterito sensiacutevel e na compreensatildeo inteligente que constituem o fundamento real dos cuidados de Enfermagem eficazes Para Florence Nightingale a Enfermagem eacute uma arte[] poder-se-ia dizer a mais bela das artes (Seymer [19--] p 106) Ela salientava que a arte da Enfermagem deveria incluir condiccedilotildees que por si mesmas tomassem possiacutevel a assistecircncia de Enfermagem Referia-se agrave enfermagem como a arte de cuidar dos doentes (18591989 p 15) Natildeo explicou o que entendia por arte poreacutem em todos os momentos deixa esse conceito transparecer (Carraro 1994)

Vemos que a arte se expressa na Enfermagem principalmente atraveacutes da sensibilidade da criatividadeimaginaccedilatildeo e da habilidade como instrumentos para a assistecircncia de Enfermagem A sensibilidade nos leva a perceber e externar nossos sentimentos e por outro lado eacute ela que nos possibilita perceber entender e respeitar os sentimentos do outro A criatividadeimaginaccedilatildeo se complementam e nos conduzem a pensar inventar figurar em espiacuterito com bases na sensibilidade E eacute nesse lento que a habilidade se configura como aptidatildeo ou capacidade para desenvolver algo contemplando tambeacutem a inteligecircncia e a perspicaacutecia (se articulam no conjunto dos componentes jaacute explicitados da arte) um todo (Carraro 1994)

A ciecircncia se evidencia atraveacutes da aplicaccedilatildeo de conhecimentos sistematizados instrumentalizados pela arte

O Resgate do Modelo Nightingaleano de Assistecircncia

A histoacuteria da Enfermagem nos mostra a evoluccedilatildeo de um fazer intuitivo - como o eacute o cuidado da mulher-matildee com o seu receacutem nascido a um fazer reflexivo Registra que a praacutetica preacute-

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nightingaleana era desenvolvida sem um referencial e que as pessoas que a exerciam natildeo eram preparadas para tal

A questatildeo teoacuterica na profissatildeo nasce em Florence Nightingale quando ela apresenta suas reflexotildees e diz que a Enfermagem eacute diferente da Medicina e que portanto eacute necessaacuterio estudar e estruturar as maneiras de fortalecer nos indiviacuteduos suas potencialidades naturais para que por sua proacutepria forccedila se opere a cura Com esta proposiccedilatildeo ela afirma a importacircncia de um trabalho dirigido por conhecimentos gerais e especiacuteficos que toda enfermeira deve possuir (Leopardi 1999 p 8)

A proacutepria Florence Nightingale apoacutes buscar conhecer o que se praticava na Enfermagem afirmou que soacute conhecimentos especializados poderiam trazer resultados satisfatoacuterios e que ela iria fazer um curso de Enfermagem Essa breve retrospectiva mostra-nos um crescente do empiacuterico para o cientiacutefico A partir da atuaccedilatildeo de Florence Nightingale e da consequente instituiccedilatildeo da Enfermagem moderna determinou-se um contraste entre a praacutetica da Enfermagem exercida por pessoas preparadas para tal e a praacutetica anterior Nightingale embora de forma empiacuterica e sem consciecircncia desse fato principalmente no que se refere agraves visotildees atuais atuou embasada num Modelo de Enfermagem Para Marriner-Tomey (1994) um modelo eacute uma ideacuteia que explica por meio de visualizaccedilatildeo fiacutesica ou simboacutelica Os modelos simboacutelicos para ela podem ser verbais esquemaacuteticos ou quantitativos Os verbais satildeo enunciados construiacutedos com palavras os esquemaacuteticos podem ser diagramas graacuteficos desenhos ou imagens e os quantitativos se embasam em siacutembolos matemaacuteticos Os modelos servem para facilitar o raciociacutenio dos conceitos e das relaccedilotildees existentes entre eles ou ainda para delinear o processo de assistecircncia de Enfermagem

Segundo Selanders (1995) o Modelo de Enfermagem de Nightingale descreve como uma enfermeira deve implementar as leis naturais as quais permitem que os conceitos pessoa ambiente sauacutede-doenccedila e Enfermagem interajam Seu modelo foi adotado natildeo apenas na Inglaterra seu paiacutes de origem mas difundiu-se pelo mundo afora influenciando diretamente o desenvolvimento da Ciecircncia da Enfermagem

Nightingale defendia que embora o meacutedico e a enfermeira possam lidar com a mesma populaccedilatildeo a Enfermagem natildeo deve ser vista como subserviente agrave Medicina ao contraacuterio a Enfermagem objetiva descobrir as leis naturais que auxiliaratildeo a colocar o enfermo na melhor condiccedilatildeo possiacutevel a fim de que a natureza possa efetuar a cura (Selanders 1995)

Antigamente a Medicina procurava ver o homem integral respeitando suas crenccedilas e valores Hipoacutecrates (460 a 475 aC) dizia que o conhecimento do corpo eacute impossiacutevel sem o conhecimento do homem como um todo Naquela eacutepoca Hipoacutecrates pressupondo que cada doenccedila tinha uma causa natural e que sem causas naturais nada acontecia abandonou as explicaccedilotildees sobrenaturais da doenccedila

Com o desenvolvimento da Medicina estes princiacutepios foram aos poucos sendo deixados de lado e o seu enfoque passou a ser nas noccedilotildees do corpo como maacutequina da patologia como uma avaria nesta maacutequina e da tarefa do Meacutedico como o concerto desta maacutequina (Engel apud Capra 1982 p 116) Ao mudar seu enfoque a Medicina passa a centrar suas atenccedilotildees na cura pois se a patologia eacute considerada um fenocircmeno orgacircnico redutiacutevel a processos fiacutesicosquiacutemicos o saber meacutedico tinha o poder de curar

As atitudes meacutedicas frente ao corpo maacutequina portador de uma doenccedila foram reforccediladas pelos avanccedilos tecnoloacutegicos os quais cada vez mais separam o profissional meacutedico dos clientes O avanccedilo dos estudos e a tecnologia vecircm reforccedilando o poder de cura outorgado agrave Medicina (Capra 1982) Este modelo concede ao Meacutedico o poder de decisatildeo tanto da assistecircncia prestada seja ela meacutedica seja de outra categoria profissional quanto sobre o destino dos pacientes

Apesar da posiccedilatildeo de Nightingale os rumos na aacuterea da sauacutede levaram a Enfermagem a adotar o modelo biomeacutedico (Carraro 1999) o qual permeia sua praacutetica ateacute os dias atuais determinando um distanciamento de suas metas originais passando a existir centrado na prescriccedilatildeo meacutedica No entanto podemos perceber que atualmente este modelo biomeacutedico

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natildeo responde mais agraves necessidades do ser humano na vivecircncia do processo sauacutededoenccedila Ele natildeo quer mais ser visto em pedaccedilos mas sim como um ser singular integral indivisiacutevel insubstituiacutevel pleno na sua concepccedilatildeo de interagir com o mundo interage com o meio ambiente onde satildeo expressas crenccedilas e valores que permeiam suas accedilotildees (Carraro 1997 p 26)

No momento em que a Enfermagem voltar-se para seus modelos de assistecircncia e assumir sua essecircncia seraacute uma profissatildeo que responderaacute agraves necessidades do ser humano e que articularaacute ciecircncia e arte tendo assim visibilidade

Do Modelo Nightingaleano agrave Diversidade de Modelos de Assistecircncia

O resgate do modelo nightingaleano vem acontecendo haacute alguns anos A primeira Enfermeira a publicar poacutes-Nightingale foi Hildegard Peplau que em 1952 lanccedilou o livro Relaccedilotildees Interpessoais em Enfermagem Peplau tomou-se um marco histoacuterico para a Enfermagem dos anos 50 Naquela deacutecada iniciaram-se os cursos de Mestrado nos Estados Unidos da Ameacuterica dando novo iacutempeto agrave profissatildeo deflagrando a eacutepoca das Teorias de Enfermagem

Segundo Leddy e Pepper (1993) a ciecircncia da Enfermagem tem sido derivada principalmente das teorias sociais bioloacutegicas e meacutedicas Todavia depois de 1950 grande nuacutemero de enfermeiras teoristas tem desenvolvido modelos de Enfermagem que oferecem suporte para o desenvolvimento das teorias de Enfermagem e do

conhecimento de Enfermagem

Este novo conhecimento posto de algum modo aponta como principal preocupaccedilatildeo natildeo a patologia mas o indiviacuteduo doente ou natildeo experenciando o processo sauacutede-doenccedila com o enfoque na promoccedilatildeo do bem-estar e da sauacutede

Destaca-se no Brasil a atuaccedilatildeo de Wanda de Aguiar Horta no que se refere agrave difusatildeo das Teorias de Enfermagem Nascida em 1926 em Beleacutem do Paraacute graduou-se em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da USP em 1948 e doutorou-se em 1968 na Escola Ana Neacuteri Em 1979 publica seu livro baseado na Teoria das Necessidades Humanas Baacutesicas de Maslow e a partir daiacute operacionaliza um Processo de Enfermagem Existe atualmente uma discussatildeo sobre se os escritos de Horta configuram uma teoria ou um processo de Enfermagem Chegar a uma conclusatildeo a respeito eacute tarefa muito difiacutecil face agrave grande diversidade de paradigmas existentes poreacutem eacute inegaacutevel o grande avanccedilo que seus escritos trouxeram para o desenvolvimento da Enfermagem brasileira ateacute porque a grande maioria dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem adotou-os como base para a aprendizagem da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem (Carraro 1998) Certamente sua proposta nos mostra um Modelo de Assistecircncia

Atualmente a influecircncia das Teorias e dos Modelos de Assistecircncia de Enfermagem eacute evidente no contexto da Enfermagem brasileira pois estatildeo cada vez mais difundidos tanto na praacutetica da Enfermagem quanto na formaccedilatildeo de profissionais enfermeiros

Modelos de Assistecircncia satildeo representaccedilotildees do mundo vivido expressas verbalmente ou por meio de siacutembolos esquemas desenhos graacuteficos diagramas Seu objetivo eacute direcionar a assistecircncia de Enfermagem oferecendo ao enfermeiro os subsiacutedios necessaacuterios para sua atuaccedilatildeo

Segundo Keck (1989) as teorias satildeo modelos da realidade em geral realidades natildeo-observaacuteveis diretamente Os modelos ajudam a desenvolver as teorias e a explicitar a relaccedilatildeo existente entre os conceitos Ateacute porque os modelos permitem a manipulaccedilatildeo dos conceitos sobre o papel antes de serem submetidos agrave verificaccedilatildeo no mundo real

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Um modelo eacute uma abstraccedilatildeo da realidade um modo de visualizar a realidade facilitando o raciociacutenio Um modelo conceitual mostra-nos como vaacuterios conceitos satildeo inter-relacionados e aplica teorias que predizem ou avaliam consequumlecircncias de accedilotildees alternativas (Leddy e Pepper 1993)

Fawcett (1992) salienta a utilidade dos modelos conceituais para a organizaccedilatildeo do pensamento da observaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo do que se vecirc Eles tambeacutem provecircem uma estrutura sistematizada e racional para o desenvolvimento das atividades

Modelos de Enfermagem incluem conceitos de ser humano Enfermagem sauacutede-doenccedila e ambiente (Fitzpatrick e Whall 1983 Fawcett 1992)

Na Enfermagem ou mesmo em outra aacuterea do conhecimento agimos de acordo com um meacutetodo seguimos um modelo mesmo que dinacircmica e inconscientemente Se prestarmos atenccedilatildeo agrave nossa rotina observaremos que na maioria das vezes agimos de maneira semelhante todos os dias repetindo accedilotildees desde a mais simples ateacute a mais complexa E temos um motivo para isso realizamos as atividades pautadas em conhecimentos empiacutericas aprendidas no dia-a-dia com rotinas preestabelecidas ou embasados cientificamente e as repetimos cada vez que agimos Muitas vezes fazemos isto sem refletir a respeito sem procurar modos mais eficientes sem buscar a atualizaccedilatildeo do conhecimento sem nos lembrarmos da velocidade e do dinamismo com que o conhecimento avanccedila na atualidade

Este meacutetodo de que lanccedilamos matildeo visa organizar e direcionar nosso desempenho embora num primeiro momento possa parecer complexo apoacutes estarmos familiarizados com este processo ele passa a facilitar nosso trabalho assegurando maior qualidade agrave assistecircncia prestada

Segundo Pollit e Hungler (1995) o meacutetodo cientiacutefico combina aspectos do raciociacutenio loacutegico com outros para criar um sistema de soluccedilatildeo de problemas que embora faliacutevel eacute mais confiaacutevel do que a tradiccedilatildeo a autoridade a experiecircncia ou a tentativa e erro por si soacutes

Assim um modelo de assistecircncia embasado cientificamente conduz-nos ao fazer reflexivo a estar sempre buscando a melhoria da assistecircncia prestada Leva-nos a refletir que Enfermagem eacute esta que estou desenvolvendo Quem eacute o ser humano que estou assistindo O que eacute o processo sauacutede-doenccedila a que o ser humano estaacute exposto E o meio ambiente o que eacute

Os modelos de assistecircncia nos auxiliam a perceber que praticar Enfermagem natildeo eacute simplesmente uma ordenaccedilatildeo de procedimentos mais ou menos constantes dependendo da situaccedilatildeo Ela eacute um processo dinacircmico mutaacutevel e criativo mas nem por isso deixa de ser um processo conheciacutevel objetivo programaacutevel e decifraacutevel Desta forma quanto mais claro estiver o referencial teoacuterico do modelo aplicado maior seraacute a seguranccedila e a realizaccedilatildeo profissional do Enfermeiro maior seraacute o direcionamento da equipe de Enfermagem culminando com uma assistecircncia de Enfermagem adequada agraves necessidades apresentadas pelo ser humano assistido

Por outro lado a qualidade da Assistecircncia de Enfermagem prestada depende da equipe liderada e coordenada pelo Enfermeiro Os modelos de assistecircncia instrumentalizam o planejamento cientiacutefico e sistematizado das accedilotildees a serem desenvolvidas pelos integrantes da Equipe de Enfermagem oferecendo suporte e direcionando o desempenho das atividades Contribuem para a credibilidade e visibilidade da Enfermagem

O desenvolvimento da profissatildeo de Enfermagem atraveacutes dos tempos ainda natildeo alcanccedilou sua maturidade Continua crescendo e desenvolvendo-se a fim de ampliar as esferas de serviccedilos e praacuteticas profissionais aumentando suas responsabilidades Sem duacutevidas a cada dia a Enfermagem se supera criando agregando novos conhecimentos e indo aleacutem na certeza de que eacute uma Ciecircncia e uma e Arte inacabada e crescente

Refletindo

Para praticar enfermagem necessitamos

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Conhecer e prosseguir conhecendo os fundamentos e avanccedilos da profissatildeo

Ter clareza sobre a fonte de onde esta praacutetica se origina

Reconhecer as premissas e conceitos do modelo eleito para prestar assistecircncia

Estar atentos aos aspectos teoacutericos praacuteticos e eacutetico-morais da profissatildeo

Ser coerentes entre a necessidade e a finalidade da assistecircncia

Ser coerentes entre no que pensamos falamos e fazemos Saber avaliar e retro-alimentar nossa praacutetica

Ter bom senso para usar a cabeccedila o coraccedilatildeo e as matildeos Conciliar ciecircncia alma e habilidade

Ser artistas e ao mesmo tempo cientistas

Para praticara arte da enfermagem necessitamos (Buscaglia 1972)

Tempo

Compreensatildeo da arte

Sensibilidade para utilizar o material necessaacuterio

Extrema paciecircncia enquanto aprendemos as habilidades baacutesicas

Praticar a arte da Enfermagem inclui o desejo de

Experimentar fracassar arriscar Conhecer frustraccedilatildeo e mesmo o

desespero Antes de poder abandonar teacutecnicas aprendidas mecanicamente

Projetar-se plenamente na proacutepria criaccedilatildeo

2 TEORIAS E MARCO CONCEITUAL SUA INFLUEcircNCIA NA METODOLOGIA DA ASSISTEcircNCIA

Teima Elisa Carraro

A histoacuteria registra que a Enfermagem preacute-nightingaleana era desenvolvida sem um referencial que as pessoas que a exerciam natildeo eram preparadas para tal e ainda que seu resultado deixava muito a desejar

A partir da vivecircncia de Nightingale a Enfermagem passa a ser denominada cientiacutefica passando a apresentar um modelo de assistecircncia por ela desenvolvido e implementado

As crenccedilas de Nightingale a respeito da Enfermagem o que eacute e o que natildeo eacute formam o fundamento do que escreveu em suas Notas sobre EnfermagemrdquoSua contribuiccedilatildeo ao desenvolvimento das teorias estaacute em explicar o campo de accedilatildeo da Enfermagem como a relaccedilatildeo pacientemeio ambiente e em iniciar as anaacutelises estatiacutesticas para a sauacutede e a Enfermagem profissional (Choi 1989)

Sua educaccedilatildeo meticulosa vinda de seu pai um homem culto formado em Cambridge e Edimburgo era pouco comum para uma mulher do seacuteculo XIX Estudou latim grego liacutenguas modernas artes matemaacutetica e estatiacutestica filosofia histoacuteria e religiatildeo Sua educaccedilatildeo e os acontecimentos da eacutepoca estimularam seu pensamento criacutetico levando-a a interessar-se por poliacutetica economia governo liberdade condiccedilotildees sociais e instituiccedilotildees Leu e citou em

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seus escritos Platatildeo Dante Mill Bacon Locke Newton Kant Hegel Comte e Satildeo Joatildeo Por outro lado era tiacutemida e espiritualista Acreditava que servindo ao homem estava servindo a Deus o que a impulsionava a fazer seu caminho a ser independente a buscar uma profissatildeo para utilizar sua capacidade (Carraro 1999) Esta educaccedilatildeo influenciou seu pensamento e sua concepccedilatildeo da Enfermagem como ciecircncia e arte subsidiando e determinando a praacutetica da profissatildeo

Nightingale deixou-nos suas concepccedilotildees registradas em I47 livros e panfletos Sua correspondecircncia pessoal tambeacutem foi volumosa Em 1859 publicou dois de seus Best-Known Notes on Hospitais e Notes um Nursing livros que abriram uma nova eacutepoca na reforma e no cuidado com a sauacutede (Schuyler 1992) No entanto a Enfermagem tem apresentado dificuldades em seguir seu exemplo no tocante a teorizar escrever e publicar ideacuteias e realizaccedilotildees

A fundamentaccedilatildeo teoacuterica e a vivecircncia de Nightingale influenciaram seus escritos e ainda estatildeo presentes em muitas teorias de Enfermagem mais recentes Este eacute um elo importante entre a Enfermagem Ciecircncia e Arte de Florence Nightingale e a Enfermagem atual Em sua visatildeo e saber incluem-se insight e valores antigos que se relacionam com a teoria do cuidado humano atual teoria que uma vez mais guia a educaccedilatildeo de Enfermagem a praacutetica e a investigaccedilatildeo cliacutenica que se baseia no cuidado como um ideal moral teoria que permeia o espiritual o transcendente o todo enquanto atende o ser e fazer totalmente integrados A visatildeo e saber de Nightingale incluem a visatildeo e a imagem de totalidade beleza e harmonia de vida um sentido de uniatildeo de todos os seres vivos (Watson 1992)

1 Das Teorias de Enfermagem

O interesse pelo desenvolvimento de Teorias de Enfermagem surgiu por duas razotildees Primeiramente as enfermeiras perceberam que o desenvolvimento de teorias era um meio de estabelecer a Enfermagem como profissatildeo aleacutem de ser inerente a um antigo interesse em definir um corpo de conhecimentos especiacuteficos da Enfermagem Em segundo lugar os teoacutericos estavam motivados pelo valor intriacutenseco das teorias para a Enfermagem e pela importacircncia do crescimento e enriquecimento da teoria para a Enfermagem em si mesma (Choi 1989)

Com o passar dos tempos na busca de maiores subsiacutedios para a atuaccedilatildeo de Enfermagem surgiram novas teorias e novos modelos de assistecircncia inicialmente nos Estados Unidos onde esta preocupaccedilatildeo tomou forccedila com o surgimento dos cursos de mestrado em Enfermagem expandindo-se depois para outros paiacuteses

No Brasil em 1979 Wanda de Aguiar Horta publica sua teoria baseada na Teoria das Necessidades Humanas Baacutesicas de Maslow e a partir daiacute operacionaliza um Processo de Enfermagem Seus escritos foram adotados por grande parte dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem como base para a aprendizagem da Metodologia da Assistecircncia

Considerando-se teoria como um conjunto de princiacutepios fundamentais duma arte ou duma ciecircncia (Ferreira 1993 p 1664) percebe-se de forma crescente a influecircncia das teorias no contexto da Enfermagem brasileira pois sua difusatildeo cada vez mais transparece tanto na sua praacutetica quanto na formaccedilatildeo de profissionais enfermeiros

Teoria de Enfermagem eacute definida por Meleis (1985) como uma construccedilatildeo articulada e comunicada da realidade criada ou descoberta (fenocircmenos centrais e inter-relaccedilotildees) dentro da ou pertinente agrave Enfermagem para os propoacutesitos de descriccedilatildeo explicaccedilatildeo prediccedilatildeo ou prescriccedilatildeo do cuidado de Enfermagem Ainda segundo a autora as teorias de Enfermagem refletem diferentes realidades pois apontam os interesses da Enfermagem na eacutepoca o ambiente sociocultural e as experiecircncias educacionais e vivenciais da teoacuterica Espelham algumas realidades da eacutepoca em que foram concebidas e ajudam a dar forma agraves realidades da eacutepoca atual

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De acordo com Neves e Trentini (1987) a teoria orientada para a praacutetica eacute aquela dirigida para produzir mudanccedilas ou efeitos desejados em determinada condiccedilatildeo ou fenocircmeno Assim as teorias se apresentam como formas de olharcompreender os fenocircmenos da Enfermagem Alguns fenocircmenos satildeo abordados em praticamente todas as teorias de Enfermagem porque representam o centro da sua praacutetica tais como o ser humano o ambiente a sauacutededoenccedila e a Enfermagem Estes fenocircmenos compotildeem uma rede de conceitos que se inter-relacionam e formam uma maneira de ver o mundo da Enfermagem e desenvolver sua praacutetica (Paim et al 1998)

As teorias que hoje temos representam os esforccedilos coletivos e individuais das Enfermeiras para definir e dirigir a profissatildeo e como tal proporcionar a base para um desenvolvimento teoacuterico continuado (Choi 1989)

Ao representar estes esforccedilos as teorias mostram diferentes modos de pensar Enfermagem algumas apontando apenas um aspecto da realidade outras apontando todos os fenocircmenos de interesse da disciplina Vaacuterias teorias utilizadas por Enfermeiros satildeo cedidas por outras disciplinas como as teorias do estresse do enfrentamento do risco da educaccedilatildeo (Fawcett 1995)

Eacute de fundamental importacircncia que os Enfermeiros ao fazerem a opccedilatildeo por uma ou outra teoria considerem a adequaccedilatildeo e a aplicabilidade dela agrave situaccedilatildeo de Enfermagem em que seraacute utilizada

2 Marco Conceitual

Fawcett (1995) enfatiza que os marcos conceituais natildeo satildeo uma realidade nova na Enfermagem existem desde Nightingale (1859) com suas primeiras ideacuteias avanccediladas sobre Enfermagem mesmo que natildeo tenham sido expressas formalmente como marcos

A proliferaccedilatildeo formal dos marcos conceituais de Enfermagem aconteceu concomitante agrave introduccedilatildeo das ideacuteias sobre teorias de Enfermagem ambas com interesse em conceitualizar a Enfermagem como uma disciplina distinta Para Fawcett (1995) o desenvolvimento dos marcos conceituais de Enfermagem foi um importante avanccedilo para a disciplina

No entanto este eacute um tema que vem gerando discussatildeo e mostrando divergecircncias conceituais entre os estudiosos principalmente no que se refere agraves terminologias de marco e modelo teoacuterico e conceitual conforme podemos ver a seguir

Newman (1979) registra que Marco Teoacuterico eacute uma matriz de conceitos que juntos descrevem o foco da investigaccedilatildeo

De acordo com Fawcet (1984 e 1978) Modelo Teoacuterico ou Marco Teoacuterico refere-se a uma teoria ou grupo de teorias que fornecem fundamentos para as hipoacuteteses poliacuteticas e curriacuteculo de uma ciecircncia

Para Neves e Gonccedilalves (1984) Marco Conceitual eacute uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que serve para dirigir o processo da investigaccedilatildeo e da accedilatildeo

Segundo Fawcet (1992) e Botha (1989) Marco Conceitual eacute sinocircnimo de Modelo Conceitual e eacute definido como um conjunto de conceitos e proposiccedilotildees abstratas e gerais intimamente relacionados

Em 1993 Silva e Arruda registram que o Marco de Referecircncia apresenta niacutevel de abstraccedilatildeo de menor complexidade do que os Marcos Conceituais Teorias no que se refere a sua construccedilatildeo teoacuterico-conceitual Tem a finalidade de demarcar o conhecimento em que se apoacuteia servindo de base para as accedilotildees de Enfermagem (Silva e Arruda 1993)

Na compreensatildeo de Wall (2000) o Marco Conceitual eacute um conjunto de elaboraccedilotildees mentais sobre aspectos relacionados ao objeto em estudo Um ponto que serve como forccedila como orientaccedilatildeo Uma proposta da qual queremos nos aproximar

Apesar desta divergecircncia conceitual eacute fundamental que os enfermeiros compreendam que os marcos eou modelos (Marco Conceitual Modelo Conceitual Marco

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Teoacuterico Modelo Teoacuterico) com suas diferenccedilas e semelhanccedilas formam um emaranhado de conceitos inter-relacionados que servem para direcionar as accedilotildees de Enfermagem Podemos dizer que eles iluminam os caminhos da Enfermagem

Em resumo todos os termos utilizados visam aprofundar formas de dirigir a accedilatildeo de Enfermagem pois buscam por meio dos conceitos formalizar uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que fundamente a ciecircncia e consequentemente as accedilotildees de Enfermagem

3 Das Funccedilotildees dos Marcos Conceituais

Os MarcosModelos proporcionam ao profissional a evidecircncia de que ele necessita para embasar suas accedilotildees apontando e justificando por que selecionar um determinado problema para estudo Ajudam na sumarizaccedilatildeo do conhecimento existente na explicaccedilatildeo dos fatos observados e das relaccedilotildees entre eles

De acordo com Neves e Gonccedilalves (1984) o Marco Conceitual contribui na previsatildeo de eventos ateacute entatildeo natildeo-observados e no estabelecimento de relaccedilotildees entre os eventos com base nos princiacutepios explicativos englobados nas teorias

Fawcett (1995) salienta que os marcos direcionam a procura das questotildees sobre o fenocircmeno e sugerem soluccedilotildees para problemas praacuteticos Enfatiza que os marcos conceituais de Enfermagem explicitam orientaccedilotildees filosoacuteficas e pragmaacuteticas para a assistecircncia que somente os Enfermeiros podem oferecer aos pacientes por conhecerem a dimensatildeo total do cuidado o qual eacute diferente daquele realizado por qualquer outro profissional de sauacutede

O marco conceitual constitui uma construccedilatildeo teoacuterica que sustenta a praacutetica de Enfermagem e as decisotildees no processo de assistir o ser humano Ele reflete tambeacutem a maneira de o autor conceber os indicativos assistenciais da Enfermagem (Carraro 1997)

Assim compreendido o Marco Conceitual torna-se uma importante ferramenta para embasar direcionar e clarificar as accedilotildees natildeo apenas do Enfermeiro mas de toda a equipe de Enfermagem Ele serve de base para a proposta e o desenvolvimento da Metodologia de Assistecircncia de Enfermagem a qual deveraacute estar estruturada de forma coerente com seus conceitos

Tem a finalidade de proporcionar o foco que ilumina os caminhos a serem percorridos pelo profissional para atingir seus objetivos assistenciais formando um emaranhado uma teia dentro da qual a assistecircncia os aspectos teoacutericos teacutecnicos e eacuteticos satildeo examinados a fim de tomarem possiacutevel explicar as relaccedilotildees propostas e identificar vazios no conhecimento que necessitam ser revelados para ampliar continuamente as possibilidades de cuidado

4 Da sua Construccedilatildeo

Todos noacutes temos uma imagem pessoal do que seja a praacutetica da Enfermagem Esta imagem influencia nossa interpretaccedilatildeo dos dados decisotildees e accedilotildees Mas pode uma disciplina continuar desenvolvendo-se quando seus membros se sustentam em diferentes imagens Os proponentes dos marcos conceituais para a praacutetica estatildeo procurando fazer uso consciente destas imagens sem o que natildeo poderemos comeccedilar a identificar semelhanccedilas em nossas percepccedilotildees sobre a natureza da praacutetica nem evoluir para conceitos bem ordenados (Reillys citado por Fawcett 1995)

Segundo King (1988) conceitos satildeo abstraccedilotildees que provecircem conhecimento sobre a essecircncia das coisas Um conceito eacute uma imagem mental de uma coisa de uma pessoa ou de um objeto Para Chinn e Jacobs (1982) os conceitos satildeo formulaccedilotildees mentais complexas de um objeto propriedade ou acontecimento originaacuterias das percepccedilotildees e experiecircncias individuais

Os conceitos registram ainda as crenccedilas e valores do autor sobre aquilo que estaacute sendo conceituado Quando os conceitos satildeo inter-relacionados como no caso da Enfermagem eles formam uma base para as accedilotildees seja na pesquisa seja na praacutetica profissional A esta estrutura pode-se chamar marco conceitual (Carratildeo 19)

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A construccedilatildeo de um Marco Conceitual pode partir da praacutetica da conceituaccedilatildeo das imagens privativas do Enfermeiro sobre a praacutetica da Enfermagem vivenciada pelo autor baseada em suas crenccedilas e valores com a busca de subsiacutedios na teoria Nesta forma de construccedilatildeo primeiramente se elaboram os conceitos eleitos registrando-se aquilo em que se acredita sobre cada um deles com leituras releituras e reformulaccedilotildees ateacute que reflitam os pensamentos do autor Pode-se usar a estrateacutegia de discuti-los com a Equipe de Enfermagem eou com outras pessoas Somente apoacutes esta preacutevia estruturaccedilatildeo dos conceitos busca-se uma teoria que venha ao encontro das ideacuteias ali expressas potencializando-as Entatildeo incorporam-se aos conceitos as ideacuteias contidas na teoria

Pode-se tambeacutem partir da teoria Contudo antes de optarmos por uma teoria primeiramente eacute necessaacuterio estudaacute-la procurando compreendecirc-la buscando as relaccedilotildees entre o que ela retrata aquilo em que se acredita e a aplicaccedilatildeo que se pretende fazer Somente apoacutes essa identificaccedilatildeo eacute que deve ser feita a opccedilatildeo por uma determinada teoria Entatildeo alguns dos seus conceitos satildeo escolhidos para embasarem o Marco Conceitual e a praacutetica da Enfermagem

Conveacutem lembrar que a teoria escolhida natildeo necessita ser especificamente de Enfermagem Existe ainda a possibilidade de se usar mais de uma teoria poreacutem com muita cautela pois as concepccedilotildees teoacuterico - filosoacuteficas delas podem ser divergentes comprometendo assim toda a construccedilatildeo do Marco Conceitual e consequentemente a assistecircncia de Enfermagem a ser prestada

A construccedilatildeo de um Marco Conceitual partindo da praacutetica ou partindo da teoria eacute um processo reflexivo que se configura num ir e vir aos conceitos reformulando-os tantas vezes quantas forem necessaacuterias para que estes reflitam o pensamento do seu autor Busca-se ainda a inter-relaccedilatildeo entre os conceitos de tal modo que lendo-se um deles os demais estejam impliacutecitos mostrando forte relaccedilatildeo entre si

Eacute importante ressaltar que independentemente da forma de construccedilatildeo o Marco Conceitual deveraacute contemplar as especificidades da praacutetica a que seraacute aplicado uma vez que ele eacute um instrumento que subsidia a praacutetica da Enfermagem (portanto um meio e natildeo um fim em si mesmo embasando a construccedilatildeo e o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem)

Apoacutes a construccedilatildeo do Marco Conceitual passa-se a sua aplicaccedilatildeo para que deveratildeo ser buscados os elementos de cada conceito as accedilotildees a que cada elemento conduz e a estrateacutegia para desenvolver cada accedilatildeo Esta operacionalizaccedilatildeo pode configurar-se como um mapa da assistecircncia a ser prestada embasando a metodologia de assistecircncia

Como exemplo vai imaginar que ao conceituar-se ser humano esteja registrado que ele eacute singular integral indivisiacutevel e insubstituiacutevel As accedilotildees a que este registro conduz satildeo accedilotildees de humanizaccedilatildeo da assistecircncia e as estrateacutegias poderatildeo ser chamar pelo seu nome envolver sua famiacutelia na assistecircncia ouvir tocar entre outras Se o registro diz que a Enfermagem eacute uma ciecircncia e uma arte as accedilotildees deveratildeo ser de aplicaccedilatildeo tanto do conhecimento cientiacutefico quanto da sensibilidade Imaginaccedilatildeocriatividade e habilidade ao prestar cuidados As estrateacutegias deveratildeo contemplar diaacutelogo observaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas especiacuteficas

Enfim o resultado final da Assistecircncia prestada deveraacute refletir o Marco Conceitual proposto aleacutem de servir para confirmar testar os conceitos formulados ou mesmo dar-lhes novos direcionamentos e ou reconstruccedilotildees

5 Algumas Consideraccedilotildees

A implementaccedilatildeo da praacutetica assistencial embasada num Marco Conceitual proporciona uma perspectiva de assistecircncia sistematizada e singular um embasamento teoacuterico para o desenvolvimento da praacutetica e por meio desta um enriquecimento da teoria num movimento de ir e vir

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No transcorrer da assistecircncia evidenciam-se pontos do Marco Conceitual que a subsidiam Quando se inicia a implementaccedilatildeo da praacutetica subsidiada por um Marco Conceitual pode-se encontrar dificuldades ateacute por uma questatildeo de haacutebito O pensamento se configura mas a accedilatildeo eacute tatildeo automaacutetica que quando percebemos jaacute a executamos natildeo como a pensamos mas como estaacutevamos condicionados a fazer (Carraro 1994 p 119)

Precisamos ter o Marco Conceitual introjetado em noacutes para conseguirmos vencer os haacutebitos anteriores e avanccedilar rumo a uma nova proposta de assistecircncia estando alertas para nossas accedilotildees ateacute para natildeo nos desanimarmos com o processo pois aos poucos podemos transpor as dificuldades de implementaccedilatildeo que se apresentarem

O Marco Conceitual quando conscientemente aplicado pouco a pouco vai mostrando que o fazer fazendo aprendendo e teorizando agrave luz da praacutetica concretiza-se no dia-a-dia da assistecircncia de Enfermagem Enfim conduz ao fazer reflexivo proporcionando satisfaccedilatildeo na Praacutetica Assistencial de Enfermagem tanto para o profissional quanto para o ser humano que estaacute sob seus cuidados

BILBIOGRAFIA

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para a assistecircncia de enfermagem

teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB 2001 paacuteg 5-14

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para p Assistecircncia de Enfermagem teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica Sobre teorias e marco conceitual sua influecircncia na metodologia da assistecircnciaGoiacircniaAB 2001 paacuteg 29-37

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CAPIacuteTULO 3 TEORIAS E METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE TEORIA

11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO

ldquoA unidade baacutesica do pensamento teoacuterico eacute o CONCEITO Os conceitos satildeo palavras que representam a realidade e facilitam a nossa capacidade de comunicaccedilatildeo sobre ela (Webester 1991)rdquo

Os conceitos podem ser

EMPIacuteRICOS = sentidos percebidos observados OU

ABSTRATOS = natildeo satildeo observaacuteveis Ex esperanccedila infinito

ldquoTodos os conceitos tornam-se abstraccedilotildees na ausecircncia do objetordquo

TEORIAS

Conjunto de conceitos inter-relacionados definiccedilotildees e proposiccedilotildees que apresentam uma forma sistemaacutetica de ver fatoseventos pela especificaccedilatildeo das relaccedilotildees entre as variaacuteveis com a finalidade de explicar ou prever o fatoevento (Kerlinger 1973)

12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA

PRAacuteTICA PESQUISA

TEORIA E CONCEITOS

13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA

Caracteriacutesticas de uma teoria segundo Torres 1990

1 as teorias podem inter-relacionar conceitos de tal forma que criem uma nova maneira de ver determinado fenocircmeno

2 as teorias devem ser de natureza loacutegica

3 as teorias devem ser relativamente simples e ainda generalizaacuteveis

4 as teorias podem ser as bases para as hipoacuteteses serem testadas ou para a teoria ser expandida

5 as teorias contribuem para o aumento do corpo de conhecimentos gerais da disciplina atraveacutes da pesquisa implementada para validaacute-las

6 as teorias podem ser utilizadas por profissionais para orientar e melhorar a sua praacutetica

7 as teorias devem ser consistentes com outras teorias validadas leia e princiacutepios mas devem deixar abertas as questotildees natildeo-respondidas que devem ser investigadas

2 AS TEORIAS DE ENFERMAGEM ENFATIZAM QUATRO CONCEITOS

A PESSOA pode representar um indiviacuteduo uma famiacutelia uma comunidade ou toda humanidade Eacute aquele que recebe o cuidado de enfermagem

A SAUacuteDE representa um estado de bem-estar decidido mutuamente pelo cliente e enfermeiro

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O AMBIENTE pode representar os arredores imediatos a comunidade ou o universo com tudo que conteacutem

A ENFERMAGEM eacute a ciecircncia e a arte da disciplina

3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM

Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM

Esclareccedilo que para a composiccedilatildeo desse material transcrevi na iacutentegra os textos produzidos pelas autoras citadas na referecircncia bibliograacutefica

Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos

Quadro 1 Caracteriacutesticas gerais das teorias de enfermagem

CATEGORIAS DE TEORIAS

CARACTERIacuteSTICATEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM

1NECESSIDADES PROBLEMAS

Enfocam as necessidades e os problemas que os clientes tecircm buscando preenchecirc-los ou corrigi-los utilizando o Processo de Enfermagem

Nightingale Abdellah Henderson Orem Hall Watson Horta2SISTEMAS Sugerem que o homem eacute composto de muitas partes ou subsistemas que quando

juntos satildeo mais e diferentes do que sua soma Johnson Roy Beth Newman Levine Leininger

3INTERACcedilAtildeO Enfocam o processo de comunicaccedilatildeo no preenchimento das necessidades do cliente Peplau Orlando Wiedenbach King Paterson e Zderad Erickson Tomlin e

Sawai Boykin e Schoenhofer4CAMPO DE ENERGIA

Acreditam que as pessoas satildeo campo de energia em constante interaccedilatildeo com o seu ambiente ou com o universo

Rogers Parse Margareth Newman

Fonte GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional

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Paradigma modelo ou conjunto baacutesico de crenccedilas que orientam a accedilatildeo a investigaccedilatildeo da disciplinada

Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

1NECESSIDADESPROBLEMAS

DOROTHEA E OREM

Autocuidado

1971

A Enfermagem eacute necessaacuteria sempre que a manutenccedilatildeo contiacutenua do autocuidado requer o uso de teacutecnicas especiais e a aplicaccedilatildeo de conhecimentos cientiacuteficos para prover o cuidado ou administraacute-lo

Teoria de Kortabisnk da accedilatildeo eficiente 1965Teoria da accedilatildeo social de Parson 1968

WANDA DE AGUIAR HORTA

Necessidades Humanas Baacutesicas

1979

A Enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrio em equiliacutebrio pela assistecircncia do ser humano em suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Teoria da motivaccedilatildeo Humana de Maslow (necessidades humanas baacutesicas)Lei da homeostase e do holismo

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

2SISTEMAS

MADELEINE M LEININGER

Teoria de enfermagem transcultural1985

A Enfermagem eacute uma profissatildeo humaniacutestica e cientiacutefica que eacute apreendida e focalizada no fenocircmeno do cuidado humano e em atividades que propiciem assistecircncia suporte facilitaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo a indiviacuteduos grupos para manter ou reaver o seu bem-estar de uma forma culturalmente significativa e satisfatoacuteria

SociologiaAntropologia cultural

MYRA ESTRIN LEVINE

Holiacutestica1969

A accedilatildeo da Enfermagem estaacute baseada no cuidado total da pessoa e assim sendo na conservaccedilatildeo dos princiacutepios de energia integridade estrutural pessoal e social Todos tecircm como postulado a integridade e unidade do indiviacuteduo

BiologiaPsicologiaSociologia

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

3INTERACcedilAtildeO

IMOGENE M KING

Alcance dos objetivos19711981

A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo humana entre enfermeira e cliente atraveacutes do qual um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo eles fixam os objetivos exploram os recursos concordam sobre meios para o alcanccedilarem os objetivos Eacute um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo interaccedilatildeo transaccedilatildeo

Teoria de SistemasSistemas pessoais interpessoais e sociaisPsicologiaTeorias sociais

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

Teoria do Papel modelagem

Concebem essa teoria para compreender o modo como clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

Teorias de Erckson Maslow Selyee Engel e piaget

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

4CAMPO DE ENERGIA

MARTHA E ROGERS

Martha Rogers1970

A ciecircncia da Enfermagem eacute dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direccedilatildeo de seu desenvolvimento A Enfermagem eacute uma ciecircncia humaniacutestica dedicada a um interesse compassivo para manter e promover a maacutexima potencialidade de sauacutede do homem que eacute um todo unificado

FisiologiaBiologiaPsicologiaAntropologiaSociologia

MARGARET NEWMAN

1989

A Enfermagem natildeo eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o proacuteprio poder atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

Idem

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

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tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

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Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 4: Apostila sae para_e-mail

e o conhecimento A destreza manual para a execuccedilatildeo de determinados procedimentos realidade inclusive nas tribos primitivas seguiu aperfeiccediloando-se por meio da experiecircncia Agrave medida que se dispunha de mais detalhes sobre o processo sauacutede-doenccedila surgia a necessidade de mais conhecimento (Dock amp Stewart referidos por Donahue 1993)

A cabeccedila o coraccedilatildeo e as matildeos se uniram firmemente para assentar os alicerces da Enfermagem moderna Estes trecircs elementos essenciais corresponderiam agrave ciecircncia agrave alma e agrave habilidade da Enfermagem e inclusive em outro contexto seriam sinocircnimos dos aspectos teoacuterico praacutetico e eacutetico-moral da profissatildeo (Stewart apud Donahue 1993)

O conhecimento dos fatos e princiacutepios proporcionou o impulso para que a Enfermagem se convertesse tanto em uma arte quanto em uma ciecircncia (Dock amp Stewart referidos por Donahue 1993)

Tratando-se da Enfermagem moderna percebemos que Nightingale corrobora o acima exposto ao salientar que agrave Enfermagem cabia o cuidado com o doente e que a Medicina tratava a doenccedila Ressaltou a importacircncia da Enfermagem ao doente e da Enfermagem saudaacutevel e em ambas incluiu medidas de prevenccedilatildeo e de promoccedilatildeo agrave sauacutede Para ela Enfermagem era 1mbos uma arte e uma ciecircncia e requeria uma organizaccedilatildeo cientiacutefica e educaccedilatildeo formal para cuidar dos sofrimentos das doenccedilas (Nightingale 8931949 apud Reed e Zurakowski 1983 p 13 Carraro 1994) A princiacutepio Nightingale julgava que ldquopara aliviar o sofrimento do proacuteximo bastavam a ternura a simpatia e a paciecircnciardquo Mas agora a sua curta experiecircncia lhe mostrava que soacute os conhecimentos especializados poderiam trazer o aliacutevio (Woodham-Srnith 1951 p 143)

Da sua Essecircncia

Japiassu e Marcondes (1991) registram que essecircncia eacute o ser mesmo das coisas aquilo que a coisa eacute ou o que faz dela aquilo que ela eacute Para Ferreira (1986) essecircncia significa aquilo que constitui a natureza do ser o principal o cerne

De acordo com Donahue a essecircncia da Enfermagem reside na imaginaccedilatildeo criativa no espiacuterito sensiacutevel e na compreensatildeo inteligente que constituem o fundamento real dos cuidados de Enfermagem eficazes Para Florence Nightingale a Enfermagem eacute uma arte[] poder-se-ia dizer a mais bela das artes (Seymer [19--] p 106) Ela salientava que a arte da Enfermagem deveria incluir condiccedilotildees que por si mesmas tomassem possiacutevel a assistecircncia de Enfermagem Referia-se agrave enfermagem como a arte de cuidar dos doentes (18591989 p 15) Natildeo explicou o que entendia por arte poreacutem em todos os momentos deixa esse conceito transparecer (Carraro 1994)

Vemos que a arte se expressa na Enfermagem principalmente atraveacutes da sensibilidade da criatividadeimaginaccedilatildeo e da habilidade como instrumentos para a assistecircncia de Enfermagem A sensibilidade nos leva a perceber e externar nossos sentimentos e por outro lado eacute ela que nos possibilita perceber entender e respeitar os sentimentos do outro A criatividadeimaginaccedilatildeo se complementam e nos conduzem a pensar inventar figurar em espiacuterito com bases na sensibilidade E eacute nesse lento que a habilidade se configura como aptidatildeo ou capacidade para desenvolver algo contemplando tambeacutem a inteligecircncia e a perspicaacutecia (se articulam no conjunto dos componentes jaacute explicitados da arte) um todo (Carraro 1994)

A ciecircncia se evidencia atraveacutes da aplicaccedilatildeo de conhecimentos sistematizados instrumentalizados pela arte

O Resgate do Modelo Nightingaleano de Assistecircncia

A histoacuteria da Enfermagem nos mostra a evoluccedilatildeo de um fazer intuitivo - como o eacute o cuidado da mulher-matildee com o seu receacutem nascido a um fazer reflexivo Registra que a praacutetica preacute-

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nightingaleana era desenvolvida sem um referencial e que as pessoas que a exerciam natildeo eram preparadas para tal

A questatildeo teoacuterica na profissatildeo nasce em Florence Nightingale quando ela apresenta suas reflexotildees e diz que a Enfermagem eacute diferente da Medicina e que portanto eacute necessaacuterio estudar e estruturar as maneiras de fortalecer nos indiviacuteduos suas potencialidades naturais para que por sua proacutepria forccedila se opere a cura Com esta proposiccedilatildeo ela afirma a importacircncia de um trabalho dirigido por conhecimentos gerais e especiacuteficos que toda enfermeira deve possuir (Leopardi 1999 p 8)

A proacutepria Florence Nightingale apoacutes buscar conhecer o que se praticava na Enfermagem afirmou que soacute conhecimentos especializados poderiam trazer resultados satisfatoacuterios e que ela iria fazer um curso de Enfermagem Essa breve retrospectiva mostra-nos um crescente do empiacuterico para o cientiacutefico A partir da atuaccedilatildeo de Florence Nightingale e da consequente instituiccedilatildeo da Enfermagem moderna determinou-se um contraste entre a praacutetica da Enfermagem exercida por pessoas preparadas para tal e a praacutetica anterior Nightingale embora de forma empiacuterica e sem consciecircncia desse fato principalmente no que se refere agraves visotildees atuais atuou embasada num Modelo de Enfermagem Para Marriner-Tomey (1994) um modelo eacute uma ideacuteia que explica por meio de visualizaccedilatildeo fiacutesica ou simboacutelica Os modelos simboacutelicos para ela podem ser verbais esquemaacuteticos ou quantitativos Os verbais satildeo enunciados construiacutedos com palavras os esquemaacuteticos podem ser diagramas graacuteficos desenhos ou imagens e os quantitativos se embasam em siacutembolos matemaacuteticos Os modelos servem para facilitar o raciociacutenio dos conceitos e das relaccedilotildees existentes entre eles ou ainda para delinear o processo de assistecircncia de Enfermagem

Segundo Selanders (1995) o Modelo de Enfermagem de Nightingale descreve como uma enfermeira deve implementar as leis naturais as quais permitem que os conceitos pessoa ambiente sauacutede-doenccedila e Enfermagem interajam Seu modelo foi adotado natildeo apenas na Inglaterra seu paiacutes de origem mas difundiu-se pelo mundo afora influenciando diretamente o desenvolvimento da Ciecircncia da Enfermagem

Nightingale defendia que embora o meacutedico e a enfermeira possam lidar com a mesma populaccedilatildeo a Enfermagem natildeo deve ser vista como subserviente agrave Medicina ao contraacuterio a Enfermagem objetiva descobrir as leis naturais que auxiliaratildeo a colocar o enfermo na melhor condiccedilatildeo possiacutevel a fim de que a natureza possa efetuar a cura (Selanders 1995)

Antigamente a Medicina procurava ver o homem integral respeitando suas crenccedilas e valores Hipoacutecrates (460 a 475 aC) dizia que o conhecimento do corpo eacute impossiacutevel sem o conhecimento do homem como um todo Naquela eacutepoca Hipoacutecrates pressupondo que cada doenccedila tinha uma causa natural e que sem causas naturais nada acontecia abandonou as explicaccedilotildees sobrenaturais da doenccedila

Com o desenvolvimento da Medicina estes princiacutepios foram aos poucos sendo deixados de lado e o seu enfoque passou a ser nas noccedilotildees do corpo como maacutequina da patologia como uma avaria nesta maacutequina e da tarefa do Meacutedico como o concerto desta maacutequina (Engel apud Capra 1982 p 116) Ao mudar seu enfoque a Medicina passa a centrar suas atenccedilotildees na cura pois se a patologia eacute considerada um fenocircmeno orgacircnico redutiacutevel a processos fiacutesicosquiacutemicos o saber meacutedico tinha o poder de curar

As atitudes meacutedicas frente ao corpo maacutequina portador de uma doenccedila foram reforccediladas pelos avanccedilos tecnoloacutegicos os quais cada vez mais separam o profissional meacutedico dos clientes O avanccedilo dos estudos e a tecnologia vecircm reforccedilando o poder de cura outorgado agrave Medicina (Capra 1982) Este modelo concede ao Meacutedico o poder de decisatildeo tanto da assistecircncia prestada seja ela meacutedica seja de outra categoria profissional quanto sobre o destino dos pacientes

Apesar da posiccedilatildeo de Nightingale os rumos na aacuterea da sauacutede levaram a Enfermagem a adotar o modelo biomeacutedico (Carraro 1999) o qual permeia sua praacutetica ateacute os dias atuais determinando um distanciamento de suas metas originais passando a existir centrado na prescriccedilatildeo meacutedica No entanto podemos perceber que atualmente este modelo biomeacutedico

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natildeo responde mais agraves necessidades do ser humano na vivecircncia do processo sauacutededoenccedila Ele natildeo quer mais ser visto em pedaccedilos mas sim como um ser singular integral indivisiacutevel insubstituiacutevel pleno na sua concepccedilatildeo de interagir com o mundo interage com o meio ambiente onde satildeo expressas crenccedilas e valores que permeiam suas accedilotildees (Carraro 1997 p 26)

No momento em que a Enfermagem voltar-se para seus modelos de assistecircncia e assumir sua essecircncia seraacute uma profissatildeo que responderaacute agraves necessidades do ser humano e que articularaacute ciecircncia e arte tendo assim visibilidade

Do Modelo Nightingaleano agrave Diversidade de Modelos de Assistecircncia

O resgate do modelo nightingaleano vem acontecendo haacute alguns anos A primeira Enfermeira a publicar poacutes-Nightingale foi Hildegard Peplau que em 1952 lanccedilou o livro Relaccedilotildees Interpessoais em Enfermagem Peplau tomou-se um marco histoacuterico para a Enfermagem dos anos 50 Naquela deacutecada iniciaram-se os cursos de Mestrado nos Estados Unidos da Ameacuterica dando novo iacutempeto agrave profissatildeo deflagrando a eacutepoca das Teorias de Enfermagem

Segundo Leddy e Pepper (1993) a ciecircncia da Enfermagem tem sido derivada principalmente das teorias sociais bioloacutegicas e meacutedicas Todavia depois de 1950 grande nuacutemero de enfermeiras teoristas tem desenvolvido modelos de Enfermagem que oferecem suporte para o desenvolvimento das teorias de Enfermagem e do

conhecimento de Enfermagem

Este novo conhecimento posto de algum modo aponta como principal preocupaccedilatildeo natildeo a patologia mas o indiviacuteduo doente ou natildeo experenciando o processo sauacutede-doenccedila com o enfoque na promoccedilatildeo do bem-estar e da sauacutede

Destaca-se no Brasil a atuaccedilatildeo de Wanda de Aguiar Horta no que se refere agrave difusatildeo das Teorias de Enfermagem Nascida em 1926 em Beleacutem do Paraacute graduou-se em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da USP em 1948 e doutorou-se em 1968 na Escola Ana Neacuteri Em 1979 publica seu livro baseado na Teoria das Necessidades Humanas Baacutesicas de Maslow e a partir daiacute operacionaliza um Processo de Enfermagem Existe atualmente uma discussatildeo sobre se os escritos de Horta configuram uma teoria ou um processo de Enfermagem Chegar a uma conclusatildeo a respeito eacute tarefa muito difiacutecil face agrave grande diversidade de paradigmas existentes poreacutem eacute inegaacutevel o grande avanccedilo que seus escritos trouxeram para o desenvolvimento da Enfermagem brasileira ateacute porque a grande maioria dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem adotou-os como base para a aprendizagem da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem (Carraro 1998) Certamente sua proposta nos mostra um Modelo de Assistecircncia

Atualmente a influecircncia das Teorias e dos Modelos de Assistecircncia de Enfermagem eacute evidente no contexto da Enfermagem brasileira pois estatildeo cada vez mais difundidos tanto na praacutetica da Enfermagem quanto na formaccedilatildeo de profissionais enfermeiros

Modelos de Assistecircncia satildeo representaccedilotildees do mundo vivido expressas verbalmente ou por meio de siacutembolos esquemas desenhos graacuteficos diagramas Seu objetivo eacute direcionar a assistecircncia de Enfermagem oferecendo ao enfermeiro os subsiacutedios necessaacuterios para sua atuaccedilatildeo

Segundo Keck (1989) as teorias satildeo modelos da realidade em geral realidades natildeo-observaacuteveis diretamente Os modelos ajudam a desenvolver as teorias e a explicitar a relaccedilatildeo existente entre os conceitos Ateacute porque os modelos permitem a manipulaccedilatildeo dos conceitos sobre o papel antes de serem submetidos agrave verificaccedilatildeo no mundo real

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Um modelo eacute uma abstraccedilatildeo da realidade um modo de visualizar a realidade facilitando o raciociacutenio Um modelo conceitual mostra-nos como vaacuterios conceitos satildeo inter-relacionados e aplica teorias que predizem ou avaliam consequumlecircncias de accedilotildees alternativas (Leddy e Pepper 1993)

