apostila-ervas-medicinais[1]

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  • 7/31/2019 apostila-ervas-medicinais[1]

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    Prezado colega, grato por ter assistido o curso. Estou enviando textos extrados de minhaspublicaes e que podero contribuir para que tenha sucesso no cultivo de plantas medicinais econdimentares.

    Furlan

    CULTIVO DE PLANTAS MEDICINAIS

    CONHECENDO CORRETAMENTE AS PLANTAS MEDICINAIS

    Uma planta classificada como medicinal por possuir substncias que tem ao

    farmacolgica. Estas substncias so denominadas de princpios ativos e na maioria das vezes no

    se sabe quais destes que realmente esto atuando.

    O produtor de plantas medicinais diferencia-se de outros por necessitar de conhecer a

    utilizao de sua planta, como esto as pesquisas sobre esta planta e principalmente saber a sua

    identificao. Alguns anos atrs, produtores de confrei tiveram grandes prejuzos, depois que

    foram divulgados os efeitos cancergenos do uso excessivo, que mesmo sendo uma informao

    polmica, causou proibio do comrcio de folhas da planta. O contrrio aconteceu com a ffia,

    que acabou sendo comparada com o ginseng e melhorou a vida das pessoas que a produziam. De

    qualquer maneira mais comum notcias que realam o valor medicinal das plantas.

    Alm das informaes sobre as pesquisas na rea da sade, importante que se tenha

    certeza da identificao da planta que se pretende investir, pois no so raras as confuses que

    acontecem como as que ocorrem quando se menciona os nomes boldo, arnica, melissa, erva-

    cidreira, erva-doce e atualmente com as ervas-de-so-joo.

    Muitos compradores de plantas medicinais para iniciar o contato, levam em considerao o

    conhecimento do produtor. Por isso importante que se saiba o mximo possvel da planta que

    tenha interesse em produzir.

    Nome popular x nome cientfico

    Embora as comunidades tenham os nomes para identificar as plantas, e que devem ser

    respeitados, estes variam muito e dificultam quando ocorrem trocas de informaes. So raras as

    plantas medicinais que possuem poucos sinnimos como por exemplo arruda, pico preto, alecrim,

    alfazema, citronela e eucalipto.

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    As variaes podem ocorrer at mesmo entre vizinhos e muitos no aceitam o nome que o

    outro d a sua planta. Como exemplo, so dados os nomes populares ou vulgares de duas espcies

    que possuem nomes que variam conforme a regio (boldo-baiano) ou que variam dentro da mesma

    (capim-limo).

    Boldo-baiano

    Esta espcie, de origem africana, tem variaes principalmente em funo das regies

    como por exemplo:

    figatil

    fel-da-terra

    boldo-indgena

    boldo-do-chile

    estomalina

    cuaa

    aluman

    loma

    rvore-do-pinguo

    boldo-de-gois

    alcachofra

    boldo

    caferana

    As denominaes deste boldo, como pode-se observar, variam muito entre si, apesar de

    muitos nomes j indicarem a sua utilizao como heptico. Curioso tambm o uso dos nomes

    alcachofra e boldo-do-chile, pois nos aspectos visuais no h semelhana com os verdadeiros. A

    ampla variao de nomes se d principalmente pela importncia que a medicina popular d a esta

    planta, cujos efeitos j so comprovados.

    Capim-limo

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    Apesar de ser uma planta de origem asitica, no Brasil adaptou-se facilmente e hoje uma

    espcie que mesmo dentro de uma comunidade pode ter vrios nomes como por exemplo:

    capim-santo

    erva-cidreira

    ch-de-estrada

    cidro

    capim-cidro

    cidreira

    ch-brochante

    erva-cidreira-de-folha-estreita

    erva-cidreira-de-homem

    cidr

    capim-cidreira

    No mercado mundial como uma planta importante para as grandes indstrias de

    destilao, conhecida por muitos comerciantes no Brasil como lemongrass, que considerado

    um nome comercial.

    As confuses com relao a identificao de plantas podem trazer problemas tais como:

    uso de forma errada;

    intoxicao com a planta errada;

    compra ou venda da planta errada;

    plantio de espcie no adequada ao local; e

    perda de credibilidade principalmente para o futuro produtor.

    As confuses aparecem em funo de fatores tais como: desinformao (que muitas vezes

    causada at por rgos de imprensa, quando noticiam as virtudes de uma planta), da transmisso

    oral e da diversidade de raas e do tamanho do pas. As plantas nativas de uso na medicina popular

    com vrios nomes so geralmente plantas que ocorrem praticamente em todo o pas.

    Para tentar resolver o problema destas variaes, os pesquisadores colocaram para cada ser

    vivo um nome oficial ou chamado de nome cientfico. Este nome possui regras e as principais sodemonstradas nos nomes cientficos do capim limo e do boldo-baiano.

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    Nome popular Nome cientfico

    Capim-limo Cymbopogon citratus Stapf.Boldo-baiano Vernonia condensata Baker

    Observe que o nome cientfico vem grafado em itlico (ou pode ser em negrito) e o

    primeiro nome (gnero) inicia em maiscula e o segundo (espcie) em minscula. O nome do autor

    no final do nome cientfico serve para indicar quem originou o nome. H outras regras como se

    indicam hbrido (como exemploMentha X villosa) ou variedade (Mentha aquatica var. crispa por

    exemplo), mas estas so as principais.

    Plantas que possuem o mesmo gnero so bem parecidas como por exemplo as mentas:

    hortel-pimenta (Mentha piperita), poejo (Mentha pulegium) e a hortel comum (Mentha crispa).

    Infelizmente h alguns nomes oficiais que esto sendo discutidos e que sofreram mudanas

    ao longo do tempo. Como exemplo, o boldo de folha peluda que era chamado de Coleus barbatus

    e os livros mais atuais passaram a cham-lo de Plectranthus barbatus ou a camomila que recebe

    nomes cientficos diferentes quando se observa as publicaes.

    Pela legislao obrigatrio em rtulo de medicamento, colocar o nome cientfico de todas

    as espcies vegetais que ele contenha.

    Portanto o produtor comercializa Cymbopogon citratus e no capim-limo.

    Principais confuses na identificao

    Felizmente no so muitas as confuses e para colocar-se um passo a frente de muitos,

    aprenda a reconhecer os verdadeiros boldo, arnica, melissa, erva-doce, erva-de-so-joo e algumasoutras, como veremos a seguir. Algumas confuses acontecem mesmo com vendedores,

    propositalmente ou at por falta de informao.

    H at exageros como uma empresa que vendia cpsula de algas marinhas mas no rtulo

    constava do nome cientfico Baccharis trimera ou seja, a popular carqueja (tambm chamada de

    tiririca-de-babado no nordeste).

    Boldos

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    A maioria da populao acredita que possui no quintal o boldo-do-chile, no entanto o

    verdadeiro rarssimo no Brasil. No pas ocorrem algumas plantas que so chamadas de boldos e

    os principais so: o boldo-da-terra (boldo de folha peluda) e o boldo-baiano, que pode ser

    considerado o mais alto. As folhas do boldo-do-chile possui odor muito prximo da erva-de-santa-

    maria devido a presena de mesma substncia.

    A denominao boldo no incio do sculo s era referncia ao boldo-do-chile e na Primeira

    Farmacopia Brasileira de 1929, h somente citao deste com nome cientfico - Boldus boldus -

    que atualmente no mais utilizado, exceto em algumas farmcias.

    A identificao correta dos boldos importante porque o boldo-do-chile e o boldo-da-terra

    possuem efeitos colaterais e portanto devem ser usados com muito critrio e tambm porque

    possuem diferenas nas indicaes. De qualquer maneira o que encontramos nas farmcias o

    verdadeiro, pois o Brasil gasta muito dinheiro com importao desta espcie, apesar de possuir

    plantas com eficcia semelhante.

    Alm destes dois, h ainda o boldo de folhas midas (boldo-portugus ou boldo-mido

    entre outros nomes), que do mesmo gnero do boldo-da-terra e o boldo-chins. De qualquer

    maneira todos os boldos so usados pela populao para problemas hepticos.

    Apesar de praticamente no encontrar boldo-do-chile plantado no Brasil, fcil de

    encontr-lo em supermercado e farmcias, o que conclui-se que o Brasil importa grande

    quantidade desta planta.

    Diferenas entre os principais boldos

    Boldos Nome cientfico Origem Caractersticas principais

    Boldo-do-chile Peumus boldus Chile altura de 12 a 15 m

    importadoBoldo-baiano Vernonia condensata frica 2 a 4 m de altura

    quebra facilmente com o ventoBoldo-da-terra Plectranthus barbatus

    ou Coleus barbatus

    frica 1 a 2 m de altura

    folha peluda

    flor azulada

    Como comum em plantas no domesticadas pelo homem, estes boldos podem ter grandes

    variaes na altura e no tamanho das folhas, principalmente como as que ocorrem com o boldo-

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    baiano. S tome cuidado para no confundir com algumas espcies ornamentais muito parecidas

    com o boldo-da-terra

    Alm das diferenas citadas no quadro 01, observe no prximo quadro as diferenas nos

    usos e componentes qumicos dos principais boldos.

    Usos e componentes qumicos dos boldos

    Boldos Usos ou propriedades Componentes qumicos Toxicidade ou

    efeitos colaterais

    Boldo-do-

    chile

    estomquica, coletrica,

    diurtica

    ascaridol, boldina,

    flavonides e glicosdios

    abortivo,

    causa hemorragia internaBoldo-baiano analgsica, anti-lcera,

    antimicrobiana, carminativa

    sesquiterpenos,

    saponinas

    ainda no verificado

    Boldo-da-terra azia, analgsica,

    estimulante da digesto,

    leo esssencial,

    flavonides e saponinas

    pose causar irritao

    gstrica quando usado por lon

    perodo

    Ervas-cidreiras

    As palavras cidreira ou melissa nas plantas medicinais esto relacionadas ao uso como

    calmante e por isso, vrias plantas possuem essas denominaes. No entanto, quando se trata da

    verdadeira melissa, o correto seria a de origem europia e na qual derivou o nome latino Melissa

    officinalis.

