apostila ( ortodontia otimizada ) typodont straight wire 2

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PROTOCOLO DAS ATIVIDADES MECÁNICA CURSO DE TYPODONT STRAIGHT WIRE OTIMIZADO Prof. Dr. Marcelo Sousa Gomes MECÂNICA ORTODÔNTICA OTIMIZADA STRAIGHT WIRE Sistema convencional APOSTILA 2

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Page 1: Apostila ( Ortodontia Otimizada ) TYPODONT STRAIGHT WIRE 2

       

                                                                                             

                                                                                                                  PROTOCOLO DAS ATIVIDADES MECÁNICA

CURSO DE TYPODONT STRAIGHT WIRE OTIMIZADO

Prof . Dr. Marcelo Sousa Gomes

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APOSTILA  2    

APOSTILA  2  

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                                                                                                                                                                                                                    Doutor e mestre em ortodontia FOSLMandic SP

Especialista em Ortodontia e Ortopedia facial UNIFEB SP

Pós graduação em DTM e dor facial , Implantodontia

Pós graduação – Odontologia do sono ( idealizador do SS – Sound sleep Aparelho Intra Oral apnéia e ronco )

Professor titular do curso de especialização em ortodontia UNIUBE Universidade de Uberaba - MG

Professor e coordenador dos cursos de especialização em ortodontia ABO -Taguatinga DF

Professor UNIP DF e IPESP DF

Diretor administrativo - CPEOrto DF / Orthocentro DF / Orthouniversity Brasília DF

Marcelo  Sousa  Gomes,  Dr,  MS,  Esp.

 

A palavra otimizar é utilizada em muitas áreas do conhecimento, e significa:

Buscar um rendimento ótimo, criando condições mais favoráveis ou tirando (dele ou dela) o melhor possível; tornar (algo) ótimo ou ideal.

Este trabalho visa adequar a ortodontia em protocolos estabelecidos que visam a otimização da especialidade.

Partindo deste pressuposto, este trabalho vem mostrar uma organização do conhecimento baseada em evidência científica e clínica, e transformando este sistema em protocolo técnico

para a terapia ortodôntica corretiva. Como princípio, será utilizado a filosofia straight wire- Roth modificado por recursos técnicos advindos de outras filosofias para que possamos

otimizar nossas atividades clínicas.

A busca do melhor rendimento biomecânico em menor tempo é sem dúvida nenhuma o grande desafio da ortodontia contemporânea, e a idéia de integrar o que há de melhor nas

filosofias para a busca do melhor é a grande proposta deste levantamento científico e proposta de padronização das atividades mecânicas em ortodontia.

 

STRAIGHT  WIRE  OTIMIZADO  -­‐  CONVENCIONAL  

AGREGAR E OTIMIZAR – AÇÕES CONTEMPORÂNEAS EM ORTODONTIA  

                                                         

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A   FILOSOFIA   STRAIGHT  WIRE  OTIMIZADA  AGREGA    UM  SISTEMA  DE  DIAGNÓSTICO  PRÓPRIO  

COM   A   UTILIZAÇÃO   DE   FERRAMENTAS   ADEQUADAS     QUE   LEVA   A   UM   PLANEJAMENTO  

DINÂMICO   E   PREDICTIVO.   ENTRE   OUTROS   FATORES   FOI   DESENVOLVIDO   UMA   ANÁLISE  

CEFALOMÉTRICA  P.C.O  (  Padrão  Cefalométrico  Otimizado  )  e  ANÁLISE  DE  MODELOS  DINÂMICA  

OTIMIZADO,   QUE   EM   CONJUNTO   COM  OUTROS   FATORES   DE   DIAGNÓSTICO   CONDUZ   A   UM  

PLANEJAMENTO  OTIMIZADO.  

NA   MECÂNICA   ORTODÔNTICA,   FOI   DESENVOLVIDO   FATORES   PARA   A   ORTODONTIA  

CONVENCIONAL   E  O   SISTEMA  AUTOLIGADO.  NESTE   TRABALHO   SERÁ  MOSTRADO  O  PADRÃO  

PARA  ORTODONTIA,  UTILIZANDO  UM  SIMULADOR  MECÂNICO  –  TYPODONT.  

 

 

MECÂNICA  STRAIGHT  WIRE  OTIMIZADA  

SIMPLICIDADE  E  PRATICIDADE  TÉCNICA  

AGREGAR  FATORES  POSITIVOS  DE  OUTRAS  FILOSOFIAS  

OTIMIZAR  RESULTADOS  

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STRAIGHT WIRE OTIMIZADA

 

1-­‐  MONTAGEM  DOS  ACESSÓRIOS  

2  -­‐  PREPARO  DE  ANCORAGEM  

3-­‐  ALINHAMENTO  E  NIVEL.  

4-­‐  REAVALIAÇÃO  

5  -­‐  MECÂNICA  PRINCIPAL  

6  -­‐  RENIVELAMENTO  

7-­‐INTERCUSPIDAÇÃO  

8  -­‐AJUSTE  OCLUSAL  

9  -­‐FINALIZAÇÃO  

10  -­‐CONTENÇÃO  

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SISTEMA DE ANCORAGEM

Sistema utilizado para o controle de forças reativas na movimentação dentária.

O controle de forças reativas é extremamente importante na ortodontia,

sendo que o controle destas forças foi o grande desafio a ser vencido na

especialidade.

Hoje conseguimos estender os benefícios da ortodontia a um grande

número pacientes devido aos sistemas de ancoragem máxima e absoluta

que empregamos na otimização de nossa mecânica.

ANCORAGEM ORTODÔNTICA

Em nossa proposta de otimizar os sistemas já existentes com uma inter relação das técnicas, o protocolo é dividido em 4 ( quatro )

opções bem definidas para as diversas possibilidades de sistema de ancoragem. A ancoragem deve ser empregada em todas as

mecânicas, e de maneira especial na MECÂNICA PRINCIPAL DE

RETRAÇÃO INICIAL OU TOTAL

CÁPITULO 2 – PREPADO DO SISTEMA DE ANCORAGEM

Page 6: Apostila ( Ortodontia Otimizada ) TYPODONT STRAIGHT WIRE 2

TIPOS DE ANCORAGEM

MECÂNICA COM ANCORAGEM MÍNIMA MECÂNICA COM ANCORAGEM MÉDIA

MECÂNICA COM ANCORAGEM MÁXIMA

MECÂNICA COM ANCORAGEM ABSOLUTA

ANCORAGEM MÍNIMA OU PERDA DE ANCORAGEM

MONTAGEM DO APARELHO ORTODÔNTICO, INICIALMENTE SEM A

INCLUSÃO DOS SEGUNDOS MOLARES

PROSSEGUIR TODA A SEQUÊNCIA DE FIOS DA FASE DE

NIVELAMENTO

REALIZAR AMARRILHO CONTÍNUO DE CANINO A CANINO

REALIZAR AMARRILHO CONTÍNUO DE MOLAR A PRÉ MOLAR

UTILIZAR O MECANISMO DE RETRAÇÃO

- ELÁSTICO CORRENTE (aleta distal de canino a mesial de pré molar )

- ARCOS DE RETRAÇÃO ( prosseguir com o controle de abertura das

molas)

Page 7: Apostila ( Ortodontia Otimizada ) TYPODONT STRAIGHT WIRE 2

IMAGNES  

Prof.  Jurandir  Barbosa  

Obs.: a escolha dos dentes a serem extraídos deve tender aos

segundos pré molares, e avaliar e controlar a força utilizada (força ótima

de retração com perda de ancoragem)

ANCORAGEM MÉDIA.

Page 8: Apostila ( Ortodontia Otimizada ) TYPODONT STRAIGHT WIRE 2

MONTAGEM DO APARELHO ORTODÔNTICO, INICIALMENTE SEM A

INCLUSÃO DOS SEGUNDOS MOLARES.

