apostila - Órteses e próteses

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  • QUESTES DE PROVAS DE CONCURSOS

    Disciplina: Fisiologia Geral

    Professor (a): Liana Mayara Q. Caland

    APOSTILA PARA CONCURSOS

    [YADAIM OVDOT]

    Apostila organizada para o Curso Preparatrio para Concursos Pblicos. Cargo: Fisioterapia

    RTESES E PRTESES

  • QUESTES DE PROVAS DE CONCURSOS

    Disciplina: Fisiologia Geral

    Professor (a): Liana Mayara Q. Caland

    RTESES

    1.0. Classificao e caracterizao das rteses

    DEFINIO: dispositivo exoesqueltico aplicvel a um ou mais segmentos que tem como

    finalidade a manuteno da postura correta do segmento em uma posio de descanso,

    realinhamento ou de atividade controlada. um dispositivo mecnico de adaptao que

    auxilia na funo motora.

    Obs.: rtese auxilia a funo, prtese substitui a funo de um segmento perdido e a rtese-

    prtese (pouco comum) auxilia e substitui uma funo.

    Indicaes:

    Alvio ou abolio da dor.

    Suporte de peso corporal e transferncia de fora.

    Facilitao do movimento para melhora da funo.

    Preveno de deformidades e correo do alinhamento.

    Limitao do movimento.

    Proteo.

    Assistncia ao movimento.

    Classificao funcional global:

    Estticas ou passivas: evitam o movimento e so indicadas para imobilizar ou estabilizar

    uma articulao. Ex.: sequelas de fraturas, inflamaes articulares e de partes moles,

    queimaduras e ps operatrios. Tem a funo de imobilizao, repouso, proteo, sustentao

    e/ou correo.

    Dinmicas ou funcionais: previne deformidades, possibilita a manuteno da fora normal e

    estimula o fortalecimento da musculatura fraca. Ex.: msculos par tico. Funo de auxiliar,

    limitar ou direcionar os movimentos permitindo mobilidade articular e uso de tenodese

    fisiolgica.

    Classificao de acordo com a finalidade:

    Apoio: paralisias

    Substituio: aumenta fora residual ou substitui o movimento articular

    Corretiva: aumenta a amplitude de movimento na presena de contraturas cutneas ou

    articulares

  • QUESTES DE PROVAS DE CONCURSOS

    Disciplina: Fisiologia Geral

    Professor (a): Liana Mayara Q. Caland

    Protetora: contra contraturas por queimaduras, reduzem movimentao dolorosa (artrite,

    tendinite)

    ATENO:

    No existe rtese para uma nica patologia

    A rtese deve ser adaptada para o paciente

    Quando a rtese no cumpre o seu objetivo ela deve ser suspensa.

    A rtese para ser indicada deve ser precedida de uma avaliao funcional e

    psicossocial

    A indicao do tipo de rtese a ser usada vai variar de acordo com: a patologia, as

    articulaes e segmentos envolvidos e funo desejada. preciso definir como ser a

    fixao do segmento corporal e qual material ser utilizado, procurando fazer as

    adaptaes necessrias para o paciente e tentando usar um design que v de encontro ao

    objetivo do paciente.

    As rteses so aparelhos auxiliares da reabilitao que deve visar funcionalidade

    e a adaptao s limitaes permanentes para proporcionar maior independncia ao

    paciente.

    MATERIAIS MAIS USADOS:

    Metais (ao inoxidvel, duralumnio)

    Fibra de carbono

    Plstico termo moldvel

    Espuma de poliuretano

    Plstico termo fixo

    Gesso sinttico

    Cortia, couro, borracha, velcros

    Lonas e tecidos sintticos

    Obs.: deve considerar os aspectos estticos, conforto, peso do material e custo.

    NOMENCLATURA: algumas rteses ainda so conhecidas pela sua nomenclatura antiga

    (nome do projetista ou local aonde foi criada). Outras, a maioria, tm uma designao

    genrica de acordo com a parte do corpo envolvida, sendo as mais modernas conhecidas por

    sua nomenclatura em ingls.

    ATENO: importante saber todas as nomenclaturas possveis para uma determinada rtese.

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    Disciplina: Fisiologia Geral

    Professor (a): Liana Mayara Q. Caland

    2.0. Principais rteses de membros superiores

    RTESE DE DEDO (OD):

    Protetora.

    Indicada para estabilizao (normalmente com tala de plstico termo rgido).