    Em quase todo o Brasil, a planta que recebe o nome de melissa uma planta com flores

    lilses e que cresce com muita facilidade. No sul comum cham-la de erva-cidreira-brasileira. O

    seu nome cientfico Lippia alba e de origem brasileira. No nordeste h outras espcies deLippia mas que recebem nomes como alecrim-pimenta ou alecrim-de-vaqueiro.

    Outra planta chamada de erva-cidreira um capim e possui inmeras outras denominaes,

    como j foi observado. Atravs da chave de identificao fica fcil saber quais so as ervas-

    cidreiras ou melissas que ocorrem mais comumente no Brasil.

    Diferenas entre as principais ervas-cidreiras

    Ervas cidreiras Nome cientfico Origem Caractersticas principais

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    Capim-limo Cymbopogon citratus sia capim

    cheiro suave de limoErva-cidreira- brasileira Lippia alba Amrica do Sul cerca de 1,0 m

    flores lilses

    cresce muito fcilErva-cidreira Melissa officinalis Europa menos de 60 cm

    raro dar flor no Brasil

    semelhante ao hortel

    odor de desinfetante

    Arnicas

    So inmeras as plantas que recebem o nome de arnica no Brasil, apesar de que a

    verdadeira de rara ocorrncia no pas, pois seu hahitat natural so as montanhas da Europa. No

    Brasil so comuns em quintais ou pastos duas arnicas, e que antigamente uma era tambm

    chamada de sap macho, erva-lanceta ou rabo-de-foguete e a outra de cravorana ou cravo-de-

    urubu, alm de outros nomes. As pessoas que conhecem bem as plantas medicinais ainda usam

    estes nomes.

    No caso das arnicas, tanto a europia quanto a nacional (sap-macho) j eram relacionadas

    na Primeira Farmacopia Brasileira e atualmente so comercializadas. No entanto, a europia

    recebe preos bem maiores mas incerto a sua produo em termos de princpios ativos nas nossas

    condies.

    Diferenas entre as principais arnicas

    Arnicas Nome cientfico Origem Caractersticas principais

    Arnica Arnica montana Europa menos de 0,5 m

    flores amarelas

    sem cauleSap-macho Solidago chilensis ou

    Solidago microglossa

    Amrica do Sul cerca de 1,0 m

    flores amarelas

    espontneas

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    Arnica-de-cerrado Lichnophora pinaster Amrica do Sul mais alta das arnicas

    comum em cerrados

    folhas iguais a de pinheiroCravorana Porophyllum ruderale Amrica do Sul menos de 1,0 m

    folhas com odor de caju ou pitanga

    comum em quintais

    Ervas-de-so-joo

    No so muitas as plantas com o nome de erva-de-so-joo, mas as duas principais

    possuem diferentes usos e locais de ocorrncia. A nossa erva-de-so-joo, tambm chamada de

    catinga-de-bode, mentrasto ou pico roxo, comum nos quintais, possui flores com tons azulados

    a roxos e tem o uso como analgsico para reumatismo e artrose j atestado pela cincia. A erva-de-

    so-joo de origem europia de rara ocorrncia no Brasil e possui fama como antidepressiva, o

    que tem sido a causa de ampla propaganda de algumas empresas.

    H ainda o cip-de-so-joo, trepadeira e de flores alaranjadas, que txico e na medicina

    popular usado no tratamento do vitiligo. Atravs do quadro 05 percebe-se que so grandes as

    diferenas entre estas plantas.

    Diferenas entre as ervas-de-so-joo

    Ervas-de-so-joo Nome cientfico Origem Caractersticas principais

    Erva-de-so-joo ou mentrasto Ageratum conyzoides Amrica do Sul cerca de 0,5 m

    flores roxas, lilses e amarelas

    comum em hortasErva-de-so-joo Hypericum perforatum Europa cerca de 1,0 m

    flores amarelasCip-de-so-joo Pyrostegia venusta Amrica do Sul trepadeira

    flores alaranjadas

    comum em beira de estradas

    Funcho x erva-doce

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    Na maioria das vezes o funcho chamado de erva-doce e esta de rara ocorrncia nos

    quintais e hortas brasileiras. De qualquer maneira o uso e odor so semelhantes, apesar da

    verdadeira erva-doce ter maior teor de leos essenciais.

    Erva-doce pode ser sinnimo de anis, como consta no prprio nome cientfico Pimpinella

    anisum. No entanto, como anis h ainda a rvore anis-esrelado que produz semente com odor

    muito semelhante e uma espcie de manjerico com folhas que lembram o cheiro de anis.

    Diferenas entre erva-doce e funcho

    Espcie Nome cientfico Origem Caractersticas principais

    Funcho Foeniculum vulgare Europa mais de 1,0 m de altura

    flores amarelas

    folhas finas

    possui variedades com bulbo comestvel

    semente mais alongadaErva-doce Pimpinella anisum Egito

    e

    Oriente

    Mdio *

    menos de 1,0 m

    flores brancas

    folha larga

    semente mais arredondada e menor que a do funcho

    * alguns autores citam outras regies

    UM POUCO SOBRE PRINCPIOS ATIVOS

    Conhecer o que produzido pelas plantas e que as torna possuidora de efeito medicinal

    imprescindvel para aqueles que produziro estas plantas, pois conforme o tipo de substncia que

    se desejar produzir, dever levar em conta as condies do local e de como ser conduzida a

    cultura. Poder ser um pouco complicado mas poder ir conhecendo aos poucos.

    O metabolismo das plantas pode ser dividido didaticamente em primrio e secundrio. No

    primrio, so produzidas substncias como lipdeos, protenas, carboidratos, aminocidos e cidos

    nucleicos e que possuem objetivos relacionados ao crescimento e desenvolvimento.

    No metabolismo secundrio so produzidas substncias que no so essenciais a vida, mas

    com atividades tais como proteo contra pragas e doenas e atrao de polinizadores. A erva-baleeira (Cordia curassavica) uma planta medicinal que alm de ter seus usos comprovados na

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    medicina (cicatrizante e antiinflamatria), tambm tem sido utilizada na agricultura como atraente

    de broca que ataca frutferas, devido a produzir substncia que lembram o feromnio do macho.

    O capim-limo muito utilizado na apicultura para atrair abelhas e a citronela produz

    substncia que repele pernilongos. Na Europa comum o uso caseiro de sach de tomilho em

    armrios para afugentar as traas.

    Muita planta considerada daninha por liberar substncias no solo que inibem o

    desenvolvimento de outras plantas. Recentemente foram divulgadas pesquisas sobre o plantio de

    capim-limo para inibir no solo o desenvolvimento de vermes.

    Para as plantas medicinais em termos de qualidade, o objetivo maior o estudo do

    metabolismo secundrio, pois atravs deste que so produzidos os princpios ativos. importante

    citar que so poucas as plantas que possuem os estudos sobre seus componentes qumicos e

    principalmente como atuam no organismo ou seja, sua ao farmacolgica. A dificuldade destes

    estudos principalmente pelas milhares de substncia que ocorrem na planta

    No entanto h plantas amplamente estudadas como a maria-sem-vergonha ou vinca

    (Catharanthus roseus) que j possui dezenas de alcalides determinados ou a quebra-pedra.

    Resumidamente, alguns dos principais grupos de princpios ativos, suas funes e algumas

    plantas ricas nestas substncias esto relacionados no quadro 08:

    Quadro 08: grupos de princpios ativos

    GRUPO DE

    PRINCPIO ATIVO

    AES ESPCIERS

    1. mucilagens antiinflamatria, laxante, cicatrizante,

    antiespasmdica

    babosa, tanchagem, borragem

    2. leos essenciaisbactericida, vermfuga, anti-sptica,

    anestsica

    alecrim, tomilho, hortels,

    slvia,tomilho

    3. alcalides analgsica, sedativa, anestsica,

    calmante,

    beladona, estramnio, caf,

    maracuj, boldo-do-chile4. taninos adstringente, antidiarrica,

    vasoconstritora

    goiabeira, barbatimo,

    pitangueira, espinheira-santa5. bioflavonides antiinflamatria,

    fortalece os vasos capilares

    calndula, erva-baleeira,

    camomila, macela6. glicosdios

    cardiotnicos

    cardiotnica,

    tratamento de doenas do corao

    dedaleira, espirradeira

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    Por exemplo, para as plantas medicinais aromticas (umbelferas e labiadas por exemplo),

    os componentes em maior evidncia so os leos essenciais e flavonides. Plantas com flores de

    colorao amarela possuem flavonides.

    Entre as substncias que constituem o leo essencial destas plantas pode-se destacar : citral;

    mentol; estragol; eugenol; linalol e lineol, que conferem nos aspectos farmacolgicos aes

    antiespasmdica, carminativa, estimulante, anti-sptica e digestiva entre outras.

    H outras substncias classificadas como princpio ativo, mas o objetivo apenas

    exemplificar alguns.

    Fatores que afetam os teores de princpios ativos

    Tantos os fatores internos como os externos podem afetar os teores de princpios ativos.

    Como exemplos de fatores internos podem ser citados o nmero cromossmico, o estgio de

    desenvolvimento ou as diferenas que ocorrem at mesmo em raas qumicas. Em algumas

    espcies os estudos esto mais avanados com relao a influncia destes fatores como por

    exemplo, uma espcie de hortel (Mentha spicata) que tem maior produo de leo essencial na

    forma cromossmica 2n do que na 4n e a espcie hortel-pimenta (Mentha piperita) produz maior

    teor de mentona quando na fase adulta.

    Quanto aos fatores externos, j se encontram vrias pesquisas que atestam a influncia nos

    teores das substncias. Altitude, fotoperodo, temperatura e incidncia de luz solar e os

    relacionados ao solo so exemplos destes fatores, alm das vrias etapas do cultivo. Experimentos

    sobre condies bem controladas tem demonstrado que variaes no ambiente tais como:

    temperatura, irradiao e fotoperodo podem influenciar no rendimento da biomassa e na qualidade

    do leo essencial em plantas aromticas.