Fawcett (1992) salienta a utilidade dos modelos conceituais para a organizaccedilatildeo do pensamento da observaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo do que se vecirc Eles tambeacutem provecircem uma estrutura sistematizada e racional para o desenvolvimento das atividades

Modelos de Enfermagem incluem conceitos de ser humano Enfermagem sauacutede-doenccedila e ambiente (Fitzpatrick e Whall 1983 Fawcett 1992)

Na Enfermagem ou mesmo em outra aacuterea do conhecimento agimos de acordo com um meacutetodo seguimos um modelo mesmo que dinacircmica e inconscientemente Se prestarmos atenccedilatildeo agrave nossa rotina observaremos que na maioria das vezes agimos de maneira semelhante todos os dias repetindo accedilotildees desde a mais simples ateacute a mais complexa E temos um motivo para isso realizamos as atividades pautadas em conhecimentos empiacutericas aprendidas no dia-a-dia com rotinas preestabelecidas ou embasados cientificamente e as repetimos cada vez que agimos Muitas vezes fazemos isto sem refletir a respeito sem procurar modos mais eficientes sem buscar a atualizaccedilatildeo do conhecimento sem nos lembrarmos da velocidade e do dinamismo com que o conhecimento avanccedila na atualidade

Este meacutetodo de que lanccedilamos matildeo visa organizar e direcionar nosso desempenho embora num primeiro momento possa parecer complexo apoacutes estarmos familiarizados com este processo ele passa a facilitar nosso trabalho assegurando maior qualidade agrave assistecircncia prestada

Segundo Pollit e Hungler (1995) o meacutetodo cientiacutefico combina aspectos do raciociacutenio loacutegico com outros para criar um sistema de soluccedilatildeo de problemas que embora faliacutevel eacute mais confiaacutevel do que a tradiccedilatildeo a autoridade a experiecircncia ou a tentativa e erro por si soacutes

Assim um modelo de assistecircncia embasado cientificamente conduz-nos ao fazer reflexivo a estar sempre buscando a melhoria da assistecircncia prestada Leva-nos a refletir que Enfermagem eacute esta que estou desenvolvendo Quem eacute o ser humano que estou assistindo O que eacute o processo sauacutede-doenccedila a que o ser humano estaacute exposto E o meio ambiente o que eacute

Os modelos de assistecircncia nos auxiliam a perceber que praticar Enfermagem natildeo eacute simplesmente uma ordenaccedilatildeo de procedimentos mais ou menos constantes dependendo da situaccedilatildeo Ela eacute um processo dinacircmico mutaacutevel e criativo mas nem por isso deixa de ser um processo conheciacutevel objetivo programaacutevel e decifraacutevel Desta forma quanto mais claro estiver o referencial teoacuterico do modelo aplicado maior seraacute a seguranccedila e a realizaccedilatildeo profissional do Enfermeiro maior seraacute o direcionamento da equipe de Enfermagem culminando com uma assistecircncia de Enfermagem adequada agraves necessidades apresentadas pelo ser humano assistido

Por outro lado a qualidade da Assistecircncia de Enfermagem prestada depende da equipe liderada e coordenada pelo Enfermeiro Os modelos de assistecircncia instrumentalizam o planejamento cientiacutefico e sistematizado das accedilotildees a serem desenvolvidas pelos integrantes da Equipe de Enfermagem oferecendo suporte e direcionando o desempenho das atividades Contribuem para a credibilidade e visibilidade da Enfermagem

O desenvolvimento da profissatildeo de Enfermagem atraveacutes dos tempos ainda natildeo alcanccedilou sua maturidade Continua crescendo e desenvolvendo-se a fim de ampliar as esferas de serviccedilos e praacuteticas profissionais aumentando suas responsabilidades Sem duacutevidas a cada dia a Enfermagem se supera criando agregando novos conhecimentos e indo aleacutem na certeza de que eacute uma Ciecircncia e uma e Arte inacabada e crescente

Refletindo

Para praticar enfermagem necessitamos

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Conhecer e prosseguir conhecendo os fundamentos e avanccedilos da profissatildeo

Ter clareza sobre a fonte de onde esta praacutetica se origina

Reconhecer as premissas e conceitos do modelo eleito para prestar assistecircncia

Estar atentos aos aspectos teoacutericos praacuteticos e eacutetico-morais da profissatildeo

Ser coerentes entre a necessidade e a finalidade da assistecircncia

Ser coerentes entre no que pensamos falamos e fazemos Saber avaliar e retro-alimentar nossa praacutetica

Ter bom senso para usar a cabeccedila o coraccedilatildeo e as matildeos Conciliar ciecircncia alma e habilidade

Ser artistas e ao mesmo tempo cientistas

Para praticara arte da enfermagem necessitamos (Buscaglia 1972)

Tempo

Compreensatildeo da arte

Sensibilidade para utilizar o material necessaacuterio

Extrema paciecircncia enquanto aprendemos as habilidades baacutesicas

Praticar a arte da Enfermagem inclui o desejo de

Experimentar fracassar arriscar Conhecer frustraccedilatildeo e mesmo o

desespero Antes de poder abandonar teacutecnicas aprendidas mecanicamente

Projetar-se plenamente na proacutepria criaccedilatildeo

2 TEORIAS E MARCO CONCEITUAL SUA INFLUEcircNCIA NA METODOLOGIA DA ASSISTEcircNCIA

Teima Elisa Carraro

A histoacuteria registra que a Enfermagem preacute-nightingaleana era desenvolvida sem um referencial que as pessoas que a exerciam natildeo eram preparadas para tal e ainda que seu resultado deixava muito a desejar

A partir da vivecircncia de Nightingale a Enfermagem passa a ser denominada cientiacutefica passando a apresentar um modelo de assistecircncia por ela desenvolvido e implementado

As crenccedilas de Nightingale a respeito da Enfermagem o que eacute e o que natildeo eacute formam o fundamento do que escreveu em suas Notas sobre EnfermagemrdquoSua contribuiccedilatildeo ao desenvolvimento das teorias estaacute em explicar o campo de accedilatildeo da Enfermagem como a relaccedilatildeo pacientemeio ambiente e em iniciar as anaacutelises estatiacutesticas para a sauacutede e a Enfermagem profissional (Choi 1989)

Sua educaccedilatildeo meticulosa vinda de seu pai um homem culto formado em Cambridge e Edimburgo era pouco comum para uma mulher do seacuteculo XIX Estudou latim grego liacutenguas modernas artes matemaacutetica e estatiacutestica filosofia histoacuteria e religiatildeo Sua educaccedilatildeo e os acontecimentos da eacutepoca estimularam seu pensamento criacutetico levando-a a interessar-se por poliacutetica economia governo liberdade condiccedilotildees sociais e instituiccedilotildees Leu e citou em

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seus escritos Platatildeo Dante Mill Bacon Locke Newton Kant Hegel Comte e Satildeo Joatildeo Por outro lado era tiacutemida e espiritualista Acreditava que servindo ao homem estava servindo a Deus o que a impulsionava a fazer seu caminho a ser independente a buscar uma profissatildeo para utilizar sua capacidade (Carraro 1999) Esta educaccedilatildeo influenciou seu pensamento e sua concepccedilatildeo da Enfermagem como ciecircncia e arte subsidiando e determinando a praacutetica da profissatildeo

Nightingale deixou-nos suas concepccedilotildees registradas em I47 livros e panfletos Sua correspondecircncia pessoal tambeacutem foi volumosa Em 1859 publicou dois de seus Best-Known Notes on Hospitais e Notes um Nursing livros que abriram uma nova eacutepoca na reforma e no cuidado com a sauacutede (Schuyler 1992) No entanto a Enfermagem tem apresentado dificuldades em seguir seu exemplo no tocante a teorizar escrever e publicar ideacuteias e realizaccedilotildees

A fundamentaccedilatildeo teoacuterica e a vivecircncia de Nightingale influenciaram seus escritos e ainda estatildeo presentes em muitas teorias de Enfermagem mais recentes Este eacute um elo importante entre a Enfermagem Ciecircncia e Arte de Florence Nightingale e a Enfermagem atual Em sua visatildeo e saber incluem-se insight e valores antigos que se relacionam com a teoria do cuidado humano atual teoria que uma vez mais guia a educaccedilatildeo de Enfermagem a praacutetica e a investigaccedilatildeo cliacutenica que se baseia no cuidado como um ideal moral teoria que permeia o espiritual o transcendente o todo enquanto atende o ser e fazer totalmente integrados A visatildeo e saber de Nightingale incluem a visatildeo e a imagem de totalidade beleza e harmonia de vida um sentido de uniatildeo de todos os seres vivos (Watson 1992)

1 Das Teorias de Enfermagem

O interesse pelo desenvolvimento de Teorias de Enfermagem surgiu por duas razotildees Primeiramente as enfermeiras perceberam que o desenvolvimento de teorias era um meio de estabelecer a Enfermagem como profissatildeo aleacutem de ser inerente a um antigo interesse em definir um corpo de conhecimentos especiacuteficos da Enfermagem Em segundo lugar os teoacutericos estavam motivados pelo valor intriacutenseco das teorias para a Enfermagem e pela importacircncia do crescimento e enriquecimento da teoria para a Enfermagem em si mesma (Choi 1989)

Com o passar dos tempos na busca de maiores subsiacutedios para a atuaccedilatildeo de Enfermagem surgiram novas teorias e novos modelos de assistecircncia inicialmente nos Estados Unidos onde esta preocupaccedilatildeo tomou forccedila com o surgimento dos cursos de mestrado em Enfermagem expandindo-se depois para outros paiacuteses

No Brasil em 1979 Wanda de Aguiar Horta publica sua teoria baseada na Teoria das Necessidades Humanas Baacutesicas de Maslow e a partir daiacute operacionaliza um Processo de Enfermagem Seus escritos foram adotados por grande parte dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem como base para a aprendizagem da Metodologia da Assistecircncia

Considerando-se teoria como um conjunto de princiacutepios fundamentais duma arte ou duma ciecircncia (Ferreira 1993 p 1664) percebe-se de forma crescente a influecircncia das teorias no contexto da Enfermagem brasileira pois sua difusatildeo cada vez mais transparece tanto na sua praacutetica quanto na formaccedilatildeo de profissionais enfermeiros

Teoria de Enfermagem eacute definida por Meleis (1985) como uma construccedilatildeo articulada e comunicada da realidade criada ou descoberta (fenocircmenos centrais e inter-relaccedilotildees) dentro da ou pertinente agrave Enfermagem para os propoacutesitos de descriccedilatildeo explicaccedilatildeo prediccedilatildeo ou prescriccedilatildeo do cuidado de Enfermagem Ainda segundo a autora as teorias de Enfermagem refletem diferentes realidades pois apontam os interesses da Enfermagem na eacutepoca o ambiente sociocultural e as experiecircncias educacionais e vivenciais da teoacuterica Espelham algumas realidades da eacutepoca em que foram concebidas e ajudam a dar forma agraves realidades da eacutepoca atual

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De acordo com Neves e Trentini (1987) a teoria orientada para a praacutetica eacute aquela dirigida para produzir mudanccedilas ou efeitos desejados em determinada condiccedilatildeo ou fenocircmeno Assim as teorias se apresentam como formas de olharcompreender os fenocircmenos da Enfermagem Alguns fenocircmenos satildeo abordados em praticamente todas as teorias de Enfermagem porque representam o centro da sua praacutetica tais como o ser humano o ambiente a sauacutededoenccedila e a Enfermagem Estes fenocircmenos compotildeem uma rede de conceitos que se inter-relacionam e formam uma maneira de ver o mundo da Enfermagem e desenvolver sua praacutetica (Paim et al 1998)

As teorias que hoje temos representam os esforccedilos coletivos e individuais das Enfermeiras para definir e dirigir a profissatildeo e como tal proporcionar a base para um desenvolvimento teoacuterico continuado (Choi 1989)

Ao representar estes esforccedilos as teorias mostram diferentes modos de pensar Enfermagem algumas apontando apenas um aspecto da realidade outras apontando todos os fenocircmenos de interesse da disciplina Vaacuterias teorias utilizadas por Enfermeiros satildeo cedidas por outras disciplinas como as teorias do estresse do enfrentamento do risco da educaccedilatildeo (Fawcett 1995)

Eacute de fundamental importacircncia que os Enfermeiros ao fazerem a opccedilatildeo por uma ou outra teoria considerem a adequaccedilatildeo e a aplicabilidade dela agrave situaccedilatildeo de Enfermagem em que seraacute utilizada

2 Marco Conceitual

Fawcett (1995) enfatiza que os marcos conceituais natildeo satildeo uma realidade nova na Enfermagem existem desde Nightingale (1859) com suas primeiras ideacuteias avanccediladas sobre Enfermagem mesmo que natildeo tenham sido expressas formalmente como marcos

A proliferaccedilatildeo formal dos marcos conceituais de Enfermagem aconteceu concomitante agrave introduccedilatildeo das ideacuteias sobre teorias de Enfermagem ambas com interesse em conceitualizar a Enfermagem como uma disciplina distinta Para Fawcett (1995) o desenvolvimento dos marcos conceituais de Enfermagem foi um importante avanccedilo para a disciplina

No entanto este eacute um tema que vem gerando discussatildeo e mostrando divergecircncias conceituais entre os estudiosos principalmente no que se refere agraves terminologias de marco e modelo teoacuterico e conceitual conforme podemos ver a seguir

Newman (1979) registra que Marco Teoacuterico eacute uma matriz de conceitos que juntos descrevem o foco da investigaccedilatildeo

De acordo com Fawcet (1984 e 1978) Modelo Teoacuterico ou Marco Teoacuterico refere-se a uma teoria ou grupo de teorias que fornecem fundamentos para as hipoacuteteses poliacuteticas e curriacuteculo de uma ciecircncia

Para Neves e Gonccedilalves (1984) Marco Conceitual eacute uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que serve para dirigir o processo da investigaccedilatildeo e da accedilatildeo

Segundo Fawcet (1992) e Botha (1989) Marco Conceitual eacute sinocircnimo de Modelo Conceitual e eacute definido como um conjunto de conceitos e proposiccedilotildees abstratas e gerais intimamente relacionados

Em 1993 Silva e Arruda registram que o Marco de Referecircncia apresenta niacutevel de abstraccedilatildeo de menor complexidade do que os Marcos Conceituais Teorias no que se refere a sua construccedilatildeo teoacuterico-conceitual Tem a finalidade de demarcar o conhecimento em que se apoacuteia servindo de base para as accedilotildees de Enfermagem (Silva e Arruda 1993)

Na compreensatildeo de Wall (2000) o Marco Conceitual eacute um conjunto de elaboraccedilotildees mentais sobre aspectos relacionados ao objeto em estudo Um ponto que serve como forccedila como orientaccedilatildeo Uma proposta da qual queremos nos aproximar

Apesar desta divergecircncia conceitual eacute fundamental que os enfermeiros compreendam que os marcos eou modelos (Marco Conceitual Modelo Conceitual Marco

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Teoacuterico Modelo Teoacuterico) com suas diferenccedilas e semelhanccedilas formam um emaranhado de conceitos inter-relacionados que servem para direcionar as accedilotildees de Enfermagem Podemos dizer que eles iluminam os caminhos da Enfermagem

Em resumo todos os termos utilizados visam aprofundar formas de dirigir a accedilatildeo de Enfermagem pois buscam por meio dos conceitos formalizar uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que fundamente a ciecircncia e consequentemente as accedilotildees de Enfermagem

3 Das Funccedilotildees dos Marcos Conceituais

Os MarcosModelos proporcionam ao profissional a evidecircncia de que ele necessita para embasar suas accedilotildees apontando e justificando por que selecionar um determinado problema para estudo Ajudam na sumarizaccedilatildeo do conhecimento existente na explicaccedilatildeo dos fatos observados e das relaccedilotildees entre eles

De acordo com Neves e Gonccedilalves (1984) o Marco Conceitual contribui na previsatildeo de eventos ateacute entatildeo natildeo-observados e no estabelecimento de relaccedilotildees entre os eventos com base nos princiacutepios explicativos englobados nas teorias

Fawcett (1995) salienta que os marcos direcionam a procura das questotildees sobre o fenocircmeno e sugerem soluccedilotildees para problemas praacuteticos Enfatiza que os marcos conceituais de Enfermagem explicitam orientaccedilotildees filosoacuteficas e pragmaacuteticas para a assistecircncia que somente os Enfermeiros podem oferecer aos pacientes por conhecerem a dimensatildeo total do cuidado o qual eacute diferente daquele realizado por qualquer outro profissional de sauacutede

O marco conceitual constitui uma construccedilatildeo teoacuterica que sustenta a praacutetica de Enfermagem e as decisotildees no processo de assistir o ser humano Ele reflete tambeacutem a maneira de o autor conceber os indicativos assistenciais da Enfermagem (Carraro 1997)

Assim compreendido o Marco Conceitual torna-se uma importante ferramenta para embasar direcionar e clarificar as accedilotildees natildeo apenas do Enfermeiro mas de toda a equipe de Enfermagem Ele serve de base para a proposta e o desenvolvimento da Metodologia de Assistecircncia de Enfermagem a qual deveraacute estar estruturada de forma coerente com seus conceitos

Tem a finalidade de proporcionar o foco que ilumina os caminhos a serem percorridos pelo profissional para atingir seus objetivos assistenciais formando um emaranhado uma teia dentro da qual a assistecircncia os aspectos teoacutericos teacutecnicos e eacuteticos satildeo examinados a fim de tomarem possiacutevel explicar as relaccedilotildees propostas e identificar vazios no conhecimento que necessitam ser revelados para ampliar continuamente as possibilidades de cuidado

4 Da sua Construccedilatildeo

Todos noacutes temos uma imagem pessoal do que seja a praacutetica da Enfermagem Esta imagem influencia nossa interpretaccedilatildeo dos dados decisotildees e accedilotildees Mas pode uma disciplina continuar desenvolvendo-se quando seus membros se sustentam em diferentes imagens Os proponentes dos marcos conceituais para a praacutetica estatildeo procurando fazer uso consciente destas imagens sem o que natildeo poderemos comeccedilar a identificar semelhanccedilas em nossas percepccedilotildees sobre a natureza da praacutetica nem evoluir para conceitos bem ordenados (Reillys citado por Fawcett 1995)

Segundo King (1988) conceitos satildeo abstraccedilotildees que provecircem conhecimento sobre a essecircncia das coisas Um conceito eacute uma imagem mental de uma coisa de uma pessoa ou de um objeto Para Chinn e Jacobs (1982) os conceitos satildeo formulaccedilotildees mentais complexas de um objeto propriedade ou acontecimento originaacuterias das percepccedilotildees e experiecircncias individuais

Os conceitos registram ainda as crenccedilas e valores do autor sobre aquilo que estaacute sendo conceituado Quando os conceitos satildeo inter-relacionados como no caso da Enfermagem eles formam uma base para as accedilotildees seja na pesquisa seja na praacutetica profissional A esta estrutura pode-se chamar marco conceitual (Carratildeo 19)

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A construccedilatildeo de um Marco Conceitual pode partir da praacutetica da conceituaccedilatildeo das imagens privativas do Enfermeiro sobre a praacutetica da Enfermagem vivenciada pelo autor baseada em suas crenccedilas e valores com a busca de subsiacutedios na teoria Nesta forma de construccedilatildeo primeiramente se elaboram os conceitos eleitos registrando-se aquilo em que se acredita sobre cada um deles com leituras releituras e reformulaccedilotildees ateacute que reflitam os pensamentos do autor Pode-se usar a estrateacutegia de discuti-los com a Equipe de Enfermagem eou com outras pessoas Somente apoacutes esta preacutevia estruturaccedilatildeo dos conceitos busca-se uma teoria que venha ao encontro das ideacuteias ali expressas potencializando-as Entatildeo incorporam-se aos conceitos as ideacuteias contidas na teoria

Pode-se tambeacutem partir da teoria Contudo antes de optarmos por uma teoria primeiramente eacute necessaacuterio estudaacute-la procurando compreendecirc-la buscando as relaccedilotildees entre o que ela retrata aquilo em que se acredita e a aplicaccedilatildeo que se pretende fazer Somente apoacutes essa identificaccedilatildeo eacute que deve ser feita a opccedilatildeo por uma determinada teoria Entatildeo alguns dos seus conceitos satildeo escolhidos para embasarem o Marco Conceitual e a praacutetica da Enfermagem

Conveacutem lembrar que a teoria escolhida natildeo necessita ser especificamente de Enfermagem Existe ainda a possibilidade de se usar mais de uma teoria poreacutem com muita cautela pois as concepccedilotildees teoacuterico - filosoacuteficas delas podem ser divergentes comprometendo assim toda a construccedilatildeo do Marco Conceitual e consequentemente a assistecircncia de Enfermagem a ser prestada

A construccedilatildeo de um Marco Conceitual partindo da praacutetica ou partindo da teoria eacute um processo reflexivo que se configura num ir e vir aos conceitos reformulando-os tantas vezes quantas forem necessaacuterias para que estes reflitam o pensamento do seu autor Busca-se ainda a inter-relaccedilatildeo entre os conceitos de tal modo que lendo-se um deles os demais estejam impliacutecitos mostrando forte relaccedilatildeo entre si

Eacute importante ressaltar que independentemente da forma de construccedilatildeo o Marco Conceitual deveraacute contemplar as especificidades da praacutetica a que seraacute aplicado uma vez que ele eacute um instrumento que subsidia a praacutetica da Enfermagem (portanto um meio e natildeo um fim em si mesmo embasando a construccedilatildeo e o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem)

Apoacutes a construccedilatildeo do Marco Conceitual passa-se a sua aplicaccedilatildeo para que deveratildeo ser buscados os elementos de cada conceito as accedilotildees a que cada elemento conduz e a estrateacutegia para desenvolver cada accedilatildeo Esta operacionalizaccedilatildeo pode configurar-se como um mapa da assistecircncia a ser prestada embasando a metodologia de assistecircncia

Como exemplo vai imaginar que ao conceituar-se ser humano esteja registrado que ele eacute singular integral indivisiacutevel e insubstituiacutevel As accedilotildees a que este registro conduz satildeo accedilotildees de humanizaccedilatildeo da assistecircncia e as estrateacutegias poderatildeo ser chamar pelo seu nome envolver sua famiacutelia na assistecircncia ouvir tocar entre outras Se o registro diz que a Enfermagem eacute uma ciecircncia e uma arte as accedilotildees deveratildeo ser de aplicaccedilatildeo tanto do conhecimento cientiacutefico quanto da sensibilidade Imaginaccedilatildeocriatividade e habilidade ao prestar cuidados As estrateacutegias deveratildeo contemplar diaacutelogo observaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas especiacuteficas

Enfim o resultado final da Assistecircncia prestada deveraacute refletir o Marco Conceitual proposto aleacutem de servir para confirmar testar os conceitos formulados ou mesmo dar-lhes novos direcionamentos e ou reconstruccedilotildees

5 Algumas Consideraccedilotildees

A implementaccedilatildeo da praacutetica assistencial embasada num Marco Conceitual proporciona uma perspectiva de assistecircncia sistematizada e singular um embasamento teoacuterico para o desenvolvimento da praacutetica e por meio desta um enriquecimento da teoria num movimento de ir e vir

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No transcorrer da assistecircncia evidenciam-se pontos do Marco Conceitual que a subsidiam Quando se inicia a implementaccedilatildeo da praacutetica subsidiada por um Marco Conceitual pode-se encontrar dificuldades ateacute por uma questatildeo de haacutebito O pensamento se configura mas a accedilatildeo eacute tatildeo automaacutetica que quando percebemos jaacute a executamos natildeo como a pensamos mas como estaacutevamos condicionados a fazer (Carraro 1994 p 119)

Precisamos ter o Marco Conceitual introjetado em noacutes para conseguirmos vencer os haacutebitos anteriores e avanccedilar rumo a uma nova proposta de assistecircncia estando alertas para nossas accedilotildees ateacute para natildeo nos desanimarmos com o processo pois aos poucos podemos transpor as dificuldades de implementaccedilatildeo que se apresentarem

O Marco Conceitual quando conscientemente aplicado pouco a pouco vai mostrando que o fazer fazendo aprendendo e teorizando agrave luz da praacutetica concretiza-se no dia-a-dia da assistecircncia de Enfermagem Enfim conduz ao fazer reflexivo proporcionando satisfaccedilatildeo na Praacutetica Assistencial de Enfermagem tanto para o profissional quanto para o ser humano que estaacute sob seus cuidados

BILBIOGRAFIA

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para a assistecircncia de enfermagem

teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB 2001 paacuteg 5-14

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para p Assistecircncia de Enfermagem teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica Sobre teorias e marco conceitual sua influecircncia na metodologia da assistecircnciaGoiacircniaAB 2001 paacuteg 29-37

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CAPIacuteTULO 3 TEORIAS E METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE TEORIA

11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO

ldquoA unidade baacutesica do pensamento teoacuterico eacute o CONCEITO Os conceitos satildeo palavras que representam a realidade e facilitam a nossa capacidade de comunicaccedilatildeo sobre ela (Webester 1991)rdquo

Os conceitos podem ser

EMPIacuteRICOS = sentidos percebidos observados OU

ABSTRATOS = natildeo satildeo observaacuteveis Ex esperanccedila infinito

ldquoTodos os conceitos tornam-se abstraccedilotildees na ausecircncia do objetordquo

TEORIAS

Conjunto de conceitos inter-relacionados definiccedilotildees e proposiccedilotildees que apresentam uma forma sistemaacutetica de ver fatoseventos pela especificaccedilatildeo das relaccedilotildees entre as variaacuteveis com a finalidade de explicar ou prever o fatoevento (Kerlinger 1973)

12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA

PRAacuteTICA PESQUISA

TEORIA E CONCEITOS

13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA

Caracteriacutesticas de uma teoria segundo Torres 1990

1 as teorias podem inter-relacionar conceitos de tal forma que criem uma nova maneira de ver determinado fenocircmeno

2 as teorias devem ser de natureza loacutegica

3 as teorias devem ser relativamente simples e ainda generalizaacuteveis

4 as teorias podem ser as bases para as hipoacuteteses serem testadas ou para a teoria ser expandida

5 as teorias contribuem para o aumento do corpo de conhecimentos gerais da disciplina atraveacutes da pesquisa implementada para validaacute-las

6 as teorias podem ser utilizadas por profissionais para orientar e melhorar a sua praacutetica

7 as teorias devem ser consistentes com outras teorias validadas leia e princiacutepios mas devem deixar abertas as questotildees natildeo-respondidas que devem ser investigadas

2 AS TEORIAS DE ENFERMAGEM ENFATIZAM QUATRO CONCEITOS

A PESSOA pode representar um indiviacuteduo uma famiacutelia uma comunidade ou toda humanidade Eacute aquele que recebe o cuidado de enfermagem

A SAUacuteDE representa um estado de bem-estar decidido mutuamente pelo cliente e enfermeiro

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O AMBIENTE pode representar os arredores imediatos a comunidade ou o universo com tudo que conteacutem

A ENFERMAGEM eacute a ciecircncia e a arte da disciplina

3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM

Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM

Esclareccedilo que para a composiccedilatildeo desse material transcrevi na iacutentegra os textos produzidos pelas autoras citadas na referecircncia bibliograacutefica

Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos

Quadro 1 Caracteriacutesticas gerais das teorias de enfermagem

CATEGORIAS DE TEORIAS

CARACTERIacuteSTICATEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM

1NECESSIDADES PROBLEMAS

Enfocam as necessidades e os problemas que os clientes tecircm buscando preenchecirc-los ou corrigi-los utilizando o Processo de Enfermagem

Nightingale Abdellah Henderson Orem Hall Watson Horta2SISTEMAS Sugerem que o homem eacute composto de muitas partes ou subsistemas que quando

juntos satildeo mais e diferentes do que sua soma Johnson Roy Beth Newman Levine Leininger

3INTERACcedilAtildeO Enfocam o processo de comunicaccedilatildeo no preenchimento das necessidades do cliente Peplau Orlando Wiedenbach King Paterson e Zderad Erickson Tomlin e

Sawai Boykin e Schoenhofer4CAMPO DE ENERGIA

Acreditam que as pessoas satildeo campo de energia em constante interaccedilatildeo com o seu ambiente ou com o universo

Rogers Parse Margareth Newman

Fonte GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional

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Paradigma modelo ou conjunto baacutesico de crenccedilas que orientam a accedilatildeo a investigaccedilatildeo da disciplinada

Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

1NECESSIDADESPROBLEMAS

DOROTHEA E OREM

Autocuidado

1971

A Enfermagem eacute necessaacuteria sempre que a manutenccedilatildeo contiacutenua do autocuidado requer o uso de teacutecnicas especiais e a aplicaccedilatildeo de conhecimentos cientiacuteficos para prover o cuidado ou administraacute-lo

Teoria de Kortabisnk da accedilatildeo eficiente 1965Teoria da accedilatildeo social de Parson 1968

WANDA DE AGUIAR HORTA

Necessidades Humanas Baacutesicas

1979

A Enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrio em equiliacutebrio pela assistecircncia do ser humano em suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Teoria da motivaccedilatildeo Humana de Maslow (necessidades humanas baacutesicas)Lei da homeostase e do holismo

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

2SISTEMAS

MADELEINE M LEININGER

Teoria de enfermagem transcultural1985

A Enfermagem eacute uma profissatildeo humaniacutestica e cientiacutefica que eacute apreendida e focalizada no fenocircmeno do cuidado humano e em atividades que propiciem assistecircncia suporte facilitaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo a indiviacuteduos grupos para manter ou reaver o seu bem-estar de uma forma culturalmente significativa e satisfatoacuteria

SociologiaAntropologia cultural

MYRA ESTRIN LEVINE

Holiacutestica1969

A accedilatildeo da Enfermagem estaacute baseada no cuidado total da pessoa e assim sendo na conservaccedilatildeo dos princiacutepios de energia integridade estrutural pessoal e social Todos tecircm como postulado a integridade e unidade do indiviacuteduo

BiologiaPsicologiaSociologia

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

3INTERACcedilAtildeO

IMOGENE M KING

Alcance dos objetivos19711981

A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo humana entre enfermeira e cliente atraveacutes do qual um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo eles fixam os objetivos exploram os recursos concordam sobre meios para o alcanccedilarem os objetivos Eacute um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo interaccedilatildeo transaccedilatildeo

Teoria de SistemasSistemas pessoais interpessoais e sociaisPsicologiaTeorias sociais

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

Teoria do Papel modelagem

Concebem essa teoria para compreender o modo como clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

Teorias de Erckson Maslow Selyee Engel e piaget

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

4CAMPO DE ENERGIA

MARTHA E ROGERS

Martha Rogers1970

A ciecircncia da Enfermagem eacute dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direccedilatildeo de seu desenvolvimento A Enfermagem eacute uma ciecircncia humaniacutestica dedicada a um interesse compassivo para manter e promover a maacutexima potencialidade de sauacutede do homem que eacute um todo unificado

FisiologiaBiologiaPsicologiaAntropologiaSociologia

MARGARET NEWMAN

1989

A Enfermagem natildeo eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o proacuteprio poder atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

Idem

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

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tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

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COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

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Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 5: Apostila sae para_e-mail

nightingaleana era desenvolvida sem um referencial e que as pessoas que a exerciam natildeo eram preparadas para tal

A questatildeo teoacuterica na profissatildeo nasce em Florence Nightingale quando ela apresenta suas reflexotildees e diz que a Enfermagem eacute diferente da Medicina e que portanto eacute necessaacuterio estudar e estruturar as maneiras de fortalecer nos indiviacuteduos suas potencialidades naturais para que por sua proacutepria forccedila se opere a cura Com esta proposiccedilatildeo ela afirma a importacircncia de um trabalho dirigido por conhecimentos gerais e especiacuteficos que toda enfermeira deve possuir (Leopardi 1999 p 8)

A proacutepria Florence Nightingale apoacutes buscar conhecer o que se praticava na Enfermagem afirmou que soacute conhecimentos especializados poderiam trazer resultados satisfatoacuterios e que ela iria fazer um curso de Enfermagem Essa breve retrospectiva mostra-nos um crescente do empiacuterico para o cientiacutefico A partir da atuaccedilatildeo de Florence Nightingale e da consequente instituiccedilatildeo da Enfermagem moderna determinou-se um contraste entre a praacutetica da Enfermagem exercida por pessoas preparadas para tal e a praacutetica anterior Nightingale embora de forma empiacuterica e sem consciecircncia desse fato principalmente no que se refere agraves visotildees atuais atuou embasada num Modelo de Enfermagem Para Marriner-Tomey (1994) um modelo eacute uma ideacuteia que explica por meio de visualizaccedilatildeo fiacutesica ou simboacutelica Os modelos simboacutelicos para ela podem ser verbais esquemaacuteticos ou quantitativos Os verbais satildeo enunciados construiacutedos com palavras os esquemaacuteticos podem ser diagramas graacuteficos desenhos ou imagens e os quantitativos se embasam em siacutembolos matemaacuteticos Os modelos servem para facilitar o raciociacutenio dos conceitos e das relaccedilotildees existentes entre eles ou ainda para delinear o processo de assistecircncia de Enfermagem

Segundo Selanders (1995) o Modelo de Enfermagem de Nightingale descreve como uma enfermeira deve implementar as leis naturais as quais permitem que os conceitos pessoa ambiente sauacutede-doenccedila e Enfermagem interajam Seu modelo foi adotado natildeo apenas na Inglaterra seu paiacutes de origem mas difundiu-se pelo mundo afora influenciando diretamente o desenvolvimento da Ciecircncia da Enfermagem

Nightingale defendia que embora o meacutedico e a enfermeira possam lidar com a mesma populaccedilatildeo a Enfermagem natildeo deve ser vista como subserviente agrave Medicina ao contraacuterio a Enfermagem objetiva descobrir as leis naturais que auxiliaratildeo a colocar o enfermo na melhor condiccedilatildeo possiacutevel a fim de que a natureza possa efetuar a cura (Selanders 1995)

Antigamente a Medicina procurava ver o homem integral respeitando suas crenccedilas e valores Hipoacutecrates (460 a 475 aC) dizia que o conhecimento do corpo eacute impossiacutevel sem o conhecimento do homem como um todo Naquela eacutepoca Hipoacutecrates pressupondo que cada doenccedila tinha uma causa natural e que sem causas naturais nada acontecia abandonou as explicaccedilotildees sobrenaturais da doenccedila

Com o desenvolvimento da Medicina estes princiacutepios foram aos poucos sendo deixados de lado e o seu enfoque passou a ser nas noccedilotildees do corpo como maacutequina da patologia como uma avaria nesta maacutequina e da tarefa do Meacutedico como o concerto desta maacutequina (Engel apud Capra 1982 p 116) Ao mudar seu enfoque a Medicina passa a centrar suas atenccedilotildees na cura pois se a patologia eacute considerada um fenocircmeno orgacircnico redutiacutevel a processos fiacutesicosquiacutemicos o saber meacutedico tinha o poder de curar

As atitudes meacutedicas frente ao corpo maacutequina portador de uma doenccedila foram reforccediladas pelos avanccedilos tecnoloacutegicos os quais cada vez mais separam o profissional meacutedico dos clientes O avanccedilo dos estudos e a tecnologia vecircm reforccedilando o poder de cura outorgado agrave Medicina (Capra 1982) Este modelo concede ao Meacutedico o poder de decisatildeo tanto da assistecircncia prestada seja ela meacutedica seja de outra categoria profissional quanto sobre o destino dos pacientes

Apesar da posiccedilatildeo de Nightingale os rumos na aacuterea da sauacutede levaram a Enfermagem a adotar o modelo biomeacutedico (Carraro 1999) o qual permeia sua praacutetica ateacute os dias atuais determinando um distanciamento de suas metas originais passando a existir centrado na prescriccedilatildeo meacutedica No entanto podemos perceber que atualmente este modelo biomeacutedico

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natildeo responde mais agraves necessidades do ser humano na vivecircncia do processo sauacutededoenccedila Ele natildeo quer mais ser visto em pedaccedilos mas sim como um ser singular integral indivisiacutevel insubstituiacutevel pleno na sua concepccedilatildeo de interagir com o mundo interage com o meio ambiente onde satildeo expressas crenccedilas e valores que permeiam suas accedilotildees (Carraro 1997 p 26)

No momento em que a Enfermagem voltar-se para seus modelos de assistecircncia e assumir sua essecircncia seraacute uma profissatildeo que responderaacute agraves necessidades do ser humano e que articularaacute ciecircncia e arte tendo assim visibilidade

Do Modelo Nightingaleano agrave Diversidade de Modelos de Assistecircncia

O resgate do modelo nightingaleano vem acontecendo haacute alguns anos A primeira Enfermeira a publicar poacutes-Nightingale foi Hildegard Peplau que em 1952 lanccedilou o livro Relaccedilotildees Interpessoais em Enfermagem Peplau tomou-se um marco histoacuterico para a Enfermagem dos anos 50 Naquela deacutecada iniciaram-se os cursos de Mestrado nos Estados Unidos da Ameacuterica dando novo iacutempeto agrave profissatildeo deflagrando a eacutepoca das Teorias de Enfermagem

Segundo Leddy e Pepper (1993) a ciecircncia da Enfermagem tem sido derivada principalmente das teorias sociais bioloacutegicas e meacutedicas Todavia depois de 1950 grande nuacutemero de enfermeiras teoristas tem desenvolvido modelos de Enfermagem que oferecem suporte para o desenvolvimento das teorias de Enfermagem e do

conhecimento de Enfermagem

Este novo conhecimento posto de algum modo aponta como principal preocupaccedilatildeo natildeo a patologia mas o indiviacuteduo doente ou natildeo experenciando o processo sauacutede-doenccedila com o enfoque na promoccedilatildeo do bem-estar e da sauacutede

Destaca-se no Brasil a atuaccedilatildeo de Wanda de Aguiar Horta no que se refere agrave difusatildeo das Teorias de Enfermagem Nascida em 1926 em Beleacutem do Paraacute graduou-se em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da USP em 1948 e doutorou-se em 1968 na Escola Ana Neacuteri Em 1979 publica seu livro baseado na Teoria das Necessidades Humanas Baacutesicas de Maslow e a partir daiacute operacionaliza um Processo de Enfermagem Existe atualmente uma discussatildeo sobre se os escritos de Horta configuram uma teoria ou um processo de Enfermagem Chegar a uma conclusatildeo a respeito eacute tarefa muito difiacutecil face agrave grande diversidade de paradigmas existentes poreacutem eacute inegaacutevel o grande avanccedilo que seus escritos trouxeram para o desenvolvimento da Enfermagem brasileira ateacute porque a grande maioria dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem adotou-os como base para a aprendizagem da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem (Carraro 1998) Certamente sua proposta nos mostra um Modelo de Assistecircncia

Atualmente a influecircncia das Teorias e dos Modelos de Assistecircncia de Enfermagem eacute evidente no contexto da Enfermagem brasileira pois estatildeo cada vez mais difundidos tanto na praacutetica da Enfermagem quanto na formaccedilatildeo de profissionais enfermeiros

Modelos de Assistecircncia satildeo representaccedilotildees do mundo vivido expressas verbalmente ou por meio de siacutembolos esquemas desenhos graacuteficos diagramas Seu objetivo eacute direcionar a assistecircncia de Enfermagem oferecendo ao enfermeiro os subsiacutedios necessaacuterios para sua atuaccedilatildeo

Segundo Keck (1989) as teorias satildeo modelos da realidade em geral realidades natildeo-observaacuteveis diretamente Os modelos ajudam a desenvolver as teorias e a explicitar a relaccedilatildeo existente entre os conceitos Ateacute porque os modelos permitem a manipulaccedilatildeo dos conceitos sobre o papel antes de serem submetidos agrave verificaccedilatildeo no mundo real

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Um modelo eacute uma abstraccedilatildeo da realidade um modo de visualizar a realidade facilitando o raciociacutenio Um modelo conceitual mostra-nos como vaacuterios conceitos satildeo inter-relacionados e aplica teorias que predizem ou avaliam consequumlecircncias de accedilotildees alternativas (Leddy e Pepper 1993)

Fawcett (1992) salienta a utilidade dos modelos conceituais para a organizaccedilatildeo do pensamento da observaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo do que se vecirc Eles tambeacutem provecircem uma estrutura sistematizada e racional para o desenvolvimento das atividades

Modelos de Enfermagem incluem conceitos de ser humano Enfermagem sauacutede-doenccedila e ambiente (Fitzpatrick e Whall 1983 Fawcett 1992)

Na Enfermagem ou mesmo em outra aacuterea do conhecimento agimos de acordo com um meacutetodo seguimos um modelo mesmo que dinacircmica e inconscientemente Se prestarmos atenccedilatildeo agrave nossa rotina observaremos que na maioria das vezes agimos de maneira semelhante todos os dias repetindo accedilotildees desde a mais simples ateacute a mais complexa E temos um motivo para isso realizamos as atividades pautadas em conhecimentos empiacutericas aprendidas no dia-a-dia com rotinas preestabelecidas ou embasados cientificamente e as repetimos cada vez que agimos Muitas vezes fazemos isto sem refletir a respeito sem procurar modos mais eficientes sem buscar a atualizaccedilatildeo do conhecimento sem nos lembrarmos da velocidade e do dinamismo com que o conhecimento avanccedila na atualidade

Este meacutetodo de que lanccedilamos matildeo visa organizar e direcionar nosso desempenho embora num primeiro momento possa parecer complexo apoacutes estarmos familiarizados com este processo ele passa a facilitar nosso trabalho assegurando maior qualidade agrave assistecircncia prestada

Segundo Pollit e Hungler (1995) o meacutetodo cientiacutefico combina aspectos do raciociacutenio loacutegico com outros para criar um sistema de soluccedilatildeo de problemas que embora faliacutevel eacute mais confiaacutevel do que a tradiccedilatildeo a autoridade a experiecircncia ou a tentativa e erro por si soacutes

Assim um modelo de assistecircncia embasado cientificamente conduz-nos ao fazer reflexivo a estar sempre buscando a melhoria da assistecircncia prestada Leva-nos a refletir que Enfermagem eacute esta que estou desenvolvendo Quem eacute o ser humano que estou assistindo O que eacute o processo sauacutede-doenccedila a que o ser humano estaacute exposto E o meio ambiente o que eacute

Os modelos de assistecircncia nos auxiliam a perceber que praticar Enfermagem natildeo eacute simplesmente uma ordenaccedilatildeo de procedimentos mais ou menos constantes dependendo da situaccedilatildeo Ela eacute um processo dinacircmico mutaacutevel e criativo mas nem por isso deixa de ser um processo conheciacutevel objetivo programaacutevel e decifraacutevel Desta forma quanto mais claro estiver o referencial teoacuterico do modelo aplicado maior seraacute a seguranccedila e a realizaccedilatildeo profissional do Enfermeiro maior seraacute o direcionamento da equipe de Enfermagem culminando com uma assistecircncia de Enfermagem adequada agraves necessidades apresentadas pelo ser humano assistido

Por outro lado a qualidade da Assistecircncia de Enfermagem prestada depende da equipe liderada e coordenada pelo Enfermeiro Os modelos de assistecircncia instrumentalizam o planejamento cientiacutefico e sistematizado das accedilotildees a serem desenvolvidas pelos integrantes da Equipe de Enfermagem oferecendo suporte e direcionando o desempenho das atividades Contribuem para a credibilidade e visibilidade da Enfermagem

O desenvolvimento da profissatildeo de Enfermagem atraveacutes dos tempos ainda natildeo alcanccedilou sua maturidade Continua crescendo e desenvolvendo-se a fim de ampliar as esferas de serviccedilos e praacuteticas profissionais aumentando suas responsabilidades Sem duacutevidas a cada dia a Enfermagem se supera criando agregando novos conhecimentos e indo aleacutem na certeza de que eacute uma Ciecircncia e uma e Arte inacabada e crescente

Refletindo

Para praticar enfermagem necessitamos

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Conhecer e prosseguir conhecendo os fundamentos e avanccedilos da profissatildeo

Ter clareza sobre a fonte de onde esta praacutetica se origina

Reconhecer as premissas e conceitos do modelo eleito para prestar assistecircncia

Estar atentos aos aspectos teoacutericos praacuteticos e eacutetico-morais da profissatildeo

Ser coerentes entre a necessidade e a finalidade da assistecircncia

Ser coerentes entre no que pensamos falamos e fazemos Saber avaliar e retro-alimentar nossa praacutetica

Ter bom senso para usar a cabeccedila o coraccedilatildeo e as matildeos Conciliar ciecircncia alma e habilidade

Ser artistas e ao mesmo tempo cientistas

Para praticara arte da enfermagem necessitamos (Buscaglia 1972)

Tempo

Compreensatildeo da arte

Sensibilidade para utilizar o material necessaacuterio

Extrema paciecircncia enquanto aprendemos as habilidades baacutesicas

Praticar a arte da Enfermagem inclui o desejo de

Experimentar fracassar arriscar Conhecer frustraccedilatildeo e mesmo o

desespero Antes de poder abandonar teacutecnicas aprendidas mecanicamente

Projetar-se plenamente na proacutepria criaccedilatildeo

2 TEORIAS E MARCO CONCEITUAL SUA INFLUEcircNCIA NA METODOLOGIA DA ASSISTEcircNCIA

Teima Elisa Carraro

A histoacuteria registra que a Enfermagem preacute-nightingaleana era desenvolvida sem um referencial que as pessoas que a exerciam natildeo eram preparadas para tal e ainda que seu resultado deixava muito a desejar

A partir da vivecircncia de Nightingale a Enfermagem passa a ser denominada cientiacutefica passando a apresentar um modelo de assistecircncia por ela desenvolvido e implementado

As crenccedilas de Nightingale a respeito da Enfermagem o que eacute e o que natildeo eacute formam o fundamento do que escreveu em suas Notas sobre EnfermagemrdquoSua contribuiccedilatildeo ao desenvolvimento das teorias estaacute em explicar o campo de accedilatildeo da Enfermagem como a relaccedilatildeo pacientemeio ambiente e em iniciar as anaacutelises estatiacutesticas para a sauacutede e a Enfermagem profissional (Choi 1989)

Sua educaccedilatildeo meticulosa vinda de seu pai um homem culto formado em Cambridge e Edimburgo era pouco comum para uma mulher do seacuteculo XIX Estudou latim grego liacutenguas modernas artes matemaacutetica e estatiacutestica filosofia histoacuteria e religiatildeo Sua educaccedilatildeo e os acontecimentos da eacutepoca estimularam seu pensamento criacutetico levando-a a interessar-se por poliacutetica economia governo liberdade condiccedilotildees sociais e instituiccedilotildees Leu e citou em

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seus escritos Platatildeo Dante Mill Bacon Locke Newton Kant Hegel Comte e Satildeo Joatildeo Por outro lado era tiacutemida e espiritualista Acreditava que servindo ao homem estava servindo a Deus o que a impulsionava a fazer seu caminho a ser independente a buscar uma profissatildeo para utilizar sua capacidade (Carraro 1999) Esta educaccedilatildeo influenciou seu pensamento e sua concepccedilatildeo da Enfermagem como ciecircncia e arte subsidiando e determinando a praacutetica da profissatildeo

Nightingale deixou-nos suas concepccedilotildees registradas em I47 livros e panfletos Sua correspondecircncia pessoal tambeacutem foi volumosa Em 1859 publicou dois de seus Best-Known Notes on Hospitais e Notes um Nursing livros que abriram uma nova eacutepoca na reforma e no cuidado com a sauacutede (Schuyler 1992) No entanto a Enfermagem tem apresentado dificuldades em seguir seu exemplo no tocante a teorizar escrever e publicar ideacuteias e realizaccedilotildees

A fundamentaccedilatildeo teoacuterica e a vivecircncia de Nightingale influenciaram seus escritos e ainda estatildeo presentes em muitas teorias de Enfermagem mais recentes Este eacute um elo importante entre a Enfermagem Ciecircncia e Arte de Florence Nightingale e a Enfermagem atual Em sua visatildeo e saber incluem-se insight e valores antigos que se relacionam com a teoria do cuidado humano atual teoria que uma vez mais guia a educaccedilatildeo de Enfermagem a praacutetica e a investigaccedilatildeo cliacutenica que se baseia no cuidado como um ideal moral teoria que permeia o espiritual o transcendente o todo enquanto atende o ser e fazer totalmente integrados A visatildeo e saber de Nightingale incluem a visatildeo e a imagem de totalidade beleza e harmonia de vida um sentido de uniatildeo de todos os seres vivos (Watson 1992)

1 Das Teorias de Enfermagem

O interesse pelo desenvolvimento de Teorias de Enfermagem surgiu por duas razotildees Primeiramente as enfermeiras perceberam que o desenvolvimento de teorias era um meio de estabelecer a Enfermagem como profissatildeo aleacutem de ser inerente a um antigo interesse em definir um corpo de conhecimentos especiacuteficos da Enfermagem Em segundo lugar os teoacutericos estavam motivados pelo valor intriacutenseco das teorias para a Enfermagem e pela importacircncia do crescimento e enriquecimento da teoria para a Enfermagem em si mesma (Choi 1989)

Com o passar dos tempos na busca de maiores subsiacutedios para a atuaccedilatildeo de Enfermagem surgiram novas teorias e novos modelos de assistecircncia inicialmente nos Estados Unidos onde esta preocupaccedilatildeo tomou forccedila com o surgimento dos cursos de mestrado em Enfermagem expandindo-se depois para outros paiacuteses

No Brasil em 1979 Wanda de Aguiar Horta publica sua teoria baseada na Teoria das Necessidades Humanas Baacutesicas de Maslow e a partir daiacute operacionaliza um Processo de Enfermagem Seus escritos foram adotados por grande parte dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem como base para a aprendizagem da Metodologia da Assistecircncia

Considerando-se teoria como um conjunto de princiacutepios fundamentais duma arte ou duma ciecircncia (Ferreira 1993 p 1664) percebe-se de forma crescente a influecircncia das teorias no contexto da Enfermagem brasileira pois sua difusatildeo cada vez mais transparece tanto na sua praacutetica quanto na formaccedilatildeo de profissionais enfermeiros

Teoria de Enfermagem eacute definida por Meleis (1985) como uma construccedilatildeo articulada e comunicada da realidade criada ou descoberta (fenocircmenos centrais e inter-relaccedilotildees) dentro da ou pertinente agrave Enfermagem para os propoacutesitos de descriccedilatildeo explicaccedilatildeo prediccedilatildeo ou prescriccedilatildeo do cuidado de Enfermagem Ainda segundo a autora as teorias de Enfermagem refletem diferentes realidades pois apontam os interesses da Enfermagem na eacutepoca o ambiente sociocultural e as experiecircncias educacionais e vivenciais da teoacuterica Espelham algumas realidades da eacutepoca em que foram concebidas e ajudam a dar forma agraves realidades da eacutepoca atual

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De acordo com Neves e Trentini (1987) a teoria orientada para a praacutetica eacute aquela dirigida para produzir mudanccedilas ou efeitos desejados em determinada condiccedilatildeo ou fenocircmeno Assim as teorias se apresentam como formas de olharcompreender os fenocircmenos da Enfermagem Alguns fenocircmenos satildeo abordados em praticamente todas as teorias de Enfermagem porque representam o centro da sua praacutetica tais como o ser humano o ambiente a sauacutededoenccedila e a Enfermagem Estes fenocircmenos compotildeem uma rede de conceitos que se inter-relacionam e formam uma maneira de ver o mundo da Enfermagem e desenvolver sua praacutetica (Paim et al 1998)

As teorias que hoje temos representam os esforccedilos coletivos e individuais das Enfermeiras para definir e dirigir a profissatildeo e como tal proporcionar a base para um desenvolvimento teoacuterico continuado (Choi 1989)

Ao representar estes esforccedilos as teorias mostram diferentes modos de pensar Enfermagem algumas apontando apenas um aspecto da realidade outras apontando todos os fenocircmenos de interesse da disciplina Vaacuterias teorias utilizadas por Enfermeiros satildeo cedidas por outras disciplinas como as teorias do estresse do enfrentamento do risco da educaccedilatildeo (Fawcett 1995)

Eacute de fundamental importacircncia que os Enfermeiros ao fazerem a opccedilatildeo por uma ou outra teoria considerem a adequaccedilatildeo e a aplicabilidade dela agrave situaccedilatildeo de Enfermagem em que seraacute utilizada

2 Marco Conceitual

Fawcett (1995) enfatiza que os marcos conceituais natildeo satildeo uma realidade nova na Enfermagem existem desde Nightingale (1859) com suas primeiras ideacuteias avanccediladas sobre Enfermagem mesmo que natildeo tenham sido expressas formalmente como marcos

A proliferaccedilatildeo formal dos marcos conceituais de Enfermagem aconteceu concomitante agrave introduccedilatildeo das ideacuteias sobre teorias de Enfermagem ambas com interesse em conceitualizar a Enfermagem como uma disciplina distinta Para Fawcett (1995) o desenvolvimento dos marcos conceituais de Enfermagem foi um importante avanccedilo para a disciplina

No entanto este eacute um tema que vem gerando discussatildeo e mostrando divergecircncias conceituais entre os estudiosos principalmente no que se refere agraves terminologias de marco e modelo teoacuterico e conceitual conforme podemos ver a seguir

Newman (1979) registra que Marco Teoacuterico eacute uma matriz de conceitos que juntos descrevem o foco da investigaccedilatildeo

De acordo com Fawcet (1984 e 1978) Modelo Teoacuterico ou Marco Teoacuterico refere-se a uma teoria ou grupo de teorias que fornecem fundamentos para as hipoacuteteses poliacuteticas e curriacuteculo de uma ciecircncia

Para Neves e Gonccedilalves (1984) Marco Conceitual eacute uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que serve para dirigir o processo da investigaccedilatildeo e da accedilatildeo

Segundo Fawcet (1992) e Botha (1989) Marco Conceitual eacute sinocircnimo de Modelo Conceitual e eacute definido como um conjunto de conceitos e proposiccedilotildees abstratas e gerais intimamente relacionados

Em 1993 Silva e Arruda registram que o Marco de Referecircncia apresenta niacutevel de abstraccedilatildeo de menor complexidade do que os Marcos Conceituais Teorias no que se refere a sua construccedilatildeo teoacuterico-conceitual Tem a finalidade de demarcar o conhecimento em que se apoacuteia servindo de base para as accedilotildees de Enfermagem (Silva e Arruda 1993)

Na compreensatildeo de Wall (2000) o Marco Conceitual eacute um conjunto de elaboraccedilotildees mentais sobre aspectos relacionados ao objeto em estudo Um ponto que serve como forccedila como orientaccedilatildeo Uma proposta da qual queremos nos aproximar

