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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI APOSTILA GESTÃO EM MARKETING ESPÍRITO SANTO

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CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

NÚCLEO DE PÓS-GRADUAÇÃO E EXTENSÃO FAVENI

APOSTILA

GESTÃO EM MARKETING

ESPÍRITO SANTO

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CONCEITOS BÁSICOS

DEFINIÇÃO, CONCEITOS E APLICAÇÕES DO MARKETING

Seguem algumas consideradas mais significativas:

Marketing é uma função

organizacional e um

conjunto de processos que

envolvem a criação, a

comunicação e a entrega

de valor para os clientes,

bem como a administração

do relacionamento com eles, de modo que beneficie a organização e

seu público interessado. (AMA - American Marketing Association -

Nova definição de 2005).

Marketing é um processo social por meio do quais pessoas e grupos de

pessoas obtêm aquilo de que necessitam e o que desejam com a criação,

oferta e livre negociação de produtos e serviços de valor com outros

(KOTLER e KELLER, 2006).

Marketing é a entrega de satisfação para o cliente em forma de benefício

(KOTLER e ARMSTRONG, 1999).

Marketing são as atividades sistemáticas de uma organização humana

voltadas à busca e realização de trocas para com o seu meio ambiente,

visando benefícios específicos (RICHERS, 1986).

Marketing é o conjunto de operações que envolvem a vida do produto, desde

a planificação de sua produção até o momento em que é adquirido pelo

consumidor (Dicionário Michaelis).

Marketing é o conjunto de estratégias e ações que provêem o

desenvolvimento, o lançamento e a sustentação de um produto ou serviço no

mercado consumidor (Dicionário Novo Aurélio).

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O conceito contemporâneo de

Marketing engloba a construção de

um satisfatório relacionamento a

longo prazo do tipo ganha-ganha no

qual indivíduos e grupos obtêm aquilo

que desejam. O marketing se originou

para atender as necessidades de

mercado, mas não está limitado aos

bens de consumo. É também

amplamente usado para "vender"

idéias e programas sociais. Técnicas

de marketing são aplicadas em todos os sistemas políticos e em muitos aspectos da

vida.

Marketing (MKT) – é um processo social e gerencial através do qual indiví-

duos e grupos obtêm aquilo que desejam e de que necessitam, criando e trocando

produtos e valores uns com os outros (KOTLER, 2003).

1.1 CONCEITOS CENTRAIS DE MARKETING

Palavras-chave: Necessidades,

Desejos,

Demandas,

Produtos,

Valor,

Gratificação,

Satisfação,

Qualidade,

Troca,

Transações,

Relacionamentos,

Mercado.

PRODUTOS

VALOR, SATISFAÇÃO

E QUALIDADE

TROCA, TRANSA-

ÇÕES E RELACIO-

NAMENTOS.

MERCADOS

NECESSIDADES, DE-

SEJOS E DEMANDA

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Necessidades humanas – são estados de carência percebidos (Pirâmide de

Maslow), não criadas pelo MKT. São partes básicas da constituição do ser humano.

Hierarquia das necessidades de Maslow

A teoria da motivação desenvolvida pelo Psicólogo Social Maslow afirma que

as necessidades humanas estão organizadas em uma hierarquia de necessidades

formando uma espécie de pirâmide.

Fig. 01 – Hierarquia das necessidades. Fonte: Cap. 13, pg 304 a 309, Chia-

venato (2000).

Pressupostos da teoria de motivação de Maslow:

1. O comportamento humano pode ter mais de uma motivação;

2. Nenhum comportamento é casual, mas motivado; isto é orientado por objeti-

vos;

3. As necessidades humanas estão dispostas em uma hierarquia de importância

ou de premência e

4. A necessidade inferior monopoliza o comportamento do indivíduo e tende au-

tomaticamente a organizar a mobilização das diversas faculdades do orga-

nismo.

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Desejos – São necessidades humanas moldadas pela cultura e pelas carac-

terísticas individuais.

Desejos quase ilimitados x recursos limitados

Planejamento estratégi-

co de MKT visa a compreensão

detalhada das necessidades, de-

sejos e demandas do cliente.

Produtos – É aquilo que

satisfaz uma necessidade ou de-

sejo. É igual a benefícios propor-

cionados.

Valor – É a diferença entre o valor que o cliente ganha comprando um produ-

to e os custos de sua obtenção (julgamento subjetivo).

Satisfação – Se o desempenho do produto percebido atinge as expectativas,

temos um cliente satisfeito. Se exceder, temos um cliente encantado.

Satisfação está intimamente ligado à Qualidade

Troca – É obter um produto desejado dando algo em retribuição.

É um conceito central de MKT – deve haver um acordo entre as partes.

Mercado – grupo de compradores reais e potenciais de um produto.

Marketing – Administrar mercados para chegar a trocas, com o propósito de

satisfazer as necessidades e desejos do ser humano.

O que pode ser comprado DEMANDA

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ADMINISTRAÇÃO DE MARKETING

É a análise, planejamento, implementação e controle de programas destina-

dos a criar, desenvolver e manter trocas de benefícios com os compradores-alvo a

fim de atingir objetivos organizacionais.

- Administração da Demanda procura descobrir e ampliar a demanda, mudá-

la ou, até mesmo, reduzi-la.

- Estabelecer relacionamentos a longo prazo.

FILOSOFIA DE MARKETING

Baseada em 5 princípios:

1. Produção – produtos acessíveis e baratos – melhorar a produção e a eficiên-

cia da distribuição.

2. Produto – produtos com qualidade, desempenho e inovação.

3. Vendas – consumidores compram muito de uma empresa quando ela des-

pende grande esforço em vendas e promoção. É praticado em: produtos de

baixa procura. Ex: Partidos Políticos, Empresas sem fins lucrativos.

A maioria das empresas pratica esse conceito quando há excesso de

produção (3x10).

4. Marketing – para atingir metas organizacionais é preciso determinar as ne-

cessidades e desejos dos mercados-alvo e proporcionar a satisfação deseja-

da, de forma mais eficiente que a de seus concorrentes.

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5. Marketing Societário – Para atingir metas organizacionais é preciso determi-

nar as necessidades e desejos dos mercados-alvo e proporcionar a satisfa-

ção desejada, de forma manter ou melhorar o bem-estar do seu cliente e da

sociedade.

Considerações subjacentes ao MKT Societário:

BREVE HISTÓRICO DO MARKETING

Apesar de encontrarmos

suas raizes ao longo da história

da humanidade, na própria

gênese do comércio o marketing

é um campo de estudo novo se

comparado com os demais

campos do saber. O estudo do

mercado surgiu da necessidade

dos industriais de administrar a

Consumidores

(Satisfação dos desejos)

Empresa

(lucro)

Sociedade

(bem-estar do homem)

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nova realidade, oriunda da Revolução Industrial que causou uma transformação de

um mercado de vendedores para um mercado de compradores. Neste estágio o

marketing ainda é inseparável da economia e da administração clássica, pois

inicialmente sua preocupação era puramente de logística e produtividade, para a

maximização dos lucros. Os consumidores não tinham qualquer poder de barganha

e a concorrência era praticamente inexistente.

Do pós-guerra aos dias de hoje

Tal realidade manteve-se inalterada até fins da Segunda Guerra Mundial

quando então, reagindo ao crescimento da concorrência, mercadólogos começaram

a teorizar sobre como atrair e lidar com seus consumidores. Surgiu então a cultura

de vender a qualquer preço. P.T. Barnum, autor de “The Science of Getting Rich” e

“The Art of Money Getting” foi um ícone deste período, cheio de truques que faziam

da arte de vender quase num espetáculo de charlatanice e que faz com que até hoje

os profissionais do mercado sejam vistos com desconfiança. Outros autores da

época são W.D. Scott, autor de The Psychology of Advertising, e H.L Hollingworth

que escreveu Advertising and Selling. As técnicas existentes baseavam-se mais na

intuição do que na prática. Eram técnicas ingênuas e/ou maliciosas que estavam

misturadas a ferramentas eficientes. Lenda e fato se misturavam, mas o mercado

não dava muito ouvido à academia.

Precursores

Nos anos 40, Robert Bartels, da Ohio

State University defendeu sua tese de

doutorado sobre a teoria do marketing, mas

até então raros eram os princípios do

Marketing estabelecidos, com exceção de

trabalhos como o de Walter Scott, sobre a

aplicação da psicologia na propaganda e o de

William J. Reilly sobre as Leis de gravitação

do varejo. A questão crucial era se as teorias

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de mercado podiam ou não se desenvolver. Autores como Roland Vaile e outros

afirmavam que nunca seria possível desenvolver uma teoria mercadológica genuína,

pois considerava esta extremamente subjetiva, quase uma forma de arte. Por outro

lado, Bartels e outros começavam a admitir que existia uma potencialidade para a

teoria mercadológica se tornar uma ciência. Em 1954, pelas mãos de Peter Drucker

ao lançar seu livro “A Prática da Administração”, o marketing é colocado como uma

força poderosa a ser considerada pelos administradores.