USO DE BARRA TRANS PALATINA SUPERIOR/OU USO DE

BRAQUETE VERSÁTIL.

USO DE FORÇA RECÍPROCA

NO FINAL DO NIVELAMENTO (0, 019*0, 025) uso de amarrilho no

segmento anterior e posterior

USO DE MECANISMO DE RETRAÇÃO:

- Elástico corrente (da aleta distal dos caninos a mesial dos pré

molares)

- Arcos de retração (controle de abertura das alças)

APÓS RETRAÇÃO INCLUIR SEGUNDOS MOLARES E FECHAR OS

ESPACOS

Obs.: Controle da ancoragem.

PARA ESTE SISTEMA DEVE SER UTILIZADO, QUANDO NECESSÁRIO

O SISTEMA DE BRAQUETE – VERSÁTIL BARBOSA.

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ANCORAGEM MÁXIMA.

Utilização de vários acessórios otimizando o sistema de ancoragem.

Ancoragem máxima não pode ser considerada absoluta, este sistema apesar de ser de grande capacidade de controle casos em que há

necessidade de sistema de total controle deve ser utilizado

“ancoragem absoluta”.

MONTAGEM DO APARELHO ORTODÔNTICO, INCLUINDO OS

SEGUNDOS MOLARES.

USO DE BARRA TRANS PALATINA SUPERIOR, CONJUGADO

POSTERIOR, MOLA DE ANCORAGEM, BRAQUETE VERSÁTIL.

USO DE FORÇA COM PREDOMINÂNCIA DE RETRAÇÃO ANTERIOR

NO FINAL DO NIVELAMENTO (0, 019*0, 025) uso de amarrilho no

segmento anterior e posterior

USO DE MECÂNISMO DE RETRAÇÃO:

- Elástico corrente (da aleta distas dos caninos a mesial dos pré

molares)

- Arcos de retração (controle de abertura das alças)

Page 11: Apostila ( Ortodontia Otimizada ) TYPODONT STRAIGHT WIRE 2

Obs. CONTROLE TOTAL DE ANCORAGEM POSTERIOR.

Neste sistema deve ser utilizado os cursores ortodônticos e as molas

de ancoragem, acessórios que otimizam o controle dos movimentos dentários.

Page 12: Apostila ( Ortodontia Otimizada ) TYPODONT STRAIGHT WIRE 2

SISTEMA  COM  ELÁSTICOS  

SISTEMA  COM  ARCOS  DE  RETRAÇÃO  

MOLA DE ANCORAGEM

AMARRILHOS CONJUGADOS POSTERIORES

CURSORES INTRA ARCOS E

ESTABILIZADORES.

ARCO DE RETRAÇÃO

AMARRILHOS CONJUGADOS POSTERIORES

CURSORES INTRA ARCOS E ESTABILIZADORES

ANCORAGEM ABSOLUTA.

Page 13: Apostila ( Ortodontia Otimizada ) TYPODONT STRAIGHT WIRE 2

Os orto implantes abriram novas possibilidades de

tratamento que antes não eram possíveis de se

realizar como, a intrusão de molares, por exemplo, só

foi conquistada com o advento deste produto, ainda

assim as ancoragens se tornaram “absolutas” e

permitem que o planejamento de movimentação

dentária se realize de maneira precisa e otimizada,

uma vez que com a utilização destes mini-implantes

pode-se movimentar apenas os elementos de

interesse, o que no sistema convencional eram

necessários outros movimentos secundários para o

ajuste de um grupo de elementos ou um único dente.

Precisão de movimentação, menor tempo de

tratamento, procedimento indolor, diversidade no

planejamento, ajustes de espaços para permitir a

instalação de implantes, fazem parte deste universo

de vantagens para o profissional que utiliza os

ortoimplantes.

Ortoimplante Convencional: Mini-implante auto-perfurante, com auto poder de

corte e estabilização, sua geometria favorece agilidade e precisão de instalação.

Page 14: Apostila ( Ortodontia Otimizada ) TYPODONT STRAIGHT WIRE 2

Seu encaixe cervical oferece possibilidade de adaptação de mola de tensão, fio

de amarrilho e “elásticos”, o que traz grande versatilidade de utilização

mostrando ao Ortodontista diversas opções de planejamento e aplicabilidade

deste produto.

Ortoimplante Bracket: Mini-implante auto-perfurante, com auto poder de corte

e estabilização. Seu encaixe cervical sistema Bracket, o que traz ao Ortodontista

toda a compatibilidade com as possibilidades de ancoragem e movimentação

planejada.

Ortoimplate – convencional Ortoimplante – braquete

Com o preparo e inter relação de acessórios utilizamos pouco os

ortoimplantes para retração (conforme ilustração), mas como ancoragem em casos de ausências de dentes posteriores e para

intrusão de dentes individuais ou segmentos de dentes é a mecânica

de eleição principal.

Page 15: Apostila ( Ortodontia Otimizada ) TYPODONT STRAIGHT WIRE 2

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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CONFECÇÃO  DA  BARRA  TRANS  PALATINA  

1  –  RETIFICAÇÃO  DO  FIO  UTILIZADO  PARA  A  CONFECÇÃO  DA  BARRA  TRANS  PALATINA.    O  FIO  UTILIZADO  NA  CONFECÇÃO  DA  BARRA  PARA  A  FINALIDADE  DE  ANCORAGEM  É  O  FIO  DE  AÇO  REDONDO  0,  036’’  –  0,9  E  PARA  A  FINALIDADE  DE  ATIVAÇOES  E  PEQUENOS  MOVIMENTOS  É  UTILIZADO  O  FIO  0,  032’’  –  0,8.  

2  –  A  PRIMEIRA  DOBRA  É  NA  METADE  DO  FIO  RETIFICADO  NA  SEGUNDA  TORRE  REDONDA  DO  ALICATA  065  (3  em  1  –  Marcote),  FAZENDO  O  CONTORNO  DO  “ÔMEGA”  CENTRAL.  

 

SISTEMA  DE  ANCORAGEM  DO  ARCO  SUPERIOR.  

PROTOCOLO  PARA  OS  TRABALHOS  EM  LABORATÓRIO  (TYPODONT)                Barra  trans  palatina  BTP  (PARA  ANCORAGEM)  

Acessório de auxílio aos sistemas de ancoragem simples e são denominados arcos linguais, que no arco superior é chamado de BTP – Barra trans palatina. É um ótimo acessório de controle transversal, sendo utilizado para estabilizações de sistema simples e também como acessório de correção de pequenos movimentos dos molares.

PRINCIPAIS APLICAÇÕES CLÍNICAS: - Mantenedora de espaço no caso de perda dos segundos molares decíduos - Correção da rotação dos molares - Correção da angulação dos molares - Auxiliar de ancoragem - Distalização dos molares (associada a um sistema de ancoragem) - Controle de irrupção dos primeiros molares superiores - intrusão relativa - Pequena expansão ou contração dento alveolar do segmento superior posterior. CONTRA-INDICAÇÕES: - Pacientes com sensibilidades a materiais Metálicos. ao dente extraído. - O desprendimento da BTP removível poderá ocasionar intercorrências desagradáveis como a deglutição da peça e ainda outra intercorrência menos grave e mais freqüente, poderá haver lesão da mucosa

gengival próxima ao tubo lingual.

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CONFECÇÃO  DA  BARRA  TRANS  PALATINA  

3  -­  NA  CONFECÇÃO  REALIZADA  INICIALMENTE  NOS  MODELOS  (PARA  INICIANTES)  DEVE  CENTRALIZAR  A  DOBRA  “ÔMEGA  CENTRAL”  E  FAZER  CONTORNEAMENTO  DO  PALATO  –  UTILIZAR  O  ALICATA  065  PARA  FAZER  ESTE  CONTORNO.  