    Impede o movimento da articulao metacarpo falangeana e interfalangeana

    Indicada: artrite reumatoide, queimadura, sndrome do tnel do carpo

    RTESE DE MO (OM) E PUNHO E MO (OPM):

    A OM indicada para o controle da oponncia do polegar. Ex.: neuropatia do mediano

    A OPM indicada para controle da oponncia e extenso do punho e metacarpo

    falangiana. Nesse caso deve ter apoio com barra lumbrical. Ex.: preveno de mo em

    garra e simiesca.

    OPM com barra palmar e na regio anterior do antebrao para controle da flexo do

    punho (neuropatia do radial, LER/DORT).

    Obs.: OD, OM e OPM podem ser para substituir a preenso, auxiliando na realizao de

    atividades da vida diria (prendedor de utenslios).

    RTESE DE PUNHO MO E DEDOS (OPMD):

    Mantem a posio neutra do segmento.

    uma rtese corretiva.

    Indicada para tratamento de espasticidade.

    Posio correta: semiflexo de punho, semiflexo dos dedos e metacarpo falangeana e

    oponncia do polegar.

    RTESE DE COTOVELO:

    Pode ser para imobilizao ou para ganho de amplitude.

    protetora ou corretiva.

    Indicada para instabilidades, limitao da ADM e dor em partes moles. Ex.: fraturas,

    queimaduras, reparao nervosa, contraturas, transferncia tendnea, processos

    degenerativos e tendinites.

    RTESE DE OMBRO:

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    Disciplina: Fisiologia Geral

    Professor (a): Liana Mayara Q. Caland

    Tipia: protetora, indicada para evitar o balano desordenado do brao e indicada para

    repouso. Ex.: paralisia flcida, P.O. de ombro. A tipia de Gayloud muito indicada

    nos casos de subluxao de ombro (em pacientes com sequela de AVE por exemplo).

    rtese abdutora de ombro: uma rtese corretiva. Pode ser abdutora (com almofada

    de apoio) ou com tala asa de avio. A posio correta nesse caso de 60 de abduo,

    30 de flexo, com posio neutra de cotovelo e punho. Indicao: queimaduras na

    regio axilar e contraturas.

    rtese de estabilizao de ombro: normalmente so de neoprene e permitem a

    mobilidade do ombro, mas do maior estabilidade articular. So de proteo e repouso

    (indicada para perodo de cicatrizao de leses) ou de alvio de dor (indicada para

    leso por esforo e tendinites).

    rtese de Sarmiento: protetora. Indicada para fraturas de mero (exceto na fase

    aguda) e para pseudoartrose.

    Tirante clavicular: limita o movimento escapular e consequentemente limita o

    movimento de ombro tambm. uma rtese protetora. Indicada para fraturas de

    clavcula.

    3.0. Principais rteses cervicais e de tronco

    COLAR CERVICAL: tem diferentes finalidades de acordo com o material utilizado.

    Colar cervical de espuma: para feedback sensorial nos casos de torcicolos por

    espasmos musculares.

    Colar cervical de polipropileno: para dar maior estabilidade articular. O tipo de

    fixao deve ser selecionado de acordo com a gravidade e altura da leso.

    Colar de espuma: feedback sensorial. Indicado para os casos de torcicolos e

    leses de tecidos moles, sendo contra indicado para leses ligamentares. No

    bloqueia totalmente as ADM cervicais.

    Colar Philadelphia: indicado para comprometimentos cervicais importantes e

    primeiros socorros (ex.: instabilidade de C4, P.O., TRM). Possui apoio dorsal,

    torcico superior, occipital e mentoniano. Limita mais os movimentos de flexo-

    extenso.

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    Disciplina: Fisiologia Geral

    Professor (a): Liana Mayara Q. Caland

    Colar Minerva: tem fixao torcica, sendo mais estvel que o Philadelphia

    por ter uma haste de metal somado ao polipropileno que permite maior

    limitao da flexo-extenso e inclinaes.

    Colar de Thomas: menor estabilidade que o Minerva e Philadelphia e maior

    estabilidade que o de espuma, limita apenas a flexo-extenso, principalmente a

    flexo.

    Halo craniano: maior estabilidade limitando a flexo-extenso, inclinaes e

    rotaes. indicado para TRM alto.

    Obs.: a mesma fixao que o halo vest. E o colete Minerva pode ser adaptado

    com um halo craniano fixado nas laterais passando a ter a mesma fixao que o

    colar halo craniano.