Filosofias de Administração de Marketing

Na maior parte das empresas, o marketing ocupava, há 50 anos, apenas um

lugar modesto no organograma, o de um serviço comercial, composto por alguns

vendedores e empregados e muitas vezes estavam subordinadas ao diretor de

produção ou diretor administrativo, mas aos poucos, essa função foi-se alargando

progressivamente e colocada no mesmo plano das outras direções de produção,

financeira e de recursos humanos.

Atualmente, pode-se ver a mesma empresa praticando diferentes filosofias de

marketing ao redor do mundo e ver empresas usando filosofias diferentes do

marketing em um mesmo mercado: orientação para produção, produto, venda,

cliente e sociedade, podendo-se identificar na evolução do marketing as seguintes

filosofias para sua administração.

1. Orientação para Produção:

A grande questão, para as empresas, era produzir e não vender. O papel do

marketing é, essencialmente, entregar produtos em locais onde possam ser

comprados.

2. Orientação para Produto:

A

T

E

N

Ç

A

O

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Considera que os consumidores preferem os produtos de melhor qualidade,

desempenho e aspectos inovadores. Portanto as organizações deveriam esforçar-se

para aprimorar seus produtos permanentemente.

3. Orientação para Vendas:

A orientação para venda significa que o propósito da empresa é vender o que

fabrica e não vender o que o mercado (o cliente) deseja, ou seja, a preocupação

com o curto prazo, não se interessando se o cliente ficou ou não satisfeito.

4. Orientação para o Cliente (conceito de marketing):

A função principal da empresa não é mais produzir e vender, mas satisfazer à

clientela, consultando-a antes de produzir qualquer coisa, via estudos de mercado e

com base nessa consulta, caso seja favorável, oferecer-lhe produtos/serviços/idéias

de qualidade e valor, para que os consumidores voltem a comprar e a falar bem da

empresa e de seus produtos.

5. Orientação para o Marketing Socialmente Responsável ou Marketing

Societal:

Sustenta que a organização deve determinar as necessidades, desejos e

interesses do mercado-alvo e então proporcionar aos clientes um valor superior de

forma a manter ou melhorar o bem-estar do cliente e da sociedade.

6. Orientação para o Marketing Holístico:

Nesta abordagem a empresa deve tentar compreender e administrar toda a

compĺexidade envolvida na gestão de marketing de uma empresa.

Década de 1960

A primeira grande mudança neste

cenário veio em 1960 por Theodore Levitt,

mais tarde intitulado o pai do marketing,

professor da Harvard Business School. Seu

artigo na revista Harvard Business Review

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entitulado "Miopia de Marketing", revelou uma série de erros de percepções, mostrou

a importância da satisfação dos clientes e transformou para sempre o mundo dos

negócios. O vender a qualquer custo deu lugar à satisfação garantida. Não é à toa

que assistiu-se logo após este período um renascimento das marcas como Coca-

Cola, Sears, Malboro, etc.

O mundo do marketing começou a borbulhar, artigos científicos foram

escritos, pesquisas feitas e dados estatisticamente relevantes traçados. Separaram-

se as estratégias eficientes dos achismos e viu-se a necessidade de um estudo sério

do mercado. Este conhecimento adquirido ficou espalhado, difuso, muitas vezes

restrito ao mundo acadêmico. Em 1967, Philip Kotler, lança a primeira edição de seu

livro "Administração de Marketing", onde pôs-se a reunir, revisar, testar e consolidar

as bases daquilo que até hoje formam o cânone do marketing

Década de 1970

Nos anos 70 destacou-se o fato de surgirem departamentos e diretorias de

marketing em todas as grandes empresas. Não se tratava mais de uma boa idéia,

mas de uma necessidade de sobrevivência. É nesta época que multiplicam-se

supermercados, shoppings centers e franchises. De fato, a contribuição do

marketing é tão notória no meio empresarial, que passa rapidamente a ser adotada

em outros setores da atividade humana. O governo, organizações civis, entidades

religiosas e partidos políticos passaram a valer-se das estratégias de marketing

adaptando-as as suas realidades e necessidades.

Década de 1980

Em 1982, o livro "Em Busca da

Excelência", de Tom Peters e Bob

Waterman inaugurou a era dos gurus

de marketing. Num golpe de sorte

editorial, produziram o livro de

marketing mais vendido de todos os

tempos, ao focarem completamente

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sua atenção para o cliente. O fenômeno dos gurus levou o marketing às massas, e

portanto as pequenas e médias empresas, e a todo o tipo de profissional. Talvez por

isso, e também por uma necessidade mercadológica o marketing passou a ser uma

preocupação direta da alta direção de todas as mega-corporações, não estando

mais restrita a uma diretoria ou departamento.

O fênomeno dos gurus entretanto é responsável pelo posterior descuido com

o rigor da investigação científica e uma tendência a modismos. Nesta época

floreceram diversos autores que logo caíram no anonimato e outros como Al Ries

por definir o conceito de posicionamento, Jay Conrad Levinson por conceituar o

marketing de guerrilha e Masaaki Imai pai do Kaizen que ganharam reconhecimento

no mundo dos negócios e reputação por suas idéias e abordagens originais.

Década de 1990

Assim como fez em muitos outros setores, o avanço tecnológico dos anos 90

teve um forte impacto no mundo do marketing. O comércio eletrônico foi uma

revolução na logística, distribuição e formas de pagamento. O CRM (Customer

Relationship Management) e o serviços de atendimento ao consumidor, entre outras

inovações, tornaram possivel uma gestão de relacionamento com os clientes em

larga escala. E como se isso não fosse o suficiente a Internet chegou como uma

nova via de comunicação. É a época do maximarketing de Stan Rapp, do maketing 1

to 1, da Peppers & Rogers Group, do aftermarketing de Terry G. Vavra e do

marketing direto de Bob Stone ou seja, caracterizou-se por uma constante busca

pela personalização em massa.

Outra tendência do período foi o fortalecimento do conceito de marketing

societal no qual tornou-se uma exigência de mercado haver uma preocupação com

o bem-estar da sociedade. A satisfação do consumidor e a opinião pública, passou a

estar diretamente ligada a participação das organizações em causas sociais, e a

responsabilidade social transformou-se numa vantagem competitiva.

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Década de 2000

A virada do milênio assistiu a segmentação da televisão a cabo, a

popularidade da telefonia celular e a democratização dos meios de comunicação

especialmente via Internet. A World Wide Web já estava madura o suficiente e nos

primeiros anos desta década surgiram uma infinidade de pesquisas e publicações

sobre webmarketing e comércio eletrônico. Mas mais do que isso, agora o cliente

não tinha apenas poder de barganha, tinha também poder de informação. Era de se

esperar que isso influenciasse a maneira com a qual os consumidores interagiam

com as empresas e entre si. A mídia

espontânea, conseguida por esforços de

Assessoria de imprensa, Relações

Públicas e Marketing Social começam a

tomar o espaço da propaganda

tradicional. O nascimento do marketing

de permissão, de Seth Godin, a

conceitualização do marketing boca-a-

boca por George Silverman e a explosão

do buzzmarketing e do marketing viral

por autores como Russell Goldsmith e

Mark Hughes também são

consequências deste fato.

Marketing- é uma forma de mostrar ao consumidor que se leva mais qualquer

coisa além do produto adquirido, concretizemos esta ideia com o caso de marketing

pessoal de David Beckham.

A imagem com que o jogador do Real Madrid aparece, vende, quer seja o

penteado ou os brincos que usa.

Quem consome as réplicas das camisolas com que ele joga, ou quem compra

uns brincos iguais aos dele, ou até mesmo que use o mesmo corte de cabelo, acaba

por ter uma satisfação acrescida, além do produto físico.

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Os motivos e as consequências de mercado das mudanças

em Marketing.

Identificar necessidades não satisfeitas, de forma a colocar no mercado pro-

dutos, serviços ou ideias que ao mesmo tempo proporcionem satisfação, gerem

bons resultados aos investidores e ajudem a melhorar a qualidade de vida das pes-

soas e da sociedade em geral.

O marketing tem influências

tanto na empresa como na sociedade.

Há aceitação geral sobre a aplicação

de técnicas de marketing dentro da

empresa para gerar satisfação nos

seus empregados. A aplicação das

técnicas de marketing na empresa ou

o marketing interno é uma realidade.

Com certeza, procurar orientar a em-

presa para os funcionários gera satis-

fação entre eles e ajuda a motivá-los.

Consequentemente, com funcionários motivados há dedicação maior por parte des-

ses indivíduos, que passam a trabalhar melhor também para os clientes da empresa.

Internamente, a aplicação do marketing poderá trazer muitos benefícios para os co-

laboradores.