 

 

 

 

4  –  APÕS  O  CONTORNO,  AINDA  CENTRALIZADO  O  “ÔMEGA”  MARCAR  A  ENTRADA  DO  TUBO  LINGUAL  COM  CANETA  DE  MARCAR  FIO.  

 

 

 

 

 

5  –  COM  O  ALICATE  DE  BARRA  CONVENCIONAL  (310),  FAZER  A  DOBRA  PARA  ENTRADA  NO  TUBO.  

 

 

 

 

 

 

 

6  -­  AINDA  COM  O  ALICATE  DE  BARRA  FAZER  A  DOBRA  DO  CONTORNO  DO  BRAÇO  DE  APOIO  DA  BARRA,  COM  O  ALICATA  FIRME  FAZER  O  MOVIMENTO  INTEIRO  ATÉ  O  ENCONTRO  DAS  PONTAS  DO  FIO.  

 

 

           

           

             

   

           

 

 

   

 

 

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CONFECÇÃO  DA  BARRA  TRANS  PALATINA  

 7  –  FAZER  AINDA  COM  O  ALICATE  DE  BARRA  (310)  COM  A  MARCA  PARA  O  FIO  (0,9  ou  08)  FAZER  A  PRESSÃO  PARA  O  CORRETO  ENCAIXE  DO  FIO  NO  TUBO,  FAZER  A  DOBRA  FINAL  PARA  BAIXO.  

 

 

8  –  COM  A  DOBRA  REALIZADA  FAZER  O  ENCAIXE  DA  DOBRA  DE  APOIO  DA  BARRA  SEM  ATIVAÇÃO  –  PASSIVAMENTE.    

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ANCORAGEM  PARA  O  SIMULADOR  (TYPODONT)  

     

             

         

 

 

 

 

AEB  –  ARCO  EXTRA  ORAL  E  BARRA  

TRANS  PALATINA  PARA  CONTROLE  DE  

ANCORAGEM    

(ABSOLUTA)  

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SISTEMA  DE  ANCORAGEM  DO  ARCO  INFERIOR  

 O  sistema  de  ancoragem  na  técnica  otimizada  é  realizado  com  o  “ARCO  LINGUAL  REMOVÍVEL  TIPO  1  e  2”.      -­‐  TIPO  1  “Arco  lingual  com  ancoragem  para  retração  inicial  de  caninos  e  pequenos  movimentos”.   Arco   toca   a   lingual   dos   incisivos   reforçando   a   ancoragem   dos  posteriores.                    -­‐  TIPO  2  “Arco  lingual  com  ancoragem  transversal  utilizado  para  ancoragem  total.  Arco   não   toca   a   lingual,   sendo   assim   há   liberdade   para   a   retração   dos   dentes  anteriores  com  controle  transversal  dos  arcos.            

 

 

 

                           Confecção  do  arco  preconizado  (PROTOLOCO  OTIMIZADO)    

                                                                                       TIPO  1  e  TIPO  2      Este  acessório  utilizado  nos  sistemas  de  ancoragem  é  o  mesmo  preconizado  pela  mecânica   segmentado   –   TAS   Técnica   do   arco   segmentado   preconizado   por  Burstone.  

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CONFECÇÃO  DO  ARCO  LINGUAL    

                   -­  PROTOCOLO  OTIMIZADO  

 1  –  CONTORNEAMENTO  DO  FIO  0,  036’’-­  0,9  PARA  ANCORAGEM  E  0,  032’’  –  0,8  PARA  REALIZAÇÃO  DE  ANCORAGEM  E  TAMBÉM  PEQUENOS  MOVIMENTOS  COM  O  ALICATE  065  (3  em  1  ).  O  ARCO  DEVERÁ  TOCAR  A  LINGUAL  DOS  DENTES  ANTERIORES.  

 

2  -­  MARCAÇÃO  DO  FIO  NA  DISTAL  DE  CANINOS  MANTENDO  O  CONTORNEAMENTO  DO  ARCO.  

 

 

 

 

 

 

 

3  –  COM  O  ALICATE  TRIDENT  FAZER  AS  DOBRAS  PARA  BAIXO  DO  ARCO  NO  SENTIDO  ANTERO  POSTERIOR.  UTILIZAR  O  LIMITE  DO  ALICATE  COMO  LIMIETE  DA  DOBRA.  

 

 

 

 

 

4  -­  AINDA  COM  O  ALICATE  TRIDENT  FAZER  O  ALINHAMENTO  DO  FIO  E  CORRIGIR  A  DOBRA  PARA  INFERIOR  DO  FIO.  O  SEGMENTO  POSTERIOR  DEVERÁ  FICAR  PARALELO  AO  SEGMENTO  ANTERIOR.    

           

       

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CONFECÇÃO  DO  ARCO  LINGUAL    

                   -­  PROTOCOLO  OTIMIZADO  

5  -­  CORRIGIR  A  DOBRA  DOS  DOIS  LADOS  DO  ARCO  COM  O  ALICATE  TRIDENT,  MANTENDO  AS  DUAS  DOBRAS  DO  MESMO  TAMANHO.  

 

 

 

 

 

6  -­  CONFERIR  NO  MODELO  O  CONTORNEAMENTO  DO  ARCO,  E  A  DOBRA.  A  MESMA  DEVERÁ  FAZER  UMA  DESCENDENTE  NA  DISTAL  DOS  CANINOS  MANTENDO  PARALELO  O  S  SEGMENTOS  E  O  SEGMENTO  ANTERIOR  DEVERÁ  TOCAR  A  LINGUAL  DOS  DENTES.  

 

 

7  –  REALIZAR  A  MARCAÇÃO  COM  CANETA  DE  MARCAR  FIO  NA  ALETA  DISTAL.  ESTE  PROCEDIMENTO  DEVERÁ  SER  REALIZADO  PARA  OS  DOIS  TIPOS  DE  ARCOS  –  TIPO  1  e  TIPO  2.  

 

 

 

 

 

 

8  –  DOBRA  NA  MARCA  DA  ALETA  DISTAL  SUBINDO  O  FIO  NO  SENTIDO  DO  TUBO  (EXEMPLO  PARA  O  ARCO  TIPO  2)  

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CONFECÇÃO  DO  ARCO  LINGUAL    

                   -­  PROTOCOLO  OTIMIZADO  

9  –  DOBRA  NA  MARCAÇÃO  NO  SENTIDO  DO  TUBO  (EXEMPLO  PARA  O  ARCO  TIPO  2)  

 

 

 

10  –  DOBRA  AINDA  COM  O  ALICATE  DE  BARRA  (310)  PARA  A  CONFECÇÃO  DO  APOIO  DO  ARCO.  

 

 

 

 

 

 

11  -­  DOBRA  REALIZADA,  UTILIZANDO  A  MARCAÇÃO  DO  ALICATE  PARA  O  FIO  CORRESPONDENTE.  

 

 

 

 

12  –  FINALIÇÃO  DA  DOBRA  DE  APOIO.  

NESTE  MOMENTO  O  ALICATE  DE  BARRA  É  POSICIONADO  NO  FIO  FAZENDO  A  DOBRA  FINAL  DE  ENTRADA  NO  TUBO.  (  90  graus  ).  

 

 

13  –  DOBRA  REALIZADA  E  POSICIONADO  NO  TUBO  (VERIFICAÇÃO  DE  PASSIVIDADE).  

 

 

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CONFECÇÃO  DO  ARCO  LINGUAL    

                   -­  PROTOCOLO  OTIMIZADO  

 

OS  ARCOS  SE  DIVIDE  EM  TIPO  1  E  TIPO  2,  QUANDO  DO  APOIO  DO  ALICATE  NA  MARCAÇÃO  PARA  REALIZAR  A  PRIMEIRA  DOBRA  POSTERIOR.  