Apesar desta divergecircncia conceitual eacute fundamental que os enfermeiros compreendam que os marcos eou modelos (Marco Conceitual Modelo Conceitual Marco

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Teoacuterico Modelo Teoacuterico) com suas diferenccedilas e semelhanccedilas formam um emaranhado de conceitos inter-relacionados que servem para direcionar as accedilotildees de Enfermagem Podemos dizer que eles iluminam os caminhos da Enfermagem

Em resumo todos os termos utilizados visam aprofundar formas de dirigir a accedilatildeo de Enfermagem pois buscam por meio dos conceitos formalizar uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que fundamente a ciecircncia e consequentemente as accedilotildees de Enfermagem

3 Das Funccedilotildees dos Marcos Conceituais

Os MarcosModelos proporcionam ao profissional a evidecircncia de que ele necessita para embasar suas accedilotildees apontando e justificando por que selecionar um determinado problema para estudo Ajudam na sumarizaccedilatildeo do conhecimento existente na explicaccedilatildeo dos fatos observados e das relaccedilotildees entre eles

De acordo com Neves e Gonccedilalves (1984) o Marco Conceitual contribui na previsatildeo de eventos ateacute entatildeo natildeo-observados e no estabelecimento de relaccedilotildees entre os eventos com base nos princiacutepios explicativos englobados nas teorias

Fawcett (1995) salienta que os marcos direcionam a procura das questotildees sobre o fenocircmeno e sugerem soluccedilotildees para problemas praacuteticos Enfatiza que os marcos conceituais de Enfermagem explicitam orientaccedilotildees filosoacuteficas e pragmaacuteticas para a assistecircncia que somente os Enfermeiros podem oferecer aos pacientes por conhecerem a dimensatildeo total do cuidado o qual eacute diferente daquele realizado por qualquer outro profissional de sauacutede

O marco conceitual constitui uma construccedilatildeo teoacuterica que sustenta a praacutetica de Enfermagem e as decisotildees no processo de assistir o ser humano Ele reflete tambeacutem a maneira de o autor conceber os indicativos assistenciais da Enfermagem (Carraro 1997)

Assim compreendido o Marco Conceitual torna-se uma importante ferramenta para embasar direcionar e clarificar as accedilotildees natildeo apenas do Enfermeiro mas de toda a equipe de Enfermagem Ele serve de base para a proposta e o desenvolvimento da Metodologia de Assistecircncia de Enfermagem a qual deveraacute estar estruturada de forma coerente com seus conceitos

Tem a finalidade de proporcionar o foco que ilumina os caminhos a serem percorridos pelo profissional para atingir seus objetivos assistenciais formando um emaranhado uma teia dentro da qual a assistecircncia os aspectos teoacutericos teacutecnicos e eacuteticos satildeo examinados a fim de tomarem possiacutevel explicar as relaccedilotildees propostas e identificar vazios no conhecimento que necessitam ser revelados para ampliar continuamente as possibilidades de cuidado

4 Da sua Construccedilatildeo

Todos noacutes temos uma imagem pessoal do que seja a praacutetica da Enfermagem Esta imagem influencia nossa interpretaccedilatildeo dos dados decisotildees e accedilotildees Mas pode uma disciplina continuar desenvolvendo-se quando seus membros se sustentam em diferentes imagens Os proponentes dos marcos conceituais para a praacutetica estatildeo procurando fazer uso consciente destas imagens sem o que natildeo poderemos comeccedilar a identificar semelhanccedilas em nossas percepccedilotildees sobre a natureza da praacutetica nem evoluir para conceitos bem ordenados (Reillys citado por Fawcett 1995)

Segundo King (1988) conceitos satildeo abstraccedilotildees que provecircem conhecimento sobre a essecircncia das coisas Um conceito eacute uma imagem mental de uma coisa de uma pessoa ou de um objeto Para Chinn e Jacobs (1982) os conceitos satildeo formulaccedilotildees mentais complexas de um objeto propriedade ou acontecimento originaacuterias das percepccedilotildees e experiecircncias individuais

Os conceitos registram ainda as crenccedilas e valores do autor sobre aquilo que estaacute sendo conceituado Quando os conceitos satildeo inter-relacionados como no caso da Enfermagem eles formam uma base para as accedilotildees seja na pesquisa seja na praacutetica profissional A esta estrutura pode-se chamar marco conceitual (Carratildeo 19)

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A construccedilatildeo de um Marco Conceitual pode partir da praacutetica da conceituaccedilatildeo das imagens privativas do Enfermeiro sobre a praacutetica da Enfermagem vivenciada pelo autor baseada em suas crenccedilas e valores com a busca de subsiacutedios na teoria Nesta forma de construccedilatildeo primeiramente se elaboram os conceitos eleitos registrando-se aquilo em que se acredita sobre cada um deles com leituras releituras e reformulaccedilotildees ateacute que reflitam os pensamentos do autor Pode-se usar a estrateacutegia de discuti-los com a Equipe de Enfermagem eou com outras pessoas Somente apoacutes esta preacutevia estruturaccedilatildeo dos conceitos busca-se uma teoria que venha ao encontro das ideacuteias ali expressas potencializando-as Entatildeo incorporam-se aos conceitos as ideacuteias contidas na teoria

Pode-se tambeacutem partir da teoria Contudo antes de optarmos por uma teoria primeiramente eacute necessaacuterio estudaacute-la procurando compreendecirc-la buscando as relaccedilotildees entre o que ela retrata aquilo em que se acredita e a aplicaccedilatildeo que se pretende fazer Somente apoacutes essa identificaccedilatildeo eacute que deve ser feita a opccedilatildeo por uma determinada teoria Entatildeo alguns dos seus conceitos satildeo escolhidos para embasarem o Marco Conceitual e a praacutetica da Enfermagem

Conveacutem lembrar que a teoria escolhida natildeo necessita ser especificamente de Enfermagem Existe ainda a possibilidade de se usar mais de uma teoria poreacutem com muita cautela pois as concepccedilotildees teoacuterico - filosoacuteficas delas podem ser divergentes comprometendo assim toda a construccedilatildeo do Marco Conceitual e consequentemente a assistecircncia de Enfermagem a ser prestada

A construccedilatildeo de um Marco Conceitual partindo da praacutetica ou partindo da teoria eacute um processo reflexivo que se configura num ir e vir aos conceitos reformulando-os tantas vezes quantas forem necessaacuterias para que estes reflitam o pensamento do seu autor Busca-se ainda a inter-relaccedilatildeo entre os conceitos de tal modo que lendo-se um deles os demais estejam impliacutecitos mostrando forte relaccedilatildeo entre si

Eacute importante ressaltar que independentemente da forma de construccedilatildeo o Marco Conceitual deveraacute contemplar as especificidades da praacutetica a que seraacute aplicado uma vez que ele eacute um instrumento que subsidia a praacutetica da Enfermagem (portanto um meio e natildeo um fim em si mesmo embasando a construccedilatildeo e o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem)

Apoacutes a construccedilatildeo do Marco Conceitual passa-se a sua aplicaccedilatildeo para que deveratildeo ser buscados os elementos de cada conceito as accedilotildees a que cada elemento conduz e a estrateacutegia para desenvolver cada accedilatildeo Esta operacionalizaccedilatildeo pode configurar-se como um mapa da assistecircncia a ser prestada embasando a metodologia de assistecircncia

Como exemplo vai imaginar que ao conceituar-se ser humano esteja registrado que ele eacute singular integral indivisiacutevel e insubstituiacutevel As accedilotildees a que este registro conduz satildeo accedilotildees de humanizaccedilatildeo da assistecircncia e as estrateacutegias poderatildeo ser chamar pelo seu nome envolver sua famiacutelia na assistecircncia ouvir tocar entre outras Se o registro diz que a Enfermagem eacute uma ciecircncia e uma arte as accedilotildees deveratildeo ser de aplicaccedilatildeo tanto do conhecimento cientiacutefico quanto da sensibilidade Imaginaccedilatildeocriatividade e habilidade ao prestar cuidados As estrateacutegias deveratildeo contemplar diaacutelogo observaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas especiacuteficas

Enfim o resultado final da Assistecircncia prestada deveraacute refletir o Marco Conceitual proposto aleacutem de servir para confirmar testar os conceitos formulados ou mesmo dar-lhes novos direcionamentos e ou reconstruccedilotildees

5 Algumas Consideraccedilotildees

A implementaccedilatildeo da praacutetica assistencial embasada num Marco Conceitual proporciona uma perspectiva de assistecircncia sistematizada e singular um embasamento teoacuterico para o desenvolvimento da praacutetica e por meio desta um enriquecimento da teoria num movimento de ir e vir

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No transcorrer da assistecircncia evidenciam-se pontos do Marco Conceitual que a subsidiam Quando se inicia a implementaccedilatildeo da praacutetica subsidiada por um Marco Conceitual pode-se encontrar dificuldades ateacute por uma questatildeo de haacutebito O pensamento se configura mas a accedilatildeo eacute tatildeo automaacutetica que quando percebemos jaacute a executamos natildeo como a pensamos mas como estaacutevamos condicionados a fazer (Carraro 1994 p 119)

Precisamos ter o Marco Conceitual introjetado em noacutes para conseguirmos vencer os haacutebitos anteriores e avanccedilar rumo a uma nova proposta de assistecircncia estando alertas para nossas accedilotildees ateacute para natildeo nos desanimarmos com o processo pois aos poucos podemos transpor as dificuldades de implementaccedilatildeo que se apresentarem

O Marco Conceitual quando conscientemente aplicado pouco a pouco vai mostrando que o fazer fazendo aprendendo e teorizando agrave luz da praacutetica concretiza-se no dia-a-dia da assistecircncia de Enfermagem Enfim conduz ao fazer reflexivo proporcionando satisfaccedilatildeo na Praacutetica Assistencial de Enfermagem tanto para o profissional quanto para o ser humano que estaacute sob seus cuidados

BILBIOGRAFIA

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para a assistecircncia de enfermagem

teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB 2001 paacuteg 5-14

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para p Assistecircncia de Enfermagem teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica Sobre teorias e marco conceitual sua influecircncia na metodologia da assistecircnciaGoiacircniaAB 2001 paacuteg 29-37

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CAPIacuteTULO 3 TEORIAS E METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE TEORIA

11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO

ldquoA unidade baacutesica do pensamento teoacuterico eacute o CONCEITO Os conceitos satildeo palavras que representam a realidade e facilitam a nossa capacidade de comunicaccedilatildeo sobre ela (Webester 1991)rdquo

Os conceitos podem ser

EMPIacuteRICOS = sentidos percebidos observados OU

ABSTRATOS = natildeo satildeo observaacuteveis Ex esperanccedila infinito

ldquoTodos os conceitos tornam-se abstraccedilotildees na ausecircncia do objetordquo

TEORIAS

Conjunto de conceitos inter-relacionados definiccedilotildees e proposiccedilotildees que apresentam uma forma sistemaacutetica de ver fatoseventos pela especificaccedilatildeo das relaccedilotildees entre as variaacuteveis com a finalidade de explicar ou prever o fatoevento (Kerlinger 1973)

12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA

PRAacuteTICA PESQUISA

TEORIA E CONCEITOS

13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA

Caracteriacutesticas de uma teoria segundo Torres 1990

1 as teorias podem inter-relacionar conceitos de tal forma que criem uma nova maneira de ver determinado fenocircmeno

2 as teorias devem ser de natureza loacutegica

3 as teorias devem ser relativamente simples e ainda generalizaacuteveis

4 as teorias podem ser as bases para as hipoacuteteses serem testadas ou para a teoria ser expandida

5 as teorias contribuem para o aumento do corpo de conhecimentos gerais da disciplina atraveacutes da pesquisa implementada para validaacute-las

6 as teorias podem ser utilizadas por profissionais para orientar e melhorar a sua praacutetica

7 as teorias devem ser consistentes com outras teorias validadas leia e princiacutepios mas devem deixar abertas as questotildees natildeo-respondidas que devem ser investigadas

2 AS TEORIAS DE ENFERMAGEM ENFATIZAM QUATRO CONCEITOS

A PESSOA pode representar um indiviacuteduo uma famiacutelia uma comunidade ou toda humanidade Eacute aquele que recebe o cuidado de enfermagem

A SAUacuteDE representa um estado de bem-estar decidido mutuamente pelo cliente e enfermeiro

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O AMBIENTE pode representar os arredores imediatos a comunidade ou o universo com tudo que conteacutem

A ENFERMAGEM eacute a ciecircncia e a arte da disciplina

3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM

Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM

Esclareccedilo que para a composiccedilatildeo desse material transcrevi na iacutentegra os textos produzidos pelas autoras citadas na referecircncia bibliograacutefica

Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos

Quadro 1 Caracteriacutesticas gerais das teorias de enfermagem

CATEGORIAS DE TEORIAS

CARACTERIacuteSTICATEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM

1NECESSIDADES PROBLEMAS

Enfocam as necessidades e os problemas que os clientes tecircm buscando preenchecirc-los ou corrigi-los utilizando o Processo de Enfermagem

Nightingale Abdellah Henderson Orem Hall Watson Horta2SISTEMAS Sugerem que o homem eacute composto de muitas partes ou subsistemas que quando

juntos satildeo mais e diferentes do que sua soma Johnson Roy Beth Newman Levine Leininger

3INTERACcedilAtildeO Enfocam o processo de comunicaccedilatildeo no preenchimento das necessidades do cliente Peplau Orlando Wiedenbach King Paterson e Zderad Erickson Tomlin e

Sawai Boykin e Schoenhofer4CAMPO DE ENERGIA

Acreditam que as pessoas satildeo campo de energia em constante interaccedilatildeo com o seu ambiente ou com o universo

Rogers Parse Margareth Newman

Fonte GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional

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Paradigma modelo ou conjunto baacutesico de crenccedilas que orientam a accedilatildeo a investigaccedilatildeo da disciplinada

Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

1NECESSIDADESPROBLEMAS

DOROTHEA E OREM

Autocuidado

1971

A Enfermagem eacute necessaacuteria sempre que a manutenccedilatildeo contiacutenua do autocuidado requer o uso de teacutecnicas especiais e a aplicaccedilatildeo de conhecimentos cientiacuteficos para prover o cuidado ou administraacute-lo

Teoria de Kortabisnk da accedilatildeo eficiente 1965Teoria da accedilatildeo social de Parson 1968

WANDA DE AGUIAR HORTA

Necessidades Humanas Baacutesicas

1979

A Enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrio em equiliacutebrio pela assistecircncia do ser humano em suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Teoria da motivaccedilatildeo Humana de Maslow (necessidades humanas baacutesicas)Lei da homeostase e do holismo

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

2SISTEMAS

MADELEINE M LEININGER

Teoria de enfermagem transcultural1985

A Enfermagem eacute uma profissatildeo humaniacutestica e cientiacutefica que eacute apreendida e focalizada no fenocircmeno do cuidado humano e em atividades que propiciem assistecircncia suporte facilitaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo a indiviacuteduos grupos para manter ou reaver o seu bem-estar de uma forma culturalmente significativa e satisfatoacuteria

SociologiaAntropologia cultural

MYRA ESTRIN LEVINE

Holiacutestica1969

A accedilatildeo da Enfermagem estaacute baseada no cuidado total da pessoa e assim sendo na conservaccedilatildeo dos princiacutepios de energia integridade estrutural pessoal e social Todos tecircm como postulado a integridade e unidade do indiviacuteduo

BiologiaPsicologiaSociologia

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

3INTERACcedilAtildeO

IMOGENE M KING

Alcance dos objetivos19711981

A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo humana entre enfermeira e cliente atraveacutes do qual um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo eles fixam os objetivos exploram os recursos concordam sobre meios para o alcanccedilarem os objetivos Eacute um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo interaccedilatildeo transaccedilatildeo

Teoria de SistemasSistemas pessoais interpessoais e sociaisPsicologiaTeorias sociais

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

Teoria do Papel modelagem

Concebem essa teoria para compreender o modo como clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

Teorias de Erckson Maslow Selyee Engel e piaget

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

4CAMPO DE ENERGIA

MARTHA E ROGERS

Martha Rogers1970

A ciecircncia da Enfermagem eacute dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direccedilatildeo de seu desenvolvimento A Enfermagem eacute uma ciecircncia humaniacutestica dedicada a um interesse compassivo para manter e promover a maacutexima potencialidade de sauacutede do homem que eacute um todo unificado

FisiologiaBiologiaPsicologiaAntropologiaSociologia

MARGARET NEWMAN

1989

A Enfermagem natildeo eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o proacuteprio poder atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

Idem

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

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tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

31

Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

33

5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

36

Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 6: Apostila sae para_e-mail

natildeo responde mais agraves necessidades do ser humano na vivecircncia do processo sauacutededoenccedila Ele natildeo quer mais ser visto em pedaccedilos mas sim como um ser singular integral indivisiacutevel insubstituiacutevel pleno na sua concepccedilatildeo de interagir com o mundo interage com o meio ambiente onde satildeo expressas crenccedilas e valores que permeiam suas accedilotildees (Carraro 1997 p 26)

No momento em que a Enfermagem voltar-se para seus modelos de assistecircncia e assumir sua essecircncia seraacute uma profissatildeo que responderaacute agraves necessidades do ser humano e que articularaacute ciecircncia e arte tendo assim visibilidade

Do Modelo Nightingaleano agrave Diversidade de Modelos de Assistecircncia

O resgate do modelo nightingaleano vem acontecendo haacute alguns anos A primeira Enfermeira a publicar poacutes-Nightingale foi Hildegard Peplau que em 1952 lanccedilou o livro Relaccedilotildees Interpessoais em Enfermagem Peplau tomou-se um marco histoacuterico para a Enfermagem dos anos 50 Naquela deacutecada iniciaram-se os cursos de Mestrado nos Estados Unidos da Ameacuterica dando novo iacutempeto agrave profissatildeo deflagrando a eacutepoca das Teorias de Enfermagem

Segundo Leddy e Pepper (1993) a ciecircncia da Enfermagem tem sido derivada principalmente das teorias sociais bioloacutegicas e meacutedicas Todavia depois de 1950 grande nuacutemero de enfermeiras teoristas tem desenvolvido modelos de Enfermagem que oferecem suporte para o desenvolvimento das teorias de Enfermagem e do

conhecimento de Enfermagem

Este novo conhecimento posto de algum modo aponta como principal preocupaccedilatildeo natildeo a patologia mas o indiviacuteduo doente ou natildeo experenciando o processo sauacutede-doenccedila com o enfoque na promoccedilatildeo do bem-estar e da sauacutede

Destaca-se no Brasil a atuaccedilatildeo de Wanda de Aguiar Horta no que se refere agrave difusatildeo das Teorias de Enfermagem Nascida em 1926 em Beleacutem do Paraacute graduou-se em Enfermagem pela Escola de Enfermagem da USP em 1948 e doutorou-se em 1968 na Escola Ana Neacuteri Em 1979 publica seu livro baseado na Teoria das Necessidades Humanas Baacutesicas de Maslow e a partir daiacute operacionaliza um Processo de Enfermagem Existe atualmente uma discussatildeo sobre se os escritos de Horta configuram uma teoria ou um processo de Enfermagem Chegar a uma conclusatildeo a respeito eacute tarefa muito difiacutecil face agrave grande diversidade de paradigmas existentes poreacutem eacute inegaacutevel o grande avanccedilo que seus escritos trouxeram para o desenvolvimento da Enfermagem brasileira ateacute porque a grande maioria dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem adotou-os como base para a aprendizagem da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem (Carraro 1998) Certamente sua proposta nos mostra um Modelo de Assistecircncia

Atualmente a influecircncia das Teorias e dos Modelos de Assistecircncia de Enfermagem eacute evidente no contexto da Enfermagem brasileira pois estatildeo cada vez mais difundidos tanto na praacutetica da Enfermagem quanto na formaccedilatildeo de profissionais enfermeiros

Modelos de Assistecircncia satildeo representaccedilotildees do mundo vivido expressas verbalmente ou por meio de siacutembolos esquemas desenhos graacuteficos diagramas Seu objetivo eacute direcionar a assistecircncia de Enfermagem oferecendo ao enfermeiro os subsiacutedios necessaacuterios para sua atuaccedilatildeo

Segundo Keck (1989) as teorias satildeo modelos da realidade em geral realidades natildeo-observaacuteveis diretamente Os modelos ajudam a desenvolver as teorias e a explicitar a relaccedilatildeo existente entre os conceitos Ateacute porque os modelos permitem a manipulaccedilatildeo dos conceitos sobre o papel antes de serem submetidos agrave verificaccedilatildeo no mundo real

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Um modelo eacute uma abstraccedilatildeo da realidade um modo de visualizar a realidade facilitando o raciociacutenio Um modelo conceitual mostra-nos como vaacuterios conceitos satildeo inter-relacionados e aplica teorias que predizem ou avaliam consequumlecircncias de accedilotildees alternativas (Leddy e Pepper 1993)

Fawcett (1992) salienta a utilidade dos modelos conceituais para a organizaccedilatildeo do pensamento da observaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo do que se vecirc Eles tambeacutem provecircem uma estrutura sistematizada e racional para o desenvolvimento das atividades

Modelos de Enfermagem incluem conceitos de ser humano Enfermagem sauacutede-doenccedila e ambiente (Fitzpatrick e Whall 1983 Fawcett 1992)

Na Enfermagem ou mesmo em outra aacuterea do conhecimento agimos de acordo com um meacutetodo seguimos um modelo mesmo que dinacircmica e inconscientemente Se prestarmos atenccedilatildeo agrave nossa rotina observaremos que na maioria das vezes agimos de maneira semelhante todos os dias repetindo accedilotildees desde a mais simples ateacute a mais complexa E temos um motivo para isso realizamos as atividades pautadas em conhecimentos empiacutericas aprendidas no dia-a-dia com rotinas preestabelecidas ou embasados cientificamente e as repetimos cada vez que agimos Muitas vezes fazemos isto sem refletir a respeito sem procurar modos mais eficientes sem buscar a atualizaccedilatildeo do conhecimento sem nos lembrarmos da velocidade e do dinamismo com que o conhecimento avanccedila na atualidade

Este meacutetodo de que lanccedilamos matildeo visa organizar e direcionar nosso desempenho embora num primeiro momento possa parecer complexo apoacutes estarmos familiarizados com este processo ele passa a facilitar nosso trabalho assegurando maior qualidade agrave assistecircncia prestada

Segundo Pollit e Hungler (1995) o meacutetodo cientiacutefico combina aspectos do raciociacutenio loacutegico com outros para criar um sistema de soluccedilatildeo de problemas que embora faliacutevel eacute mais confiaacutevel do que a tradiccedilatildeo a autoridade a experiecircncia ou a tentativa e erro por si soacutes

Assim um modelo de assistecircncia embasado cientificamente conduz-nos ao fazer reflexivo a estar sempre buscando a melhoria da assistecircncia prestada Leva-nos a refletir que Enfermagem eacute esta que estou desenvolvendo Quem eacute o ser humano que estou assistindo O que eacute o processo sauacutede-doenccedila a que o ser humano estaacute exposto E o meio ambiente o que eacute

Os modelos de assistecircncia nos auxiliam a perceber que praticar Enfermagem natildeo eacute simplesmente uma ordenaccedilatildeo de procedimentos mais ou menos constantes dependendo da situaccedilatildeo Ela eacute um processo dinacircmico mutaacutevel e criativo mas nem por isso deixa de ser um processo conheciacutevel objetivo programaacutevel e decifraacutevel Desta forma quanto mais claro estiver o referencial teoacuterico do modelo aplicado maior seraacute a seguranccedila e a realizaccedilatildeo profissional do Enfermeiro maior seraacute o direcionamento da equipe de Enfermagem culminando com uma assistecircncia de Enfermagem adequada agraves necessidades apresentadas pelo ser humano assistido

Por outro lado a qualidade da Assistecircncia de Enfermagem prestada depende da equipe liderada e coordenada pelo Enfermeiro Os modelos de assistecircncia instrumentalizam o planejamento cientiacutefico e sistematizado das accedilotildees a serem desenvolvidas pelos integrantes da Equipe de Enfermagem oferecendo suporte e direcionando o desempenho das atividades Contribuem para a credibilidade e visibilidade da Enfermagem

O desenvolvimento da profissatildeo de Enfermagem atraveacutes dos tempos ainda natildeo alcanccedilou sua maturidade Continua crescendo e desenvolvendo-se a fim de ampliar as esferas de serviccedilos e praacuteticas profissionais aumentando suas responsabilidades Sem duacutevidas a cada dia a Enfermagem se supera criando agregando novos conhecimentos e indo aleacutem na certeza de que eacute uma Ciecircncia e uma e Arte inacabada e crescente

Refletindo

Para praticar enfermagem necessitamos

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Conhecer e prosseguir conhecendo os fundamentos e avanccedilos da profissatildeo

Ter clareza sobre a fonte de onde esta praacutetica se origina

Reconhecer as premissas e conceitos do modelo eleito para prestar assistecircncia

Estar atentos aos aspectos teoacutericos praacuteticos e eacutetico-morais da profissatildeo

Ser coerentes entre a necessidade e a finalidade da assistecircncia

Ser coerentes entre no que pensamos falamos e fazemos Saber avaliar e retro-alimentar nossa praacutetica

Ter bom senso para usar a cabeccedila o coraccedilatildeo e as matildeos Conciliar ciecircncia alma e habilidade

Ser artistas e ao mesmo tempo cientistas

Para praticara arte da enfermagem necessitamos (Buscaglia 1972)

Tempo

Compreensatildeo da arte

Sensibilidade para utilizar o material necessaacuterio

Extrema paciecircncia enquanto aprendemos as habilidades baacutesicas

Praticar a arte da Enfermagem inclui o desejo de

Experimentar fracassar arriscar Conhecer frustraccedilatildeo e mesmo o

desespero Antes de poder abandonar teacutecnicas aprendidas mecanicamente

Projetar-se plenamente na proacutepria criaccedilatildeo

2 TEORIAS E MARCO CONCEITUAL SUA INFLUEcircNCIA NA METODOLOGIA DA ASSISTEcircNCIA

Teima Elisa Carraro

A histoacuteria registra que a Enfermagem preacute-nightingaleana era desenvolvida sem um referencial que as pessoas que a exerciam natildeo eram preparadas para tal e ainda que seu resultado deixava muito a desejar

A partir da vivecircncia de Nightingale a Enfermagem passa a ser denominada cientiacutefica passando a apresentar um modelo de assistecircncia por ela desenvolvido e implementado

As crenccedilas de Nightingale a respeito da Enfermagem o que eacute e o que natildeo eacute formam o fundamento do que escreveu em suas Notas sobre EnfermagemrdquoSua contribuiccedilatildeo ao desenvolvimento das teorias estaacute em explicar o campo de accedilatildeo da Enfermagem como a relaccedilatildeo pacientemeio ambiente e em iniciar as anaacutelises estatiacutesticas para a sauacutede e a Enfermagem profissional (Choi 1989)

Sua educaccedilatildeo meticulosa vinda de seu pai um homem culto formado em Cambridge e Edimburgo era pouco comum para uma mulher do seacuteculo XIX Estudou latim grego liacutenguas modernas artes matemaacutetica e estatiacutestica filosofia histoacuteria e religiatildeo Sua educaccedilatildeo e os acontecimentos da eacutepoca estimularam seu pensamento criacutetico levando-a a interessar-se por poliacutetica economia governo liberdade condiccedilotildees sociais e instituiccedilotildees Leu e citou em

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seus escritos Platatildeo Dante Mill Bacon Locke Newton Kant Hegel Comte e Satildeo Joatildeo Por outro lado era tiacutemida e espiritualista Acreditava que servindo ao homem estava servindo a Deus o que a impulsionava a fazer seu caminho a ser independente a buscar uma profissatildeo para utilizar sua capacidade (Carraro 1999) Esta educaccedilatildeo influenciou seu pensamento e sua concepccedilatildeo da Enfermagem como ciecircncia e arte subsidiando e determinando a praacutetica da profissatildeo

Nightingale deixou-nos suas concepccedilotildees registradas em I47 livros e panfletos Sua correspondecircncia pessoal tambeacutem foi volumosa Em 1859 publicou dois de seus Best-Known Notes on Hospitais e Notes um Nursing livros que abriram uma nova eacutepoca na reforma e no cuidado com a sauacutede (Schuyler 1992) No entanto a Enfermagem tem apresentado dificuldades em seguir seu exemplo no tocante a teorizar escrever e publicar ideacuteias e realizaccedilotildees

A fundamentaccedilatildeo teoacuterica e a vivecircncia de Nightingale influenciaram seus escritos e ainda estatildeo presentes em muitas teorias de Enfermagem mais recentes Este eacute um elo importante entre a Enfermagem Ciecircncia e Arte de Florence Nightingale e a Enfermagem atual Em sua visatildeo e saber incluem-se insight e valores antigos que se relacionam com a teoria do cuidado humano atual teoria que uma vez mais guia a educaccedilatildeo de Enfermagem a praacutetica e a investigaccedilatildeo cliacutenica que se baseia no cuidado como um ideal moral teoria que permeia o espiritual o transcendente o todo enquanto atende o ser e fazer totalmente integrados A visatildeo e saber de Nightingale incluem a visatildeo e a imagem de totalidade beleza e harmonia de vida um sentido de uniatildeo de todos os seres vivos (Watson 1992)

1 Das Teorias de Enfermagem

O interesse pelo desenvolvimento de Teorias de Enfermagem surgiu por duas razotildees Primeiramente as enfermeiras perceberam que o desenvolvimento de teorias era um meio de estabelecer a Enfermagem como profissatildeo aleacutem de ser inerente a um antigo interesse em definir um corpo de conhecimentos especiacuteficos da Enfermagem Em segundo lugar os teoacutericos estavam motivados pelo valor intriacutenseco das teorias para a Enfermagem e pela importacircncia do crescimento e enriquecimento da teoria para a Enfermagem em si mesma (Choi 1989)

Com o passar dos tempos na busca de maiores subsiacutedios para a atuaccedilatildeo de Enfermagem surgiram novas teorias e novos modelos de assistecircncia inicialmente nos Estados Unidos onde esta preocupaccedilatildeo tomou forccedila com o surgimento dos cursos de mestrado em Enfermagem expandindo-se depois para outros paiacuteses

No Brasil em 1979 Wanda de Aguiar Horta publica sua teoria baseada na Teoria das Necessidades Humanas Baacutesicas de Maslow e a partir daiacute operacionaliza um Processo de Enfermagem Seus escritos foram adotados por grande parte dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem como base para a aprendizagem da Metodologia da Assistecircncia

Considerando-se teoria como um conjunto de princiacutepios fundamentais duma arte ou duma ciecircncia (Ferreira 1993 p 1664) percebe-se de forma crescente a influecircncia das teorias no contexto da Enfermagem brasileira pois sua difusatildeo cada vez mais transparece tanto na sua praacutetica quanto na formaccedilatildeo de profissionais enfermeiros

Teoria de Enfermagem eacute definida por Meleis (1985) como uma construccedilatildeo articulada e comunicada da realidade criada ou descoberta (fenocircmenos centrais e inter-relaccedilotildees) dentro da ou pertinente agrave Enfermagem para os propoacutesitos de descriccedilatildeo explicaccedilatildeo prediccedilatildeo ou prescriccedilatildeo do cuidado de Enfermagem Ainda segundo a autora as teorias de Enfermagem refletem diferentes realidades pois apontam os interesses da Enfermagem na eacutepoca o ambiente sociocultural e as experiecircncias educacionais e vivenciais da teoacuterica Espelham algumas realidades da eacutepoca em que foram concebidas e ajudam a dar forma agraves realidades da eacutepoca atual

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De acordo com Neves e Trentini (1987) a teoria orientada para a praacutetica eacute aquela dirigida para produzir mudanccedilas ou efeitos desejados em determinada condiccedilatildeo ou fenocircmeno Assim as teorias se apresentam como formas de olharcompreender os fenocircmenos da Enfermagem Alguns fenocircmenos satildeo abordados em praticamente todas as teorias de Enfermagem porque representam o centro da sua praacutetica tais como o ser humano o ambiente a sauacutededoenccedila e a Enfermagem Estes fenocircmenos compotildeem uma rede de conceitos que se inter-relacionam e formam uma maneira de ver o mundo da Enfermagem e desenvolver sua praacutetica (Paim et al 1998)

As teorias que hoje temos representam os esforccedilos coletivos e individuais das Enfermeiras para definir e dirigir a profissatildeo e como tal proporcionar a base para um desenvolvimento teoacuterico continuado (Choi 1989)

Ao representar estes esforccedilos as teorias mostram diferentes modos de pensar Enfermagem algumas apontando apenas um aspecto da realidade outras apontando todos os fenocircmenos de interesse da disciplina Vaacuterias teorias utilizadas por Enfermeiros satildeo cedidas por outras disciplinas como as teorias do estresse do enfrentamento do risco da educaccedilatildeo (Fawcett 1995)

Eacute de fundamental importacircncia que os Enfermeiros ao fazerem a opccedilatildeo por uma ou outra teoria considerem a adequaccedilatildeo e a aplicabilidade dela agrave situaccedilatildeo de Enfermagem em que seraacute utilizada

2 Marco Conceitual

Fawcett (1995) enfatiza que os marcos conceituais natildeo satildeo uma realidade nova na Enfermagem existem desde Nightingale (1859) com suas primeiras ideacuteias avanccediladas sobre Enfermagem mesmo que natildeo tenham sido expressas formalmente como marcos

A proliferaccedilatildeo formal dos marcos conceituais de Enfermagem aconteceu concomitante agrave introduccedilatildeo das ideacuteias sobre teorias de Enfermagem ambas com interesse em conceitualizar a Enfermagem como uma disciplina distinta Para Fawcett (1995) o desenvolvimento dos marcos conceituais de Enfermagem foi um importante avanccedilo para a disciplina

No entanto este eacute um tema que vem gerando discussatildeo e mostrando divergecircncias conceituais entre os estudiosos principalmente no que se refere agraves terminologias de marco e modelo teoacuterico e conceitual conforme podemos ver a seguir

Newman (1979) registra que Marco Teoacuterico eacute uma matriz de conceitos que juntos descrevem o foco da investigaccedilatildeo

De acordo com Fawcet (1984 e 1978) Modelo Teoacuterico ou Marco Teoacuterico refere-se a uma teoria ou grupo de teorias que fornecem fundamentos para as hipoacuteteses poliacuteticas e curriacuteculo de uma ciecircncia

Para Neves e Gonccedilalves (1984) Marco Conceitual eacute uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que serve para dirigir o processo da investigaccedilatildeo e da accedilatildeo

Segundo Fawcet (1992) e Botha (1989) Marco Conceitual eacute sinocircnimo de Modelo Conceitual e eacute definido como um conjunto de conceitos e proposiccedilotildees abstratas e gerais intimamente relacionados

Em 1993 Silva e Arruda registram que o Marco de Referecircncia apresenta niacutevel de abstraccedilatildeo de menor complexidade do que os Marcos Conceituais Teorias no que se refere a sua construccedilatildeo teoacuterico-conceitual Tem a finalidade de demarcar o conhecimento em que se apoacuteia servindo de base para as accedilotildees de Enfermagem (Silva e Arruda 1993)

Na compreensatildeo de Wall (2000) o Marco Conceitual eacute um conjunto de elaboraccedilotildees mentais sobre aspectos relacionados ao objeto em estudo Um ponto que serve como forccedila como orientaccedilatildeo Uma proposta da qual queremos nos aproximar

Apesar desta divergecircncia conceitual eacute fundamental que os enfermeiros compreendam que os marcos eou modelos (Marco Conceitual Modelo Conceitual Marco

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Teoacuterico Modelo Teoacuterico) com suas diferenccedilas e semelhanccedilas formam um emaranhado de conceitos inter-relacionados que servem para direcionar as accedilotildees de Enfermagem Podemos dizer que eles iluminam os caminhos da Enfermagem

Em resumo todos os termos utilizados visam aprofundar formas de dirigir a accedilatildeo de Enfermagem pois buscam por meio dos conceitos formalizar uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que fundamente a ciecircncia e consequentemente as accedilotildees de Enfermagem

3 Das Funccedilotildees dos Marcos Conceituais

Os MarcosModelos proporcionam ao profissional a evidecircncia de que ele necessita para embasar suas accedilotildees apontando e justificando por que selecionar um determinado problema para estudo Ajudam na sumarizaccedilatildeo do conhecimento existente na explicaccedilatildeo dos fatos observados e das relaccedilotildees entre eles

De acordo com Neves e Gonccedilalves (1984) o Marco Conceitual contribui na previsatildeo de eventos ateacute entatildeo natildeo-observados e no estabelecimento de relaccedilotildees entre os eventos com base nos princiacutepios explicativos englobados nas teorias

Fawcett (1995) salienta que os marcos direcionam a procura das questotildees sobre o fenocircmeno e sugerem soluccedilotildees para problemas praacuteticos Enfatiza que os marcos conceituais de Enfermagem explicitam orientaccedilotildees filosoacuteficas e pragmaacuteticas para a assistecircncia que somente os Enfermeiros podem oferecer aos pacientes por conhecerem a dimensatildeo total do cuidado o qual eacute diferente daquele realizado por qualquer outro profissional de sauacutede

O marco conceitual constitui uma construccedilatildeo teoacuterica que sustenta a praacutetica de Enfermagem e as decisotildees no processo de assistir o ser humano Ele reflete tambeacutem a maneira de o autor conceber os indicativos assistenciais da Enfermagem (Carraro 1997)

Assim compreendido o Marco Conceitual torna-se uma importante ferramenta para embasar direcionar e clarificar as accedilotildees natildeo apenas do Enfermeiro mas de toda a equipe de Enfermagem Ele serve de base para a proposta e o desenvolvimento da Metodologia de Assistecircncia de Enfermagem a qual deveraacute estar estruturada de forma coerente com seus conceitos

Tem a finalidade de proporcionar o foco que ilumina os caminhos a serem percorridos pelo profissional para atingir seus objetivos assistenciais formando um emaranhado uma teia dentro da qual a assistecircncia os aspectos teoacutericos teacutecnicos e eacuteticos satildeo examinados a fim de tomarem possiacutevel explicar as relaccedilotildees propostas e identificar vazios no conhecimento que necessitam ser revelados para ampliar continuamente as possibilidades de cuidado

4 Da sua Construccedilatildeo

Todos noacutes temos uma imagem pessoal do que seja a praacutetica da Enfermagem Esta imagem influencia nossa interpretaccedilatildeo dos dados decisotildees e accedilotildees Mas pode uma disciplina continuar desenvolvendo-se quando seus membros se sustentam em diferentes imagens Os proponentes dos marcos conceituais para a praacutetica estatildeo procurando fazer uso consciente destas imagens sem o que natildeo poderemos comeccedilar a identificar semelhanccedilas em nossas percepccedilotildees sobre a natureza da praacutetica nem evoluir para conceitos bem ordenados (Reillys citado por Fawcett 1995)

Segundo King (1988) conceitos satildeo abstraccedilotildees que provecircem conhecimento sobre a essecircncia das coisas Um conceito eacute uma imagem mental de uma coisa de uma pessoa ou de um objeto Para Chinn e Jacobs (1982) os conceitos satildeo formulaccedilotildees mentais complexas de um objeto propriedade ou acontecimento originaacuterias das percepccedilotildees e experiecircncias individuais

Os conceitos registram ainda as crenccedilas e valores do autor sobre aquilo que estaacute sendo conceituado Quando os conceitos satildeo inter-relacionados como no caso da Enfermagem eles formam uma base para as accedilotildees seja na pesquisa seja na praacutetica profissional A esta estrutura pode-se chamar marco conceitual (Carratildeo 19)

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A construccedilatildeo de um Marco Conceitual pode partir da praacutetica da conceituaccedilatildeo das imagens privativas do Enfermeiro sobre a praacutetica da Enfermagem vivenciada pelo autor baseada em suas crenccedilas e valores com a busca de subsiacutedios na teoria Nesta forma de construccedilatildeo primeiramente se elaboram os conceitos eleitos registrando-se aquilo em que se acredita sobre cada um deles com leituras releituras e reformulaccedilotildees ateacute que reflitam os pensamentos do autor Pode-se usar a estrateacutegia de discuti-los com a Equipe de Enfermagem eou com outras pessoas Somente apoacutes esta preacutevia estruturaccedilatildeo dos conceitos busca-se uma teoria que venha ao encontro das ideacuteias ali expressas potencializando-as Entatildeo incorporam-se aos conceitos as ideacuteias contidas na teoria

Pode-se tambeacutem partir da teoria Contudo antes de optarmos por uma teoria primeiramente eacute necessaacuterio estudaacute-la procurando compreendecirc-la buscando as relaccedilotildees entre o que ela retrata aquilo em que se acredita e a aplicaccedilatildeo que se pretende fazer Somente apoacutes essa identificaccedilatildeo eacute que deve ser feita a opccedilatildeo por uma determinada teoria Entatildeo alguns dos seus conceitos satildeo escolhidos para embasarem o Marco Conceitual e a praacutetica da Enfermagem

Conveacutem lembrar que a teoria escolhida natildeo necessita ser especificamente de Enfermagem Existe ainda a possibilidade de se usar mais de uma teoria poreacutem com muita cautela pois as concepccedilotildees teoacuterico - filosoacuteficas delas podem ser divergentes comprometendo assim toda a construccedilatildeo do Marco Conceitual e consequentemente a assistecircncia de Enfermagem a ser prestada

A construccedilatildeo de um Marco Conceitual partindo da praacutetica ou partindo da teoria eacute um processo reflexivo que se configura num ir e vir aos conceitos reformulando-os tantas vezes quantas forem necessaacuterias para que estes reflitam o pensamento do seu autor Busca-se ainda a inter-relaccedilatildeo entre os conceitos de tal modo que lendo-se um deles os demais estejam impliacutecitos mostrando forte relaccedilatildeo entre si

Eacute importante ressaltar que independentemente da forma de construccedilatildeo o Marco Conceitual deveraacute contemplar as especificidades da praacutetica a que seraacute aplicado uma vez que ele eacute um instrumento que subsidia a praacutetica da Enfermagem (portanto um meio e natildeo um fim em si mesmo embasando a construccedilatildeo e o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem)

Apoacutes a construccedilatildeo do Marco Conceitual passa-se a sua aplicaccedilatildeo para que deveratildeo ser buscados os elementos de cada conceito as accedilotildees a que cada elemento conduz e a estrateacutegia para desenvolver cada accedilatildeo Esta operacionalizaccedilatildeo pode configurar-se como um mapa da assistecircncia a ser prestada embasando a metodologia de assistecircncia

Como exemplo vai imaginar que ao conceituar-se ser humano esteja registrado que ele eacute singular integral indivisiacutevel e insubstituiacutevel As accedilotildees a que este registro conduz satildeo accedilotildees de humanizaccedilatildeo da assistecircncia e as estrateacutegias poderatildeo ser chamar pelo seu nome envolver sua famiacutelia na assistecircncia ouvir tocar entre outras Se o registro diz que a Enfermagem eacute uma ciecircncia e uma arte as accedilotildees deveratildeo ser de aplicaccedilatildeo tanto do conhecimento cientiacutefico quanto da sensibilidade Imaginaccedilatildeocriatividade e habilidade ao prestar cuidados As estrateacutegias deveratildeo contemplar diaacutelogo observaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas especiacuteficas

Enfim o resultado final da Assistecircncia prestada deveraacute refletir o Marco Conceitual proposto aleacutem de servir para confirmar testar os conceitos formulados ou mesmo dar-lhes novos direcionamentos e ou reconstruccedilotildees

5 Algumas Consideraccedilotildees

A implementaccedilatildeo da praacutetica assistencial embasada num Marco Conceitual proporciona uma perspectiva de assistecircncia sistematizada e singular um embasamento teoacuterico para o desenvolvimento da praacutetica e por meio desta um enriquecimento da teoria num movimento de ir e vir

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No transcorrer da assistecircncia evidenciam-se pontos do Marco Conceitual que a subsidiam Quando se inicia a implementaccedilatildeo da praacutetica subsidiada por um Marco Conceitual pode-se encontrar dificuldades ateacute por uma questatildeo de haacutebito O pensamento se configura mas a accedilatildeo eacute tatildeo automaacutetica que quando percebemos jaacute a executamos natildeo como a pensamos mas como estaacutevamos condicionados a fazer (Carraro 1994 p 119)

Precisamos ter o Marco Conceitual introjetado em noacutes para conseguirmos vencer os haacutebitos anteriores e avanccedilar rumo a uma nova proposta de assistecircncia estando alertas para nossas accedilotildees ateacute para natildeo nos desanimarmos com o processo pois aos poucos podemos transpor as dificuldades de implementaccedilatildeo que se apresentarem

O Marco Conceitual quando conscientemente aplicado pouco a pouco vai mostrando que o fazer fazendo aprendendo e teorizando agrave luz da praacutetica concretiza-se no dia-a-dia da assistecircncia de Enfermagem Enfim conduz ao fazer reflexivo proporcionando satisfaccedilatildeo na Praacutetica Assistencial de Enfermagem tanto para o profissional quanto para o ser humano que estaacute sob seus cuidados

BILBIOGRAFIA

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para a assistecircncia de enfermagem

teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB 2001 paacuteg 5-14

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para p Assistecircncia de Enfermagem teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica Sobre teorias e marco conceitual sua influecircncia na metodologia da assistecircnciaGoiacircniaAB 2001 paacuteg 29-37

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CAPIacuteTULO 3 TEORIAS E METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE TEORIA

11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO

ldquoA unidade baacutesica do pensamento teoacuterico eacute o CONCEITO Os conceitos satildeo palavras que representam a realidade e facilitam a nossa capacidade de comunicaccedilatildeo sobre ela (Webester 1991)rdquo

Os conceitos podem ser

EMPIacuteRICOS = sentidos percebidos observados OU

ABSTRATOS = natildeo satildeo observaacuteveis Ex esperanccedila infinito

ldquoTodos os conceitos tornam-se abstraccedilotildees na ausecircncia do objetordquo

TEORIAS

Conjunto de conceitos inter-relacionados definiccedilotildees e proposiccedilotildees que apresentam uma forma sistemaacutetica de ver fatoseventos pela especificaccedilatildeo das relaccedilotildees entre as variaacuteveis com a finalidade de explicar ou prever o fatoevento (Kerlinger 1973)

12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA

PRAacuteTICA PESQUISA

TEORIA E CONCEITOS

13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA

Caracteriacutesticas de uma teoria segundo Torres 1990

1 as teorias podem inter-relacionar conceitos de tal forma que criem uma nova maneira de ver determinado fenocircmeno

2 as teorias devem ser de natureza loacutegica

3 as teorias devem ser relativamente simples e ainda generalizaacuteveis

4 as teorias podem ser as bases para as hipoacuteteses serem testadas ou para a teoria ser expandida

5 as teorias contribuem para o aumento do corpo de conhecimentos gerais da disciplina atraveacutes da pesquisa implementada para validaacute-las

6 as teorias podem ser utilizadas por profissionais para orientar e melhorar a sua praacutetica

7 as teorias devem ser consistentes com outras teorias validadas leia e princiacutepios mas devem deixar abertas as questotildees natildeo-respondidas que devem ser investigadas

2 AS TEORIAS DE ENFERMAGEM ENFATIZAM QUATRO CONCEITOS

A PESSOA pode representar um indiviacuteduo uma famiacutelia uma comunidade ou toda humanidade Eacute aquele que recebe o cuidado de enfermagem

A SAUacuteDE representa um estado de bem-estar decidido mutuamente pelo cliente e enfermeiro

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O AMBIENTE pode representar os arredores imediatos a comunidade ou o universo com tudo que conteacutem

A ENFERMAGEM eacute a ciecircncia e a arte da disciplina

3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM

Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM

Esclareccedilo que para a composiccedilatildeo desse material transcrevi na iacutentegra os textos produzidos pelas autoras citadas na referecircncia bibliograacutefica

Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos

Quadro 1 Caracteriacutesticas gerais das teorias de enfermagem

CATEGORIAS DE TEORIAS

CARACTERIacuteSTICATEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM

1NECESSIDADES PROBLEMAS

Enfocam as necessidades e os problemas que os clientes tecircm buscando preenchecirc-los ou corrigi-los utilizando o Processo de Enfermagem

Nightingale Abdellah Henderson Orem Hall Watson Horta2SISTEMAS Sugerem que o homem eacute composto de muitas partes ou subsistemas que quando

juntos satildeo mais e diferentes do que sua soma Johnson Roy Beth Newman Levine Leininger

3INTERACcedilAtildeO Enfocam o processo de comunicaccedilatildeo no preenchimento das necessidades do cliente Peplau Orlando Wiedenbach King Paterson e Zderad Erickson Tomlin e

Sawai Boykin e Schoenhofer4CAMPO DE ENERGIA

Acreditam que as pessoas satildeo campo de energia em constante interaccedilatildeo com o seu ambiente ou com o universo

Rogers Parse Margareth Newman

Fonte GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional

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Paradigma modelo ou conjunto baacutesico de crenccedilas que orientam a accedilatildeo a investigaccedilatildeo da disciplinada

Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

1NECESSIDADESPROBLEMAS

DOROTHEA E OREM

Autocuidado

1971

A Enfermagem eacute necessaacuteria sempre que a manutenccedilatildeo contiacutenua do autocuidado requer o uso de teacutecnicas especiais e a aplicaccedilatildeo de conhecimentos cientiacuteficos para prover o cuidado ou administraacute-lo

Teoria de Kortabisnk da accedilatildeo eficiente 1965Teoria da accedilatildeo social de Parson 1968

WANDA DE AGUIAR HORTA

Necessidades Humanas Baacutesicas

1979

A Enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrio em equiliacutebrio pela assistecircncia do ser humano em suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Teoria da motivaccedilatildeo Humana de Maslow (necessidades humanas baacutesicas)Lei da homeostase e do holismo

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

2SISTEMAS

MADELEINE M LEININGER

Teoria de enfermagem transcultural1985

A Enfermagem eacute uma profissatildeo humaniacutestica e cientiacutefica que eacute apreendida e focalizada no fenocircmeno do cuidado humano e em atividades que propiciem assistecircncia suporte facilitaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo a indiviacuteduos grupos para manter ou reaver o seu bem-estar de uma forma culturalmente significativa e satisfatoacuteria

SociologiaAntropologia cultural

MYRA ESTRIN LEVINE

Holiacutestica1969

A accedilatildeo da Enfermagem estaacute baseada no cuidado total da pessoa e assim sendo na conservaccedilatildeo dos princiacutepios de energia integridade estrutural pessoal e social Todos tecircm como postulado a integridade e unidade do indiviacuteduo

BiologiaPsicologiaSociologia

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

3INTERACcedilAtildeO

IMOGENE M KING

Alcance dos objetivos19711981

A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo humana entre enfermeira e cliente atraveacutes do qual um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo eles fixam os objetivos exploram os recursos concordam sobre meios para o alcanccedilarem os objetivos Eacute um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo interaccedilatildeo transaccedilatildeo

Teoria de SistemasSistemas pessoais interpessoais e sociaisPsicologiaTeorias sociais

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

Teoria do Papel modelagem

Concebem essa teoria para compreender o modo como clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

Teorias de Erckson Maslow Selyee Engel e piaget

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

4CAMPO DE ENERGIA

MARTHA E ROGERS

Martha Rogers1970

A ciecircncia da Enfermagem eacute dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direccedilatildeo de seu desenvolvimento A Enfermagem eacute uma ciecircncia humaniacutestica dedicada a um interesse compassivo para manter e promover a maacutexima potencialidade de sauacutede do homem que eacute um todo unificado

FisiologiaBiologiaPsicologiaAntropologiaSociologia

MARGARET NEWMAN

1989

A Enfermagem natildeo eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o proacuteprio poder atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

Idem

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

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tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

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COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

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Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 7: Apostila sae para_e-mail

Um modelo eacute uma abstraccedilatildeo da realidade um modo de visualizar a realidade facilitando o raciociacutenio Um modelo conceitual mostra-nos como vaacuterios conceitos satildeo inter-relacionados e aplica teorias que predizem ou avaliam consequumlecircncias de accedilotildees alternativas (Leddy e Pepper 1993)

Fawcett (1992) salienta a utilidade dos modelos conceituais para a organizaccedilatildeo do pensamento da observaccedilatildeo e da interpretaccedilatildeo do que se vecirc Eles tambeacutem provecircem uma estrutura sistematizada e racional para o desenvolvimento das atividades

Modelos de Enfermagem incluem conceitos de ser humano Enfermagem sauacutede-doenccedila e ambiente (Fitzpatrick e Whall 1983 Fawcett 1992)

Na Enfermagem ou mesmo em outra aacuterea do conhecimento agimos de acordo com um meacutetodo seguimos um modelo mesmo que dinacircmica e inconscientemente Se prestarmos atenccedilatildeo agrave nossa rotina observaremos que na maioria das vezes agimos de maneira semelhante todos os dias repetindo accedilotildees desde a mais simples ateacute a mais complexa E temos um motivo para isso realizamos as atividades pautadas em conhecimentos empiacutericas aprendidas no dia-a-dia com rotinas preestabelecidas ou embasados cientificamente e as repetimos cada vez que agimos Muitas vezes fazemos isto sem refletir a respeito sem procurar modos mais eficientes sem buscar a atualizaccedilatildeo do conhecimento sem nos lembrarmos da velocidade e do dinamismo com que o conhecimento avanccedila na atualidade

Este meacutetodo de que lanccedilamos matildeo visa organizar e direcionar nosso desempenho embora num primeiro momento possa parecer complexo apoacutes estarmos familiarizados com este processo ele passa a facilitar nosso trabalho assegurando maior qualidade agrave assistecircncia prestada

Segundo Pollit e Hungler (1995) o meacutetodo cientiacutefico combina aspectos do raciociacutenio loacutegico com outros para criar um sistema de soluccedilatildeo de problemas que embora faliacutevel eacute mais confiaacutevel do que a tradiccedilatildeo a autoridade a experiecircncia ou a tentativa e erro por si soacutes

Assim um modelo de assistecircncia embasado cientificamente conduz-nos ao fazer reflexivo a estar sempre buscando a melhoria da assistecircncia prestada Leva-nos a refletir que Enfermagem eacute esta que estou desenvolvendo Quem eacute o ser humano que estou assistindo O que eacute o processo sauacutede-doenccedila a que o ser humano estaacute exposto E o meio ambiente o que eacute

Os modelos de assistecircncia nos auxiliam a perceber que praticar Enfermagem natildeo eacute simplesmente uma ordenaccedilatildeo de procedimentos mais ou menos constantes dependendo da situaccedilatildeo Ela eacute um processo dinacircmico mutaacutevel e criativo mas nem por isso deixa de ser um processo conheciacutevel objetivo programaacutevel e decifraacutevel Desta forma quanto mais claro estiver o referencial teoacuterico do modelo aplicado maior seraacute a seguranccedila e a realizaccedilatildeo profissional do Enfermeiro maior seraacute o direcionamento da equipe de Enfermagem culminando com uma assistecircncia de Enfermagem adequada agraves necessidades apresentadas pelo ser humano assistido