O marketing na sociedade desempenha um fator de extrema importância para

todos os segmentos. Além de regular as relações econômicas de troca, com funções

de equilíbrio entre oferta e demanda, o marketing desempenha papel fundamental

nas relações de âmbito macro do mercado. A atividade junto a outros fatores ambi-

entais molda e determina comportamentos e atitudes. Assim, é possível interferir no

processo social através da influência das mídias e de todas as atividades mercado-

lógicas. Por isso, a grande importância e poder das organizações no ambiente. É

forte o aspecto ético do mercado, e o papel social do marketing está cada vez mais

sob controle da sociedade. Empresas e entidades devem, portanto, desempenhar as

suas funções comerciais com grande preocupação sobre as consequências que su-

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as atividades podem causar na sociedade. Hoje, não é apenas uma questão de éti-

ca, mas também de sobrevivência. As empresas que não cumprirem seu papel soci-

al estão fadadas ao fracasso, pois os consumidores estarão dispostos a mudar de

fornecedor.

O marketing também é uma

atividade que tem como função me-

lhorar o padrão de vida. Através de

sua orientação para os consumidores,

as empresas procuram atende-los o

melhor possível e a busca dos melho-

res produtos é uma constante nos

mercados mais competitivos. Portan-

to, os consumidores acabam lucrando

com esta competição e recebem os

produtos aperfeiçoados e ampliados

para melhor satisfazer a suas necessidades de desejos.

Os consumidores, por sua vez, têm desejos ilimitados que se renovam cons-

tantemente. A capacidade produtiva pode ser maior ou menor que a demanda. Em

qualquer situação o mercado como um todo pode sofrer consequências de faltas ou

de excessos, o que prejudica tanto os consumidores como os fornecedores. Nesse

aspecto, a função do marketing é de proporcionar equilíbrio entre os dois setores, o

produtivo e o de consumo, ajudando a não faltar ou exceder a capacidade. As em-

presas, visando ao lucro, procuram equilibrar e aperfeiçoar a oferta e a demanda. A

atividade, portanto, tem a função importante também no equilíbrio das trocas entre

as empresas e os indivíduos.

Na verdade, a importân-

cia do marketing na sociedade

é de muito fácil constatação.

Todos os indivíduos têm algu-

ma forma de influência do mar-

keting nas suas atividades diá-

rias. Ao acordar, o indivíduo

consome sabonete, creme den-

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tal, creme de barbear, xampu e uma série de outros produtos. No transporte, usa

serviços de ônibus, táxi, ou transporta-se em carro próprio, adquirido como resultado

de estratégias de marketing. Em certo sentido, a força do marketing está em toda

parte, pois na sociedade moderna tudo o que consumimos é consequência de uma

relação de troca que envolve produtos, preços, distribuição, e comunicação. Portan-

to, o papel do marketing na sociedade é permitir a vida acontecer com as suas ne-

cessidades básicas e mais conforto.

Vantagens das empresas orientadas em Marketing.

Os profissionais de marketing envolvem-se no marketing de bens, serviços,

eventos, experiências, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e

ideias.

Bens: Bens tangíveis ou produtos constituem a maior par-

te do esforço de produção e marketing da maioria dos países. A

economia dos Estados Unidos sozinha produz e comercializa a

cada ano bilhões de produtos frescos, enlatados, ensacados e

congelados, além de milhões de carros, refrigerantes, televiso-

res, máquinas e vários outros bens, que sustentam a economia

moderna. E não são só as empresas que colocam bens no mer-

cado; graças à internet, até mesmo indivíduos podem comerciali-

zar produtos eficazmente.

Serviços: à medida que as economias evoluem,

uma proporção cada vez maior de suas atividades de con-

centra na produção de serviços. A atual economia ameri-

cana consiste em um mix de 70 por cento de serviços e 30

por cento de produtos. Entre os serviços estão aqueles

prestados por empresas aéreas, hotéis, locadoras de au-

tomóveis, barbeiros, esteticistas e pessoal de manutenção

e reparo, assim como aqueles prestados por profissionais

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que trabalham em uma empresa ou para ela, como contadores, advogados, enge-

nheiros, médicos, programadores de software e consultores gerenciais. Muitas ofer-

tas ao mercado consistem em um mix variável de bens e serviços. Em um restauran-

te fast-food, por exemplo, o cliente adquire tanto um produto como um serviço.

Eventos: Em determinados perío-

dos, empresas promovem eventos como

grandes feiras setoriais, espetáculos artís-

ticos e comemorações de aniversários.

Eventos esportivos globais como os Jogos

Olímpicos e a Copa do Mundo são promo-

vidos agressivamente tanto para empresas

como para o público-alvo desses eventos.

Há toda uma categoria de profissionais envolvidos que se encarregam de planejar

reuniões e elaborar detalhes de um evento, a fim de se certificar de que eu tudo sai-

rá conforme o planejado.

Experiências: Orquestrando diversos

serviços e mercadorias, é possível criar,

apresentar e comercializar experiências. O

Magic Kingdom da Walt Disney representa o

marketing de experiência: os clientes visitam

um reino de conto de fadas, um navio pirata

e uma casa mal assombrada. O mesmo

acontece no Hard Rock Café, onde os clien-

tes podem apreciar uma boa refeição ou ver

uma banda em um show ao vivo. Há também

mercado para experiências customizadas,

como passar uma semana em um centro de treinamento de beisebol, jogando com

grandes craques veteranos, reger a Orquestra Sinfônica de Chicago por cinco minu-

tos ou escalar o monte Everest.

Pessoas: O marketing de celebridades tornou-se um negócio importante. Ho-

je, toda estrela de cinema tem um agente, um empresário e ligações com uma

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agência de relações públicas. Artistas, músicos, presidentes de empresas, médicos,

advogados e financistas bem sucedidos, entre outros profissionais, estão buscando

a ajuda de empresas de marketing de celebridades. Algumas pessoas são particu-

larmente hábeis em fazer seu marketing pessoal – pense em Madonna, Rolling Sto-

nes e Michael Jordan. O consultor Tom Peters, ele próprio um mestre do marketing

pessoal, aconselha as pessoas a se tornarem uma marca.

Lugares: Lugares – cidades, estados, regiões e países inteiros – competem

avidamente para atrair turistas, fábricas, sedes de empresas e novos moradores.

Entre os profissionais de marketing de lugares estão especialistas em desenvolvi-

mento econômico, agentes imobiliários, bancos comerciais, associações de negó-

cios locais e agências de publicidade e de relações públicas. Para alimentar suas

indústrias de alta tecnologia e favorecer o empreendedorismo, cidades como Indi-

anápolis, Charlotte e Raleigh-Durham seduzem ativamente pessoas de 20 a 29 anos

por meio de propaganda, relações públicas e outras comunicações. Louisville, no

Kentucky, gasta anualmente um milhão de dólares em e-mails, eventos e aborda-

gens de networking para convencer pessoas de 20 a 30 anos da qualidade de vida e

de outras vantagens da cidade.

Propriedades: Propriedades são direitos intangíveis de posse, tanto de imó-

veis como de bens financeiros (ações e títulos). Direitos de propriedade são com-

prados e vendidos, e isso leva a um esforço de marketing. Imobiliárias trabalham

para proprietários de imóveis ou para quem as procura para comprar e vender imó-

veis residenciais ou comerciais. Já

as instituições de investimento e

bancárias estão envolvidas no mar-

keting de produtos e serviços finan-

ceiros, para pessoas tanto físicas

como jurídicas.

Organizações: As organiza-

ções trabalham sistematicamente

para construir uma imagem sólida e

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positiva na mente do seu público-alvo. Para tanto, investem em propaganda de iden-

tidade corporativa. A empresa holandesa de produtos eletrônicos Philips coloca em

seus anúncios o slogan “Vamos fazer as coisas ficarem melhores”. No Reino Unido,

o programa de marketing da Tesco, “Um pouquinho já ajuda”, levou-o à posição de

principal rede de supermercados do país. Universidades, museus, grupos de teatro e

organizações sem fins lucrativos usam o marketing para melhorar sua imagem públi-

ca e competir por público e recursos.

Informações: Informações podem ser produzidas e comercializadas como

um produto. É essencialmente isso que as escolas e universidades produzem e dis-

tribuem, mediante um preço, aos pais, aos alunos e à comunidades. Enciclopédias e

grande parte dos livros de não ficção vendem informações. Revistas também ven-

dem informações, normalmente de forma segmentada. A produção, a embalagem e

a distribuição de informações constituem um dos principais setores econômicos da

sociedade de hoje. Até mesmo empresas que comercializam produtos físicos tentam

agregar valor pelo uso da informação. O presidente da Siemens Medical Systems,

Tom McCausland, por exemplo, disse: “Nosso produto não é necessariamente um

aparelho de raios X ou de ressonância magnética, mas sim de informação. Nosso

negócio é, na verdade, tecnologia de informação para a saúde, e nosso produto final

é, na verdade, um registro eletrônico do paciente: informações sobre exames labora-

toriais, patologia e medicamentos, assim como registro de voz”.

Ideias: Toda oferta de

marketing traz em sua essência

uma ideia básica. Charles Re-

vson, da Revlon, observou: “Na

fábrica fazemos cosméticos;

nas lojas vendemos esperan-

ça”. Produtos e serviços são

plataformas para a entrega de

algum conceito ou benefício.