 

TIPO  1  -­  O  ALICATE  É  POSICIONADO  APÓS  A  MARCAÇÃO  REALIZADA  PARA  A  DOBRA  EM  SENTIDO  AO  TUBO  LINGUAL.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

TIPO  2  –  O  ALICATE  É  POSICIONADO  ANTES  DA  MARCAÇÃO  REALIZADA  PARA  A  DOBRA  EM  SENTIDO  AO  TUBO  LINGUAL.  

Page 24: Apostila ( Ortodontia Otimizada ) TYPODONT STRAIGHT WIRE 2

 

           

 O  alinhamento  e  nivelamento  dentário  é  a  primeira  fase  do  tratamento  

ortodôntico,  onde  será  utilizado  pela  primeira  vez    

sistemas  de  forças  para  a  movimentação  dos  dentes.  Nesta  fase  os  dentes  serão  movimentados  para  alcançar  a  posição  de  

estabilidade  nos  seus  alvéolos  em  harmonia  com  seus  antagonistas  e  agonistas      ESTÃO  INSERIDOS  NESTA  FASE  DE  TRATAMENTO:      1 -­‐-­‐  CORREÇÃO  DE  ALTERAÇÕES  TRANSVERSAIS.  2 –  CORREÇÃO  DAS  DISCREPÂNCIAS  DE  MODELOS.  

 As   correções   transversais   devem   ser   realizadas   inicialmente   a   fase   de  alinhamento   e   nivelamento,   não   sendo   esta   fase   realizada   posterior   a   fase   de  alinhamento   como   “mecânica   principal”.     Da  mesma  maneira,   as   discrepâncias  altas   de  modelos  devem   ser   corrigidas   com  a  extração  de  dentes   (previamente  definido  em  planejamento  clínico)  e  mecanismo  de  retração   inicial  de  caninos  e  dissolução  de  apinhamentos.    Esta   fase   é   definida   como   sendo   precursora   da   maioria   das   “mecânicas  principais“   realizadas   na   ortodontia.   Sua   importância   impar   se   dá   devido   à  incorporação  de  fios  retangulares  pesados,  e  estes  fios  serem  importantes  para  o  controle  dos  movimentos  dentários  nas  mecânicas  principais.    Nos  casos  em  que  a   “QUEIXA  PRINCIPAL”  do  paciente  é  o  alinhamento  de   seus  dentes,  a  fase  de  alinhamento  e  nivelamento  se  torna  a  ”MECÂNICA  PRINCIPAL”  no  planejamento.        

CÁPITULO 3 – ALINHAMENTO E NIVELAMENTO DENTÁRIO

 

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             O  QUE  DEVE  SER  REALIZADO  NESTA  FASE  E  QUE  OBJETIVOS  DEVEMOS  CHEGAR:    

   

ALINHAMENTO  E  NIVELAMENTO  DENTÁRIO  

               Na  proposição  de  colagem  dos  acessórios  ortodônticos  preconizados  por  este  trabalho  vislumbrando  um  posicionamento  estético  e  funcional  dos  dentes,  e  seguindo  a  filosofia  de  Ronald  Roth  que  diz  uma  vez  os  acessórios  estando  bem  posicionados  e  seguido  uma  seqüência  de  fios  respeitando  os  limites  biológicos  dos  elementos  de  suporte,  os  dentes  deverão  ser  alinhados  e  nivelados.    

ALINHAR  E  NIVELAR  OS  DENTES  

FIOS  PESADOS  COMO  ANCORAGEM  A  MECÂNICA  

PRINCIPAL  

CERTEZA  DO  REAL  POSICIONAMENTO  DOS  ACESSÓRIOS  

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FIOS  ORTODÔNTICOS  (Colaborador  –  Prof.  Bruno  L  Minervino)    

A  troca  de  calibre  dos  fios  ortodônticos  é  prática  comum  nos  consultórios  de  ortodontia,   onde   a   incorporação   de   alças   em   fios   de   aço   inoxidável   de   0,   012”até   0,  020”,   para   simular   sistemas   mais   flexíveis,   tornava   o   tratamento   mais   longo   e  trabalhoso,  pois   exigia-­‐se  mais   tempo  do  paciente   (foto  n.1-­‐   TIPOS  DE  ALÇAS,   a)  Alça  vertical,  para  correção  no  sentido  vestíbulo-­‐lingual,  b)  Alça  tipo  bota,  para  nivelamento  e  pequenas  inclinações  e,  c)  Alça  em  Box,  para  nivelamento  e  inclinações).    

Entretanto,   Com   o   maior   conhecimento   da   biologia   da   movimentação   dentária   e   da  metalurgia   surgiram   ligas  únicas,   como  as  Níquel-­‐Titânio   (que  apresentam  o  efeito  de  memória   de   forma,   ou   seja,   a   habilidade   de   retornar   a   sua   forma   original),   e   TMA  (Titânio  Molibidênio),   com  propriedades   cada   vez  mais   compatíveis   com  as   respostas  biológicas.  

Esse  capítulo  tem  como  objetivo  discorrer  sobre  as  ligas  mais  utilizadas  na  ortodontia  e,  de  forma  simplificada,  demonstrar  uma  seqüência  de  fios  ortodônticos  que  podem  ser  utilizados   no   Typodont   e,   em   casos   menos   complexos,   utilizados   em   pacientes  ortodônticos  nos  casos  de  alinhamento,  nivelamento,  e  retração  inicial.  

 

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Ligas  de  Aço  inoxidável  

             O   aço   inoxidável   utilizado   na   Ortodontia   é   do   tipo   austenítico.   Sua   composição  média   é   de   18%   de   Cromo,   8%   de   Níquel,   0.08   a   0.15%   de   Carbono   e   o   restante  (maioria)  de  Ferro.  As  porcentagens  de  Cromo  e  Níquel  dão  nome  a  este  tipo  de  “aço  18-­‐8”29.  

 

 

Além  disso,  essas  ligas  trazem  como  vantagens;  

a)  Possuir  excelente  formabilidade,  isto  é,  capacidade  de  fazer  dobras;  b) Apresentam  excelente  soldabilidade  e  baixo  atrito,  além  do  baixo  custo;  c) Devido  à  versatilidade,  torna-­‐se  uma  liga  de  uso  comum  na  odontologia  mundial  

 

Têm   como   limitações   a   exagerada   rigidez   e,   conseqüentemente   a   falta   de  controle   mecânico   do   sistema,   que   pode   ocasionar   problemas   de   difícil   solução,   a  exemplo,  as  reabsorções  dentárias.  

 

Ligas  de  Cromo-­‐Cobalto  

São   ligas  com  propriedades  semelhantes  às  do  Aço,  desenvolvidas  pela  Elgin  Company,  que  contém  40%  de  cobalto,  20%  de  Cromo,  15%  de  Níquel,  15.8%  de  Ferro,  7%   de  Molibidênio,   2%   de  Manganês,   0.16%   de   Carbono   e   0.04%   de   Berílio.   São   as  ELGILO,   que   são   fabricadas   em   quatro   têmperas,   o   fio   trás   na   sua   porção   superior  quatro  cores,  que  são:  o  azul  (mais  maleável),  o  amarelo,  o  verde,  e  a  vermelha  (mais  resiliente).   Nesse   sentido,   o   ortodontista   irá   utilizar   essas   ligas-­‐cores,   segundo   sua  conveniência  clínica,  sua  formabilidade  é  excelente.  

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Ligas  de  Níquel-­‐Titânio  

Em   certas   fases   do   tratamento,   principalmente   no   início   do   tratamento  ortodôntico,   isto   é   no   alinhamento   e   nivelamento,   é   indispensável   à   liga   apresentar  deflexão   suficiente   que   torne   o   sistema   biologicamente   compatível   com   a  movimentação  ortodôntica.  O  conceito  de  flexibilidade-­‐deflexão  é  a  capacidade  da  liga  de  apresentar  um  grande  alongamento  com  pequenos  níveis  tensão  aplicado,  típico  das  ligas  de  NiTi,  em  detrimento  das  ligas  de  aço,  que  apresentam  pouca  deflexão  para  altos  níveis  de  tensão  aplicada,  observe  o  gráfico  n.1,  Tensão  x  Deformação  para  as  ligas  de  Niti  e  Aço  Inoxidável.  