    EXIGNCIAS CLIMTICAS E EDFICAS DAS PLANTAS MEDICINAIS

    Para a produo de plantas medicinais a no observao das exigncias relacionadas ao

    clima e solo (edficas) pode resultar na produo de plantas bem desenvolvidas mas sem o teor de

    princpio ativo desejado.

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    Com isto, caso tenha interesse em produes maiores, certifique com especialistas de que

    sua planta estar no local adequado. Grandes volumes de plantas medicinais so comprados

    somente aps anlise do material.

    Muitas plantas como por exemplo hortel-pimenta, camomila, alecrim e slvia, dificilmente

    produziro to boa qualidade no Brasil quanto na sua regio de origem.

    Clima

    Os principais fatores relacionados ao clima e que devem ser levados em considerao so:

    temperatura, altitude, longitude e latitude. Os fatores climticos dificilmente podem ser alterados

    como ocorre com a produo de ornamentais, que utiliza de luz noturna para provocar o

    florescimento em crisntemo.

    O que pode ocorrer produzir variedades mais adaptadas ao local, como ocorreu com a

    soja que quando introduzida no Brasil, s produzia no Rio Grande do Sul e atualmente produz em

    vrias regies. No caso de plantas medicinais so poucos os pesquisadores envolvidos no

    melhoramento de plantas medicinais e portanto, no previsto a curto prazo um nmero

    significante de variedades adaptadas as nossas condies.

    Temperatura

    A temperatura ir afetar principalmente a produo da biomassa ou a produo de flores

    como ocorre principalmente com plantas originrias de regies mais frias.

    Com relao ao clima podemos citar algumas dicas para auxiliar na escolha de sua espcie:

    quase que a maioria das plantas que produzem frutos suculentos so adaptadas a clima mais

    quente como por exemplo jurubeba, jos e pimentas;

    a maioria das plantas que recebem nomes indgenas so de clima mais quente como por

    exemplo pariparoba, catuaba, ipecacuanha (ou poaia) e jaborandi, pois so originrias de regies

    tropicais ou subtropicais;

    enquanto que a maioria das espcies produtoras de razes e flores, como por exemplo

    camomila e calndula (flores) e bardana (raiz); preferem clima ameno;

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    em locais de clima mais ameno, plante as espcies exigentes em clima mais quente apenas

    nos meses de setembro ou outubro, e em locais de clima quente plante em abril ou maio as de

    clima mais ameno; e

    na face sul de sua propriedade plante espcies resistentes ou adaptadas ao frio.

    Plantas de clima mais ameno

    camomila

    macela

    marcelinha

    calndula celidnia

    guaco

    bardana

    capuchinha ou chagas

    espinheira-santa

    estvia

    dedaleira

    Plantas de clima mais quente

    erva-baleeira

    aafres

    capim-limo

    boldo-da-terra

    boldo-baiano

    arruda

    babosa

    guaran

    jaborandi

    Altitude

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    A altitude refletir diretamente na temperatura, pois locais de altitudes menores so mais

    quente do que locais mais altos. Para um produtor que possui propriedade em locais mais altos e

    com a face do terreno voltada para o sul, a escolha dever ser bem criteriosa devido a menor

    temperatura, menor incidncia dos raios solares e mais umidade. A sua opo ser reduzida para

    aquelas que preferem clima mais ameno e resistem a geadas e ventos frios.

    Com alguns estudos concludos, pode-se afirmar que as plantas produtoras de alcalides

    obtm melhor teor destas substncias em baixas altitudes.

    Latitude

    A influncia da latitude, que ir refletir na quantidade de horas de luz, pode ser resumida

    para algumas espcies da seguinte forma:

    1. a maioria das plantas aromticas (alecrim, tomilho, capim limo, manjerona, melissa,

    camomila e slvia por exemplo) de interesse econmico so originadas de latitudes entre 40 e 60;

    2. maiores teores, principalmente de leos essenciais, so produzidos nestas latitudes;

    3. nestas regies os dias no vero so maiores do que localidades de latitudes menores,

    condio que as plantas citadas preferem para florescer;

    4. no h regies do Brasil com estas latitudes e com isto muitas das plantas aromticas so de

    pior qualidade no pas; e

    5. plantas de origem tropical ou subtropical recebem pouca ou nenhuma influncia da latitude.

    A latitude refletir diretamente no chamado fotoperodo que resumidamente a quantidade

    de luz que uma planta necessita para realizar atividades tais como florescimento, germinao eproduo de substncias internas.

    As aromticas originadas das latitudes entre 40 e 60 so na sua maioria, classificadas

    quanto ao fotoperodo, como plantas de dias longo, isto , necessitam de dias mais longos no vero

    para florescerem normalmente.

    Umidade

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    Ainda com muitas dvidas, alguns resultados demonstraram que os efeitos negativos nos

    teores de princpios ativo so mais devidos ao excesso de gua do que da falta, pois algumas

    espcies, sofrendo do stress hdrico em determinadas fases da cultura, tiveram reao no sentido de

    produzir mais substncias do metabolismo secundrio, pois estas substncias teriam ao de defesa

    da planta.

    Na natureza observa-se que em perodos mais secos, algumas espcies produzem maior

    quantidade de frutos para poder garantir a perpetuao da espcie, mesmo em condies adversas.

    Solo

    O tipo de solo pode influenciar a produo da biomassa e das substncias medicinais.

    Geralmente a origem da planta medicinal pode servir como indcio de qual solo ela est mais

    adaptada, de modo que possa servir de subsdios para indicao de locais mais propcios.

    Indicaes da qualidade de solo para algumas plantas medicinais (extrado de SILVA JNIORet

    al.,1996 e MARTINS et al., 1995).

    NOME VULGAR NOME CIENTFICO QUALIDADE DO SOLO

    Alecrim Rosmarinus officinalis calcrio e bem drenadosArruda Ruta graveolens levemente alcalino, bem drenado

    e rico em matria orgnicaBabosa Aloe vera leve e bem drenadoBardana Arctium lappa mais arenoso para facilitar colheitaCalndula Calendula officinalis pouco exigente, necessitando de solo

    com bom teor de matria orgnicaCana-de-macaco Costus spiralis no exigenteCapim-limo Cymbopogon citratus drenado e rico em matria orgnicaCatinga-de-mulata Tanacetum vulgare resistente a diversidade de soloCavalinha Equisetum sp arenoso, mido e pantanosoChapu-de-couro Echinodorus macrophyllum midoCidr Lippia citriodora bem drenadoCoentro Coriandrum sativum frteis e bem drenadosConfrei Symphythum officinale profundo, levemente mido e

    com adubao orgnicaDente-de-leo Taraxacum officinale mais argilosoEndro Anethum graveolens frteis e sem umidade excessivaErva-cidreira Melissa officinalis drenado, rico em matria orgnica,

    frteis (citando Cerri,1991) e com pH > 5,5Espinheira-santa Maytenus ilicifolia humososFumria Fumaria officinalis rico em matria orgnica

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    Funcho Foeniculum vulgare drenado, leve e

    com baixa acidez (citando Cerri,1991)Gengibre Zinziber officinale bem drenadosGuaco Mikania glomerata com bom teor de argila

    e bem drenado ( citando Cerri,1991)Hortel-pimenta Mentha piperita aerado e midoLosna Artemisia absinthium argilo-arenosos e frteisMalva-crespa Malva parviflora textura mdia e bem drenadosOrgano Origanum vulgare natureza calcria e frteisPoejo-mido Cunila microcephala recomenda-se cuidado com

    carncia de nitrognioSabugueiro Sambucus australis adapta-se a qualquer tipo de solo

    Algumas dicas que servem para a maioria:

    espcies que tem como objetivo a extrao de razes (bardana, gengibre, aafro curcuma,

    zedoria e yacon por exemplo) devem ser plantadas em solos mais soltos (mais arenoso e menos

    argiloso);

    espcies que produzem muita massa foliar preferem solos ricos em matria orgnica

    (hortels, poejo, confrei, melissa e marcelinha por exemplo);

    solos mais escuros (mais argilosos) so geralmente mais fertis, retm mais gua, so

    menos cidos mas so mais propcios para ataque de doenas. Por isso tenha muito cuidado se for

    plantar uma espcie muito atacada por doena (melissa, mil-folhas e tomilho por exemplo) neste

    tipo de solo; e

    apenas umas poucas espcies como chapu-de-couro preferem solos encharcados.

    PRODUO EM PEQUENAS REAS

    Este captulo servir principalmente para aqueles que querem ter uma pequena produo

    caseira, e como um treinamento para produtores sem nenhuma experincia. Muitas das

    informaes tambm serviro para produes em reas maiores.

    Para produo em pequenas reas, quando se deseja o uso caseiro, possvel produzir

    quase todas as plantas medicinais, pois as variaes que ocorrero no valor medicinal no traro

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    grandes prejuzos ao usurio. De qualquer maneira, para uso caseiro, deve escolher plantas que j

    ocorrem na sua regio, pois estas, com certeza, j esto aclimatadas no seu local.

    Exigncias para pequenas reas.

    Qualquer local em que incida pelo menos 5 horas de sol, bem drenado e protegido de

    ventos frios e fortes, para que as plantas cresam com vigor, pode ser utilizado para a instalao de

    uma horta medicinal ou at colocar algum recipiente com espcies que podem servir

    principalmente como condimento (salsinha, cebolinha e organo, por exemplo), alm do uso

    medicinal. Como exemplo de recipientes podem ser citados:

    jardineiras;

    vasos;

    sacos de leite para as menores;

    caixas de madeira;

    latas de 18 litros; e

    caixa dgua.

    Estes recipientes ou outros, devem ter pelo menos 20 cm de profundidade, para plantas de

    altura que no ultrapasse 50 cm, semelhante ao poejo, hortels, melissa, macelinha, cnfora-de-

    jardim, centelha-asitica e no fundo devem haver furos para evitar encharcamentos e uma camada

    de pedras. Algumas plantas necessitam de profundidades muito maiores como, por exemplo:

    alecrim, slvia, manjerico e boldo-da-terra e outras podem ficar nos vasos por um certo perodo

    de tempo como por exemplo louro, sabugueiro e favaco.