Os profissionais de marketing

social estão sempre às voltas

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com a promoção de ideias como “a vida em primeiro lugar”.

Aplicações do Marketing

Nesse tópico serão abordadas as várias aplicações do marketing, que surgem

a partir da evolução das práticas empresariais e da dinâmica econômica, social, cul-

tural, política e tecnológica mundial.

Marketing direto – Surgido na década de 1960 e praticado por grandes lojas

americanas, consistia na oferta de produtos por meio do envio de catálogos impres-

sos pelo correio, para milhões de domicílios de clientes ou clientes potenciais. Sen-

do inicialmente uma estratégia de comunicação direta com o cliente, evoluiu para

uma estratégia de comunicação e comercialização de produtos e serviços com o

cliente, sem intermediação de meios ou canais de terceiros.

Marketing de relaciona-

mento – É um conceito surgido na

década de 1990 como uma evolu-

ção do marketing direto, motivado

por pesquisas que indicavam que

conquistar um novo cliente custava,

em média, cinco vezes mais que

reter um cliente. É definido como

uma estratégia que visa construir

uma relação duradoura com o cli-

ente baseada em confiança, colaboração, compromisso, parceria, investimentos e

benefícios mútuos, resultando na otimização do retorno para a empresa e seus cli-

entes.

Marketing de fidelização ou retenção – É o primeiro nível do marketing de

relacionamento. É definido como a estratégia para fidelizar ou reter o cliente por

meio de ações integradas, sistemáticas e contínuas de comunicação e promoção,

gerando frequência e repetição de compra por parte dos clientes e recompensando-

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os por isso. É a estratégia mais adequada para avaliar e reter segmentos de clientes

selecionados, cujo potencial de negócios poderá ou não evoluir com o tempo. O

marketing de fidelização tem sido bastante utilizado por administradoras de cartão

de crédito (programas de prêmios por frequência de compras) e por companhias aé-

reas (programas de milhagens).

Marketing um a um ou individualizado – É o estágio mais avançado do

marketing de relacionamento, em que cada cliente é tratado individualmente e a

oferta da empresa é totalmente customizada para o cliente. Nesse caso, a empresa

e o cliente adotam políticas de colaboração que resultam, por exemplo, em investi-

mentos conjuntos em tecnologia e desenvolvimento de produtor. A evolução da in-

formática tem contribuído para a implementação eficaz dessas estratégias. Nesse

sentido, no final da década de 1990, surgiram os sistemas de Customer Relationship

Management (CRM), ou gerenciamento do relacionamento com o cliente, para otimi-

zar a gestão integrada do relacionamento com os clientes.

Marketing de transação – é a realização de uma venda como transação úni-

ca, sem perspectiva de continuidade. É, tradicionalmente, o modo de venda dos

produtos padronizados, de baixo preço e consumo imediato, como a pipoca ou o

refrigerante vendido por ambulantes na rua.

Marketing pessoal – É a aplicação do

composto de marketing para gerar interesse,

atenção e preferência com relação a uma

determinada pessoa. O marketing pessoal é

geralmente adotado por políticos, artistas,

esportistas e outros profissionais cuja ativida-

de pressuponha grande projeção e reconhe-

cimento popular, ou que, por interesse pes-

soal, desejem se tornar celebridade.

Marketing social – É dirigido para organizações sem fins lucrativos, organis-

mos e causas sociais. Cada vez mais, as empresas reconhecem seu papel social e

aplicam recursos em programas voltados para as comunidades carentes ou causas

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sociais, como preservação do meio ambiente, desenvolvimento dos esportes, das

artes e da cultura, educação e saneamento.

Marketing Institucional – são as ações de marketing direcionadas para a

criação de uma imagem favorável e preferência para uma determinada organização

ou empresa. A imagem da empresa, juntamente com a dos produtos, são importan-

tes fatores que influenciam a decisão de compra dos clientes. Partindo dessas pre-

missa, muitas empresas realizam investimentos em atividades como propaganda e

relações públicas, que projetam a imagem da empresa junto ao público-alvo, visan-

do criar atitude favorável, credibilidade e preferência.

Marketing internacional – ë a aplicação do composto de marketing para de-

senvolver oportunidades de negócios nos mercados externos ao de origem da em-

presa. As empresas multinacionais e, mais recentemente, as brasileiras implemen-

tam estratégias de introdução e expansão no mercado mundial como meio de acele-

rar o crescimento, neutralizar a concorrência e ganhar economias de escala.

Marketing interativo – É o conceito que expressa o conjunto de ações de

marketing direcionadas a criar uma interação

entre o cliente e a empresa, em que o cliente

tem um papel ativo, possibilitando a persona-

lização e a customização de produtos e ser-

viços. No início, o marketing interativo era

praticado por empresas ou profissionais de

serviços, como consultorias e escolas, ou por

empresas de marketing direto. Posteriormen-

te, a interatividade foi sendo ampliada por

meio das áreas de atendimento aos clientes,

telemarketing e call centers, que atendem às reclamações dos clientes e ouvem as

suas sugestões.

Marketing digital ou web marketing – Conceito que expressa o conjunto de

ações de marketing intermediadas por canais eletrônicos como a internet, em que o

cliente controla a quantidade e o tipo de informação recebida. A expectativa é que o

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marketing pela internet e, principalmente, o comércio eletrônico, venha a se tornar

uma estratégia competitiva primordial e amplamente adotada pelas empresas.

Marketing religioso - Se-

gundo Vaz (2003, p 176) “marketing

religioso é uma expressão que vem

sendo empregada quando as igre-

jas buscam usar técnicas mercado-

lógicas para fazer a sua pregação

ideológica”. O autor acrescenta que

são duas as formas de aproveita-

mento do marketing por parte das

instituições religiosas. A primeira

refere-se a adoção de conceitos e

técnicas para atingir, manter e au-

mentar o número de fiéis, além de possibilitar uma mais significativa arrecadação de

recursos financeiros. A segunda forma refere-se a aplicação do marketing para a

divulgação dos princípios doutrinários, das ideias, das crenças, que passam a ser

tratados mercadologicamente como produtos.

Marketing político - Dentro das novas abordagens mercadológicas, surge a

partir das primeiras eleições diretas, após a queda da ditadura militar, a utilização

dos princípios de Marketing dentro do contexto político brasileiro, pois devido à con-

corrência eleitoral, os candidatos a cargos públicos começaram a buscar nas estra-

tégias mercadológicas uma melhor performance nas campanhas eleitorais. Dentro

dessa realidade, o candidato, não é mais aquele que busca através de seus adjeti-

vos conquistar os eleitores, e sim, aquele que acompanha as tendências do merca-

do, orientando as informações de acordo com sua visão e ambição política.

Marketing esportivo - A expressão “Marketing Esportivo” surgiu frente à ne-

cessidade de descrever as ações que algumas empresas estavam utilizando para

promoverem seus produtos e serviços por meio do esporte. O Marketing Esportivo

consiste em todas as atividades designadas a encontrar as necessidades e desejos

dos consumidores de esporte através do processo de troca. O esporte vem sendo

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usado para lançar novos produtos, aumentar a empatia do consumidor em relação a

uma empresa e até mesmo para minar a liderança regional de uma marca. No prin-

cípio os objetivos eram apenas institucionais. À medida que os resultados da estra-

tégia foram aparecendo através do fortalecimento da imagem da empresa, novos

caminhos vêm sendo descobertos.

Marketing ecológico - A con-

cepção de marketing ecológico ou

Ecomarketing começou a aparecer

nos anos setenta, quando a AMA -

American Marketing Association -

realizou um workshop com a inten-

ção de discutir o impacto do marke-

ting sobre o meio ambiente. A partir

deste encontro vários autores come-

çaram a conceituar o que séria o

marketing verde. O marketing ambiental também foi discutido por Kotler que o defi-

niu como sendo: "um movimento das empresas para criarem e colocarem no merca-

do produtos ambientalmente responsáveis em relação ao meio ambiente.” O marke-

ting ecológico consiste, portanto, na prática de todas aquelas atividades inerentes ao

marketing, porém, incorporando a preocupação ambiental e contribuindo para a

conscientização ambiental por parte do mercado consumidor.

Marketing cultural - É toda ação de marketing que usa a cultura como veícu-

lo de comunicação para se difundir o nome, produto ou fixar imagem de uma empre-

sa patrocinadora. Para se fazer marketing cultural não há fórmula fechada, pois há

variáveis que, conforme combinadas, podem resultar numa excelente ação de mar-

keting. O que manda é a criatividade para atingir o público alvo de forma a atender

os objetivos de comunicação da empresa com os recursos disponíveis.

O EMPREENDEDOR E O PLANO DE NEGÓCIO

Cada empreendimento tem características específicas, determinadas por su-

as peculiaridades e seu inter-relacionamento com o mercado. A sua estrutura deve

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ser adequada à estratégia traçada para o negócio. Nestas circunstâncias, cada ne-

gócio tem o modelo mais apropriado à sua realidade, de tal forma que permita o seu

melhor desempenho.

