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Tópicos Especiais de Contabilidade Prof. Msc. Antonio Zenkner Roggia Página 1 Legislação e Ética Profissional

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Legislação e Ética Profissional

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APRESENTAÇÃO

É crescente a quantidade de dispositivos legais que cercam o exercício profissional de

qualquer profissão, não só no aspecto ético - disciplinar, mas nas diversas ramificações do direito

pátrio.

A responsabilidade profissional do Contador e do Técnico em Contabilidade é referenciada

nas diversas previsões dos direitos civil, penal, tributário, comercial, societário, previdenciário,

dentre outros, e, particularmente, de forma explícita e enfatizada, nas leis que tratam dos crimes

tributários.

O Contabilista, para exercer a profissão de forma plena, além do constante aprimoramento

técnico-cultural deve conhecer a legislação aplicável à sua atividade, especialmente, aquelas

voltadas ao seu exercício profissional.

Esta apostila de Legislação e Ética Profissional contém algumas das principais leis, decretos,

resoluções e outros instrumentos normativos que regulam a profissão contábil, além de conter

algumas questões de exames de suficiência realizados como requisito para a obtenção ou

restabelecimento de Registro Profissional nos Conselhos Regionais de Contabilidade.

Prof. Msc. Antonio Zenkner Roggia

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SUMÁRIO

1. A ÉTICA GERAL E A ÉTICA PROFISSIONAL

• 1.1 - O conceito e sua inserção na Filosofia …................................................... 4

• 1.2 - Os campos de ética e moral …................................................................... 5

• 1.3 - As fontes das regras éticas …..................................................................... 6

• 1.4 - A Sociedade e a Ética …............................................................................. 6

• 1.5 - O papel da contabilidade na Sociedade …................................................ 7

• 1.6 - A Ética Profissional ….................................................................................. 8 2. LEGISLAÇÃO SOBRE A ÉTICA PROFISSIONAL

• 2.1 - O Código de Ética Profissional do Contabilista – Resolução 803/96 …...... 10

• 2.2 - Responsabilidades Profissionais …............................................................. 10

• 2.2.1 – Do Exercício Profissional – Decreto Lei 9.295/46 ….................................. 26

• 2.2.2 – Lei 12.249/10 …........................................................................................ 26

• 2.2.1.1 – Exercício Ilegal da Profissão ou Atividade – Decreto-Lei 3.688/41 …..... 27

• 2.3 – Responsabilidade Civil – Lei 10.406/03 ….................................................... 26

• 2.3.1 – Dos atos ilícitos …...................................................................................... 27

• 2.3.2 – Do inadimplemento das obrigações …...................................................... 28

• 2.3.3 – Atos culposos …......................................................................................... 28

• 2.3.4 – Atos dolosos ….......................................................................................... 28

• 2.4 – Código de Processo Civil – Lei 5.869/73 ….................................................... 29

• 2.5 – Comissão de Valores Mobiliários – Lei 6.385/76 …....................................... 27

• 2.6 – Proteção ao Consumidor – Lei 8.078/90 …................................................... 28

• 2.7 – Lei Básica do ICMS – Lei Complementar 87/96 …......................................... 31

• 2.8 – Código Penal – Decreto Lei 2.848/40 …........................................................ 31

• 2.8.1 – Da falsidade documental …........................................................................ 31

• 2.9 – Lei 9.983/00 – Alteração código penal …...................................................... 31

• 2.10 – Lei 10.268/01 – Alteração do código penal …............................................. 32

• 2.11 – Lei 11.101/05 – Recuperação Judicial, Extra-Judicial e Falência ….............. 32

• 2.12 – Lei 8.137/90 – Crimes contra ordem tributária …....................................... 34

• 2.13 – Decreto Federal 2.730/98 – Auditor Fiscal ….............................................. 35

3. LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

3.1 - O Decreto-Lei n.º 9.295/46 – Estatuto dos Conselhos …........................... ...35 3.2– O Decreto-Lei 1.040 /69 – Eleições nos Conselhos ..................................... 44 3.3 – Resolução CFC 1.201/10 – Do Exame de Suficiência .................................. 46

4. QUESTÕES DOS ÚLTIMOS EXAMES ..............................…................................... 51

5. RESPOSTAS COMENTADAS ..................................................….......................... 55

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1. A ÉTICA GERAL E A ÉTICA PROFISSIONAL

1.1 O CONCEITO E SUA INSERÇÃO NA FILOSOFIA

A palavra Ética é originada do grego ethos, que significa “caráter”, “modo de ser”. Através do Latim

mos (ou no plural mores), que significa “costumes”, “comportamento” derivou-se a palavra moral.

Em Filosofia, Ética significa o que é bom para o indivíduo e para a sociedade, e seu estudo contribui para

estabelecer a natureza de deveres no relacionamento indivíduo-sociedade, ou seja, a Ética é uma reflexão sobre a

moral. O que é bom ou mal, correto ou incorreto, certo ou errado nas nossas ações.

O que é Moral?

Define-se Moral como um conjunto de normas, princípios, preceitos, costumes, valores que norteiam o

comportamento do indivíduo no seu grupo social. Moral e ética não devem ser confundidos: enquanto a

moral é normativa, a ética é teórica e busca explicar e justificar os costumes de uma determinada

sociedade, bem como fornecer subsídios para a solução de seus dilemas mais comuns.

Porém, deve-se deixar claro que etimologicamente "ética" e "moral" são expressões sinônimas, sendo

a primeira de origem grega, enquanto a segunda é sua tradução para o latim. A ética também não deve ser

confundida com a Lei, embora com certa frequência a lei tenha como base princípios éticos. Ao contrário

do que ocorre com a lei, nenhum indivíduo pode ser compelido, pelo Estado ou por outros indivíduos, a cumprir as

normas éticas, nem sofrer qualquer sanção pela desobediência a estas; por outro lado, a lei pode ser omissa quanto

a questões abrangidas no escopo da ética.

Modernamente, a maioria das profissões tem o seu próprio código de ética profissional,que é um conjunto de

normas de cumprimento obrigatório, derivadas da ética, frequentemente incorporada à lei pública. Nesses casos, os

princípios éticos passam a ter força de lei; note-se que, mesmo nos casos em que esses códigos não estão

incorporados à lei, seu estudo tem alta probabilidade de exercer influência, por exemplo, em julgamentos nos quais

se discutam fatos relativos à conduta profissional.

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Ademais, o seu não cumprimento pode resultar em sanções executadas pela sociedade profissional, como censura

pública e suspensão temporária ou definitiva do direito de exercer a profissão. Tanto “ethos” (caráter) como

“mos” (costume) indicam um tipo de comportamento propriamente humano que não é natural, o homem não

nasce com ele como se fosse um instinto,mas que é “adquirido ou conquistado por hábito”. Portanto, ética e moral,

pela própria etimologia, diz respeito a uma realidade humana que é construída histórica e socialmente a partir das

relações coletivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem. (SILVA, 2001)

1.2. OS CAMPOS DA ÉTICA

A ética aplicada surge nos Estados Unidos nos anos sessenta, para designar os novos rumos de

investigação ética. Divide-se em três grandes campos:

a) A bioética:

Investiga a ética sobre os métodos e as práticas em biomedicina. A bioética interessa-se pelo

conjunto dos problemas causados pela biomedicina, tanto no que refere-se ao homem, bem como

aos animais. As instituições envolvidas podem exprimir e discutir o objetivo de suas convicções e

de seus valores colocados em discussão pelo progresso médico.

b) A ética dos negócios

A ética de negócios ou ética profissional, apresenta-se como campo de investigação ética muito

abrangente, pois envolve todos os setores profissionais das sociedades industrializadas. A

multiplicação e a evolução das práticas profissionais e o fenômeno da burocratização tornam

complexas as estruturas sociais.

Dessa forma, é fácil compreender porque as reflexões éticas ligadas às diversas profissões

solidificaram-se sob a forma de ética profissional.

c) A ética ambiental

A ética do meio ambiente abrange a investigação e o questionamento com o propósito de

conhecer as relações que o ser humano mantém com o meio ambiente.

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A reflexão procura justificar um conjunto de comportamentos, de atitudes e de valores em relação

aos animais, aos seres vivos, às áreas biológicas e à biosfera, dialogando com o desenvolvimento

tecno-científico. A ética aplicada promove um diálogo entre as práticas cientificas, profissionais e

ambientais com novos avanços tecnológicos.

1.3. AS FONTES DAS REGRAS ÉTICAS

O fato de se considerar a Ética como a expressão única do pensamento correto implica a idéia de

que existem certas formas de ação preferíveis a outras, às quais se prende necessariamente um

espírito julgado correto. As fontes das regras éticas podem ser divididas em cinco categorias:

a. a natureza humana “verdadeira”; essa natureza humana verdadeira seria aquela do homem

sadio e puro, em que habitariam todas as virtudes do caráter íntegro e correto. Toda ação do

homem ético seria uma ação ética (universalidade ética).

b. a forma ideal universal do comportamento humano; as relacionadas à forma ideal universal

e comum do comportamento humano, expressa em princípios válidos para todo pensamento são.

c. a busca refletida dos princípios do comportamento humano; assim, cada significado do

comportamento ético tornar-se-ia objeto de reflexão por parte dos agentes sociais. Essa seria a

procura racional das razões da conduta humana.

d. a legislação de cada país, ou de foros internacionais, ou mesmo o código de ética

profissional de cada corpo social organizado; é de acreditar que dificilmente um conjunto de leis

poderia legislar satisfatória mente sobre ética

e. os costumes (éthos); a reflexão sobre o comportamento das pessoas no cotidiano de suas

vidas irá indicar, com clareza, quais as origens do comportamento socialmente aceito, o

comportamento ético.

1.4. A SOCIEDADE E A ÉTICA

A Ética como conjunto de normas e valores que regem uma sociedade deve necessariamente

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refletir a consciência e as ações desse povo, assim como trazer consigo o tipo de organização que

alimenta essa sociedade.O grau de impacto dos avanços científicos e tecnológicos, na acepção

mais profunda, causou uma transformação em toda a sociedade. O conhecimento adquirido hoje

não pode ser comparado ao exigido em determinados cursos há 50 anos atrás. As novas

tecnologias, a divulgação das informações, a utilização da informática e de todos os sistemas de

comunicação contribuem cada vez mais para essas transformações.

Nestes casos, a grande preocupação é: como preparar a sociedade para os desafios científicos e

éticos? Esse paradigma deve ser buscado, deve ser criado, pois ninguém, isoladamente, poderá

dominá-lo.

Com certeza, disparidades sociais são vividas em todo o mundo. A existência de dominantes e

dominados parece ser o requisito principal para se viver em sociedade. Mas estamos caminhando

para essa superação, e certamente, a educação é a melhor maneira de montarmos a nossa

estratégia no sentido de alcançarmos uma padronização nas ações e comportamentos dos homens.

1.5 O PAPEL DA CONTABILIDADE NA SOCIEDADES

A Contabilidade tem seu desenvolvimento histórico relacionado com as mudanças na sociedade,

nos seus meios de produção e distribuição da riqueza, mudanças estas que foram acompanhadas

pela evolução das formas de conhecer os fenômenos a ela relacionados. Como ciência social, seu

desenvolvimento somente tem sentido se for em benefício da sociedade.

Para Kraemer (2005, p.27), a Contabilidade está se movendo rapidamente na direção do bem

estar-social. Sua função não pode restringir-se a fornecer informações para a melhor alocação dos

recursos econômicos, visando unicamente à maximização da riqueza empresarial.

Enquanto ciência social, a Contabilidade possui as mesmas características e enfrenta os mesmos

desafios das demais ciências sociais: o sujeito cognoscente possui ligações de ordem psíquica,

ideológica e até profissional com o objeto a ser conhecido e explicado.

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O seu objeto de estudo é o patrimônio que deve ser visto em suas relações internas, com a

sociedade, e com a natureza. Que tipo de relações? Aquelas que se originam do ato pelo qual o

patrimônio produz riquezas, com valores que podem ser monetários, culturais, éticos e de

responsabilidades social e ambiental, agindo no mundo e a ele reagindo, criando e sofrendo os

efeitos de suas criações.

No Brasil, o Conselho Federal de Contabilidade, órgão normativo, publica, em 1994 a sua

Resolução CFC 774, que descreve Contabilidade como ciência social, em seu ítem 1.1, a saber:

“A Contabilidade possui objeto próprio – o Patrimônio das Entidades – e consiste em conhecimentos

obtidos por metodologia racional, com as condições de generalidade, certeza e busca das causas, em

nível qualitativo semelhante às demais ciências sociais. A Resolução alicerça-se na premissa de que a

Contabilidade é uma ciência social com plena fundamentação epistemológica. Por conseqüência, todas

as demais classificações – método, conjunto de procedimentos, técnica, sistema, arte, para citarmos as

mais correntes – referem-se a simples facetas ou aspectos da Contabilidade, usualmente concernentes à

sua aplicação prática, na solução de questões concretas”.

Como ciência, a Contabilidade aplica, no processo gerador de informações, os princípios, as

normas e as técnicas contábeis direcionados à evidenciação das mutações do patrimônio das

entidades, oferecendo aos usuários informações sobre os atos praticados pelos gestores, os

resultados alcançados e o diagnóstico detalhado da situação orçamentária, econômica, financeira

e física do patrimônio da entidade.

1.6 A ÉTICA PROFISSIONAL

Muitos autores definem a ética profissional como sendo um conjunto de normas de conduta que deverão ser

postas em prática no exercício de qualquer profissão. Seria a ação"reguladora" da ética agindo no desempenho das

profissões, fazendo com que o profissional respeite seu semelhante quando no exercício da sua profissão.