    Outras caractersticas que o local deveria ter so:

    o mais plano possvel;

    proximidade de fonte de gua para irrigao;

    prximo de um local onde sero guardadas as ferramentas; e

    com solo no muito argiloso (compactado), devido a dificuldade em trabalhar.

    Mesmo em locais onde a iluminao deficiente (3 a 4 horas de sol), pode-se plantar emvasos, espcies tais como hortel, poejo, melissa ou menta.

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    De preferncia, a produo deve estar localizada num terreno voltado para a face norte, j

    que oferece mais luz e mais calor. A face sul no recomendada, exceto para espcies adaptadas a

    clima mais amenos como camomila, calndula, guaco e dedaleira, j que favorece aos ventos frios.

    Os ventos devem ser evitados a qualquer custo, pois provocam a derrubada das flores,

    impedindo a polinizao. Alm disso, afugentam as abelhas e outros insetos. Em todo caso, se no

    houver outro lugar para se implantar o cultivo, improvise quebra-ventos, que resolvem bem o

    problema. Em alguns estudos com cultivo de culturas tradicionais, a proteo contra o vento

    aumentou a produo em 30 a 40%

    Para grandes produes h necessidade de instalar viveiro para produo de mudas. O

    viveiro deve ser instalado em local plano, prximo de fonte de gua e afastado de beira de estradas,

    pastagem ou matas.

    O preparo do solo se resume em limpeza, destoca, arao, calagem e gradagens, no caso de

    se utilizar mquinas agrcolas. Lembre-se tambm de localizar formigueiros nas proximidades, e

    fazer o controle com formicidas especficos, antes de qualquer trabalho. Do contrrio, as dores de

    cabea posteriores para o combate sero muito maiores e demandaram um bom dinheiro.

    Aps a escolha do local, este dever ser limpo para iniciar a formao das sementeiras,

    sulcos, covas e canteiros. Os passos podem ser os seguintes:

    1. retirar os entulhos e pedras;

    2. caso haja problemas de invaso por animais ou mesmo como segurana contra roubo e se

    for possvel, cercar a rea com tela, bambu, etc.;

    3. se for plantar espcie txica, coloque cartaz alertando que a planta pode causar danos a

    sade;

    4. retirar as plantas indesejveis e as mais rasteiras com a enxada de modo que arranque at as

    razes;

    5. com o rastelo, retirar o mato que ficou sobre o local;6. se for plantar em canteiros, demarc-los com estacas de madeira e barbante bem esticado.

    Cada canteiro deve ter no mximo 1,20 metros de largura e o comprimento pode variar. Se o

    terreno for meio inclinado, o comprimento deve acompanhar o nvel; e

    7. deixar corredores de 40 a 50 cm entre os canteiros e um metro distante do muro ou cerca.

    Sementeira:

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    Para maior segurana no pegamento da maioria das plantas medicinais h necessidade de

    serem plantadas em sementeira. A cobertura da sementeira dever ser realizada quando o local

    sofrer incidncia direta de radiao solar e ataque de pssaros. A cobertura com sombrite poder

    solucionar esses problemas.

    Os passos para fazer uma sementeira so:

    1. a sementeira deve ser feita em um dos canteiros situados num dos cantos do terreno e exige

    uma adubao mnima de 2,0 kg de hmus de minhoca ou 5,0 kg de esterco de curral curtido;

    2. abrir sulcos na largura do canteiro, distanciados 15 cm e com 2 cm de profundidade;

    3. umedecer levemente o canteiro;

    4. distribuir uniformemente as sementes nos sulcos. Cuidado para no distribuir sementes em

    excesso (caso as sementes sejam muito pequenas como as de alecrim, tomilho e manjerona),

    misture muito bem com areia e depois distribua;

    5. cobrir as sementes com um pouco de terra;

    6. molhar a terra de manh e tarde com regador, at que a plantinha esteja pronta para ser

    transplantada para o canteiro definitivo. No momento do transplante, a mudinha dever ter de 5 a 6

    folhinhas (mais ou menos 30 dias) e;

    7. mudinhas muito frgeis ou danificadas no devem ser aproveitadas.

    Propagao

    Reproduo por sementes

    A propagao por sementes a mais vivel economicamente para aquele que tem interesseem produes maiores. No entanto, as plantas reproduzidas por sementes possuem as seguintes

    desvantagens:

    muita variao entre as plantas originadas o que prejudicar principalmente na colheita

    devido a desuniformidade das plantas;

    muitas espcies de alto valor econmico no produzem sementes viveis no Brasil como

    por exemplo alfazema;

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    muitas semente possuem dormncia que difcil de ser quebrada ou h espcies que no se

    tem nenhuma informao sobre como obter timo nvel de germinao (no Quadro 10 constam

    algumas medidas para aumentar germinao); e

    quase todas sementes de espcies de interesse comercial so importadas.

    Mtodos para estmulo da germinao

    Mtodos Exemplos de espcies

    Pr-esfriamento (5 a 10C) por 7 dias camomila, melissaPresena de luz beladona, calndula, camomila, alecrimEscarificao (para romper o tegumento) alfavaca

    Algumas dicas para semeadura:

    muitas sementes de plantas espontneas s germinam quando muito prximas da superfcie,

    pois no germinam no escuro;

    de maneira geral, a profundidade de semeadura cerca do dobro do dimetro da semente;

    sementes de frutos muito suculentos possuem sementes que perdem rapidamente agerminao;

    compre sementes de empresas tradicionais como importadoras de sementes, pois para

    garantir a qualidade das sementes estas empresas armazenam em freezer; e

    compre sementes de saquinhos ou latas que no foram abertos.

    Propagao vegetativa

    o mtodo que consiste em reproduzir plantas atravs de partes da planta me ou matriz.

    Possui as seguintes vantagens:

    o ciclo at a colheita mais rpido; e

    produz indivduos semelhantes a planta me

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    As melhores condies para retirar mudas da maioria das espcies por este tipo de

    propagao so:

    retirar mudas no final do inverno ou incio da primavera;

    escolher um dia nublado para retirar as mudas;

    tirar mudas de matriz com tima sanidade (sem doenas ou ataque de pragas) e no muito

    nova ou velha; e

    no tirar muda de matriz que esteja em fase reprodutiva (com flores, sementes ou frutos);

    Aps a coleta, as mudas devero receber os seguintes cuidados:

    plantar as mudas em recipientes;

    utilizar substrato contendo partes iguais de areia, terra comum e hmus. No exagerar

    principalmente na quantidade de humos; e

    irrigar diariamente;

    manter as mudas em local sombreado.

    As principais formas de propagao vegetativa so:

    Estaquia

    Processo utilizando pedaos de 5 (como tomilho, melissa, cavalinha, manjerona, alfazema,

    blsamo, cnfora-de-jardim) a no mximo 20 cm de comprimento (boldo-baiano, urucum e

    sabugueiro), e de 0,5 a 2 centmetros de dimetro. As estacas podem ser de ramos ou razes.

    Normalmente quanto mais alta a planta, as estacas de galho devem ser mais lenhosas e

    maiores . No entanto, h plantas que enraizam melhor de estacas mais novas.

    Estacas de raiz ou rizoma so colhidos de razes centrais e devero conter uma ou mais

    gemas (olhos).

    As estacas so cortadas com tesoura de poda, na parte basal em forma de bisel (inclinado),

    junto a gema e reto no pice. So deixadas apenas um par ou 1/3 das folhas e quando houver,

    pode-se retirar os espinhos.

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    Planta-se em canteiros ou sacos plsticos, com terra preparada, deixando de fora 2/3 da

    estaca e enterrando o restante. Para melhor enraizamento, pode-se usar hormnios, encontrados em

    casas especializadas.

    As estacas tambm podem ser de folhas como em plantas do gneroKalanchoe.

    Diviso de touceira

    A diviso de touceira consiste em retirar a planta toda e dela retirar partes contendo parte

    area e raiz, que sero podadas, deixando respectivamente 5 a 10 cm e 2 a 5 cm de comprimento.

    Como exemplo, o capim-limo que aps ser retirado do solo, dividido em mudas, e destas so

    retiradas as partes secas e com sintomas de doenas e podada a parte area e radicular.

    Para o capim-limo e citronela por exemplo, as mudas podem ser armazenadas por 1 ou 2

    dias antes de plantar.

    Quadros teis

    Formas de propagao

    ESPCIE SEMENTES ESTACA

    DE

    GALHO

    ESTACA

    DE

    RAIZ

    ESTACA

    DE

    FOLHA

    DIVISO

    DE

    TOUCEIRA

    1. Alecrim x x2. Alfazema x x

    3. Blsamo x x4. Boldo-da-terra x5. Boldo-baiano x x6. Capim-limo x x7. Capuchinha x x x8. Carqueja x x x9. Cavalinha x x10. Citronela x11. Curcuma x12. Espinheira-santa x13. Fortuna x x14. Funcho x15. Hortel x x x x16. Manjerico italianox x

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    17. Manjerona x x x18. Melissa x x x19. Mil-folhas x x x20. Pariparoba x21. Poejo x x x

    22. Sabugueiro x x23. Salsa x24. Slvia x x25. Sap-macho x x26. Sete-sangria x27. Tanchagem x28. Tomilho x x x29. Unha-de-vaca x30. Urucum x x

    Altura e espaamento de algumas plantas medicinais.