A importância do Plano de Negócio afirmando que o principal problema dos

empreendedores brasileiros é a falta de planejamento: “Nada substitui a visão e o

planejamento. O plano de negócios é uma excelente arma para prosperar nos negó-

cios.”

Definição de Plano de Negocio

...“uma ferramenta com a finalidade de planejar o negócio e orientar o em-

preendedor sobre o mesmo, pois muitos deles têm dificuldades de implementar

uma ideia nova ou uma mudança [...] um dos motivos que mantém a estagnação é

a falta de visão ordenada do que precisa ser feito, e uma orientação que determine

passo- a- passo o que é necessário fazer e que antecipe supostas complicações,

torna o processo menos arriscado. Tornar mais nítido o caminho que leva ao al-

cance do objetivo é o principal motivo de se fazer um plano de negócios. (Dornelas,

2001)

Assim sendo o plano de negócio é caracterizado como uma ferramenta com

propósito de validar uma ideia de um novo produto ou serviço, orientar a implanta-

ção de um negócio, promover a identificação e sensibilização de potenciais parcei-

ros, servir de referencial para acompanhamento e avaliação de objetivos traçados

e, ainda, ser um importante instrumento de captação de recursos para viabilização

do empreendimento.

A taxa de mortalidade das empresas ainda nos primeiros anos de existência é

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bastante elevada, cerca de 90% no Brasil. As causas podem ser atribuídas, em

grande parte, ao lançamento prematuro do novo serviço ou produto no mercado, ou

seja, sem um planejamento que fundamente seu lançamento. Tal índice poderia ser

reduzido se as empresas e o próprio empreendedor não subestimassem a importân-

cia de se preparar um plano de negócio, pois ao redigi-lo o empreendedor é condu-

zido a examinar de forma minuciosa cada elemento do empreendimento.

A falta de planejamento pode levar à mortalidade da empresa justamente por

não sinalizar algumas falhas que podem ocorrer durante sua atuação, como: falta de

experiência gerencial do empreendedor, falta de capital inicial para abrir o negócio,

falta de capital de giro, falta de clientes potenciais, falta de fornecedores, localização

geográfica errada, expansão inadequada, excesso de capital em ativos fixos, difícil

obtenção de crédito, uso de grande parte de recursos particulares, entre outras.

A importância do plano de negócio se justifica e se torna uma ferramenta in-

dispensável tanto na abertura de novos negócios quanto na análise e diagnóstico de

empresa já em andamento. É um instrumento essencial, utilizado para diminuir ris-

cos e para que o empreendedor tenha capacidade de estimar o sucesso de sua em-

presa, mas também pode dar indícios ou evidências de que o empreendimento é

irreal: [...] ”que existem obstáculos jurídicos ou legais intransponíveis, que os riscos

são incontroláveis ou que a rentabilidade é aleatória ou insuficiente para garantir a

sobrevivência da empresa ou do novo negócio”. Sua elaboração não garante a eli-

minação total dos riscos e nem mesmo o sucesso da empresa, mas evita que muitos

erros sejam cometidos pela falta de análise.

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A IMPORTÂNCIA DO PLANO DE NEGÓCIOS

O plano de negócios é uma ferramenta que pode e deve ser usada por

todo e qualquer empreendedor, que queira transformar seu sonho em realidade,

seguindo o caminho lógico e racional que se espera de um bom administrador.

É uma ferramenta para o empreendedor expor suas ideias em uma lin-

guagem, que os leitores do plano de negócios entendam e, principalmente, que

mostre a viabilidade e probabilidade de sucesso em seu mercado.

O plano de negócios é uma ferramenta que pode ser aplicada tanto no

lançamento de novos empreendimentos quanto no planejamento de empresas ma-

duras.

A maioria dos planos de negócios resumem-se em textos editados so-

bre um modelo predeterminado e que não convencem ao próprio empreendedor;

por isso, falham, o que leva muitos a pensar que o plano de negócios não serve pa-

ra nada ou não é uma ferramentas eficiente. Geralmente são escritos como parte

dos requisitos de aprovação de um empréstimo, ingresso em uma incubadora de

empresas, solicitação de bolsas ou recursos financeiros de órgão do Governo. Cos-

tumam ser feitos apenas para esses fins, as pressas, sem muita fundamentação

ou, recheados de números mágicos.

Como esperar que convençam a um investidor, bancos, potenciais par-

ceiros, fornecedores, à própria empresa internamente, esses que são, geral-

mente, os públicos-alvo de um plano de negócio?

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É preciso ter em mente que essa ferramenta dever ser o cartão de visitas do

empreendedor, mas também pode ser seu cartão de desqualificação. “As oportuni-

dades são únicas e não podem ser desperdiçadas”

“o conceito básico do plano de negócios é o Pla-

nejamento”

O Plano de negócios, é uma ferramenta dinâmica, que deve ser atuali-

zada constantemente, pois o ato de planejar é dinâmico e corresponde a um proces-

so cíclico.

O plano de negócios será para o empresário um guia, o qual mostrará o situ-

ação atual da empresa e onde ela quer chegar no futuro.

O QUÊ É UM PLANO DE NEGÓCIOS

É documento usado para descrever um empreendimento e o modelo de ne-

gócio que sustenta a empresa. A elaboração do plano deve envolver um processo

de aprendizagem e autoconhecimento, a ainda permitir ao empreendedor situar-se

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no seu ambiente de negócios. As seções que compõem um plano de negócios ge-

ralmente são padronizadas para facilitar o entendimento. Cada uma das seções do

plano tem um propósito específico.

Um plano de negócios para uma empresa pode ser menor que o de uma

grande organização, não ultrapassando talvez dez a quinze páginas. Muitas seções

podem ser mais curtas que outras e até ser menor que uma única página de papel.

Mas para chegar ao formato final geralmente são feitas muitas versões e revisões

até que esteja adequado ao público-alvo. Os aspectos chave que sempre devem ser

focados em qualquer plano de negócio são os seguintes (Bangs, 1998).

1. Em que negócio você esta?

2. O que você (realmente) vende?

3. Qual é o seu mercado-alvo?

POR QUE ESCREVER UMA PLANO DE NEGÓCIOS?

Em primeiro lugar uma empresa deverá lucrar mais, na média, se dispor de

uma planejamento adequado.

“ uma pesquisa realizada com ex-alunos de administração da Harvard Busi-

ness School, nos Estados Unidos, concluiu que o plano de negócios aumenta em

60% a probabilidade de sucesso dos negócios”

Através do plano de negócio é possível:

- Entender e estabelecer diretrizes para o seu negócio.

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- Gerenciar de forma mais eficaz a empresa e tomar decisões acertadas

- monitorar o dia-a-dia da empresa e tomar ações corretivas quando necessá-

rio

- conseguir financiamentos e recursos junto a bancos, governo, Sebrae, in-

vestidores, capitalista de risco etc.

- Identificar oportunidades e transformá-las em diferencial competitivo para a

empresa.

- estabelecer uma comunicação interna eficaz na empresa e convencer o pú-

blico externo (fornecedores, parceiros, clientes, bancos, investidores, associações,

etc.)

E porque muitos deixam de escrever um plano de negócios?

Algumas respostas segundo (Bangs,1998)

- “Eu não necessito de um”

- “Eu tenho um em minha cabeça”

- “Eu não sei como começar”

- “Eu não tenho tempo”

- “ Eu não sou bom com números”

- “Eu tenho mais do que o suficiente $ $ $ e não preciso disso, pois já te-

nho sucesso”

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A QUEM SE DESTINA O PLANO DE NEGÓCIOS

Vários são os públicos-alvo de um plano de negócios.(Pavan et al, 1997) cita:

-Mantenedores de incubadoras (Sebrae, universidades, prefeituras, gover-

no, associações, etc): para outorgar financiamentos a estas.

- Parceiros: para definição de estratégias e discussão de formas de intera-

ção entre as partes.

-Bancos: para outorgar financiamentos para equipamentos, capital de giro,

imóveis, expansão da empresa etc.

- Investidores: empresas de capital de risco, pessoas jurídicas, bancos de

investimento, angels, BNDES, governo etc.

- Fornecedores: para negociação na compra de mercadorias, matéria-prima

e formas de pagamento.

- A empresa internamente: para comunicação da gerência com o conselho

da administração e com os empregados (efetivos e em fase de contratação)

- O clientes para venda do produto e/ ou serviço e publicidade da empresa

- Sócios: para convencimento em participar do empreendimento e formali-

zação da sociedade.

A ELABORAÇÃO DO PLANO DE NEGÓCIO

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Sumário Executivo

O que é e como fazer

O sumário executivo é um resumo do PLANO DE NEGÓCIO. Não se trata de

uma introdução ou justificativa e, sim, de um sumário contendo seus pontos mais

importantes. Nele irá constar:

Resumo dos principais pontos do plano de negócio;

Dados dos empreendedores, experiência profissional e atribuições;

Dados do empreendimento;

Missão da empresa;

Setores de atividades;

Forma jurídica;

Enquadramento tributário;

Capital social;

Fonte de recursos.