 

 

 

 

 

 

Gráfico  n.1  (fonte:  R  Dental  Press  Ortodon  Ortop  Facial,  Maringá,  v.  5,  n.  4,  p.  72-­‐76,  jul./ago.  2000,  Minervino,  Bruno)  

 

O  efeito  conhecido  como  ”memória  de  forma”  que  caracteriza  as  ligas  de  níquel-­‐titânio  e  relaciona-­‐se  com  sua  estrutura  metalúrgica  (fase  martensítica-­‐  austenítica).  Essas  ligas  podem  existir  em  mais  de  uma  forma  e  estrutura  cristalina.  A  forma  martensítica  existe  a   baixas   temperaturas;   a   forma   austenítica,   a   altas   temperaturas.   A   transformação  

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martensítica  ocorre  pelo  mecanismo  de  cisalhamento  sem  mudança  na  composição,  e  os  movimentos  atômicos  que  ocorrem  durante  esta  transformação  são  inferiores  a  uma  distância  interatômica.  A  memória  de  forma  refere-­‐  se  à  capacidade  de  certos  materiais  de  voltarem  à  forma  original  com  o  aquecimento  do  material  acima  da  temperatura  de  martensita  para  austenita.    

Assim,  as  ligas  de  Níquel-­‐Titânio  trazem  como  vantagens;    

     -­‐      A  obtenção  de  um  baixo  limiar  de  dor        -­‐     Possuir   maior   tempo   de   deflexão,   traduzida   como  menor   número   de   visitas   por  parte  dos  pacientes;  pois  a  ativação  deverá  ser  realizada  com  um  maior  tempo;        -­‐     Possuir   constância   na   desativação   da   força;   devido   à   considerável   extensão   de  deflexão  sendo  que  a  força  produzida  dificilmente  varia  isso  significa  que  o  arco  inicial  exerceria  a  mesma  força  se  fosse  defletido  numa  distância  aproximadamente  pequena  ou  grande,  o  que  é  uma  característica  única  e  extremamente  desejável;  

             -­‐     Existir   em   diferentes   temperaturas   de   transformação:   15°C   (Arcos   Tipo   I),   27°C  (Arcos   Tipo   II),   35°C   (Arcos   tipo   III)   e   40°C   (ArcosTipo   IV).   Como  exemplo,   pode-­‐se  citar  as  indicações  do  Arco  tipo  III:  a)  quando  se  deseja  a  liberação  de  forças  médias;    -­‐      Para  pacientes  que  têm  limiar  de  dor  baixo  ou  normal;  c)  para  pacientes  que  têm  o  periodonto  normal  ou  levemente  comprometido  e  d)  quando  forças  relativamente  baixas  são  desejadas.  

 Beta-­‐titânio  ou  titânio-­‐molibidênio  

Idealizada  por  Burstone,  nos  anos  80,  Conhecidas  como  “TMA”  (Titanium  Molybdenum  Alloy  -­‐  Ormco  Corp.),  apresenta  em  sua  composição,  79%  Titânio,  11%  Molibdênio,  6%  Zircônio,  4%  Estanho.    Metalograficamente  essas  ligas  estão  entre  as  ligas  de  Niti  e  Aço,  ou  seja,  possuem  resiliência  e  formabilidade  moderadas,  lembrar  que  a  solda  deve  ser  realizada  com  o  ponto  elétrico.  Como  desvantagem  pode-­‐se  citar  o  atrito  elevado.  

Fios  de  resina  e  fibra  de  vidro  

Como  vantagens  apresentam  o  aspecto  estético,  fios  com  coloração  agradável,  utilizados  com  braquetes  estéticos,  Confeccionados  de  fibras  cerâmicas  embebidas  em  uma  matriz  polimérica.  Entretanto,  sujeito  a  fraturas  e  perda  elástica,  quando  da  sua  utilização,  o  que  contraria  a  sua  indicação.  

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Aplicabilidade  Clínica  

São  muitos  os   requisitos  para  a  escolha  do   fio   ideal,   situação  que  deverá  ser  avaliada  criteriosamente   seguindo   vários   conceitos:   a)   análise  metalográfica  da   liga,   aI)   secção  transversal  da  mesma,  aII)  proporção  carga  x  deflexão,  aIII)  b)  condições  biológicas  dos  pacientes;  bI)  condições  de  saúde  periodontal,  bII)  condições  dentárias,  bIII)  condições  alergênicas,  assim  a  melhor  força  deverá  ser  aplicada.  

Normalmente,  no   início  do  tratamento,  quando  existe  muito  desnivelamento  dentário  deseja-­‐se  muita   resiliência   e   baixa   formabilidade,   ou   seja,  muita   energia   armazenada  com  pouca  tensão,  então  utilizar  as  ligas  superelásticas  ou  reduzir,  muito,  o  calibre  dos  fios  mais  rígidos  (ligas  de  Niti)  

Após,  essa  fase,  é  interessante  utilizar  a  propriedade  de  formabilidade.  fios  de  Aço  e/ou  Titânio-­‐Molibidênio),  para  movimentar  (retrair)  dentes  anteriores,  se  for  o  caso,  ou  dar  rigidez  ao  sistema.  Nesses  casos,  de  retração,   roga-­‐se  por  movimento  de  Corpo,  onde  todas  as  porções  movimentam-­‐se  simultaneamente,  o  que  não  permite  que  o  sistema  de  força,  seja  qual  for  à  mecânica  empregada,  entre  em  colapso,  como  por  exemplo,  o  fechamento  de  espaço  pelas  coras  de  dentes  adjacentes.    

Além  disso,  empresas  de  ponta   investem  no  aperfeiçoamento  e  desenvolvimento  das  ligas   ortodônticas,   atualmente   existem   fios   ortodônticos   constituídos   de   matérias  híbridos   ou   com   níveis   de   força   pro   porções   diferentes,   o   que   permite   escolher   a  melhor  aplicabilidade  clínica  para  cada  caso  

 

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RECUPERAÇÃO  DE  ESPAÇOS    A  recuperação  de  espaços  para  o  correto  alinhamento  e  nivelamento  dos  dentes  nos  arcos  é  importante  principalmente  quando  temos  “apinhamentos  secundários”  que  são  devido  à  migração  dos  dentes  para  os  espaços  adjacentes  apinhando  os  dentes.  A  recuperação  destes  espaços  é  fator  de  relevância  para  o  início  das  movimentações  dentárias  para  a  correção  deste  apinhamentos.                  Recuperação  de  espaços  com  molas  digitais                      Molas  de  aço    As  molas  de  aço  são  pouco  utilizadas  nos  procedimentos  da  mecânica  otimizada,  onde  em  nosso  protocolo  utilizaremos  as  molas  de  Niti.              Molas  de  Niti    O  material  da  mola  de  Niti,  como  foi  descrito  no  tópico  anterior  em  fios  ortodônticos,  possui  uma  memória  de  forma  e  uma  dissipação  de  forças  

gradativas  e  constante,  ótimas  para  a  biomecânica.  São  utilizadas  para  a  recuperação  de  espaços  e  também  para  a  sua  manutenção.  A  utilização  pode  ser  em  fios  mais  flexíveis,  mas  é  de  protocolo  a  utilização  em  fios  acima  de  0,16  Niti,  devido  à  flexão  que  o  fio  sendo  flexível  realizará  com  a  mola  ativada.    PRECONIZAÇÃO  PARA  RECUPERAÇÃO  DE  ESPAÇO.                      A  mola  deverá  ser  cortada  em  comprimento  quando  posicionada  no  espaço  a  ser  recuperado  de  aleta  mesial  de  um  braquete  até  a  aleta  mesial  do  outro  dente,  sendo  o  mesmo  raciocínio  de  aleta  distal  a  aleta  distal  do  dente  agonista.      