    Espcie Altura mdia(m) Entre plantas (m) Entre linhas (m)

    1. Alecrim 1,00 0,80 1,202. Anglica 1,50 0,40 0,503. Arruda 1,00 0,40 0,704. Assa-peixe 2,50 4,00 4,005. Babosa 0,80 0,50 1,00

    6. Blsamo-de-jardim0,30 0,30 0,307. Bardana 1,00 0,30 0,508. Boldo-da-terra 1,50 1,00 1,009. Boldo-baiano 3,00 2,00 2,0010. Calndula 0,50 0,30 0,3011. Camomila 0,40 0,20 0,4012. Carqueja 1,50 0,40 1,0013. Capim-limo 0,80 0,40 1,0014. Confrei 0,50 0,60 0,6015. Dente-de-leo 0,50 0,30 0,3016. Erva-de-bicho 0,60 0,30 0,3017. Erva-baleeira 2,00 3,00 3,0018. Espinheira-santa4,00 3,00 3,0019. Funcho 2,00 0,80 1,2020. Guaco trepadeira 1,00 2,0021. Jurubeba 2,00 1,00 2,0022. Losna 0,70 0,30 0,3023. Melissa 0,50 0,40 0,5024. Mil-folhas 0,50 0,30 0,5025. Pfffia 2,00 0,50 1,0026. Quebra-pedra 0,50 0,30 0,30

    27. Sabugueiro 3,00 2,00 3,0028. Slvia 0,80 0,40 0,4029. Tanchagem 0,40 0,30 0,30

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    30. Unha-de-vaca 3,00 4,00 4,00

    Nmero de sementes por grama e a quantidade de algumas espcies, segundo algumas empresas

    produtoras de sementes so:

    Espcie Nmero de sementes

    por grama

    Alcachofra 30Alecrim 1.000Alfazema 1.000Alfavaca (Ocimum basilicum) 700Anis ou erva-doce 220

    Arruda 1.200Bardana 60Calndula 140Camomila 10.000Coentro 100Dente-de-leo 900Erva-cidreira (Melissa officinalis) 2.000Funcho 200Hortel e poejo 20.000Losna 10.000Manjerona 4.000

    Mil-folhas 7.000Organo 22.000Slvia 150Tomilho 4.000

    Obs. este valores so aproximados e referem-se a algumas espcies ou variedades das plantas

    citadas.

    COLHEITA

    A colheita a etapa final no campo e para ser coroada com xitos deve ser feita com

    bastante rigor, portanto algumas dicas so:

    no recomenda-se antes da secagem e aps a colheita, a lavagem das partes colhidas a no

    ser que a sua regio esteja na poca quente e seca. Para limpar as plantas que estiverem muito

    sujas, lave com um jato de gua suave um dia antes da colheita;

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    para as plantas aromticas, a colheita feita no incio da florao, por atingirem seu ponto

    mximo de fragrncia;

    nas plantas perenes, fazer um corte alguns centmetros acima do solo, com uma tesoura de

    poda , ou faca bem afiada. Pode-se colher a maioria duas vezes por ano, sendo a 1 colheita.quando a planta tiver pleno crescimento. No 1 ano deve-se limitar a colheita;

    para as plantas anuais, que so aquelas que possuem todo o seu ciclo, inclusive a morte, no

    mesmo ano, deve-se arranc-las totalmente pois no iro rebrotar;

    deve-se escolher dias secos e ensolarados e no colher com chuva ou vento. Como cada

    planta desenvolve-se de modo diferente, necessrio conhecer-se os seus ciclos de vida, para

    escolher o momento certo de colh-las.A parte a ser utilizada deve ser colhida na poca em que

    apresentar maior teor de princpios ativos;

    evitar da retirada de todas as folhas de um galho. Algumas plantas como a espinheira-santa

    s podem sofrer colheita de 50% da parte area por corte;

    para colheita de razes, escolher as superiores ou as mais prximas da superfcie. Em

    algumas espcies produtoras de razes, a parte area murcha na poca em que esto completamente

    maduras (zedoria e curcuma por exemplo);

    a parte area deve ser colhida logo de manh (aps o secamento do orvalho) e razes no

    final da tarde;

    razes e rizomas so colhidas no incio da primavera ou do outono;

    caules lenhosos so colhidos quando perdem as folhas no inverno ou outono;

    flores ou sumidades floridas devem ser colhidas com 2 cm de pednculo, pela manh e no

    incio da florao antes que se abram totalmente;

    frutos so colhidos no incio da maturao (deiscentes) ou quando esto completamente

    maduros, no outono;

    sementes so colhidas quando esto maduras, no outono ou no inverno;

    cascas so colhidas antes da planta brotar novamente, na primavera;

    folhas so colhidas sem o pecolo, no incio da formao de flores;

    para aumentar a massa foliar em manjerices e boldo-da-terra por exemplo, deve-se retirar

    as flores

    gemas so colhidas logo depois de surgirem; e

    plantas herbceas na altura das primeiras folhas.

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    Obs. estas recomendaes no servem para todas as plantas pois h vrias excees como

    por exemplo:

    algumas espcies como o funcho tem as sementes colhidas antes da completa maturao

    devido a queda espontnea;

    as sumidades floridas da camomila so colhidas em plena florao; e

    alguns estudos concluram que a colheita do alecrim deve ser realizada aps a florao e o

    manjerico prximo da hora do almoo.

    Para o incio da colheita o IAPAR recomenda os seguintes perodos aps o plantio:

    Espcie Incio da colheita

    Alecrim 6 mesesAlfavaca 3 mesesArruda 4 mesesBabosa 1 anoBoldo-da-terra 1 anoBoldo-baiano 6 mesesCalndula no florescimentoCarqueja 6 mesesConfrei 3 meses

    Erva-de-bicho 3 mesesEspinheira-santa 2 anosGuaco 6 mesesLosna 6 mesesMelissa 6 mesesMil-folhas 4 mesesPfffia 1 a 2 anosQuebra-pedra 3 mesesSabugueiro 1 anoSlvia 6 mesesTanchagem 3 meses

    Atravs de pesquisas o Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Qumicas, Biolgicas e

    Agrcolas (CPQBA) da Universidade de Campinas, chegou aos seguintes rendimentos de algumas

    plantas medicinais:

    Espcie Rendimentoton/matria seca/hectare

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    Alecrim 1,82 de folhasBeladona 2,04 da parte areaCalndula 1,3 de floresCapim-limo 24,0 de folhasCarqueja 5,96 da parte area

    Espinheira-santa 0,67 de folhasGuaco 1,95 de folhasHortel-pimenta 1,58 da parte areaMelissa 2,33 da parte areaMil-folhas 2,0 de folhasQuebra-pedra

    (Phyllanthus amarus)

    2,4 da parte area

    Slvia 1,7 de folhasSete-sangria 3,1 da parte areaTanchagem 2,04 da parte area

    Obs. estes resultados foram obtidos em timas condies de cultivo. Normalmente a

    maioria das plantas medicinais (com muitas excees) produz anualmente 1,0 a 3,0 toneladas de

    matria seca.

    Caso seja possvel, antes da secagem faa as seguintes atividades:

    eliminar fragmentos de outras plantas que se misturarem s partes desejadas;

    escolher as partes vistosas, inteiras, limpas e sem estarem sendo atacadas por pragas; evitar que as partes colhidas se sujem de terra;

    verificar se no h larvas ou insetos;

    no apertar ou machucar a planta para que no murche;

    secar o mais rapidamente possvel;

    tomar cuidado com plantas txicas, principalmente se a toxicidade ocorrer por contato.

    SECAGEM E ARMAZENAMENTO

    Caso as plantas no sejam usadas frescas, necessrio proceder secagem o mais

    brevemente possvel, para manter os princpios ativos intactos, alm de preserv-las do ataque de

    fungos e bactrias.

    As condies ideais para secagem so:

    o secador no deve ter portas ou janelas voltadas para a face sul;

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    internamente o secador deve ser limpo, arejado, sem muita entrada de luz solar;

    as temperaturas mximas de secagem so:

    30 a 35C para folhas e flores aromticas40 para folhas e flores no aromticas

    65 para partes duras

    no revolver folhas e flores;

    no esquecer de colocar no secador sadas para o ar quente;

    no secar ao sol folhas e flores;

    as camadas de folhas devem ter no mximo 5 cm de espessura; secar uma espcie de cada vez no secador; e

    secar logo aps a colheita;

    se for utilizar prateleiras, deixe espaamento de 30 cm entre cada uma; e

    as partes colhidas tem que ser secadas sobre superfcie no compactada, isto , sobre telas,

    sombrite ou ripado.

    A secagem pode ser atravs do calor natural ou artificial. Para a secagem natural, as partescolhidas so colocadas sobre panos, ripados ou redes, estendidos em local arejado, sem umidade e

    abrigadas do sol..

    A secagem artificial d-se em secadores especiais com temperatura controlada (entre 30 e

    65). mais rpida e geralmente utilizada para grandes quantidades de plantas, s que so raras as

    empresas que comercializam secadores especficos para plantas medicinais.

    Em alguns casos faz-se uma estabilizao, que feita com vapores de lcool etlico, que

    mantm as enzimas celulares inativas, preservando assim, sua composio qumica.A secagem dura de 2 a 15 dias dependendo do tipo de material, secador e do local. As

    partes colhidas ficam com 1/3 a do peso do material colhido.

    Aps a secagem, deve-se conservar as drogas ao abrigo da luz, do calor, do p e dos

    insetos. A luz altera a cor das drogas e por isso deve-se conserv-las em recipientes de metal,

    cermica, vidro escuro ou madeira e nunca em recipientes de plstico ou transparentes. Os

    recipientes devem ser fechados hermeticamente para impedir que a umidade os alterem devem ser

    guardados em locais ventilados, longe do calor e da poeira, que facilitam o desenvolvimento de

    fungos e bactrias.

    No material colhido colocar etiquetas com o nome da espcie colhida e a data da colheita.

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    28

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    COMERCIALIZAO

    As plantas medicinais no possuem grande variao de preos mas o que pode elevar o

    preo, so pesquisas sobre novas comprovaes cientficas da planta ou at por modismo. Nos

    ltimos cinco anos a tendncia de preos para as espcies coletadas no Brasil foi em mdia U$

    1,00 a 2,00 para plantas espontneas e U$ 2,00 a 5,00 para espcies cultivadas, sendo que algumas

    podem ter preos bem maiores ou em funo da escassez ou do modismo.

    Estes preos so relacionados as produes sem necessariamente terem qualidade,

    principalmente porque a maioria das plantas medicinais so obtidas via extrativismo e com isto

    ocorre muita falsificao e produto com muitas impurezas. Com um produto de primeira, o

    produtor poder receber preos melhores.

    Para os iniciantes, como j foi dito, deve-se comear com pequena rea, para poder

    controlar melhor a produo e oferecer produtos de tima qualidade e com isto ganhar a confiana

    do comprador, o qual poder sugerir novas plantaes.