    SOMI (Sternal Occipital Mandibular Imobilizer): restringe todos os

    movimentos cervicais. Possui de 2 a 4 hastes de fixao e por ser to restritivo

    indicado para leses cervicais altas.

    RTESES DE TRONCO

    rtese torcica: So corretivas. Compressor dinmico de trax: CDT1

    indicado para pectus carinatum, e CDT2 indicado para pectus escarvatum.

    Colete de Miwalkee: para correo postural. composto de um apoio plvico

    com haste anterior e apoio mentoniano com duas hastes posteriores com apoio

    occipital. Deve ser usado por 24h e indicado nos casos de escoliose alta (T7-

    T8), cifoescoliose e cifose.

    Colete tipo Jewett: Estabiliza, controlando a inclinao lateral e a flexo de

    tronco. Indicado nos casos de fraturas torcicas e cifose.

    Jaqueta de Risser: permite maior estabilizao vertebral imobilizando a

    toracolombar e a lombosacra. Indicado para P.O.

    Colete tipo Cash: indicado nos casos em que o paciente no pode usar o colete

    de Jewett (seios grandes ou colostomia). Limita, mas no completamente, a

    inclinao lateral e flexo de tronco. Tem apoio no esterno e no pbis.

    Colete de Knight: rtese de sustentao lombar.

    Colete de Boston: permite maior estabilizao toracolombar e lombar que o

    colete de Knight. Indicado para escolioses baixas e fraturas torcicas e

    lombares.

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    Disciplina: Fisiologia Geral

    Professor (a): Liana Mayara Q. Caland

    Cinta de Putty ou colete de Willians: uma cinta abdominal de estabilizao

    lombosacra, normalmente feita de lona com hastes de metal ou plstico

    semirrgido. Indicado para lombalgias severas, lombociatalgias traumticas,

    artroses severas, espondilolisteses, P.O.

    Colete Bivalvado: indicado para instabilidades vertebrais em casos de

    escoliose, fratura toracolombar, P.O. paraplegias e doenas neuromusculares)

    4.0. Principais rteses de membros inferiores

    RTESES DE QUADRIL (OQ)

    Corrige e protege a articulao coxofemoral nos casos de necrose avascular, processos

    inflamatrios, ps traumas e P.O.

    Fralda Frejka: alinha o posicionamento da cabea do fmur no acetbulo para

    melhorar a vascularizao. Indicada para bebs com displasia coxofemoral

    congnita. Permite os movimentos de quadril limitando a aduo e rotao

    interna.

    Aparelho de Pavlik: uma rtese dinmica indicada para correo de luxao

    de quadril. O uso deve ser noturno e diurno, e frequentemente uma evoluo

    da fralda Frejka. Permite os movimentos de flexo e abduo guiados por

    faixas elsticas.

    ATENO: as rteses de membros inferiores agem diminuindo o nmero de articulaes

    que devem ser controladas durante a marcha, imobilizando e restringindo o movimento numa

    certa direo ao mesmo tempo em que reduz as foras de sustentao do peso. Mas so

    contra indicadas para corrigir deformidades fixas.

    RTESE DE QUADRIL JOELHO TORNOZELO E P (OQJTP)

    Tambm chamadas de HKAFO (Hip Knee Ankle Foot Orthosis). um tutor longo

    com cinto plvico que pode ou no ter travas de segurana. Indicado para leses medulares

    altas e poliomielite.

    Obs.: tambm chamada de tala inguinopodlica.

    Reciprocal Gait Orthosis (RGO): um tipo de HKAFO que permite a realizao de

    marcha recproca com 4 apoios. Indicada para TRM, mielomeningocele e distrofia muscular

    progressiva. Pode ser do tipo: Parawalker, Walkabout, ARGO, LSU, IRGO.

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    Disciplina: Fisiologia Geral

    Professor (a): Liana Mayara Q. Caland

    Parawalker: indicada para mielodisplasia e TRM (T1-L2)

    Walkabout: so duas KAFO e indicada para TRM (T12-L3)

    ARGO: composta por duas KAFO mais duas AFO. Indicada para TRM alta.

    LSU: Indicado para mielomeningocele, distrofia muscular e TRM, no possui

    apoio no tornozelo e contraindicado para os pacientes com espasticidade,

    obesidade e pouca fora muscular.

    IRGO (Isocentric Reciprocal Gait Orthosis): permite os movimentos de

    flexo-extenso de quadril. Indicada para TRM (T9-T12) e mielomeningocele.