 

 

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1-­‐ SETA  EM  AZUL  =  RECUPERAÇÃO  DE  

ESPAÇO  2-­‐ SETA  EM  VERMELHO  =  

MANUTENÇÃO  DE  ESPAÇO  

CALIBRADORES  PARA  AVALIAR  A  QUANTIDADE  DE  DESGASTE.  

PRECONIZAÇÃO  PARA  MANUTENÇÃO  DE  ESPAÇO.                      A  mola  deverá  ser  cortada  em  comprimento  quando  posicionada  no  espaço  a  ser  mantido  dê  aleta  mesial  de  um  braquete  até  a  aleta  distal  do  outro  dente,  sendo  o  mesmo  raciocínio  de  aleta  distal  a  aleta  mesial  do  dente  agonista.      

 

     

Recuperação  de  espaços  com  desgastes  proximais  (Stripping).  

 

Uma das interpretações da palavra “stripping” em inglês tem o significado de retirar- fatiar. O uso desta técnica em ortodontia refere se a desgastes interproximais com a finalidade de ganhar espaços e reanatomização.

Existem duas possibilidades principais de utilização desta técnica:

1 - No início do tratamento, na fase de alinhamento e nivelamento, com objetivo primário de adquirir espaços para o pré alinhamento dos dentes.

2 - No final do tratamento, na fase de finalização, para a total correção do over Jet e over bite. Volumes dentários incompatíveis fazem com que a finalização seja comprometida por falta de engrenamento dos dentes antagonistas.

Para o desgaste correto é necessário a utilização de uma análise de modelo (Bolton) e a verificação do volume dentário a ser corrigido. Para a avaliação da quantidade de desgastes, calibradores são utilizados para as medições.

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A técnica envolve procedimento irreversível. Devido à complexidade técnica, para o ortodontista iniciante recomendamos realizar o “stripping” manual com a utilização de porta lixa.

 

O  procedimento  técnico  utilizando  o  porta  lixa  para  desgaste  proporciona  segurança  e  efetividade,  sendo  que  podemos  utilizar  lixas  de  várias  granulações.  

 

 

Os desgastes maiores que 1 mm devem ser evitados, portanto o termo “SLAICE” (desgaste com finalidade protética) não deve ser utilizado em ortodontia

Outra técnica utilizada para os desgastes interproximais são os discos de aço montados em contra ângulo. Este procedimento deve ser realizado com maior destreza, visto que as correções dos desgastes fora do eixo criam degraus difíceis de serem corrigidos. Este procedimento deve ser feito após ter realizado o desgaste inicial da incisal dos dentes, e de preferência após o afastamento prévio com elásticos separadores.

 

   O   acabamento   se   faz   necessário   sempre   após   as   sessões   com   a   técnica   do  “stripping”.    A   utilização   de   lixas   de   polimento   de   resina   com   diminuição   gradativa   da  granulação  e  a  utilização  de  fresas  de  acabamento  cervical  é  sempre  indicada.    

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    FRESA   PARA   ACABAMENTO   CERVICAL  PROXIMAL.  

       

 

 

 

 

 

 

 

 RECUPERAÇÃO  DE   ESPAÇO  COM   “EXODONTIA“   –  MECÂNICA  DE   RETRAÇÃO   INICIAL  DE  CANINOS.  

         Nos   casos   clínicos   onde   há   uma   grande   discrepância   total   (DM   Discrepância   de  modelos   +   DC   Discrepância   cefalométrica)   e   não   se   podem   realizar   movimentos   de  alinhamento  e  nivelamento  sem  que  haja  espaço  suficiente,  e  os  procedimentos  de   stripping-­‐expansão   e   vestibularização   são   contra   indicados,   o   procedimento  indicado  é  exodontias  de  pré  molares  e  retração  inicial  dos  caninos.  Esta  retração  não   faz   parte   da   MECÂNICA   PRINCIPAL   e   sim   é   um   procedimento   realizado  dentro  da  fase  de  alinhamento  e  nivelamento.  O   procedimento   é   prévio   ao   alinhamento   e   deverá   ser   realizado  dentro   de   um  protocolo  estabelecido:    1  -­‐  Montagem  dos  acessórios  ortodônticos                Bandagem   dos   molares   e   colagem   dos   acessórios   nos   prés   molares   e   nos  caninos.   A   colagem   nos   dentes   anteriores   não   se   faz   necessário,   onde   apenas  poderá  ser  realizada  com  fios  segmentados.  

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2  -­‐  Preparo  de  ancoragem  

           O   sistema   de   ancoragem   deverá   ser   realizado   com   “ancoragem   média   a  máxima”,  e  em  alguns  casos  (total  CL  II  de  molares  onde  não  se  pode  perder  nada  de  ancoragem)  ancoragem  absoluta.  

O  sistema  de  ancoragem  deverá  ser  reavaliado  quando  for  passar  a  MECÂNCIA  PRINCIPAL  para  a  retração  dos  arcos.  

3  -­‐  Mecanismos  de  retração  inicial  

           Os   mecanismos   mecânicos   indicados   na   MECÂNICA   STRAIGHT   WIRE  OTIMIZADA  são  divididos  em  dois  sistemas:  

 

1-­‐  Sistema  de  retração  inicial  de  caninos  (Bloco)  

             Sistema  utilizando  mecanismo  de  alças.  

                       2  -­‐  Sistemas  de  retração  inicial  de  caninos  (deslize)  

           

 

 Este   sistema   pode   ser   utilizado   alças   e   sistema   de   fio-­‐elástico   corrente,   que   é  utilizado   fio   de   Niti   (0,14)   e   elásticos   corrente   possibilitando   uma   retração   por  deslize.  

 

ALÇAS  DE  RETRAÇÃO  

         No  sistema  mecânico  de  retração  inicial  dos  caninos  as  alças  são  utilizadas  com  maior   controle   de   retração   e   força.   Um   complexo   sistema   de   forças   torna-­‐se  presente  quando  da   inserção  dessas  alças  nas  canaletas  verticais  dos  braquetes  dos   caninos   e   nas   canaletas   horizontais   dos   tubos   auxiliares   das   bandas   dos  molares.  Esse  sistema  de  forças  é  constituído  de  componentes  de  forças  verticais,  horizontais,   momentos   de   força   e   de   binários   (momentos   que   ocorrem   no  interior  do  tubo  molar  após  inserção  (da   alça   previamente   conformada,   provenientes   de   duas   forças   paralelas   de  mesma  intensidade,  mas  de  sentidos  opostos).  Os  efeitos  indesejáveis  no  Posicionamentos  dos  dentes  podem  ser  controlados  por:  adequada  conformação  geométrica  das  alças,  com  angulações  em  suas  extremidades  

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(efeito  de  momento  de  força  ou  efeito  gable,  no  plano  sagital  e  vestibulolingual  (neste  caso,  para  evitar  deslocamento  da  coroa  do  canino  para   vestibular,   durante   a  distalização  do  mesmo);   por  meio  de  um   sistema  de  ancoragem  previamente  instalado.  Neste   sistema   de   retração   são   utilizadas   várias   filosofias   de   alças,   onde   iremos  utilizar  em  nosso  protocolo  a  ALÇA  BULL  LOOP  REVERSO.    Confecção da alça:

 

 

 

   Posicionamento  do  fio  (0,  019*0,  025  de  aço)  nos  slots  posteriores  e  marcação  do  fio  na  distal  do  canino.    DOBRAS  PARA  CONFECÇÃO  DA  ALÇA                          Realizar  a  primeira  dobra  em  90  graus  no  fio  com  o  alicate  (Nance)  e  a  marcação  com  leve  dobra  na  última  escada  do  alicata  (Nance).    