    O pequeno produtor poder vender sua produo, obtida no incio geralmente da extrao

    de plantas espontneas, para farmcias de manipulao, vendedores de plantas medicinais em

    feiras. interessante que fornea uma amostra do produto.

    Aos produtores iniciantes ou no, sugere-se que:

    consultar o mximo de bibliografia e instituies de pesquisa;

    contatar os provveis compradores antes do plantio ou colheita de plantas espontneas,

    estes daro maior ateno quando perceberem que conhecem bem o assunto;

    saber como andou o preo de seu produto nos ltimos anos;

    inicie com uma ou duas espcies no mximo;

    uma vez produzindo, no exagere no preo solicitado pois o comprador pode mudar ou at

    estimular um novo concorrente; e

    de ateno mo-de-obra, pois dificilmente estaro acostumados ao cultivo de plantas

    medicinais; e

    MANTENHA SEGREDO DA SUA PRODUO PARA NO ESTIMULAR

    CONCORRENTE. NO POR MOTIVOS DE EGOISMO MAS PORQUE SE MUITOS

    PRODUZIREM A MESMA ESPCIE O PREO CARA DRASTICAMENTE,

    INVIABILIZANDO A PRODUO DE TODOS.

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    Alternativas de renda com as plantas medicinais

    viveiro de mudas

    atividade que mais d lucro para reas mnimas (como por exemplo 500 m 2) mas h

    necessidade de registro na Secretaria da Agricultura (ou similar no seu estado), no

    IBAMA, responsvel tcnico e registro no CREA (dependendo do Estado) se for empresa.

    A participao em feiras e exposies por exemplo essencial.

    produo de plantas condimentares para distribuio direta (restaurantes por exemplo)

    tambm para pequenas reas altamente rentvel mas j comea a ficar saturado em

    algumas grandes cidades. O preo de um mao quase superior ao preo de 1,0 kg de

    matria seca da mesma planta. Sugere-se enviar amostras aos restaurantes.

    produo de plantas para cultos afro-brasileiros (casas de umbanda por exemplo)

    mercado restrito a cidades grandes onde se concentra maior nmero de empresas

    compradoras. Algumas plantas como arruda tem preo maior em determinadas pocas

    produo de plantas para artesanato

    somente para reas mdias (entre 1,0 e 10,0 ha)e com nmero restrito de plantas (macela,

    alecrim e camomila por exemplo)

    artesanato com plantas medicinais e aromticas (guirlandas, travesseiros, sach)

    poder produzir o prprio artesanato e sofrer menos burocracia para criar a empresa. A

    participao em feiras e exposies tambm essencial.

    produo de plantas para atacadista

    produo de plantas para farmcias de manipulao

    produo de condimentos

    todas estas atividades so para reas maiores (10,0 ou mais ha)

    BIBLIOGRAFIA

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    PLANTAS CONDIMENTARES

    BOTNICA DAS PLANTAS CONDIMENTARES

    O valor de uma especiaria ou planta condimentar est quase sempre relacionado a um grupo desubstncias denominadas de leos essenciais, que so tambm considerados princpios ativos e comamplo uso na medicina. H tambm outros tipos de substncias como a capsaicina do pimento e

    pimentas picantes, que classificada como alcalide. O produtor de plantas condimentares tambm terde acompanhar pesquisas na rea de sade sobre sua planta, pois aspectos negativos ou positivosrelacionados ao seu uso medicinal iro influenciar diretamente o valor econmico da espcie escolhida.

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    Outro assunto que importante a ser levado em conta a identificao da planta, principalmentepara evitar que cometa erros que podero comprometer a imagem do produtor, pois no so poucas asconfuses que ocorrem na denominao de alguns condimentos.

    No entanto no se exige a correta denominao do organo verdadeiro, das pimentas ou dasinmeras espcies ou variedades de manjerico e de hortel, devido a existirem apenas alguns

    especialistas nestas plantas em todo o mundo. Portanto no fique frustrado se no conseguir a exataclassificao de algumas espcies.Neste item so dadas algumas informaes que sero teis ao produtor principalmente para

    facilitar na identificao, pois quando mais informado sobre a rea de condimento, maior transmisso desegurana e confiabilidade no que trabalha.

    Nome cientfico

    Ao contrrio das plantas medicinais, no obrigatrio o nome cientfico do condimento no rtulo,apesar do autor recomendar para dar maior credibilidade ao produto, pois em alguns casos a omisso donome pode parecer proposital. Outra diferena com as plantas medicinais a mnima variao entre os

    nomes populares.Para relembrar vamos ver com se escreve o nome cientfico:

    Nome popular da espcie Nome cientfico da espcie

    Aafro Crocus sativus L.Manjerico italiano Ocimum basilicum L.

    O nome cientfico vem grafado na forma diferente de como so escritas as outras palavras, isto ,em itlico, negrito ou at grifado (o importante seu destaque no texto). O primeiro nome (gnero) inicia

    em maiscula e o segundo em minscula. Pode ainda vir no final do nome cientfico o nome do autorresponsvel pelo nome cientfico. Quando variedade o nome pode ser escrito da seguinte forma: Menthaarvensis L.var.piperascens, que uma variedade de hortel.

    Algumas confuses na identificao

    Felizmente so poucas as confuses com os condimentos, mas algumas vezes h alguns exageroscomo o tomilho (folhas prximas ao do alecrim e com cheiro do organo) que chamado de cominho(com folhas semelhante ao funcho).

    No quadro so relacionadas algumas confuses que ocorrem.

    Quadro: confuses na identificao de condimentos.

    Confuso Caractersticasdo verdadeiro

    Caractersticasdo falso

    Nome cientficodo verdadeiro

    Nome cientfico do falso

    Aafro rarssimo noBrasil, obtidodos pistilos dasflores

    obtido das razesde cor alaranjada, conhecidotambm por curcuma

    Crocus sativus Curcuma longa

    Alcaparra rara no Brasil,ereta, o sabor

    acentua-se novinagre

    comum no Brasilem locais de

    clima mais amenoe rasteira

    Capparis spinosa Tropaeolum majus

    Erva-doce menos de 1,0 m, comum no Brasil, Pimpinella Foeniculum vulgare

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    flores brancas,folhas largas,sementes maisarredondadas

    flores amarelas,folhas comfololos afinados,sementesalongadas,

    tambm chamadode funcho

    anisum

    A erva-doce verdadeira de rara ocorrncia nos quintais e hortas brasileiras, mas seu odor bastante semelhante ao do funcho, anis-estrelado ou at uma espcie de manjerico. Entre estas plantasapenas o funcho possui variedades especficas para produo de bulbo comestvel, principalmente emsalada.

    Talvez o erro mais comum no Brasil entre os condimentos, confundir o verdadeiro aafro, e queaqui pode referir-se a pelo menos 4 espcies, o legtimo (Crocus sativus), um que poucos chamam poreste nome que o Bixa orellana (mais conhecido por urucum), uma raiz de cor alaranjada e tambmchamado de aafro pelos brasileiros (Curcuma longa) e um de rara ocorrncia nas regies mais frias e

    tambm pouqussimo conhecido (Carthamus tinctorius), que alis mais utilizado como corante.H ainda no Brasil, algumas plantas com odor bem prximo a da pimenta-do-reino. So espcies

    que pertencem ao gneroXilopia e que mereceriam mais estudos sobre sua viabilidade na culinria, poisso menos picantes. Possuem nomes vulgares como pindaba, pimenta-de-bugre e pimenta-de-macaco.

    E prxima da noz-moscada temos uma planta silvestre com caractersticas semelhantes, que aCryptocarya moschata e que pertence a famlia do louro e das canelas. Alis, no Brasil, as plantaschamadas de canelas no possuem as mesmas utilidades da canela-da-china. Outra planta que brotaespontaneamente no Brasil e que pode ser usada como condimento a aroeira-vermelha (Schinusterenbinthifolius) e que j chamada de pimenta-rosa.

    No nordeste h uma planta com formato semelhante ao boldo-de-folha-peluda e com um aromaque lembra muito pouco o organo mas que tambm usada na culinria. chamada de hortel-do-norte,malvaisco ou at alfavaca como no interior de Sergipe e o nome cientfico Plectranthus amboinicus. EmCuba chamado de organo.

    Alm do coentro (Coriandrum sativum), no Brasil tambm conhecido como coentro ou coentrouma planta de nome Eryngium foetidum, que comum no nordeste. Para mais confuso h tambm oorgano mexicano (Lippia graveolens), que no tem aparncia semelhante ao verdadeiro.

    H tambm muitas plantas nativas no Brasil que recebem o nome de alecrim como o alecrim-do-campo e o alecrim de vaqueiro, sendo que a maioria no possui uso condimentar.

    A identificao correta de alguns grupos de plantas s possvel em Instituies estrangeiras depesquisa como oRoyal Garden na Inglaterra. Como exemplo de grande dificuldade para chegar ao nomecorreto pode-se citar manjerices, hortels, organo ou manjerona e pimentas, sendo o primeiro o grupo

    com maior diversificao de espcies e variedades de interesse econmico. Entre as pimentas hdivergncias entre os pesquisadores.Para auxiliar na busca da identificao de algumas espcies so fornecidas caractersticas em

    comum de algumas espcies.

    espcies que possuem aroma semelhante

    aroma de anis: h algumas espcies que possuem aroma semelhante ao que lembra o anis, como averdadeira erva-doce ou anis (Pimpinella anisum), o funcho e sua variedades produtoras de sementes oubulbos (Foeniculum vulgare), um manjerico que muitos chamam de atroveran (Ocimum selloi), sendoinclusive utilizado na fabricao de licores caseiros, o anis estrelado (Illicium verum);

    aroma de organo: neste aroma podem ser exemplificados o prprio organo (Origanum vulgare),a manjerona (Origanum majorana), a segurelha (Satureja hortensis), e o tomilho (Thymus vulgaris). Esteltimo possui folhas mais afinadas e menores enquanto que a segurelha possui folhas menores que o

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    organo e a manjerona, e entre estas ltimas muito difcil a diferenciao. Acrescente tambm que emtodas citadas existem variedades. H ainda o coentro ou chicria para alguns (Eryngium foetidum); aroma de menta: aqui entram vrios hortels do gnero Mentha e uma planta conhecida como

    poejo-do-rio-grande (Cunila microcephella); aroma de manjerico ou alfavaca: so inmeras as espcies que possuem odor que lembra o que

    muitos chamam de alfavaca, principalmente em funo das inmeras variedades. Todos pertencem aognero Ocimum; e aroma de cravo: o prprio cravo-da-ndia (Eugenia ) e o manjerico-cravo ou favaco (Ocimum

    gratissimum).