Por outro lado a qualidade da Assistecircncia de Enfermagem prestada depende da equipe liderada e coordenada pelo Enfermeiro Os modelos de assistecircncia instrumentalizam o planejamento cientiacutefico e sistematizado das accedilotildees a serem desenvolvidas pelos integrantes da Equipe de Enfermagem oferecendo suporte e direcionando o desempenho das atividades Contribuem para a credibilidade e visibilidade da Enfermagem

O desenvolvimento da profissatildeo de Enfermagem atraveacutes dos tempos ainda natildeo alcanccedilou sua maturidade Continua crescendo e desenvolvendo-se a fim de ampliar as esferas de serviccedilos e praacuteticas profissionais aumentando suas responsabilidades Sem duacutevidas a cada dia a Enfermagem se supera criando agregando novos conhecimentos e indo aleacutem na certeza de que eacute uma Ciecircncia e uma e Arte inacabada e crescente

Refletindo

Para praticar enfermagem necessitamos

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Conhecer e prosseguir conhecendo os fundamentos e avanccedilos da profissatildeo

Ter clareza sobre a fonte de onde esta praacutetica se origina

Reconhecer as premissas e conceitos do modelo eleito para prestar assistecircncia

Estar atentos aos aspectos teoacutericos praacuteticos e eacutetico-morais da profissatildeo

Ser coerentes entre a necessidade e a finalidade da assistecircncia

Ser coerentes entre no que pensamos falamos e fazemos Saber avaliar e retro-alimentar nossa praacutetica

Ter bom senso para usar a cabeccedila o coraccedilatildeo e as matildeos Conciliar ciecircncia alma e habilidade

Ser artistas e ao mesmo tempo cientistas

Para praticara arte da enfermagem necessitamos (Buscaglia 1972)

Tempo

Compreensatildeo da arte

Sensibilidade para utilizar o material necessaacuterio

Extrema paciecircncia enquanto aprendemos as habilidades baacutesicas

Praticar a arte da Enfermagem inclui o desejo de

Experimentar fracassar arriscar Conhecer frustraccedilatildeo e mesmo o

desespero Antes de poder abandonar teacutecnicas aprendidas mecanicamente

Projetar-se plenamente na proacutepria criaccedilatildeo

2 TEORIAS E MARCO CONCEITUAL SUA INFLUEcircNCIA NA METODOLOGIA DA ASSISTEcircNCIA

Teima Elisa Carraro

A histoacuteria registra que a Enfermagem preacute-nightingaleana era desenvolvida sem um referencial que as pessoas que a exerciam natildeo eram preparadas para tal e ainda que seu resultado deixava muito a desejar

A partir da vivecircncia de Nightingale a Enfermagem passa a ser denominada cientiacutefica passando a apresentar um modelo de assistecircncia por ela desenvolvido e implementado

As crenccedilas de Nightingale a respeito da Enfermagem o que eacute e o que natildeo eacute formam o fundamento do que escreveu em suas Notas sobre EnfermagemrdquoSua contribuiccedilatildeo ao desenvolvimento das teorias estaacute em explicar o campo de accedilatildeo da Enfermagem como a relaccedilatildeo pacientemeio ambiente e em iniciar as anaacutelises estatiacutesticas para a sauacutede e a Enfermagem profissional (Choi 1989)

Sua educaccedilatildeo meticulosa vinda de seu pai um homem culto formado em Cambridge e Edimburgo era pouco comum para uma mulher do seacuteculo XIX Estudou latim grego liacutenguas modernas artes matemaacutetica e estatiacutestica filosofia histoacuteria e religiatildeo Sua educaccedilatildeo e os acontecimentos da eacutepoca estimularam seu pensamento criacutetico levando-a a interessar-se por poliacutetica economia governo liberdade condiccedilotildees sociais e instituiccedilotildees Leu e citou em

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seus escritos Platatildeo Dante Mill Bacon Locke Newton Kant Hegel Comte e Satildeo Joatildeo Por outro lado era tiacutemida e espiritualista Acreditava que servindo ao homem estava servindo a Deus o que a impulsionava a fazer seu caminho a ser independente a buscar uma profissatildeo para utilizar sua capacidade (Carraro 1999) Esta educaccedilatildeo influenciou seu pensamento e sua concepccedilatildeo da Enfermagem como ciecircncia e arte subsidiando e determinando a praacutetica da profissatildeo

Nightingale deixou-nos suas concepccedilotildees registradas em I47 livros e panfletos Sua correspondecircncia pessoal tambeacutem foi volumosa Em 1859 publicou dois de seus Best-Known Notes on Hospitais e Notes um Nursing livros que abriram uma nova eacutepoca na reforma e no cuidado com a sauacutede (Schuyler 1992) No entanto a Enfermagem tem apresentado dificuldades em seguir seu exemplo no tocante a teorizar escrever e publicar ideacuteias e realizaccedilotildees

A fundamentaccedilatildeo teoacuterica e a vivecircncia de Nightingale influenciaram seus escritos e ainda estatildeo presentes em muitas teorias de Enfermagem mais recentes Este eacute um elo importante entre a Enfermagem Ciecircncia e Arte de Florence Nightingale e a Enfermagem atual Em sua visatildeo e saber incluem-se insight e valores antigos que se relacionam com a teoria do cuidado humano atual teoria que uma vez mais guia a educaccedilatildeo de Enfermagem a praacutetica e a investigaccedilatildeo cliacutenica que se baseia no cuidado como um ideal moral teoria que permeia o espiritual o transcendente o todo enquanto atende o ser e fazer totalmente integrados A visatildeo e saber de Nightingale incluem a visatildeo e a imagem de totalidade beleza e harmonia de vida um sentido de uniatildeo de todos os seres vivos (Watson 1992)

1 Das Teorias de Enfermagem

O interesse pelo desenvolvimento de Teorias de Enfermagem surgiu por duas razotildees Primeiramente as enfermeiras perceberam que o desenvolvimento de teorias era um meio de estabelecer a Enfermagem como profissatildeo aleacutem de ser inerente a um antigo interesse em definir um corpo de conhecimentos especiacuteficos da Enfermagem Em segundo lugar os teoacutericos estavam motivados pelo valor intriacutenseco das teorias para a Enfermagem e pela importacircncia do crescimento e enriquecimento da teoria para a Enfermagem em si mesma (Choi 1989)

Com o passar dos tempos na busca de maiores subsiacutedios para a atuaccedilatildeo de Enfermagem surgiram novas teorias e novos modelos de assistecircncia inicialmente nos Estados Unidos onde esta preocupaccedilatildeo tomou forccedila com o surgimento dos cursos de mestrado em Enfermagem expandindo-se depois para outros paiacuteses

No Brasil em 1979 Wanda de Aguiar Horta publica sua teoria baseada na Teoria das Necessidades Humanas Baacutesicas de Maslow e a partir daiacute operacionaliza um Processo de Enfermagem Seus escritos foram adotados por grande parte dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem como base para a aprendizagem da Metodologia da Assistecircncia

Considerando-se teoria como um conjunto de princiacutepios fundamentais duma arte ou duma ciecircncia (Ferreira 1993 p 1664) percebe-se de forma crescente a influecircncia das teorias no contexto da Enfermagem brasileira pois sua difusatildeo cada vez mais transparece tanto na sua praacutetica quanto na formaccedilatildeo de profissionais enfermeiros

Teoria de Enfermagem eacute definida por Meleis (1985) como uma construccedilatildeo articulada e comunicada da realidade criada ou descoberta (fenocircmenos centrais e inter-relaccedilotildees) dentro da ou pertinente agrave Enfermagem para os propoacutesitos de descriccedilatildeo explicaccedilatildeo prediccedilatildeo ou prescriccedilatildeo do cuidado de Enfermagem Ainda segundo a autora as teorias de Enfermagem refletem diferentes realidades pois apontam os interesses da Enfermagem na eacutepoca o ambiente sociocultural e as experiecircncias educacionais e vivenciais da teoacuterica Espelham algumas realidades da eacutepoca em que foram concebidas e ajudam a dar forma agraves realidades da eacutepoca atual

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De acordo com Neves e Trentini (1987) a teoria orientada para a praacutetica eacute aquela dirigida para produzir mudanccedilas ou efeitos desejados em determinada condiccedilatildeo ou fenocircmeno Assim as teorias se apresentam como formas de olharcompreender os fenocircmenos da Enfermagem Alguns fenocircmenos satildeo abordados em praticamente todas as teorias de Enfermagem porque representam o centro da sua praacutetica tais como o ser humano o ambiente a sauacutededoenccedila e a Enfermagem Estes fenocircmenos compotildeem uma rede de conceitos que se inter-relacionam e formam uma maneira de ver o mundo da Enfermagem e desenvolver sua praacutetica (Paim et al 1998)

As teorias que hoje temos representam os esforccedilos coletivos e individuais das Enfermeiras para definir e dirigir a profissatildeo e como tal proporcionar a base para um desenvolvimento teoacuterico continuado (Choi 1989)

Ao representar estes esforccedilos as teorias mostram diferentes modos de pensar Enfermagem algumas apontando apenas um aspecto da realidade outras apontando todos os fenocircmenos de interesse da disciplina Vaacuterias teorias utilizadas por Enfermeiros satildeo cedidas por outras disciplinas como as teorias do estresse do enfrentamento do risco da educaccedilatildeo (Fawcett 1995)

Eacute de fundamental importacircncia que os Enfermeiros ao fazerem a opccedilatildeo por uma ou outra teoria considerem a adequaccedilatildeo e a aplicabilidade dela agrave situaccedilatildeo de Enfermagem em que seraacute utilizada

2 Marco Conceitual

Fawcett (1995) enfatiza que os marcos conceituais natildeo satildeo uma realidade nova na Enfermagem existem desde Nightingale (1859) com suas primeiras ideacuteias avanccediladas sobre Enfermagem mesmo que natildeo tenham sido expressas formalmente como marcos

A proliferaccedilatildeo formal dos marcos conceituais de Enfermagem aconteceu concomitante agrave introduccedilatildeo das ideacuteias sobre teorias de Enfermagem ambas com interesse em conceitualizar a Enfermagem como uma disciplina distinta Para Fawcett (1995) o desenvolvimento dos marcos conceituais de Enfermagem foi um importante avanccedilo para a disciplina

No entanto este eacute um tema que vem gerando discussatildeo e mostrando divergecircncias conceituais entre os estudiosos principalmente no que se refere agraves terminologias de marco e modelo teoacuterico e conceitual conforme podemos ver a seguir

Newman (1979) registra que Marco Teoacuterico eacute uma matriz de conceitos que juntos descrevem o foco da investigaccedilatildeo

De acordo com Fawcet (1984 e 1978) Modelo Teoacuterico ou Marco Teoacuterico refere-se a uma teoria ou grupo de teorias que fornecem fundamentos para as hipoacuteteses poliacuteticas e curriacuteculo de uma ciecircncia

Para Neves e Gonccedilalves (1984) Marco Conceitual eacute uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que serve para dirigir o processo da investigaccedilatildeo e da accedilatildeo

Segundo Fawcet (1992) e Botha (1989) Marco Conceitual eacute sinocircnimo de Modelo Conceitual e eacute definido como um conjunto de conceitos e proposiccedilotildees abstratas e gerais intimamente relacionados

Em 1993 Silva e Arruda registram que o Marco de Referecircncia apresenta niacutevel de abstraccedilatildeo de menor complexidade do que os Marcos Conceituais Teorias no que se refere a sua construccedilatildeo teoacuterico-conceitual Tem a finalidade de demarcar o conhecimento em que se apoacuteia servindo de base para as accedilotildees de Enfermagem (Silva e Arruda 1993)

Na compreensatildeo de Wall (2000) o Marco Conceitual eacute um conjunto de elaboraccedilotildees mentais sobre aspectos relacionados ao objeto em estudo Um ponto que serve como forccedila como orientaccedilatildeo Uma proposta da qual queremos nos aproximar

Apesar desta divergecircncia conceitual eacute fundamental que os enfermeiros compreendam que os marcos eou modelos (Marco Conceitual Modelo Conceitual Marco

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Teoacuterico Modelo Teoacuterico) com suas diferenccedilas e semelhanccedilas formam um emaranhado de conceitos inter-relacionados que servem para direcionar as accedilotildees de Enfermagem Podemos dizer que eles iluminam os caminhos da Enfermagem

Em resumo todos os termos utilizados visam aprofundar formas de dirigir a accedilatildeo de Enfermagem pois buscam por meio dos conceitos formalizar uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que fundamente a ciecircncia e consequentemente as accedilotildees de Enfermagem

3 Das Funccedilotildees dos Marcos Conceituais

Os MarcosModelos proporcionam ao profissional a evidecircncia de que ele necessita para embasar suas accedilotildees apontando e justificando por que selecionar um determinado problema para estudo Ajudam na sumarizaccedilatildeo do conhecimento existente na explicaccedilatildeo dos fatos observados e das relaccedilotildees entre eles

De acordo com Neves e Gonccedilalves (1984) o Marco Conceitual contribui na previsatildeo de eventos ateacute entatildeo natildeo-observados e no estabelecimento de relaccedilotildees entre os eventos com base nos princiacutepios explicativos englobados nas teorias

Fawcett (1995) salienta que os marcos direcionam a procura das questotildees sobre o fenocircmeno e sugerem soluccedilotildees para problemas praacuteticos Enfatiza que os marcos conceituais de Enfermagem explicitam orientaccedilotildees filosoacuteficas e pragmaacuteticas para a assistecircncia que somente os Enfermeiros podem oferecer aos pacientes por conhecerem a dimensatildeo total do cuidado o qual eacute diferente daquele realizado por qualquer outro profissional de sauacutede

O marco conceitual constitui uma construccedilatildeo teoacuterica que sustenta a praacutetica de Enfermagem e as decisotildees no processo de assistir o ser humano Ele reflete tambeacutem a maneira de o autor conceber os indicativos assistenciais da Enfermagem (Carraro 1997)

Assim compreendido o Marco Conceitual torna-se uma importante ferramenta para embasar direcionar e clarificar as accedilotildees natildeo apenas do Enfermeiro mas de toda a equipe de Enfermagem Ele serve de base para a proposta e o desenvolvimento da Metodologia de Assistecircncia de Enfermagem a qual deveraacute estar estruturada de forma coerente com seus conceitos

Tem a finalidade de proporcionar o foco que ilumina os caminhos a serem percorridos pelo profissional para atingir seus objetivos assistenciais formando um emaranhado uma teia dentro da qual a assistecircncia os aspectos teoacutericos teacutecnicos e eacuteticos satildeo examinados a fim de tomarem possiacutevel explicar as relaccedilotildees propostas e identificar vazios no conhecimento que necessitam ser revelados para ampliar continuamente as possibilidades de cuidado

4 Da sua Construccedilatildeo

Todos noacutes temos uma imagem pessoal do que seja a praacutetica da Enfermagem Esta imagem influencia nossa interpretaccedilatildeo dos dados decisotildees e accedilotildees Mas pode uma disciplina continuar desenvolvendo-se quando seus membros se sustentam em diferentes imagens Os proponentes dos marcos conceituais para a praacutetica estatildeo procurando fazer uso consciente destas imagens sem o que natildeo poderemos comeccedilar a identificar semelhanccedilas em nossas percepccedilotildees sobre a natureza da praacutetica nem evoluir para conceitos bem ordenados (Reillys citado por Fawcett 1995)

Segundo King (1988) conceitos satildeo abstraccedilotildees que provecircem conhecimento sobre a essecircncia das coisas Um conceito eacute uma imagem mental de uma coisa de uma pessoa ou de um objeto Para Chinn e Jacobs (1982) os conceitos satildeo formulaccedilotildees mentais complexas de um objeto propriedade ou acontecimento originaacuterias das percepccedilotildees e experiecircncias individuais

Os conceitos registram ainda as crenccedilas e valores do autor sobre aquilo que estaacute sendo conceituado Quando os conceitos satildeo inter-relacionados como no caso da Enfermagem eles formam uma base para as accedilotildees seja na pesquisa seja na praacutetica profissional A esta estrutura pode-se chamar marco conceitual (Carratildeo 19)

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A construccedilatildeo de um Marco Conceitual pode partir da praacutetica da conceituaccedilatildeo das imagens privativas do Enfermeiro sobre a praacutetica da Enfermagem vivenciada pelo autor baseada em suas crenccedilas e valores com a busca de subsiacutedios na teoria Nesta forma de construccedilatildeo primeiramente se elaboram os conceitos eleitos registrando-se aquilo em que se acredita sobre cada um deles com leituras releituras e reformulaccedilotildees ateacute que reflitam os pensamentos do autor Pode-se usar a estrateacutegia de discuti-los com a Equipe de Enfermagem eou com outras pessoas Somente apoacutes esta preacutevia estruturaccedilatildeo dos conceitos busca-se uma teoria que venha ao encontro das ideacuteias ali expressas potencializando-as Entatildeo incorporam-se aos conceitos as ideacuteias contidas na teoria

Pode-se tambeacutem partir da teoria Contudo antes de optarmos por uma teoria primeiramente eacute necessaacuterio estudaacute-la procurando compreendecirc-la buscando as relaccedilotildees entre o que ela retrata aquilo em que se acredita e a aplicaccedilatildeo que se pretende fazer Somente apoacutes essa identificaccedilatildeo eacute que deve ser feita a opccedilatildeo por uma determinada teoria Entatildeo alguns dos seus conceitos satildeo escolhidos para embasarem o Marco Conceitual e a praacutetica da Enfermagem

Conveacutem lembrar que a teoria escolhida natildeo necessita ser especificamente de Enfermagem Existe ainda a possibilidade de se usar mais de uma teoria poreacutem com muita cautela pois as concepccedilotildees teoacuterico - filosoacuteficas delas podem ser divergentes comprometendo assim toda a construccedilatildeo do Marco Conceitual e consequentemente a assistecircncia de Enfermagem a ser prestada

A construccedilatildeo de um Marco Conceitual partindo da praacutetica ou partindo da teoria eacute um processo reflexivo que se configura num ir e vir aos conceitos reformulando-os tantas vezes quantas forem necessaacuterias para que estes reflitam o pensamento do seu autor Busca-se ainda a inter-relaccedilatildeo entre os conceitos de tal modo que lendo-se um deles os demais estejam impliacutecitos mostrando forte relaccedilatildeo entre si

Eacute importante ressaltar que independentemente da forma de construccedilatildeo o Marco Conceitual deveraacute contemplar as especificidades da praacutetica a que seraacute aplicado uma vez que ele eacute um instrumento que subsidia a praacutetica da Enfermagem (portanto um meio e natildeo um fim em si mesmo embasando a construccedilatildeo e o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem)

Apoacutes a construccedilatildeo do Marco Conceitual passa-se a sua aplicaccedilatildeo para que deveratildeo ser buscados os elementos de cada conceito as accedilotildees a que cada elemento conduz e a estrateacutegia para desenvolver cada accedilatildeo Esta operacionalizaccedilatildeo pode configurar-se como um mapa da assistecircncia a ser prestada embasando a metodologia de assistecircncia

Como exemplo vai imaginar que ao conceituar-se ser humano esteja registrado que ele eacute singular integral indivisiacutevel e insubstituiacutevel As accedilotildees a que este registro conduz satildeo accedilotildees de humanizaccedilatildeo da assistecircncia e as estrateacutegias poderatildeo ser chamar pelo seu nome envolver sua famiacutelia na assistecircncia ouvir tocar entre outras Se o registro diz que a Enfermagem eacute uma ciecircncia e uma arte as accedilotildees deveratildeo ser de aplicaccedilatildeo tanto do conhecimento cientiacutefico quanto da sensibilidade Imaginaccedilatildeocriatividade e habilidade ao prestar cuidados As estrateacutegias deveratildeo contemplar diaacutelogo observaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas especiacuteficas

Enfim o resultado final da Assistecircncia prestada deveraacute refletir o Marco Conceitual proposto aleacutem de servir para confirmar testar os conceitos formulados ou mesmo dar-lhes novos direcionamentos e ou reconstruccedilotildees

5 Algumas Consideraccedilotildees

A implementaccedilatildeo da praacutetica assistencial embasada num Marco Conceitual proporciona uma perspectiva de assistecircncia sistematizada e singular um embasamento teoacuterico para o desenvolvimento da praacutetica e por meio desta um enriquecimento da teoria num movimento de ir e vir

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No transcorrer da assistecircncia evidenciam-se pontos do Marco Conceitual que a subsidiam Quando se inicia a implementaccedilatildeo da praacutetica subsidiada por um Marco Conceitual pode-se encontrar dificuldades ateacute por uma questatildeo de haacutebito O pensamento se configura mas a accedilatildeo eacute tatildeo automaacutetica que quando percebemos jaacute a executamos natildeo como a pensamos mas como estaacutevamos condicionados a fazer (Carraro 1994 p 119)

Precisamos ter o Marco Conceitual introjetado em noacutes para conseguirmos vencer os haacutebitos anteriores e avanccedilar rumo a uma nova proposta de assistecircncia estando alertas para nossas accedilotildees ateacute para natildeo nos desanimarmos com o processo pois aos poucos podemos transpor as dificuldades de implementaccedilatildeo que se apresentarem

O Marco Conceitual quando conscientemente aplicado pouco a pouco vai mostrando que o fazer fazendo aprendendo e teorizando agrave luz da praacutetica concretiza-se no dia-a-dia da assistecircncia de Enfermagem Enfim conduz ao fazer reflexivo proporcionando satisfaccedilatildeo na Praacutetica Assistencial de Enfermagem tanto para o profissional quanto para o ser humano que estaacute sob seus cuidados

BILBIOGRAFIA

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para a assistecircncia de enfermagem

teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB 2001 paacuteg 5-14

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para p Assistecircncia de Enfermagem teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica Sobre teorias e marco conceitual sua influecircncia na metodologia da assistecircnciaGoiacircniaAB 2001 paacuteg 29-37

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CAPIacuteTULO 3 TEORIAS E METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE TEORIA

11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO

ldquoA unidade baacutesica do pensamento teoacuterico eacute o CONCEITO Os conceitos satildeo palavras que representam a realidade e facilitam a nossa capacidade de comunicaccedilatildeo sobre ela (Webester 1991)rdquo

Os conceitos podem ser

EMPIacuteRICOS = sentidos percebidos observados OU

ABSTRATOS = natildeo satildeo observaacuteveis Ex esperanccedila infinito

ldquoTodos os conceitos tornam-se abstraccedilotildees na ausecircncia do objetordquo

TEORIAS

Conjunto de conceitos inter-relacionados definiccedilotildees e proposiccedilotildees que apresentam uma forma sistemaacutetica de ver fatoseventos pela especificaccedilatildeo das relaccedilotildees entre as variaacuteveis com a finalidade de explicar ou prever o fatoevento (Kerlinger 1973)

12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA

PRAacuteTICA PESQUISA

TEORIA E CONCEITOS

13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA

Caracteriacutesticas de uma teoria segundo Torres 1990

1 as teorias podem inter-relacionar conceitos de tal forma que criem uma nova maneira de ver determinado fenocircmeno

2 as teorias devem ser de natureza loacutegica

3 as teorias devem ser relativamente simples e ainda generalizaacuteveis

4 as teorias podem ser as bases para as hipoacuteteses serem testadas ou para a teoria ser expandida

5 as teorias contribuem para o aumento do corpo de conhecimentos gerais da disciplina atraveacutes da pesquisa implementada para validaacute-las

6 as teorias podem ser utilizadas por profissionais para orientar e melhorar a sua praacutetica

7 as teorias devem ser consistentes com outras teorias validadas leia e princiacutepios mas devem deixar abertas as questotildees natildeo-respondidas que devem ser investigadas

2 AS TEORIAS DE ENFERMAGEM ENFATIZAM QUATRO CONCEITOS

A PESSOA pode representar um indiviacuteduo uma famiacutelia uma comunidade ou toda humanidade Eacute aquele que recebe o cuidado de enfermagem

A SAUacuteDE representa um estado de bem-estar decidido mutuamente pelo cliente e enfermeiro

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O AMBIENTE pode representar os arredores imediatos a comunidade ou o universo com tudo que conteacutem

A ENFERMAGEM eacute a ciecircncia e a arte da disciplina

3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM

Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM

Esclareccedilo que para a composiccedilatildeo desse material transcrevi na iacutentegra os textos produzidos pelas autoras citadas na referecircncia bibliograacutefica

Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos

Quadro 1 Caracteriacutesticas gerais das teorias de enfermagem

CATEGORIAS DE TEORIAS

CARACTERIacuteSTICATEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM

1NECESSIDADES PROBLEMAS

Enfocam as necessidades e os problemas que os clientes tecircm buscando preenchecirc-los ou corrigi-los utilizando o Processo de Enfermagem

Nightingale Abdellah Henderson Orem Hall Watson Horta2SISTEMAS Sugerem que o homem eacute composto de muitas partes ou subsistemas que quando

juntos satildeo mais e diferentes do que sua soma Johnson Roy Beth Newman Levine Leininger

3INTERACcedilAtildeO Enfocam o processo de comunicaccedilatildeo no preenchimento das necessidades do cliente Peplau Orlando Wiedenbach King Paterson e Zderad Erickson Tomlin e

Sawai Boykin e Schoenhofer4CAMPO DE ENERGIA

Acreditam que as pessoas satildeo campo de energia em constante interaccedilatildeo com o seu ambiente ou com o universo

Rogers Parse Margareth Newman

Fonte GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional

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Paradigma modelo ou conjunto baacutesico de crenccedilas que orientam a accedilatildeo a investigaccedilatildeo da disciplinada

Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

1NECESSIDADESPROBLEMAS

DOROTHEA E OREM

Autocuidado

1971

A Enfermagem eacute necessaacuteria sempre que a manutenccedilatildeo contiacutenua do autocuidado requer o uso de teacutecnicas especiais e a aplicaccedilatildeo de conhecimentos cientiacuteficos para prover o cuidado ou administraacute-lo

Teoria de Kortabisnk da accedilatildeo eficiente 1965Teoria da accedilatildeo social de Parson 1968

WANDA DE AGUIAR HORTA

Necessidades Humanas Baacutesicas

1979

A Enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrio em equiliacutebrio pela assistecircncia do ser humano em suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Teoria da motivaccedilatildeo Humana de Maslow (necessidades humanas baacutesicas)Lei da homeostase e do holismo

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

2SISTEMAS

MADELEINE M LEININGER

Teoria de enfermagem transcultural1985

A Enfermagem eacute uma profissatildeo humaniacutestica e cientiacutefica que eacute apreendida e focalizada no fenocircmeno do cuidado humano e em atividades que propiciem assistecircncia suporte facilitaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo a indiviacuteduos grupos para manter ou reaver o seu bem-estar de uma forma culturalmente significativa e satisfatoacuteria

SociologiaAntropologia cultural

MYRA ESTRIN LEVINE

Holiacutestica1969

A accedilatildeo da Enfermagem estaacute baseada no cuidado total da pessoa e assim sendo na conservaccedilatildeo dos princiacutepios de energia integridade estrutural pessoal e social Todos tecircm como postulado a integridade e unidade do indiviacuteduo

BiologiaPsicologiaSociologia

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

3INTERACcedilAtildeO

IMOGENE M KING

Alcance dos objetivos19711981

A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo humana entre enfermeira e cliente atraveacutes do qual um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo eles fixam os objetivos exploram os recursos concordam sobre meios para o alcanccedilarem os objetivos Eacute um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo interaccedilatildeo transaccedilatildeo

Teoria de SistemasSistemas pessoais interpessoais e sociaisPsicologiaTeorias sociais

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

Teoria do Papel modelagem

Concebem essa teoria para compreender o modo como clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

Teorias de Erckson Maslow Selyee Engel e piaget

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

4CAMPO DE ENERGIA

MARTHA E ROGERS

Martha Rogers1970

A ciecircncia da Enfermagem eacute dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direccedilatildeo de seu desenvolvimento A Enfermagem eacute uma ciecircncia humaniacutestica dedicada a um interesse compassivo para manter e promover a maacutexima potencialidade de sauacutede do homem que eacute um todo unificado

FisiologiaBiologiaPsicologiaAntropologiaSociologia

MARGARET NEWMAN

1989

A Enfermagem natildeo eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o proacuteprio poder atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

Idem

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

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tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

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Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
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Conhecer e prosseguir conhecendo os fundamentos e avanccedilos da profissatildeo

Ter clareza sobre a fonte de onde esta praacutetica se origina

Reconhecer as premissas e conceitos do modelo eleito para prestar assistecircncia

Estar atentos aos aspectos teoacutericos praacuteticos e eacutetico-morais da profissatildeo

Ser coerentes entre a necessidade e a finalidade da assistecircncia

Ser coerentes entre no que pensamos falamos e fazemos Saber avaliar e retro-alimentar nossa praacutetica

Ter bom senso para usar a cabeccedila o coraccedilatildeo e as matildeos Conciliar ciecircncia alma e habilidade

Ser artistas e ao mesmo tempo cientistas

Para praticara arte da enfermagem necessitamos (Buscaglia 1972)

Tempo

Compreensatildeo da arte

Sensibilidade para utilizar o material necessaacuterio

Extrema paciecircncia enquanto aprendemos as habilidades baacutesicas

Praticar a arte da Enfermagem inclui o desejo de

Experimentar fracassar arriscar Conhecer frustraccedilatildeo e mesmo o

desespero Antes de poder abandonar teacutecnicas aprendidas mecanicamente

Projetar-se plenamente na proacutepria criaccedilatildeo

2 TEORIAS E MARCO CONCEITUAL SUA INFLUEcircNCIA NA METODOLOGIA DA ASSISTEcircNCIA

Teima Elisa Carraro

A histoacuteria registra que a Enfermagem preacute-nightingaleana era desenvolvida sem um referencial que as pessoas que a exerciam natildeo eram preparadas para tal e ainda que seu resultado deixava muito a desejar

A partir da vivecircncia de Nightingale a Enfermagem passa a ser denominada cientiacutefica passando a apresentar um modelo de assistecircncia por ela desenvolvido e implementado

As crenccedilas de Nightingale a respeito da Enfermagem o que eacute e o que natildeo eacute formam o fundamento do que escreveu em suas Notas sobre EnfermagemrdquoSua contribuiccedilatildeo ao desenvolvimento das teorias estaacute em explicar o campo de accedilatildeo da Enfermagem como a relaccedilatildeo pacientemeio ambiente e em iniciar as anaacutelises estatiacutesticas para a sauacutede e a Enfermagem profissional (Choi 1989)

Sua educaccedilatildeo meticulosa vinda de seu pai um homem culto formado em Cambridge e Edimburgo era pouco comum para uma mulher do seacuteculo XIX Estudou latim grego liacutenguas modernas artes matemaacutetica e estatiacutestica filosofia histoacuteria e religiatildeo Sua educaccedilatildeo e os acontecimentos da eacutepoca estimularam seu pensamento criacutetico levando-a a interessar-se por poliacutetica economia governo liberdade condiccedilotildees sociais e instituiccedilotildees Leu e citou em

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seus escritos Platatildeo Dante Mill Bacon Locke Newton Kant Hegel Comte e Satildeo Joatildeo Por outro lado era tiacutemida e espiritualista Acreditava que servindo ao homem estava servindo a Deus o que a impulsionava a fazer seu caminho a ser independente a buscar uma profissatildeo para utilizar sua capacidade (Carraro 1999) Esta educaccedilatildeo influenciou seu pensamento e sua concepccedilatildeo da Enfermagem como ciecircncia e arte subsidiando e determinando a praacutetica da profissatildeo

Nightingale deixou-nos suas concepccedilotildees registradas em I47 livros e panfletos Sua correspondecircncia pessoal tambeacutem foi volumosa Em 1859 publicou dois de seus Best-Known Notes on Hospitais e Notes um Nursing livros que abriram uma nova eacutepoca na reforma e no cuidado com a sauacutede (Schuyler 1992) No entanto a Enfermagem tem apresentado dificuldades em seguir seu exemplo no tocante a teorizar escrever e publicar ideacuteias e realizaccedilotildees

A fundamentaccedilatildeo teoacuterica e a vivecircncia de Nightingale influenciaram seus escritos e ainda estatildeo presentes em muitas teorias de Enfermagem mais recentes Este eacute um elo importante entre a Enfermagem Ciecircncia e Arte de Florence Nightingale e a Enfermagem atual Em sua visatildeo e saber incluem-se insight e valores antigos que se relacionam com a teoria do cuidado humano atual teoria que uma vez mais guia a educaccedilatildeo de Enfermagem a praacutetica e a investigaccedilatildeo cliacutenica que se baseia no cuidado como um ideal moral teoria que permeia o espiritual o transcendente o todo enquanto atende o ser e fazer totalmente integrados A visatildeo e saber de Nightingale incluem a visatildeo e a imagem de totalidade beleza e harmonia de vida um sentido de uniatildeo de todos os seres vivos (Watson 1992)

1 Das Teorias de Enfermagem

O interesse pelo desenvolvimento de Teorias de Enfermagem surgiu por duas razotildees Primeiramente as enfermeiras perceberam que o desenvolvimento de teorias era um meio de estabelecer a Enfermagem como profissatildeo aleacutem de ser inerente a um antigo interesse em definir um corpo de conhecimentos especiacuteficos da Enfermagem Em segundo lugar os teoacutericos estavam motivados pelo valor intriacutenseco das teorias para a Enfermagem e pela importacircncia do crescimento e enriquecimento da teoria para a Enfermagem em si mesma (Choi 1989)

Com o passar dos tempos na busca de maiores subsiacutedios para a atuaccedilatildeo de Enfermagem surgiram novas teorias e novos modelos de assistecircncia inicialmente nos Estados Unidos onde esta preocupaccedilatildeo tomou forccedila com o surgimento dos cursos de mestrado em Enfermagem expandindo-se depois para outros paiacuteses

No Brasil em 1979 Wanda de Aguiar Horta publica sua teoria baseada na Teoria das Necessidades Humanas Baacutesicas de Maslow e a partir daiacute operacionaliza um Processo de Enfermagem Seus escritos foram adotados por grande parte dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem como base para a aprendizagem da Metodologia da Assistecircncia

Considerando-se teoria como um conjunto de princiacutepios fundamentais duma arte ou duma ciecircncia (Ferreira 1993 p 1664) percebe-se de forma crescente a influecircncia das teorias no contexto da Enfermagem brasileira pois sua difusatildeo cada vez mais transparece tanto na sua praacutetica quanto na formaccedilatildeo de profissionais enfermeiros

Teoria de Enfermagem eacute definida por Meleis (1985) como uma construccedilatildeo articulada e comunicada da realidade criada ou descoberta (fenocircmenos centrais e inter-relaccedilotildees) dentro da ou pertinente agrave Enfermagem para os propoacutesitos de descriccedilatildeo explicaccedilatildeo prediccedilatildeo ou prescriccedilatildeo do cuidado de Enfermagem Ainda segundo a autora as teorias de Enfermagem refletem diferentes realidades pois apontam os interesses da Enfermagem na eacutepoca o ambiente sociocultural e as experiecircncias educacionais e vivenciais da teoacuterica Espelham algumas realidades da eacutepoca em que foram concebidas e ajudam a dar forma agraves realidades da eacutepoca atual

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De acordo com Neves e Trentini (1987) a teoria orientada para a praacutetica eacute aquela dirigida para produzir mudanccedilas ou efeitos desejados em determinada condiccedilatildeo ou fenocircmeno Assim as teorias se apresentam como formas de olharcompreender os fenocircmenos da Enfermagem Alguns fenocircmenos satildeo abordados em praticamente todas as teorias de Enfermagem porque representam o centro da sua praacutetica tais como o ser humano o ambiente a sauacutededoenccedila e a Enfermagem Estes fenocircmenos compotildeem uma rede de conceitos que se inter-relacionam e formam uma maneira de ver o mundo da Enfermagem e desenvolver sua praacutetica (Paim et al 1998)

As teorias que hoje temos representam os esforccedilos coletivos e individuais das Enfermeiras para definir e dirigir a profissatildeo e como tal proporcionar a base para um desenvolvimento teoacuterico continuado (Choi 1989)

Ao representar estes esforccedilos as teorias mostram diferentes modos de pensar Enfermagem algumas apontando apenas um aspecto da realidade outras apontando todos os fenocircmenos de interesse da disciplina Vaacuterias teorias utilizadas por Enfermeiros satildeo cedidas por outras disciplinas como as teorias do estresse do enfrentamento do risco da educaccedilatildeo (Fawcett 1995)

Eacute de fundamental importacircncia que os Enfermeiros ao fazerem a opccedilatildeo por uma ou outra teoria considerem a adequaccedilatildeo e a aplicabilidade dela agrave situaccedilatildeo de Enfermagem em que seraacute utilizada

2 Marco Conceitual

Fawcett (1995) enfatiza que os marcos conceituais natildeo satildeo uma realidade nova na Enfermagem existem desde Nightingale (1859) com suas primeiras ideacuteias avanccediladas sobre Enfermagem mesmo que natildeo tenham sido expressas formalmente como marcos

A proliferaccedilatildeo formal dos marcos conceituais de Enfermagem aconteceu concomitante agrave introduccedilatildeo das ideacuteias sobre teorias de Enfermagem ambas com interesse em conceitualizar a Enfermagem como uma disciplina distinta Para Fawcett (1995) o desenvolvimento dos marcos conceituais de Enfermagem foi um importante avanccedilo para a disciplina

No entanto este eacute um tema que vem gerando discussatildeo e mostrando divergecircncias conceituais entre os estudiosos principalmente no que se refere agraves terminologias de marco e modelo teoacuterico e conceitual conforme podemos ver a seguir

Newman (1979) registra que Marco Teoacuterico eacute uma matriz de conceitos que juntos descrevem o foco da investigaccedilatildeo

De acordo com Fawcet (1984 e 1978) Modelo Teoacuterico ou Marco Teoacuterico refere-se a uma teoria ou grupo de teorias que fornecem fundamentos para as hipoacuteteses poliacuteticas e curriacuteculo de uma ciecircncia

Para Neves e Gonccedilalves (1984) Marco Conceitual eacute uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que serve para dirigir o processo da investigaccedilatildeo e da accedilatildeo

Segundo Fawcet (1992) e Botha (1989) Marco Conceitual eacute sinocircnimo de Modelo Conceitual e eacute definido como um conjunto de conceitos e proposiccedilotildees abstratas e gerais intimamente relacionados

Em 1993 Silva e Arruda registram que o Marco de Referecircncia apresenta niacutevel de abstraccedilatildeo de menor complexidade do que os Marcos Conceituais Teorias no que se refere a sua construccedilatildeo teoacuterico-conceitual Tem a finalidade de demarcar o conhecimento em que se apoacuteia servindo de base para as accedilotildees de Enfermagem (Silva e Arruda 1993)

Na compreensatildeo de Wall (2000) o Marco Conceitual eacute um conjunto de elaboraccedilotildees mentais sobre aspectos relacionados ao objeto em estudo Um ponto que serve como forccedila como orientaccedilatildeo Uma proposta da qual queremos nos aproximar

Apesar desta divergecircncia conceitual eacute fundamental que os enfermeiros compreendam que os marcos eou modelos (Marco Conceitual Modelo Conceitual Marco

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Teoacuterico Modelo Teoacuterico) com suas diferenccedilas e semelhanccedilas formam um emaranhado de conceitos inter-relacionados que servem para direcionar as accedilotildees de Enfermagem Podemos dizer que eles iluminam os caminhos da Enfermagem

Em resumo todos os termos utilizados visam aprofundar formas de dirigir a accedilatildeo de Enfermagem pois buscam por meio dos conceitos formalizar uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que fundamente a ciecircncia e consequentemente as accedilotildees de Enfermagem

3 Das Funccedilotildees dos Marcos Conceituais

Os MarcosModelos proporcionam ao profissional a evidecircncia de que ele necessita para embasar suas accedilotildees apontando e justificando por que selecionar um determinado problema para estudo Ajudam na sumarizaccedilatildeo do conhecimento existente na explicaccedilatildeo dos fatos observados e das relaccedilotildees entre eles

De acordo com Neves e Gonccedilalves (1984) o Marco Conceitual contribui na previsatildeo de eventos ateacute entatildeo natildeo-observados e no estabelecimento de relaccedilotildees entre os eventos com base nos princiacutepios explicativos englobados nas teorias

Fawcett (1995) salienta que os marcos direcionam a procura das questotildees sobre o fenocircmeno e sugerem soluccedilotildees para problemas praacuteticos Enfatiza que os marcos conceituais de Enfermagem explicitam orientaccedilotildees filosoacuteficas e pragmaacuteticas para a assistecircncia que somente os Enfermeiros podem oferecer aos pacientes por conhecerem a dimensatildeo total do cuidado o qual eacute diferente daquele realizado por qualquer outro profissional de sauacutede

O marco conceitual constitui uma construccedilatildeo teoacuterica que sustenta a praacutetica de Enfermagem e as decisotildees no processo de assistir o ser humano Ele reflete tambeacutem a maneira de o autor conceber os indicativos assistenciais da Enfermagem (Carraro 1997)

Assim compreendido o Marco Conceitual torna-se uma importante ferramenta para embasar direcionar e clarificar as accedilotildees natildeo apenas do Enfermeiro mas de toda a equipe de Enfermagem Ele serve de base para a proposta e o desenvolvimento da Metodologia de Assistecircncia de Enfermagem a qual deveraacute estar estruturada de forma coerente com seus conceitos

Tem a finalidade de proporcionar o foco que ilumina os caminhos a serem percorridos pelo profissional para atingir seus objetivos assistenciais formando um emaranhado uma teia dentro da qual a assistecircncia os aspectos teoacutericos teacutecnicos e eacuteticos satildeo examinados a fim de tomarem possiacutevel explicar as relaccedilotildees propostas e identificar vazios no conhecimento que necessitam ser revelados para ampliar continuamente as possibilidades de cuidado

4 Da sua Construccedilatildeo

Todos noacutes temos uma imagem pessoal do que seja a praacutetica da Enfermagem Esta imagem influencia nossa interpretaccedilatildeo dos dados decisotildees e accedilotildees Mas pode uma disciplina continuar desenvolvendo-se quando seus membros se sustentam em diferentes imagens Os proponentes dos marcos conceituais para a praacutetica estatildeo procurando fazer uso consciente destas imagens sem o que natildeo poderemos comeccedilar a identificar semelhanccedilas em nossas percepccedilotildees sobre a natureza da praacutetica nem evoluir para conceitos bem ordenados (Reillys citado por Fawcett 1995)

Segundo King (1988) conceitos satildeo abstraccedilotildees que provecircem conhecimento sobre a essecircncia das coisas Um conceito eacute uma imagem mental de uma coisa de uma pessoa ou de um objeto Para Chinn e Jacobs (1982) os conceitos satildeo formulaccedilotildees mentais complexas de um objeto propriedade ou acontecimento originaacuterias das percepccedilotildees e experiecircncias individuais

Os conceitos registram ainda as crenccedilas e valores do autor sobre aquilo que estaacute sendo conceituado Quando os conceitos satildeo inter-relacionados como no caso da Enfermagem eles formam uma base para as accedilotildees seja na pesquisa seja na praacutetica profissional A esta estrutura pode-se chamar marco conceitual (Carratildeo 19)

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A construccedilatildeo de um Marco Conceitual pode partir da praacutetica da conceituaccedilatildeo das imagens privativas do Enfermeiro sobre a praacutetica da Enfermagem vivenciada pelo autor baseada em suas crenccedilas e valores com a busca de subsiacutedios na teoria Nesta forma de construccedilatildeo primeiramente se elaboram os conceitos eleitos registrando-se aquilo em que se acredita sobre cada um deles com leituras releituras e reformulaccedilotildees ateacute que reflitam os pensamentos do autor Pode-se usar a estrateacutegia de discuti-los com a Equipe de Enfermagem eou com outras pessoas Somente apoacutes esta preacutevia estruturaccedilatildeo dos conceitos busca-se uma teoria que venha ao encontro das ideacuteias ali expressas potencializando-as Entatildeo incorporam-se aos conceitos as ideacuteias contidas na teoria

Pode-se tambeacutem partir da teoria Contudo antes de optarmos por uma teoria primeiramente eacute necessaacuterio estudaacute-la procurando compreendecirc-la buscando as relaccedilotildees entre o que ela retrata aquilo em que se acredita e a aplicaccedilatildeo que se pretende fazer Somente apoacutes essa identificaccedilatildeo eacute que deve ser feita a opccedilatildeo por uma determinada teoria Entatildeo alguns dos seus conceitos satildeo escolhidos para embasarem o Marco Conceitual e a praacutetica da Enfermagem

Conveacutem lembrar que a teoria escolhida natildeo necessita ser especificamente de Enfermagem Existe ainda a possibilidade de se usar mais de uma teoria poreacutem com muita cautela pois as concepccedilotildees teoacuterico - filosoacuteficas delas podem ser divergentes comprometendo assim toda a construccedilatildeo do Marco Conceitual e consequentemente a assistecircncia de Enfermagem a ser prestada

A construccedilatildeo de um Marco Conceitual partindo da praacutetica ou partindo da teoria eacute um processo reflexivo que se configura num ir e vir aos conceitos reformulando-os tantas vezes quantas forem necessaacuterias para que estes reflitam o pensamento do seu autor Busca-se ainda a inter-relaccedilatildeo entre os conceitos de tal modo que lendo-se um deles os demais estejam impliacutecitos mostrando forte relaccedilatildeo entre si

Eacute importante ressaltar que independentemente da forma de construccedilatildeo o Marco Conceitual deveraacute contemplar as especificidades da praacutetica a que seraacute aplicado uma vez que ele eacute um instrumento que subsidia a praacutetica da Enfermagem (portanto um meio e natildeo um fim em si mesmo embasando a construccedilatildeo e o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem)

Apoacutes a construccedilatildeo do Marco Conceitual passa-se a sua aplicaccedilatildeo para que deveratildeo ser buscados os elementos de cada conceito as accedilotildees a que cada elemento conduz e a estrateacutegia para desenvolver cada accedilatildeo Esta operacionalizaccedilatildeo pode configurar-se como um mapa da assistecircncia a ser prestada embasando a metodologia de assistecircncia

Como exemplo vai imaginar que ao conceituar-se ser humano esteja registrado que ele eacute singular integral indivisiacutevel e insubstituiacutevel As accedilotildees a que este registro conduz satildeo accedilotildees de humanizaccedilatildeo da assistecircncia e as estrateacutegias poderatildeo ser chamar pelo seu nome envolver sua famiacutelia na assistecircncia ouvir tocar entre outras Se o registro diz que a Enfermagem eacute uma ciecircncia e uma arte as accedilotildees deveratildeo ser de aplicaccedilatildeo tanto do conhecimento cientiacutefico quanto da sensibilidade Imaginaccedilatildeocriatividade e habilidade ao prestar cuidados As estrateacutegias deveratildeo contemplar diaacutelogo observaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas especiacuteficas

Enfim o resultado final da Assistecircncia prestada deveraacute refletir o Marco Conceitual proposto aleacutem de servir para confirmar testar os conceitos formulados ou mesmo dar-lhes novos direcionamentos e ou reconstruccedilotildees

5 Algumas Consideraccedilotildees

A implementaccedilatildeo da praacutetica assistencial embasada num Marco Conceitual proporciona uma perspectiva de assistecircncia sistematizada e singular um embasamento teoacuterico para o desenvolvimento da praacutetica e por meio desta um enriquecimento da teoria num movimento de ir e vir

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No transcorrer da assistecircncia evidenciam-se pontos do Marco Conceitual que a subsidiam Quando se inicia a implementaccedilatildeo da praacutetica subsidiada por um Marco Conceitual pode-se encontrar dificuldades ateacute por uma questatildeo de haacutebito O pensamento se configura mas a accedilatildeo eacute tatildeo automaacutetica que quando percebemos jaacute a executamos natildeo como a pensamos mas como estaacutevamos condicionados a fazer (Carraro 1994 p 119)

Precisamos ter o Marco Conceitual introjetado em noacutes para conseguirmos vencer os haacutebitos anteriores e avanccedilar rumo a uma nova proposta de assistecircncia estando alertas para nossas accedilotildees ateacute para natildeo nos desanimarmos com o processo pois aos poucos podemos transpor as dificuldades de implementaccedilatildeo que se apresentarem

O Marco Conceitual quando conscientemente aplicado pouco a pouco vai mostrando que o fazer fazendo aprendendo e teorizando agrave luz da praacutetica concretiza-se no dia-a-dia da assistecircncia de Enfermagem Enfim conduz ao fazer reflexivo proporcionando satisfaccedilatildeo na Praacutetica Assistencial de Enfermagem tanto para o profissional quanto para o ser humano que estaacute sob seus cuidados

BILBIOGRAFIA

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para a assistecircncia de enfermagem

teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB 2001 paacuteg 5-14

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para p Assistecircncia de Enfermagem teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica Sobre teorias e marco conceitual sua influecircncia na metodologia da assistecircnciaGoiacircniaAB 2001 paacuteg 29-37

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CAPIacuteTULO 3 TEORIAS E METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE TEORIA

11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO

ldquoA unidade baacutesica do pensamento teoacuterico eacute o CONCEITO Os conceitos satildeo palavras que representam a realidade e facilitam a nossa capacidade de comunicaccedilatildeo sobre ela (Webester 1991)rdquo

Os conceitos podem ser

EMPIacuteRICOS = sentidos percebidos observados OU

ABSTRATOS = natildeo satildeo observaacuteveis Ex esperanccedila infinito

ldquoTodos os conceitos tornam-se abstraccedilotildees na ausecircncia do objetordquo

TEORIAS

Conjunto de conceitos inter-relacionados definiccedilotildees e proposiccedilotildees que apresentam uma forma sistemaacutetica de ver fatoseventos pela especificaccedilatildeo das relaccedilotildees entre as variaacuteveis com a finalidade de explicar ou prever o fatoevento (Kerlinger 1973)

12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA

PRAacuteTICA PESQUISA

TEORIA E CONCEITOS

13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA

Caracteriacutesticas de uma teoria segundo Torres 1990

1 as teorias podem inter-relacionar conceitos de tal forma que criem uma nova maneira de ver determinado fenocircmeno

2 as teorias devem ser de natureza loacutegica

3 as teorias devem ser relativamente simples e ainda generalizaacuteveis

4 as teorias podem ser as bases para as hipoacuteteses serem testadas ou para a teoria ser expandida

5 as teorias contribuem para o aumento do corpo de conhecimentos gerais da disciplina atraveacutes da pesquisa implementada para validaacute-las

6 as teorias podem ser utilizadas por profissionais para orientar e melhorar a sua praacutetica

7 as teorias devem ser consistentes com outras teorias validadas leia e princiacutepios mas devem deixar abertas as questotildees natildeo-respondidas que devem ser investigadas

2 AS TEORIAS DE ENFERMAGEM ENFATIZAM QUATRO CONCEITOS

A PESSOA pode representar um indiviacuteduo uma famiacutelia uma comunidade ou toda humanidade Eacute aquele que recebe o cuidado de enfermagem

A SAUacuteDE representa um estado de bem-estar decidido mutuamente pelo cliente e enfermeiro

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O AMBIENTE pode representar os arredores imediatos a comunidade ou o universo com tudo que conteacutem

A ENFERMAGEM eacute a ciecircncia e a arte da disciplina

3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM

Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM

Esclareccedilo que para a composiccedilatildeo desse material transcrevi na iacutentegra os textos produzidos pelas autoras citadas na referecircncia bibliograacutefica

Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos

Quadro 1 Caracteriacutesticas gerais das teorias de enfermagem

CATEGORIAS DE TEORIAS

CARACTERIacuteSTICATEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM

1NECESSIDADES PROBLEMAS

Enfocam as necessidades e os problemas que os clientes tecircm buscando preenchecirc-los ou corrigi-los utilizando o Processo de Enfermagem

Nightingale Abdellah Henderson Orem Hall Watson Horta2SISTEMAS Sugerem que o homem eacute composto de muitas partes ou subsistemas que quando

juntos satildeo mais e diferentes do que sua soma Johnson Roy Beth Newman Levine Leininger

3INTERACcedilAtildeO Enfocam o processo de comunicaccedilatildeo no preenchimento das necessidades do cliente Peplau Orlando Wiedenbach King Paterson e Zderad Erickson Tomlin e

Sawai Boykin e Schoenhofer4CAMPO DE ENERGIA

Acreditam que as pessoas satildeo campo de energia em constante interaccedilatildeo com o seu ambiente ou com o universo

Rogers Parse Margareth Newman

Fonte GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional

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Paradigma modelo ou conjunto baacutesico de crenccedilas que orientam a accedilatildeo a investigaccedilatildeo da disciplinada

Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

1NECESSIDADESPROBLEMAS

DOROTHEA E OREM

Autocuidado

1971

A Enfermagem eacute necessaacuteria sempre que a manutenccedilatildeo contiacutenua do autocuidado requer o uso de teacutecnicas especiais e a aplicaccedilatildeo de conhecimentos cientiacuteficos para prover o cuidado ou administraacute-lo

Teoria de Kortabisnk da accedilatildeo eficiente 1965Teoria da accedilatildeo social de Parson 1968

WANDA DE AGUIAR HORTA

Necessidades Humanas Baacutesicas

1979

A Enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrio em equiliacutebrio pela assistecircncia do ser humano em suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Teoria da motivaccedilatildeo Humana de Maslow (necessidades humanas baacutesicas)Lei da homeostase e do holismo

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

2SISTEMAS

MADELEINE M LEININGER

Teoria de enfermagem transcultural1985

A Enfermagem eacute uma profissatildeo humaniacutestica e cientiacutefica que eacute apreendida e focalizada no fenocircmeno do cuidado humano e em atividades que propiciem assistecircncia suporte facilitaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo a indiviacuteduos grupos para manter ou reaver o seu bem-estar de uma forma culturalmente significativa e satisfatoacuteria

SociologiaAntropologia cultural

MYRA ESTRIN LEVINE

Holiacutestica1969

A accedilatildeo da Enfermagem estaacute baseada no cuidado total da pessoa e assim sendo na conservaccedilatildeo dos princiacutepios de energia integridade estrutural pessoal e social Todos tecircm como postulado a integridade e unidade do indiviacuteduo

BiologiaPsicologiaSociologia

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

3INTERACcedilAtildeO

IMOGENE M KING

Alcance dos objetivos19711981

A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo humana entre enfermeira e cliente atraveacutes do qual um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo eles fixam os objetivos exploram os recursos concordam sobre meios para o alcanccedilarem os objetivos Eacute um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo interaccedilatildeo transaccedilatildeo

Teoria de SistemasSistemas pessoais interpessoais e sociaisPsicologiaTeorias sociais