A ética profissional estudaria e regularia o relacionamento do profissional com sua clientela, visando

a dignidade humana e a construção do bem-estar no contexto sócio-cultural onde exerce sua profissão. Ela atinge

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todas as profissões e quando falamos de ética profissional estamos nos referindo ao caráter

normativo e até jurídico que regulamenta determinada profissão a partir de estatutos e códigos

específicos.

Assim temos a ética médica, do advogado, do biólogo, do contabilista, etc. Acontece que, em geral, as profissões

apresentam a ética firmada em questões muito relevantes que ultrapassam o campo profissional em si. Questões

como o aborto, pena de morte, sequestros, eutanásia, AIDS, por exemplo, são questões morais que se apresentam

como problemas éticos - porque pedem uma reflexão profunda - e, um profissional, ao se debruçar sobre elas,

não o faz apenas como tal, mas como um pensador, um "filósofo da ciência", ou seja,da profissão

que exerce. Desta forma, a reflexão ética entra na moralidade de qualquer atividade profissional

humana.

Sendo a ética inerente à vida humana, sua importância é bastante evidenciada na vida profissional,

porque cada profissional tem responsabilidades individuais e responsabilidades sociais, pois envolvem pessoas que

dela se beneficiam. A ética é ainda indispensável ao profissional, porque na ação humana "o fazer" e

"o agir" estão interligados. O fazer diz respeito à competência, à eficiência que todo profissional

deve possuir para exercer bem a sua profissão. O agir se refere à conduta do profissional, ao conjunto de atitudes

que deve assumir no desempenho de sua profissão.

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2. A LEGISLAÇÃO SOBRE A ÉTICA PROFISSIONAL

2.1 O CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO CONTABILISTA – DECRETO LEI 9.295/46

Capítulo I DO OBJETIVO

Art. 1º Este Código de Ética Profissional tem por objetivo fixar a forma pela qual se devem conduzir os Contabilistas, quando no exercício profissional.

Capítulo II DOS DEVERES E DAS PROIBIÇÕES

Art. 2º São deveres do contabilista:

I - exercer a profissão com zelo, diligência e honestidade, observada a legislação vigente e resguardados os interesses de seus clientes e/ou empregadores, sem prejuízo da dignidade e independência profissionais;

II - guardar sigilo sobre o que souber em razão do exercício profissional lícito, inclusive no âmbito do serviço público, ressalvados os casos previstos em lei ou quando solicitado por autoridades competentes, entre estas os Conselhos Regionais de Contabilidade;

III - zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica dos serviços a seu cargo; IV - comunicar, desde logo, ao cliente ou empregador, em documento reservado, eventual

circunstância adversa que possa influir na decisão daquele que lhe formular consulta ou lhe confiar trabalho, estendendo-se a obrigação a sócios e executores;

V - inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso;

VI - renunciar às funções que exerce, logo que se positive falta de confiança por parte do cliente ou empregador, a quem deverá notificar com trinta dias de antecedência, zelando, contudo, para que os interesses dos mesmos não sejam prejudicados, evitando declarações públicas sobre os motivos da renúncia;

VIII - manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da profissão; IX - ser solidário com os movimentos de defesa da dignidade profissional, seja propugnando por

remuneração condigna, seja zelando por condições de trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional da Contabilidade e seu aprimoramento técnico.

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QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES

1 (TÉCNICO - 01/2001) - O Código de Ética Profissional do Contabilista tem por objetivo fixar:

a) As normas e princípios de contabilidade que orientem o exercício profissional. b) As prescrições de ordem constitucional necessárias ao exercício da profissão. c) A forma pela qual se devem conduzir os Contabilistas, quando do exercício profissional. d) A tabela de honorários do Contabilista autônomo.

2 (TÉCNICO – 01/2000) - O objetivo do Código de Ética Profissional do Contabilista é:

a) atender aos anseios dos empresários e contribuintes. b) contribuir para o crescimento dos contabilistas no Mercosul. c) fixar a forma pela qual se devem conduzir os contabilistas, quando no exercício profissional. d) analisar os aspectos jurídicos da função contábil brasileira.

3 (TÉCNICO – 01/2011) - O Código de Ética Profissional do Contabilista tem por objetivo fixar:

a) a forma pela qual se devem conduzir os contabilistas quando do exercício profissional.

b) a tabela de honorários do contabilista.

c) as Normas e os Princípios de Contabilidade que orientem o exercício profissional.

d) as prescrições de ordem constitucional necessárias ao exercício da profissão.

4 (TÉCNICO – 01/2004) - É dever do Contabilista, na exigência legal da profissão em conformidade com o

Código de Ética Profissional: a) Emitir opinião sobre qualquer caso, mesmo sem inteirar-se de todas as circunstâncias. b) Manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da profissão. c) Publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho científico ou técnico do qual não tenha participado. d) Valer-se de agenciador de serviços, mediante participação deste nos honorários a receber.

Art. 3º No desempenho de suas funções, é vedado ao Contabilista:

I - anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo que resulte na diminuição do colega, da Organização Contábil ou da classe, sendo sempre admitida a indicação de títulos, especializações, serviços oferecidos, trabalhos realizados e relação de clientes;

II - assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com prejuízo moral ou

desprestígio para a classe; III - auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra

exclusivamente de sua prática lícita; IV - assinar documentos ou peças contábeis elaborados por outrem, alheio à sua orientação,

supervisão e fiscalização;

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V - exercer a profissão, quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos

não habilitados ou impedidos; VI - manter Organização Contábil sob forma não autorizada pela legislação pertinente; VII - valer-se de agenciador de serviços, mediante participação desse nos honorários a receber;

VIII - concorrer para a realização de ato contrário à legislação ou destinado a fraudá-la ou

praticar, no exercício da profissão, ato definido como crime ou contravenção; IX - solicitar ou receber do cliente ou empregador qualquer vantagem que saiba para aplicação

ilícita; X - prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse confiado a sua responsabilidade profissional; XI - recusar-se a prestar contas de quantias que lhe forem, comprovadamente, confiadas; XII - reter abusivamente livros, papéis ou documentos, comprovadamente confiados à sua

guarda; XIII - aconselhar o cliente ou o empregador contra disposições expressas em lei ou contra os

Princípios Fundamentais e as Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade;

XIV - exercer atividade ou ligar o seu nome a empreendimentos com finalidades ilícitas; XV - revelar negociação confidenciada pelo cliente ou empregador para acordo ou transação

que, comprovadamente, tenha tido conhecimento; XVI - emitir referência que identifique o cliente ou empregador, com quebra de sigilo

profissional, em publicação em que haja menção a trabalho que tenha realizado ou orientado, salvo quando autorizado por eles;

XVII - iludir ou tentar iludir a boa fé de cliente, empregador ou de terceiros, alterando ou

deturpando o exato teor de documentos, bem como fornecendo falsas informações ou elaborando peças contábeis inidôneas;

XVIII - não cumprir, no prazo estabelecido, determinação dos Conselhos Regionais de

Contabilidade, depois de regularmente notificado; XIX - intitular-se com categoria profissional que não possua, na profissão contábil; XX - elaborar demonstrações contábeis sem observância dos Princípios Fundamentais e das

Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade; XXI - renunciar à liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou imposições que

possam prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho;

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XXII - publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho científico ou técnico do qual não tenha

participado.

5 (TÉCNICO - 01/2001) - Ao profissional de contabilidade é vedado praticar os seguintes atos, exceto:

a) Transferir parcialmente a execução dos serviços a seu cargo a outro Contabilista, mantendo sempre como sua a responsabilidade técnica. b) Valer-se de agenciador de serviços mediante participação desse nos honorários a receber. c) Auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra exclusivamente de sua prática lícita. d) Exercer a profissão, quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu exercício aos não-habilitados ou impedidos.

6 (TÉCNICO – 01/2001) - Representa um comportamento inadequado do Contabilista no desempenho de

suas funções: a) Recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da especialização requerida. b) Abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente informado e munido de documentos. c) Valer-se de agenciador de serviços, mediante participação nos honorários a receber. d) Considerar, com imparcialidade, o pensamento exposto em laudo submetido a sua apreciação.

7 (TÉCNICO – 01/2000 ) - O contabilista que orienta seus clientes a não ter escrita contábil estará

infringindo o artigo abaixo assinalado, do Código de Ética Profissional: a. Art. 3º. – Inciso XIII “aconselhar o cliente ou o empregador contra disposições expressas em lei ou contra os Princípios Fundamentais e as Normas Brasileiras de Contabilidade editados pelo Conselho Federal de Contabilidade”. b. Art. 3º. – Inciso IX “solicitar ou receber do cliente ou empregador qualquer vantagem que saiba para aplicação ilícita”. c. Art. 3º. – Inciso XV “revelar negociação confidenciada pelo cliente ou empregador para acordo ou transação que, comprovadamente, tenha tido conhecimento”. d. Art. 3º. – Inciso XVI “emitir referência que identifique o cliente ou empregador, com quebra de sigilo profissional, em publicação em que haja menção a trabalho que tenha realizado ou orientado, salvo quando autorizado por eles”.

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8 (TÉCNICO 01/2000) - No desempenho de suas funções é permitido ao Contabilista:

a) Assinar documentos ou peças contábeis elaboradas por outrem, alheio a sua orientação, supervisão e fiscalização. b) Reter abusivamente livros, papéis ou documentos, comprovadamente confiados a sua guarda. c) Intitular-se com categoria profissional que não possua, na profissão contábil. d) Manter organização contábil sob forma autorizada pela legislação pertinente.

9 (TÉCNICO 01/2011) - Um profissional da Contabilidade, devidamente inscrito no Conselho Regional de

Contabilidade de sua jurisdição, foi selecionado para assumir a contabilidade de uma empresa em

19.1.2011. A empresa estava com as demonstrações contábeis, preparadas por outro profissional, prontas

para publicação, faltando apenas a assinatura do contabilista responsável. O profissional recém contratado

está em dúvida se pode assinar as referidas demonstrações contábeis, uma vez que não foi responsável

pela sua elaboração. Entre as opções abaixo, assinale aquela que serve de apoio a decisão do contabilista.

a) Considerando que o contabilista é responsável técnico, ele passa a ser responsável pela assinatura de todos os documentos contábeis independente de quem elaborou.

b) No desempenho de suas funções, é vedado ao contabilista assinar documentos ou peças contábeis elaborados por outrem, alheio à sua orientação, supervisão e fiscalização.

c) O profissional poderá assinar as peças contábeis preparadas por outrem, uma vez que conhece a idoneidade do colega que elaborou tais demonstrações contábeis, mesmo que não as tenha analisado.

d) Uma vez que as demonstrações contábeis foram elaboradas por uma equipe de técnicos e foi auditada, o profissional poderá assinar as referidas demonstrações.

10 (TÉCNICO – 01/2011) - Com relação ao comportamento dos profissionais da Contabilidade, analise as

situações hipotéticas apresentadas nos itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA. I. Um contabilista divulga em sua página na internet seus títulos, especializações, serviços oferecidos e trabalhos realizados. II. Um técnico em contabilidade encontra-se cursando o último semestre de graduação em Ciências Contábeis. Assim, resolve imprimir seus novos cartões de visita com a indicação de “Contador”, uma vez que em breve pertencerá a esta categoria. III. Um contabilista anunciou seus serviços no jornal do bairro, informando que os honorários cobrados obedecem sempre ao mesmo valor, independentemente do porte da empresa. De acordo com as três situações acima descritas, o comportamento do profissional da Contabilidade está em DESACORDO com os deveres descritos no Código de Ética Profissional do Contabilista nos itens:

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a) I e III, apenas.

b) I, II e III.

c) II e III, apenas.

d) II, apenas.

11 (TÉCNICO – 01/2011) - Um contabilista, em razão do enquadramento de empresa cliente em regime de

tributação simplificado, resolve elaborar a escrituração contábil em regime de caixa. A atitude do contabilista: a) está em desacordo com os Princípios de Contabilidade e consiste em infração ao disposto no Código de Ética Profissional do Contabilista, qualquer que seja o porte da empresa. b) está em desacordo com os Princípios de Contabilidade, mas não consiste em infração ao disposto no Código de Ética Profissional do Contabilista, qualquer que seja o porte da empresa. c) não consiste em infração ao disposto no Código de Ética Profissional do Contabilista e está em conformidade com os Princípios de Contabilidade, caso a empresa em questão seja uma microempresa. d) não consiste em infração ao disposto no Código de Ética Profissional do Contabilista, mas está em desacordo com os Princípios de Contabilidade, caso a empresa em questão seja uma microempresa.

Art. 4º O Contabilista poderá publicar relatório, parecer ou trabalho técnico-profissional, assinado e sob sua responsabilidade.

Art. 5º O Contador, quando perito, assistente técnico, auditor ou árbitro, deverá:

I - recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da especialização requerida;

II - abster-se de interpretações tendenciosas sobre a matéria que constitui objeto de perícia,

mantendo absoluta independência moral e técnica na elaboração do respectivo laudo;

III - abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua convicção pessoal sobre os direitos de quaisquer das partes interessadas, ou da justiça da causa em que estiver servindo, mantendo seu laudo no âmbito técnico e limitado aos quesitos propostos;

IV - considerar com imparcialidade o pensamento exposto em laudo submetido a sua apreciação;

V - mencionar obrigatoriamente fatos que conheça e repute em condições de exercer efeito

sobre peças contábeis objeto de seu trabalho, respeitado o disposto no inciso II do art. 2º; VI - abster-se de dar parecer ou emitir opinião sem estar suficientemente informado e munido

de documentos; VII - assinalar equívocos ou divergências que encontrar no que concerne à aplicação dos

Princípios Fundamentais e Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo CFC;

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VIII - considerar-se impedido para emitir parecer ou elaborar laudos sobre peças contábeis

observando as restrições contidas nas Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade;

IX - atender à Fiscalização dos Conselhos Regionais de Contabilidade e Conselho Federal de

Contabilidade no sentido de colocar à disposição desses, sempre que solicitado, papéis de trabalho, relatórios e outros documentos que deram origem e orientaram a execução do seu trabalho.