Fique Embora o sumário executivo compreenda a primeira parte do plano, ele só

deve ser elaborado após a conclusão do mesmo. Ao ser lido por interessados, ele

deverá deixar clara a ideia e a viabilidade de sua implantação. Informações mais

detalhadas virão nas partes seguintes.

Resumo dos principais pontos do plano de negócio

O que é e como fazer

Ao descrever o plano, faça um breve relato com suas principais característi-

cas. Procure mencionar:

o que é o negócio;

quais os principais produtos e/ou serviços;

quem serão seus principais clientes;

onde será localizada a empresa;

o montante de capital a ser investido;

qual será o faturamento mensal;

que lucro espera obter do negócio;

em quanto tempo espera que o capital investido retorne.

Dados dos empreendedores, experiência profissional e atribuições

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O que é e como fazer

Aqui você irá informar os dados dos responsáveis pela administração do ne-

gócio. Faça também uma breve apresentação de seu perfil, destacando seus conhe-

cimentos, habilidades e experiências anteriores. Pense em como será possível utili-

zar isso a favor do seu empreendimento.

Dados do empreendimento

O que é e como fazer

Nesta etapa, você irá informar o nome da empresa e o número de inscrição

no CNPJ – Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas – se a mesma já estiver regis-

trada. Caso contrário, indique o número do seu CPF.

Hora de praticar

Missão da empresa

O que é e como fazer

A missão da empresa é o papel que ela desempenha em sua área de atua-

ção. É a razão de sua existência hoje e representa o seu ponto de partida, pois iden-

tifica e dá rumo ao negócio. Para definir a missão, procure responder às seguintes

perguntas:

Qual é o seu negócio?

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Quem é o consumidor?

O que é valor para o consumidor?

O que é importante para os empregados, fornecedores, sócios, comunidade,

etc.

Veja alguns exemplos de missão:

Empresa de alimentos. Servir alimentos saborosos e de qualidade com rapidez e

simpatia, em um ambiente limpo e agradável.

Locadora de veículos. Oferecer soluções em transporte, por meio do aluguel de

carros, buscando a excelência.

Hospital. Promover a melhoria da qualidade de vida e satisfação das pessoas, pra-

ticando a melhor medicina, por meio de uma organização hospitalar autossustentá-

vel.

Setores de atividade

O que é e como fazer

Defina qual é o negócio de sua empresa e, em seguida, assinale em qual(is)

setor(es) sua empresa pretende atuar. Para ajudá-lo, leia a seguir as explicações

sobre os principais setores da economia.

Agropecuária

São os negócios cuja atividade principal diz respeito ao cultivo do solo para a

produção de vegetais (legumes, hortaliças, sementes, frutos, cereais, etc.) e/ou a

criação e tratamento de animais (bovino, suíno, etc.). Exemplos: plantio de pimenta,

cultivo de laranja, apicultura, criação de peixes ou cabras.

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Indústria

São as empresas que transformam matérias-primas em produtos acabados,

com auxílio de máquinas ou manualmente. Abrange desde o artesanato até a mo-

derna produção de instrumentos eletrônicos. Exemplos: fábrica de móveis, confec-

ção de roupas, marcenaria.

Comércio

São as empresas que vendem mercadorias diretamente ao consumidor – no

caso do comércio varejista – ou aquelas que compram do fabricante para vender

para o varejo – comércio atacadista. Exemplos: papelaria, lanchonete, loja de rou-

pas, distribuidora de bebidas.

Prestação de serviços

São as empresas cujas atividades não resultam na entrega de mercadorias e,

sim, no oferecimento do próprio trabalho ao consumidor. Exemplos: lavanderia, ofi-

cina mecânica, escola infantil.

Forma jurídica

O primeiro passo para que uma empresa exista é a sua CONSTITUIÇÃO for-

mal. Para tanto, é necessário definir sua forma jurídica. A forma jurídica determina a

maneira pela qual ela será tratada pela lei, assim como o seu relacionamento jurídi-

co com terceiros. A seguir, você encontrará informações básicas sobre as formas

jurídicas mais comuns para micro e pequenas empresas:

Sociedade Limitada

Nesse tipo de empresa duas ou mais pessoas associam-se para a criação de

uma pessoa jurídica, com existência e patrimônio distintos da pessoa física dos só-

cios. Quem exerce a atividade empresarial é a sociedade (representada pelos seus

administradores), e quem responde pelas dívidas contraídas é o patrimônio da soci-

edade. Em síntese, a responsabilidade dos sócios é limitada.

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Mas cuidado! Havendo indícios de abuso ou confusão patrimonial, a persona-

lidade jurídica pode ser desconsiderada, respondendo então os sócios e administra-

dores pelos débitos.

Empresário

É aquele que exerce individualmente e de maneira organizada atividades vol-

tadas para a produção ou comercialização de bens e serviços, sendo obrigatório seu

registro na Junta Comercial. Não há a presença de sócios e o proprietário assume

integralmente a responsabilidade pelos resultados e riscos. Nesse tipo de empresa,

o dono responsabiliza-se pelas obrigações da empresa, que são ILIMITADAS, isto

é, o patrimônio pessoal pode ser exigido para o pagamento de certas dívidas, como

por exemplo: débitos trabalhistas, com fornecedores, tributos, danos ao consumidor,

danos ambientais, etc.

Enquadramento tributário

O que é e como fazer

Basicamente, a pequena empresa pode adotar três formas diferentes para o

cálculo e o recolhimento dos impostos junto ao Governo Federal: o EMPREENDE-

DOR INDIVIDUAL, o REGIME NORMAL ou o SIMPLES NACIONAL.

O Empreendedor Individual é o empresário individual com receita bruta ano

de até R$36.000,00, que tenha um empregado que ganhe salário mínimo ou o salá-

rio mínimo da respectiva categoria profissional e não possua mais de um estabele-

cimento nem participe de outra empresa como titular, sócio ou administrador. Nessa

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modalidade, o recolhimento dos impostos e contribuições é feito em valores fixos

mensais.

O SIMPLES é destinado às empresas que – com possibilidade de enquadra-

mento – se beneficiarão da redução e simplificação de tributos, além do recolhimen-

to de um imposto único. O enquadramento no SIMPLES está sujeito à aprovação da

Receita Federal e leva em consideração a atividade e a estimativa de faturamento.

Já no Regime Normal as empresas recolhem os impostos da forma convencional,

cumprindo todos os requisitos previstos em lei para cada imposto.

Além dos tributos federais, no Regime Normal podem ser devidos impostos e

contribuições para o Governo Estadual (ICMS) e Municipal (ISS).

Capital Social

O que é e como fazer

O capital social é representado por todos os recursos (dinheiro, equipamen-

tos, ferramentas, etc.) colocado(s) pelo(s) proprietário(s) para a montagem do negó-

cio. Mais adiante, ao elaborar o plano financeiro do seu empreendimento, você sa-

berá o total do capital a ser aplicado.

Caso você escolha ter uma sociedade, será preciso determinar o valor do ca-

pital que cada sócio irá investir e o seu percentual.

Fonte de recursos

O que é e com o fazer

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Aqui você irá determinar de que maneira serão obtidos os recursos para a im-

plantação da empresa. Para o início das atividades, você pode contar com recursos

próprios, de terceiros ou com ambos.

Recursos próprios envolvem a aplicação por parte do(s) proprietário(s) do ca-

pital necessário para a abertura da empresa, já a utilização de recursos de terceiros

compreende a busca de investidores ou de empréstimos junto a instituições financei-

ras.

Análise de Mercado

Estudo dos clientes

O que é e como fa

zer

Esta é uma das etapas mais importantes da elaboração do seu plano. Afinal,

sem clientes não há negócios. Os clientes não compram apenas produtos, mas so-

luções para algo que precisam ou desejam. Você pode identificar essas soluções se

conhecê-los melhor. Para isso, responda às perguntas e siga os passos a seguir:

1º passo: identificando as características gerais dos clientes.

Se pessoas físicas

Qual a faixa etária?

Na maioria são homens ou mulheres?

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Têm família grande ou pequena?

Qual é o seu trabalho?

Quanto ganham?

Qual é a sua escolaridade?

Onde moram?

Se pessoas jurídicas (outras empresas)

Em que ramo atuam?

Que tipo de produtos ou serviços oferecem?

Quantos empregados possuem?

Há quanto tempo estão no mercado?

Possuem filial? Onde?

Qual a sua capacidade de pagamento?

Têm uma boa imagem no mercado?

2º passo: identificando os interesses e comportamentos dos clientes.

Que quantidade e com qual frequência compram esse tipo de produto

ou serviço?

Onde costumam comprar?

Que preço pagam atualmente por esse produto ou serviço similar?

3º passo: identificando o que leva essas pessoas a comprar.

O preço?

A qualidade dos produtos e/ou serviços?

A marca?

O prazo de entrega?

O prazo de pagamento?