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

Teoria do Papel modelagem

Concebem essa teoria para compreender o modo como clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

Teorias de Erckson Maslow Selyee Engel e piaget

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

4CAMPO DE ENERGIA

MARTHA E ROGERS

Martha Rogers1970

A ciecircncia da Enfermagem eacute dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direccedilatildeo de seu desenvolvimento A Enfermagem eacute uma ciecircncia humaniacutestica dedicada a um interesse compassivo para manter e promover a maacutexima potencialidade de sauacutede do homem que eacute um todo unificado

FisiologiaBiologiaPsicologiaAntropologiaSociologia

MARGARET NEWMAN

1989

A Enfermagem natildeo eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o proacuteprio poder atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

Idem

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

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tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

31

Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

33

5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

36

Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 9: Apostila sae para_e-mail

seus escritos Platatildeo Dante Mill Bacon Locke Newton Kant Hegel Comte e Satildeo Joatildeo Por outro lado era tiacutemida e espiritualista Acreditava que servindo ao homem estava servindo a Deus o que a impulsionava a fazer seu caminho a ser independente a buscar uma profissatildeo para utilizar sua capacidade (Carraro 1999) Esta educaccedilatildeo influenciou seu pensamento e sua concepccedilatildeo da Enfermagem como ciecircncia e arte subsidiando e determinando a praacutetica da profissatildeo

Nightingale deixou-nos suas concepccedilotildees registradas em I47 livros e panfletos Sua correspondecircncia pessoal tambeacutem foi volumosa Em 1859 publicou dois de seus Best-Known Notes on Hospitais e Notes um Nursing livros que abriram uma nova eacutepoca na reforma e no cuidado com a sauacutede (Schuyler 1992) No entanto a Enfermagem tem apresentado dificuldades em seguir seu exemplo no tocante a teorizar escrever e publicar ideacuteias e realizaccedilotildees

A fundamentaccedilatildeo teoacuterica e a vivecircncia de Nightingale influenciaram seus escritos e ainda estatildeo presentes em muitas teorias de Enfermagem mais recentes Este eacute um elo importante entre a Enfermagem Ciecircncia e Arte de Florence Nightingale e a Enfermagem atual Em sua visatildeo e saber incluem-se insight e valores antigos que se relacionam com a teoria do cuidado humano atual teoria que uma vez mais guia a educaccedilatildeo de Enfermagem a praacutetica e a investigaccedilatildeo cliacutenica que se baseia no cuidado como um ideal moral teoria que permeia o espiritual o transcendente o todo enquanto atende o ser e fazer totalmente integrados A visatildeo e saber de Nightingale incluem a visatildeo e a imagem de totalidade beleza e harmonia de vida um sentido de uniatildeo de todos os seres vivos (Watson 1992)

1 Das Teorias de Enfermagem

O interesse pelo desenvolvimento de Teorias de Enfermagem surgiu por duas razotildees Primeiramente as enfermeiras perceberam que o desenvolvimento de teorias era um meio de estabelecer a Enfermagem como profissatildeo aleacutem de ser inerente a um antigo interesse em definir um corpo de conhecimentos especiacuteficos da Enfermagem Em segundo lugar os teoacutericos estavam motivados pelo valor intriacutenseco das teorias para a Enfermagem e pela importacircncia do crescimento e enriquecimento da teoria para a Enfermagem em si mesma (Choi 1989)

Com o passar dos tempos na busca de maiores subsiacutedios para a atuaccedilatildeo de Enfermagem surgiram novas teorias e novos modelos de assistecircncia inicialmente nos Estados Unidos onde esta preocupaccedilatildeo tomou forccedila com o surgimento dos cursos de mestrado em Enfermagem expandindo-se depois para outros paiacuteses

No Brasil em 1979 Wanda de Aguiar Horta publica sua teoria baseada na Teoria das Necessidades Humanas Baacutesicas de Maslow e a partir daiacute operacionaliza um Processo de Enfermagem Seus escritos foram adotados por grande parte dos Cursos de Graduaccedilatildeo em Enfermagem como base para a aprendizagem da Metodologia da Assistecircncia

Considerando-se teoria como um conjunto de princiacutepios fundamentais duma arte ou duma ciecircncia (Ferreira 1993 p 1664) percebe-se de forma crescente a influecircncia das teorias no contexto da Enfermagem brasileira pois sua difusatildeo cada vez mais transparece tanto na sua praacutetica quanto na formaccedilatildeo de profissionais enfermeiros

Teoria de Enfermagem eacute definida por Meleis (1985) como uma construccedilatildeo articulada e comunicada da realidade criada ou descoberta (fenocircmenos centrais e inter-relaccedilotildees) dentro da ou pertinente agrave Enfermagem para os propoacutesitos de descriccedilatildeo explicaccedilatildeo prediccedilatildeo ou prescriccedilatildeo do cuidado de Enfermagem Ainda segundo a autora as teorias de Enfermagem refletem diferentes realidades pois apontam os interesses da Enfermagem na eacutepoca o ambiente sociocultural e as experiecircncias educacionais e vivenciais da teoacuterica Espelham algumas realidades da eacutepoca em que foram concebidas e ajudam a dar forma agraves realidades da eacutepoca atual

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De acordo com Neves e Trentini (1987) a teoria orientada para a praacutetica eacute aquela dirigida para produzir mudanccedilas ou efeitos desejados em determinada condiccedilatildeo ou fenocircmeno Assim as teorias se apresentam como formas de olharcompreender os fenocircmenos da Enfermagem Alguns fenocircmenos satildeo abordados em praticamente todas as teorias de Enfermagem porque representam o centro da sua praacutetica tais como o ser humano o ambiente a sauacutededoenccedila e a Enfermagem Estes fenocircmenos compotildeem uma rede de conceitos que se inter-relacionam e formam uma maneira de ver o mundo da Enfermagem e desenvolver sua praacutetica (Paim et al 1998)

As teorias que hoje temos representam os esforccedilos coletivos e individuais das Enfermeiras para definir e dirigir a profissatildeo e como tal proporcionar a base para um desenvolvimento teoacuterico continuado (Choi 1989)

Ao representar estes esforccedilos as teorias mostram diferentes modos de pensar Enfermagem algumas apontando apenas um aspecto da realidade outras apontando todos os fenocircmenos de interesse da disciplina Vaacuterias teorias utilizadas por Enfermeiros satildeo cedidas por outras disciplinas como as teorias do estresse do enfrentamento do risco da educaccedilatildeo (Fawcett 1995)

Eacute de fundamental importacircncia que os Enfermeiros ao fazerem a opccedilatildeo por uma ou outra teoria considerem a adequaccedilatildeo e a aplicabilidade dela agrave situaccedilatildeo de Enfermagem em que seraacute utilizada

2 Marco Conceitual

Fawcett (1995) enfatiza que os marcos conceituais natildeo satildeo uma realidade nova na Enfermagem existem desde Nightingale (1859) com suas primeiras ideacuteias avanccediladas sobre Enfermagem mesmo que natildeo tenham sido expressas formalmente como marcos

A proliferaccedilatildeo formal dos marcos conceituais de Enfermagem aconteceu concomitante agrave introduccedilatildeo das ideacuteias sobre teorias de Enfermagem ambas com interesse em conceitualizar a Enfermagem como uma disciplina distinta Para Fawcett (1995) o desenvolvimento dos marcos conceituais de Enfermagem foi um importante avanccedilo para a disciplina

No entanto este eacute um tema que vem gerando discussatildeo e mostrando divergecircncias conceituais entre os estudiosos principalmente no que se refere agraves terminologias de marco e modelo teoacuterico e conceitual conforme podemos ver a seguir

Newman (1979) registra que Marco Teoacuterico eacute uma matriz de conceitos que juntos descrevem o foco da investigaccedilatildeo

De acordo com Fawcet (1984 e 1978) Modelo Teoacuterico ou Marco Teoacuterico refere-se a uma teoria ou grupo de teorias que fornecem fundamentos para as hipoacuteteses poliacuteticas e curriacuteculo de uma ciecircncia

Para Neves e Gonccedilalves (1984) Marco Conceitual eacute uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que serve para dirigir o processo da investigaccedilatildeo e da accedilatildeo

Segundo Fawcet (1992) e Botha (1989) Marco Conceitual eacute sinocircnimo de Modelo Conceitual e eacute definido como um conjunto de conceitos e proposiccedilotildees abstratas e gerais intimamente relacionados

Em 1993 Silva e Arruda registram que o Marco de Referecircncia apresenta niacutevel de abstraccedilatildeo de menor complexidade do que os Marcos Conceituais Teorias no que se refere a sua construccedilatildeo teoacuterico-conceitual Tem a finalidade de demarcar o conhecimento em que se apoacuteia servindo de base para as accedilotildees de Enfermagem (Silva e Arruda 1993)

Na compreensatildeo de Wall (2000) o Marco Conceitual eacute um conjunto de elaboraccedilotildees mentais sobre aspectos relacionados ao objeto em estudo Um ponto que serve como forccedila como orientaccedilatildeo Uma proposta da qual queremos nos aproximar

Apesar desta divergecircncia conceitual eacute fundamental que os enfermeiros compreendam que os marcos eou modelos (Marco Conceitual Modelo Conceitual Marco

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Teoacuterico Modelo Teoacuterico) com suas diferenccedilas e semelhanccedilas formam um emaranhado de conceitos inter-relacionados que servem para direcionar as accedilotildees de Enfermagem Podemos dizer que eles iluminam os caminhos da Enfermagem

Em resumo todos os termos utilizados visam aprofundar formas de dirigir a accedilatildeo de Enfermagem pois buscam por meio dos conceitos formalizar uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que fundamente a ciecircncia e consequentemente as accedilotildees de Enfermagem

3 Das Funccedilotildees dos Marcos Conceituais

Os MarcosModelos proporcionam ao profissional a evidecircncia de que ele necessita para embasar suas accedilotildees apontando e justificando por que selecionar um determinado problema para estudo Ajudam na sumarizaccedilatildeo do conhecimento existente na explicaccedilatildeo dos fatos observados e das relaccedilotildees entre eles

De acordo com Neves e Gonccedilalves (1984) o Marco Conceitual contribui na previsatildeo de eventos ateacute entatildeo natildeo-observados e no estabelecimento de relaccedilotildees entre os eventos com base nos princiacutepios explicativos englobados nas teorias

Fawcett (1995) salienta que os marcos direcionam a procura das questotildees sobre o fenocircmeno e sugerem soluccedilotildees para problemas praacuteticos Enfatiza que os marcos conceituais de Enfermagem explicitam orientaccedilotildees filosoacuteficas e pragmaacuteticas para a assistecircncia que somente os Enfermeiros podem oferecer aos pacientes por conhecerem a dimensatildeo total do cuidado o qual eacute diferente daquele realizado por qualquer outro profissional de sauacutede

O marco conceitual constitui uma construccedilatildeo teoacuterica que sustenta a praacutetica de Enfermagem e as decisotildees no processo de assistir o ser humano Ele reflete tambeacutem a maneira de o autor conceber os indicativos assistenciais da Enfermagem (Carraro 1997)

Assim compreendido o Marco Conceitual torna-se uma importante ferramenta para embasar direcionar e clarificar as accedilotildees natildeo apenas do Enfermeiro mas de toda a equipe de Enfermagem Ele serve de base para a proposta e o desenvolvimento da Metodologia de Assistecircncia de Enfermagem a qual deveraacute estar estruturada de forma coerente com seus conceitos

Tem a finalidade de proporcionar o foco que ilumina os caminhos a serem percorridos pelo profissional para atingir seus objetivos assistenciais formando um emaranhado uma teia dentro da qual a assistecircncia os aspectos teoacutericos teacutecnicos e eacuteticos satildeo examinados a fim de tomarem possiacutevel explicar as relaccedilotildees propostas e identificar vazios no conhecimento que necessitam ser revelados para ampliar continuamente as possibilidades de cuidado

4 Da sua Construccedilatildeo

Todos noacutes temos uma imagem pessoal do que seja a praacutetica da Enfermagem Esta imagem influencia nossa interpretaccedilatildeo dos dados decisotildees e accedilotildees Mas pode uma disciplina continuar desenvolvendo-se quando seus membros se sustentam em diferentes imagens Os proponentes dos marcos conceituais para a praacutetica estatildeo procurando fazer uso consciente destas imagens sem o que natildeo poderemos comeccedilar a identificar semelhanccedilas em nossas percepccedilotildees sobre a natureza da praacutetica nem evoluir para conceitos bem ordenados (Reillys citado por Fawcett 1995)

Segundo King (1988) conceitos satildeo abstraccedilotildees que provecircem conhecimento sobre a essecircncia das coisas Um conceito eacute uma imagem mental de uma coisa de uma pessoa ou de um objeto Para Chinn e Jacobs (1982) os conceitos satildeo formulaccedilotildees mentais complexas de um objeto propriedade ou acontecimento originaacuterias das percepccedilotildees e experiecircncias individuais

Os conceitos registram ainda as crenccedilas e valores do autor sobre aquilo que estaacute sendo conceituado Quando os conceitos satildeo inter-relacionados como no caso da Enfermagem eles formam uma base para as accedilotildees seja na pesquisa seja na praacutetica profissional A esta estrutura pode-se chamar marco conceitual (Carratildeo 19)

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A construccedilatildeo de um Marco Conceitual pode partir da praacutetica da conceituaccedilatildeo das imagens privativas do Enfermeiro sobre a praacutetica da Enfermagem vivenciada pelo autor baseada em suas crenccedilas e valores com a busca de subsiacutedios na teoria Nesta forma de construccedilatildeo primeiramente se elaboram os conceitos eleitos registrando-se aquilo em que se acredita sobre cada um deles com leituras releituras e reformulaccedilotildees ateacute que reflitam os pensamentos do autor Pode-se usar a estrateacutegia de discuti-los com a Equipe de Enfermagem eou com outras pessoas Somente apoacutes esta preacutevia estruturaccedilatildeo dos conceitos busca-se uma teoria que venha ao encontro das ideacuteias ali expressas potencializando-as Entatildeo incorporam-se aos conceitos as ideacuteias contidas na teoria

Pode-se tambeacutem partir da teoria Contudo antes de optarmos por uma teoria primeiramente eacute necessaacuterio estudaacute-la procurando compreendecirc-la buscando as relaccedilotildees entre o que ela retrata aquilo em que se acredita e a aplicaccedilatildeo que se pretende fazer Somente apoacutes essa identificaccedilatildeo eacute que deve ser feita a opccedilatildeo por uma determinada teoria Entatildeo alguns dos seus conceitos satildeo escolhidos para embasarem o Marco Conceitual e a praacutetica da Enfermagem

Conveacutem lembrar que a teoria escolhida natildeo necessita ser especificamente de Enfermagem Existe ainda a possibilidade de se usar mais de uma teoria poreacutem com muita cautela pois as concepccedilotildees teoacuterico - filosoacuteficas delas podem ser divergentes comprometendo assim toda a construccedilatildeo do Marco Conceitual e consequentemente a assistecircncia de Enfermagem a ser prestada

A construccedilatildeo de um Marco Conceitual partindo da praacutetica ou partindo da teoria eacute um processo reflexivo que se configura num ir e vir aos conceitos reformulando-os tantas vezes quantas forem necessaacuterias para que estes reflitam o pensamento do seu autor Busca-se ainda a inter-relaccedilatildeo entre os conceitos de tal modo que lendo-se um deles os demais estejam impliacutecitos mostrando forte relaccedilatildeo entre si

Eacute importante ressaltar que independentemente da forma de construccedilatildeo o Marco Conceitual deveraacute contemplar as especificidades da praacutetica a que seraacute aplicado uma vez que ele eacute um instrumento que subsidia a praacutetica da Enfermagem (portanto um meio e natildeo um fim em si mesmo embasando a construccedilatildeo e o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem)

Apoacutes a construccedilatildeo do Marco Conceitual passa-se a sua aplicaccedilatildeo para que deveratildeo ser buscados os elementos de cada conceito as accedilotildees a que cada elemento conduz e a estrateacutegia para desenvolver cada accedilatildeo Esta operacionalizaccedilatildeo pode configurar-se como um mapa da assistecircncia a ser prestada embasando a metodologia de assistecircncia

Como exemplo vai imaginar que ao conceituar-se ser humano esteja registrado que ele eacute singular integral indivisiacutevel e insubstituiacutevel As accedilotildees a que este registro conduz satildeo accedilotildees de humanizaccedilatildeo da assistecircncia e as estrateacutegias poderatildeo ser chamar pelo seu nome envolver sua famiacutelia na assistecircncia ouvir tocar entre outras Se o registro diz que a Enfermagem eacute uma ciecircncia e uma arte as accedilotildees deveratildeo ser de aplicaccedilatildeo tanto do conhecimento cientiacutefico quanto da sensibilidade Imaginaccedilatildeocriatividade e habilidade ao prestar cuidados As estrateacutegias deveratildeo contemplar diaacutelogo observaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas especiacuteficas

Enfim o resultado final da Assistecircncia prestada deveraacute refletir o Marco Conceitual proposto aleacutem de servir para confirmar testar os conceitos formulados ou mesmo dar-lhes novos direcionamentos e ou reconstruccedilotildees

5 Algumas Consideraccedilotildees

A implementaccedilatildeo da praacutetica assistencial embasada num Marco Conceitual proporciona uma perspectiva de assistecircncia sistematizada e singular um embasamento teoacuterico para o desenvolvimento da praacutetica e por meio desta um enriquecimento da teoria num movimento de ir e vir

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No transcorrer da assistecircncia evidenciam-se pontos do Marco Conceitual que a subsidiam Quando se inicia a implementaccedilatildeo da praacutetica subsidiada por um Marco Conceitual pode-se encontrar dificuldades ateacute por uma questatildeo de haacutebito O pensamento se configura mas a accedilatildeo eacute tatildeo automaacutetica que quando percebemos jaacute a executamos natildeo como a pensamos mas como estaacutevamos condicionados a fazer (Carraro 1994 p 119)

Precisamos ter o Marco Conceitual introjetado em noacutes para conseguirmos vencer os haacutebitos anteriores e avanccedilar rumo a uma nova proposta de assistecircncia estando alertas para nossas accedilotildees ateacute para natildeo nos desanimarmos com o processo pois aos poucos podemos transpor as dificuldades de implementaccedilatildeo que se apresentarem

O Marco Conceitual quando conscientemente aplicado pouco a pouco vai mostrando que o fazer fazendo aprendendo e teorizando agrave luz da praacutetica concretiza-se no dia-a-dia da assistecircncia de Enfermagem Enfim conduz ao fazer reflexivo proporcionando satisfaccedilatildeo na Praacutetica Assistencial de Enfermagem tanto para o profissional quanto para o ser humano que estaacute sob seus cuidados

BILBIOGRAFIA

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para a assistecircncia de enfermagem

teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB 2001 paacuteg 5-14

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para p Assistecircncia de Enfermagem teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica Sobre teorias e marco conceitual sua influecircncia na metodologia da assistecircnciaGoiacircniaAB 2001 paacuteg 29-37

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CAPIacuteTULO 3 TEORIAS E METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE TEORIA

11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO

ldquoA unidade baacutesica do pensamento teoacuterico eacute o CONCEITO Os conceitos satildeo palavras que representam a realidade e facilitam a nossa capacidade de comunicaccedilatildeo sobre ela (Webester 1991)rdquo

Os conceitos podem ser

EMPIacuteRICOS = sentidos percebidos observados OU

ABSTRATOS = natildeo satildeo observaacuteveis Ex esperanccedila infinito

ldquoTodos os conceitos tornam-se abstraccedilotildees na ausecircncia do objetordquo

TEORIAS

Conjunto de conceitos inter-relacionados definiccedilotildees e proposiccedilotildees que apresentam uma forma sistemaacutetica de ver fatoseventos pela especificaccedilatildeo das relaccedilotildees entre as variaacuteveis com a finalidade de explicar ou prever o fatoevento (Kerlinger 1973)

12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA

PRAacuteTICA PESQUISA

TEORIA E CONCEITOS

13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA

Caracteriacutesticas de uma teoria segundo Torres 1990

1 as teorias podem inter-relacionar conceitos de tal forma que criem uma nova maneira de ver determinado fenocircmeno

2 as teorias devem ser de natureza loacutegica

3 as teorias devem ser relativamente simples e ainda generalizaacuteveis

4 as teorias podem ser as bases para as hipoacuteteses serem testadas ou para a teoria ser expandida

5 as teorias contribuem para o aumento do corpo de conhecimentos gerais da disciplina atraveacutes da pesquisa implementada para validaacute-las

6 as teorias podem ser utilizadas por profissionais para orientar e melhorar a sua praacutetica

7 as teorias devem ser consistentes com outras teorias validadas leia e princiacutepios mas devem deixar abertas as questotildees natildeo-respondidas que devem ser investigadas

2 AS TEORIAS DE ENFERMAGEM ENFATIZAM QUATRO CONCEITOS

A PESSOA pode representar um indiviacuteduo uma famiacutelia uma comunidade ou toda humanidade Eacute aquele que recebe o cuidado de enfermagem

A SAUacuteDE representa um estado de bem-estar decidido mutuamente pelo cliente e enfermeiro

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O AMBIENTE pode representar os arredores imediatos a comunidade ou o universo com tudo que conteacutem

A ENFERMAGEM eacute a ciecircncia e a arte da disciplina

3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM

Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM

Esclareccedilo que para a composiccedilatildeo desse material transcrevi na iacutentegra os textos produzidos pelas autoras citadas na referecircncia bibliograacutefica

Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos

Quadro 1 Caracteriacutesticas gerais das teorias de enfermagem

CATEGORIAS DE TEORIAS

CARACTERIacuteSTICATEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM

1NECESSIDADES PROBLEMAS

Enfocam as necessidades e os problemas que os clientes tecircm buscando preenchecirc-los ou corrigi-los utilizando o Processo de Enfermagem

Nightingale Abdellah Henderson Orem Hall Watson Horta2SISTEMAS Sugerem que o homem eacute composto de muitas partes ou subsistemas que quando

juntos satildeo mais e diferentes do que sua soma Johnson Roy Beth Newman Levine Leininger

3INTERACcedilAtildeO Enfocam o processo de comunicaccedilatildeo no preenchimento das necessidades do cliente Peplau Orlando Wiedenbach King Paterson e Zderad Erickson Tomlin e

Sawai Boykin e Schoenhofer4CAMPO DE ENERGIA

Acreditam que as pessoas satildeo campo de energia em constante interaccedilatildeo com o seu ambiente ou com o universo

Rogers Parse Margareth Newman

Fonte GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional

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Paradigma modelo ou conjunto baacutesico de crenccedilas que orientam a accedilatildeo a investigaccedilatildeo da disciplinada

Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

1NECESSIDADESPROBLEMAS

DOROTHEA E OREM

Autocuidado

1971

A Enfermagem eacute necessaacuteria sempre que a manutenccedilatildeo contiacutenua do autocuidado requer o uso de teacutecnicas especiais e a aplicaccedilatildeo de conhecimentos cientiacuteficos para prover o cuidado ou administraacute-lo

Teoria de Kortabisnk da accedilatildeo eficiente 1965Teoria da accedilatildeo social de Parson 1968

WANDA DE AGUIAR HORTA

Necessidades Humanas Baacutesicas

1979

A Enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrio em equiliacutebrio pela assistecircncia do ser humano em suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Teoria da motivaccedilatildeo Humana de Maslow (necessidades humanas baacutesicas)Lei da homeostase e do holismo

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

2SISTEMAS

MADELEINE M LEININGER

Teoria de enfermagem transcultural1985

A Enfermagem eacute uma profissatildeo humaniacutestica e cientiacutefica que eacute apreendida e focalizada no fenocircmeno do cuidado humano e em atividades que propiciem assistecircncia suporte facilitaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo a indiviacuteduos grupos para manter ou reaver o seu bem-estar de uma forma culturalmente significativa e satisfatoacuteria

SociologiaAntropologia cultural

MYRA ESTRIN LEVINE

Holiacutestica1969

A accedilatildeo da Enfermagem estaacute baseada no cuidado total da pessoa e assim sendo na conservaccedilatildeo dos princiacutepios de energia integridade estrutural pessoal e social Todos tecircm como postulado a integridade e unidade do indiviacuteduo

BiologiaPsicologiaSociologia

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

3INTERACcedilAtildeO

IMOGENE M KING

Alcance dos objetivos19711981

A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo humana entre enfermeira e cliente atraveacutes do qual um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo eles fixam os objetivos exploram os recursos concordam sobre meios para o alcanccedilarem os objetivos Eacute um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo interaccedilatildeo transaccedilatildeo

Teoria de SistemasSistemas pessoais interpessoais e sociaisPsicologiaTeorias sociais

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

Teoria do Papel modelagem

Concebem essa teoria para compreender o modo como clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

Teorias de Erckson Maslow Selyee Engel e piaget

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

4CAMPO DE ENERGIA

MARTHA E ROGERS

Martha Rogers1970

A ciecircncia da Enfermagem eacute dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direccedilatildeo de seu desenvolvimento A Enfermagem eacute uma ciecircncia humaniacutestica dedicada a um interesse compassivo para manter e promover a maacutexima potencialidade de sauacutede do homem que eacute um todo unificado

FisiologiaBiologiaPsicologiaAntropologiaSociologia

MARGARET NEWMAN

1989

A Enfermagem natildeo eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o proacuteprio poder atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

Idem

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

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tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

31

Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

33

5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

35

Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

36

Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

38

7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

41

AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 10: Apostila sae para_e-mail

De acordo com Neves e Trentini (1987) a teoria orientada para a praacutetica eacute aquela dirigida para produzir mudanccedilas ou efeitos desejados em determinada condiccedilatildeo ou fenocircmeno Assim as teorias se apresentam como formas de olharcompreender os fenocircmenos da Enfermagem Alguns fenocircmenos satildeo abordados em praticamente todas as teorias de Enfermagem porque representam o centro da sua praacutetica tais como o ser humano o ambiente a sauacutededoenccedila e a Enfermagem Estes fenocircmenos compotildeem uma rede de conceitos que se inter-relacionam e formam uma maneira de ver o mundo da Enfermagem e desenvolver sua praacutetica (Paim et al 1998)

As teorias que hoje temos representam os esforccedilos coletivos e individuais das Enfermeiras para definir e dirigir a profissatildeo e como tal proporcionar a base para um desenvolvimento teoacuterico continuado (Choi 1989)

Ao representar estes esforccedilos as teorias mostram diferentes modos de pensar Enfermagem algumas apontando apenas um aspecto da realidade outras apontando todos os fenocircmenos de interesse da disciplina Vaacuterias teorias utilizadas por Enfermeiros satildeo cedidas por outras disciplinas como as teorias do estresse do enfrentamento do risco da educaccedilatildeo (Fawcett 1995)

Eacute de fundamental importacircncia que os Enfermeiros ao fazerem a opccedilatildeo por uma ou outra teoria considerem a adequaccedilatildeo e a aplicabilidade dela agrave situaccedilatildeo de Enfermagem em que seraacute utilizada

2 Marco Conceitual

Fawcett (1995) enfatiza que os marcos conceituais natildeo satildeo uma realidade nova na Enfermagem existem desde Nightingale (1859) com suas primeiras ideacuteias avanccediladas sobre Enfermagem mesmo que natildeo tenham sido expressas formalmente como marcos

A proliferaccedilatildeo formal dos marcos conceituais de Enfermagem aconteceu concomitante agrave introduccedilatildeo das ideacuteias sobre teorias de Enfermagem ambas com interesse em conceitualizar a Enfermagem como uma disciplina distinta Para Fawcett (1995) o desenvolvimento dos marcos conceituais de Enfermagem foi um importante avanccedilo para a disciplina

No entanto este eacute um tema que vem gerando discussatildeo e mostrando divergecircncias conceituais entre os estudiosos principalmente no que se refere agraves terminologias de marco e modelo teoacuterico e conceitual conforme podemos ver a seguir

Newman (1979) registra que Marco Teoacuterico eacute uma matriz de conceitos que juntos descrevem o foco da investigaccedilatildeo

De acordo com Fawcet (1984 e 1978) Modelo Teoacuterico ou Marco Teoacuterico refere-se a uma teoria ou grupo de teorias que fornecem fundamentos para as hipoacuteteses poliacuteticas e curriacuteculo de uma ciecircncia

Para Neves e Gonccedilalves (1984) Marco Conceitual eacute uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que serve para dirigir o processo da investigaccedilatildeo e da accedilatildeo

Segundo Fawcet (1992) e Botha (1989) Marco Conceitual eacute sinocircnimo de Modelo Conceitual e eacute definido como um conjunto de conceitos e proposiccedilotildees abstratas e gerais intimamente relacionados

Em 1993 Silva e Arruda registram que o Marco de Referecircncia apresenta niacutevel de abstraccedilatildeo de menor complexidade do que os Marcos Conceituais Teorias no que se refere a sua construccedilatildeo teoacuterico-conceitual Tem a finalidade de demarcar o conhecimento em que se apoacuteia servindo de base para as accedilotildees de Enfermagem (Silva e Arruda 1993)

Na compreensatildeo de Wall (2000) o Marco Conceitual eacute um conjunto de elaboraccedilotildees mentais sobre aspectos relacionados ao objeto em estudo Um ponto que serve como forccedila como orientaccedilatildeo Uma proposta da qual queremos nos aproximar

Apesar desta divergecircncia conceitual eacute fundamental que os enfermeiros compreendam que os marcos eou modelos (Marco Conceitual Modelo Conceitual Marco

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Teoacuterico Modelo Teoacuterico) com suas diferenccedilas e semelhanccedilas formam um emaranhado de conceitos inter-relacionados que servem para direcionar as accedilotildees de Enfermagem Podemos dizer que eles iluminam os caminhos da Enfermagem

Em resumo todos os termos utilizados visam aprofundar formas de dirigir a accedilatildeo de Enfermagem pois buscam por meio dos conceitos formalizar uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que fundamente a ciecircncia e consequentemente as accedilotildees de Enfermagem

3 Das Funccedilotildees dos Marcos Conceituais

Os MarcosModelos proporcionam ao profissional a evidecircncia de que ele necessita para embasar suas accedilotildees apontando e justificando por que selecionar um determinado problema para estudo Ajudam na sumarizaccedilatildeo do conhecimento existente na explicaccedilatildeo dos fatos observados e das relaccedilotildees entre eles

De acordo com Neves e Gonccedilalves (1984) o Marco Conceitual contribui na previsatildeo de eventos ateacute entatildeo natildeo-observados e no estabelecimento de relaccedilotildees entre os eventos com base nos princiacutepios explicativos englobados nas teorias

Fawcett (1995) salienta que os marcos direcionam a procura das questotildees sobre o fenocircmeno e sugerem soluccedilotildees para problemas praacuteticos Enfatiza que os marcos conceituais de Enfermagem explicitam orientaccedilotildees filosoacuteficas e pragmaacuteticas para a assistecircncia que somente os Enfermeiros podem oferecer aos pacientes por conhecerem a dimensatildeo total do cuidado o qual eacute diferente daquele realizado por qualquer outro profissional de sauacutede

O marco conceitual constitui uma construccedilatildeo teoacuterica que sustenta a praacutetica de Enfermagem e as decisotildees no processo de assistir o ser humano Ele reflete tambeacutem a maneira de o autor conceber os indicativos assistenciais da Enfermagem (Carraro 1997)

Assim compreendido o Marco Conceitual torna-se uma importante ferramenta para embasar direcionar e clarificar as accedilotildees natildeo apenas do Enfermeiro mas de toda a equipe de Enfermagem Ele serve de base para a proposta e o desenvolvimento da Metodologia de Assistecircncia de Enfermagem a qual deveraacute estar estruturada de forma coerente com seus conceitos

Tem a finalidade de proporcionar o foco que ilumina os caminhos a serem percorridos pelo profissional para atingir seus objetivos assistenciais formando um emaranhado uma teia dentro da qual a assistecircncia os aspectos teoacutericos teacutecnicos e eacuteticos satildeo examinados a fim de tomarem possiacutevel explicar as relaccedilotildees propostas e identificar vazios no conhecimento que necessitam ser revelados para ampliar continuamente as possibilidades de cuidado

4 Da sua Construccedilatildeo

Todos noacutes temos uma imagem pessoal do que seja a praacutetica da Enfermagem Esta imagem influencia nossa interpretaccedilatildeo dos dados decisotildees e accedilotildees Mas pode uma disciplina continuar desenvolvendo-se quando seus membros se sustentam em diferentes imagens Os proponentes dos marcos conceituais para a praacutetica estatildeo procurando fazer uso consciente destas imagens sem o que natildeo poderemos comeccedilar a identificar semelhanccedilas em nossas percepccedilotildees sobre a natureza da praacutetica nem evoluir para conceitos bem ordenados (Reillys citado por Fawcett 1995)

Segundo King (1988) conceitos satildeo abstraccedilotildees que provecircem conhecimento sobre a essecircncia das coisas Um conceito eacute uma imagem mental de uma coisa de uma pessoa ou de um objeto Para Chinn e Jacobs (1982) os conceitos satildeo formulaccedilotildees mentais complexas de um objeto propriedade ou acontecimento originaacuterias das percepccedilotildees e experiecircncias individuais

Os conceitos registram ainda as crenccedilas e valores do autor sobre aquilo que estaacute sendo conceituado Quando os conceitos satildeo inter-relacionados como no caso da Enfermagem eles formam uma base para as accedilotildees seja na pesquisa seja na praacutetica profissional A esta estrutura pode-se chamar marco conceitual (Carratildeo 19)

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A construccedilatildeo de um Marco Conceitual pode partir da praacutetica da conceituaccedilatildeo das imagens privativas do Enfermeiro sobre a praacutetica da Enfermagem vivenciada pelo autor baseada em suas crenccedilas e valores com a busca de subsiacutedios na teoria Nesta forma de construccedilatildeo primeiramente se elaboram os conceitos eleitos registrando-se aquilo em que se acredita sobre cada um deles com leituras releituras e reformulaccedilotildees ateacute que reflitam os pensamentos do autor Pode-se usar a estrateacutegia de discuti-los com a Equipe de Enfermagem eou com outras pessoas Somente apoacutes esta preacutevia estruturaccedilatildeo dos conceitos busca-se uma teoria que venha ao encontro das ideacuteias ali expressas potencializando-as Entatildeo incorporam-se aos conceitos as ideacuteias contidas na teoria

Pode-se tambeacutem partir da teoria Contudo antes de optarmos por uma teoria primeiramente eacute necessaacuterio estudaacute-la procurando compreendecirc-la buscando as relaccedilotildees entre o que ela retrata aquilo em que se acredita e a aplicaccedilatildeo que se pretende fazer Somente apoacutes essa identificaccedilatildeo eacute que deve ser feita a opccedilatildeo por uma determinada teoria Entatildeo alguns dos seus conceitos satildeo escolhidos para embasarem o Marco Conceitual e a praacutetica da Enfermagem

Conveacutem lembrar que a teoria escolhida natildeo necessita ser especificamente de Enfermagem Existe ainda a possibilidade de se usar mais de uma teoria poreacutem com muita cautela pois as concepccedilotildees teoacuterico - filosoacuteficas delas podem ser divergentes comprometendo assim toda a construccedilatildeo do Marco Conceitual e consequentemente a assistecircncia de Enfermagem a ser prestada

A construccedilatildeo de um Marco Conceitual partindo da praacutetica ou partindo da teoria eacute um processo reflexivo que se configura num ir e vir aos conceitos reformulando-os tantas vezes quantas forem necessaacuterias para que estes reflitam o pensamento do seu autor Busca-se ainda a inter-relaccedilatildeo entre os conceitos de tal modo que lendo-se um deles os demais estejam impliacutecitos mostrando forte relaccedilatildeo entre si

Eacute importante ressaltar que independentemente da forma de construccedilatildeo o Marco Conceitual deveraacute contemplar as especificidades da praacutetica a que seraacute aplicado uma vez que ele eacute um instrumento que subsidia a praacutetica da Enfermagem (portanto um meio e natildeo um fim em si mesmo embasando a construccedilatildeo e o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem)

Apoacutes a construccedilatildeo do Marco Conceitual passa-se a sua aplicaccedilatildeo para que deveratildeo ser buscados os elementos de cada conceito as accedilotildees a que cada elemento conduz e a estrateacutegia para desenvolver cada accedilatildeo Esta operacionalizaccedilatildeo pode configurar-se como um mapa da assistecircncia a ser prestada embasando a metodologia de assistecircncia

Como exemplo vai imaginar que ao conceituar-se ser humano esteja registrado que ele eacute singular integral indivisiacutevel e insubstituiacutevel As accedilotildees a que este registro conduz satildeo accedilotildees de humanizaccedilatildeo da assistecircncia e as estrateacutegias poderatildeo ser chamar pelo seu nome envolver sua famiacutelia na assistecircncia ouvir tocar entre outras Se o registro diz que a Enfermagem eacute uma ciecircncia e uma arte as accedilotildees deveratildeo ser de aplicaccedilatildeo tanto do conhecimento cientiacutefico quanto da sensibilidade Imaginaccedilatildeocriatividade e habilidade ao prestar cuidados As estrateacutegias deveratildeo contemplar diaacutelogo observaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas especiacuteficas

Enfim o resultado final da Assistecircncia prestada deveraacute refletir o Marco Conceitual proposto aleacutem de servir para confirmar testar os conceitos formulados ou mesmo dar-lhes novos direcionamentos e ou reconstruccedilotildees

5 Algumas Consideraccedilotildees

A implementaccedilatildeo da praacutetica assistencial embasada num Marco Conceitual proporciona uma perspectiva de assistecircncia sistematizada e singular um embasamento teoacuterico para o desenvolvimento da praacutetica e por meio desta um enriquecimento da teoria num movimento de ir e vir

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No transcorrer da assistecircncia evidenciam-se pontos do Marco Conceitual que a subsidiam Quando se inicia a implementaccedilatildeo da praacutetica subsidiada por um Marco Conceitual pode-se encontrar dificuldades ateacute por uma questatildeo de haacutebito O pensamento se configura mas a accedilatildeo eacute tatildeo automaacutetica que quando percebemos jaacute a executamos natildeo como a pensamos mas como estaacutevamos condicionados a fazer (Carraro 1994 p 119)

Precisamos ter o Marco Conceitual introjetado em noacutes para conseguirmos vencer os haacutebitos anteriores e avanccedilar rumo a uma nova proposta de assistecircncia estando alertas para nossas accedilotildees ateacute para natildeo nos desanimarmos com o processo pois aos poucos podemos transpor as dificuldades de implementaccedilatildeo que se apresentarem

O Marco Conceitual quando conscientemente aplicado pouco a pouco vai mostrando que o fazer fazendo aprendendo e teorizando agrave luz da praacutetica concretiza-se no dia-a-dia da assistecircncia de Enfermagem Enfim conduz ao fazer reflexivo proporcionando satisfaccedilatildeo na Praacutetica Assistencial de Enfermagem tanto para o profissional quanto para o ser humano que estaacute sob seus cuidados

BILBIOGRAFIA

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para a assistecircncia de enfermagem

teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB 2001 paacuteg 5-14

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para p Assistecircncia de Enfermagem teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica Sobre teorias e marco conceitual sua influecircncia na metodologia da assistecircnciaGoiacircniaAB 2001 paacuteg 29-37

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CAPIacuteTULO 3 TEORIAS E METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE TEORIA

11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO

ldquoA unidade baacutesica do pensamento teoacuterico eacute o CONCEITO Os conceitos satildeo palavras que representam a realidade e facilitam a nossa capacidade de comunicaccedilatildeo sobre ela (Webester 1991)rdquo

Os conceitos podem ser

EMPIacuteRICOS = sentidos percebidos observados OU

ABSTRATOS = natildeo satildeo observaacuteveis Ex esperanccedila infinito

ldquoTodos os conceitos tornam-se abstraccedilotildees na ausecircncia do objetordquo

TEORIAS

Conjunto de conceitos inter-relacionados definiccedilotildees e proposiccedilotildees que apresentam uma forma sistemaacutetica de ver fatoseventos pela especificaccedilatildeo das relaccedilotildees entre as variaacuteveis com a finalidade de explicar ou prever o fatoevento (Kerlinger 1973)

12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA

PRAacuteTICA PESQUISA

TEORIA E CONCEITOS

13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA

Caracteriacutesticas de uma teoria segundo Torres 1990

1 as teorias podem inter-relacionar conceitos de tal forma que criem uma nova maneira de ver determinado fenocircmeno

2 as teorias devem ser de natureza loacutegica

3 as teorias devem ser relativamente simples e ainda generalizaacuteveis

4 as teorias podem ser as bases para as hipoacuteteses serem testadas ou para a teoria ser expandida

5 as teorias contribuem para o aumento do corpo de conhecimentos gerais da disciplina atraveacutes da pesquisa implementada para validaacute-las

6 as teorias podem ser utilizadas por profissionais para orientar e melhorar a sua praacutetica

7 as teorias devem ser consistentes com outras teorias validadas leia e princiacutepios mas devem deixar abertas as questotildees natildeo-respondidas que devem ser investigadas

2 AS TEORIAS DE ENFERMAGEM ENFATIZAM QUATRO CONCEITOS

A PESSOA pode representar um indiviacuteduo uma famiacutelia uma comunidade ou toda humanidade Eacute aquele que recebe o cuidado de enfermagem

A SAUacuteDE representa um estado de bem-estar decidido mutuamente pelo cliente e enfermeiro

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O AMBIENTE pode representar os arredores imediatos a comunidade ou o universo com tudo que conteacutem

A ENFERMAGEM eacute a ciecircncia e a arte da disciplina

3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM

Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM

Esclareccedilo que para a composiccedilatildeo desse material transcrevi na iacutentegra os textos produzidos pelas autoras citadas na referecircncia bibliograacutefica

Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos

Quadro 1 Caracteriacutesticas gerais das teorias de enfermagem

CATEGORIAS DE TEORIAS

CARACTERIacuteSTICATEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM

1NECESSIDADES PROBLEMAS

Enfocam as necessidades e os problemas que os clientes tecircm buscando preenchecirc-los ou corrigi-los utilizando o Processo de Enfermagem

Nightingale Abdellah Henderson Orem Hall Watson Horta2SISTEMAS Sugerem que o homem eacute composto de muitas partes ou subsistemas que quando

juntos satildeo mais e diferentes do que sua soma Johnson Roy Beth Newman Levine Leininger

3INTERACcedilAtildeO Enfocam o processo de comunicaccedilatildeo no preenchimento das necessidades do cliente Peplau Orlando Wiedenbach King Paterson e Zderad Erickson Tomlin e

Sawai Boykin e Schoenhofer4CAMPO DE ENERGIA

Acreditam que as pessoas satildeo campo de energia em constante interaccedilatildeo com o seu ambiente ou com o universo

Rogers Parse Margareth Newman

Fonte GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional

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Paradigma modelo ou conjunto baacutesico de crenccedilas que orientam a accedilatildeo a investigaccedilatildeo da disciplinada

Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

1NECESSIDADESPROBLEMAS

DOROTHEA E OREM

Autocuidado

1971

A Enfermagem eacute necessaacuteria sempre que a manutenccedilatildeo contiacutenua do autocuidado requer o uso de teacutecnicas especiais e a aplicaccedilatildeo de conhecimentos cientiacuteficos para prover o cuidado ou administraacute-lo

Teoria de Kortabisnk da accedilatildeo eficiente 1965Teoria da accedilatildeo social de Parson 1968

WANDA DE AGUIAR HORTA

Necessidades Humanas Baacutesicas

1979

A Enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrio em equiliacutebrio pela assistecircncia do ser humano em suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Teoria da motivaccedilatildeo Humana de Maslow (necessidades humanas baacutesicas)Lei da homeostase e do holismo

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

2SISTEMAS

MADELEINE M LEININGER

Teoria de enfermagem transcultural1985

A Enfermagem eacute uma profissatildeo humaniacutestica e cientiacutefica que eacute apreendida e focalizada no fenocircmeno do cuidado humano e em atividades que propiciem assistecircncia suporte facilitaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo a indiviacuteduos grupos para manter ou reaver o seu bem-estar de uma forma culturalmente significativa e satisfatoacuteria

SociologiaAntropologia cultural

MYRA ESTRIN LEVINE

Holiacutestica1969

A accedilatildeo da Enfermagem estaacute baseada no cuidado total da pessoa e assim sendo na conservaccedilatildeo dos princiacutepios de energia integridade estrutural pessoal e social Todos tecircm como postulado a integridade e unidade do indiviacuteduo

BiologiaPsicologiaSociologia

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

3INTERACcedilAtildeO

IMOGENE M KING

Alcance dos objetivos19711981

A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo humana entre enfermeira e cliente atraveacutes do qual um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo eles fixam os objetivos exploram os recursos concordam sobre meios para o alcanccedilarem os objetivos Eacute um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo interaccedilatildeo transaccedilatildeo

Teoria de SistemasSistemas pessoais interpessoais e sociaisPsicologiaTeorias sociais

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

Teoria do Papel modelagem

Concebem essa teoria para compreender o modo como clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

Teorias de Erckson Maslow Selyee Engel e piaget

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

4CAMPO DE ENERGIA

MARTHA E ROGERS

Martha Rogers1970

A ciecircncia da Enfermagem eacute dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direccedilatildeo de seu desenvolvimento A Enfermagem eacute uma ciecircncia humaniacutestica dedicada a um interesse compassivo para manter e promover a maacutexima potencialidade de sauacutede do homem que eacute um todo unificado

FisiologiaBiologiaPsicologiaAntropologiaSociologia

MARGARET NEWMAN

1989

A Enfermagem natildeo eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o proacuteprio poder atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

Idem

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

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tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

31

Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

33

5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

35

Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

36

Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

38

7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

41

AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 11: Apostila sae para_e-mail

Teoacuterico Modelo Teoacuterico) com suas diferenccedilas e semelhanccedilas formam um emaranhado de conceitos inter-relacionados que servem para direcionar as accedilotildees de Enfermagem Podemos dizer que eles iluminam os caminhos da Enfermagem

Em resumo todos os termos utilizados visam aprofundar formas de dirigir a accedilatildeo de Enfermagem pois buscam por meio dos conceitos formalizar uma construccedilatildeo mentalogicamente organizada que fundamente a ciecircncia e consequentemente as accedilotildees de Enfermagem

3 Das Funccedilotildees dos Marcos Conceituais

Os MarcosModelos proporcionam ao profissional a evidecircncia de que ele necessita para embasar suas accedilotildees apontando e justificando por que selecionar um determinado problema para estudo Ajudam na sumarizaccedilatildeo do conhecimento existente na explicaccedilatildeo dos fatos observados e das relaccedilotildees entre eles

De acordo com Neves e Gonccedilalves (1984) o Marco Conceitual contribui na previsatildeo de eventos ateacute entatildeo natildeo-observados e no estabelecimento de relaccedilotildees entre os eventos com base nos princiacutepios explicativos englobados nas teorias

Fawcett (1995) salienta que os marcos direcionam a procura das questotildees sobre o fenocircmeno e sugerem soluccedilotildees para problemas praacuteticos Enfatiza que os marcos conceituais de Enfermagem explicitam orientaccedilotildees filosoacuteficas e pragmaacuteticas para a assistecircncia que somente os Enfermeiros podem oferecer aos pacientes por conhecerem a dimensatildeo total do cuidado o qual eacute diferente daquele realizado por qualquer outro profissional de sauacutede

O marco conceitual constitui uma construccedilatildeo teoacuterica que sustenta a praacutetica de Enfermagem e as decisotildees no processo de assistir o ser humano Ele reflete tambeacutem a maneira de o autor conceber os indicativos assistenciais da Enfermagem (Carraro 1997)

Assim compreendido o Marco Conceitual torna-se uma importante ferramenta para embasar direcionar e clarificar as accedilotildees natildeo apenas do Enfermeiro mas de toda a equipe de Enfermagem Ele serve de base para a proposta e o desenvolvimento da Metodologia de Assistecircncia de Enfermagem a qual deveraacute estar estruturada de forma coerente com seus conceitos

Tem a finalidade de proporcionar o foco que ilumina os caminhos a serem percorridos pelo profissional para atingir seus objetivos assistenciais formando um emaranhado uma teia dentro da qual a assistecircncia os aspectos teoacutericos teacutecnicos e eacuteticos satildeo examinados a fim de tomarem possiacutevel explicar as relaccedilotildees propostas e identificar vazios no conhecimento que necessitam ser revelados para ampliar continuamente as possibilidades de cuidado

4 Da sua Construccedilatildeo

Todos noacutes temos uma imagem pessoal do que seja a praacutetica da Enfermagem Esta imagem influencia nossa interpretaccedilatildeo dos dados decisotildees e accedilotildees Mas pode uma disciplina continuar desenvolvendo-se quando seus membros se sustentam em diferentes imagens Os proponentes dos marcos conceituais para a praacutetica estatildeo procurando fazer uso consciente destas imagens sem o que natildeo poderemos comeccedilar a identificar semelhanccedilas em nossas percepccedilotildees sobre a natureza da praacutetica nem evoluir para conceitos bem ordenados (Reillys citado por Fawcett 1995)

Segundo King (1988) conceitos satildeo abstraccedilotildees que provecircem conhecimento sobre a essecircncia das coisas Um conceito eacute uma imagem mental de uma coisa de uma pessoa ou de um objeto Para Chinn e Jacobs (1982) os conceitos satildeo formulaccedilotildees mentais complexas de um objeto propriedade ou acontecimento originaacuterias das percepccedilotildees e experiecircncias individuais

Os conceitos registram ainda as crenccedilas e valores do autor sobre aquilo que estaacute sendo conceituado Quando os conceitos satildeo inter-relacionados como no caso da Enfermagem eles formam uma base para as accedilotildees seja na pesquisa seja na praacutetica profissional A esta estrutura pode-se chamar marco conceitual (Carratildeo 19)

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A construccedilatildeo de um Marco Conceitual pode partir da praacutetica da conceituaccedilatildeo das imagens privativas do Enfermeiro sobre a praacutetica da Enfermagem vivenciada pelo autor baseada em suas crenccedilas e valores com a busca de subsiacutedios na teoria Nesta forma de construccedilatildeo primeiramente se elaboram os conceitos eleitos registrando-se aquilo em que se acredita sobre cada um deles com leituras releituras e reformulaccedilotildees ateacute que reflitam os pensamentos do autor Pode-se usar a estrateacutegia de discuti-los com a Equipe de Enfermagem eou com outras pessoas Somente apoacutes esta preacutevia estruturaccedilatildeo dos conceitos busca-se uma teoria que venha ao encontro das ideacuteias ali expressas potencializando-as Entatildeo incorporam-se aos conceitos as ideacuteias contidas na teoria

Pode-se tambeacutem partir da teoria Contudo antes de optarmos por uma teoria primeiramente eacute necessaacuterio estudaacute-la procurando compreendecirc-la buscando as relaccedilotildees entre o que ela retrata aquilo em que se acredita e a aplicaccedilatildeo que se pretende fazer Somente apoacutes essa identificaccedilatildeo eacute que deve ser feita a opccedilatildeo por uma determinada teoria Entatildeo alguns dos seus conceitos satildeo escolhidos para embasarem o Marco Conceitual e a praacutetica da Enfermagem

Conveacutem lembrar que a teoria escolhida natildeo necessita ser especificamente de Enfermagem Existe ainda a possibilidade de se usar mais de uma teoria poreacutem com muita cautela pois as concepccedilotildees teoacuterico - filosoacuteficas delas podem ser divergentes comprometendo assim toda a construccedilatildeo do Marco Conceitual e consequentemente a assistecircncia de Enfermagem a ser prestada

A construccedilatildeo de um Marco Conceitual partindo da praacutetica ou partindo da teoria eacute um processo reflexivo que se configura num ir e vir aos conceitos reformulando-os tantas vezes quantas forem necessaacuterias para que estes reflitam o pensamento do seu autor Busca-se ainda a inter-relaccedilatildeo entre os conceitos de tal modo que lendo-se um deles os demais estejam impliacutecitos mostrando forte relaccedilatildeo entre si

Eacute importante ressaltar que independentemente da forma de construccedilatildeo o Marco Conceitual deveraacute contemplar as especificidades da praacutetica a que seraacute aplicado uma vez que ele eacute um instrumento que subsidia a praacutetica da Enfermagem (portanto um meio e natildeo um fim em si mesmo embasando a construccedilatildeo e o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem)

Apoacutes a construccedilatildeo do Marco Conceitual passa-se a sua aplicaccedilatildeo para que deveratildeo ser buscados os elementos de cada conceito as accedilotildees a que cada elemento conduz e a estrateacutegia para desenvolver cada accedilatildeo Esta operacionalizaccedilatildeo pode configurar-se como um mapa da assistecircncia a ser prestada embasando a metodologia de assistecircncia

Como exemplo vai imaginar que ao conceituar-se ser humano esteja registrado que ele eacute singular integral indivisiacutevel e insubstituiacutevel As accedilotildees a que este registro conduz satildeo accedilotildees de humanizaccedilatildeo da assistecircncia e as estrateacutegias poderatildeo ser chamar pelo seu nome envolver sua famiacutelia na assistecircncia ouvir tocar entre outras Se o registro diz que a Enfermagem eacute uma ciecircncia e uma arte as accedilotildees deveratildeo ser de aplicaccedilatildeo tanto do conhecimento cientiacutefico quanto da sensibilidade Imaginaccedilatildeocriatividade e habilidade ao prestar cuidados As estrateacutegias deveratildeo contemplar diaacutelogo observaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas especiacuteficas

Enfim o resultado final da Assistecircncia prestada deveraacute refletir o Marco Conceitual proposto aleacutem de servir para confirmar testar os conceitos formulados ou mesmo dar-lhes novos direcionamentos e ou reconstruccedilotildees

5 Algumas Consideraccedilotildees

A implementaccedilatildeo da praacutetica assistencial embasada num Marco Conceitual proporciona uma perspectiva de assistecircncia sistematizada e singular um embasamento teoacuterico para o desenvolvimento da praacutetica e por meio desta um enriquecimento da teoria num movimento de ir e vir

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No transcorrer da assistecircncia evidenciam-se pontos do Marco Conceitual que a subsidiam Quando se inicia a implementaccedilatildeo da praacutetica subsidiada por um Marco Conceitual pode-se encontrar dificuldades ateacute por uma questatildeo de haacutebito O pensamento se configura mas a accedilatildeo eacute tatildeo automaacutetica que quando percebemos jaacute a executamos natildeo como a pensamos mas como estaacutevamos condicionados a fazer (Carraro 1994 p 119)

Precisamos ter o Marco Conceitual introjetado em noacutes para conseguirmos vencer os haacutebitos anteriores e avanccedilar rumo a uma nova proposta de assistecircncia estando alertas para nossas accedilotildees ateacute para natildeo nos desanimarmos com o processo pois aos poucos podemos transpor as dificuldades de implementaccedilatildeo que se apresentarem