12 (CONTADOR – 1°/2003) - Um contador recebeu proposta para executar uma perícia e reconhece não

estar devidamente capacitado para executá-la. Mas os honorários são compensadores. Segundo o Código de Ética Profissional do Contabilista, o contador deverá: a) Recusar sua indicação quando reconheça não se achar capacitado em face da especialização requerida. b) Aceitar a proposta porque não se recusa trabalho. c) Buscar o apoio necessário em algum colega que tenha a especialidade. d) Aceitar a proposta, mas informar ao cliente da incapacidade.

13 (CONTADOR – 1°/2004) - O Código de Ética Profissional do Contabilista fixa normas éticas a serem

observadas pelo profissional da contabilidade no exercício de suas atividades. Por isso, o contador, quando perito, assistente técnico, auditor ou árbitro, deverá: a) Abster-se de expender argumentos ou dar a conhecer sua convicção pessoal sobre os direitos de quaisquer das partes interessadas, ou da justiça da causa em que estiver servindo, mantendo seu laudo no âmbito técnico e limitado aos quesitos propostos. b) Auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra exclusivamente de sua prática lícita. c) Publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho científico ou técnico do qual não tenha participado, mesmo que tenha acompanhado seu desenvolvimento na fase de elaboração, embora artigos tenham sido publicados em nome de outros. d) Valer-se de agenciador de serviços, mediante participação deste nos honorários a receber.

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Capítulo III

DO VALOR DOS SERVIÇOS PROFISSIONAIS

Art. 6º O Contabilista deve fixar previamente o valor dos serviços, por contrato escrito, considerados os elementos seguintes:

I - a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a executar; II - o tempo que será consumido para a realização do trabalho; III - a possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços; IV - o resultado lícito favorável que para o contratante advirá com o serviço prestado; V - a peculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou permanente; VI - o local em que o serviço será prestado.

Art. 7º O Contabilista poderá transferir o contrato de serviços a seu cargo a outro Contabilista, com a anuência do cliente, sempre por escrito.

Parágrafo único. O Contabilista poderá transferir parcialmente a execução dos serviços a seu cargo a outro Contabilista, mantendo sempre como sua a responsabilidade técnica.

Art. 8º É vedado ao Contabilista oferecer ou disputar serviços profissionais mediante aviltamento de honorários ou em concorrência desleal.

14 (TÉCNICO – 01/2001) - O Contabilista deve fixar previamente o valor dos serviços, de preferência por

contrato escrito, considerando os seguintes elementos, exceto: a) A relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a executar. b) Respeitar as tabelas de honorários profissionais editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade. c) O resultado lícito favorável que, para o contratante, advirá com o serviço prestado. d) O tempo que será consumido para a realização do trabalho.

15 (TÉCNICO – 2°/2002) - O Contabilista deve fixar previamente o valor dos serviços, de preferência por

contrato escrito, considerando: a) A possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços. b) O resultado ilícito favorável que para o contratante advirá com o serviço prestado. c) As peculiaridades de cada magistrado e assistente técnico quando cliente habitual. d) A impossibilidade de avaliar o tempo necessário para a realização de outros serviços.

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Capítulo IV DOS DEVERES EM RELAÇÃO AOS COLEGAS E À CLASSE

Art. 9º A conduta do Contabilista com relação aos colegas deve ser pautada nos princípios de consideração, respeito, apreço e solidariedade, em consonância com os postulados de harmonia da classe.

Parágrafo único. O espírito de solidariedade, mesmo na condição de empregado, não induz nem justifica a participação ou conivência com o erro ou com os atos infringentes de normas éticas ou legais que regem o exercício da profissão. Art. 10. O Contabilista deve, em relação aos colegas, observar as seguintes normas de conduta:

I - abster-se de fazer referências prejudiciais ou de qualquer modo desabonadoras; II - abster-se da aceitação de encargo profissional em substituição a colega que dele tenha desistido para preservar a dignidade ou os interesses da profissão ou da classe, desde que permaneçam as mesmas condições que ditaram o referido procedimento; III - jamais apropriar-se de trabalhos, iniciativas ou de soluções encontradas por colegas, que deles não tenha participado, apresentando-os como próprios; IV - evitar desentendimentos com o colega a que vier a substituir no exercício profissional. Art. 11. O Contabilista deve, com relação à classe, observar as seguintes normas de conduta:

I - prestar seu concurso moral, intelectual e material, salvo circunstâncias especiais que justifiquem a sua recusa;

II - zelar pelo prestígio da classe, pela dignidade profissional e pelo aperfeiçoamento de suas

instituições; III - aceitar o desempenho de cargo de dirigente nas entidades de classe, admitindo-se a justa

recusa; IV - acatar as resoluções votadas pela classe contábil, inclusive quanto a honorários

profissionais; V - zelar pelo cumprimento deste Código; VI - não formular juízos depreciativos sobre a classe contábil; VII - representar perante os órgãos competentes sobre irregularidades comprovadamente

ocorridas na administração de entidade da classe contábil;

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VIII - jamais utilizar-se de posição ocupada na direção de entidades de classe em benefício

próprio ou para proveito pessoal.

16 (CONTADOR – 02/2001) - São normas de conduta que devem ser observadas pelo Contabilista com

relação à classe, exceto: a) Prestar concurso moral, intelectual e material, ressalvado em circunstâncias especiais que justifiquem sua recusa. b) Aceitar o desempenho de cargo de dirigente nas entidades de classe, admitindo-se a justa recusa. c) Acatar as resoluções votadas pela classe contábil, inclusive quanto a honorários profissionais. d) Atender à fiscalização dos Conselhos de Contabilidade, colocando à disposição desses, sempre que solicitado, os papéis de trabalho e relatórios.

17 (TÉCNICO – 01/2000) - Indique a alternativa que NÃO corresponde a uma norma de conduta a ser

observada pelo Contabilista em relação à classe:

a) Prestar concurso moral, intelectual e material, ressalvado em circunstâncias especiais que justifiquem sua recusa.

b) Manifestar, a qualquer tempo, a existência de impedimento para o exercício da profissão.

c) Aceitar o desempenho de cargo de dirigente nas entidades de classe, admitindo-se a justa recusa.

d) Acatar as resoluções votadas pela classe contábil, exceto quanto a honorários profissionais.

Capítulo V DAS PENALIDADES

Art. 12. A transgressão de preceito deste Código constitui infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação de uma das seguintes penalidades:

I - advertência reservada; II - censura reservada; III - censura pública.

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Parágrafo único. Na aplicação das sanções éticas são consideradas como atenuantes:

I - falta cometida em defesa de prerrogativa profissional; II - ausência de punição ética anterior; III - prestação de relevantes serviços à Contabilidade.

Art. 13. O julgamento das questões relacionadas à transgressão de preceitos do Código de Ética incumbe, originariamente, aos Conselhos Regionais de Contabilidade, que funcionarão como Tribunais Regionais de Ética, facultado recurso dotado de efeito suspensivo, interposto no prazo de quinze dias, para o Conselho Federal de Contabilidade em sua condição de Tribunal Superior de Ética e Disciplina. § 1º O recurso voluntário somente será encaminhado ao Tribunal Superior de Ética e Disciplina se o Tribunal Regional de Ética e Disciplina respectivo mantiver ou reformar parcialmente a decisão. § 2º Na hipótese do inciso III do art. 12, o Tribunal Regional de Ética e Disciplina deverá recorrer ex officio de sua própria decisão (aplicação de censura pública).

§ 3º Quando se tratar de denúncia, o Conselho Regional de Contabilidade comunicará ao denunciante a instauração do processo até trinta dias após esgotado o prazo de defesa. Art. 14. O Contabilista poderá requerer desagravo público ao Conselho Regional de Contabilidade, quando atingido, pública e injustamente, no exercício de sua profissão.

2.2.2 - Lei 12.249/10 – De 11/06/2010

Altera..., os decretos-leis nºs 9.295, de 27 de Maio de 1946, … Art. 76. Os arts. 2º, 6º, 12, 21, 22, 23 e 27 do Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, passam a vigorar com a seguinte redação, renumerado-se o parágrafo único do art. 12 para § 1º: "Art. 2º. A fiscalização do exercício da profissão contábil, assim entendendo-se os profissionais habilitados como contadores e técnicos em contabilidade, será exercida pelo Conselho Federal de Contabilidade e pelos Conselhos Regionais de Contabilidade a que se refere o art. 1º." (NR) "Art.6º.............................................................................................................. f) regular acerca dos princípios contábeis, do Exame de Suficiência, do cadastro de qualificação técnica e dos programas de educação continuada; e editar Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional." (NR)

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"Art. 12. Os profissionais a que se refere este Decreto-Lei somente poderão exercer a profissão após a regular conclusão do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, reconhecido pelo Ministério da Educação, aprovação em Exame de Suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade a que estiverem sujeitos. §1º............................................................................................................ § 2º. Os técnicos em contabilidade já registrados em Conselho Regional de Contabilidade e os que venham a fazê-lo até 1º de junho de 2015 têm assegurado o seu direito ao exercício da profissão." (NR) "Art. 21. Os profissionais registrados nos Conselhos Regionais de Contabilidade são obrigados ao pagamento da anuidade.................................................................. § 2º. As anuidades pagas após 31 de março serão acrescidas de multa, juros de mora e atualização monetária, nos termos da legislação vigente. § 3º. Na fixação do valor das anuidades devidas ao Conselho Federal e aos Conselhos Regionais de Contabilidade, serão observados os seguintes limites: I - R$ 380,00 (trezentos e oitenta reais), para pessoas físicas; II - R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais), para pessoas jurídicas. § 4º. Os valores fixados no § 3º deste artigo poderão ser corrigidos anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE." (NR) "Art. 22. Às empresas ou a quaisquer organizações que explorem ramo dos serviços contábeis é obrigatório o pagamento de anuidade ao Conselho Regional da respectiva jurisdição. § 1º. A anuidade deverá ser paga até o dia 31 de março, aplicando-se, após essa data, a regra do § 2º do art. 21 ..............................." (NR) "Art. 23. O profissional ou a organização contábil que executarem serviços contábeis em mais de um Estado são obrigados a comunicar previamente ao Conselho Regional de Contabilidade no qual são registrados o local onde serão executados os serviços."

"Art. 27. As penalidades ético-disciplinares aplicáveis por infração ao exercício legal da profissão são as seguintes:

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a) multa de 1 (uma) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade do exercício em curso aos infratores dos arts. 12 e 26 deste Decreto-Lei; b) multa de 1 (uma) a 10 (dez) vezes aos profissionais e de 2 (duas) a 20 (vinte) vezes o valor da anuidade do exercício em curso às empresas ou a quaisquer organizações contábeis, quando se tratar de infração dos arts. 15 e 20 e seus respectivos parágrafos; c) multa de 1 (uma) a 5 (cinco) vezes o valor da anuidade do exercício em curso aos infratores de dispositivos não mencionados nas alíneas a e b ou para os quais não haja indicação de penalidade especial; d) suspensão do exercício da profissão, pelo período de até 2 (dois) anos, aos profissionais que, dentro do âmbito de sua atuação e no que se referir à parte técnica, forem responsáveis por qualquer falsidade de documentos que assinarem e pelas irregularidades de escrituração praticadas no sentido de fraudar as rendas públicas; e) suspensão do exercício da profissão, pelo prazo de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, ao profissional com comprovada incapacidade técnica no desempenho de suas funções, a critério do Conselho Regional de Contabilidade a que estiver sujeito, facultada, porém, ao interessado a mais ampla defesa; f) cassação do exercício profissional quando comprovada incapacidade técnica de natureza grave, crime contra a ordem econômica e tributária, produção de falsa prova de qualquer dos requisitos para registro profissional e apropriação indevida de valores de clientes confiados a sua guarda, desde que homologada por 2/3 (dois terços) do Plenário do Tribunal Superior de Ética e Disciplina. g) advertência reservada, censura reservada e censura pública nos casos previstos no Código de Ética Profissional dos Contabilistas elaborado e aprovado pelos Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade, conforme previsão do art. 10 do Decreto-Lei nº 1.040, de 21 de outubro de 1969." (NR) Art. 77. O Decreto-Lei nº 9.295, de 27 de maio de 1946, passa a vigorar acrescido do seguinte art. 36-A: "Art. 36-A. Os Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade apresentarão anualmente a prestação de suas contas aos seus registrados."

Publicada no Diário Oficial da União de 14 de junho de 2010

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RESOLUÇÃO CFC n° 819, de 20-11-1997

Art. 1º Ao § 2º, do art. 13, do Código de Ética Profissional do Contabilista – CEPC, aprovado pela Res. CFC nº 803-96, dê-se a seguinte redação:

“§2º Na hipótese da inciso III, do art. 12, o Tribunal Regional de Ética Profissional deverá recorrer ex officio de sua própria decisão (aplicação de pena de Censura Pública).”

Art. 2º Renumere-se o atual § 2º, do art. 13, do Código de Ética Profissional do Contabilista – CEPC, aprovado pela Resolução CFC nº 803-96, para § 3º.

Art. 3º Para processar e julgar a infração de natureza ética, é competente o Conselho Regional de Contabilidade, investido de sua condição de Tribunal Regional de Ética e Disciplina (TRED) do local de sua ocorrência.

Parágrafo único. Quando o CRC do local da infração não for o do registro principal do infrator, serão observadas as seguintes normas:

I. O CRC do local da infração encaminhará cópia da notificação ou do auto de infração ao CRC do registro principal, solicitando as providências e informações necessárias à instauração, instrução e julgamento do processo;

II. O CRC do registro principal, além de atender, em tempo hábil, as solicitações do CRC do local da infração, fornecerá a este todos os elementos de que dispuser no sentido de facilitar seus trabalhos de informação e apuração;

III. De sua decisão condenatória, o TRET interporá, em todos os casos, recurso ex officio ao TSET;

IV. Ao CRC (TRED) do registro definitivo do infrator incumbe executar a decisão cuja cópia, acompanhada da Deliberação do TSED sobre o respectivo recurso, lhe será remetida pelo CRC (TRED) do julgamento do processo.