O atendimento da empresa?

4º passo: identificando onde estão os seus clientes.

Qual o tamanho do mercado em que você irá atuar?

É apenas sua rua?

O seu bairro?

Sua cidade?

Todo o Estado?

O País todo ou outros países?

Seus clientes encontrarão sua empresa com facilidade?

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Estudo dos concorrentes

O que é e como fazer

Você pode aprender lições importantes observando a atuação da concorrên-

cia. Procure identificar quem são seus principais concorrentes. A partir daí, visite-os

e examine suas boas práticas e deficiências.

Lembre-se de que concorrentes são aquelas empresas que atuam no mesmo

ramo de atividade que você e que buscam satisfazer as necessidades dos seus cli-

entes. que de olho

Lembre-se: a concorrência também deve ser vista como uma situação favorá-

vel. Bons concorrentes servem como parâmetro de comparação e de parceria, além

de ser uma fonte de estímulo à melhoria.

Estudo dos fornecedores

O que é e

como fazer

O mercado fornecedor compreende todas as pessoas e empresas que irão

fornecer as matérias-primas e equipamentos utilizados para a fabricação ou venda

de bens e serviços. Inicie o estudo dos fornecedores levantando quem serão seus

fornecedores de equipamentos, ferramentas, móveis, utensílios, matérias-primas,

embalagens, mercadorias e serviços.

Relações de fornecedores podem ser encontradas em catálogos telefônicos e

de feiras, sindicatos e no próprio SEBRAE. Outra fonte rica de informações é a In-

ternet.

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Mantenha um cadastro atualizado desses fornecedores. Pesquise, pessoal-

mente ou por telefone, questões como: preço, qualidade, condições de pagamento e

o prazo médio de entrega. Essas informações serão úteis para determinar o investi-

mento inicial e as despesas do negócio.

Preenchendo o quadro de estudo dos fornecedores, você terá uma melhor vi-

são de quem são e de como atuam seus fornecedores.

Fique de olho: olho

Analise pelo menos três empresas para cada artigo necessário;

Mesmo escolhendo um entre vários fornecedores, é importante manter

contato com todos, ou pelo menos com os principais, pois não é possí-

vel prever quando um fornecedor enfrentará dificuldades;

Ao adquirir matérias-primas, insumos ou mercadorias faça um estudo

de verificação da capacidade técnica dos fornecedores. Todo fornece-

dor deve ser capaz de suprir o material ou as mercadorias desejadas,

na qualidade exigida, dentro do prazo estipulado e com o preço combi-

nado;

A tomada e a comparação de preços facilitam a coleta de informações

sobre aquilo que se deseja adquirir, aumentando as chances de se to-

mar decisões mais acertadas;

Verifique se é exigida quantidade mínima de compra e lembre-se de

evitar intermediários, sempre que possível.

Documentação necessária ao empreendedor

Obtenção de alvará de funcionamento definitivo

No momento da formalização o Empreendedor Individual poderá emitir um al-

vará provisório para o funcionamento do negócio com validade de 90 dias, após a

formalização deverá ser solicitado na prefeitura o alvará definitivo, que terá o prazo

de 180 dias para emissão e entrega. Na capital é possível emitir o alvará através do

site portal7.pbh.gov.br/alfi, informando o número da consulta prévia aprovada e o

CNPJ de sua empresa (CARTILHA SEBRAE 2012).

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Todos os estabelecimentos estarão sujeitos a algumas fiscalizações, portanto

é importante ficar atento ao prazo de validade dos alvarás e sempre manter em lo-

cais visíveis. Geralmente alguns dos órgãos mais comuns que mantêm e fiscalizam

constante são: Prefeitura que fiscaliza o alvará de funcionamento; Corpo de bombei-

ros que realiza a auto vistoria do Corpo de Bombeiro (AVCB); e a Vigilância Sanitá-

ria que é responsável pelo alvará sanitária, sendo necessário para empresas que

trabalhem, por exemplo, com alimentos, medicamentos, produtos de limpeza, cos-

méticos e agrotóxicos (CARTILHA SEBRAE 2012).

Qualquer dúvida quanto à liberação do alvará deverá ser consultada

mediante a prefeitura responsável pela região onde se tenha realizado a formaliza-

ção, esta consulta é gratuita e garantirá ao empreendedor mais segurança.

Como obter a inscrição Municipal e Estadual

Toda e qualquer empresa formalizada deve possuir, assim como o Cadastro

Nacional da Pessoa Jurídica o CNPJ, as inscrições municipal e/ou estadual. É atra-

vés dessas inscrições que a prefeitura e a fazenda estadual controlam o funciona-

mento da empresa e os impostos que são gerados por ela. Sendo a inscrição muni-

cipal é emitida pela Prefeitura; a inscrição estadual é emitida pela Secretaria Esta-

dual da Fazenda (CARTILHA SEBRAE 2012).

O Empreendedor Individual poderá ter um funcionário de carteira assinada,

caso esse seja o seu desejo. Durante a contratação é indicado que o empreendedor

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procure um contador para que a rotina que envolve os recolhimentos e obrigações

seja feita de acordo as exigências, como por exemplo, dependendo do ramo de ati-

vidade haverá convenção coletiva de trabalho e outros benéficos estipulados por lei.

Caso o empreendedor contrate um funcionário é necessário que esta contra-

tação seja formalizada, sendo assim deverá ser solicitado ao funcionário a apresen-

tação de alguns documentos, que contribuirá na identificação e no cumprimento das

obrigações trabalhistas. Segue abaixo alguns considerados mais importantes (CAR-

TILHA SEBRAE 2012):

Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS);

Título de eleitor, para os maiores de 18 de anos; opcional para maiores

de 16 anos e menores de 18 anos;

Certificado de reservista ou de alistamento militar, para os empregados

brasileiros do sexo masculino com idade entre 18 e 45 anos;

Certidão de nascimento ou casamento;

Registro Geral - RG ou Registro de Identidade Civil - RIC;

Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);

Documento de Inscrição no PIS/PASEP (DIPIS), ou anotação corres-

pondente na CTPS. (Caso o empregado não seja inscrito no PIS é responsabilidade

da empresa inscrevê-lo);

Cópia da certidão de nascimento de filhos menores de 14 anos, para

fins de recebimento de salário-família;

Cartão da Criança, que, a partir de 01/07/91, substitui a carteira de va-

cinação. Deve ser apresentado Cartão original dos filhos entre 1 e 7 anos de idade

e/ou comprovação semestral de frequência escolar dos filhos de 7 a 14 anos;

Carteira Nacional de Habilitação - CNH para os empregados que exer-

cerão o cargo de motorista ou qualquer outra função que envolva a condução de

veículo de propriedade da empresa. Lembre-se que na carteira deve constar a ob-

servação “exerce a atividade remunerada”;

Cartas de referência, se achar necessário;

Uma foto 3 x 4.

No caso de dispensa do funcionário deverá ser realizado por meio de um co-

municado de dispensa, realizado por meio de um documento chamado aviso prévio.

Este documento é uma comunicação por escrito da extinção do contrato de trabalho

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que pode ser dada tanto pelo empregado como pelo empregador. O aviso prévio

pode ser indenizado ou concedido. Se for indenizado (pagamento sem trabalho)

obriga o empregador a fazer o acerto rescisório com o trabalhador no prazo máximo

de 10 dias. Se o aviso for cumprido (trabalhado) o acerto deve ser feito um dia após

o término do contrato de trabalho. Quando cumprido, o trabalhador poderá optar pe-

la redução de duas horas por dia, durante o cumprimento do aviso prévio (30 dias),

ou sete dias ao final do prazo (23 dias) para procurar novo emprego, ou se preferir

não precisa cumpri-lo, porém o mesmo deverá ressarcir a empresa. Nesse caso será

necessário seguir alguns procedimentos (CARTILHA SEBRAE 2012):

Solicitar o exame demissional, que e obrigatório no ato da dispensa do

funcionário (ver a CLT art. 168);

Preencher e assinar comunicação de dispensa ou pedido de demissão;

Registrar desvinculação de emprego na carteira de trabalho e livro de

funcionário;

Preencher e assinar o termo de rescisão do contrato de trabalho, que

pode ser comprado em papelaria;

Entregar ao empregado a guia para solicitação do seguro desemprego

(comprado em papelaria somente no caso de dispensa sem justa causa);

Entregar chave de conectividade para possibilitar o empregado sacar o

FGTS que é gerado pelo programa GRRF (somente no caso de dispensa sem justa

causa). Lembrando que nesse caso a empresa paga uma multa de 40% sobre o

FGTS.

É importante ressaltar:

Conectividade Social é um canal eletrônico de troca de informações en-

tre a Caixa Econômica e as empresas que são obrigadas a recolher FGTS ou pres-

tar informações à Previdência Social. Para mais informações procure uma agência

da Caixa Econômica Federal na sua cidade ou um contador;

Ao contratar, demitir ou transferir um empregado para outro estabele-

cimento, em determinado mês, toda empresa deverá comunicar ao Ministério do

Trabalho - MTE até o dia 7 do mês seguinte, por meio do formulário Cadastro Geral

de Empregados e Desempregados – Caged;

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Caso o funcionário tenha mais de um ano de serviço, a rescisão preci-

sa ser feita no sindicato (se houver) ou perante a autoridade do Ministério do Traba-

lho, ou Fórum.