O Marco Conceitual quando conscientemente aplicado pouco a pouco vai mostrando que o fazer fazendo aprendendo e teorizando agrave luz da praacutetica concretiza-se no dia-a-dia da assistecircncia de Enfermagem Enfim conduz ao fazer reflexivo proporcionando satisfaccedilatildeo na Praacutetica Assistencial de Enfermagem tanto para o profissional quanto para o ser humano que estaacute sob seus cuidados

BILBIOGRAFIA

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para a assistecircncia de enfermagem

teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB 2001 paacuteg 5-14

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para p Assistecircncia de Enfermagem teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica Sobre teorias e marco conceitual sua influecircncia na metodologia da assistecircnciaGoiacircniaAB 2001 paacuteg 29-37

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CAPIacuteTULO 3 TEORIAS E METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE TEORIA

11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO

ldquoA unidade baacutesica do pensamento teoacuterico eacute o CONCEITO Os conceitos satildeo palavras que representam a realidade e facilitam a nossa capacidade de comunicaccedilatildeo sobre ela (Webester 1991)rdquo

Os conceitos podem ser

EMPIacuteRICOS = sentidos percebidos observados OU

ABSTRATOS = natildeo satildeo observaacuteveis Ex esperanccedila infinito

ldquoTodos os conceitos tornam-se abstraccedilotildees na ausecircncia do objetordquo

TEORIAS

Conjunto de conceitos inter-relacionados definiccedilotildees e proposiccedilotildees que apresentam uma forma sistemaacutetica de ver fatoseventos pela especificaccedilatildeo das relaccedilotildees entre as variaacuteveis com a finalidade de explicar ou prever o fatoevento (Kerlinger 1973)

12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA

PRAacuteTICA PESQUISA

TEORIA E CONCEITOS

13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA

Caracteriacutesticas de uma teoria segundo Torres 1990

1 as teorias podem inter-relacionar conceitos de tal forma que criem uma nova maneira de ver determinado fenocircmeno

2 as teorias devem ser de natureza loacutegica

3 as teorias devem ser relativamente simples e ainda generalizaacuteveis

4 as teorias podem ser as bases para as hipoacuteteses serem testadas ou para a teoria ser expandida

5 as teorias contribuem para o aumento do corpo de conhecimentos gerais da disciplina atraveacutes da pesquisa implementada para validaacute-las

6 as teorias podem ser utilizadas por profissionais para orientar e melhorar a sua praacutetica

7 as teorias devem ser consistentes com outras teorias validadas leia e princiacutepios mas devem deixar abertas as questotildees natildeo-respondidas que devem ser investigadas

2 AS TEORIAS DE ENFERMAGEM ENFATIZAM QUATRO CONCEITOS

A PESSOA pode representar um indiviacuteduo uma famiacutelia uma comunidade ou toda humanidade Eacute aquele que recebe o cuidado de enfermagem

A SAUacuteDE representa um estado de bem-estar decidido mutuamente pelo cliente e enfermeiro

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O AMBIENTE pode representar os arredores imediatos a comunidade ou o universo com tudo que conteacutem

A ENFERMAGEM eacute a ciecircncia e a arte da disciplina

3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM

Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM

Esclareccedilo que para a composiccedilatildeo desse material transcrevi na iacutentegra os textos produzidos pelas autoras citadas na referecircncia bibliograacutefica

Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos

Quadro 1 Caracteriacutesticas gerais das teorias de enfermagem

CATEGORIAS DE TEORIAS

CARACTERIacuteSTICATEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM

1NECESSIDADES PROBLEMAS

Enfocam as necessidades e os problemas que os clientes tecircm buscando preenchecirc-los ou corrigi-los utilizando o Processo de Enfermagem

Nightingale Abdellah Henderson Orem Hall Watson Horta2SISTEMAS Sugerem que o homem eacute composto de muitas partes ou subsistemas que quando

juntos satildeo mais e diferentes do que sua soma Johnson Roy Beth Newman Levine Leininger

3INTERACcedilAtildeO Enfocam o processo de comunicaccedilatildeo no preenchimento das necessidades do cliente Peplau Orlando Wiedenbach King Paterson e Zderad Erickson Tomlin e

Sawai Boykin e Schoenhofer4CAMPO DE ENERGIA

Acreditam que as pessoas satildeo campo de energia em constante interaccedilatildeo com o seu ambiente ou com o universo

Rogers Parse Margareth Newman

Fonte GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional

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Paradigma modelo ou conjunto baacutesico de crenccedilas que orientam a accedilatildeo a investigaccedilatildeo da disciplinada

Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

1NECESSIDADESPROBLEMAS

DOROTHEA E OREM

Autocuidado

1971

A Enfermagem eacute necessaacuteria sempre que a manutenccedilatildeo contiacutenua do autocuidado requer o uso de teacutecnicas especiais e a aplicaccedilatildeo de conhecimentos cientiacuteficos para prover o cuidado ou administraacute-lo

Teoria de Kortabisnk da accedilatildeo eficiente 1965Teoria da accedilatildeo social de Parson 1968

WANDA DE AGUIAR HORTA

Necessidades Humanas Baacutesicas

1979

A Enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrio em equiliacutebrio pela assistecircncia do ser humano em suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Teoria da motivaccedilatildeo Humana de Maslow (necessidades humanas baacutesicas)Lei da homeostase e do holismo

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

2SISTEMAS

MADELEINE M LEININGER

Teoria de enfermagem transcultural1985

A Enfermagem eacute uma profissatildeo humaniacutestica e cientiacutefica que eacute apreendida e focalizada no fenocircmeno do cuidado humano e em atividades que propiciem assistecircncia suporte facilitaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo a indiviacuteduos grupos para manter ou reaver o seu bem-estar de uma forma culturalmente significativa e satisfatoacuteria

SociologiaAntropologia cultural

MYRA ESTRIN LEVINE

Holiacutestica1969

A accedilatildeo da Enfermagem estaacute baseada no cuidado total da pessoa e assim sendo na conservaccedilatildeo dos princiacutepios de energia integridade estrutural pessoal e social Todos tecircm como postulado a integridade e unidade do indiviacuteduo

BiologiaPsicologiaSociologia

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

3INTERACcedilAtildeO

IMOGENE M KING

Alcance dos objetivos19711981

A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo humana entre enfermeira e cliente atraveacutes do qual um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo eles fixam os objetivos exploram os recursos concordam sobre meios para o alcanccedilarem os objetivos Eacute um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo interaccedilatildeo transaccedilatildeo

Teoria de SistemasSistemas pessoais interpessoais e sociaisPsicologiaTeorias sociais

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

Teoria do Papel modelagem

Concebem essa teoria para compreender o modo como clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

Teorias de Erckson Maslow Selyee Engel e piaget

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

4CAMPO DE ENERGIA

MARTHA E ROGERS

Martha Rogers1970

A ciecircncia da Enfermagem eacute dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direccedilatildeo de seu desenvolvimento A Enfermagem eacute uma ciecircncia humaniacutestica dedicada a um interesse compassivo para manter e promover a maacutexima potencialidade de sauacutede do homem que eacute um todo unificado

FisiologiaBiologiaPsicologiaAntropologiaSociologia

MARGARET NEWMAN

1989

A Enfermagem natildeo eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o proacuteprio poder atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

Idem

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

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tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

31

Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

33

5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

36

Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 12: Apostila sae para_e-mail

A construccedilatildeo de um Marco Conceitual pode partir da praacutetica da conceituaccedilatildeo das imagens privativas do Enfermeiro sobre a praacutetica da Enfermagem vivenciada pelo autor baseada em suas crenccedilas e valores com a busca de subsiacutedios na teoria Nesta forma de construccedilatildeo primeiramente se elaboram os conceitos eleitos registrando-se aquilo em que se acredita sobre cada um deles com leituras releituras e reformulaccedilotildees ateacute que reflitam os pensamentos do autor Pode-se usar a estrateacutegia de discuti-los com a Equipe de Enfermagem eou com outras pessoas Somente apoacutes esta preacutevia estruturaccedilatildeo dos conceitos busca-se uma teoria que venha ao encontro das ideacuteias ali expressas potencializando-as Entatildeo incorporam-se aos conceitos as ideacuteias contidas na teoria

Pode-se tambeacutem partir da teoria Contudo antes de optarmos por uma teoria primeiramente eacute necessaacuterio estudaacute-la procurando compreendecirc-la buscando as relaccedilotildees entre o que ela retrata aquilo em que se acredita e a aplicaccedilatildeo que se pretende fazer Somente apoacutes essa identificaccedilatildeo eacute que deve ser feita a opccedilatildeo por uma determinada teoria Entatildeo alguns dos seus conceitos satildeo escolhidos para embasarem o Marco Conceitual e a praacutetica da Enfermagem

Conveacutem lembrar que a teoria escolhida natildeo necessita ser especificamente de Enfermagem Existe ainda a possibilidade de se usar mais de uma teoria poreacutem com muita cautela pois as concepccedilotildees teoacuterico - filosoacuteficas delas podem ser divergentes comprometendo assim toda a construccedilatildeo do Marco Conceitual e consequentemente a assistecircncia de Enfermagem a ser prestada

A construccedilatildeo de um Marco Conceitual partindo da praacutetica ou partindo da teoria eacute um processo reflexivo que se configura num ir e vir aos conceitos reformulando-os tantas vezes quantas forem necessaacuterias para que estes reflitam o pensamento do seu autor Busca-se ainda a inter-relaccedilatildeo entre os conceitos de tal modo que lendo-se um deles os demais estejam impliacutecitos mostrando forte relaccedilatildeo entre si

Eacute importante ressaltar que independentemente da forma de construccedilatildeo o Marco Conceitual deveraacute contemplar as especificidades da praacutetica a que seraacute aplicado uma vez que ele eacute um instrumento que subsidia a praacutetica da Enfermagem (portanto um meio e natildeo um fim em si mesmo embasando a construccedilatildeo e o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de Enfermagem)

Apoacutes a construccedilatildeo do Marco Conceitual passa-se a sua aplicaccedilatildeo para que deveratildeo ser buscados os elementos de cada conceito as accedilotildees a que cada elemento conduz e a estrateacutegia para desenvolver cada accedilatildeo Esta operacionalizaccedilatildeo pode configurar-se como um mapa da assistecircncia a ser prestada embasando a metodologia de assistecircncia

Como exemplo vai imaginar que ao conceituar-se ser humano esteja registrado que ele eacute singular integral indivisiacutevel e insubstituiacutevel As accedilotildees a que este registro conduz satildeo accedilotildees de humanizaccedilatildeo da assistecircncia e as estrateacutegias poderatildeo ser chamar pelo seu nome envolver sua famiacutelia na assistecircncia ouvir tocar entre outras Se o registro diz que a Enfermagem eacute uma ciecircncia e uma arte as accedilotildees deveratildeo ser de aplicaccedilatildeo tanto do conhecimento cientiacutefico quanto da sensibilidade Imaginaccedilatildeocriatividade e habilidade ao prestar cuidados As estrateacutegias deveratildeo contemplar diaacutelogo observaccedilatildeo e desenvolvimento de teacutecnicas especiacuteficas

Enfim o resultado final da Assistecircncia prestada deveraacute refletir o Marco Conceitual proposto aleacutem de servir para confirmar testar os conceitos formulados ou mesmo dar-lhes novos direcionamentos e ou reconstruccedilotildees

5 Algumas Consideraccedilotildees

A implementaccedilatildeo da praacutetica assistencial embasada num Marco Conceitual proporciona uma perspectiva de assistecircncia sistematizada e singular um embasamento teoacuterico para o desenvolvimento da praacutetica e por meio desta um enriquecimento da teoria num movimento de ir e vir

12

No transcorrer da assistecircncia evidenciam-se pontos do Marco Conceitual que a subsidiam Quando se inicia a implementaccedilatildeo da praacutetica subsidiada por um Marco Conceitual pode-se encontrar dificuldades ateacute por uma questatildeo de haacutebito O pensamento se configura mas a accedilatildeo eacute tatildeo automaacutetica que quando percebemos jaacute a executamos natildeo como a pensamos mas como estaacutevamos condicionados a fazer (Carraro 1994 p 119)

Precisamos ter o Marco Conceitual introjetado em noacutes para conseguirmos vencer os haacutebitos anteriores e avanccedilar rumo a uma nova proposta de assistecircncia estando alertas para nossas accedilotildees ateacute para natildeo nos desanimarmos com o processo pois aos poucos podemos transpor as dificuldades de implementaccedilatildeo que se apresentarem

O Marco Conceitual quando conscientemente aplicado pouco a pouco vai mostrando que o fazer fazendo aprendendo e teorizando agrave luz da praacutetica concretiza-se no dia-a-dia da assistecircncia de Enfermagem Enfim conduz ao fazer reflexivo proporcionando satisfaccedilatildeo na Praacutetica Assistencial de Enfermagem tanto para o profissional quanto para o ser humano que estaacute sob seus cuidados

BILBIOGRAFIA

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para a assistecircncia de enfermagem

teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB 2001 paacuteg 5-14

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para p Assistecircncia de Enfermagem teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica Sobre teorias e marco conceitual sua influecircncia na metodologia da assistecircnciaGoiacircniaAB 2001 paacuteg 29-37

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CAPIacuteTULO 3 TEORIAS E METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE TEORIA

11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO

ldquoA unidade baacutesica do pensamento teoacuterico eacute o CONCEITO Os conceitos satildeo palavras que representam a realidade e facilitam a nossa capacidade de comunicaccedilatildeo sobre ela (Webester 1991)rdquo

Os conceitos podem ser

EMPIacuteRICOS = sentidos percebidos observados OU

ABSTRATOS = natildeo satildeo observaacuteveis Ex esperanccedila infinito

ldquoTodos os conceitos tornam-se abstraccedilotildees na ausecircncia do objetordquo

TEORIAS

Conjunto de conceitos inter-relacionados definiccedilotildees e proposiccedilotildees que apresentam uma forma sistemaacutetica de ver fatoseventos pela especificaccedilatildeo das relaccedilotildees entre as variaacuteveis com a finalidade de explicar ou prever o fatoevento (Kerlinger 1973)

12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA

PRAacuteTICA PESQUISA

TEORIA E CONCEITOS

13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA

Caracteriacutesticas de uma teoria segundo Torres 1990

1 as teorias podem inter-relacionar conceitos de tal forma que criem uma nova maneira de ver determinado fenocircmeno

2 as teorias devem ser de natureza loacutegica

3 as teorias devem ser relativamente simples e ainda generalizaacuteveis

4 as teorias podem ser as bases para as hipoacuteteses serem testadas ou para a teoria ser expandida

5 as teorias contribuem para o aumento do corpo de conhecimentos gerais da disciplina atraveacutes da pesquisa implementada para validaacute-las

6 as teorias podem ser utilizadas por profissionais para orientar e melhorar a sua praacutetica

7 as teorias devem ser consistentes com outras teorias validadas leia e princiacutepios mas devem deixar abertas as questotildees natildeo-respondidas que devem ser investigadas

2 AS TEORIAS DE ENFERMAGEM ENFATIZAM QUATRO CONCEITOS

A PESSOA pode representar um indiviacuteduo uma famiacutelia uma comunidade ou toda humanidade Eacute aquele que recebe o cuidado de enfermagem

A SAUacuteDE representa um estado de bem-estar decidido mutuamente pelo cliente e enfermeiro

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O AMBIENTE pode representar os arredores imediatos a comunidade ou o universo com tudo que conteacutem

A ENFERMAGEM eacute a ciecircncia e a arte da disciplina

3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM

Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM

Esclareccedilo que para a composiccedilatildeo desse material transcrevi na iacutentegra os textos produzidos pelas autoras citadas na referecircncia bibliograacutefica

Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos

Quadro 1 Caracteriacutesticas gerais das teorias de enfermagem

CATEGORIAS DE TEORIAS

CARACTERIacuteSTICATEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM

1NECESSIDADES PROBLEMAS

Enfocam as necessidades e os problemas que os clientes tecircm buscando preenchecirc-los ou corrigi-los utilizando o Processo de Enfermagem

Nightingale Abdellah Henderson Orem Hall Watson Horta2SISTEMAS Sugerem que o homem eacute composto de muitas partes ou subsistemas que quando

juntos satildeo mais e diferentes do que sua soma Johnson Roy Beth Newman Levine Leininger

3INTERACcedilAtildeO Enfocam o processo de comunicaccedilatildeo no preenchimento das necessidades do cliente Peplau Orlando Wiedenbach King Paterson e Zderad Erickson Tomlin e

Sawai Boykin e Schoenhofer4CAMPO DE ENERGIA

Acreditam que as pessoas satildeo campo de energia em constante interaccedilatildeo com o seu ambiente ou com o universo

Rogers Parse Margareth Newman

Fonte GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional

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Paradigma modelo ou conjunto baacutesico de crenccedilas que orientam a accedilatildeo a investigaccedilatildeo da disciplinada

Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

1NECESSIDADESPROBLEMAS

DOROTHEA E OREM

Autocuidado

1971

A Enfermagem eacute necessaacuteria sempre que a manutenccedilatildeo contiacutenua do autocuidado requer o uso de teacutecnicas especiais e a aplicaccedilatildeo de conhecimentos cientiacuteficos para prover o cuidado ou administraacute-lo

Teoria de Kortabisnk da accedilatildeo eficiente 1965Teoria da accedilatildeo social de Parson 1968

WANDA DE AGUIAR HORTA

Necessidades Humanas Baacutesicas

1979

A Enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrio em equiliacutebrio pela assistecircncia do ser humano em suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Teoria da motivaccedilatildeo Humana de Maslow (necessidades humanas baacutesicas)Lei da homeostase e do holismo

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

2SISTEMAS

MADELEINE M LEININGER

Teoria de enfermagem transcultural1985

A Enfermagem eacute uma profissatildeo humaniacutestica e cientiacutefica que eacute apreendida e focalizada no fenocircmeno do cuidado humano e em atividades que propiciem assistecircncia suporte facilitaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo a indiviacuteduos grupos para manter ou reaver o seu bem-estar de uma forma culturalmente significativa e satisfatoacuteria

SociologiaAntropologia cultural

MYRA ESTRIN LEVINE

Holiacutestica1969

A accedilatildeo da Enfermagem estaacute baseada no cuidado total da pessoa e assim sendo na conservaccedilatildeo dos princiacutepios de energia integridade estrutural pessoal e social Todos tecircm como postulado a integridade e unidade do indiviacuteduo

BiologiaPsicologiaSociologia

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

3INTERACcedilAtildeO

IMOGENE M KING

Alcance dos objetivos19711981

A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo humana entre enfermeira e cliente atraveacutes do qual um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo eles fixam os objetivos exploram os recursos concordam sobre meios para o alcanccedilarem os objetivos Eacute um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo interaccedilatildeo transaccedilatildeo

Teoria de SistemasSistemas pessoais interpessoais e sociaisPsicologiaTeorias sociais

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

Teoria do Papel modelagem

Concebem essa teoria para compreender o modo como clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

Teorias de Erckson Maslow Selyee Engel e piaget

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

4CAMPO DE ENERGIA

MARTHA E ROGERS

Martha Rogers1970

A ciecircncia da Enfermagem eacute dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direccedilatildeo de seu desenvolvimento A Enfermagem eacute uma ciecircncia humaniacutestica dedicada a um interesse compassivo para manter e promover a maacutexima potencialidade de sauacutede do homem que eacute um todo unificado

FisiologiaBiologiaPsicologiaAntropologiaSociologia

MARGARET NEWMAN

1989

A Enfermagem natildeo eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o proacuteprio poder atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

Idem

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

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tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

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COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

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Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 13: Apostila sae para_e-mail

No transcorrer da assistecircncia evidenciam-se pontos do Marco Conceitual que a subsidiam Quando se inicia a implementaccedilatildeo da praacutetica subsidiada por um Marco Conceitual pode-se encontrar dificuldades ateacute por uma questatildeo de haacutebito O pensamento se configura mas a accedilatildeo eacute tatildeo automaacutetica que quando percebemos jaacute a executamos natildeo como a pensamos mas como estaacutevamos condicionados a fazer (Carraro 1994 p 119)

Precisamos ter o Marco Conceitual introjetado em noacutes para conseguirmos vencer os haacutebitos anteriores e avanccedilar rumo a uma nova proposta de assistecircncia estando alertas para nossas accedilotildees ateacute para natildeo nos desanimarmos com o processo pois aos poucos podemos transpor as dificuldades de implementaccedilatildeo que se apresentarem

O Marco Conceitual quando conscientemente aplicado pouco a pouco vai mostrando que o fazer fazendo aprendendo e teorizando agrave luz da praacutetica concretiza-se no dia-a-dia da assistecircncia de Enfermagem Enfim conduz ao fazer reflexivo proporcionando satisfaccedilatildeo na Praacutetica Assistencial de Enfermagem tanto para o profissional quanto para o ser humano que estaacute sob seus cuidados

BILBIOGRAFIA

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para a assistecircncia de enfermagem

teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB 2001 paacuteg 5-14

CARRAROampWESTPHALEN Metodologias para p Assistecircncia de Enfermagem teorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica Sobre teorias e marco conceitual sua influecircncia na metodologia da assistecircnciaGoiacircniaAB 2001 paacuteg 29-37

13

CAPIacuteTULO 3 TEORIAS E METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE TEORIA

11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO

ldquoA unidade baacutesica do pensamento teoacuterico eacute o CONCEITO Os conceitos satildeo palavras que representam a realidade e facilitam a nossa capacidade de comunicaccedilatildeo sobre ela (Webester 1991)rdquo

Os conceitos podem ser

EMPIacuteRICOS = sentidos percebidos observados OU

ABSTRATOS = natildeo satildeo observaacuteveis Ex esperanccedila infinito

ldquoTodos os conceitos tornam-se abstraccedilotildees na ausecircncia do objetordquo

TEORIAS

Conjunto de conceitos inter-relacionados definiccedilotildees e proposiccedilotildees que apresentam uma forma sistemaacutetica de ver fatoseventos pela especificaccedilatildeo das relaccedilotildees entre as variaacuteveis com a finalidade de explicar ou prever o fatoevento (Kerlinger 1973)

12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA

PRAacuteTICA PESQUISA

TEORIA E CONCEITOS

13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA

Caracteriacutesticas de uma teoria segundo Torres 1990

1 as teorias podem inter-relacionar conceitos de tal forma que criem uma nova maneira de ver determinado fenocircmeno

2 as teorias devem ser de natureza loacutegica

3 as teorias devem ser relativamente simples e ainda generalizaacuteveis

4 as teorias podem ser as bases para as hipoacuteteses serem testadas ou para a teoria ser expandida

5 as teorias contribuem para o aumento do corpo de conhecimentos gerais da disciplina atraveacutes da pesquisa implementada para validaacute-las

6 as teorias podem ser utilizadas por profissionais para orientar e melhorar a sua praacutetica

7 as teorias devem ser consistentes com outras teorias validadas leia e princiacutepios mas devem deixar abertas as questotildees natildeo-respondidas que devem ser investigadas

2 AS TEORIAS DE ENFERMAGEM ENFATIZAM QUATRO CONCEITOS

A PESSOA pode representar um indiviacuteduo uma famiacutelia uma comunidade ou toda humanidade Eacute aquele que recebe o cuidado de enfermagem

A SAUacuteDE representa um estado de bem-estar decidido mutuamente pelo cliente e enfermeiro

14

O AMBIENTE pode representar os arredores imediatos a comunidade ou o universo com tudo que conteacutem

A ENFERMAGEM eacute a ciecircncia e a arte da disciplina

3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM

Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM

Esclareccedilo que para a composiccedilatildeo desse material transcrevi na iacutentegra os textos produzidos pelas autoras citadas na referecircncia bibliograacutefica

Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos

Quadro 1 Caracteriacutesticas gerais das teorias de enfermagem

CATEGORIAS DE TEORIAS

CARACTERIacuteSTICATEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM

1NECESSIDADES PROBLEMAS

Enfocam as necessidades e os problemas que os clientes tecircm buscando preenchecirc-los ou corrigi-los utilizando o Processo de Enfermagem

Nightingale Abdellah Henderson Orem Hall Watson Horta2SISTEMAS Sugerem que o homem eacute composto de muitas partes ou subsistemas que quando

juntos satildeo mais e diferentes do que sua soma Johnson Roy Beth Newman Levine Leininger

3INTERACcedilAtildeO Enfocam o processo de comunicaccedilatildeo no preenchimento das necessidades do cliente Peplau Orlando Wiedenbach King Paterson e Zderad Erickson Tomlin e

Sawai Boykin e Schoenhofer4CAMPO DE ENERGIA

Acreditam que as pessoas satildeo campo de energia em constante interaccedilatildeo com o seu ambiente ou com o universo

Rogers Parse Margareth Newman

Fonte GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional

15

Paradigma modelo ou conjunto baacutesico de crenccedilas que orientam a accedilatildeo a investigaccedilatildeo da disciplinada

Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

1NECESSIDADESPROBLEMAS

DOROTHEA E OREM

Autocuidado

1971

A Enfermagem eacute necessaacuteria sempre que a manutenccedilatildeo contiacutenua do autocuidado requer o uso de teacutecnicas especiais e a aplicaccedilatildeo de conhecimentos cientiacuteficos para prover o cuidado ou administraacute-lo

Teoria de Kortabisnk da accedilatildeo eficiente 1965Teoria da accedilatildeo social de Parson 1968

WANDA DE AGUIAR HORTA

Necessidades Humanas Baacutesicas

1979

A Enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrio em equiliacutebrio pela assistecircncia do ser humano em suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Teoria da motivaccedilatildeo Humana de Maslow (necessidades humanas baacutesicas)Lei da homeostase e do holismo

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

2SISTEMAS

MADELEINE M LEININGER

Teoria de enfermagem transcultural1985

A Enfermagem eacute uma profissatildeo humaniacutestica e cientiacutefica que eacute apreendida e focalizada no fenocircmeno do cuidado humano e em atividades que propiciem assistecircncia suporte facilitaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo a indiviacuteduos grupos para manter ou reaver o seu bem-estar de uma forma culturalmente significativa e satisfatoacuteria

SociologiaAntropologia cultural

MYRA ESTRIN LEVINE

Holiacutestica1969

A accedilatildeo da Enfermagem estaacute baseada no cuidado total da pessoa e assim sendo na conservaccedilatildeo dos princiacutepios de energia integridade estrutural pessoal e social Todos tecircm como postulado a integridade e unidade do indiviacuteduo

BiologiaPsicologiaSociologia

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

16

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

3INTERACcedilAtildeO

IMOGENE M KING

Alcance dos objetivos19711981

A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo humana entre enfermeira e cliente atraveacutes do qual um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo eles fixam os objetivos exploram os recursos concordam sobre meios para o alcanccedilarem os objetivos Eacute um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo interaccedilatildeo transaccedilatildeo

Teoria de SistemasSistemas pessoais interpessoais e sociaisPsicologiaTeorias sociais

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

Teoria do Papel modelagem

Concebem essa teoria para compreender o modo como clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

Teorias de Erckson Maslow Selyee Engel e piaget

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

4CAMPO DE ENERGIA

MARTHA E ROGERS

Martha Rogers1970

A ciecircncia da Enfermagem eacute dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direccedilatildeo de seu desenvolvimento A Enfermagem eacute uma ciecircncia humaniacutestica dedicada a um interesse compassivo para manter e promover a maacutexima potencialidade de sauacutede do homem que eacute um todo unificado

FisiologiaBiologiaPsicologiaAntropologiaSociologia

MARGARET NEWMAN

1989

A Enfermagem natildeo eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o proacuteprio poder atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

Idem

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

18

tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 14: Apostila sae para_e-mail

CAPIacuteTULO 3 TEORIAS E METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE TEORIA

11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO

ldquoA unidade baacutesica do pensamento teoacuterico eacute o CONCEITO Os conceitos satildeo palavras que representam a realidade e facilitam a nossa capacidade de comunicaccedilatildeo sobre ela (Webester 1991)rdquo

Os conceitos podem ser

EMPIacuteRICOS = sentidos percebidos observados OU

ABSTRATOS = natildeo satildeo observaacuteveis Ex esperanccedila infinito

ldquoTodos os conceitos tornam-se abstraccedilotildees na ausecircncia do objetordquo

TEORIAS

Conjunto de conceitos inter-relacionados definiccedilotildees e proposiccedilotildees que apresentam uma forma sistemaacutetica de ver fatoseventos pela especificaccedilatildeo das relaccedilotildees entre as variaacuteveis com a finalidade de explicar ou prever o fatoevento (Kerlinger 1973)

12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA

PRAacuteTICA PESQUISA

TEORIA E CONCEITOS

13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA

Caracteriacutesticas de uma teoria segundo Torres 1990

1 as teorias podem inter-relacionar conceitos de tal forma que criem uma nova maneira de ver determinado fenocircmeno

2 as teorias devem ser de natureza loacutegica

3 as teorias devem ser relativamente simples e ainda generalizaacuteveis

4 as teorias podem ser as bases para as hipoacuteteses serem testadas ou para a teoria ser expandida

5 as teorias contribuem para o aumento do corpo de conhecimentos gerais da disciplina atraveacutes da pesquisa implementada para validaacute-las

6 as teorias podem ser utilizadas por profissionais para orientar e melhorar a sua praacutetica

7 as teorias devem ser consistentes com outras teorias validadas leia e princiacutepios mas devem deixar abertas as questotildees natildeo-respondidas que devem ser investigadas

2 AS TEORIAS DE ENFERMAGEM ENFATIZAM QUATRO CONCEITOS

A PESSOA pode representar um indiviacuteduo uma famiacutelia uma comunidade ou toda humanidade Eacute aquele que recebe o cuidado de enfermagem

A SAUacuteDE representa um estado de bem-estar decidido mutuamente pelo cliente e enfermeiro

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O AMBIENTE pode representar os arredores imediatos a comunidade ou o universo com tudo que conteacutem

A ENFERMAGEM eacute a ciecircncia e a arte da disciplina

3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM

Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM

Esclareccedilo que para a composiccedilatildeo desse material transcrevi na iacutentegra os textos produzidos pelas autoras citadas na referecircncia bibliograacutefica

Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos

Quadro 1 Caracteriacutesticas gerais das teorias de enfermagem

CATEGORIAS DE TEORIAS

CARACTERIacuteSTICATEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM

1NECESSIDADES PROBLEMAS

Enfocam as necessidades e os problemas que os clientes tecircm buscando preenchecirc-los ou corrigi-los utilizando o Processo de Enfermagem

Nightingale Abdellah Henderson Orem Hall Watson Horta2SISTEMAS Sugerem que o homem eacute composto de muitas partes ou subsistemas que quando

juntos satildeo mais e diferentes do que sua soma Johnson Roy Beth Newman Levine Leininger

3INTERACcedilAtildeO Enfocam o processo de comunicaccedilatildeo no preenchimento das necessidades do cliente Peplau Orlando Wiedenbach King Paterson e Zderad Erickson Tomlin e

Sawai Boykin e Schoenhofer4CAMPO DE ENERGIA

Acreditam que as pessoas satildeo campo de energia em constante interaccedilatildeo com o seu ambiente ou com o universo

Rogers Parse Margareth Newman

Fonte GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional

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Paradigma modelo ou conjunto baacutesico de crenccedilas que orientam a accedilatildeo a investigaccedilatildeo da disciplinada

Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

1NECESSIDADESPROBLEMAS

DOROTHEA E OREM

Autocuidado

1971

A Enfermagem eacute necessaacuteria sempre que a manutenccedilatildeo contiacutenua do autocuidado requer o uso de teacutecnicas especiais e a aplicaccedilatildeo de conhecimentos cientiacuteficos para prover o cuidado ou administraacute-lo

Teoria de Kortabisnk da accedilatildeo eficiente 1965Teoria da accedilatildeo social de Parson 1968

WANDA DE AGUIAR HORTA

Necessidades Humanas Baacutesicas

1979

A Enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrio em equiliacutebrio pela assistecircncia do ser humano em suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Teoria da motivaccedilatildeo Humana de Maslow (necessidades humanas baacutesicas)Lei da homeostase e do holismo

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

2SISTEMAS

MADELEINE M LEININGER

Teoria de enfermagem transcultural1985

A Enfermagem eacute uma profissatildeo humaniacutestica e cientiacutefica que eacute apreendida e focalizada no fenocircmeno do cuidado humano e em atividades que propiciem assistecircncia suporte facilitaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo a indiviacuteduos grupos para manter ou reaver o seu bem-estar de uma forma culturalmente significativa e satisfatoacuteria

SociologiaAntropologia cultural

MYRA ESTRIN LEVINE

Holiacutestica1969

A accedilatildeo da Enfermagem estaacute baseada no cuidado total da pessoa e assim sendo na conservaccedilatildeo dos princiacutepios de energia integridade estrutural pessoal e social Todos tecircm como postulado a integridade e unidade do indiviacuteduo

BiologiaPsicologiaSociologia

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

3INTERACcedilAtildeO

IMOGENE M KING

Alcance dos objetivos19711981

A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo humana entre enfermeira e cliente atraveacutes do qual um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo eles fixam os objetivos exploram os recursos concordam sobre meios para o alcanccedilarem os objetivos Eacute um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo interaccedilatildeo transaccedilatildeo

Teoria de SistemasSistemas pessoais interpessoais e sociaisPsicologiaTeorias sociais

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

Teoria do Papel modelagem

Concebem essa teoria para compreender o modo como clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

Teorias de Erckson Maslow Selyee Engel e piaget

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

4CAMPO DE ENERGIA

MARTHA E ROGERS

Martha Rogers1970

A ciecircncia da Enfermagem eacute dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direccedilatildeo de seu desenvolvimento A Enfermagem eacute uma ciecircncia humaniacutestica dedicada a um interesse compassivo para manter e promover a maacutexima potencialidade de sauacutede do homem que eacute um todo unificado

FisiologiaBiologiaPsicologiaAntropologiaSociologia

MARGARET NEWMAN

1989

A Enfermagem natildeo eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o proacuteprio poder atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

Idem

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

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tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

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Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 15: Apostila sae para_e-mail

O AMBIENTE pode representar os arredores imediatos a comunidade ou o universo com tudo que conteacutem

A ENFERMAGEM eacute a ciecircncia e a arte da disciplina

3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM

Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM

Esclareccedilo que para a composiccedilatildeo desse material transcrevi na iacutentegra os textos produzidos pelas autoras citadas na referecircncia bibliograacutefica

Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos

Quadro 1 Caracteriacutesticas gerais das teorias de enfermagem

CATEGORIAS DE TEORIAS

CARACTERIacuteSTICATEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM

1NECESSIDADES PROBLEMAS

Enfocam as necessidades e os problemas que os clientes tecircm buscando preenchecirc-los ou corrigi-los utilizando o Processo de Enfermagem

Nightingale Abdellah Henderson Orem Hall Watson Horta2SISTEMAS Sugerem que o homem eacute composto de muitas partes ou subsistemas que quando

juntos satildeo mais e diferentes do que sua soma Johnson Roy Beth Newman Levine Leininger

3INTERACcedilAtildeO Enfocam o processo de comunicaccedilatildeo no preenchimento das necessidades do cliente Peplau Orlando Wiedenbach King Paterson e Zderad Erickson Tomlin e

Sawai Boykin e Schoenhofer4CAMPO DE ENERGIA

Acreditam que as pessoas satildeo campo de energia em constante interaccedilatildeo com o seu ambiente ou com o universo

Rogers Parse Margareth Newman

Fonte GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional

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Paradigma modelo ou conjunto baacutesico de crenccedilas que orientam a accedilatildeo a investigaccedilatildeo da disciplinada

Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

1NECESSIDADESPROBLEMAS

DOROTHEA E OREM

Autocuidado

1971

A Enfermagem eacute necessaacuteria sempre que a manutenccedilatildeo contiacutenua do autocuidado requer o uso de teacutecnicas especiais e a aplicaccedilatildeo de conhecimentos cientiacuteficos para prover o cuidado ou administraacute-lo

Teoria de Kortabisnk da accedilatildeo eficiente 1965Teoria da accedilatildeo social de Parson 1968

WANDA DE AGUIAR HORTA

Necessidades Humanas Baacutesicas

1979

A Enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrio em equiliacutebrio pela assistecircncia do ser humano em suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Teoria da motivaccedilatildeo Humana de Maslow (necessidades humanas baacutesicas)Lei da homeostase e do holismo

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

2SISTEMAS

MADELEINE M LEININGER

Teoria de enfermagem transcultural1985

A Enfermagem eacute uma profissatildeo humaniacutestica e cientiacutefica que eacute apreendida e focalizada no fenocircmeno do cuidado humano e em atividades que propiciem assistecircncia suporte facilitaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo a indiviacuteduos grupos para manter ou reaver o seu bem-estar de uma forma culturalmente significativa e satisfatoacuteria

SociologiaAntropologia cultural

MYRA ESTRIN LEVINE

Holiacutestica1969

A accedilatildeo da Enfermagem estaacute baseada no cuidado total da pessoa e assim sendo na conservaccedilatildeo dos princiacutepios de energia integridade estrutural pessoal e social Todos tecircm como postulado a integridade e unidade do indiviacuteduo

BiologiaPsicologiaSociologia

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

3INTERACcedilAtildeO

IMOGENE M KING

Alcance dos objetivos19711981

A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo humana entre enfermeira e cliente atraveacutes do qual um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo eles fixam os objetivos exploram os recursos concordam sobre meios para o alcanccedilarem os objetivos Eacute um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo interaccedilatildeo transaccedilatildeo

Teoria de SistemasSistemas pessoais interpessoais e sociaisPsicologiaTeorias sociais

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

Teoria do Papel modelagem

Concebem essa teoria para compreender o modo como clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

Teorias de Erckson Maslow Selyee Engel e piaget

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

4CAMPO DE ENERGIA

MARTHA E ROGERS

Martha Rogers1970

A ciecircncia da Enfermagem eacute dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direccedilatildeo de seu desenvolvimento A Enfermagem eacute uma ciecircncia humaniacutestica dedicada a um interesse compassivo para manter e promover a maacutexima potencialidade de sauacutede do homem que eacute um todo unificado

FisiologiaBiologiaPsicologiaAntropologiaSociologia

MARGARET NEWMAN

1989

A Enfermagem natildeo eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o proacuteprio poder atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

Idem

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

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tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 16: Apostila sae para_e-mail

Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

1NECESSIDADESPROBLEMAS

DOROTHEA E OREM

Autocuidado

1971

A Enfermagem eacute necessaacuteria sempre que a manutenccedilatildeo contiacutenua do autocuidado requer o uso de teacutecnicas especiais e a aplicaccedilatildeo de conhecimentos cientiacuteficos para prover o cuidado ou administraacute-lo

Teoria de Kortabisnk da accedilatildeo eficiente 1965Teoria da accedilatildeo social de Parson 1968

WANDA DE AGUIAR HORTA

Necessidades Humanas Baacutesicas

1979

A Enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrio em equiliacutebrio pela assistecircncia do ser humano em suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Teoria da motivaccedilatildeo Humana de Maslow (necessidades humanas baacutesicas)Lei da homeostase e do holismo

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

2SISTEMAS

MADELEINE M LEININGER

Teoria de enfermagem transcultural1985

A Enfermagem eacute uma profissatildeo humaniacutestica e cientiacutefica que eacute apreendida e focalizada no fenocircmeno do cuidado humano e em atividades que propiciem assistecircncia suporte facilitaccedilatildeo e capacitaccedilatildeo a indiviacuteduos grupos para manter ou reaver o seu bem-estar de uma forma culturalmente significativa e satisfatoacuteria

SociologiaAntropologia cultural

MYRA ESTRIN LEVINE

Holiacutestica1969

A accedilatildeo da Enfermagem estaacute baseada no cuidado total da pessoa e assim sendo na conservaccedilatildeo dos princiacutepios de energia integridade estrutural pessoal e social Todos tecircm como postulado a integridade e unidade do indiviacuteduo

BiologiaPsicologiaSociologia

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

3INTERACcedilAtildeO

IMOGENE M KING

Alcance dos objetivos19711981

A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo humana entre enfermeira e cliente atraveacutes do qual um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo eles fixam os objetivos exploram os recursos concordam sobre meios para o alcanccedilarem os objetivos Eacute um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo interaccedilatildeo transaccedilatildeo

Teoria de SistemasSistemas pessoais interpessoais e sociaisPsicologiaTeorias sociais

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

Teoria do Papel modelagem

Concebem essa teoria para compreender o modo como clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

Teorias de Erckson Maslow Selyee Engel e piaget

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

4CAMPO DE ENERGIA

MARTHA E ROGERS

Martha Rogers1970

A ciecircncia da Enfermagem eacute dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direccedilatildeo de seu desenvolvimento A Enfermagem eacute uma ciecircncia humaniacutestica dedicada a um interesse compassivo para manter e promover a maacutexima potencialidade de sauacutede do homem que eacute um todo unificado

FisiologiaBiologiaPsicologiaAntropologiaSociologia

MARGARET NEWMAN

1989

A Enfermagem natildeo eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o proacuteprio poder atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

Idem

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

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tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

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COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

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Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 17: Apostila sae para_e-mail

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

3INTERACcedilAtildeO

IMOGENE M KING

Alcance dos objetivos19711981

A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo humana entre enfermeira e cliente atraveacutes do qual um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo eles fixam os objetivos exploram os recursos concordam sobre meios para o alcanccedilarem os objetivos Eacute um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo interaccedilatildeo transaccedilatildeo

Teoria de SistemasSistemas pessoais interpessoais e sociaisPsicologiaTeorias sociais

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

Teoria do Papel modelagem

Concebem essa teoria para compreender o modo como clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

Teorias de Erckson Maslow Selyee Engel e piaget

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

CATEGORIAS DE TEORIAS TEOacuteRICAS

NOME DA TEORIA TEMA CENTRAL

FUNDAMENTACcedilAtildeO

PRINCIacutePIOS

4CAMPO DE ENERGIA

MARTHA E ROGERS

Martha Rogers1970

A ciecircncia da Enfermagem eacute dirigida para descrever o processo vital do homem e para explanar e predizer a natureza e direccedilatildeo de seu desenvolvimento A Enfermagem eacute uma ciecircncia humaniacutestica dedicada a um interesse compassivo para manter e promover a maacutexima potencialidade de sauacutede do homem que eacute um todo unificado

FisiologiaBiologiaPsicologiaAntropologiaSociologia

MARGARET NEWMAN

1989

A Enfermagem natildeo eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o proacuteprio poder atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

Idem

Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica

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METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

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tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

31

Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

33

5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

36

Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 18: Apostila sae para_e-mail

METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM

TEORISTAS ORIENTADAS PARA AS NECESSIDADESPROBLEMAS

SER HUMANO

DOROTHEA E OREM SERES HUMANOS satildeo diferenciados das outras coisas vivas por sua capacidade de- refletir sobre si mesmos- simbolizar o que experimentam- usar criaccedilotildees simboacutelicas(ideacuteias palavras para pensar comunicar-se e orientar os

esforccedilos para fazer coisas que satildeo beneacuteficas para si e para outrosrdquo(Oren 1991)O funcionamento humano integral inclui os aspectos fiacutesicos psicoloacutegicos interpessoais e sociaisO indiviacuteduo tem potencial para aprender e desenvolver-seA forma como o ser humanos preenche as necessidades de autocuidado natildeo eacute instintiva mas um comportamento aprendido Os fatores que afetam o aprendizado incluem a idade capacidade de mental a cultura a sociedade e o estado emocional do indiviacuteduo Se o indiviacuteduo natildeo pode aprender as medidas de autocuidado outros devem aprender e proporciona-los

WANDA DE AGUIAR HORTA SER HUMANO O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo Resulta pois

1 O ser humano como parte integrante do universo estaacute sujeito a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

O ser humano se distingue dos demais seres do universo por sua capacidade de reflexatildeo por ser dotado do poder de imaginaccedilatildeo e simbolizaccedilatildeo e poder unir presente passado e futuro

-Estas caracteriacutesticas do ser humano permitem sua unicidade autenticidade e individualidade -O ser humano por suas caracteriacutesticas eacute tambeacutem agente de mudanccedilas no universo dinacircmico no tempo e no espaccedilo consequentemente

2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila

- Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

SAUacuteDE

DOROTHEA E ORENSAUDE Oren apoacuteia a definiccedilatildeo da organizaccedilatildeo mundial de sauacutede como estado de bem-estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de da doenccedila ou da enfermidade Ela constata que os aspectos fiacutesico psicoloacutegico interpessoal e social satildeo inseparaacuteveis no indiviacuteduo Oren tambeacutem apresenta a sauacutede como base do conceito de cuidado preventivo de sauacutede Esse cuidado inclui a promoccedilatildeo e a manutenccedilatildeo da sauacutede- prevenccedilatildeo primaacuteria o

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tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 19: Apostila sae para_e-mail

tratamento da doenccedila ou da lesatildeo- prevenccedilatildeo secundaacuteria prevenccedilatildeo de complicaccedilotildees ndash prevenccedilatildeo terciaacuteria

WANDA DE AGUIAR HORTA

SAUDE 2 O ser humano como agente de mudanccedila eacute tambeacutem a causa de equiliacutebrio e desequiliacutebrio em seu proacuteprio dinamismo

- Os desequiliacutebrios geram no ser humano necessidades que se caracterizam por estados de tensatildeo conscientes e inconscientes que o levam a buscar a satisfaccedilatildeo de tais necessidades para manter seu equiliacutebrio dinacircmico no tempo e no espaccedilo

- As necessidades natildeo-atendidas ou atendidas inadequadamente trazem desconforto e se este se prolonga eacute causa de doenccedila - Estar com sauacutede eacute estar em equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

AMBIENTE

DOROTHEA E OREMSatildeo requisitos de autocuidado universais demandas que a espeacutecie humana possui seja por sua condiccedilatildeo bioloacutegica seja por sua condiccedilatildeo soacutecio-psicoloacutegica natildeo significando poreacutem que para todos os seres humanos seraacute igual em qualidade e em quantidade Satildeo eles

- manutenccedilatildeo suficiente de suporte de ar aacutegua alimentos- Provisatildeo de cuidados associados aos processos de eliminaccedilatildeo e excreccedilatildeo- Manutenccedilatildeo do balanccedilo entre estar soacute e a interaccedilatildeo social- Prevenccedilatildeo de risco agrave vida ao funcionamento e bem-estar como ser humano

WANDA DE AGUIAR HORTAAMBIENTE O ser humano eacute parte integrante do universo dinacircmico e como tal sujeito a todas as leis que o regem no tempo e no espaccedilo O ser humano estaacute em constante interaccedilatildeo com o universo dando e recebendo energia - A dinacircmica do universo provoca mudanccedilas que o levam a estados de equiliacutebrio e desequiliacutebrio no tempo e no espaccedilo

ENFERMAGEM

DOROTHEA E ORENENFERMAGEM O sistema de enfermagem delineado pela enfermeira eacute baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do paciente para desempenhar as atividades de autocuidado Se houver um deacuteficit de autocuidado isto eacute se houver um deacuteficit entre o que o indiviacuteduo pode fazer (accedilatildeo de autocuidado) e o que precisa ser feito para manter o funcionamento ideal (exigecircncia de autocuidado) a enfermagem eacute exigida

WANDA DE AGUIAR HORTAENFERMAGEM A enfermagem eacute um serviccedilo prestado ao INDIVIacuteDUO FAMIacuteLIA E COMUNIDADE A enfermagem eacute parte integrante da equipe de sauacutede do que resulta Como parte integrante da equipe de sauacutede a enfermagem manteacutem o equiliacutebrio dinacircmico previne desequiliacutebrios e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio do ser humano no tempo e no espaccedilo - O ser humano tem necessidades baacutesicas que precisam ser atendidas para seu completo

bem estar

- O conhecimento do ser humano a respeito do atendimento de suas necessidades eacute limitado por seu proacuteprio saber exigindo por isto o auxiacutelio de profissional habilitado - Em estados de desequiliacutebrio esta assistecircncia se faz mais necessaacuteria - Todos os conhecimentos e teacutecnicas acumuladas sobre a enfermagem dizem respeito ao cuidado do ser humano isto eacute como atendecirc-lo em suas necessidades baacutesicas

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- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

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COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

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Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

38

7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 20: Apostila sae para_e-mail

- A enfermagem assiste o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas valendo-se para isto dos conhecimentos e princiacutepios cientiacuteficos das ciecircncias fiacutesico-quiacutemicas bioloacutegicas e psicossociais A conclusatildeo seraacute

A enfermagem como parte integrante da equipe de sauacutede implementa estados de equiliacutebrio previne estados de desequiliacutebrio e reverte desequiliacutebrios em equiliacutebrio pela assistecircncia ao ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas procura sempre reconduzi-lo agrave situaccedilatildeo de equiliacutebrio dinacircmico no tempo e espaccedilo

Desta teoria decorrem conceitos proposiccedilotildees e princiacutepios que fundamentam a ciecircncia de enfermagem

Enfermagem eacute a arte e a ciecircncia de assistir o ser humano no atendimento de suas

necessidades baacutesicas de tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo

ensino do auto-cuidado de recuperar manter e promover a sauacutede em colaboraccedilatildeo com

outros profissionais

Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionaisAs funccedilotildees da(o) enfermeira(o) podem ser consideradas em trecircs aacutereas ou campos de accedilatildeo distintos a ) Aacuterea especiacutefica assistir o ser humano no atendimento de suas necessidades baacutesicas e tornaacute-lo independente desta assistecircncia quando possiacutevel pelo ensino do auto- cuidado b ) Aacuterea de interdependecircncia ou de colaboraccedilatildeo a sua atividade na equipe de sauacutede nos aspectos de manutenccedilatildeo promoccedilatildeo e recuperaccedilatildeo da sauacutede c ) Aacuterea Social dentro de sua atuaccedilatildeo como um profissional a serviccedilo da sociedade funccedilatildeo de pesquisa ensino administraccedilatildeo responsabilidade legal e de participaccedilatildeo na associaccedilatildeo de classe (figura 2)

A ciecircncia da enfermagem compreende o estudo das necessidades humanas baacutesicas dos fatores que alteram sua manifestaccedilatildeo e atendimento e na assistecircncia a ser prestada

Alguns princiacutepios podem tambeacutem ser deduzidos Enfermagem respeita e manteacutem a unicidade autenticidade e individualidade do ser

humano A enfermagem eacute prestada ao ser humano e natildeo agrave sua doenccedila ou desequiliacutebrio Todo o cuidado de enfermagem eacute preventivo curativo e de reabilitaccedilatildeo A enfermagem reconhece o ser humano como membro de urna famiacutelia e de uma

comunidade A enfermagem reconhece o ser humano como elemento participante ativo de seu autocuidadoPara que a enfermagem atue eficientemente necessita desenvolver sua metodologia de trabalho que estaacute fundamentada no meacutetodo cientiacutefico Este meacutetodo de atuaccedilatildeo da enfermagem eacute denominado processo de enfermagem

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS

SER HUMANO

MADELEINE M LEININGERSERES HUMANOS satildeo melhor representados em seus pressupostos Os homens satildeo considerados capazes de cuidar e preocupar-se com as necessidades de bem-estar e a sobrevivecircncia dos outros O cuidado humano eacute universal ou seja eacute visto em todas as culturas Os homens tem sobrevivido nas culturas ao longo do lugar e tempo porque satildeo capazes de cuidas dos bebecircs das crianccedilas e dos idosos de maneiras variadas e em muitos ambientes diferentes Assim os homens satildeo universalmente seres cuidadores que sobrevivem numa diversidade de culturas pela sua capacidade de proporcionar a

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universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

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Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 21: Apostila sae para_e-mail

universalidade do cuidado de vaacuterias maneiras e de acordo com as diferentes culturas necessidades e situaccedilotildeesA enfermagem como ciecircncia do cuidado deve enfocar aleacutem da interaccedilatildeo tradicional enfermeira-paciente incluir famiacutelias grupos comunidade culturas completas e instituiccedilotildees assim como as instituiccedilotildees mundiais de sauacutede e a forma de desenvolvimento e poliacuteticas e praacuteticas de enfermagem internacionais pois em muitas culturas as instituiccedilotildees e as famiacutelias dominam Haacute culturas em que as pessoas natildeo satildeo um conceito importante podendo ateacute natildeo haver o termo pessoa no idioma

MYRA ESTRIN LEVINESERES HUMANOS ndash quando a pessoa estaacute sendo estudada o foco deve ser a integridade Sustenta que uma pessoa natildeo pode ser compreendida fora do contexto do tempo lugar no qual ela interage ou estaacute isolada da influecircncia de tudo que acontece ao seu redor Os seres humanos natildeo soacute apenas satildeo influenciados por suas circunstacircncias imediatas mas tambeacutem suportam carga de uma vida inteira de experiecircncias que ficaram registradas nos tecidos do corpo bem como na mente e no espiacuterito Os seres humanos estatildeo em contiacutenua adaptaccedilatildeo em sua interaccedilatildeo com o ambiente O processo de adaptaccedilatildeo resulta em conservaccedilatildeo Os seres humanos necessitam da enfermagem quando estatildeo sofrendo e podem pocircr a independecircncia de lado e aceitar os serviccedilos do outro

SAUacuteDE

MADELEINE M LEININGERSAUDE Ela fala de sistemas de sauacutede praacuteticas de atendimento de sauacutede mudanccedila de padrotildees de sauacutede promoccedilatildeo de sauacutede e manutenccedilatildeo de sauacutede A sauacutede eacute um conceito importante na enfermagem transcultural Devido agrave ecircnfase sobre a necessidade de as enfermeiras conhecerem a cultura especiacutefica na qual a enfermagem estaacute sendo praticada presume-se que a sauacutede seja vista como universal nas culturas poreacutem definida em cada uma delas de uma maneira que reflete as crenccedilas os valores e as praacuteticas daquela determinada cultura Assim a sauacutede eacute tanto universal como diversificada

MYRA ESTRIN LEVINESAUDE Sugere que sauacutede e doenccedila satildeo padrotildees de mudanccedila adaptativa Algumas adaptaccedilotildees tecircm mais ecircxito do que outras Todas as adaptaccedilotildees estatildeo em busca do melhor ajuste com o ambiente As adaptaccedilotildees mais bem sucedidas satildeo aquelas que conseguem o melhor ajuste de maneira mais conservadora A sauacutede eacute o objetivo da conservaccedilatildeo Ela tambeacutem discute as palavras SAUDE INTEGRIDADE TODO como derivadas da mesma palavra raiz e que mesmo com a multiplicidade de definiccedilotildees de sauacutede cada indiviacuteduo ainda define sauacutede por si mesmo