18 (CONTADOR – 02/2000) - O contabilista poderá requerer desagravo público ao Conselho Regional de

Contabilidade quando: a) For atingido, pública e injustamente, no exercício de sua profissão. b) Houver falta cometida em defesa de prerrogativa profissional. c) Não for comunicado da instauração do processo até trinta dias após esgotado o prazo de defesa. d) Tiver existido, anteriormente, de sua parte, prestação de relevantes serviços à classe contábil.

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19 (CONTADOR – 02/2000) - Dentre as opções de penalidades por transgressão a ética profissional,

assinale a alternativa CORRETA prevista no Código de Ética Profissional do Contabilista. a) Advertência Pública. b) Advertência Reservada. c) Censura Advertida. d) Advertência Censurada.

20 (TÉCNICO – 01/2001) - Segundo o Código de Ética Profissional do Contabilista as transgressões a ele são

puníveis com as seguintes penas:

I. Advertência reservada. II. Censura reservada. III. Censura pública. IV. Advertência pública.

a) I, II e III estão corretas. b) I, III e IV estão corretas. c) I, II e IV estão corretas. d) II, III e IV estão corretas.

21 (TÉCNICO - 01/2001) - Na aplicação das sanções éticas NÃO é considerada como atenuante:

a) Falta cometida em defesa de prerrogativa profissional. b) Ausência de punição ética anterior. c) Prestação de relevantes serviços à contabilidade.

d) Regularidade no pagamento de suas anuidades.

22 (TÉCNICO – 2°/2002) Durante o julgamento de questões relacionadas à transgressão de preceito do

Código de Ética Profissional do Contabilista, é CORRETO afirmar que: a) Comete ilícito o Contabilista que manifesta, por escrito, sua discordância com o artigo do código.

b) Os Conselhos Regionais de Contabilidade funcionam como Tribunal Regional de Ética.

c) Os Conselhos Regionais de Contabilidade são a última instância, não cabendo recurso com efeito

suspensivo.

d) Comete ilícito o Contabilista que alega o desconhecimento do conteúdo do Código.

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2.2 RESPONSABILIDADES PROFISSIONAIS

2.2.1 DO EXERCÍCIO PROFISSIONAL

2.2.1.1 - O Decreto-Lei n.º 9.295 – de 27 de maio de 1946, em seu capítulo II; Art. 12; descreve:

“Os profissionais a que se refere este Decreto-Lei somente poderão exercer a profissão

após a regular conclusão do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, reconhecido pelo Ministério da Educação, aprovação em Exame de Suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade a que estiverem sujeitos”.

• art.12 com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

§ 1o O exercício da profissão, sem o registro a que alude este artigo, será considerado como infração do presente Decreto-lei.

• anterior parágrafo único renumerado pela Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

§ 2o Os técnicos em contabilidade já registrados em Conselho Regional de Contabilidade e

os que venham a fazê-lo até 1o de junho de 2015 têm assegurado o seu direito ao exercício da profissão.

• § 2º com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

Portanto, para que o profissional ou a organização contábil estejam aptos para o exercício da atividade é necessário o registro junto ao Conselho de Classe. Além das penalidades impostas pelo Decreto-Lei 9.295/46, o contabilista ou organização flagrado em exercício ilegal da profissão ou atividades poderá ser enquadrado no art. 47 da Lei de Contravenções Penais;

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2.2.1.2 - DECRETO-LEI N.° 3.688, DE 3 DE OUTUBRO DE 1941 – LEI DE CONTRAVENÇÕES PENAIS

CAPÍTULO VI DAS CONTRAVENÇÕES

RELATIVAS À ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

Exercício ilegal de profissão ou atividade

Art. 47 - Exercer profissão ou atividade econômica ou anunciar que a exerce, sem preencher as condições a que por lei está subordinado o seu exercício:

Pena - prisão simples, de 15 (quinze) dias a 3 (três) meses, ou multa.

Percebe-se, que o Decreto-Lei9.295/46, define em seu artigo 27, as penalidades aplicáveis aos profissionais da contabilidade, por infração do exercício legal da profissão, e não a atividade ilegal, normatizada pela Lei de Contravenções Penais.

2.3 RESPONSABILIDADE CIVIL Com a entrada em vigor do novo Código Civil em 2002 – Lei 10.406, a responsabilidade do contador aumentou. Desde então, ele pode responder civilmente, devendo pagar indenização caso se comprove fraude contábil e a companhia obtenha vantagens em função disso. O novo código traz 18 artigos que tratam especificamente da profissão do Contabilista e definem a sua responsabilidade civil pelos atos relativos à escrituração contábil e fiscal praticados por este e quando houver danos a terceiros.(DORNELES;BARICHELLO,2004).

A responsabilidade civil consiste na obrigação do agente causador do dano em reparar o prejuízo causado a outrem, por ato próprio ou de alguém que dele dependa. Assim, a responsabilidade civil pode ser conceituada pela obrigação de fazer ou não–fazer ou ainda pelo pagamento de condenação em dinheiro. 2.3 - Responsabilidade Civil – Lei 10.406/02 2.3.1 Dos atos ilícitos

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. Essa referência aplica-se perfeitamente nos casos de elaborados com erros técnicos, os quais resultem em prejuízo para o cliente.

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2.3.2 – Do inadimplemento das obrigações

“Art. 389 – Não cumprida a obrigação, responde o devedor por perdas e danos, mais juros e atualização monetária segundo índices oficiais regularmente estabelecidos, e honorários de advogado.” Para Ghelen (2005), a ação dolosa, intencional ou culposa, figurando-se os casos de imprudência, imperícia ou negligência, cujo resultado deriva em prejuízo a terceiros, enseja responsabilidade pelo ressarcimento do agente. Os serviços não elaborados, elaborados fora dos prazos contratuais, ou não cumprimento de obrigações burocrático - fiscais, estarão bem recepcionadas nessa previsão legal que versa sobre a atividade do contador em relação às perícias judiciais. 2.3.3 - ATOS CULPOSOS1

São aqueles praticados por imprudência, negligência ou imperícia. É quando o profissional no exercício de suas funções não os pratica de má-fé, mas por descuido ou aplicação indevida da legislação vigente, e vem trazer resultados diferentes dos que realmente deveriam ter sido apurados, prejudicando terceiros. Nesta hipótese, o contador responderá perante o titular da empresa, sócios, diretores, administradores etc., e estes responderão perante terceiros pelos danos causados.

2.3.4 - ATOS DOLOSOS2

São aqueles os quais o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo, ou seja, praticados propositalmente e indevidamente, cujo resultado é esperado. Neste caso, o Contabilista responderá solidariamente com o titular da empresa, sócios, diretores, administradores e outros implicados, perante terceiros e, na eventualidade de um processo judicial, são tão responsáveis quanto o dono da empresa tendo o seu patrimônio disponível para quitar dívidas pelos atos praticados. Portanto, está explicita a responsabilidade profissional do Contabilista, que sendo considerado preposto no exercício de suas funções é pessoalmente responsável perante os preponentes e perante terceiros, pelos seus atos culposos e dolosos, respectivamente.

1Art. 18, II do Código Penal Brasileiro (Decreto-Lei nº 2848, de 07.12.1940) 2Art. 18, I do Código Penal Brasileiro (Decreto-Lei nº 2848, de 07.12.1940)

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2.4 - CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – LEI 5869 – DE 11 DE JANEIRO DE 1973

SEÇÃO II DO PERITO

Art. 147. O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em outras perícias e incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.

O artigo em evidência, impõe a responsabilidade do profissional na reparação de danos no caso de informações não verdadeiras.

2.5 - COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS – LEI 6.385 DE 07/12/1976

CAPíTULO VII Dos Auditores Independentes, Consultores e

Analistas de Valores Mobiliários

Art 26. Somente as empresas de auditoria contábil ou auditores contábeis independentes, registrados na Comissão de Valores Mobiliários poderão auditar, para os efeitos desta Lei, as demonstrações financeiras de companhias abertas e das instituições, sociedades ou empresas que integram o sistema de distribuição e intermediação de valores mobiliários.

§ 2º - As empresas de auditoria contábil ou auditores contábeis independentes responderão, civilmente, pelos prejuízos que causarem a terceiros em virtude de culpa ou dolo no exercício das funções previstas neste artigo.

Mais uma vez, percebe-se que os profissionais auditores contábeis e ou consultores, são também disciplinados e fiscalizados pela CVM – Comissão de Valores Mobiliários, a quem cabe puní-los de acordo com a lei.

2.6 - LEI Nº 8.078, DE 11 DE SETEMBRO DE 1990

PROTEÇÃO AO CONSUMIDOR

SEÇÃO III Da Responsabilidade por Vício do Produto ou do Serviço

Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.

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Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.

§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.

Art. 20. O fornecedor de serviços responde pelos vícios de qualidade que os tornem impróprios ao consumo ou lhes diminuam o valor, assim como por aqueles decorrentes da disparidade com as indicações constantes da oferta ou mensagem publicitária, podendo o consumidor exigir, alternativamente e à sua escolha:

I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;

II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;

III - o abatimento proporcional do preço.

§ 1° A reexecução dos serviços poderá ser confiada a terceiros devidamente capacitados, por conta e risco do fornecedor.

Pensando nisso o legislador definiu como padrão a responsabilidade civil objetiva nas relações consumeiristas, fundamentando na teoria do risco, que é uma das características da relação empresarial. Nestes casos é excluída a existência de culpa, mas nunca deverá ser excluído o nexo causal.

2.7 - LEI BÁSICA DO ICMS – LEI COMPLEMENTAR 87 DE 13 DE SETEMBRO DE 1996

IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES RELATIVAS À CICRCULAÇÃO DE MERCADORIAS

Art. 5º Lei poderá atribuir a terceiros a responsabilidade pelo pagamento do imposto e acréscimos devidos pelo contribuinte ou responsável, quando os atos ou omissões daqueles concorrerem para o não recolhimento do tributo.

As falhas técnicas cometidas pelos profissionais ou as omissões provocadas por artifícios com ou sem a participação dos profissionais da área contábil poderão ser a ele imputados.

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2.8 - RESPONSABILIDADE PENAL CRIMES PENAIS NÃO TRIBUTÁRIOS

DECRETO-LEI N. 2.848, DE 7 DE DEZEMBRO DE 1940 – CÓDIGO PENAL

2.8.1 – Da Falsidade Documental

Falsificação de documento público

Art. 297. Falsificar, no todo ou em parte, documento púbico, ou alterar documento público verdadeiro:

Pena - reclusão, de dois a seis anos, e multa.

§ 1° Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, aumenta-se a pena de sexta parte.

§ 2° Para os efeitos penais, equiparam-se a documento público o emanado de entidade paraestatal, o título ao portador ou transmissível por endosso, as ações de sociedade comercial, os livros mercantís e o testamento particular.

2.9 - ALTERAÇÃO DO CÓDIGO PENAL

Altera dispositivos do Decreto-Lei 2.848, de 7 de Dezembro de 1940

§ 3o Nas mesmas penas incorre quem insere ou faz inserir:"

"I – na folha de pagamento ou em documento de informações que seja destinado a fazer prova perante a previdência social, pessoa que não possua a qualidade de segurado obrigatório;"

"II – na Carteira de Trabalho e Previdência Social do empregado ou em documento que deva produzir efeito perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter sido escrita;"

"III – em documento contábil ou em qualquer outro documento relacionado com as obrigações da empresa perante a previdência social, declaração falsa ou diversa da que deveria ter constado."

"§ 4o Nas mesmas penas incorre quem omite, nos documentos mencionados no § 3o, nome do segurado e seus dados pessoais, a remuneração, a vigência do contrato de trabalho ou de prestação de serviços."

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Falsificação de documento particular

Art. 298. Falsificar, no todo ou em parte, documento particular ou alterar documento particular ou alterar documento particular verdadeiro:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa.

Para Ghelen (2005), as Demonstrações Contábeis, por ventura elaboradas em desacordo com a escrituração contábil, ou com os documentos que a sustenta, ou até sem a existência da devida escrita contábil; e, também as Declarações de Percepções de Rendimentos que não guardarem identidade com os respectivos registros contábeis são enquadradas nesse artigo.

Falsidade Ideológica

Art. 299. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante:

Pena - reclusão, de um a cinco anos, e multa, se o documento é público, e reclusão, de um a três anos, e multa, se o documento é particular.

Parágrafo único. Se o agente é funcionário público, e comete o crime prevalecendo-se do cargo, ou se a falsificação ou alteração é de assentamento de registo civil, aumenta-se a pena de sexta parte.

2.10 - LEI 10.268, DE 28 DE AGOSTO DE 2001.

Altera dispositivos do Decreto-Lei 2.848, de 7 de Dezembro de 1940

“Art. 342 – Fazer afirmações falsa, ou negar ou calar a verdade como testemunha, perito, contador, tradutor ou intérprete em processo judicial, ou administrativo, inquérito policial, ou em juízo arbitral.

Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.

§ 1º - As penas aumentam-se de um sexto a um terço, se o crime é praticado mediante suborno ou se cometido com o fim de obter prova destinada a produzir efeito em processo penal, ou em processo civil em que for parte entidade da administração pública direta ou indireta.

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.

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§ 2º - O fato deixa de ser punível se, antes da sentença no processo em que ocorreu o ilícito, o agente se retrata ou declara a verdade.