    RTESE DE JOELHO TORNOZELO E P (OJTP ou KAFO)

    Free Walk: permite o movimento de flexo-extenso de joelho na fase de

    balano. Pode ou no ter apoio torcico, podendo ter apoio isquitico ou cinto

    plvico. Indicado para sequelas neuromotoras em um nico membro com

    algum grau de fora preservado. Indicada para hemiparesia, paraparesia e

    poliomielite.

    Obs.: os tutores longos de joelho tornozelo e p permitem a marcha recproca mas

    modificam muito o padro da marcha dificultando o caminhar.

    ATENO: para indicar uma rtese para marcha preciso avaliar a velocidade da

    marcha, frequncia cardaca e consumo de oxignio, fora muscular e estado geral do

    paciente (idade, nvel de sedentarismo, hipertenso descontrolada, diabetes, etc).

    RTESES DE JOELHO E TORNOZELO P (AFO OU OTP)

    Brace ou splint de joelho: para proteo e repouso. Indicados para

    inflamaes dos tecidos moles, P.O. e ps traumas.

    rtese tornozelo p ou AFO (Ankle Foot Orthosis): tem apoio posterior no

    tornozelo mantendo posio neutra de 90 e pode ou no ser articulada. uma

    rtese de apoio. Indicada para hemiplegia, sequelas neuromusculares e

    espasticidade.

    rtese de Codeville: mesma rtese AFO mas com menor estabilidade de

    tornozelo por no ter apoio nos malolos. Pode ser rgida ou semi rgida.

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    Disciplina: Fisiologia Geral

    Professor (a): Liana Mayara Q. Caland

    ATENO: as palmilhas tambm so consideradas rteses. Normalmente so indicadas para

    eliminar dor, elevar o arco plantar e corrigir a distribuio de cargas. Ex.: esporo de

    calcneo, fascite plantar, sndrome tibial posterior, neuroma de Norton e p diabtico.

    5.0. Paciente amputado

    A amputao a retirada total ou parcial de um membro por trauma ou procedimento

    cirrgico, e o paciente amputado apresenta uma perda funcional muito importante inclusive

    com perda do esquema corporal. As principais causas so vasculares (70%), infecciosas (1%),

    tumorais (5%), traumticas (21%) ou de m formao congnita (3%). H um maior nmero

    de casos de amputaes de membros inferiores (90%) sendo 70% de amputaes transtibiais.

    Possveis complicaes:

    Neuroma doloroso

    Dor fantasma

    Retraes por postura viciosa

    Presena de espculas sseas

    Infeco

    Distrbios circulatrios

    Aderncias cicatriciais

    Atrofia do coto

    Edemas difusos

    Necroses

    O nvel de amputao que define qual a prtese vai ser usada. E o coto deve ter

    qualidade de amputao, proteo ssea, nervosa, muscular e vascular.

    Obs.: quanto maior o coto melhor a funcionalidade da prtese. Mas nem sempre a

    descarga de peso dentro do coxim boa.

    ATENO: o coto deve ser cuidado para favorecer o processo de protetizao. E o

    enfaixamento nessa fase fundamental para modelar, proteger e prevenir edemas no

    coto.

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    Disciplina: Fisiologia Geral

    Professor (a): Liana Mayara Q. Caland

    6.0. Nveis de amputao

    AMPUTAES DE P:

    Desarticulao interfalangeana

    Desarticulao metacarpo falangeana

    Amputao transmetatarsiana

    AMPUTAO DE TORNOZELO:

    Lisfranc

    Chopart

    Pirogoff

    Syme

    AMPUTAO DE TIBIA (TRANSTIBIAL):

    Quanto mais curto o coto maiores so as dificuldades de protetizao.

    A funo do joelho fica preservada e em qualquer nvel de amputao

    transtibial a descarga de peso distal contraindicada.

    A marcha acontece com menor gasto energtico.

    DESARTICULAO DE JOELHO: a amputao ocorre na prpria articulao, o que

    permite melhor descarga de peso distal e e melhor suspenso da prtese.

    AMPUTAO TRANSFEMURAL:

    Assim como na tibial quanto maior o coto melhor a adaptao da prtese, e

    tambm contraindicada a descarga de peso distal no soquete da prtese. A

    descarga de peso deve ser nos squios.

    HEMIPELVECTOMIA: a retirada de todo o membro inferior com uma poro da pelve.