AMBIENTE

MADELEINE M LEININGERAMBIENTE NESTA TEORIA O contexto ambiental eacute definido como sendo a totalidade de um evento situaccedilatildeo ou experiecircncia A definiccedilatildeo de cultura de Leininger enfoca um determinado grupo-sociedade e a padronizaccedilatildeo de accedilotildees pensamentos e decisotildees que ocorre como resultado de valores crenccedilas e normas aprendidos compartilhados e transmitidos Esse aprendizado compartilhamento transmissatildeo e padronizaccedilatildeo ocorrem dentro de um grupo de pessoas que funciona como um cenaacuterio ou ambiente identificaacutevel

MYRA ESTRIN LEVINEAMBIENTE Utiliza a classificaccedilatildeo de Bates Existem trecircs tipos de ambiente1ordm ambiente operacional ndash consiste de forccedilas naturais natildeo detectadas que atingem o indiviacuteduo2ordm ambiente perceptivo - consiste de informaccedilotildees que satildeo registradas pelos oacutergatildeos sensoriais3ordm ambiente conceitual - influenciado pela cultura ideacuteias e cogniccedilatildeo

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Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

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COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

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Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

38

7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 22: Apostila sae para_e-mail

Os esforccedilos para compreender o ambiente e o papel que ele desempenha sobre os indiviacuteduos eacute vital ldquoEacute o sistema social que em todas as geraccedilotildees e em todos os lugares determina os valores que dirigem e define as regras pelas quais seus integrantes satildeo julgados A integridade social do indiviacuteduo espelha a comunidade agrave qual ele pertence

ENFERMAGEM

MADELEINE M LEININGERENFERMAGEM Define enfermagem como uma profissatildeo e uma disciplina cientiacutefica aprendida e humanista enfocada em fenocircmeno e nas atividades do cuidado humano para assistir apoiar facilitar ou capacitar indiviacuteduos ou grupos a manterem ou readiquirirem seu bem-estar (sauacutede) em formas culturalmente significativas e beneacuteficas ou para ajudar a pessoa a enfrentar a deficiecircncia ou morte (Leininger 1991)

MYRA ESTRIN LEVINEENFERMAGEM Para Levine o propoacutesito da enfermagem eacute cuidar dos outros quando eles necessitam de cuidados A pessoa que fornece serviccedilos de enfermagem tem cargas especiais de preocupaccedilatildeo uma vez que a permissatildeo para entrar nas metas de

vida de outro ser humano carrega diacutevidas onerosas de responsabilidade e escolha O relacionamento enfermeiro-paciente se baseia na participaccedilatildeo intencional de ambas as partes e nesses relacionamentos natildeo pode haver um substituto para a honestidade imparcialidade e respeito muacutetuo A teoria da enfermagem eacute finalmente posta a prova nas trocas diaacuterias pragmaacuteticas e simples entre enfermeira-paciente seu sucesso eacute demonstrado em sua capacidade de equipar os indiviacuteduos com forccedila renovada para continuarem suas vidas com independecircncia realizaccedilatildeo esperanccedila e promessardquo

TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO

SER HUMANO

IMOGENE M KINGSERES HUMANOS ndash Satildeo seres sociais reativos perceptivos controladores intencionais e orientados no para a accedilatildeo e o tempo A partir dessas crenccedilas desenvolveu os seguintes pressupostos que satildeo especiacuteficos para a interaccedilatildeo enfermeira-cliente

- as percepccedilotildees influenciam o processo de interaccedilatildeo- as metas as necessidades e os valores da enfermeira e do cliente influenciam o

processo de interaccedilatildeo- Os indiviacuteduos tecircm direito de conhecimento sobre eles mesmos- Os indiviacuteduos tecircm direito de participar das decisotildees que influenciam a sua vida a sua

sauacutede e os serviccedilos comunitaacuterios- Os profissionais de sauacutede tecircm a responsabilidade de compartilhar a informaccedilatildeo que

ajudaraacute o indiviacuteduo a tomar decisotildees sobre o seu atendimento de sauacutede- Os indiviacuteduos tecircm o direito de aceitar ou de recusar o atendimento de sauacutede- As metas dos profissionais de sauacutede as metas do receptor do atendimento de sauacutede podem ser incongruentes

Afirma que as enfermeiras estatildeo preocupadas com o ser humano interagindo com o seu ambiente de maneiras que levam ao auto preenchimento e agrave manutenccedilatildeo da sauacutede Os seres humanos tem trecircs necessidades fundamentais de sauacutede1ordf necessidade de informaccedilatildeo de sauacutede que seja no momento necessaacuteria e que possa ser utilizada2ordf necessidade de atendimento que procura prevenir a doenccedila3ordf necessidade de atendimento quando os seres humanos satildeo incapazes de cuidar de si mesmosEla afirma que ldquoas enfermeiras estatildeo em uma posiccedilatildeo para investigarem o que as pessoas sabem sobre a sua sauacutede o que elas pensam sobre a sua sauacutede e como elas agem para mantecirc-lardquo

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HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 23: Apostila sae para_e-mail

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSERES HUMANOS satildeo pessoas holiacutesticas com sistemas interagentes ndash biofiacutesicos psicoloacutegicos sociais cognitivos e bases geneacuteticas e impulso espiritual inerentesO holismo implica o todo ser maior que a soma das partes e eacute diferente da definiccedilatildeo da pessoa como um agregado de das partes e do todo sendo igual agrave soma das partes As teorias de Erik Erikson Abraham Maslow Jean Piaget e George Engel satildeo baacutesicas na descriccedilatildeo de como as pessoas satildeo semelhantes considerando serem seres holiacutesticos que querem desenvolver seu potencialTodos os seres humanos tem necessidades baacutesicas que motivam o comportamento incluindo o impulso denominado individuaccedilatildeo-afiliada Apesar de os seres humanos compartilharem esses pontos comuns cada indiviacuteduo eacute uacutenico As pessoas diferem umas das outras como resultado de sua bagagem individual herdada sua capacidade situacional para mobilizar recursos para reagir aos estressores da vida e seus modelos de mundo

SAUacuteDE

IMOGENE M KINGSAUDE Eacute definida como experiecircncia dinacircmica de vida do ser humano que implicam o ajustamento constante aos estressores no ambiente interno e externo atraveacutes do uso ideal dos proacuteprios recursos para atingir o potencial maacuteximo para a vida diaacuteria E como um estado dinacircmico no indiviacuteduo no qual a mudanccedila eacute constante e permanente e pode ser vista como a capacidade do indiviacuteduo para funcionar em seus papeacuteis habituais King afirma que a sauacutede natildeo eacute uma continuidade mais um estado holiacutestico As caracteriacutesticas de sauacutede satildeo geneacuteticas subjetivas relativas dinacircmicas ambientais funcionais culturais e perceptivas Ela discute a sauacutede como um estado funcional e a doenccedila como uma interferecircncia nesse estado Define a doenccedila como um desvio do normal isto eacute um desequiliacutebrio na estrutura bioloacutegica da pessoa ou em seu esquema psicoloacutegico ou um conflito nos relacionamentos saciais da pessoa

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINSAUDE A definiccedilatildeo de sauacutede eacute consistente com a da OMS - sauacutede eacute um estado de bem estar fiacutesico mental e social e natildeo apenas a ausecircncia de doenccedila ou da enfermidade Escrevem que a sauacutede tem conotaccedilatildeo com o equiliacutebrio dinacircmico entre os vaacuterios subsistemas Esse equiliacutebrio dinacircmico implica um equiliacutebrio adaptativo pelo qual o indiviacuteduo aprende a enfrentar construtivamente os estressores da vida mobilizando os recursos de enfrentamento internos e externos e natildeo deixando nenhum sistema em risco quando a adaptaccedilatildeo ocorrer

AMBIENTE

IMOGENE M KINGAMBIENTE A sociedade pode ser vista como a porccedilatildeo dos sistemas sociais da estrutura de sistemas abertos Em sua teoria os trecircs sistemas forma os ambientes que influenciam os indiviacuteduos1ordm sistemas pessoais ndash cada indiviacuteduo eacute um sistema pessoal Para o sistema pessoal os conceitos relevantes satildeo percepccedilatildeo o ser o crescimento o desenvolvimento a imagem corporal o espaccedilo o aprendizado e o tempo2ordm sistemas interpessoais - satildeo formados pelos seres humanos interagindo3ordm sistemas sociais - eacute definido como sistema de limites organizados de regras sociais comportamentos e praacuteticas desenvolvidas para manter os valores e os mecanismos que regulam as praacuteticas e as regras

HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAIN

AMBIENTE O ambiente eacute visto como interno e externo e inclui tanto os estressores quanto os recursos para adaptaccedilatildeo a eles Os estressores existem sempre e satildeo necessaacuterios para o crescimento geral e o favorecimento da vida todos os indiviacuteduos tem recursos tanto internos como externos para lidar com os estressores Os recursos potenciais existem e os indiviacuteduos

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talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

31

Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

33

5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

35

Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

36

Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

41

AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 24: Apostila sae para_e-mail

talvez necessitem de auxiacutelio para se conscientizarem sobre eles e assim mobilizaacute-los construtivamente

ENFERMAGEM

IMOGENE M KINGENFERMAGEM Um processo de accedilatildeo reaccedilatildeo e interaccedilatildeo pelo qual a enfermeira e o cliente compartilham informaccedilotildees sobre as suas percepccedilotildees na situaccedilatildeo de enfermagem e como um processo de interaccedilatildeo humanas entre a enfermeira e o cliente atraveacutes do qual cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo e atraveacutes da comunicaccedilatildeo estabelecem metas exploram meios e concordam com os meios para atingir as metas A meta da enfermeira eacute ajudar o indiviacuteduo a manter a sua sauacutede de

forma que possam funcionar em seus papeacuteis O acircmbito da enfermagem inclui a promoccedilatildeo manutenccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede e o atendimento aos doentes aos feridos ou aos que estatildeo morrendo HELEN ERICKSON EVELYN TOMLIN MARY ANN SWAINENFERMAGEM A enfermagem eacute um processo entre a enfermeira e o cliente e exige um relacionamento interpessoal e interativo Ela descreve trecircs caracteriacutesticas da enfermeira nessa teoria 1ordf Facilitaccedilatildeo ndash implica que a enfermeira ajude o indiviacuteduo a identificar a mobilizar e a desenvolver seus proacuteprios pontos fortes2ordf Nutrimento ndash eacute a fusatildeo e a fusatildeo dos processos cognitivos psicoloacutegico e afetivo visando auxiliar o cliente a atingir uma sauacutede holiacutestica3ordf Aceitaccedilatildeo incondicional ndash eacute a aceitaccedilatildeo de cada indiviacuteduo como uacutenico valioso e importante mesmo sem viacutenculos

TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA

SER HUMANO

MARTHA E ROGERSSERES HUMANOS Ela apresenta cinco pressupostos sobre os seres humanos1ordm cada homem eacute presumidamente um ser unificado com individualidade2ordm o ser humano estaacute em troca contiacutenuas de energia com o ambiente3ordm os processos de vida de um ser humano evoluem irreversiacutevel e imprevisivelmente na pandimensionalidade4ordm existe um padratildeo para a vida5ordm o ser humano eacute capaz de abstraccedilatildeo visualizaccedilatildeo linguagem pensamento sensibilidade e emoccedilotildees

Os homens satildeo campos de energia irredutiacuteveis indivisiacuteveis pandimensionais identificados por padrotildees e manifestam caracteriacutesticas e comportamentos diferentes dos das suas partes e que natildeo podem ser previstos pelo conhecimento dessas partes

MARGARET NEWMANSERES HUMANOS Os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente Natildeo existem limites Os seres humanos satildeo identificados por seus padrotildees Os padrotildees do indiviacuteduo satildeo integrantes dos de sua famiacutelia e por outro lado estes satildeo integrantes dos padrotildees da comunidade e da sociedade Os homens dirigem-se para uma organizaccedilatildeo sempre crescente e satildeo capazes de tomar decisotildees O progresso para um niacutevel superior de organizaccedilatildeo ocorre com frequumlecircncia apoacutes um periacuteodo de desorganizaccedilatildeo ou ponto de escolha quando as formas antigas natildeo mais funcionam O movimento eacute um ponto de escolha crucial na evoluccedilatildeo da consciecircncia e eacute a expressatildeo da consciecircncia A restriccedilatildeo do movimento forccedila a pessoa aleacutem do espaccedilo-tempo

SAUacuteDE

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MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

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COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

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Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

36

Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 25: Apostila sae para_e-mail

MARTHA E ROGERSSAUacuteDE A SAUacuteDE NAtildeO Eacute ABORDADA ESPECIFICAMENTE e em realidade ser vista como um estado natildeo eacute apropriado agrave teoria de Rogers Ela considera a sauacutede um termo de valor Para ela a doenccedila patologia e a sauacutede satildeo termos de valor Os termos de valor modificam-se e quando discutimos em niacutevel da dinacircmica de comportamentos manifestados pelo campo humano necessitam ser definidos individualmente

MARGARET NEWMANSAUDE eacute a expansatildeo da consciecircncia o padratildeo do todo em evoluccedilatildeo a explicaccedilatildeo do descobrimento da ordem implicada Newman propotildee que as flutuaccedilotildees no padratildeo identificadas como doenccedilas podem proporcionar o distuacuterbio necessaacuterio para reorganizar os relacionamentos de um padratildeo mais harmoniosamente A doenccedila pode atingir aquilo que a pessoa queria mas natildeo tinha sido capaz de reconhecer pode proporcionar ou representar o desequiliacutebrio necessaacuterio para manter o intercacircmbio vital ativo com o ambiente Crescemos ou evoluiacutemos atraveacutes da experiecircncia do desequiliacutebrio e aprendendo como atingir um novo sentido de equiliacutebrio Portanto a doenccedila pode ser vista como padratildeo emergente quanto como expansatildeo da consciecircncia Eacute importante lembrar que apesar de o indiviacuteduo apresentar o padratildeo emergente denominado doenccedila esse padratildeo relaciona-se e afeta os padrotildees de outros -famiacutelia amigos comunidade Como sistemas de energia abertos em interaccedilatildeo constante os homens influenciam os padrotildees uns dos outros e evoluem juntos

AMBIENTE

MARTHA E ROGERSAMBIENTE Consiste da totalidade de padrotildees externos existentes no indiviacuteduo Tanto o indiviacuteduo como o ambiente satildeo considerados sistemas abertos O ambiente eacute um campo de energia irredutiacutevel indivisiacutevel pandimensional identificado por padrotildees e integrado ao campo humano

MARGARET NEWMANAMBIENTE ndash os seres humanos satildeo unitaacuterios com o ambiente

ENFERMAGEM

MARTHA E ROGERSENFERMAGEM Eacute uma arte e uma ciecircncia humaniacutestica e humanitaacuteria Eacute dirigida ao homem unitaacuterio e preocupa-se com a natureza e a direccedilatildeo do desenvolvimento humano A meta das enfermeiras eacute participar do processo de mudanccedila de forma que as pessoas possam se beneficiar

MARGARET NEWMANENFERMAGEM Define a enfermagem como o ldquocuidado na experiecircncia de sauacutede humanardquo Acredita que cuidar eacute imperativo moral para a enfermagem Com base na declaraccedilatildeo de Moss(1981) para o amor ela diz que cuidar eacute algo que transforma a noacutes todos e tudo o que fazemos mais do que ser algo que fazemos Cuidar reflete o todo da pessoa Cuidar exige que sejamos abertos e ser aberto eacute ser vulneraacutevel Ser vulneraacutevel pode levar ao sofrimento o que tendemos a evitar Evitar o sofrimento pode prejudicar os nossos esforccedilos em direccedilatildeo a niacuteveis superiores de consciecircncia ldquoA necessidade eacute de deixar correr abraccedilar a nossa experiecircncia e permitir a descoberta da expansatildeo da consciecircnciardquo(Newman 1994) Sem o cuidado a enfermagem natildeo ocorre

BibliografiaALMEIDA Maria Luacutecia Puntel e ROCHA Juan Stuardo Yaszlle O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica 2ordf ed Satildeo PauloCortez 1999CARRAROampWESPHALEN Metodologias para a assistecircncia de Enfermagemteorizaccedilotildees modelos e subsiacutedios para a praacutetica GoiacircniaAB2001

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GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

30

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

31

Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

33

5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

40

3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

41

AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 26: Apostila sae para_e-mail

GEORGE Julia B e colaboradores Teorias de Enfermagem -os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf ediccedilatildeo Porto Alegre Artes Medicas Sul 2000HORTA Wanda de Aguiar Processo de Enfermagem Satildeo Paulo EPU 1979LEOPARDI Maria Tereza Teorias em Enfermagem instrumentos para a praacuteticaFlorianoacutepolisPapa Livros 1999

PARTE 2ASPECTOS POLIacuteTICO-ADMINISTRATIVOS LIGADOS A SAE

CAPIacuteTULO 1 ASPECTOS LEGAIS

Para o estudo da legislaccedilatildeo sobre a SAE exporemos alguns textos na iacutentegra outros somente as partes que consideramos importante enfatizar

a) Lei n 749886 Dispotildee sobre a regulamentaccedilatildeo do exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O presidente da Repuacuteblica faccedilo saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei

Art 1ordm - Eacute livre o exerciacutecio da Enfermagem em todo o territoacuterio nacional observadas as disposiccedilotildees desta Lei

Art 2ordm - A Enfermagem e suas atividades Auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Regional de Enfermagem com jurisdiccedilatildeo na aacuterea onde ocorre o exerciacutecio

Paraacutegrafo uacutenico - A Enfermagem eacute exercida privativamente pelo Enfermeiro pelo Teacutecnico de Enfermagem pelo Auxiliar de Enfermagem e pela Parteira respeitados os respectivos graus de habilitaccedilatildeo

Art 3ordm - O planejamento e a programaccedilatildeo das instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluem planejamento e programaccedilatildeo de Enfermagem

Art 6ordm - Satildeo enfermeiros

I - o titular do diploma de enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de obstetriz ou de enfermeira obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as leis do paiacutes registrado em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiverem tiacutetulo de Enfermeiro conforme o disposto na aliacutenea d do Art 3ordm do Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 11 - O Enfermeiro exerce todas as atividades de Enfermagem cabendo-lhe

I - privativamente

a) direccedilatildeo do oacutergatildeo de Enfermagem integrante da estrutura baacutesica da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica ou privada e chefia de serviccedilo e de unidade de Enfermagem

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos de assistecircnciade Enfermagem

h) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

i) consulta de Enfermagem

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j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

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Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 27: Apostila sae para_e-mail

j) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

l) cuidados diretos de Enfermagem a pacientes graves com risco de vida

m) cuidados de Enfermagem de maior complexidade teacutecnica e que exijam conhecimentos de base cientiacutefica e capacidade de tomar decisotildees imediatas

II - como integrante da equipe de sauacutede

c) prescriccedilatildeo de medicamentos estabelecidos em programas de sauacutede puacuteblica e em rotina aprovada pela instituiccedilatildeo de sauacutede

Art 12 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce atividade de niacutevel meacutedio envolvendo orientaccedilatildeo e acompanhamento do trabalho de Enfermagem em grau auxiliar e participaccedilatildeo no planejamento da assistecircncia de Enfermagem cabendo-lhe especialmente

Art 13 - O Auxiliar de Enfermagem exerce atividades de niacutevel meacutedio de natureza repetitiva envolvendo serviccedilos auxiliares de Enfermagem sob supervisatildeo bem como a participaccedilatildeo em niacutevel de execuccedilatildeo simples em processos de tratamento cabendo-lhe especialmente

Brasiacutelia em 25 de junho de 1986 165ordm da Independecircncia e 98ordm da Repuacuteblica

Joseacute Sarney

Almir Pazzianotto Pinto

Lei nordm 7498 de 250686 publicada no DOU de 260686 Seccedilatildeo I - fls 9273 a 9275

b) Decreto n 9440687 lsquoRegulamenta a Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 que dispotildee sobre o exerciacutecio da Enfermagem e daacute outras providecircncias

O Presidente da Repuacuteblica usando das atribuiccedilotildees que lhe confere o Art 81 item III da Constituiccedilatildeo e tendo em vista o disposto no Art 25 da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986

Decreta

Art 1ordm - O exerciacutecio da atividade de Enfermagem observadas as disposiccedilotildees da Lei nordm 7498 de 25 de junho de 1986 e respeitados os graus de habilitaccedilatildeo eacute privativo de Enfermeiro Teacutecnico de Enfermagem Auxiliar de Enfermagem e Parteiro e soacute seraacute permitido ao profissional inscrito no Conselho Regional de Enfermagem da respectiva regiatildeo

Art 2ordm - As instituiccedilotildees e serviccedilos de sauacutede incluiratildeo a atividade de Enfermagem no seu planejamento e programaccedilatildeo

Art 3ordm - A prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem eacute parte integrante do programa de Enfermagem

Art 4ordm - Satildeo Enfermeiros

I - o titular do diploma de Enfermeiro conferido por instituiccedilatildeo de ensino nos termos da lei

II - o titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obsteacutetrica conferidos nos termos da lei

III - o titular do diploma ou certificado de Enfermeira e a titular do diploma ou certificado de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz ou equivalente conferido por escola estrangeira segundo as respectivas leis registradas em virtude de acordo de intercacircmbio cultural ou revalidado no Brasil como diploma de Enfermeiro de Enfermeira Obsteacutetrica ou de Obstetriz

IV - aqueles que natildeo abrangidos pelos incisos anteriores obtiveram tiacutetulo de Enfermeira conforme o disposto na letra d do Art 3ordm do Decreto-lei Decreto nordm 50387 de 28 de marccedilo de 1961

Art 8ordm - Ao enfermeiro incumbe

I - privativamente

b) organizaccedilatildeo e direccedilatildeo dos serviccedilos de Enfermagem e de suas atividades teacutecnicas e auxiliares nas empresas prestadoras desses serviccedilos

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c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

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5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

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Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 28: Apostila sae para_e-mail

c) planejamento organizaccedilatildeo coordenaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo dos serviccedilos da assistecircncia de Enfermagem

d) consultoria auditoria e emissatildeo de parecer sobre mateacuteria de Enfermagem

e) consulta de Enfermagem

f) prescriccedilatildeo da assistecircncia de Enfermagem

q) participaccedilatildeo no desenvolvimento de tecnologia apropriada agrave assistecircncia de sauacutede

Art 10 - O Teacutecnico de Enfermagem exerce as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio teacutecnico atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

I - assistir ao Enfermeiro

Art 11 - O Auxiliar de Enfermagem executa as atividades auxiliares de niacutevel meacutedio atribuiacutedas agrave equipe de Enfermagem cabendo-lhe

III - executar tratamentos especificamente prescritos ou de rotina aleacutem de outras atividades de Enfermagem

Brasiacutelia 08 de junho de 1987

Joseacute Sarney

Eros Antonio de Almeida

Dec nordm 94406 de 080687 publicado no DOU de 090687 seccedilatildeo I - fls 8853 a 885

c) COacuteDIGO DE EacuteTICA DOS PROFISSIONAIS DE ENFERMAGEM

CAPIacuteTULO IDos Princiacutepios Fundamentais

Art 1ordm - A Enfermagem eacute uma profissatildeo comprometida com a sauacutede do ser humano e da coletividade Atua na promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo da sauacutede e reabilitaccedilatildeo das pessoas respeitando os preceitos eacuteticos e legais

Art 2ordm - O profissional de Enfermagem participa como integrante da sociedade das accedilotildees que visem satisfazer agraves necessidades de sauacutede da populaccedilatildeo

Art 3ordm - O profissional de Enfermagem respeita a vida a dignidade e os direitos da pessoa humana em todo o seu ciclo vital sem discriminaccedilatildeo de qualquer natureza

Art 4ordm - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiccedila competecircncia responsabilidade e honestidade

Art 5ordm - O profissional de Enfermagem presta assistecircncia agrave sauacutede visando agrave promoccedilatildeo do ser humano como um todo

Art 6ordm - O profissional de Enfermagem exerce a profissatildeo com autonomia respeitando os preceitos legais da Enfermagem

CAPIacuteTULO IIDos Direitos

Art 9ordm - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem quando impedido de cumprir o presente Coacutedigo e a Lei do Exerciacutecio Profissional

CAPIacuteTULO IIIDas Responsabilidades

Art 16 - Assegurar ao cliente uma assistecircncia de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia

Art 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos teacutecnicos cientiacuteficos e culturais em benefiacutecio da clientela coletividade e do desenvolvimento da profissatildeo

Art 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe

CAPIacuteTULO IVDos Deveres

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Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

30

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

33

5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 29: Apostila sae para_e-mail

Art 24 - Prestar agrave clientela uma assistecircncia de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia e imprudecircncia

Art 25 - Garantir a continuidade da assistecircncia de Enfermagem

Art 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperiacutecia negligecircncia ou imprudecircncia por parte de qualquer membro da equipe de sauacutede

d) Resoluccedilatildeo COFEN-2722002 SAE

O Conselho Federal de Enfermagem - COFEN no uso de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais

CONSIDERANDO a Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil promulgada em 05 de outubro de 1998 nos artigos 5ordm XII e 197

CONSIDERANDO a Lei nordm 749886 cc o Decreto nordm 9440686 respectivamente no artigo 11 aliacuteneas c i e j e artigo 8ordm aliacuteneas c e e f

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem aprovado pela Resoluccedilatildeo COFEN 2402000

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees-COFEN nordms 1951997 2672001 e 2712002

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo atividade privativa do enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando accedilotildees de assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo da sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da SAE como praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da SAE constitui efetivamente melhora na qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO os estudos elaborados pela CTACOFEN nos autos do PAD-COFEN Nordm 4897

RESOLVE

Art 1ordm - Ao Enfermeiro incumbe

I - Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreende o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de enfermagem

Para a implementaccedilatildeo da assistecircncia de enfermagem devem ser considerados os aspectos essenciais em cada uma das etapas conforme descriminados a seguir

Histoacuterico Conhecer haacutebitos individuais e biopsicossociais visando a adaptaccedilatildeo do paciente agrave unidade de tratamento assim como a identificaccedilatildeo de problemas

Exame Fiacutesico O Enfermeiro deveraacute realizar as seguintes teacutecnicasinspeccedilatildeo ausculta palpaccedilatildeo e percussatildeo de forma criteriosa efetuando o levantamento de dados sobre o estado de sauacutede do paciente e anotaccedilatildeo das anormalidades encontradas para validar as informaccedilotildees obtidas no histoacuterico

Diagnoacutestico de Enfermagem O Enfermeiro apoacutes ter analisado os dados colhidos no histoacuterico e exame fiacutesico identificaraacute os problemas de enfermagem as necessidades baacutesicas afetadas e grau de dependecircncia fazendo julgamento cliacutenico sobre as respostas do individuo da famiacutelia e comunidade aos problemas processos de vida vigentes ou potenciais

Prescriccedilatildeo de Enfermagem Eacute o conjunto de medidas decididas pelo Enfermeiro que direciona e coordena a assistecircncia de Enfermagem ao paciente de forma individualizada e

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contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

31

Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

33

5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

36

Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

41

AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

42

TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 30: Apostila sae para_e-mail

contiacutenua objetivando a prevenccedilatildeo promoccedilatildeo proteccedilatildeo recuperaccedilatildeo e manutenccedilatildeo da sauacutede

Evoluccedilatildeo de Enfermagem Eacute o registro feito pelo Enfermeiro apoacutes a avaliaccedilatildeo do estado geral do paciente Desse registro constam os problemas novos identificados um resumo sucinto dos resultados dos cuidados prescritos e os problemas a serem abordados nas 24 horas subsequumlentes

Artigo 2ordm - A implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE - deve ocorrer em toda instituiccedilatildeo da sauacutede puacuteblica e privada

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do pacienteclienteusuaacuterio devendo ser composta por

-Histoacuterico de enfermagem

-Exame Fiacutesico

-Diagnoacutestico de Enfermagem

-Prescriccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Evoluccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem

-Relatoacuterio de Enfermagem

Paraacutegrafo uacutenico Nos casos de Assistecircncia Domiciliar - HOME CARE - este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao pacienteclienteusuaacuterio assistido objetivando otimizar o andamento do processo bem como atender o disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Os CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees deveratildeo promover encontros seminaacuterios eventos para subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE

Artigo 5ordm - Eacute de responsabilidade dos CORENS em suas respectivas jurisdiccedilotildees zelar pelo cumprimento desta norma

Artigo 6ordm - Os casos omissos seratildeo resolvidos pelo COFEN

Artigo 7ordm - A presente resoluccedilatildeo entra em vigor na data de sua publicaccedilatildeo revogando disposiccedilotildees em contraacuterio

Rio de Janeiro 27 de agosto de 2002

Gilberto Linhares Teixeira -Coren-RJ Nordm 2380 - Presidente

Carmem de Almeida da Silva- Coren-SP Nordm 2254- Primeira Secretaacuteria

d) Decisatildeo COREN-MT 0252004 SAE

Dispotildee sobre a implantaccedilatildeo e ou implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE nas instituiccedilotildees de sauacutede no acircmbito do Estado de Mato Grossordquo

O Conselho Regional de Enfermagem de Mato Grosso no exerciacutecio de suas atribuiccedilotildees legais e regimentais asseguradas no inciso II III VIII e XIV artigo 15 da lei nordm 590573 e a deliberaccedilatildeo do Plenaacuterio do COREN-MT na 2ordf Sessatildeo da 340ordf Reuniatildeo Ordinaacuteria de Plenaacuterio

CONSIDERANDO art5ordm inciso XII e art197 da Constituiccedilatildeo Federativa do Brasil

CONSIDERANDO as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoirdquo e ldquojrdquo art11 da Lei 749886 e as aliacuteneas ldquocrdquo ldquoerdquo e ldquofrdquo art8ordm do Decreto 9440687

CONSIDERANDO o contido no Coacutedigo de Eacutetica dos Profissionais de Enfermagem

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CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

33

5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 31: Apostila sae para_e-mail

CONSIDERANDO o disposto nas Resoluccedilotildees COFEN nordm 1951997 2672001 2712002 e 2722003

CONSIDERANDO que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE sendo uma atividade privativa do Enfermeiro utiliza meacutetodo e estrateacutegia de trabalho cientiacutefico para a identificaccedilatildeo das situaccedilotildees de sauacutededoenccedila subsidiando a prescriccedilatildeo e implementaccedilatildeo de accedilotildees de Assistecircncia de Enfermagem que possam contribuir para a promoccedilatildeo prevenccedilatildeo recuperaccedilatildeo e reabilitaccedilatildeo em sauacutede do indiviacuteduo famiacutelia e comunidade

CONSIDERANDO a institucionalizaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE como a praacutetica de um processo de trabalho adequado agraves necessidades da comunidade e como modelo assistencial a ser aplicado em todas as aacutereas de assistecircncia agrave sauacutede pelo Enfermeiro

CONSIDERANDO que a implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE constitui efetivamente na melhoria da qualidade da Assistecircncia de Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute o primeiro contato com o cliente para a identificaccedilatildeo de problemas de sauacutede que conduz ao Diagnoacutestico de Enfermagem caracteriacutesticas definidoras em relaccedilatildeo aos fatores de risco e niacuteveis de prevenccedilatildeo

CONSIDERANDO que o exerciacutecio da Consulta de Enfermagem implica em conhecimento competecircncia capacidade de delegar criatividade e afetividade prerrogativas estas que soacute seratildeo reforccediladas por estudos em profundidade e extensatildeo de modo contiacutenuo ou seja educaccedilatildeo continuada

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem beneficiaraacute o Enfermeiro na sua praacutetica profissional disponibilizando ao cliente melhor qualificaccedilatildeo e resolutividade dos problemas face agrave adequada aplicaccedilatildeo da metodologia cientiacutefica no processo assistencial elevando a qualidade dos serviccedilos da Enfermagem

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem deve ser realizada em niacutevel hospitalar ambulatorial a domiciacutelio em consultoacuterio particular ou em outro local

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem eacute uma das atividades ndash fim autocircnoma que independe da supervisatildeo de outro profissional

CONSIDERANDO que a Consulta de Enfermagem caracteriza o Enfermeiro como profissional liberal pois permite ao cliente expressar seus sentimentos facilitando a ambos identificar os problemas de sauacutede priorizando sua resolutividade dentro de um processo participativo estabelecendo o viacutenculo enfermeiro cliente

CONSIDERANDO ainda que a Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE eacute um plano sistemaacutetico ordenado metoacutedico das accedilotildees do Enfermeiro e da Enfermagem

CONSIDERANDO Decisatildeo COFEN Nordm 0152004 que homologa os atos do COREN-MT dispostos na presente Decisatildeo

DECIDE

Artigo 1ordm - Incumbe ao Enfermeiro

I ndash Privativamente

A implantaccedilatildeo planejamento organizaccedilatildeo execuccedilatildeo e avaliaccedilatildeo do processo de Enfermagem que compreende as seguintes etapas

Consulta de Enfermagem

Compreendem o histoacuterico (entrevista) exame fiacutesico diagnoacutestico prescriccedilatildeo e evoluccedilatildeo de Enfermagem Para implantaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem ndash SAE devem ser considerados os aspectos essenciais em cada etapa conforme a seguir

Histoacuterico

Consiste em escutar atentamente o cliente encorajando-o a se expressar plenamente para que se conheccedilam seus haacutebitos individuais e biopsicossociais (percepccedilotildees e expectativas do cliente e de sua famiacutelia condiccedilotildees soacutecio-econocircmicas condiccedilotildees ambientais composiccedilatildeo familiar nutriccedilatildeo hidrataccedilatildeo eliminaccedilotildees oxigenaccedilatildeo sono e repouso lazer e recreaccedilatildeo atividade fiacutesica reproduccedilatildeo e vida sexual) a fim de identificar seus problemas

Exame fiacutesico

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Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

33

5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

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Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 32: Apostila sae para_e-mail

Visa verificar criteriosamente peso e altura pressatildeo arterial exame da cabeccedila face olhos ouvidos nariz pele e mucosas extremidades estado de higiene pessoal e vestimenta bem como as caracteriacutesticas fiacutesicas proacuteprias e os sinais e sintomas fiacutesicos de seus problemas de sauacutede

Diagnoacutestico de Enfermagem

O Enfermeiro identificaraacute problemas a serem atendidos apoacutes colher informaccedilotildees do cliente e constataccedilatildeo dos achados cliacutenicos ou laboratoriais Este diagnoacutestico deve ser modificado conforme for indicando mudanccedilas das respostas do cliente ao seu estado de sauacutede

Prescriccedilatildeo de Enfermagem

Determinaccedilatildeo e execuccedilatildeo de accedilotildees voltadas para o atendimento e soluccedilatildeo dos problemas identificados incluindo-se processo educativo que estimule o autocuidado indicaccedilatildeo de medicamentos e tratamentos vacinas exames laboratoriais orientaccedilatildeo alimentar etc estabelecidos pelo serviccedilo de sauacutede e encaminhamentos a outros profissionais

Evoluccedilatildeo de Enfermagem

Eacute o acompanhamento e anaacutelise da evoluccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede do cliente em termos de resoluccedilatildeo ou natildeo dos problemas identificados enfim eacute um resumo dos cuidados prescritos e realizados e as atividades a serem desenvolvidas nas vinte (24) horas subsequumlentes

Relatoacuterio de Enfermagem

Consiste no registro das accedilotildees de Enfermagem objetivando dar continuidade agrave assistecircncia para fins eacuteticos e realizaccedilatildeo de pesquisas devendo ser redigido dentro de normas com facilidade de interpretaccedilatildeo com qualidade de informaccedilatildeo e legibilidade

Artigo 2ordm - A implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE torna-se obrigatoacuteria em toda instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada (incluindo-se a Assistecircncia Domiciliar Home Care)

Artigo 3ordm - A Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE deveraacute ser registrada formalmente no prontuaacuterio do cliente

Paraacutegrafo Uacutenico ndash Nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care este prontuaacuterio deveraacute permanecer junto ao cliente assistido para que se acompanhe o andamento da assistecircncia bem como atender ao disposto no Coacutedigo de Defesa do Consumidor

Artigo 4ordm - Eacute responsabilidade da instituiccedilatildeo de sauacutede puacuteblica e privada subsidiar teacutecnica e cientificamente os profissionais de Enfermagem na implantaccedilatildeo e implementaccedilatildeo da Sistematizaccedilatildeo da Assistecircncia de Enfermagem - SAE obedecendo-se os seguintes prazos a seguir

a) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes considerados graves criacuteticos e de Unidade de Terapia Intensiva (adulto infantil e neo ndash natal) e um miacutenimo percentual de 10 e 20 a ser determinado pelo Enfermeiro nos casos de Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care e Ambulatoacuterios considerando ndash se a incidecircncia epidemioloacutegica e ou cadastro epidemioloacutegico associado aos niacuteveis de riscos envolvidos

b) ateacute doze meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todos os pacientes internados ou assistidos (casos de Ambulatoacuterios Assistecircncia Domiciliar ndash Home Care)

c) ateacute nove meses agrave partir da publicaccedilatildeo a todo paciente portador de Doenccedila Crocircnico ndash degenerativo Doenccedila Sexualmente Transmissiacutevel ou natildeo Gestantes de alto meacutedio e baixo risco e aos enquadrados dentro do programa de imunizaccedilatildeo em todas as Unidades da Rede Baacutesica de Sauacutede

Artigo 5ordm - Os casos omissos no presente ato decisoacuterio seratildeo resolvidos pelo COREN ndash MT

Artigo 6ordm - A presente decisatildeo entraraacute em vigor apoacutes homologaccedilatildeo pelo COFEN e devida publicaccedilatildeo no oacutergatildeo de Imprensa Oficial do Conselho

Cuiabaacute-MT 26 de marccedilo de 2004

Drordf Geralda Lopes da Silva Dr Vicente Pereira Guimaratildees

32

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

33

5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

35

Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

36

Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

37

PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

38

7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 33: Apostila sae para_e-mail

COREN-MT-1633 COREN-MT-23641

Secretaacuteria Presidente

Bibliografia

wwwportalcofengovbr

wwwcoren-mtgovbr

PARTE 3

O PROCESSO DE ENFERMAGEM

CAPITULO 1 NOCcedilOtildeES GERAIS SOBRE 0 PROCESSO DE ENFERMAGEM

Apresentamos definiccedilotildees e Modelos Esquemaacuteticos do Processo de Enfermagem na visatildeo de diversas autoras

Segundo Wanda de Aguiar Horta - 1979 o Processo de Enfermagem (PE) eacute a dinacircmica das accedilotildees sistematizadas e inter-relacionadas visando agrave assistecircncia ao ser humano Caracteriza-se pelo inter-relacionamento de dinamismo de suas fases ou passos

1 Histoacuterico de Enfermagem 2 Diagnoacutestico de Enfermagem

Indiviacuteduo

6 Prognoacutestico Famiacutelia 3 Plano Assistencial

Comunidade

33

5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

34

Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

35

Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

36

Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

37

PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

38

7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

39

1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

40

3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

41

AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 34: Apostila sae para_e-mail

5 Evoluccedilatildeo 4 Prescriccedilatildeo

Para Atkinson e Murray-1989 a praacutetica de enfermagem requer habilidades de observaccedilatildeo comunicaccedilatildeo reflexatildeo aplicaccedilatildeo do conhecimento das ciecircncias fiacutesicas e do comportamento aleacutem de se fazer apreciaccedilotildees e tomar decisotildees O PE eacute uma tentativa de melhorar a qualidade da assistecircncia ao paciente na medida em que eacute planejada para alcanccedilar as necessidades especiacuteficas do paciente sendo entatildeo redigida de forma a que todas as pessoas envolvidas no tratamento possam ter acesso ao plano de assistecircncia O PE tambeacutem contribui para o crescimento profissional de cada enfermeiro

Conforme Baacuterbara Krass Timby-2001 PE eacute uma sequumlecircncia organizada de etapas identificadas como levantamento de dados diagnoacutestico planejamento implementaccedilatildeo e avaliaccedilatildeo utilizada pelos enfermeiros para solucionar problemas dos pacientes Quando os enfermeiros colocam em praacutetica os modelos do processo de enfermagem os pacientes recebem cuidados altamente qualificados

Para as autoras o PE possui sete caracteriacutesticas distintas 1ordf encontra-se no acircmbito legal de enfermagem 2ordf baseia-se no conhecimento 3ordfeacute planejado 4ordf eacute centrado no paciente 5ordf eacute voltado a metas 6ordf tem prioridades 7ordf eacute dinacircmico

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Identificaccedilatildeo do Problema-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados e anaacutelise-elaboraccedilatildeo do diagnoacutestico de enfermagem

Avaliaccedilatildeo-avaliaccedilatildeo das metas alcanccediladas-reformulaccedilatildeo do plano assistencial

Implementaccedilatildeo-validar plano de assistecircncia-documentar plano de assistecircnciaPrestar assistecircncia de EnfermagemContinuar coleta de dados

Planejamento-estabelecer prioridades-realizar objetivos-planejar as accedilotildees de enfermagem

Levantamento de dados-coleta de dados-organizaccedilatildeo dos dados

Avaliaccedilatildeo-monitoramento do resultado no paciente-soluccedilatildeo manutenccedilatildeo e revisatildeo do plano de enfermagem

Planejamento-priorizaccedilatildeo de problemas-identificaccedilatildeo de resultados

Diagnoacutestico-anaacutelise dos dados-identificaccedilatildeo dos diagnoacutesticos e dos problemas colaborativos

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

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Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

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Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 35: Apostila sae para_e-mail

Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados

35

Implementaccedilatildeo-realizaccedilatildeo das ordens da enfermagem-documentaccedilatildeo dos cuidados-seleccedilatildeo de intervenccedilotildees de enfermagem-documentaccedilatildeo do plano de cuidados

Investigaccedilatildeo

Diagnoacutestico

Planejamento

Implementaccedilatildeo

Avaliaccedilatildeo

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

36

Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

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PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

38

7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

39

1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

41

AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 36: Apostila sae para_e-mail

1 O QUE Eacute PROCESSO DE ENFERMAGEM

ldquoUm meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejadosrdquo (Levefre 2000)

SISTEMAacuteTICO - por se constituir de 05 fases

Investigaccedilatildeo Diagnoacutestico Planejamento Implementaccedilatildeo Avaliaccedilatildeo

HUMANIZADO - porque o planejamento e cuidados consideram exclusivamente interesses ideais e desejos da pessoa famiacutelia ou comunidade

2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM

1 INVESTIGACcedilAtildeO coleta e exame da informaccedilatildeo sobre a situaccedilatildeo de sauacutede procurando evidecircncias de fatores anormais ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de sauacutede

2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA2 DIAGNOacuteSTICO = IDENTIFICACcedilAtildeO DO PROBLEMA anaacutelise dos dados e identificaccedilatildeo dos problemas reais e potenciais que satildeo a base para o plano de cuidados

3 PLANEJAMENTO 04 ETAPAS CHAVE

31 DETERMINACcedilAtildeO DAS PRIORIDADES IMEDIATAS quais necessitam atenccedilatildeo imediata Quais seratildeo encaminhados para outra pessoa Quais exigem abordagem multidisciplinar

32 ESTABELECIMENTO DOS RESULTADOS ESPERADOS = metas O que eacute esperado que o paciente ou cliente atinja e em quanto tempo

33 DETERMINACcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeES que intervenccedilotildees seratildeo prescritas para obtenccedilatildeo dos resultados

34 REGISTRO OU INDIVIDUALIZACcedilAtildeO DO PLANO DE CUIDADOS redigir o plano ou adaptar um plano padronizado

4 IMPLEMENTACcedilAtildeO coloca o plano em accedilatildeo

Investiga a situaccedilatildeo atual da pessoa antes de agir Realiza as intervenccedilotildees Comunica e registra

5 AVALIACcedilAtildeO determina

se os resultados esperados foram atingidos se as intervenccedilotildees foram efetivas se necessaacuterias modificaccedilotildees existem novas prioridades de cuidados

CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO

36

Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

37

PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 37: Apostila sae para_e-mail

Caracteriacutesticas

Determinaccedilatildeo da situaccedilatildeo de sauacutede atraveacutes da coleta de dados

A Investigaccedilatildeo eacute um processo permanente

Recursos utilizados para coleta de dados

cliente famiacutelia comunidade

pessoas significativas

registros de enfermagem e meacutedicos

consultas verbais ou escritas

estudos diagnoacutesticos e literatura relevante

A entrevista e o Exame Fiacutesico proporcionam as informaccedilotildees mais significativas determinaratildeo os demais passos do Processo de Enfermagem

ldquoAs pessoas que procuram o atendimento de sauacutede estejam bem ou gravemente enfermas se encontram em uma posiccedilatildeo extremamente vulneraacutevel necessitam saber que estatildeo em boas matildeos e que sua principal preocupaccedilatildeo seraacute abordadardquoLefevre 2000

ANTES DE IR PARA A ENTREVISTA

organize-se

natildeo confie na memoacuteria

planeje tempo suficiente

garanta privacidade

concentre-se

visualize-se como sendo confiante uacutetil calorosa

AO INICIAR A ENTREVISTA

- informar seu nome e posiccedilatildeo

- saber nome da pessoa e como quer ser chamada

DURANTE A ENTREVISTA total atenccedilatildeo sem pressa

COMO OUVIR com empatia encorajar a falar ouvir sentimentos assim como palavras

COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS

1ordm perguntar sobre o problema principal

2ordm obtenha informaccedilotildees especiacuteficas sobre sinais e sintomas

3ordm natildeo use perguntas indutoras

4ordm use declaraccedilotildees exploratoacuterias

5ordm use teacutecnicas de comunicaccedilatildeo que favoreccedilam sua capacidade de pensar criticamente

EXAME FIacuteSICO

COMO SER ACERTIVO

1ordm ser tecnicamente profundo

2ordm ser sistemaacutetico

3ordm habilidoso

INSPECcedilAtildeO observar cuidadosamente com dedos olhos ouvidos olfato

AUSCULTACcedilAtildeO ouvir com estetoscoacutepio

PALPACcedilAtildeO tocar e pressionar para testar dor sentir estruturas internas

37

PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

38

7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 38: Apostila sae para_e-mail

PERCUSSAtildeO golpeara superfiacutecie para verificar reflexos ou liacutequidos (dedos martelo de percussatildeo)

AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS

Dados objetivos

Dados subjetivos

Os dados que o enfermeiro coletar seratildeo dispostos conforme modelo conceitual do serviccedilo de enfermagem expresso no instrumento elaborado para realizaccedilatildeo da Investigaccedilatildeo

Apresento a seguir exemplos de taxonomias que poderatildeo orientar a elaboraccedilatildeo de impressos para coleta de dados lembrando que devem refletir o modelo conceitual elaborado pelo serviccedilo de enfermagem da instituiccedilatildeo

Organizaccedilatildeo dos dados pela Teoria das NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS de Maslow

1 NECESSIDADES FISIOLOacuteGICAS alimentaccedilatildeo liacutequidos oxigecircnio eliminaccedilatildeo calor conforto fiacutesico

2 NECESSIDADES DE SEGURANCcedilACoisas necessaacuteria para seguranccedila fiacutesica como bengala e para a seguranccedila psicoloacutegica como brinquedo favorito da crianccedila

3 NECESSIDADE DE AMAR E PERTENCERFamiacutelia e pessoas significativas

NECESSIDADE DE AUTO-ATUALIZACcedilAtildeONecessidade de crescer modificar-se atingir uma meta

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS segundo Wanda de Aguiar Horta

1 PSICOBIOLOacuteGICAS oxigenaccedilatildeo hidrataccedilatildeo nutriccedilatildeo eliminaccedilatildeo sono e repouso exerciacutecio e atividade fiacutesica sexualidade abrigo mecacircnica corporal integridade cutacircneo-mucosa integridade fiacutesica Regulaccedilatildeo teacutermica hormonal neuroloacutegica hidrosalina eletroliacutetica imunoloacutegica crescimento celular vascular percepccedilatildeo olfativa gustativa taacutetil visual dolorosa locomoccedilatildeo ambiente terapecircutica

2PSICOSOCIAIS seguranccedila amor liberdade comunicaccedilatildeo criatividade aprendizagem gregaacuteria recreaccedilatildeo lazer espaccedilo orientaccedilatildeo no tempo e espaccedilo aceitaccedilatildeo auto-realizaccedilatildeo auto-estima auto-imagem participaccedilatildeo atenccedilatildeo

3PSICOESPIRITUAIS religiosas ou teoloacutegica eacutetica ou de filosofia de vida

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES FUNCIONAIS DE SAUacuteDE de Gordon

1 PERCEPCcedilAtildeO DE SAUacuteDECONTROLE DE SAUacuteDE Percepccedilatildeo do estado geral de sauacutede do bem-estar Adesatildeo agraves praacuteticas preventivas de sauacutede

2 NUTRICIONAL ndash METABOacuteLICO padrotildees de ingesta de alimentos e de liacutequidos Equiliacutebrio hiacutedrico e eletroliacutetico capacidade geral de cicatrizaccedilatildeo

3 ELIMINACcedilAtildeO padrotildees da funccedilatildeo excretoacuteria intestinal urinaacuteria e da pele e Percepccedilatildeo do cliente

4 ATIVIDADEEXERCIacuteCIO padratildeo de exerciacutecio-atividades lazer recreaccedilatildeo e atividades da vida diaacuteria fatores que interferem no padratildeo individual desejado ou esperado

5 COGNITIVO-PERCEPTIVO adequaccedilatildeo dos modos sensoriais como audiccedilatildeo visatildeo paladar toque olfato percepccedilatildeo da dor as capacidades cognitivas funcionais

6 SONOREPOUSO padrotildees de sono e periacuteodos de repousorelaxamento durante as 24 h do dia assim como a qualidade e a quantidade

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7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 39: Apostila sae para_e-mail

7 AUTOPERCEPCcedilAtildeOAUTOCONCEITO atitudes sobre siacute mesmo percepccedilatildeo das capacidades imagem corporal sentido geral de valor e padrotildees emocionais

8 PAPELRELACIONAMENTO percepccedilatildeo dos principais papeacuteis e responsabilidades na Situaccedilatildeo de vida atual

9 SEXUALIDADEREPRODUCcedilAtildeO satisfaccedilatildeo ou insatisfaccedilatildeo percebidas com a sexualidadePadratildeo e estaacutegio reprodutivo

10ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE padrotildees gerais de enfrentamento toleracircncia ao estresse sistemas de apoio e capacidade percebida para controlar as situaccedilotildees

11VALORCRENCcedilAS valores metas ou crenccedilas que orientam as escolhas ou decisotildees

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme PADROtildeES DA RESPOSTA HUMANA-PESSOA UNITAacuteRIA NANDA (taxonomia I)

1 TROCAS situaccedilatildeo nutricional temperatura eliminaccedilatildeo oxigenaccedilatildeo circulaccedilatildeo equiliacutebrio hiacutedrico pele e mucosas risco de traumatismo2 COMUNICACcedilAtildeO capacidade de expressar os pensamentos verbalmente orientaccedilatildeo deficiecircncia da fala barreiras idiomaacuteticas3 RELACcedilAtildeO estabelecimento de viacutenculos interaccedilatildeo social sistemas de apoio desempenho de papel paternidade o papel sexual4 VALORIZACcedilAtildeO preferecircncias e praacuteticas religiosas e culturais relacionamento com a divindade percepccedilatildeo do sofrimento aceitaccedilatildeo da doenccedila5 ESCOLHA capacidade para aceitar ajuda e tomar decisotildees adaptaccedilotildees agrave situaccedilatildeo de sauacutede desejo de independecircnciadependecircncia negaccedilatildeo do problema adesatildeo agraves terapias6 MOVIMENTO toleracircncia agrave atividade capacidade de autocuidado padrotildees de sono atividades de diversatildeo histoacuteria de incapacidade necessidade de seguranccedila amamentaccedilatildeo7 PERCEPCcedilAtildeO imagem corporal auto-estima capacidade de usar os cinco sentidos significado de esperanccedila percepccedilatildeo da capacidade de controlar a situaccedilatildeo atual8 CONHECIMENTO conhecimento sobre a doenccedila atual ou terapias doenccedilas preacutevias fatores de risco expectativas sobre a terapia capacidade cognitiva prontidatildeo para aprender orientaccedilatildeo memoacuteria9 SENTIMENTO dor luto risco de violecircncia niacutevel de ansiedade integridade emocional

Organizaccedilatildeo dos dados coletados na investigaccedilatildeo conforme NANDA (taxonomia II)

1 PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE consciecircncia da sauacutede controle da sauacutede2 NUTRICcedilAtildeO ingestatildeo digestatildeo absorccedilatildeo metabolismo hidrataccedilatildeo3 ELIMINACcedilAtildeO sistema urinaacuterio sistema gastrintestinal sistema tegumentar sistema pulmonar4 ATIVIDADEREPOUSO sono e repouso atividadeexerciacutecio equiliacutebrio de energia respostas cardiovasculares e pulmonar5PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeOatenccedilatildeoorientaccedilatildeosensaccedilatildeopercepccedilatildeocogniccedilatildeocomunicaccedilatildeo6 AUTO-PERCEPCcedilAtildeO auto-conceito auto-estima imagem corporal7 RELACIONAMENTOS DE PAPEL papeacuteis do cuidador relaccedilotildees familiares desempenho de papel8 SEXUALIDADE identidade sexual funccedilatildeo sexual reproduccedilatildeo9 ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSE resposta poacutes-trauma resposta de enfrentamento estresse neuro-comportamental10 PRINCIacutePIOS DE VIDA valores crenccedilas congruecircncia entre valorescrenccedilaaccedilatildeo11 SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeO infecccedilatildeo lesatildeo fiacutesica violecircncia riscos ambientais processos defensivos termorregulaccedilatildeo12 CONFORTO conforto fiacutesico conforto ambiental conforto social13 CRECIMENTODESENVOLVIMENTO crescimento desenvolvimento

ATIVIDADE 1) Agrupar os dados abaixo descritos conforme teoria que embasa o serviccedilo de enfermagem

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1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 40: Apostila sae para_e-mail

1Homem de 21 anos 2Casado sem filhos 3Ocupaccedilatildeo Bombeiro 4Altura 182 m peso 80 kg 5Temperatura 366degC Pulso 60 Respiraccedilatildeo 16 6Pressatildeo sanguiacutenea 11060 7Inconsciente devido a traumatismo cefaacutelico 8Respiraccedilatildeo espontacircnea 9Pulmotildees limpos