§ 3º - O fato deixa de ser punível, se, antes da sentença, o agente se retrata ou declara a verdade. “

2.11 - LEI 11.101, DE 09 DE FEVEREIRO DE 2005

Regula a recuperação judicial, a extra-judicial e a falência e da sociedade empresária

CAPÍTULO VII

DISPOSIÇÕES PENAIS

Seção I

Dos Crimes em Espécie

Fraude a Credores

Art. 168. Praticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar a recuperação extrajudicial, ato fraudulento de que resulte ou possa resultar prejuízo aos credores, com o fim de obter ou assegurar vantagem indevida para si ou para outrem.

Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.

Aumento da pena

§ 1o A pena aumenta-se de 1/6 (um sexto) a 1/3 (um terço), se o agente:

I – elabora escrituração contábil ou balanço com dados inexatos;

II – omite, na escrituração contábil ou no balanço, lançamento que deles deveria constar, ou altera escrituração ou balanço verdadeiros;

III – destrói, apaga ou corrompe dados contábeis ou negociais armazenados em computador ou sistema informatizado;

IV – simula a composição do capital social;

V – destrói, oculta ou inutiliza, total ou parcialmente, os documentos de escrituração contábil obrigatórios.

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Contabilidade paralela

§ 2o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até metade se o devedor manteve ou movimentou recursos ou valores paralelamente à contabilidade exigida pela legislação.

Concurso de pessoas

§ 3o Nas mesmas penas incidem os contadores, técnicos contábeis, auditores e outros profissionais que, de qualquer modo, concorrerem para as condutas criminosas descritas neste artigo, na medida de sua culpabilidade.

Violação de sigilo empresarial

Art. 169. Violar, explorar ou divulgar, sem justa causa, sigilo empresarial ou dados confidenciais sobre operações ou serviços, contribuindo para a condução do devedor a estado de inviabilidade econômica ou financeira:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Divulgação de informações falsas

Art. 170. Divulgar ou propalar, por qualquer meio, informação falsa sobre devedor em recuperação judicial, com o fim de levá-lo à falência ou de obter vantagem:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Indução a erro

Art. 171. Sonegar ou omitir informações ou prestar informações falsas no processo de falência, de recuperação judicial ou de recuperação extrajudicial, com o fim de induzir a erro o juiz, o Ministério Público, os credores, a assembléia-geral de credores, o Comitê ou o administrador judicial:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.

Favorecimento de credores

Art. 172. Praticar, antes ou depois da sentença que decretar a falência, conceder a recuperação judicial ou homologar plano de recuperação extrajudicial, ato de disposição ou oneração patrimonial ou gerador de obrigação, destinado a favorecer um ou mais credores em prejuízo dos demais:

Pena – reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.

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2.12 - CRIMES DE NATUREZA TRIBUTÁRIA

LEI Nº 8.137, DE 27 DE DEZEMBRO DE 1990

DEFINE CRIMES CONTRA A ORDEM TRIBUTÁRIA, ECONÔMICA E

CONTRA AS RELAÇÕES DE CONSUMO

“Art. 1º - Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:

I - omitir informação, ou prestar declaração falsa; as autoridades fazendárias;

II - fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;

III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento relativo a operação tributável;

IV - elaborar, distribuir, fornecer emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou inexato;

V - ..........

Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.”

Em seguida, vem o art. 1º, tipificando também como crime desta natureza:

Art. 2º - Constitui crime da mesma natureza:

I - fazer declaração falsa ou emitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra fraude, para eximir-se total ou parcialmente, de pagamento de tributos;

II - .......

III - ......

IV - ......

V - utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida a Fazenda Pública.

Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

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2.13 - DECRETO FEDERAL 2.730, DE 10 DE AGOSTO DE 1998.

Art. 1º. O Auditor-Fiscal do Tesouro Nacional formalizará representação fiscal, para os fins do artigo 83 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, em autos separados e protocolizados na mesma data da lavratura do auto de infração, sempre que, no curso de ação fiscal de que resulte lavratura de auto de infração de exigência de crédito de tributos e contribuições administrados pela Secretaria da Receita Federal dos Ministérios da fazenda ou decorrente de apreensão de bens sujeitos à pena de perdimento, constatar fato que configure, em tese:

I - crime contra a ordem tributária tipificado nos artigos 1º ou 2º da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990;

II - crime de contrabando ou descaminho.

Art. 2º. Encerrado o processo administrativo-fiscal, os autos da representação fiscal para fins penais serão remetidos ao Ministério Público Federal, se:

I - mantida a imputação de multa agravada, o crédito de tributos e contribuições, inclusive acessórios, não for extinto pelo pagamento;

II - aplicada, administrativamente, a pena de perdimento de bens, estiver configurado, em tese,crime de contrabando ou descaminho.

3.LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

3.1 - DECRETO-LEI Nº 9.295 – DE 27 DE MAIO DE 1946 – ESTATUTO DOS CONSELHOS

Cria o Conselho Federal de Contabilidade, define as atribuições do Contador e do Guarda-livros e dá outras providências.

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 180 da Constituição,

decreta:

CAPÍTULO I DO CONSELHO FEDERAL D E CONTABILIDADE

E DOS CONSELHOS REGIONAIS

Art. 1º Ficam criados o Conselho Federal de Contabilidade e os Conselhos Regionais de Contabilidade, de acordo com o que preceitua o presente Decreto Lei.

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Art. 2º A fiscalização do exercício da profissão contábil, assim entendendo-se os profissionais habilitados como contadores e técnicos em contabilidade, será exercida pelo Conselho Federal de

Contabilidade e pelos Conselhos Regionais de Contabilidade a que se refere o art. 1o.

• art.2ª com redação dada pelo art.76 da Lei nº 12.249, de 11 de junho de 2010

Art. 3º Terá sua sede no Distrito Federal o Conselho Federal de Contabilidade, ao qual ficam subordinados os Conselhos Regionais.

Art. 4º (Revogado pelo Decreto-Lei n.º 1.040, de 21 de outubro de 1969, com nova redação dada

pela Lei 11.160/05).

Art. 5º (Revogado pelo Decreto-Lei n.º 1.040, de 21 de outubro de 1969).

Parágrafo único. (Revogado pelo Decreto-Lei n.º 1.040, de 21 de outubro de 1969).

Art. 6º São atribuições do Conselho Federal de Contabilidade:

a) organizar o seu Regimento Interno;

b) aprovar os Regimentos Internos organizados pelos Conselhos Regionais, modificando o

que se tornar necessário, a fim de manter a respectiva unidade de ação;

c) tomar conhecimento de quaisquer dúvidas suscitadas nos Conselhos Regionais e

dirimi-las;

d) decidir, em última instância, os recursos de penalidade imposta pelos Conselhos

Regionais;

e) publicar o relatório anual de seus trabalhos, em que deverá figurar a

relação de todos os profissionais registrados.

f) regular acerca dos princípios contábeis, do Exame de Suficiência, do cadastro de qualificação técnica e dos programas de educação continuada; e editar Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional. • letra “f” acrescentada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

Art. 7º Ao Presidente compete, além da direção do Conselho, a suspensão de qualquer decisão que o mesmo tome e lhe pareça inconveniente. Parágrafo único. O ato da suspensão vigorará até novo julgamento do caso, para o qual o Presidente convocará segunda reunião no prazo de quinze dias, a contar de seu ato; e se, no segundo julgamento, o Conselho mantiver, por dois terços de seus membros, a decisão suspensa, esta entrará em vigor imediatamente. Art. 8º Constitui renda do Conselho Federal de Contabilidade:

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a) 1/5 (um quinto) da renda bruta de cada Conselho Regional nela não se compreendendo doações, legados e subvenções; b) doação e legados; c) subvenções dos Governos.

Art. 9º Os Conselhos Regionais de Contabilidade serão organizados nos moldes do Conselho Federal, cabendo a este fixar-lhes o número de componentes, determinando a forma da eleição local para sua composição, inclusive do respectivo Presidente.

forma de eleição para os CRCs está prevista no art. 4º do DL n.º 1.040, de 21 de outubro de 1969, com redação dada pela Lei n.º 5.730, de 8 de novembro de 1971.

Parágrafo único. O Conselho promoverá a instalação, nos Estados, nos Territórios e nos Municípios dos órgãos julgados necessários, podendo estender-se a mais de um Estado a ação de qualquer deles. Art. 10 São atribuições dos Conselhos Regionais:

a) expedir e registrar a carteira profissional prevista no artigo 17;

• Alínea a com redação dada pela Lei n.º 9.710, de 3 de setembro de 1946. b) examinar reclamações e representações escritas acerca dos serviços de registro e das infrações dos dispositivos legais vigentes, relativos ao exercício da profissão de contabilista, decidindo a respeito; c) fiscalizar o exercício das profissões de contador e guarda-livros, impedindo e punindo as infrações, e, bem assim, enviando às autoridades competentes minuciosos e documentados relatórios sobre fatos que apurarem, e cuja solução ou repressão não seja de sua alçada; d) publicar relatório anual de seus trabalhos e a relação dos profissionais registrados; e) elaborar a proposta de seu regimento interno, submetendo-o à aprovação do Conselho Federal de Contabilidade; f) representar ao Conselho Federal de Contabilidade acerca de novas medidas necessárias, para regularidade do serviço e para fiscalização do exercício das profissões previstas na alínea b, deste artigo; g) admitir a colaboração das entidades de classe nos casos relativos à matéria das alíneas anteriores.

Art. 11 A renda dos Conselhos Regionais será constituída do seguinte:

a) 4/5 da taxa de expedição das carteiras profissionais estabelecidas no art. 17 e seu parágrafo único;

b) 4/5 das multas aplicadas conforme alínea b, do artigo anterior; c) 4/5 da arrecadação da anuidade prevista no art. 21 e seus parágrafos; d) doações e legados; e) subvenções dos Governos.

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CAPÍTULO II

DO REGISTRO DA CARTEIRA PROFISSIONAL

Art. 12. Os profissionais a que se refere este Decreto-Lei somente poderão exercer a profissão após a regular conclusão do curso de Bacharelado em Ciências Contábeis, reconhecido pelo Ministério da Educação, aprovação em Exame de Suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade a que estiverem sujeitos.

• art.12 com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

§ 1o O exercício da profissão, sem o registro a que alude este artigo, será considerado como infração do presente Decreto-lei.

• anterior parágrafo único renumerado pela Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

§ 2o Os técnicos em contabilidade já registrados em Conselho Regional de Contabilidade e

os que venham a fazê-lo até 1o de junho de 2015 têm assegurado o seu direito ao exercício da profissão.

• § 2º com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

Art. 13 Os profissionais punidos por inobservância do artigo anterior e seu parágrafo único não poderão obter o registro sem provar o pagamento das multas em que houverem incorrido. Art. 14 Se o profissional, registrado em qualquer dos Conselhos Regionais de Contabilidade, mudar de domicílio, fará visar, no Conselho Regional a que o novo local dos seus trabalhos estiver sujeito, a carteira profissional de que trata o art. 17 Considera-se que há mudança, desde que o

profissional exerça qualquer das profissões, no novo domicílio, por prazo maior de noventa dias. Art. 15 Os indivíduos, firmas, sociedades, associações, companhias e empresas em geral, e suas filiais que exerçam ou explorem, sob qualquer forma, serviços técnicos contábeis, ou a seu cargo tiverem alguma secção que a tal se destine, somente poderão executar os respectivos serviços depois de provarem, perante os Conselhos de Contabilidade, que os encarregados da parte técnica são exclusivamente profissionais habilitados e registrados na forma da lei. Parágrafo único. As substituições dos profissionais obrigam à nova prova, por parte das entidades a que se refere este artigo. Art. 16 O Conselho Federal organizará, anualmente, com as alterações havidas e em ordem alfabética, a relação completa dos registros, classificados conforme os títulos de habilitação e a fará publicar no Diário Oficial. Art. 17 A todo profissional registrado de acordo com este Decreto-Lei será entregue uma carteira profissional, numerada, registrada e visada no Conselho Regional respectivo, a qual conterá:

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• Art. 17, caput, com redação dada pela Lei n.º 9.710, de 3 de setembro de 1946.

a) seu nome por extenso; b) sua filiação; c) sua nacionalidade e naturalidade; d) a data do seu nascimento; e) denominação da escola em que se formou ou declaração de sua categoria de provisionado; f) a data em que foi diplomado ou provisionado, bem como, indicação do número do registro no órgão competente do Departamento Nacional de Educação; g) a natureza do título ou dos títulos de sua habilitação; h) o número do registro do Conselho Regional respectivo; i) sua fotografia de frente e impressão dactiloscópica do polegar; j) sua assinatura.

Parágrafo único. A expedição da carteira fica sujeita à taxa de Cr$ 30,00 (trinta cruzeiros).

Art. 18 A carteira profissional substituirá o diploma ou o título de provisionamento para os efeitos legais; servirá de carteira de identidade e terá fé pública. Art. 19 As autoridades federais, estaduais e municipais só receberão impostos relativos ao exercício da profissão de contabilista mediante exibição da carteira a que se refere o art. 18. Art. 20 Todo aquele que, mediante anúncios, placas, cartões comerciais, ou outros meios, se propuser ao exercício da profissão de contabilista, em qualquer de seus ramos, fica sujeito às penalidades aplicáveis ao exercício ilegal da profissão, se não estiver devidamente registrado. Parágrafo único. Para fins de fiscalização, ficam os profissionais obrigados a declarar, em todo e qualquer trabalho realizado e nos elementos previstos neste artigo, a sua categoria profissional de contador ou guarda-livros, bem como o número de seu registro no Conselho Regional.

CAPÍTULO III DA ANUIDADE DEVIDA AOS CONSELHOS REGIONAIS

Art. 21 Os profissionais registrados nos Conselhos Regionais de Contabilidade são obrigados ao pagamento da anuidade.