    Origem de algumas plantas condimentares

    sia

    Aneto, pimenta-do-reino, cardamomo, canela verdadeira, canela-da-china, noz-moscada, gengibre,curcuma e cravo-da-ndia

    Amrica

    Baunilha e pimenta-malagueta

    Europa

    Coentro, hissopo, manjerona, tomilho, slvia, segurelha, erva-doce, funcho, levstico e cominho.

    Exemplos de partes das plantas que fornecem o valor condimentar

    De acordo com a parte que serve como condimento pode-se agrupar da seguinte forma:

    frutos completos: capuchinha, pimenta, anis; flor: cravinho, aafro; partes do fruto ou sementes: anis, funcho, cominho, coentro, alcarvia, mostarda, noz moscada; folhas: cereflio, levstico, estrago, slvia, organo, tomilho, alecrim, salsa, louro; casca: canelas;

    rgos subterrneos: gengibre, curcuma; e bulbo: alho e cebola.

    Algumas espcies produzem mais de uma parte como condimento como por exemplo coentro(folhas e sementes), funcho (semente e bulbo), hissopo e manjerona (folhas e sumidades florais).

    EXIGNCIAS CLIMTICAS E EDFICAS PARA AS PLANTAS CONDIMENTARES

    A qualidade de uma planta condimentar est relacionado diretamente aos teores de algumassubstncias (como os leos essenciais) e com isto, a produo da biomassa no ser o principal parmetrolevado em considerao para efeito de preo. Como os fatores climticas e de solo influenciam a

    produo de substncias na planta, o produtor dever estar bastante atento as exigncias da cultura. Se o

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    no observ-las, a sua produo poder at estar bem desenvolvida mas sem o teor de princpio ativodesejado.

    Com isto, caso tenha interesse em produes maiores, certifique com especialistas de que suaplanta estar no local adequado. Grandes volumes de plantas medicinais so comprados somente apsanlise do material.

    Clima

    Temperatura

    A temperatura ir afetar principalmente a produo da biomassa ou a produo de flores comoocorre principalmente com plantas originrias de regies mais frias.

    A maioria das plantas condimentares de clima temperado (ameno) ou mais quente como muitasdas espcies das famlia solnacea (pimentas principalmente), umbelferas e labiadas.

    Com relao a poca de plantio importante seguir as seguintes orientaes:

    em locais de clima mais ameno, plante as espcies exigentes em clima mais quente apenas nosmeses de setembro ou outubro e as de clima mais frio em qualquer poca; e em locais de clima quente plante em abril ou maio as de clima mais ameno e no ano todo as que

    preferem clima temperado ou mais quente.

    Com observaes do comportamento das espcies em relao a temperatura, podemos chegar asseguintes concluses:

    espcies que toleram grande variao de temperatura: aafro e alcarvia (sofrem com geadas),

    cebolinha, hortel, organo, cominho, aneto e salsinha; espcies que sofrem em clima mais frios: coentro, manjerico, erva-doce, louro, cereflio, funcho(depende da variedade), segurelha, estrago, manjerona, gengibre, raiz forte e alecrim; e espcies que produzem menos em clima mais quente: segurelha anual, capuchina, funcho, raiz-forte, levstico, estrago, alho, hissopo, alecrim, slvia, tomilho, louro e erva-doce.

    Luz solar

    So raras as plantas condimentares que conseguem desenvolver sem a luz solar direta. Mesmo emplantas cultivadas em estufas, a mnima obstruo da luz solar, causa perda na qualidade aromtica. Em

    uma propriedade com inclinaes em todas as faces (norte, sul, leste ou oeste), a produo de melhorqualidade ocorrer na face norte devido a maior incidncia de luz solar. O mesmo raciocnio pode serutilizado para a colocao de jardineiras em prdio, s que neste caso, a face sul invivel para o plantiode condimentos.

    Altitude

    Com relao altitude, a maioria das condimentares no teria no Brasil as condies ideais,considerando que so espcies nativas de locais com altitude superior a 1.000m. No pas a maior parte doseu territrio situa-se entre o nvel do mar e 1.200 m de altura.

    Abaixo so dadas as maiores altitudes exigidas para algumas condimentares:

    At 1.000 m

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    Erva-doce

    Entre 1.000 at 1.500m

    Alecrim, aafro, coentro, cominho, estrago, funcho (variedade doce requer menor altitude), manjerona

    Entre 1.500 e 2.000

    Alcarvia, slvia, tomilho, segurelha (Satureja montana)

    Mais de 2.000 mOrgano

    Latitude

    A influncia da latitude, que ir refletir diretamente na quantidade de horas de luz, condio quejustificam a melhor qualidade das aromticas em suas regies de origem. Vrias espcies so originadasou cultivadas com sucesso em locais com latitude superior a 40 (no Brasil a latitude mxima prximade 35).

    Umidade

    A umidade do ar ou do solo outro fator que influencia na qualidade do condimento. Em algunsexperimentos, o excesso dgua tem resultado em plantas com mais biomassa mas com menores teores deleos essenciais e um pequeno stress hdrico pode favorecer no aumento do teor mas com menor peso.

    Edficas (solo)

    O tipo de solo pode influenciar a produo da biomassa e das substncias medicinais. Geralmentea origem da planta medicinal pode servir como indcio de qual solo ela est mais adaptada, de modo que

    possa servir de subsdios para indicao de locais mais propcios.

    Quadro: Indicaes da qualidade de solo para algumas plantas condimentares (extrado deBUSTAMANTE, 1993, MARTINS et al., 1995 e SILVA JNIORet al.,1996).

    NOME VULGAR NOME CIENTFICO QUALIDADE DO SOLOAafro Crocus sativus no pode ser argiloso, mido e impermevelAlcarvia Carum carvi vegeta em ampla variedade de solo, desde que

    bem drenado, no seco e compactoAlecrim Rosmarinus officinalis calcrio e bem drenadoAneto Anethum graveolens bem drenado, rico em matria orgnica e frtilCoentro Coriandrum sativum frtil e bem drenadoCominho Cuminum cyminum solo areno-argiloso, permevel e frtil.

    Desenvolve bem em solo calcrioEndro Anethum graveolens frtil e sem umidade excessivaErva-doce Pimpinella anisum bom teor de matria orgnica, no suporta solo

    argiloso e mal drenadoEstrago Artemisia dracunculus frtil, permevel e soltoFuncho Foeniculum vulgare bem adaptado a vrios tipos de solo, desde que

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    bem drenado (no seco) e levemente alcalinoGengibre Zinziber officinale bem drenadoHissopo Hyssopus officinalis areno-argiloso ou argilo-arenoso, bem drenadoHortel Mentha villosa exigente em matria orgnica e nem um pouco

    seco

    Manjerico Ocimum basilicum rico em matria orgnica, no suporta soloargiloso e mal drenado

    Manjerona Origanum marjorana sofre com solo excesso de umidade e muitoargiloso

    Organo Origanum vulgare natureza calcria e frtil, e menos exigente que amanjerona

    Slvia Salvia officinalis tolera pH de 5,0 a 9,0 e no muito exigentequanto a fertilidade

    Segurelha anual Satureja hortensis cresce at em solos arenoso e calcrioTomilho Thymus vulgaris tolera solo argiloso e calcrio

    Tambm com relao ao solo pode-se ter fazer outras observaes:

    curcuma e gengibre (espcies que produzem razes para colheita) devem ser plantados em solosmais soltos (nem um pouco argiloso); os solos mais escuros so geralmente mais frteis e mais propensos a doenas; e solos mais claros so geralmente mais cidos e mais secos.

    PLANTIO

    Reproduo sexuada (por sementes)

    Abaixo so dados exemplos de tratamentos para aumento da germinao.

    Embebio com KNO3

    Algumas sementes com as de funcho, necessitam de serem embebidas em soluo a 2% de KNO3.

    7 dias por 5-10 C

    Deixar na temperatura e perodo citados as sementes de slvia, aneto e cereflio.

    Luz

    Muitas espcies necessitam de luz para germinar. Exemplo: hissopo e alecrimSempre teste com uma pequena quantidade os mtodos indicados tendo em vista que estas

    recomendaes so obtidos de experimentos no exterior.Alguns comerciantes de sementes tambm pode dar algumas informaes para o mximo de

    germinao.A grande maioria das espcies de condimentos propagam-se por semente mas algumas s

    conseguem propagar-se quase que somente por esta forma como por exemplo: alcarvia, aneto, cominho,funcho, erva-doce, salsinha, coentro e cereflio.

    Algumas dicas para aquisio de sementes:

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    compre somente sementes de empresas com tradico na importao de sementes; e compre sementes de saquinhos ou latas que no foram abertos.

    Propagao vegetativa

    Para obter maior sucesso na propagao vegetativa siga os seguintes conselhos:

    poca de coleta material para propagao: final de inverno ou incio da primavera. Caractersticas do dia da coleta: nublado ou at com chuvisco. Horrio da coleta: aps o horrio mais quente. De qual planta matriz coletar: que no esteja em fase reprodutiva, nem muito nova ou velha, comtima condies de sanidade e bem desenvolvida.

    As principais formas de propagao vegetativa so:

    Estaquia de folha

    o processo vegetativo mais utilizado para as plantas condimentares. Normalmente so utilizadospedaos de galhos de 5 a 10 cm (tomilho, slvia, segurelha, estrago, organo e manjerona), 10 a 15 cm(alecrim, manjerico, favaco) e de 15 a 20 cm de comprimento (louro e urucum). O dimetro varia de 0,2a 1 centmetro de dimetro e cada estaca dever ter pelo menos trs ns.