10Histoacuteria de convulsotildees 11Foley drenando urina clara 12Esposa relata que estaacute sempre constipado 13Alimentaccedilatildeo por sonda nasogaacutestrica a cada 4 horas 14Extremidades riacutegidas 15Aacutereas avermelhadas nos dois cotovelos 16Aleacutergico agrave penicilina17Esposa relata que antes do acidente ele se orgulhava de estar com bom condicionamento18Esposa relata que estavam considerando a conversatildeo para o catolicismo antes do acidente

a) Organizaccedilatildeo dos dados pelas Necessidades Humanas Baacutesicas (Maslow)1 Fisioloacutegicas 14 2 Seguranccedila 3 Amar e pertencer 4 Auto-estima 5 Auto-atua1izaccedilatildeo

b) Organizaccedilatildeo dos dados pelos padrotildees funcionais de sauacutede de Gordon 1 Padratildeo de percepccedilatildeomanutenccedilatildeo da sauacutede 2 Padratildeo nutricionalmetaboacutelico 3 Padratildeo de eliminaccedilatildeo 4 Padratildeo de atividade-exerciacutecio 5 Padratildeo cognitivo-perceptivo6 Padratildeo de sono-repouso 7 Padratildeo de autopercepccedilatildeo-autoconceito 8 Padratildeo de participaccedilatildeo-relacionamento 9 Padratildeo de sexualidade-reproduccedilatildeo 10 Padratildeo de enfrentamento-toleracircncia ao estresse11Padratildeo de valor-crenccedila

c) Organizaccedilatildeo dos dados pelos sistemas orgacircnicos para determinar o que deve ser encaminhado ao meacutedico

1 Sinais vitais (perfil do cliente) 2 Sistema respiratoacuterio 3 Sistema cardiovascular 4 Sistema nervoso 5 Sistema muacutesculo-esqueleacutetico 6 Sistema gastrintestinal 7 Sistema geniturinaacuterio 8 Sistema tegumentar

2 Transformar em perguntas abertas1 vocecirc estaacute se sentindo melhor2 Vocecirc gostou do jantar3 Vocecirc estaacute com dor4 Vocecirc natildeo vai andar

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3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

48

WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 41: Apostila sae para_e-mail

3 Transformar em perguntas investigativas1 tenho estado meio doente este mecircs2 Nada daacute certo para mim3 Parece haver uma dor em meu lado direito

que vem e vai4 Estou tendo uma sensaccedilatildeo estranha haacute

uma semana

4)Anaacutelise de agrupamentos de dados em impressos de diversas instituiccedilotildees de sauacutede5) Elaboraccedilatildeo de um impresso dentro de um referencial teoacuterico

CAPIacuteTULO 3 2ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 O QUE Eacute DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute uma atividade intelectual do enfermeiro na qual ele usa suas habilidades criacuteticas para identificar e julgar problemas de sauacutede aleacutem de determinar a natureza deles possibilitando o planejamento das accedilotildees de enfermagemrdquo ( Wilkerson 1992 Carpenito 1994 Iyer Taptich Bernocchi-Losey 1993)

ldquoO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM eacute um julgamento cliacutenico sobre as respostas do indiviacuteduo da famiacutelia ou da comunidade aos problemas de sauacutedeprocessos vitais reais ou potenciais que embasa a seleccedilatildeo das intervenccedilotildees de enfermagem visando ao alcance dos resultados pelos quais a enfermeira eacute responsaacutevelrdquo (definiccedilatildeo aprovada pela NANDA 1990)

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PELA ENFERMEIRA clarifica a funccedilatildeo da enfermeira distingue seu campo de atuaccedilatildeo Favorece a autonomia profissional Requer responsabilidade de avaliar o cliente determinar e intervir adequadamente Cria linguagem comum que auxilia o desenvolvimento da Metodologia da Assistecircncia de

Enfermagem Aprofundamento permanente do conhecimento do enfermeiro

IMPORTAcircNCIA DE SUA UTILIZACcedilAtildeO PARA A ENFERMAGEM Instrumento adequado para expressar a praacutetica da enfermagem Fortalecimento poliacutetico da enfermagem Respaldo legal para o profissional Indica qualidade da assistecircncia

2 BREVE HISTORICO1953 ndash Fry identificou 05 aacutereas de necessidades dos clientes de domiacutenio da enfermagem1950 ndash McManus primeira a usar o termo na literatura de enfermagem para escrever as funccedilotildees do profissional enfermeiro1960 ndash Abdellah desenvolveu lista de 21 problemas de enfermagem considerado um dos primeiros sistemas de classificaccedilatildeo para praacutetica enfermagem1973 ndash ANA ndash Ameacuterican Nurses Association utilizou o termo ao desenvolver os padrotildees gerais para a praacutetica de enfermagem (oito padrotildees) baseados no processo de enfermagem1982 ndash criaccedilatildeo da NANDA ndash Associaccedilatildeo Norte Americana de Diagnoacutestico de Enfermagem

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AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

47

2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

48

WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 42: Apostila sae para_e-mail

AMERICAN NURSES ASSOCIATION ndash ANA1986

SOLICITA A INSERCcedilAtildeO DA CLASSIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNAS ldquoOUTRAS CLASSIFICACcedilOtildeES RELACIONADAS Agrave SAUacuteDErdquo DO CID-10

A OMS ACEITOU e ldquorecomendou a formulaccedilatildeo de um sistema de classificaccedilatildeo internacional para a enfermagem que deveria ser conduzido por uma entidade internacional de enfermagem para que dessa forma fosse representativa da enfermagem mundial (Lang e Gebbie 1989)rdquo

EM -1989 no CONGRESSO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM DE SEUL

Desencadeou-se o processo de FORMULACcedilAtildeO DE UM SISTEMA para descrever a praacutetica de enfermagem a partir de uma nomenclatura compartilhada por enfermeiros de todo mundo

O CONSELHO INTERNACIONAL DE ENFERMAGEM-CIE verificou que jaacute havia sistemas de

classificaccedilatildeo desenvolvidos na Aacuteustria Sueacutecia Beacutelgica Dinamarca e Estados Unidos

AS CLASSIFICACcedilOtildeES foram analisados pela comissatildeo da CID-10 e as aceitas publicadas em 1993

Classificaccedilatildeo Internacional para a Praacutetica de Enfermagem ndash CIPE ldquomiddotrdquo

O CIE identificou direcionamento hospitalar na publicaccedilatildeo 1993

1994 EM TEXCALAMEacuteXICO foi criado o SISTEMA INTERNACIONAL PARA AacuteREA DE SAUacuteDE

COLETIVA ndash CIPESC

BRASIL MATO GROSSOOs diagnoacutesticos de Enfermagem no Brasil

1970 ndash Wanda Aguiar Horta inclui no processo de enfermagem a etapa Diagnoacutestico de Enfermagem1980- os DE aparecem em dissertaccedilotildees de mestrado e satildeo incluiacutedos nos curriacuteculos faculdades1995 - ABEN NACIONAL REALIZOU ldquoI Encontro Internacional para paiacuteses de liacutengua estrangeirardquo onde se elaborou um protocolo de organizaccedilatildeo

para pesquisa nacional de Diagnoacutesticos de Enfermagem1996 - ldquoI oficina de trabalho onde foi elaborado o Projeto de Classificaccedilatildeo Nacional da Praacutetica de Enfermagem em Sauacutede Coletivardquo1998 ndash ABEN e Grupo de Estudos sobre Metodologia da Assistecircncia (GEMA - Paranaacute) realizou primeiro Simpoacutesio Nacional sobre diagnoacutestico de enfermagemldquoProcesso de construccedilatildeo de linguagem compartilhada que expresse o que as enfermeiras fazem relacionado a quais necessidades e para alcanccedilar quais objetivosrdquo (CIE 1996)2000- Os diagnoacutesticos de enfermagem publicados pela NANDA comeccedilam a ser utilizados nos serviccedilos e no ensino2003- Escola de Sauacutede Puacuteblica do Estado de Mato Grosso realiza oficinas para instrumentalizar enfermeiros dos Hospitais regionais do Estado quanto ao PE especialmente diagnoacutestico de enfermagem2004- O COREN-MT realiza oficinas com Responsaacuteveis Teacutecnicos dos Serviccedilos de Enfermagem de MT sobre SAE enfatizando utilizaccedilatildeo dos DE2005- O COREN-MT manteacutem oficinas em poacutelos regionais do estado para estudo da SAE e revisatildeoaprendizagem de elaboraccedilatildeo dos DE

3 COMPONENTES DO DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

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TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

47

2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

48

WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 43: Apostila sae para_e-mail

TIacuteTULO estabelece um nome para um diagnoacutestico DEFINICcedilAtildeO descriccedilatildeo clara e precisa do tiacutetulo seu significadoCARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS sinais e sintomas Eacute descrita como CRIacuteTICA ndash se precisa estar presente para se estabelecer o diagnoacutestico MENOR ndash se proporciona evidecircncia de sustentaccedilatildeo ao diagnoacutestico mas natildeo estaacute presente MAIOR ndash se estaacute usualmente presente se o diagnoacutestico existeFATORES RELACIONADOS Satildeo condiccedilotildees ou circunstacircncias que causam ou contribuem para o desenvolvimento do diagnoacutestico

FATORES DE RISCO fatores ambientais elementos fisioloacutegicos psicoloacutegicos geneacuteticos quiacutemicos que aumentam a vulnerabilidade de um indiviacuteduo de uma famiacutelia ou de uma comunidade a um evento insalubre

4 REGRAS PARA REDIGIR DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM

1 DIAGNOacuteSTICO REALTIacuteTULO + FATORES RELACIONADOS + CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (o que causa ou contribui) (sinais e sintomas) 2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCO TIacuteTULO + FATORES DE RISCO (aquilo que aumenta a vulnerabilidade) 3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR TIacuteTULO + CARACTERIacuteSTICAS DEFINIDORAS

4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROME TIacuteTULO

Para ligar o TIacuteTULO ao FATOR RELACIONADO (CAUSA) usar as palavras ANTECEDENTES A

ASSOCIADOS COMRELACIONADOS ACONTRIBUINTES PARAESTIMULADORES

Para ligar FATOR RELACIONADO agrave CARACTERIacuteSTICA DEFINIDORA (SINAIS E SINTOMAS) usar as palavras

MANIFESTADO PORCARACTERIZADO POR EVIDENCIADO POR

EXEMPLOS 1 DIAGNOacuteSTICO REAL OU VIGENTEEliminaccedilatildeo urinaacuteria alterada RELACIONADA A infecccedilatildeo do trato urinaacuterio MANIFESTADA POR disuacuteria2 DIAGNOacuteSTICO DE RISCORisco para auto mutilaccedilatildeo RELACIONADO A sentimento de rejeiccedilatildeo aversatildeo por si mesmo3 DIAGNOacuteSTICO DE BEM ESTAR

Potencial para enfrentamento comunitaacuterio EVIDENCIADO POR comunicaccedilatildeo positiva entre membros da comunidade4 DIAGNOacuteSTICO DE SIacuteNDROMESiacutendrome do estupro Siacutendrome do desuso

ATIVIDADE EXERCIacuteCIO DE FORMULACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS

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EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

48

WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 44: Apostila sae para_e-mail

EXERCIacuteCIO 1 -RELATIVOS A IDENTIFICACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM

Utilize a lista de diagnoacutestico ABAIXO para identificar o Diagnoacutestico de Enfermagem adequada agraves situaccedilotildees descritas

Tiacutetulo de Diagnoacutesticos1Fadiga 2Ansiedade 3Integridade da pele prejudicada4Deacuteficit de conhecimento 5Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas

6Risco para integridade da pele prejudicada 7Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que a necessidade 8Mobilidade no leito prejudicada 9Comunicaccedilatildeo prejudicada

1 Sr Joseacute obeso apresenta sudorese excessiva encontra-se confinado ao leito

2 Jaci apresenta incapacidade de falar ou compreender o portuguecircs

3 Caacutessia incontinecircncia urinaacuteria aacuterea perineal vermelha e escoriaccedilatildeo

4 Faacutebio declara sentir-se um tanto nervoso mas natildeo consegue detectar a causa Encontra-se inquieto olha em torno natildeo faz bom contato visual

5 Carla refere estar se alimentando muito pouco devido a desconforto na garganta 6 Joatildeo refere natildeo saber como aplicar a injeccedilatildeo de insulina

7 Adriana relata estar sem apetite haacute duas semanas Estaacute 10 quilos abaixo do peso recomendado

8 Daniel Declara estar resfriado haacute duas semanas devido a dor na parte inferior das costas evita tossir apesar de ter vontade Escarra muco branco e espesso

9 Joana refere dificuldade para virar-se de um lado para outro e de mover-se da posiccedilatildeo supina para a posiccedilatildeo sentada

10 Jafie refere incapacidade de restaurar energias mesmo apoacutes o sono falta de energia Seu hematoacutecrito evidencia anemia severa

EXERCIacuteCIO 2 - RELATIVOS A DECLARACcedilAtildeO DE DIAGNOacuteSTICOS Escolha o diagnoacutestico apropriado e redija uma declaraccedilatildeo de diagnoacutestico

Diagnoacutestico real ou vigente

(RELACIONADOS A) (MANIFESTADO POR) TITULO + FATORES RELACIONADOS + caracteriacutestica DEFINIDORA Diagnoacutestico + que causa ou contribui + sinais e sintomas

Diagnoacutestico de risco ou potencial

(RELACIONADOS A)Tiacutetulo + FATOR DE RISCO

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Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 45: Apostila sae para_e-mail

Diagnoacutestico + aumentam a vulnerabilidade

Os dados apresentados abaixo combinam com um dos seguintes diagnoacutesticos Impotecircncia Nutriccedilatildeo alterada ingestatildeo menor que as necessidades corporais Mucosa oral alterada Desobstruccedilatildeo ineficaz das vias aeacutereas Alto risco para integridade da pele Manutenccedilatildeo da sauacutede alterada Anguacutestia espiritual

1 O Sr Antocircnio apresentou as seguintes indicaccedilotildees Dados subjetivos solicita ajuda para expelir as secreccedilotildees declara que consegue desobstruir as vias aeacutereas com ajuda da aspiraccedilatildeo Dados Objetivos secreccedilatildeo copiosa do tubo de traqueotomia Diagnoacutestico de Enfermagem

2 Aline apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar sem apetite haacute duas semanas devido agrave depressatildeo Dados Objetivos perdeu 3 quilos desde a uacuteltima consulta estaacute 5 quilos abaixo do peso esperado Diagnoacutestico de Enfermagem

3 Josias apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata estar deprimido e natildeo ter controle sobre as atividades de sua vida diaacuteria Dados Objetivos ela eacute quadripleacutegica e tem horaacuterio rigoroso de fisioterapia diaacuteria Diagnoacutestico de Enfermagem

4 Abel apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos solicita ajuda para higienizar a boca Dados Objetivos respiraccedilatildeo pela boca liacutengua saburrosa halitose Diagnoacutestico de Enfermagem

5 Jaime apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos relata incapacidade de abandonar os viacutecios de fumar e beber Dados Objetivos fez uma aposta e parou de fumar e beber por 5 dias Diagnoacutestico de Enfermagem

6 Fabriacutecio apresenta os seguintes sinais e sintomas Dados subjetivos refere que tem dificuldade para mover-se Dados Objetivos turgor e elasticidade da pele diminuiacutedos mantem-se imoacutevel Diagnoacutestico de Enfermagem

7 Angela apresenta os seguintes sinais e sintomas

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Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 46: Apostila sae para_e-mail

Dados subjetivos refere que estaacute sendo castigada por Deus porque haacute tempos natildeo vai a igreja Dados Objetivos solicitou a presenccedila do padre e encontra-se chorosa Diagnoacutestico de Enfermagem

CAPIacuteTULO 4 3ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM ndash PLANEJAMENTO

1 CONSISTE EM Estabelecer prioridades e resultados Determinar prescriccedilotildees de enfermagem Registrar plano de cuidadosOBJETIVOS Promover a comunicaccedilatildeo entre cuidadores Direcionar o cuidado e a documentaccedilatildeo Criar registro para avaliaccedilotildees pesquisa uso legal Documentaccedilatildeo das necessidades de atendimentoplano sauacutede

2 PLANO DE CUIDADOSComponentes do plano de cuidados DIAGNOacuteSTICOS OU PROBLEMASESTABELECIMENTO DE PRIORIDADE

Qual problema exige plano de cuidados RESULTADOS ESPERADOS

Quais resultados esperados e a partir de quando espera vecirc-los DESCRICcedilAtildeO DAS INTERVENCcedilOtildeESPRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM

O que seraacute feito para alcanccedilar resultados esperados

1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES Escolher meacutetodo para designar prioridades Priorizar problemas que satildeo fatores contribuintes para outros problemas Determinar os que necessitam atenccedilatildeo imediata Identificar problemas de soluccedilatildeo simples Determinar como cada problema seraacute controladoResponsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E

MULTIDISCIPLINARES- DIAGNOacuteSTICO DE ENFERMAGEM responsaacutevel exclusivo para detectar e controlar o problema- PROBLEMAS COLABORATIVOS responsaacutevel por plano que monitore detecte sinais e sintomas de complicaccedilotildees potenciais e implementaccedilatildeo de prescriccedilotildees meacutedicas com seguranccedila- PROBLEMAS MULTIDISCIPLINARES deve refletir o resultado desejado para a alta

2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOSMede o sucesso do planoDirigem as intervenccedilotildees ldquoVocecirc deve saber o que alcanccedilar antes de decidir como(Lefevre2000)COMO REGISTRAR OS RESULTADOS ESPERADOS OU SEJA COMO FORMULAR AS METAS SUJEITO a pessoa VERBO accedilotildees que a pessoa deve realizar CONDICcedilAtildeO sob quais circunstacircncias a pessoa realiza a accedilatildeo CRITEacuteRIO DE DESEMPENHO como deve ser o desempenho da pessoa TEMPO ESPERADO quando eacute esperado que a pessoa desenvolva a accedilatildeoEXEMPLO Joatildeo andara sem auxilio ateacute o final do corredor ao final de uma semana

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3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

48

WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

50

AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

51

Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 47: Apostila sae para_e-mail

3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM Satildeo intervenccedilotildees de enfermagem realizadas para Monitorar o estado de sauacutede Minimizar riscos Resolver ou controlar problemas Auxiliar nas atividades diaacuterias Promover a sauacutede e a independecircnciaO que deve conter

DATA VERBO - no infinitivo SUJEITO - quem deve fazer FRASE DESCRITIVA - como quando onde com que frequumlecircncia por quanto tempo

quanto ASSINATURA - ser consistente sobre o que assina

ESCOLHA DE VERBOS

Ao escrever seu plano ou seja estabelecer resultados esperados utilize VERBOSMENSURAacuteVEIS

Escolher Descrever Desempenhar Relatar Afirmar Listar Verbalizar

Segurar Demonstrar Compartilhar Expressar Perder Ganhar Ter ausecircncia de

Exercitar Comunicar Tossir Caminhar Ficar de peacute Sentar Discutir

COGNITIVO AFETIVO PSICOMOTOR Ensinar Discutir Identificar Descrever Listar Explorar

Expressar Compartilhar Ouvir Comunicar Relacionar

Demonstrar Praticar Desempenhar Caminhar Administrar Dar

CAPITULO cinco 4ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - IMPLEMENTACcedilAtildeO

Consiste na colocaccedilatildeo do plano em accedilatildeo1 DICAS PARA IMPLEMENTACcedilAtildeO Saber sobre problemas dos pacientes e tratamento Levar material para anotaccedilatildeo na passagem de plantatildeo Apoacutes passagem plantatildeo priorizar accedilotildees Elaborar lista pessoal de tarefas Delegar accedilotildees

As tarefas devem ser delegadas conforme o previsto na Lei do Exerciacutecio Profissional e regulamentado pelo COFEN protocolos e procedimentos

Haacute quatro facetas certas da ldquodelegaccedilatildeo de tarefasrdquo segundo Hansten e Washburn19921 a tarefa certa

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2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

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WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 48: Apostila sae para_e-mail

2 para a pessoa certa3 usar comunicaccedilatildeo correta4 realizaccedilatildeo da avaliaccedilatildeo da resposta do paciente certa

2 DICAS PARA REGISTRORegistrar Se possiacutevel logo apoacutes cuidar As variaccedilotildees do normal o diferente Os fatos evitar julgamentos

3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO Usar guia escrito Iniciar nome idade diagnoacutestico meacutedico de enfermagem Procedimentos realizados Achados anormais com evidecircncias

CAPIacuteTULO 6 5ordm PASSO DO PROCESSO DE ENFERMAGEM - AVALIACcedilAtildeO

ldquoConsiste na avaliaccedilatildeo deliberada detalhada de vaacuterios aspectos do cuidado ao paciente ndash eacute a chave para a excelecircncia no fornecimento do cuidado agrave sauacutederdquoLevefre 2000

1 A AVALIACcedilAtildeO INCLUI Determinaccedilatildeo da obtenccedilatildeo dos resultados Identificaccedilatildeo de fatores que afetam a obtenccedilatildeo de resultados Decisatildeo de continuar modificar ou terminar o plano

2 RESUMO DO PROCESSO DE AVALIACcedilAtildeO DE UM PLANO DE CUIDADOSINVESTIGACcedilAtildeO Realizar um a investigaccedilatildeo para determinar qualquer mudanccedila na situaccedilatildeo de sauacutede e assegurar que todos os dados estejam corretos e completos

DIAGNOacuteSTICO assegurar que a lista de diagnoacutesticos esteja correta e completa e que os pontos fortes e os recursos estejam identificados

PLANEJAMENTO verificar a propriedade dos resultados e das intervenccedilotildees e se os resultados estatildeo sendo alcanccedilados

IMPLEMENTACcedilAtildeO determinar a implementaccedilatildeo do plano prescrito e identificar os fatores que auxiliam ou prejudicam o progresso

BIBLIOGRAFIA

48

WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

50

AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

51

Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 49: Apostila sae para_e-mail

WESTPHALEN ampCARRARO Metodologias para a assistecircncia de enfermagemGoiacircniaEditora AB 2001LEFEVRE Rosalinda Alfaro Aplicaccedilatildeo do Processo de Enfermagem um guia passo a passo 4ordf ed Porto Alegre Artmed 2000GEORGE BJ e colaboradores Teorias de Enfermagem os fundamentos agrave praacutetica profissional 4ordf edPorto Alegre Artemed 2000ATKISON Leslie D MURRAY Mary Hellen Fundamentos de Enfermagem Rio de JaneiroGuanabara Koogan1989

ATIVIDADE EXERCIacuteCIOS SOBRE DIAGNOacuteSTICO e PLANEJAMENTOA partir do caso descrito desenvolva as etapas de diagnoacutestico e planejamento do P ELEMBRE-SE A FORMA DE REDIGIR OS DIAGNOacuteSTICOSREAL ndash Tiacutetulo+Fator relacionado+Caracteriacutestica definidoraRISCO ndash Tiacutetulo+ fator de RiscoBEM ESTAR ndash Tiacutetulo+Caracteriacutesticas definidorasSIacuteNDROME ndash Tiacutetulo

Dados

Fernanda 4 anos encontra-se na enfermaria G no momento folheando uma revista e solicitando a presenccedila da matildee A avoacute lhe faz companhia e diz que a matildee estaacute doente logo que sarar viraacute ficar com ela Ao realizar a Avaliaccedilatildeo de Enfermagem a enfermeira constatou roncos e estertores disseminados T 38ordmC curativo do dreno toraacutexico adequado frasco coletor de drenagem toraacutexica com secreccedilatildeo espumante esverdeada regiatildeo perianal hiperimeada com fissuras Acompanhante e equipe referem 05 episoacutedios de fezes liacutequidas amareladas em 6 horas Enfermeira percebe que a avoacute idosa estaacute exausta

DiagnoacutesticoPlanejamento

Plano Prescriccedilatildeo

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ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 50: Apostila sae para_e-mail

ANEXOSDIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM AGRUPADOS POR NECESSIDADES HUMANAS BAacuteSICAS CONFORME WANDA DE AGUIAR HORTA (agrupamento elaborado por Sandra Regina Altoeacute utilizando Diagnoacutesticos da NANDA publicaccedilatildeo 2003-2004)

NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICASRegulaccedilatildeo neuroloacutegicaCAPACIDADE ADAPTATIVA intracraniana reduzidaCONFUSAtildeO agudaCONFUSAtildeO crocircnicaDISREFLEXIA autonocircmicaMEMOacuteRIA prejudicadaNEGLIGEcircNCIA unilateralRisco para DISREFLEXIAPercepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentidoDOR AgudaDOR crocircnicaNAacuteUSEAPERCEPCcedilAtildeO SENSOCRIAL perturbada

Regulaccedilatildeo vascularDEBITO CARDIacuteACO diminuiacutedoPERFUSAtildeO TISSULAR ineficazRisco de DISFUNCcedilAtildeO NEUROVASCULAR perifeacuterica

Regulaccedilatildeo TeacutermicaHIPERTERMIAHIPOTERMIARisco de desequiliacutebrio na TEMPERATURA CORPORALTERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz

OxigenaccedilatildeoDESOBSTRUCcedilAtildeO INEFICAZ DAS VIAS AEacuteREASPADRAtildeO RESPIRATOacuteRIO ineficazRESPOSTA disfuncional do DESMAME VENTILAROacuteRIOTROCA DE GASES prejudicadaVENTILACcedilAtildeO ESPONTAtildeNEA prejudicada

HidrataccedilatildeoDisposiccedilatildeo para EQUILIacuteBRIO de liacutequidos aumentadoRisco de desequiliacutebrio no VOLUME DE LIacuteQUIDOS Risco de VOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS deficienteVOLUME DE LIacuteQUIDOS excessivo

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AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 51: Apostila sae para_e-mail

AlimentaccedilatildeoAMAMENTACcedilAtildeO EFICAZAMAMENTACcedilAtildeO interrompidaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para alimentaccedilatildeoDEGLUTICcedilAtildeO PREJUDICADADENTICcedilAtildeO PREJUDICADADisposiccedilatildeo para NUTRICcedilAtildeO melhoradaNAacuteUSEANUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporaisNUTRICcedilAtildeO desequilibrada menos do que as necessidades corporaisPADRAtildeO ineficaz de alimentaccedilatildeo infantilRisco de ASPIRACcedilAtildeORisco de NUTRICcedilAtildeO desequilibrada mais do que as necessidades corporais

EliminaccedilatildeoCONSTIPACcedilAtildeO CONSTIPACcedilAtildeO PERCEBIDADIARREacuteIAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA MELHORADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA PREJUDICADAELIMINACcedilAtildeO URINAacuteRIA DISPOSICcedilAtildeO PARAINCONTINEcircNCIA INTESTINALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE ESFORCcedilOINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA DE URGEcircNCIAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA FUNCIONALINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA REFLEXAINCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA TOTALRETENCcedilAtildeO URINAacuteRIARisco de CONSTIPACcedilAtildeORisco para INCONTINEcircNCIA URINAacuteRIA de urgecircnciaIntegridade FiacutesicaINTEGRIDADE DA PELE prejudicadaINTEGRIDADE TISSULAR prejudicadaMUCOSA ORAL prejudicadaRisco para INTEGRIDADE DA PELE prejudicada

Sono e repousoDisposiccedilatildeo para SONO melhoradoFadigaPADRAtildeO DE SONO perturbadoPrivaccedilatildeo de SONO

Atividade FiacutesicaCAPACIDADE de transferecircncia prejudicadaDEAMBULACcedilAtildeO prejudicadoINTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADEMOBILIDADE com cadeira de rodas prejudicadaMOBILIDADE no leito prejudicadaMOBILIDADE fiacutesica prejudicadaPERAMBULACcedilAtildeORECUPERACcedilAtildeO CIRUacuteRGICA retardadaRisco de INTOLERAcircNCIA Agrave ATIVIDADE Risco de siacutendrome do DESUSO

Cuidado corporalDeacuteficit no AUTOCUIDADO para banho eou higieneDeacuteficit no AUTOCUIDADO para higiene intimaDeacuteficit no AUTOCUIDADO para vestir-se arrumar-se

Seguranccedila fiacutesica meio ambienteCOMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoDisposiccedilatildeo para COMPORTAMENTO INFANTIL organizado aumentadoMANUTENCcedilAtildeO DO LAR prejudicadaPROTECcedilAtildeO ineficazRESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco da SINDROME DE MORTE SUacuteBITA da crianccedilaRisco de COMPORTAMENTO INFANTIL desorganizadoRisco de ENVENENAMENTORisco de INFECCcedilAtildeORisco de LESAtildeORisco de LESAtildeO PERIOPERATOacuteRIA por posicionamento

Risco de QUEDASRisco de RESPOSTA ALEacuteRGICA ao laacutetexRisco de SINDROME DO ESTRESSE por mudanccedilaRisco de Siacutendrome POacuteS TRAUMARisco de SUFOCACcedilAtildeORisco de TRAUMASiacutendrome da INTERPRETACcedilAtildeO AMBIENTAL prejudicadaSiacutendrome de ESTRESSE POR MUDANCcedilASiacutendrome POacuteS TRAUMA

Regulaccedilatildeo crescimento celularAtraso no CRESCIMENTO E DO DESENVOLVIMENTORisco de ATRASO NO CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTORisco de CRESCIMENTO DESPROPORCIONAL

SexualidadeDISFUNCcedilAtildeO SEXUALPADROtildeES DE SEXUALIDADE ineficazes

TerapecircuticaCONTROLE AUMENTADO do regime terapecircuticoCONTROLE COMUNITAacuteRIO eficaz do regime terapecircuticoCONTROLE EFICAZ do regime terapecircuticoCONTROLE FAMILIAR ineficaz do regime terapecircuticoCONTROLE INEFICAZ do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para CONTROLE aumentado do regime terapecircuticoNECESSIDADES PSICOSSOCIAIS

ComunicaccedilatildeoCOMUNICACcedilAtildeO aumentadaCOMUNICACcedilAtildeO VERBAL prejudicadaDisposiccedilatildeo para COMUNICACcedilAtildeO aumentada

GregaacuteriaINTERACcedilAtildeO SOCIAL prejudicadaISOLAMENTO SOCIALRisco de SOLIDAtildeO

Recreaccedilatildeo e lazerAtividade de RECREACcedilAtildeO deficiente

Seguranccedila emocionalANSIEDADEANSIEDADE relacionada agrave morteDESEMPENHO DE PAPEL ineficazRisco de TENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorTENSAtildeO DO PAPEL de cuidadorMedoDESESPERANCcedilAIMPOTEcircNCIA NEGACcedilAtildeO ineficazRisco de IMPOTEcircNCIASentimento de IMPOTEcircNCIASiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPROSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo compostaSiacutendrome do TRAUMA DO ESTUPRO reaccedilatildeo silenciosa

Amor aceitaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO DE PAPEL de pai ou matildeeDisposiccedilatildeo para PATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaDisposiccedilatildeo para PROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisPATERNIDADE ou MATERNIDADE melhoradaPROCESSOS FAMILIARES disfuncionaisalcoolismoPROCESSOS FAMILIARES interrompidosPROCESSOS FAMILIARES melhoradosRisco de PATERNIDADE ou MATERNIDADE prejudicadaRisco de VIacuteNCULO PAISFILHOS prejudicadoSENTIMENTO DE PESAR antecipadoSENTIMENTO DE PESAR disfuncionalTRISTEZA crocircnica

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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
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Auto-estima autoconfianccedila auto-respeitoADAPTACcedilAtildeO prejudicadaAUTOCONCEITO melhoradoAUTO-ESTIMA baixaAutomutilaccedilatildeoBaixa AUTO-ESTIMA crocircnicaBaixa AUTO-ESTIMA situacionalDisposiccedilatildeo para AUTOCONCEITO melhoradoDistuacuterbio da IDENTIDADE PESSOALDistuacuterbio da IMAGEM CORPORALRisco de AUTOMUTILACcedilAtildeORisco de baixa AUTO-ESTIMA situacionalRisco de SUICIacuteDIO

Liberdade e participaccedilatildeoCONFLITO de decisatildeoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO AUMENTADODisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO aumentadoDisposiccedilatildeo para ENFRENTAMENTO FAMILIAR aumentadoENFRENTAMENTO ineficazENFRENTAMENTO COMUNITAacuteRIO ineficazENFRENTAMENTO DEFENSIVOENFRENTAMENTO FAMILIAR comprometidoENFRENTAMENTO FAMILIAR incapacitado

Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagemCOMPORTAMENTO DE busca de sauacutedeCONHECIMENTO deficienteDisposiccedilatildeo para CONHECIMENTO aumentadoINSUFICIEcircNCIA do adulto para MELHORAR o seu estado de sauacutede

Auto-realizaccedilatildeoCONFLITO NO DESEMPENHO do papel do pai e de matildeeEspaccedilo

Criatividade

NECESSIDADES PSICOESPIRITUAISReligiosidadeespiritualidadeANGUacuteSTIA ESPIRITUALCAMPO DE ENERGIA perturbadoDisposiccedilatildeo para BEM-ESTAR ESPIRITUAL aumentadoRisco de ANGUacuteSTIA ESPIRITUAL

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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
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DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEMNANDA-TAXONOMIA Ii

1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDEControle eficaz do regime terapecircuticoControle ineficaz do regime terapecircuticoControle familiar ineficaz do regime terapecircuticoControle comunitaacuterio ineficaz do regime terapecircuticoComportamento de busca de sauacutede(especificar)Manutenccedilatildeo ineficaz da sauacutedeManutenccedilatildeo do lar prejudicadaDisposiccedilatildeo para o controle aumentado do regime terapecircuticoDisposiccedilatildeo para nutriccedilatildeo melhorada

2 NUTRICcedilAtildeOPadratildeo ineficaz da alimentaccedilatildeo infantilDegluticcedilatildeo prejudicadaNutriccedilatildeo desequilibradamais do que as necessidades corporaisNutriccedilatildeo desequilibradamenos do que as necessidades corporaisRisco para Nutriccedilatildeo desequilibradamais que as necessidades corporaisVolume de liacutequidos deficienteRisco de volume de liacutequidos deficienteVolume excessivo de liacutequidosRisco de desequiliacutebrio de volume de liacutequidosDisposiccedilatildeo para equiliacutebrio de liacutequidos aumentado

4ELIMINACcedilAtildeOEliminaccedilatildeo urinaacuteria alteradaRetenccedilatildeo urinaacuteriaIncontinecircncia urinaacuteria totalIncontinecircncia urinaacuteria funcionalIncontinecircncia urinaacuteria de esforccediloIncontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaIncontinecircncia urinaacuteria reflexaRisco de incontinecircncia urinaacuteria de urgecircnciaDisposiccedilatildeo para eliminaccedilatildeo urinaacuteria melhoradaIncontinecircncia intestinalDiarreacuteiaConstipaccedilatildeoRisco de constipaccedilatildeoConstipaccedilatildeo percebidaTroca de gases prejudicada

5ATIVIDADEREPOUSOPadratildeo de sono perturbadoPrivaccedilatildeo de sonoDisposiccedilatildeo para sono melhoradoRisco de siacutendrome do desusoMobilidade fiacutesica prejudicadaMobilidade no leito prejudicadaMobilidade com cadeira de rodas prejudicadaCapacidade de transferecircncia prejudicadaDeambulaccedilatildeo prejudicadaAtividades de recreaccedilatildeo deficientesPerambulaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado para vestir-searrumar-seDeacuteficit no auto-cuidado para banhohigieneDeacuteficit no auto-cuidado para alimentaccedilatildeoDeacuteficit no auto-cuidado parahigiene iacutentimaRecuperaccedilatildeo ciruacutergica retardadaCampo de energia perturbadoFadigaDeacutebito cardiacuteaco diminuiacutedoVentilaccedilatildeo expontatildenea prejudicadaPadratildeo respiratoacuterio ineficazIntoleracircncia agrave atividade

Resposta disfuncional ao desmame ventilatoacuterioPerfusatildeo tissular ineficaz(especificar tiporenal cerebral cardiopulmonar gastrintestinal perifeacuterica)

5 PERCEPCcedilAtildeOCOGNICcedilAtildeONegligecircncia unilateralSiacutendrome da interpretaccedilatildeo ambiental prejudicadaPerambulaccedilatildeoPercepccedilatildeo sensorial perturbada(especificarvisual auditivaolfativataacutetil cinesteacutesica gustativa)Conhecimento deficiente(especificar)Disposiccedilatildeo para conhecimento aumentado(especificar)Confusatildeo agudaConfusatildeo crocircnicaMemoacuteria prejudicadaProcesso do pensamento perturbadoComunicaccedilatildeo verbal prejudicadaDisposiccedilatildeo para comunicaccedilatildeo aumentada

6AUTOPERCEPCcedilAtildeODistuacuterbio da identidade pessoalSentimento de impotecircnciaRisco de sentimento de impotecircnciaDesesperanccedilaRisco de solidatildeoDisposiccedilatildeo para autoconceito melhoradoBaixa auto-estima crocircnicaBaixa auto-estima situacionalRisco de baixa auto-estima situacionalDistuacuterbio da imagem corporal7RELACIONAMENTO DE PAPELTensatildeo do papel do cuidadorRisco de tensatildeo do papel do cuidadorPaternidade ou maternidade prejudicadaRisco Paternidade ou maternidade prejudicadaDisposiccedilatildeo para Paternidade ou maternidade prejudicada Processos familiares interrompidosDisposiccedilatildeo para processos familiares melhoradosProcessos familiares disfuncionaisalcoolismoRisco de viacutenculo pais-filho prejudicadoAmamentaccedilatildeo eficazAmamentaccedilatildeo ineficazAmamentaccedilatildeo interrompidaDesempenho de papel ineficazConflito no desempenho de papel paimatildeeInteraccedilatildeo social prejudicada

8SEXUALIDADEDisfunccedilatildeo sexualPadrotildees de sexualidade ineficazes

9ENFRENTAMENTOTOLERAcircNCIA AO ESTRESSESiacutendrome do estresse por mudanccedilaRisco de siacutendrome do estresse por mudanccedilaSiacutendrome do trauma por estuproSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo silenciosaSiacutendrome do trauma por estuproreaccedilatildeo compostaSiacutendrome poacutes-traumaRisco de siacutendrome poacutes-traumaMedoAnsiedadeAnsiedade relacionada a morteTristeza crocircnicaNegaccedilatildeo ineficazSentimento de pesar antecipadoSentimento de pesar disfuncionalAdaptaccedilatildeo prejudicadaEnfrentamento ineficazEnfrentamento familiar incapacitado

Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

56

1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
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Enfrentamento familiar comprometidoEnfrentamento defensivoEnfrentamento comunitaacuterio ineficazDisposiccedilatildeo para enfrentamento aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento familiar aumentadoDisposiccedilatildeo para enfrentamento comunitaacuterio aumentado Disreflexia autonocircmicaRisco de disreflexia autonocircmicaComportamento infantil desorganizado Risco de comportamento infantil desorganizadoDisposiccedilatildeo para comportamento infantil organizado aumentadoCapacidade adaptativa intracraniana diminuiacuteda

10 PRINCIacutePIOS DE VIDADisposiccedilatildeo para bem estar espiritual aumentadoAnguacutestia espiritualRisco de anguacutestia espiritualConflito de decisatildeo(especificar)Desobediecircncia(especificar)

11SEGURANCcedilAPROTECcedilAtildeORisco de infecccedilatildeoMucosa oral prejudicadaRisco de lesatildeoRisco de lesatildeo perioperatoacuteria por posicionamentoRisco de quedasRisco de traumaIntegridade da pele prejudicadaRisco de integridade da pele prejudicadaIntegridade tissular prejudicadaDenticcedilatildeo prejudicadaRisco de sufocaccedilatildeoRisco de aspiraccedilatildeoDesobstruccedilatildeo ineficaz de vias aeacutereasRisco de disfunccedilatildeo neurovascular perifeacutericaProteccedilatildeo ineficazRisco de siacutendrome de morte suacutebitaRisco de automutilaccedilatildeoAutomutilaccedilatildeoRisco de violecircncia direcionada a outrosRisco de violecircncia direcionada a si mesmoRisco de suiciacutedioRisco de envenenamento

Resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de resposta aleacutergica ao laacutetexRisco de desequiliacutebrio na temperatura corporalTermorregulaccedilatildeo ineficazHipotermiaHipertermia

12CONFORTODor agudaDor crocircnicaNaacuteuseaIsolamento social

13CRESCIMENTODESENVOLVIMENTORisco de crescimento desproporcionalInsuficiecircncia do adulto para melhorar seu estado de sauacutedeAtraso no crescimento e desenvolvimentoRisco de atraso no crescimento e desenvolvimento

TAXONOMIA NNN DA PRAacuteTICA DE ENFERMAGEM Vem sendo desenvolvida uma estrutura comum para a praacutetica de enfermagem

incluindo dados da NANDA(Diagnoacutesticos de Enfermagem) NIC(Classificaccedilatildeo das Intervenccedilotildees de Enfermagem) e NOC(Classificaccedilatildeo dos Resultados de Enfermagem)

TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

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1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
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TEORIAS DE ENFERMAGEM DE 1859 a 1990

Data Autores

1859 Florence Nightingale Teoria ambientalista assume a Enfermagem como diferente da medicina e propotildee a sua organizaccedilatildeo e o processo administrativo para as tarefas e pessoal assistente

1952 Hildegard Peplau Teoria interpessoal reflete o modelo psicoanaliacutetico vigente tensotildees e frustraccedilotildees se opotildeem a objetivos dando margem a conflitos agressatildeo e ansiedade Baseouse em Sullivan

1955 Virginia Henderson A funccedilatildeo da Enfermagem eacute assistir ao individuo doente ou sadio no desenho de atividades que contribuem para a sauacutede ou para uma morte tranquumlila ajudando para a independecircncia Baseou-se em Thomdike e se propocircs a desenhar o quadro de funccedilotildees autocircnomas da Enfermagem

1958 Ernestine Wiedenbach Concentrou-se na arte (praacutetica) tendo como foco a necessidade do paciente sendo a Enfermagem um processo nutridor Diz que a Enfermagem tem quatro elementos de assistecircncia filosofia propoacutesito e arte 3aseou-se em Orlando

1959 Doroty Johnson Sustentada na etnologia e teoria sistecircmica ela diz que haacute uma regularidade de forccedilas externas que atuam para preservar a organizaccedilatildeo e integraccedilatildeo do comportamento do paciente sendo este um sistema de comportamento com subsistemas que requerem proteccedilatildeo estimulaccedilatildeo e Enfermagem

1960 Faye Abdellah Aproximaccedilatildeo para uma Enfermagem centrada no paciente Usa o meacutetodo de resoluccedilatildeo de problemas para lidar com 21 problemas de Enfermagem relacionados com necessidades dos pacientes para sustentaccedilatildeo restauraccedilatildeo prevenccedilatildeo auto-ajuda deacuteficit ou excesso de necessidades Baseou-se em Maslow I

1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad Enfermagem humanista a situaccedilatildeo dos indiviacuteduos eacute experienciada existencialmente pelos enfermeiros a pessoa eacute uma unidade holiacutestica intelectual desenvolve o termo nursologiardquo sendo Enfermagem um ato interhumano e um ato do ser humano vivo A metodologia eacute baseada na nursologia fenomenoloacutegica (experimentando refletindo e escrevendo)

1985 Joan Rihel Sisca Siacutentese de Mead Rose e Erickson usando a interaccedilatildeo simboacutelica como forma de relaccedilatildeo enfermeiro- cliente Aponta para uma filosofia do significado e a comunicaccedilatildeo eacute o principal ingrediente da interaccedilatildeo

1989 Margaret Newman Derivada da teoria de Martha Rogers diz que a Enfermagem eacute promover bem-estar ou prevenir doenccedila mas ajudar a pessoa a usar o poder proacuteprio atraveacutes de um alto niacutevel de consciecircncia para manter o processo vital

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1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

56

1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 56: Apostila sae para_e-mail

1961 Ida Jean Orlando Propotildee a relaccedilatildeo dinacircmica enfermeiro-paciente sendo o propoacutesito da Enfermagem suprir a ajuda requerida pelo individuo de acordo com suas necessidades considerando percepccedilatildeo pensamento e sentimento atraveacutes de accedilotildees deliberadas

1964 D Howland e E McDowel1 Propotildeem inicialmente uma aproximaccedilatildeo a um sistema de problemas sendo o hospital um sistema A medida do cuidado ao paciente se apresenta como um marco conceptual

1964 Imogene King A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo em que cada um percebe o outro e a situaccedilatildeo atraveacutes da comunicaccedilatildeo e ambos cliente e enfermeiro propotildeem objetivos para a sauacutede A Enfermagem eacute um processo de interaccedilatildeo reaccedilatildeo e transaccedilatildeo Baseou-se na teoria dos sistemas apoiando a ideacuteia de que haacute sistema social interpessoal e pessoal

1966 Joyce Travelbee O foco eacute a natureza interpessoal das relaccedilotildees e a unicidade da praacutetica profissional O homem eacute provido de unicidade capaz de enfrentamentos de dar significado ao cuidado e ter empatia e simpatia A Enfermagem ajuda o individuo a encontrar significado na experiecircncia do sofrimento e doenccedila Baseou-se em Peplau e Orlando

1966 Myra Levine Introduccedilatildeo agrave Enfermagem cliacutenica propondo teoria da conservaccedilatildeo e da Enfermagem holiacutestica O ser humano eacute uma unidade corpo-mente que responde agrave mudanccedila interagindo com o meio e adaptando- se A intervenccedilatildeo de Enfermagem tem como finalidade a conservaccedilatildeo da energia da integridade estrutural pessoal e social

1966 Lydia Hall Fala em Enfermagem autocircnoma com trecircs categorias uso terapecircutico do self equipe de sauacutede para a cura e componente nutridor para o cuidado Baseou-se em Carl Rogers

1970 Wanda de A Horta Em seu livro Contribuiccedilatildeo a uma teoria de Enfermagem a autora desenvolve uma proposta baseada na teoria das necessidades humanas de Maslow propondo uma metodologia para o processo de Enfermagem sustentado na busca da satisfaccedilatildeo de necessidades psicobioloacutegicas psicossociais e psicoespirituais

1970 Martha E Rogers Enfermagem eacute ciecircncia e arte de promover a interaccedilatildeo sinfocircnica entre o homem e a natureza para manter sua integridade e direcionar sua padronizaccedilatildeo A Enfermagem eacute meio de diagnosticar intervir e avaliar o processo vital atraveacutes dos princiacutepios da homeodinacircmica que satildeo complementaridade helicidade e ressonacircncia

1970 Sister Callista Roy A Enfermagem eacute uma disciplina cientifica com uma praacutetica orientada para a compreensatildeo dos processos adaptativos e mal-adaptativos no ser humano Baseou-se em Helson Diz que os estimulos podem ser focais residuais e contextuais e a habilidade para lidar com eles pode ser aprendida

56

1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain
Page 57: Apostila sae para_e-mail

1971 Dorothea Orem Enfermagem eacute um sistema de ajuda para o autocuidado quando o indiviacuteduo natildeo tem condiccedilotildees de suprir seus proacuteprios requerimentos Haacute necessidade de autocuidado universal de desenvolvimento e de desvios da sauacutede

1974 Rosalda Paim Teoria Sistecircmica de Enfermagem o homem eacute um sistema bioloacutegico aberto que troca mateacuteria e energia com o ecossistema com princiacutepios de trecircs ordens baacutesicos (do universo siacutestecircmico necessidades globais etc) comuns (relativos agrave assistecircncia agrave sauacutede) e especiacuteficos (que objetivam a facilitaccedilatildeo de trocas)

1974 Betty Neuman A Enfermagem eacute uma profissatildeo que ajuda indiviacuteduos a buscarem a melhor resposta aos estressores que podem ser internos e externos Cada individuo tem formas de resistecircncia diversas linha de resistecircncia (fisioloacutegica) linha normal de defesa (para enfrentar as doenccedilas) e linha flexiacutevel de defesa (uso de recursos mais severos internos e externos)

1978 Madeleine leininger O cuidado eacute a essecircncia da praacutetica e do conhecimento Inclui assistir dar suporte e facilitar atos para atender necessidades O cuidado eacute cultural pois cada povo tem seu proacuteprio jeito de cuidar-se

1979 Jean Watson Deriva de Leininger seguindo a fenomenologia existencial A Enfermagem assume a promoccedilatildeo e restauraccedilatildeo da sauacutede atraveacutes do cuidado humano holiacutestico para uma vida de qualidade praticado de forma interpessoal

1981 Rosemarie Rizzo Parse Deriva sua teoria dos principias de Mcvtha Rogers sintetizando com o existencialismo e fenomenologia de Heidegger Merlau-Pontye Sartre Traz o humanismo como oposto ao positivismo

1983 Joyce Fitzpatrick Teoria riacutetmica baseada em Martha Rogers diz que o desenvolvimento humano ocorre no contexto da interaccedilatildeo homem-meio em padrotildees de tempo movimento e consciecircncia A compreensatildeo da existecircncia humana eacute central para a Enfermagem

1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain Baseiam-se em Erickson Maslow Selyee Engel e Piaget para conceber a teoria do PaPel-modelagem com o objetivo de compreender o modo como os clientes estruturam seu mundo A Enfermagem eacute um modelo de autocuidado baseado na percepccedilatildeo e na adaptaccedilatildeo aos estressores

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  • 11 A LINGUAGEM DO PENSAMENTO TEOacuteRICO
  • TEORIAS
  • 12 NATUREZA CIacuteCLICA DA TEORIA
  • 13 CARACTERIacuteSTICA DE UMA TEORIA
  • 3 METAPARADIGMAS DE ENFERMAGEM
  • Com a finalidade de aprofundar as reflexotildees que faremos nesta oficina sobre a Enfermagem dispus o pensamento de vaacuterias teoacutericas sobre os metaparadigmas de enfermagem SER HUMANO AMBIENTE SAUDEDOENCcedilA ENFERMAGEM
  • Descrevemos no quadro 1 o enfoque geral das quatro categorias de teorias de enfermagem e suas autoras e no quadro 2 o tema central de duas autoras de cada categoria de teoria de enfermagem os princiacutepios em que se fundamentam a fim de contextualizaacute-las no estudo que faremos
  • CARACTERIacuteSTICA
  • TEOacuteRICAS DE ENFERMAGEM
  • Quadro 2 Tema central das teoacutericas escolhidas para o estudo
  • Fonte adaptado de ALMEIDA amp ROCHA O saber de enfermagem e sua dimensatildeo praacutetica
  • METAPARADGMAS DE ENFERMAGEM
    • SER HUMANO
    • SAUacuteDE
    • AMBIENTE
    • Assistir em enfermagem eacute fazer pelo ser humano aquilo que ele natildeo pode fazer por si mesmo ajudar ou auxiliar quando parcialmente impossibilitado de se autocuidar orientar ou ensinar supervisionar e encaminhar a outros profissionais
      • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA OS SISTEMAS
        • SER HUMANO
          • MADELEINE M LEININGER
          • MYRA ESTRIN LEVINE
          • SAUacuteDE
          • MADELEINE M LEININGER
          • AMBIENTE
          • MYRA ESTRIN LEVINE
            • ENFERMAGEM
              • MYRA ESTRIN LEVINE
                • TEOacuteRICAS ORIENTADAS PARA A INTERACcedilAtildeO
                • SER HUMANO
                • SAUacuteDE
                • AMBIENTE
                • ENFERMAGEM
                  • TEORISTA ORIENTADAS PARA O CAMPO DE ENERGIA
                    • SER HUMANO
                    • SAUacuteDE
                        • AMBIENTE
                        • ENFERMAGEM
                          • Bibliografia
                              • Para Rosalinda Alfaro-Lefevre-2000 o PE eacute um meacutetodo sistemaacutetico de prestaccedilatildeo de cuidados humanizados que enfoca a obtenccedilatildeo de resultados desejados
                                • 2 PASSOS DO PROCESSO DE ENFERMAGEM
                                  • CAPIacuteTULO 2 1ordm PASSO DO PROCESSO ENFERMAGEM - INVESTIGACcedilAtildeO
                                  • COMO SER ACERTIVO AO FAZER PERGUNTAS
                                    • EXAME FIacuteSICO
                                    • COMO SER ACERTIVO
                                    • AGRUPAMENTO DOS DADOS OBTIDOS
                                    • 1ordm ESTABELECIMENTO DE PRIORIDADES
                                    • Responsabilidade do enfermeiro quanto a PROBLEMAS COLABORATIVOS E MULTIDISCIPLINARES
                                    • 2ordm ESTABELECEIMENTO DE RESULTADOS
                                    • 3ordm PRESCRICcedilAtildeO DE ENFERMAGEM
                                      • ESCOLHA DE VERBOS
                                        • Afirmar
                                          • 2 DICAS PARA REGISTRO
                                          • 3 DICAS PARA PASSAGEM PLANTAtildeO
                                              • NECESSIDADES PSICOBIOLOacuteGICAS
                                              • Regulaccedilatildeo neuroloacutegica
                                              • Percepccedilatildeo dos oacutergatildeos do sentido
                                              • Regulaccedilatildeo vascular
                                              • Regulaccedilatildeo Teacutermica
                                              • TERMORREGULACcedilAtildeO ineficaz
                                              • Oxigenaccedilatildeo
                                              • Hidrataccedilatildeo
                                              • Alimentaccedilatildeo
                                              • Eliminaccedilatildeo
                                              • Integridade Fiacutesica
                                                • Sono e repouso
                                                  • Atividade Fiacutesica
                                                  • Cuidado corporal
                                                  • Seguranccedila fiacutesica meio ambiente
                                                  • Regulaccedilatildeo crescimento celular
                                                  • Sexualidade
                                                  • Terapecircutica
                                                  • NECESSIDADES PSICOSSOCIAIS
                                                  • Comunicaccedilatildeo
                                                  • Gregaacuteria
                                                  • Recreaccedilatildeo e lazer
                                                  • Seguranccedila emocional
                                                  • Medo
                                                  • Amor aceitaccedilatildeo
                                                  • Liberdade e participaccedilatildeo
                                                  • Educaccedilatildeo para sauacutedeaprendizagem
                                                  • Espaccedilo
                                                  • NECESSIDADES PSICOESPIRITUAIS
                                                  • Religiosidadeespiritualidade
                                                    • DIAGNOacuteSTICOS DE ENFERMAGEM
                                                    • NANDA-TAXONOMIA Ii
                                                    • 1PROMOCcedilAtildeO DA SAUacuteDE
                                                    • 7RELACIONAMENTO DE PAPEL
                                                      • 1859 Florence Nightingale
                                                      • 1952 Hildegard Peplau
                                                      • 1955 Virginia Henderson
                                                      • 1958 Ernestine Wiedenbach
                                                      • 1960 Faye Abdellah
                                                      • 1960 Josephine Patterson e Loretta Zderad
                                                      • 1989 Margaret Newman
                                                      • 1961 Ida Jean Orlando
                                                      • 1970 Martha E Rogers
                                                      • 1970 Sister Callista Roy
                                                      • 1971 Dorothea Orem
                                                      • 1974 Rosalda Paim
                                                      • 1974 Betty Neuman
                                                      • 1978 Madeleine leininger
                                                      • 1979 Jean Watson
                                                      • 1981 Rosemarie Rizzo Parse
                                                      • 1983 Helen Erickson Evelyn Tomlin e Mary Ann Swain