§ 1º O pagamento da anuidade será efetuado até 31 de março de cada ano, devendo, no primeiro ano de exercício da profissão, realizar-se por ocasião de ser expedida a carteira profissional.

§ 2o As anuidades pagas após 31 de março serão acrescidas de multa, juros de mora e atualização monetária, nos termos da legislação vigente.

• § 2º com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

§ 3o Na fixação do valor das anuidades devidas ao Conselho Federal e aos Conselhos

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Regionais de Contabilidade, serão observados os seguintes limites: • § 3º com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

I - R$ 380,00 (trezentos e oitenta reais), para pessoas físicas; II - R$ 950,00 (novecentos e cinquenta reais), para pessoas jurídicas.

§ 4o Os valores fixados no § 3o deste artigo poderão ser corrigidos anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, calculado pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - IBGE.

• § 4º com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

Art. 22. Às empresas ou a quaisquer organizações que explorem ramo dos serviços contábeis é obrigatório o pagamento de anuidade ao Conselho Regional da respectiva jurisdição.

• art.22 com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

§ 1o A anuidade deverá ser paga até o dia 31 de março, aplicando-se, após essa data, a

regra do § 2o do art. 21. • § 1º com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

§ 2º O pagamento da primeira anuidade deverá ser feito por ocasião da inscrição inicial no

Conselho Regional. Art. 23 O profissional ou a organização contábil que executarem serviços contábeis em mais de um Estado são obrigados a comunicar previamente ao Conselho Regional de Contabilidade no qual são registrados o local onde serão executados os serviços. • art.23 com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

Art. 24 Somente poderão ser admitidos à execução de serviços públicos de contabilidade, inclusive à organização dos mesmos, por contrato particular, sob qualquer modalidade, o profissional ou pessoas jurídicas que provem quitação de suas anuidades e de outras contribuições a que estejam sujeitos.

CAPÍTULO IV DAS ATRIBUIÇÕES PROFISSIONAIS

Art. 25 São considerados trabalhos técnicos de contabilidade:

a) organização e execução de serviços de contabilidade em geral; b) escrituração dos livros de contabilidade obrigatórios, bem como de todos os

necessários no conjunto da organização contábil e levantamento dos respectivos balanços e demonstrações;

c) perícias judiciais ou extra-judiciais, revisão de balanços e de contas em geral, verificação de haveres, revisão permanente ou periódica de escritas, regulações judiciais ou extra-

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judiciais de avarias grossas ou comuns, assistência aos Conselhos Fiscais das sociedades anônimas e quaisquer outras atribuições de natureza técnica conferidas por lei aos profissionais de contabilidade.

Art. 26 Salvo direitos adquiridos ex-vi do disposto no art. 2º do Decreto nº 21.033, de 8 de fevereiro de 1932, as atribuições definidas na alínea c do artigo anterior são privativas dos contadores diplomados.

CAPÍTULO V DAS PENALIDADES

Art. 27 As penalidades ético-disciplinares aplicáveis por infração ao exercício legal da profissão são as seguintes:

• art.27 com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

a) multa de 1 (uma) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade do exercício em curso aos

infratores dos arts. 12 e 26 deste Decreto-Lei; • alínea “a” com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

b) multa de 1 (uma) a 10 (dez) vezes aos profissionais e de 2 (duas) a 20 (vinte) vezes o

valor da anuidade do exercício em curso às empresas ou a quaisquer organizações contábeis, quando se tratar de infração dos arts. 15 e 20 e seus respectivos parágrafos;

• alínea ”b” com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

c) multa de 1 (uma) a 5 (cinco) vezes o valor da anuidade do exercício em curso aos

infratores de dispositivos não mencionados nas alíneas a e b ou para os quais não haja indicação de penalidade especial;

• alínea “c” com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

a) suspensão do exercício da profissão, pelo período de até 2 (dois) anos, aos

profissionais que, dentro do âmbito de sua atuação e no que se referir à parte técnica, forem responsáveis por qualquer falsidade de documentos que assinarem e pelas irregularidades de escrituração praticadas no sentido de fraudar as rendas públicas;

• alínea “d” com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

e) suspensão do exercício da profissão, pelo prazo de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, ao

profissional com comprovada incapacidade técnica no desempenho de suas funções, a critério do Conselho Regional de Contabilidade a que estiver sujeito, facultada, porém, ao interessado a mais ampla defesa;

• alínea “e” com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

e) cassação do exercício profissional quando comprovada incapacidade técnica

de natureza grave, crime contra a ordem econômica e tributária, produção de falsa prova

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de qualquer dos requisitos para registro profissional e apropriação indevida de valores de clientes confiados a sua guarda, desde que homologada por 2/3 (dois terços) do Plenário do Tribunal Superior de Ética e Disciplina;

*alínea “f” com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

g) advertência reservada, censura reservada e censura pública nos casos previstos no

Código de Ética Profissional dos Contabilistas elaborado e aprovado pelos Conselhos Federal e

Regionais de Contabilidade, conforme previsão do art. 10 do Decreto-Lei no 1.040, de 21 de outubro de 1969.

alínea “g” com redação dada pelo art.76 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

Art. 28 São considerados como exercendo ilegalmente a profissão e sujeitos à pena estabelecida na alínea a do artigo anterior:

a) os profissionais que desempenharem quaisquer das funções específicas na alínea c, do artigo 25, sem possuírem, devidamente legalizado, o título a que se refere o artigo 26 deste Decreto-Lei;

b) os profissionais que, embora legalmente habilitados, não fizerem, ou com referência a eles não for feita, a comunicação exigida no artigo 15 e seu parágrafo único. Art. 29 O profissional suspenso do exercício da profissão fica obrigado a depositar a carteira profissional no Conselho Regional de Contabilidade que tiver aplicado a penalidade, até a expiração do prazo de suspensão, sob pena de apreensão desse documento. Art. 30 A falta de pagamento de multa devidamente confirmada importará, decorridos trinta (30) dias da notificação, em suspensão, por noventa dias, do profissional ou da organização que nela tiver incorrido. Art. 31 As penalidades estabelecidas neste Capítulo não isentam de outras, em que os infratores hajam incorrido, por violação de outras leis. Art. 32 Das multas impostas pelos Conselhos Regionais poderá, dentro do prazo de sessenta dias, contados da notificação, ser interposto recurso, sem efeito suspensivo, para o Conselho Federal de Contabilidade.

§ 1º Não se efetuando amigavelmente o pagamento das multas, serão estas cobradas pelo executivo fiscal, na forma da legislação vigente.

§ 2º Os autos de infração, depois de julgados definitivamente, contra o infrator, constituem títulos de dívida líquida e certa para efeito de cobrança a que se refere o parágrafo anterior.

§ 3º São solidariamente responsáveis pelo pagamento das multas os infratores e os indivíduos, firmas, sociedades, companhias, associações ou empresas a cujos serviços se achem.

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Art. 33 As penas de suspensão do exercício serão impostas aos profissionais pelos Conselhos Regionais, com recurso para o Conselho Federal de Contabilidade. Art. 34 As multas serão aplicadas no grau máximo quando os infratores já tiverem sido condenados, por sentença passada em julgado, em virtude da violação de dispositivos legais. Art. 35 No caso de reincidência da mesma infração, praticada dentro do prazo de dois anos, a penalidade será elevada ao dobro da anterior.

CAPÍTULO VI DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 36 Aos Conselhos Regionais de Contabilidade fica cometido o encargo de dirimir quaisquer dúvidas suscitadas acerca das atribuições de que trata o Capítulo IV, com recurso suspensivo para o Conselho Federal de Contabilidade, a quem compete decidir em última instância sobre a matéria. Art. 36-A. Os Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade apresentarão anualmente a prestação de suas contas aos seus registrados. • art. 36-A acrescentado pelo art.77 da Lei n.º 12.249, de 11 de junho de 2010

Art. 37 A exigência da carteira profissional de que trata o Capítulo II somente será efetiva a partir de 180 dias, contados da instalação do respectivo Conselho Regional. Art. 38 Enquanto não houver associações profissionais ou sindicatos em algumas das regiões econômicas a que se refere a letra b, do art. 4º, a designação dos respectivos representantes caberá ao Delegado Regional do Trabalho, ou ao Diretor do Departamento Nacional do Trabalho, conforme a jurisdição onde ocorrer a falta. Art. 39 A renovação de um terço dos membros do Conselho Federal, a que alude o parágrafo único do artigo 5º, far-se-á no primeiro Conselho mediante sorteio para os dois triênios subseqüentes. • Art. 39 com redação dada pela Lei n.º 9.710, de 3 de setembro de 1946. Art. 40 O presente Decreto-Lei entrará em vigor trinta (30) dias após sua publicação no Diário Oficial. Art. 41 Revogam-se as disposições em contrário.

23 (TÉCNICO – 1°/2002) A fiscalização do exercício da profissão do Contabilista será exercida pelos:

a) Conselho Federal de Contabilidade e Sindicato dos Contabilistas. b) Conselhos Regionais de Contabilidade e Sindicato dos Contabilistas. c) Conselhos Regionais de Contabilidade e Associação dos Contabilistas. d) Conselho Federal de Contabilidade e Conselhos Regionais de Contabilidade.

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24 (TÉCNICO – 2°/2004) É atribuição do Conselho Federal de Contabilidade, EXCETO:

a) Disciplinar e acompanhar a fiscalização do exercício da profissão em todo o território nacional. b) Dispor sobre a identificação dos registrados nos Conselhos de Contabilidade. c) Estabelecer Normas Brasileiras de Contabilidade mediante resoluções. d) Processar, conceder, organizar, montar, baixar, revogar e cancelar os registros de Contador, de Técnico em Contabilidade e de organização contábil.

3.2 DECRETO-LEI N° 1.040/69 – DAS ELEIÇÕES

Art. 1° O Conselho Federal de Contabilidade - CFC será constituído por 1 (um) representante efetivo de cada Conselho Regional de Contabilidade - CRC, e respectivo suplente, eleitos para mandatos de 4 (quatro) anos, com renovação a cada biênio, alternadamente, por 1/3 (um terço) e 2/3 (dois terços).

(Art. 1°, caput, com redação dada pela Lei n° 11.160, de 2005)

Parágrafo único. A composição dos Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade obedecerá à seguinte proporção:

a) 2/3 (dois terços) de contadores;

b) 1/3 (um terço) de técnicos de contabilidade. Art. 2° Os membros do Conselho Federal de Contabilidade e respectivos suplentes serão eleitos por um colégio eleitoral composto de um representante de cada Conselho Regional de Contabilidade, por este eleito em reunião especialmente convocada.

(Art. 2°, caput, com redação dada pela Lei n° 5.730, de 8 de novembro de 1971)

§ 1 ° O colégio eleitoral convocado para a composição do Conselho Federal reunir-se-á, preliminarmente, para exame, discussão, aprovação e registro das chapas concorrentes, realizando as eleições 24 (vinte e quatro) horas após a sessão preliminar.

(§ 1° com redação dada pela Lei n° 5.730, de 8 de novembro de 1971)

§ 2° O terço a ser renovado em 1971 terá mandato de quatro anos, a iniciar-se em 1 ° de

janeiro de 1972, em substituição ao terço, cujos mandatos se encerram a 31 de dezembro de 1971.

(§ 2° com redação dada pela Lei n° 5.730, de 8 de novembro de 1971) § 3° (Revogado pelo art. 3º do Decreto-Lei n° 2.299, de 21 de novembro de 1986)

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Art. 3° Os Presidentes dos Conselhos Federal e Regionais terão mandato de 2 (dois) anos e serão eleitos dentre seus respectivos membros contadores, admitida uma única reeleição consecutiva, não podendo o período presidencial ultrapassar o término do mandato como Conselheiro. Art. 4° Os membros dos Conselhos Regionais de Contabilidade e os respectivos suplentes serão eleitos pelo sistema de eleição direta, através do voto pessoal, secreto e obrigatório, aplicando-se pena de multa em importância correspondente a até o valor da anuidade, ao contabilista que deixar de votar sem causa justificada.

(Art. 4° com redação dada pela Lei n° 5.730, de 8 de novembro de 1971)

Art. 5° As eleições para o Conselho Federal e para os Conselhos Regionais serão realizadas, no máximo, 60 (sessenta) dias e, no mínimo, 30 (trinta) dias antes do término dos mandatos. Art. 6° O mandato dos membros e respectivos suplentes do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Contabilidade será de 4 (quatro) anos, renovando-se a sua composição de 2 (dois) em 2 (dois) anos, alternadamente, por 1/3 (um terço) e por 2/3 (dois terços).

(Art. 6° com redação dada pela Lei n° 5. 730, de 8 de novembro de 1971) Art. 7° O exercício do mandato de membro do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Contabilidade, assim como a respectiva eleição, mesmo na condição de suplente, ficarão subordinados, além das exigências constantes do artigo 530 da Consolidação das Leis do Trabalho e legislação complementar, ao preenchimento dos seguintes requisitos e condições básicas:

a) cidadania brasileira; b) habilitação profissional na forma da legislação em vigor; c) pleno gozo dos direitos profissionais, civis e políticos; d) inexistência da condenação por crime contra o fisco ou contra a segurança nacional.

Parágrafo único. A receita dos Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade só poderá ser aplicada na organização e funcionamento de serviços úteis à fiscalização do exercício profissional (...).

A segunda parte do parágrafo único do art. 7° foi revogada pela Lei n° 6.994, de 26 de maio de 1982. A Lei n° 6.994/82 foi revogada pela Lei n° 8.906, de 4 de julho de 1994.