    Normalmente o coto irregular e a rea de apoio para a prtese pequena o que pode

    dificultar muito a marcha e descarga de peso sobre a prtese.

    HEMICORPORECTOMIA: amputao mais grave e rara, normalmente por causa tumoral e,

    com menos frequncia, por causa de m formao congnita. A deambulao ocorre com

    grande gasto energtico e tambm difcil a adaptao da prtese bem como a descarga de

    peso.

    AMPUTAO TORACO ESCAPULAR (TRANSESCAPULO TORCICA) E

    DESARTICULAO ESCAPULAR: so amputaes pouco comuns e normalmente

    causadas por neoplasias. A ancoragem da prtese difcil e a funcionalidade do membro

  • QUESTES DE PROVAS DE CONCURSOS

    Disciplina: Fisiologia Geral

    Professor (a): Liana Mayara Q. Caland

    toda perdida. Alm disso, complicaes posturais como escolioses so frequentes e devem ser

    tratadas para diminuir a perda de funcionalidade.

    DESARTICULAO DO BRAO:

    um tipo de amputao difcil de adaptar a prtese. Difcil ancoragem por no

    ter apoio para os arreios.

    Por ter um coto muito pequeno deformidades de ombro por contraturas podem

    aparecer, assim como escolioses.

    AMPUTAO DE BRAO:

    Quanto mais longo o coto mais fcil de adaptar a prtese, mas a funcionalidade

    de mo e cotovelo fica perdida, mesmo com cotovelo articulado.

    Contraturas podem estar presentes em cotos muito curtos mas sem

    comprometimento postural como nas amputaes de MMSS citadas

    anteriormente.

    DESARTICULAO DE COTOVELO: o coto frequentemente irregular e por isso a

    adaptao da prtese difcil. A funcionalidade de cotovelo perdida mesmo com cotovelo

    articulado (funcionalidade no que diz respeito a fora e coordenao).

    AMPUTAO DE ANTEBRAO:

    A amputao ideal aquela que ocorre abaixo da insero do bceps. Quando a

    insero do bceps preservada a funcionalidade de cotovelo preservada com

    o uso da prtese.

    A fixao da prtese por sistema de cabos ancorados no ombro.

    DESARTICULAO RADIOCARPICA

    A ancoragem feita entre apfise do rdio e ulna e o sistema de ancoragem

    por cabos.

    AMPUTAO DO CARPO

    AMPUTAO TRANSMETACARPIANA

    AMPUTAO DE DEDOS (INTERFALANGEANAS)

    AMPUTAO TIPO KRUKENBERG

    ATENO: as amputaes de MMSS limitam muito o movimento do membro gerando uma

    significativa perda de funcionalidade. O paciente amputado precisa mudar de dominncia.

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    Professor (a): Liana Mayara Q. Caland

    7.0. Principais prteses de MMSS e MMII

    Tipos de ps:

    So indicados para as desarticulaes de tornozelo e amputaes mais altas.

    Nveis de amputao de Pirogoff, Syme permitem descarga de peso distal.

    Utilizao de ps articulados permite melhor funcionalidade e esttica das prteses.

    Suspenso na regio supra-maleolar nos casos de desarticulao de tornozelo.

    P articular: tem flexo plantar livre e dorsiflexo bloqueada. Permite uma marcha normal e

    funcional. Mais pesado no sendo muito indicado para realizar atividades fsicas.

    P dinmico: permite a impulso e a flexo plantar por uma mola que amortece mais o

    impacto e permite melhor impulso.

    P Sach: possui amortecedores de borracha, mas no tem articulao no tornozelo.

    P Greissinger: multiaxial sendo por isso mais instvel. Permite os movimentos de everso

    e inverso e dorsiflexo e flexo plantar.

    P Flexfoot: uma lmina de fibra de carbono. uma grande mola que conecta o cartucho de

    encaixe com o p. um material de maior resistncia e durabilidade que permite maior

    impulso. Indicado para a prtica de atividades fsicas.

    Tipos de joelhos:

    Obs.: As articulaes de joelho devem dar controle e segurana prtese nas fases de apoio e de

    balano da marcha.

    As articulaes so indicadas para as amputaes transfemorais, desarticulaes do

    joelho, e desarticulao de quadril.

    Joelho livre (monocntrico):

    Tipo mais simples. No controla a fase de balano, e o apoio dado pelo controle

    muscular sem nenhuma interveno.

    Desvantagem: instabilidade e choque terminal.