Para manter um controle na gestão é necessário que seja realizado alguns

procedimentos básicos nas atividades, tais como, o caixa diário que terá descrito

tudo que se recebe e se paga. Para isso o empreendedor poderá fazer em planilha

simples, esse controle ajudará na identificação de quanto capital o negócio se dis-

põe para possíveis investimentos e fundo de caixa.

Durante a venda e prestação de serviços o empreendedor esta sujeito a emitir

nota fiscal. Durante a comercialização com a pessoa física o empreendedor será

dispensado da emissão de nota fiscal, entretanto a emissão da nota fiscal para pes-

soas físicas não é proibida, ficando a critério do empreendedor a sua emissão, caso

seja solicitado. Na comercialização para pessoa jurídica será obrigatório a emissão

de nota fiscal de qualquer porte (CARTILHA SEBRAE 2012).

Para o estado de Minas Gerais a emissão de notas fiscais para os contribuin-

tes do ICMS (Comércio e/ou indústria) poderá ser feita de três maneiras (CARTILHA

SEBRAE 2012):

Nota fiscal avulsa poderá ser emitida por meio eletrônico, poderá ser

solicitada no portal da Secretaria de Estado da Fazenda (SEF);

Nota fiscal avulsa poderá ser emitida por meio físico, deverá ser solici-

tada na Administração Fazendária do Governo do Estado (AF);

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Bloco de NF série D, poderá ser solicitada junto à gráfica autorizada

pela Administração Fazendária (AF). Basta protocolar um pedido junto a Secretaria

de Estado da Fazenda (SEF) para autorização, através do SIARE.

Para os prestadores de serviços emitir a Série A1 será necessário ter autori-

zação para impressão. Cada município conta com um procedimento específico para

emissão de tal nota, para saber detalhes sobre essa situação o empreendedor deve-

rá buscar informações na Secretaria de Finanças da cidade onde o negócio foi for-

malizado. A emissão de nota fiscal será gratuita, porém para os que tiverem neces-

sidade de emitir Bloco de NF série D, deverá ser pago um valor para a gráfica refe-

rente ao serviço prestado pela emissão de tais (CARTILHA SEBRAE 2012).

Esses controles diários são de suma relevância para que o empreendedor

possa identificar qual é a sua maior demanda, o que se vende mais, qual o seu me-

lhor produto. Tais procedimentos ajudaram a manter um controle de melhor qualida-

de que possibilitará avaliar o que precisa ser melhorado e se o negócio esta sendo

rentável ou não, isso contribuirá na busca continua por aperfeiçoamento, expansão e

permanência no mercado.

Obrigações do empreendedor

Além das atividades cotidianas o empreendedor deverá ficar atento as obriga-

ções mensais que deverá cumprir. O pagamento do DAS (Documento de Arrecada-

ção Simplificada), é referente aos impostos de ICMS ou ISS e INSS, que são pagos

mensalmente, esta guia deverá ser paga até a data escolhida de pagamento e deve-

rá ser emitida através do Portal do Empreendedor, caso o pagamento seja feito com

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atrasado deverá ser emitida uma nova guia a ser paga no dia do pagamento (CAR-

TILHA SEBRAE 2012).

O preenchimento do Relatório Mensal de Receitas Brutas é muito importante

para o preenchimento da Declaração Anual de Faturamento, pois esse relatório é

referente ao valor total de vendas tanto para pessoa física ou jurídica mensal. Nesse

relatório deverá conter o valor total de vendas de produtos ou da prestação de servi-

ço realizados durante o mês, o ideal é que se faça a cada primeiro dia do mês. Além

dessas informações é importante que o empreendedor mantenha arquivado junto

aos relatórios mensais as notas fiscais dos produtos comprados e vendidos. Uma

atividade que poderá ajudar a contribuir nessas informações é que o empreendedor

faça o controle diário de caixa, assim tornará as informações mais claras e objetivas

(CARTILHA SEBRAE 2012).

Para o empreendedor que tiver um funcionário, este ainda deverá pagar

(CARTILHA SEBRAE 2012):

A guia GPS (referente ao pagamento do INSS) no dia 10 de cada mês;

Elaborar o contracheque e pagamento do salário ate o 5° dia útil;

Preencher e pagar a GFIP (referente ao recolhimento do FGTS) até o

dia 07 de cada mês. Caso o dia 07 não seja dia útil, o pagamento deverá ser anteci-

pado, em caso de dúvida o empreendedor deverá procurar uma das agências da

Caixa Econômica Federal para orientá-lo sobre como baixar o sistema. Os arquivos

gerados devem, obrigatoriamente, ser transmitidos pela internet por meio do canal

eletrônico “conectividade social”.

De acordo com a cartilha O dia a dia do Empreendedor Individual é necessá-

rio que o empreendedor realize as seguintes atividades anuais:

Pagar taxa de fiscalização de localização e funcionamento – TFLF, en-

viada pela prefeitura local;

Pagar taxa de fiscalização sanitária – TFS (somente quando houver al-

vará sanitário), enviada pela prefeitura local;

Pagar taxa de fiscalização de engenho de publicidade – TFEP (caso a

sua empresa possua placa ou letreiro luminoso), enviada pela prefeitura local;

Pagar taxa de incêndio (em municípios que haja uma unidade do corpo

de bombeiros). Em caso de registro da empresa no mesmo local da residência onde

não haja separação entre a empresa e residência será necessário procurar a Secre-

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taria de Estado da Fazenda - SEF-MG para solicitar a dispensa do pagamento desta

taxa;

Fazer a declaração anual do Empreendedor Individual.

Para manter um negócio bem sucedido é necessário após a formalização,

manter um controle adequado quanto à elaboração e acompanhamento de novos

procedimentos, tais como validade de licenças, pagamento de impostos, contratação

de funcionário caso o empreendedor queira contratar, entre outros.

Além desses controles existem algumas obrigações que necessitam de

ser cumpridas para que o empreendedor esteja apto quanto à funcionalidade do ne-

gócio. A obrigação principal é o pagamento mensal do DAS - Documento de Arreca-

dação do Simples Nacional. Seguidos de outros, cuja importância é necessária para

manter o controle do cotidiano e a prestação de contas, que deverá ser emitida no

mês janeiro, tais como: preenchimento do relatório mensal de receitas brutas; emis-

são de Nota Fiscal para pessoas jurídicas; entrega da DASN-SIMEI - Declaração

Anual de Faturamento (mês de janeiro). O empreendedor caso tenha um funcionário

registrado deverá entregar a RAIS - Relação Anual de Informações Sociais (mês de

fevereiro) e entregar a SEFIP - Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e In-

formações à Previdência Social (CARTILHA SEBRAE 2012).

O dia a dia do empreendedor é muito corrido, mas existem alguns as-

pectos importantes que devem ser lembrados e praticados, tais como gestão finan-

ceira, marketing, vendas, relacionamento com o cliente, entre outros. Essas rotinas

administrativas são de suma relevância, pois são rotinas básicas que irão contribuir

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para que o empreendedor possa analisar o seu crescimento e desenvolvimento no

mercado.

No Brasil o Micro Empreendedor Individual ou Empreendedor Individual

foi criado pelo Governo Federal para provar que o trabalho formal é muito mais ren-

tável do que o trabalho informal. O Empreendedor Individual (EI) é uma inovação no

sistema tributário para que milhões de brasileiros formalizem os seus negócios (SE-

BRAE 2011).

O Empreendedor Individual (EI) foi criado para beneficiar empreendedo-

res informais que trabalham por conta própria, que, em geral, são profissionais autô-

nomos que prestam serviços simples, não recolhem tributos, não têm cobertura pre-

videnciária. São artesãos, cabeleireiro, doceira, eletricista, instalador, manicure, me-

cânicos, padeiro, pedreiro, pintor, salgadeira, entre outros, a lista completa com as

atividades permitidas está disponível no Portal do Empreendedor.

A Lei Complementar nº 128, de 19/12/2008, criou condições especiais pa-

ra que o trabalhador conhecido como informal possa se tornar um Empreendedor

Individual legalizado com registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas

(CNPJ).

De acordo com informações disponíveis na Cartilha do Empreendedor In-

dividual e informações no Portal do Empreendedor para ser um Empreendedor Indi-

vidual é necessário faturar no máximo até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais) por ano

de receita bruta, não ter participação em outra empresa como sócio ou titular, po-

dendo ter um empregado contratado que receba até um salário mínimo ou o piso da

categoria.

O Empreendedor Individual tem se mostrado não apenas uma importante

porta de saída da informalidade, mas também uma relevante porta de entrada para o

empreendedorismo, devido a isso estes são considerados empreendedores por

oportunidade.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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