(Art. 7° com redação dada pela Lei n° 5.730, de 8 de novembro de 1971)

Art. 8° Aos servidores dos Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade se aplicará o regime jurídico da Consolidação das Leis do Trabalho. Art. 9° As eleições do corrente ano para os Conselhos Federal e Regionais de Contabilidade serão realizadas, nos termos deste Decreto-Lei, até os dias 30 de novembro e 20 de dezembro, respectivamente, ficando sem efeito as eleições realizadas nos termos do Decreto-Lei n° 877, de

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16 de dezembro de 1969. Art. 10 O Conselho Federal de Contabilidade, com a participação de todos os Conselhos Regionais, promoverá a elaboração e aprovação do Código de Ética Profissional dos Contabilistas. Parágrafo único. O Conselho Federal de Contabilidade funcionará como Tribunal Superior de Ética Profissional.

QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES

25 (TÉCNICO – 1°/2002) Na composição do Conselho Federal de Contabilidade e do Conselho Regional de

Contabilidade,será observada a proporção de: a) 2/3 de Contadores e de 1/3 de Técnicos em Contabilidade. b) 1/3 de Contadores e de 2/3 de Técnicos em Contabilidade. c) 1/2 de Contadores e 1/2 de Técnicos em Contabilidade. d) Não é fixado, dependendo da eleição.

26 (TÉCNICO – 1°/2002) Para ser eleito membro dos Conselhos de Contabilidade, o profissional deve, entre

outros, atender ao seguinte requisito: a) Estar inscrito no programa de educação continuada. b) Estar ligado legalmente ao Sindicato dos Contabilistas. c) Estar inscrito no Conselho Regional de Contabilidade independentemente de tempo. d) Estar no exercício efetivo da profissão há mais de três anos.

3.3 RESOLUÇÃO CFC N.º 1.301/2010

Regulamenta o Exame de Suficiência como requisito para obtenção ou restabelecimento de Registro Profissional em Conselho Regional de Contabilidade (CRC).

O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

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CONSIDERANDO que o disposto no art. 12 do Decreto-Lei n.º 9.295/46, com redação dada pela Lei n.º 12.249/2010, prescreve que os profissionais de que trata o referido Decreto somente poderão exercer a profissão após a regular conclusão do respectivo curso, reconhecido pelo Ministério da Educação, aprovação em Exame de Suficiência e registro no Conselho Regional de Contabilidade a que estiverem sujeitos; CONSIDERANDO que cabe ao Conselho Federal de Contabilidade, por competência definida na alínea “f” do art. 6º do Decreto-Lei n.º 9.295/46, regulamentar o Exame de Suficiência, RESOLVE:

CAPÍTULO I – DO CONCEITO E OBJETIVO

Art. 1º Exame de Suficiência é a prova de equalização destinada a comprovar a obtenção de conhecimentos médios, consoante os conteúdos programáticos desenvolvidos no curso de Bacharelado em Ciências Contábeis e no curso de Técnico em Contabilidade.

Art. 2º A aprovação em Exame de Suficiência constitui um dos requisitos para a obtenção ou restabelecimento de registro profissional em Conselho Regional de Contabilidade.

CAPÍTULO II – DA PERIODICIDADE, APLICABILIDADE E APROVAÇÃO NO EXAME

Art. 3º O Exame será aplicado 2 (duas) vezes ao ano, em todo o território nacional, sendo uma edição a cada semestre, em data e hora a serem fixadas em edital, por deliberação do Plenário do Conselho Federal de Contabilidade, com antecedência mínima de 90 (noventa) dias da data da sua realização. Art. 4º O candidato será aprovado se obtiver, no mínimo, 50% (cinquenta porcento) dos pontos possíveis.

Art. 5º A aprovação em Exame de Suficiência, como um dos requisitos para obtenção ou restabelecimento de registro em CRC, será exigida do:

I- Bacharel em Ciências Contábeis e do Técnico em Contabilidade;

II- portador de registro provisório vencido;

III- profissional com registro baixado há mais de 2 (dois) anos; e

IV- Técnico em Contabilidade em caso de alteração de categoria para Contador.

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Parágrafo único. O prazo a que se refere o inciso III deverá ser contado a partir da data de concessão da baixa.

CAPÍTULO III – DAS PROVAS E DO CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Art. 6º O Exame de Suficiência será composto de uma prova para os Técnicos em Contabilidade e uma para os Bacharéis em Ciências Contábeis, obedecidas às seguintes condições e áreas de conhecimentos:

I - Técnicos em Contabilidade:

a) Contabilidade Geral; b) Contabilidade de Custos; c) Noções de Direito; d) Matemática Financeira; e) Legislação e Ética Profissional; f) Princípios de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade; g) Língua Portuguesa.

II - Ciências Contábeis:

a) Contabilidade Geral; b) Contabilidade de Custos; c) Contabilidade Aplicada ao Setor Público; d) Contabilidade Gerencial; e) Controladoria; f) Teoria da Contabilidade; g) Legislação e Ética Profissional; h) Princípios de Contabilidade e Normas Brasileiras de Contabilidade; i) Auditoria Contábil; j) Perícia Contábil; k) Noções de Direito; l) Matemática Financeira e Estatística; m) Língua Portuguesa.

Parágrafo único. Compete ao Conselho Federal de Contabilidade elaborar e divulgar, de forma obrigatória no Edital, os conteúdos programáticos das respectivas áreas que serão exigidos nas provas para Técnicos em Contabilidade e Bacharéis em Ciências Contábeis. Art. 7º As provas devem ser elaboradas com questões objetivas, múltipla escolha, podendo-se a critério do CFC, incluir questões para respostas dissertativas.

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CAPÍTULO IV – DA REALIZAÇÃO E APLICAÇÃO DO EXAME

Art. 8º Para a realização do Exame, o Conselho Federal de Contabilidade constituirá 2 (duas) Comissões: a) Comissão Estratégica; e b) Comissão Operacional.

§ 1º A Comissão Estratégica será formada por, no máximo, 6 (seis) conselheiros do CFC, com mandato de 2 (dois) anos, não podendo ultrapassar o término do mandato como conselheiro, e deve ser presidida pelo(a) vice-presidente de Desenvolvimento de Desenvolvimento Profissional e Institucional, que coordenará a realização do Exame e aprovará o conteúdo das provas organizadas pela Comissão Operacional.

§ 2º A Comissão Operacional será integrada por, no máximo, 7 (sete) profissionais da

Contabilidade, conselheiros ou não, de reconhecida capacidade e experiência profissional, aprovados pelo Plenário do Conselho Federal de Contabilidade, com mandato de 2 (dois) anos, permitida a recondução, que terá por finalidade a elaboração das provas e a apreciação de recursos em primeira instância.

Art. 9º A aplicação das provas poderá ser realizada por instituição contratada pelo Conselho Federal de Contabilidade, cabendo aos CRCs colaborar, naquilo que lhe couber, na realização do Exame. Art. 10. O processo de aplicação das provas de Exame de Suficiência será supervisionado, em âmbito nacional, pela Comissão Estratégica.

CAPÍTULO V – DOS RECURSOS DAS PROVAS DO EXAME Art. 11. O candidato poderá interpor recurso contra os gabaritos das provas e do resultado final dentro dos prazos e instâncias definidos previamente em edital.

CAPÍTULO VI – PRAZO PARA REQUERIMENTO DO REGISTRO

Art. 12. Ocorrendo a aprovação no Exame de Suficiência, o Conselho Regional de Contabilidade disponibilizará ao candidato a Certidão de Aprovação.

Parágrafo único. O candidato terá o prazo de até 2 (dois) anos, a contar da data da publicação do resultado oficial do Exame no Diário Oficial da União (DOU), para requerer, no CRC, o Registro Profissional na categoria para a qual tenha sido aprovado.

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CAPÍTULO VII – DAS DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 13. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) e os Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs), seus conselheiros efetivos e suplentes, seus empregados, seus delegados e os integrantes das Comissões Estratégica, Operacional e de Aplicação de Provas não poderão oferecer, participar ou apoiar, a qualquer título, os cursos preparatórios para os candidatos ao Exame de Suficiência, sob pena de aplicação das penalidades cabíveis. Art. 14. O Conselho Federal de Contabilidade (CFC) desenvolverá campanha publicitária no sentido de esclarecer e divulgar o Exame de Suficiência, sendo de competência dos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs) o reforço dessa divulgação nas suas jurisdições.

Art. 15. Os Conselhos Regionais de Contabilidade (CRCs) poderão colaborar no envio de questões sobre os tópicos elencados nos incisos I e II do art. 6º, para a formação de bancos de dados, as quais poderão ser utilizadas pela Comissão Operacional de Elaboração de Provas. Art. 16. Ao Conselho Federal de Contabilidade (CFC) caberá adotar as providências necessárias ao atendimento do disposto na presente Resolução, bem como dirimir todas as dúvidas e interpretá-las.

Parágrafo único. Nas questões consideradas urgentes, aplicar-se-á o inciso XXI, art. 27 da Resolução CFC n.º 1.252/2009 (Regimento do CFC). Art. 17. O portador de registro provisório ativo, obtido até 29 de outubro de 2010, terá seus direitos garantidos conforme a norma vigente no ato do registro. Art. 18. O profissional apto para requerer o registro e aquele com registro baixado poderá efetuar ou restabelecer seu registro sem se submeter ao Exame de que trata esta Resolução, até a data limite de 29 de outubro de 2010.

Parágrafo único. O previsto no caput deste artigo se aplica ao inciso IV do art. 5º. Art. 19. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.

Brasília, 17 de setembro de 2010.

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4. QUESTÕES DOS ÚLTIMOS EXAMES DE SUFICIÊNCIA

(BACHAREL - 2/2011) – QUESTÃO 41 - Em relação às sanções éticas previstas pelo Código de Ética Profis-sional do Contador, assinale a opção INCORRETA. a) Na aplicação das sanções éticas, pode ser considerada como agravante ação cometida que resulte em ato que denigra publicamente a imagem do profissional da Contabilidade.

b) Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como atenuantes a ausência de punição ética anterior e prestação de relevantes serviços à Contabilidade.

c) O julgamento das questões relacionadas à transgressão de preceitos do Código de Ética cabe, unicamente, aos Conselhos Regionais de Contabilidade.

d) O profissional da Contabilidade poderá requerer desagravo público ao Conselho Regional de Contabilidade, quando atingido, pública e injustamente, no exercício de sua profissão.

(BACHAREL – 2/2011) – QUESTÃO 42 - Com relação à determinação do valor dos serviços profissionais, julgue as situações hipotéticas apresentadas nos itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA. I. Um contabilista estabelece honorários em contratos por escrito, previamente à realização dos serviços, levando em conta as características do contrato, tais como complexidade, estimativa de horas para realiza-ção do trabalho e local onde o serviço será realizado. II. Um contabilista pratica preços diferenciados para um mesmo tipo de serviço, levando em conta se o cliente é eventual, habitual ou permanente. III. Um contabilista, preocupado em ampliar a sua base de clientes, adotou uma estratégia de praticar pre-ços abaixo da concorrência. Com essa estratégia, conseguiu dois novos contratos de prestação de serviços. O preço estabelecido em cada um dos contratos levou em conta o seguinte critério: o cliente pagará hono-rários correspondentes a 40% aos honorários pagos ao profissional da Contabilidade que atendia anterior-mente ao cliente. De acordo com as três situações acima descritas, o comportamento do profissional da Contabilidade está em DESACORDO com o que estabelece o Código de Ética Profissional do Contador no(s) item(ns): a) I, II e III.

b) II e III, apenas.

c) II, apenas.

d) III, apenas. (BACHAREL – 2/2011)- QUESTÃO 43 - Uma determinada organização contábil presta serviços para diversos clientes. Com o aumento da inadimplência de seus clientes, o contabilista responsável, ao tomar medidas para garantir o recebimento, passou a reter a documentação das empresas inadimplentes sob condição de recebimento das quantias devidas por elas. Na situação acima, o profissional da Contabilidade:

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a) cometeu um ato abusivo, conforme disposição no Código de Ética Profissional do Contador.

b) cometeu um ato abusivo. No entanto, se o profissional provar que o procedimento era necessário para a continuidade do negócio, será anistiado.

c) praticou um ato que está previsto no Código de Ética Profissional do Contador, mas não existe previsão para sanções éticas.

d) praticou um ato que não está previsto no Código de Ética Profissional do Contador, logo não houve ne-nhum ato abusivo. (TÉCNICO – 2 /2011) - QUESTÃO 32 São atribuições do Conselho Federal de Contabilidade, EXCETO: a) aprovar os Regimentos Internos organizados pelos Conselhos Regionais.

b) editar Normas Brasileiras de Contabilidade de natureza técnica e profissional.

c) expedir e registrar a carteira profissional.

d) regular acerca dos princípios contábeis, do cadastro de qualificação técnica e dos programas de educa-ção continuada.. (TÉCNICO – 2/2011) – QUESTÃO 34 - De acordo com o Decreto-Lei n.o 9.295/46 e a Lei n.o 12.249/10, são considerados trabalhos técnicos a serem exercidos tanto pelo contador quanto pelo técnico de contabili-dade. a) a assistência aos conselhos fiscais das sociedades anônimas.

b) a organização e a execução de serviços de contabilidade em geral..

c) a revisão e a elaboração de relatório de auditoria.

d) as perícias judiciais ou extrajudiciais (TÉCNICO – 2/2011) – QUESTÃO 35 - A respeito de possíveis comportamentos do profissional da Contabili-dade no exercício de suas funções, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA. I. O contabilista pode auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não decorra exclu-sivamente de sua prática lícita.

II. O contabilista pode auxiliar a fiscalização do exercício profissional.

III. O contabilista pode assinar documentos ou peças contábeis elaboradas por outrem, alheio à sua orien-tação, supervisão e fiscalização.

IV. O contabilista pode inteirar-se de todas as circunstâncias, antes de emitir opinião sobre qualquer caso. Representam comportamentos vedados ao profissional da Contabilidade no desempenho de suas funções pelo Código de Ética Profissional do Contador as situações descritas apenas nos itens: a) I e II.

b) I e III..

c) II e IV.

d) III e IV.