    Joelho com frico (monocntrico):

    Permite controle na fase de balano pela velocidade angular do movimento. O apoio

    dado pelo controle muscular. Restringe a marcha.

    Joelho com trava manual: permite flexo extenso mas no na fase de balano. Possui um

    sistema manual de desbloqueio e tambm restringe a marcha. indicado para pacientes mais

    inseguros ou debilitados.

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    Disciplina: Fisiologia Geral

    Professor (a): Liana Mayara Q. Caland

    Joelho com trava com carga: autofreiante ou autobloqueante. Tem as mesmas

    caractersticas do joelho com trava manual mas ele trava automaticamente ao descarregar o

    peso em cima.

    ATENO: joelhos policntricos permitem um movimento mais fisiolgico, pois permite

    tambm os movimentos de rotao e translao do joelho. Normalmente so controlados por

    pistes hidrulicos, pneumticos ou microprocessadores.

    Joelho hidrulico: movimentos controlados por sistema hidrulico. Marcha mais prxima do

    normal.

    Joelho pneumtico: amortecedor dentro do joelho. Velocidade menor da marcha do que no

    hidrulico.

    Joelho 3 R15

    um joelho monocntrico com molas extensoras. O material de titnio

    ( resistncia e peso)

    Tipos de prteses:

    Convencional: de resina e madeira, sistema articular mecnico. pesada e o encaixe no

    proporciona uma boa performance

    Tubular: mais leve, segura, permite maior liberdade de movimentos, melhor performance

    ENCAIXES E SOQUETES: a interface mecnica de uma prtese. Permite contato total com

    o coto (distribuio da carga, feedback sensitivo).

    SOQUETES TRANSTIBIAIS:

    PTB (1959): coxal o responsvel pela fixao da prtese. Maior estabilidade.

    Suspenso por correia supracondiliana.

    PTS (1964): patela fica totalmente envolvida pela prtese. Suspenso acima dos

    cndilos

    KBM (1968): um modelo tubular. Aberta na regio popltea (patela solta). Cndilos

    laterais bem globados, suspenso nos cndilos

    Os soquetes podem ser suspensos por vlvula de suco, correia supracondiliana, manguito,

    ou coxal com apoio isquitico.

    SOQUETES TRANSFEMURAIS:

    Cat-cam:

    Distncia ntero-posterior maior que a mdio-lateral, e ancorada sobre o trocanter

    Mantm o fmur em posio mais

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    Disciplina: Fisiologia Geral

    Professor (a): Liana Mayara Q. Caland

    fisiolgica

    Msculos funcionais esto liberados

    Maior estabilidade do coto

    Quadriltero:

    Distncia mdio lateral maior que a distncia antero-posterior

    Indicado para coto curto

    Apoio isquitico

    A fixao ssea no to estvel

    Paciente tende a apresentar mais desconfortos

    Encaixe canadense:

    Possui um cesto pvico e a articulao do quadril monocntrica

    Suspenso transfemural pode ser por: vlvulas de suco, cinto plvico ou bolsa

    pneumtica.

    8.0. Equipamentos auxiliares da marcha

    ANDADOR:

    Indicado para pacientes com maior dficit de equilbrio dinmico

    Dficit de coordenao

    Regulagem da altura: trocanter maior do fmur, semiflexo de cotovelo de 30

    (posio funcional do cotovelo)

    MULETAS:

    Menor estabilidade para o paciente

    Podem ser axilares e canadenses (tambm chamadas de muletas de Lofstrand)

    Uni ou bilaterais

    A muleta axilar mais difcil de ser utilizada devido a contrao muscular que ela

    exige, e a descarga de peso menor

    Musculaturas mais exigidas: peitoral maior, grande dorsal, trapzio, deltoide, triceps,

    flx dedos, ext punho e elevador da escpula

    Ajuste: na altura do trocnter maior do fmur e a braadeira dois dedos abaixo da

    articulao do cotovelo

    Importante treinar com o paciente como retirar a braadeira em uma queda

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    Disciplina: Fisiologia Geral

    Professor (a): Liana Mayara Q. Caland

    Ajuste: na altura do trocnter maior do fmur e a braadeira dois dedos abaixo da

    articulao do cotovelo

    Importante treinar com o paciente como retirar a braadeira em uma queda

    BENGALA:

    Pode ter um ou quatro apoios

    Ser uni ou biarticular

    Maior descarga de peso

    A de um apoio mais instvel