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Realizar  o  início  da  dobra  (helicóide)  com  o  alicate  (64).  

 

       

 

 

 

         

 Finalização  da  confecção  do  helicóide  com  a  dobra  final  (Alicate  Nance)                  

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Confecção  das  dobras  de  controle  mecânico  da  alça.                    Confecção  da  dobra  de  apoio  no  canino,  e  corte  da  extremidade  e  dobra  para  cervical.  Realizar  a  dobra  na  segunda  escada  do  alicate  de  Nance      

       

 

 

                 Confecção  das  dobras  para  controle  mecânico.    

               e  contorno  do  arco  com  o  alicate  (64).  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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Dobra  do  arco  posterior,  realizar  inclinação  de  30  graus.  Realizar  esta  dobra  com  o  alicate  139  posicionado  na  parte  posterior  interna  ao  helicóide.  Realizar  uma  inclinação  no  braço  de  apoio  no  canino  também  em  30  graus,  posicionando  o  alicate  139  no  meio  da  parte  interna  do  helicóide.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Mostra  final  da  ALÇA  e  seu  posicionamento  no  arco  dentário.  

 

 

 

 

 

 

 

 

As  alças  são  provenientes  da  filosofia  edgewise,  onde  todos  os  movimentos  realizados  nos  dentes  proviam  da  biomecânica  utilizada  nestas  molas.  As   ativações   e  o   controle  dos  efeitos  mecânicos  destas  alças  devem  ser  cuidadosamente  estudados  antes  da  sua  utilização.  Elas  produzem  forças  e  momentos,  que  são   responsáveis  pela  alteração  da  

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inclinação   das   raízes,   promovendo   o   fechamento   dos   espaços   entre   os   dentes,   de  maneira   controlada.   Produzem   momentos   de   força   com   diferentes   intensidades,  conforme   os   objetivos   do   tratamento.   O   sistema   de   forças   que   atua   sobre   uma   alça  retangular,  quando  ativada,  dependerá  da  geometria  da  alça.  

Outro   tipo   de   alça   utilizada   com   grande   controle   biomecânico   é   a   T   –   Loop   (alça  utilizada   no   sistema   de   mecânica   do   arco   segmentado   (fio   de   TMA),   que   podemos  ilustrar  os  efeitos  biomecânicos  envolvidos  na  sua  ativação.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ELÁSTICOS  CORRENTE      

 Este  sistema  de  retração  inicial  de  caninos  é  o  método  preconizado  na  mecânica  SWO  (  Striaght  wire  otimizada  ),  onde  realiza  se  as  seguintes  etapas  técnicas:    

1. Montagem  dos  acessórios,   incluindo  os  segundos  molares  e  tubo  palatino  nos  primeiros  molares.  Neste   sistema  não  utiliza   a   colagem     inicialmente  

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nos   dentes   anteriores   (   dentes   laterais   e   centrais   )   e     a   inserção   de   fios  contínuos  em  todo  o  arco.    Obs.:    Em  casos  onde  é  solicitado  pelo  paciente  (  ou  pelos  pais  )  a  colagem  de   todos  os   acessórios,   os  mesmos  podem   ser   instalados  desde  que   seja  utilizado    fio  0,012  Niti  com  revenido  (  aquecimento  ).  Este  procedimento  é  realizado   com   a   finalidade   de   “   montagem   total   de   aparelho   ”   para  satisfazer  a  espectativa  do  paciente,  sem  nenhuma  intenção  mecânica.    

2. Amarrilho   (   fio   de   amarrilho   0,20   )   fixando   todo   os   sistema   posterior.  Utilizar  sistema  “trançado”  de  amarrilho.    

3. O   fio   a   ser   utilizado   é   o   fio   0,014   Niti,   onde   será   cortado   no   meio   do  contorno  anterior.    

4. Deverá   ser   inserido   o   fio   nos   slots   dos   acessórios   (   amarrilhado   todos   os  dentes   )   e   marcado   na   região   mesial   do   canino   onde   será   aquecido   e  confeccionado   um   pequeno   helicóide.   Este   helicóide   tem   a   finalidade   de  não  deixar  o  fio  correr  no  slot  do  canino  e  não  machucar  o  paciente.  

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

         

5. O   elástico   corrente   deverá   ser   inserido   na   aleta   mesial   do   segundo   pré  molar  e  preso  na  aleta  distal  do  canino,  em  braquetes  da  filosofia  Straight  wire.   Em   nosso   exemplo   (   figura   acima   )   a   filosofia   é   de   Alexander   não  

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contendo  aletas  em  seus  braquetes  posteriores.  A  segunda  opção  poderá  ser  utizado  elástico  corrente  preso    aos  molares  e  pré  molares  e  estendido  até  a  aleta  distal  do  canino  a  ser  tracionado.  

 

 

                           

6. A  força  utilizada  é  de  150gr  (RETRAÇÃO DE CANINOS SUPERIORES COM DOIS TIPOS DE ELÁSTICOS EM CADEIA - LUCIANO DIAS GIOLLO Tese de mestrado apresentada a PUC Porto Alegre em 2007 ).  

 

 

SEQUÊNCIA  DE  FIOS  PRECONIZADA  (  Straight  wire  convencional  )  

No   início   das   atividades   clínicas   é   necessário   que   seja   estabelecido   um   protocolo   de  utilização   dos   fios.   Uma   seqüência   de   fios   é   fornecida   para   os   procedimentos   de  alinhamento  e  nivelamento  dos  dentes.  

Como  primeiro  fio,  sugere  se  o  fio  0,  012  (liga  Niti)  por  2  meses  inicialmente  para  que  possa  ser  avaliada  a  resposta  biológica  dos  dentes  frente  a  uma  agressão  externa  (força  ortodôntica).  Após  2  meses  utilizando  o  fio  0,  012  Niti  realiza  se  um  raio-­‐X  periapical  da  região   dos   incisivos   centrais   superiores   e   inferiores   para   a   avaliação   das   condições  radiculares   frente  à   força  ortodôntica.  Esta  avaliação  é   inserida  em   ficha  clínica  como  documentação.  

 

SEQUÊNCIA  DE  PROTOCOLO  CLÍNICO:  

Para  os  fios  de  Niti  sugere  se  a  utilização  dos  fios  comercializados  para  o  arco  inferior,  onde  o  mesmo  apresenta  menor  raio  de  curvatura  anterior.  

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0,  012  Niti  

0,  014  Niti  

0,  016  Niti    

 

 

Para  os  fios  de  aço,  sempre  deverão  estar  diagramados  e  coordenados  

0,  016  Niti  

0,  018  Niti  

0,  020  Niti    

 

Para  a  finalização  utiliza  se  o  fio  0,  018*0,  025  Niti  (utilizar  o  fio  comercializado  para  o  arco  inferior  para  ambos  os  arcos),  o  qual  irá  preparar  a  finalização  do  alinhamento  e  nivelamento  com  o  fio  0,  109*0,  025  de  aço  diagramado  e  coordenado.  O  fio  0,18*0,25  de  Niti  não  tem  a  propriedade  de  alterar  o  formato  de  arco,  e  sim  de  preparar  os  dentes  para  uma  força  -­‐  “torque”.  

 

 

 

Para  a  ilustração  da  seqüência  de  fios  e  da  mecânica  straight  wire  otimizada  irá  ser  utilizado  um  simulador  mecânico  (typodont)  

 FIOS  INICIAIS  AO  ALINHAMENTO  E  NIVELAMENTO  DENTÁRIO  

                                                         NITINOL  (0,12;  0,14;  0,16)        

FIO  0,12  NITINOL                    

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                 Banheira  que  será  utilizada  para  o  aquecimento  da  cera  e  proporcionar  a  movimentação  dos  dentes  artificiais.    