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(TÉCNICO – 2/2011) – QUESTÃO 36 - Segundo o Código de Ética Profissional do Contador, o profissional da Contabilidade poderá: a) aceitar sua indicação, mesmo quando reconheça não se julgar capacitado em face da especialização requerida.

b) dar seu parecer ou emitir opinião, mesmo que esteja insuficientemente informado e desprovido de do-cumento.

c) executar trabalhos técnico-contábeis que contrarie as Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade.

d) publicar relatório, parecer ou trabalho técnico-profissional assinado e sob sua responsabilidade.. (TÉCNICO – 2/2011) – QUESTÃO 38 Com relação à determinação do valor dos serviços profissionais, julgue as situações hipotéticas apresentadas nos itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA. I. Um contabilista estabelece honorários em contratos por escrito, previamente à realização dos serviços, levando em conta as características do contrato, tais como complexidade, estimativa de horas para realiza-ção do trabalho e local onde o serviço será realizado.

II. Um contabilista pratica preços diferenciados para um mesmo tipo de serviço, levando em conta se o cliente é eventual, habitual ou permanente.

III. Um contabilista, preocupado em ampliar a sua base de clientes, adotou uma estratégia de praticar pre-ços abaixo da concorrência. Com essa estratégia, conseguiu dois novos contratos de prestação de serviços. O preço estabelecido em cada um dos contratos levou em conta o seguinte critério: o cliente pagará hono-rários correspondentes a 40% aos honorários pagos ao profissional da Contabilidade que atendia anterior-mente ao cliente. De acordo com as três situações acima descritas, o comportamento do profissional da Contabilidade está em DESACORDO com o que estabelece o Código de Ética Profissional do Contador no(s) iten (s): a) I, II e III.

b) II e III, apenas.

c) II, apenas.

d) III, apenas. (BACHAREL – 1/2012 ) – QUESTÃO 42. Conforme o Código de Ética Profissional do Contador, aprovado pela Resolução CFC no 803/96 e alterações posteriores, no que se refere ao desempenho das funções do profissional da Contabilidade, julgue os itens abaixo como Verdadeiros (V) ou Falsos (F) e, em seguida assi-nale a opção CORRETA. I. É vedado ao profissional da Contabilidade não revelar negociação confidenciada pelo cliente ou empre-gador para acordo ou transação que, comprovadamente, tenha tido conhecimento. II. É vedado ao profissional da Contabilidade emitir referência que identifique o cliente ou empregador, com quebra de sigilo profissional, em publicação em que haja menção a trabalho que tenha realizado ou orientado, salvo quando autorizado por eles. III. É vedado ao profissional da Contabilidade iludir ou tentar iludir a boa-fé de cliente, empregador ou de terceiros, alterando ou deturpando o exato teor de documentos, bem como fornecendo falsas informações ou elaborando peças contábeis inidôneas. IV. É vedado ao profissional da Contabilidade não cumprir, no prazo estabelecido, determinação dos Con-selhos Regionais de Contabilidade, depois de regularmente notificado.

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A sequência CORRETA é: a) F, V, V, V. b) V, F, F, F. c) F, V, F, V. d) V, F, V, F. (BACHAREL – 1 /2012) QUESTÃO 43 - Um contador foi condenado com a penalidade de Censura Pública,

dentro do devido processo legal instaurado no Conselho Regional de Contabilidade – CRC.

Diante desse, fato é CORRETO afirmar que o CRC:

a) poderá recorrer ex officio ao Tribunal Superior de Ética e Disciplina.

b) deverá recorrer ex officio ao Tribunal Superior de Ética e Disciplina.

c) poderá, a pedido do interessado, julgar o caso em Segunda Instância.

d) deverá aguardar manifestação do interessado para recorrer ex officio.

(BACHAREL – 1/2012 ) QUESTÃO 44 - Com relação aos deveres dos profissionais da Contabilidade, de a-

cordo com o Código de Ética Profissional do Contador, aprovado pela Resolução CFC n.º 803/96, e altera-

ções posteriores, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA.

I. É dever do profissional da Contabilidade comunicar ao CRC a mudança de seu domicílio ou endereço e da

organização contábil de sua responsabilidade, bem como a ocorrência de outros fatos necessários ao

controle e fiscalização profissional.

II. Se substituído em suas funções, é dever do profissional da Contabilidade informar ao substituto sobre

fatos que devam chegar ao conhecimento desse, a fim de habilitá-lo para o bom desempenho das funções

a serem exercidas.

III. São deveres do profissional da Contabilidade, entre outros, cumprir os Programas Obrigatórios de Edu-

cação Continuada estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade e auxiliar a fiscalização do exercí-

cio profissional.

Estão CORRETOS os itens:

a) I, II e III.

b) I e II, apenas.

c) I, e III, apenas.

d) II e III, apenas.

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RESPOSTAS COMENTADAS (BACHAREL-2/2011)- QUESTÃO 41

a) A afirmação está CORRETA, pois o Código de Ética Profissional do Contador – CEPC , Resolução CFC 1.307/10 em seu Art. 18 – parágrafo 2, ao tratar sobre as agravantes na aplicação das sanções éticas traz a seguinte redação: “§ 2º Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como agravantes: I – Ação cometida que resulte em ato que denigra publicamente a imagem do Profissional da Contabilidade;

b) A afirmação é CORRETA, nas aplicações das sanções éticas podem ser consideradas como atenuantes a ausência de punição ética anterior e prestação de relevantes serviços à Contabilidade. Resolução CFC 1307/10 – Art . 17 - § 1º Na aplicação das sanções éticas, podem ser consideradas como atenuantes: I – ação desenvolvida em defesa de prerrogativa profissional; II – ausência de punição ética anterior; III – prestação de relevantes serviços à Contabilidade.”

c) A afirmação é INCORRETA, logo esta é a alternativa solicitada, afinal o julgamento das questões relacionadas à transgressão de preceitos do Código de Ética não cabe unicamente aos Conselhos Regionais de Contabilidade. Resolução 803/96 – Código de Ética do Contador – CEPC: Art. 13. O julgamento das questões relacionadas à transgressão de preceitos do Código de Ética incumbe, originariamente, aos Conselhos Regionais de Contabilidade, que funcionarão como Tribunais Regionais de Ética e Disciplina, facultado recurso dotado de efeito suspensivo, interposto no prazo de quinze dias, para o Conselho Federal de Contabilidade em sua condição de Tribunal Superior de Ética e Disciplina. d) A afirmação está CORRETA, o profissional da contabilidade poderá requerer desagravo público ao Conselho Regional de Contabilidade, quando atingido, pública e injustamente, no exercício de sua profissão. Resolução 803/96 – Código de Ética do Contador – CEPC: “Art. 14. O Profissional da Contabilidade poderá requerer desagravo público ao Conselho Regional de Contabilidade, quando atingido, pública e injustamente, no exercício de sua profissão.” (BACHAREL – 2/2011)- QUESTÃO 42 As afirmativas I e II estão CORRETAS, basta atentarmos para o texto do Código de Ética: “Art. 6º. O Profissional da Contabilidade deve fixar previamente o valor dos serviços, por contrato escrito, considerados os elementos seguintes” : I – a relevância, o vulto, a complexidade e a dificuldade do serviço a executar; II – o tempo que será consumido para a realização do trabalho; III – a possibilidade de ficar impedido da realização de outros serviços; IV – o resultado lícito favorável que para o contratante advirá com o serviço prestado; V – a peculiaridade de tratar–se de cliente eventual, habitual ou permanente; VI – o local em que o serviço será prestado. Em relação a afirmativa III entendemos que a mesma fere o artigo 8 a saber: “Art. 8º. É vedado ao Profissional da Contabilidade oferecer ou disputar serviços profissionais mediante aviltamento de honorários ou em concorrência desleal.” Logo, a resposta CORRETA é a letra d, apenas a afirmativa III está em DESACORDO, as demais, encontram-se amparadas pelo CEPC.

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(BACHAREL – 2/2011) - QUESTÃO 43 No capítulo III – Dos Deveres e das Proibições, o Código de Ética Profissional do Contador- CEPC, em seu artigo 3º, veda ao profissional da contabilidade: XII – reter abusivamente livros, papéis ou documentos, comprovadamente confiados à sua guarda; Diante de tal redação, conclui-se que o profissional na situação acima cometeu um ato abusivo, conforme disposição no Código de Ética Profissional do Contador, logo, a resposta correta é a letra “a”. O Código não trata sobre continuidade do negócio e anistia nestes casos – letra “b”; ao contrário do que afirma a letra “c” existe sim no Código de Ética sanções previstas, e para concluir a afirmação da letra “d” onde afirma que não houve nenhum ato abusivo, simplesmente vai contra o artigo 3º, ou seja, houve sim um ato abusivo. (BACHAREL – 1/2012 ) – QUESTÃO 42

ALTERNATIVA I É FALSA: É vedado ao contabilista: XV - revelar negociação confidenciada pelo cliente ou empregador para acordo ou transação que, comprovadamente, tenha tido conhecimento;

ALTERNATIVA II É VERDADEIRA: É vedado ao contabilista: XVI - emitir referência que identifique o cliente ou empregador, com quebra de sigilo profissional, em publicação em que haja menção a trabalho que tenha realizado ou orientado, salvo quando autorizado por eles;

ALTERNATIVA III É VERDADEIRA – É vedado ao contabilista: XVII - iludir ou tentar iludir a boa fé de cliente, empregador ou de terceiros, alterando ou deturpando o exato teor de documentos, bem como fornecendo falsas informações ou elaborando peças contábeis inidôneas;

ALTERNATIVA IV É VERDADEIRA – É vedado ao contabilista: XVIII - não cumprir, no prazo estabelecido, determinação dos Conselhos Regionais de Contabilidade, depois de regularmente notificado;

A alternativa correta é a letra A. (BACHAREL – 1 /2012) QUESTÃO 43 O Código de Ética Profissional do Contabilista – Capítulo V – Das Penalidades Art.12 - A transgressão de preceito deste Código constitui infração ética, sancionada, segundo a gravidade, com a aplicação de uma das seguintes penalidades: I - advertência reservada; II - censura reservada; III - censura pública. Parágrafo Único ... Art. 13. O julgamento das questões relacionadas à transgressão de preceitos do Código de Ética incumbe, originariamente, aos Conselhos Regionais de Contabilidade, que funcionarão como Tribunais Regionais de Ética, facultado recurso dotado de efeito suspensivo, interposto no prazo de quinze dias, para o Conselho Federal de Contabilidade em sua condição de Tribunal Superior de Ética e Disciplina.

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§ 1º O recurso voluntário somente será encaminhado ao Tribunal Superior de Ética e Disciplina se o Tribunal Regional de Ética e Disciplina respectivo mantiver ou reformar parcialmente a decisão. § 2º Na hipótese do inciso III do art. 12, o Tribunal Regional de Ética e Disciplina deverá recorrer ex officio de sua própria decisão (aplicação de censura pública). A Resolução CFC n° 819, de 20-11-1997 - Art. 1º Ao § 2º, do art. 13, do Código de Ética Profissional do Contabilista – CEPC, aprovado pela Res. CFC nº 803-96, dê-se a seguinte redação: “§2º Na hipótese da inciso III, do art. 12, o Tribunal Regional de Ética Profissional deverá recorrer ex officio de sua própria decisão (aplicação de pena de Censura Pública).” Art. 2º Renumere-se o atual § 2º, do art. 13, do Código de Ética Profissional do Contabilista – CEPC, aprovado pela Resolução CFC nº 803-96, para § 3º. Alternativa A – INCORRETA : Em momento algum o Código de Ética fala que o CRC (representado como Tribunal Regional de Ética e Disciplina) “poderá” recorrer ex-officio de sua própria decisão, mas sim, “deverá”. Alternativa B – CORRETA : Conforme a redação dada pelo § 3º do Artigo 13 do Código de Ética Profissional do Contabilista, o CRC representado pelo Tribunal Regional de Ética Profissional “deverá” recorrer ex offício de sua própria decisão. Alternativa C – INCORRETA: A redação do § 1º do Artigo 13 expressa – “ O recurso voluntário somente será encaminhado ao Tribunal Superior de Ética e Disciplina se o Tribunal Regional de Ética e Disciplina respectivo mantiver ou reformar parcialmente a decisão”, portanto não cabe ao CRC julgar em Segunda Instância mas sim ao Conselho Federal de Contabilidade. Alternatica D – INCORRETA : Independentemente em aguardar ou não pela parte interessada, a redação do código é clara ao mencionar que o CRC “deverá” recorrer ex offício de sua própria decisão, portanto, não há a necessidade em aguardar a parte interessada. A alternativa correta é a letra B. (BACHAREL – 1/2012 ) QUESTÃO 44 ALTERNATIVA I CORRETA – A Lei 12.249/10 que alterou o Decreto Lei 9.295/46 "Art. 23. O profissional ou a organização contábil que executarem serviços contábeis em mais de um Estado são obrigados a comunicar previamente ao Conselho Regional de Contabilidade no qual são registrados o local onde serão executados os serviços."

ALTERNATIVA II CORRETA - Art. 2º São deveres do contabilista: VII - se substituído em suas funções, informar ao substituto sobre fatos que devam chegar ao conhecimento desse, a fim de habilitá-lo para o bom desempenho das funções a serem exercidas;

ALTERNATIVA III INCORRETA – Não são deveres do profissional da Contabilidade cumprir Programas Obrigatórios de Educação Continuada estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade e auxiliar a fiscalização do exercício profissional. A alternativa correta é a letra B.

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GABARITO DE QUESTÕES ANTERIORES

1 – A 14 - D

2 - C 15 - A

3 - A 16 - D

4 - B 17 - D

5 - A 18 - A

6 - C 19 - B

7 - A 20 - C

8 - D 21 - C

9 - B 22 - B

10 - C 23 - D

11 - A 24 - D

12 - 25 - A

13 - A 26 - D