             

 

 

FIO  0,14  NITINOL  

O   fio   0,   014   Niti   deverá   estar   inserido   nos   slots   dos   braquetes   e   nos   casos   de  dentes  mais  inclinados,  estes  deverão  estar  com  amarrilho  para  melhor  resposta  biomecânica.  

 

 

 

 

 

 

FIO  0,16  NITINOL  O  fio  0,  016  Niti  deverá  ser  utilizado  para  finalização  do  pré  alinhamento  e  nivelamento  dos  dentes.  A  partir  deste  fio  já  será  utilizado  fios  com  (pequena  proporção  carga-­‐deflexão).  

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UTILIZAÇÃO  DE  FIOS  DE  AÇO:  Os   fios   de   aço   possuem   a   capacidade   mecânica   de   finalizar   o   alinhamento   e  nivelamento   e   correção   de   curvatura   dos   arcos   (curva   de   Spee).   Devido   à  capacidade  mecânica   de   controle   dos   arcos   no   sentido   transversal,   estes   arcos  deverão  estar  “DIAGRAMADOS  E  COORDENADOS”.    

 

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 TIPOS  DE  DIAGRAMAS  

                                 Na  literatura  existem  vários  tipos  de  diagramas  para  a  realização  da  confecção  dos  fios  ortodônticos,  visando  o  correto  contorneamento.  

               

Diagrama  de  Bonwill                                                                                                                                                    Diagrama  de  Izard.                                                                                                                                  Diagrama  e  formas  de  Brader    

     

 

 

Diagrama  proposto  por  Boone                                                                                                                                                                                          Diagrama  de  Sved.                                                                                                                                                                                                                                                  Diagrama  de  Hawley  

 

 

A   manutenção   da   forma   original   do   arco   dentário   principalmente   suas   dimensões  transversais  e,  conseqüentemente,  o  equilíbrio  entre  as  estruturas  ósseas,  musculares  e  tecidos   moles   são   aspectos   essenciais   para   atingir   a   estabilidade   longínqua   no  tratamento   ortodôntico.     A   maioria   dos   autores   preconiza   a   utilização   de   formas   de  arcos  individualizadas  para  cada  paciente,  

sendo  mais  recomendáveis  os  diagramas  que  fornecem  configurações  distintas  e  não  o  emprego   de   uma   forma   de   arco  média,   obtida   a   partir   de  medidas   também  médias.  Partindo   do   pressuposto   que   o   arco   inferior   deve   ser   mantida   sua   conformação  anterior,  este  arco  é  ideal  para  que  possa  ser  utilizado  como  base  para  a  coordenação  com   seu   antagonista.   Muitos   são   os   tipos   de   diagramas   e   vários   são   os   trabalhos  apresentados   na   literatura,   e   será   utilizado   em   nossos   protocolos   a   utilização   do  diagrama  proposto  pelo  Prof.  Dr.  Sebastião  Interlandi.  

 

 

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 DIAGRAMA  DE  INTERLANDI            

             Método   idealizado   pelo   Prof.   Interlandi   no  intuíto   de   manter   as   dimensões   transversais   e   a  curvatura   anterior   do   arco   “   base   que   é   o   arco  inferior  “  ,  e  através  deste  arco  fazer  a  coordenação  com  o  superior.      Seqüência  de  construção  dos  arcos  de  aço,  baseados  no  arco  inferior.    

-­‐  Obtenção  do  raio  de  curvatura  anterior:  

1-­‐ Utilização  da  placa  transparente  de  seleção  dos  arcos.  2-­‐ Posicionar  a  placa  transparente  na  vestibular  dos  dentes  anteriores  inferiores  

do  modelo  de  estudo,  seguindo  o  rebordo  ósseo.  O  contorno  do  raio  da  placa  deverá  coincidir   com  a   região  vestibular  de  canino  a  canino,  mesmo  quando  apresenta   alterações   nas   posições   dos   dentes.   O   raio   representado   por  números  de  18  a  26  mais  próximo  deverá  ser  o  raio  da  curvatura  anterior  do  arco  individual.  

3-­‐ Adicione   1mm   (   correção   sem   extração   de   pré   molares   )   ou   2mm   (   com  extração   )   ao   valor   encontrado,   para   a   escolha   da   curvatura   incisal   do   arco  superior  (  18  a  26  ).    -­‐  Observação:  Realizar  a  diagramação  do  arco  superior   também  no  diagrama  para  ficar  mais  fácil  a  coordenação  dos  arcos.  

 

-­‐  Obtenção  da  barra  de  curvatura  anterior:  

1. Meça   a   distância   linear   entre   os   braquetes   dos   segundos   pré   molares  inferior,  adicione    2mm  e  transfira  convenientemente  para  o  diagrama   já  escolhido,   lado   a   lado   da   linha   mediana.   Anote   o   número   das   linhas  verticais  correspondentes    (  0  a  22  ).  Esta  é  a  distância  entre  os  segundos  pré  molares  superiores.  

2. Meça  a  distância   linear   inter-­‐ômegas  (  extremo  mesial  dos  tubos  –  molar  superiores   )   e   tranfira,   da  mesma   forma   ,   para  o   diagrama,   anotando   as  linhas  verticais  correspondentes.    Identifique  na  ficha  do  paciente,  o  diagrama  individualizado:  -­‐  Raio  de  curvatura  -­‐  Distância  inter-­‐pré  molares  -­‐  Distância  inter-­‐ômegas    

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METODO  DE  POSICIONAMENTO  DA  PLACA  

TRANSPARENTE  NO  MODELO  PARA  OBTENÇÃO  DO  ARCO  DE  CURVATURA  ANTERIOR  –  NO  EXEMPLO  O  ARCO  É  20.  

 

A  BARRA  É  DETERMINADA  PELA  MEDIDA  

CÚSPIDE  MESIO  VESTIBULAR  DE  UM  LADO  A  OUTRA  CÚSPIDE  O  ARCO  OPOSTO.    ESTA  MEDIDA  DEVERÁ  SER    DIVIDIDA  POR  2  E  

MEDIDO  A  PARTIR  DO  CENTRO  DO  TEMPLATE  E  DETERMINADO  A  BARRA.  

 NO  EXEMPLO  A  MEDIDA  FOI  DE  45  cm    ,  DIVIDO  POR  2  É  27,5.  LEVADO  ESTÁ  

MEDIDA  AO  TEMPLATE  VERIFICA  SE  A  BARRA  -­‐  14  

 

Para   a   coordenação   dos   arcos   contorne   o   arco   superior   sobre   os   valores   pré  determinados  para  o     inferior.  Os  arcos  devem  estar   completamente   coordenados  na  região  anterior  e  posterior.    

Use  o  cartão  de  tarja  vermelha,  para  movimentar  o  arco  ,  sobre  o  diagrama.  

 Exemplo:      

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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7.4.3  -­‐  Fios  de  controle  intra  arcos  

                               Aço  (0,16;  0,18;  0,20)        

FIO  0,16  AÇO  Primeiro  arco  de  aço  a  ser  diagramado  e  coordenado  inserido  nos  slots.  Este  fio  inicia  o  contorno  do  arco  individual.              

 

 

   

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

         

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  FIO  0,20  AÇO  

Fio  de  maior  diâmetro  utilizado  na  mecânica,  este  fio  finaliza  o  alinhamento  e  nivelamento  dentário  no  sentido  mesio  distal.  

 

 

 

 

 FIOS  RETANGULARES    

                 FIO  DE  NITINOL  0,  018*0,  025  

                               Primeiro  fio  retangular  utilizado,  início  do  binário  de  torque.  

 

 

   

 

 

                 

 

 

 FIO  DE  AÇO  0,  019*0,  025      

                             Fio  que  determina  a  finalização  da  fase  de  alinhamento  e  nivelamento  dentários.  

 

 

 

 

 

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