    Na prtica tem se conseguido melhor resultado quando as estacas so um pouco lenhosas na parteque ser enterrada. De arbustos ou rvores, as estacas de galho devem ser mais lenhosas e maiores. Asestacas tambm podem ser de rizomas ou razes (curcuma, gengibre e hortel), desde que tenham duas atrs gemas.

    Sempre cortar as estacas de galho com tesoura de poda. Na parte que ser enterrada em forma debisel (inclinado) e reto no pice. Deixar um par de folhas (louro e urucum ou apenas 1/3 das folhas(alecrim, tomilho, segurelha, organo e manjerona).

    As estacas podem ser plantadas em canteiros ou sacos plsticos, com substrato preparado (misturade partes iguais de terra comum, hmus e areia), deixando de fora 2/3 da estaca e enterrando o restante.Para melhor enraizamento, pode-se usar hormnios, encontrados em casas especializadas.

    Diviso de touceira

    o mtodo que permite desenvolvimento mais rpido das mudas mas tambm o que menosrende, pois consiste em aproveitar partes da planta contendo parte area e raiz. Aps a retirada das mudas,

    podar a parte area e a raiz, deixando respectivamente 5 a 10 cm e 2 a 5 cm de comprimento. Soexemplos de condimentos que reproduzem por diviso de touceira: cebolinha, tomilho, hissopo, organo esegurelha.

    Alporquia

    Sem a utilizao de hormnios a forma mais recomendada para o louro. As etapas para alporquiaso:

    escolha um galho com tima aparncia e com no mnimo 30 cm de comprimento

    sem retir-lo da planta, faa um anelamento (retire a casca em forma de anel) a uma distncia decerca de 20 cm do pice do galho coloque barro ou esfagno mido sobre o anel

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    envolva o anel com uma fita plstica e amarre nas pontas depois de bem enraizado, plante no local definitivo ou em recipientes

    No caso do louro, a demora para pegamento cerca de 2 a 4 meses.

    H tambm plantio por bulbos como para o aafro e alho.

    Quadros para planejamento dacompra de sementes

    Quadro: peso de 1.000 sementes deplantas condimentares obtidos peloautor e PRADO, C.; ROMERO, F. H.C. e SANTOS, R. R. (1998)

    Espcie Peso de 1.000sementes

    Aneto 1,229Cereflio 3,232Hortel-

    pimenta0,073

    Manjerico 1,916Manjerona 0,284

    Organo 0,083Salsa 1,585Salso 0,445

    BUSTAMANTE (1993) fornece os seguintes pesos de 1000 sementes:

    Espcie Peso em gramas

    Alcarvia 3,000Alecrim 1,038Aneto 1,460

    Coentro 9,003Cominho 3,140Erva-doce 2,400Funcho 4,970Hissopo 0,900 a 1,000Manjerico italiano 1,400Manjerona 0,225Mostarda branca 5,000Organo 0,035Slvia 6,300Satureja hortensis 0,761Satureja montana 0,650Tomilho 0,265

    PRODUAO EM VASOS E JARDINEIRAS

    Para aqueles que querem uma produo em vasos, jardineiras ou recipientes,estes devem ter pelo menos 20 cm de profundidade para as espcies com at 50 cmde altura. Mesmo espcies que requerem vasos maiores como louro e alecrim, estas

    podem ficar por at 6 meses (ou quando notar murchamento ou crescimentoexcessivo de razes) e devero ser transplantadas para o local definitivo. Qualquerlocal em que incida pelo menos 6 horas de sol e protegido de ventos frios e fortes,

    para que as plantas cresam com vigor, pode ser utilizado para a colocao dosrecipientes.

    Mesmo em locais onde a iluminao deficiente (3 a 4 horas de sol), pode-secolocar espcies tais como hortel, capuchinha, salsinha, cebolinha e tomilho, apesarde perderem em qualidade.

    O substrato mais utilizado uma mistura em partes iguais de terra comum,hmus e areia e no fundo devem haver furos para evitar encharcamentos e cobertoscom camada de pequenas pedras ou at pedaos de telhas.

    Para evitar que fique adubando todo ms, adicione para cada cinco litro dosubstrato 2 colheres de ch de farinha de ossos e duas de torta de mamona. Repita a

    cada 6 meses esta adubao.Sempre que o recipiente estiver com o substrato seco, coloque gua. Adubemensalmente com uma colher de hmus de minhoca.

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    Estes outros valores foram fornecidos por empresa que comercializam sementes:

    Espcie Nmero de sementes por gramaAlcarvia 120Alecrim 1.000

    Anis ou erva-doce 220Cebolinha comum 600Estrago 6.000Funcho 200Hissopo 1.000Levstico 6.000Slvia 150Segurelha 1.500Tomilho 4.000

    Com relao ao gasto com sementes, HORNOK (s.d.), fornece as seguintes quantidades:

    Espcie Requerimento de sementes por hectare (Kg)Alcarvia 6-10Aneto 12-14Coentro 16-20Erva-doce 13-15Estrago 40.000 a 50.000 mudasFuncho 8-10Hissopo 3-5Levstico 6-8Manjerico 4-6Majorana 6-8Mostarda branca 15-17Mostarda preta 12-14Slvia 30.000 a 36.000 mudasSegurelha 4-8Tomilho 80.000 mudas

    Quadro: espaamento de algumas plantas medicinais.

    Espcie Entre plantas (cm) Entre linhas (cm)

    Aafro 10 15 a 45Alcarvia 20 a 30 40 a50Alecrim 50 80 a 160Aneto 10 a 20 40Cereflio 15 25Coentro 15 a 20 50 a 60Cominho 25 a 30 50Erva-doce 20 40 a 70Estrago 30 40 a 50Funcho (para sementes) 50 a 60 50 a 90Hissopo 30 a 40 80 a 140

    Manjerico 20 a 30 50 a 70Manjerona 20 a 30 40Organo 35 30 a 70

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    Segurelha (Satrureja hortensis) 20 a 25 30 a 60Segurelha (S. montana) 30 a 35 80 a 120Slvia 40 60 a 80Tomilho 25 a 30 60 a 80

    Como a maioria dos espaamentos no foram estudados nas nossas condies, pode ocorrervariaes quando for plantar. Em solos menos frteis, o espaamento pode ser menor e nos mais frteis oespaamento poder ser maior.

    Plantas muito separadas estaro mais sujeitas a poeiras e muito adensadas, crescero com menosfora.

    Adubao para plantios comerciais

    Quadro: adubao orgnica e de NPK em plantas condimentares segundo BUSTAMANTE (1993)Espcie N (kg) P2O5 (kg) K 2O (kg) Observaes M. O.

    (ton) antesdo plantio

    Alcarvia 60 100 100 solo de mdia fertilidadeAlecrim 60 a 80 60 a 80 80 a 100 adubao anual 30 a 50Coentro 60 a 80 80 a 100 100 a 120 no preparo do solo e N em duas

    vezesErva-doce 45 80 a 100 100 a 120 solo de mdia fertilidade 15Estrago 75 80 120 anual e depois de cada corte

    suplementar com 30 de N30 a 50

    Funcho 80 120 120 no ultrapassar a dose de N,devido a influncia na produode folhas

    15 a 20

    Hissopo 50 a 70 60 a 80 100 a 120 antes do plantio e anual aps oincio da fase vegetativa, aps 1corte, mais 30 de N

    40

    Manjerico 100 a 150 100 a 140 100 a 140 maior quantidade para solos comgrande perda por lixiviao

    Manjerona 150 100 a 120 100 a 120 solo mdio, N em trs vezes(incio da vegetao, depois 1corte e depois do 2 corte)

    Organo 120 a 150 80 a100 100 a 120 N em duas vezes (1 na atividadevegetativa e 2 aps 1 corte)Slvia 40 a 50 80 a 100 80 a 100 anual, aps 1 corte mais 30 de N, 20Segurelhaanual

    60 a 80 40 a 60 60 a 80 N em duas vezes (1 no preparo dosolo e a segunda logo aps o

    plantio)Segurelha

    perene60 a 70 50 a 60 80 a 100 antes do plantio, todos os anos e

    na primavera30

    Tomilho 75 a 80 50 a 60 100 a 120 N em cobertura, P e K no preparosuperficial do solo

    40 a 50

    Obs. m. o.= matria orgnica

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    Com relao ao perodo crtico relacionado a irrigao, MAROUELLI et al. (1996), fornece osseguintes dados:

    Espcie Perodo crtico

    Cebola Desenvolvimento do bulboPimento Formao e desenvolvimento de frutosPimentas Frutificao at a colheita

    Recomendaes gerais para controle de pragas

    1. plantar espcies ou variedades resistentes e adaptadas ao local e a poca;2. respeitar os espaamentos e poca recomendados para cada espcie/variedade;3. quando realizar capina ou qualquer outro tipo de trato cultural, procure no danificar as plantas, j

    que um ferimento a porta de entrada de patgenos. A slvia exemplo de planta que sofre com qualquerdano que recebe;4. comece o trabalho sempre pelas sadias e termine o trato nas plantas doentes, para que no hajainfeco;5. desinfeccione toda hora o material de colheita ou poda;6. evitar a monocultura, procurando plantar na mesma rea espcies de forma e famlias diferentes;7. manter sempre o solo em boas condies;8. evitar o uso de produtos qumicos, sem a devida orientao tcnica;9. ao notar uma planta doente retire a parte infectada (folha, ramo etc.) ou at mesmo a planta inteirae queime-a, para que no haja contaminao, aps isso isole o local e plante outra espcie de famliadiferente;10. nunca deixe seu canteiro excessivamente irrigado, pois alta umidade e temperaturas altas, tornamo ambiente mais propcio ao ataque de doenas;11. procure ter o maior nmero de espcies diferentes e sempre realizar rotao de culturas, evitando

    plantar em dois anos consecutivos uma mesma planta ou da mesma famlia, pois absorvem o mesmonutriente do solo e a planta fica fraca e vulnervel a pragas e doenas, alm de se ter no canteiro

    patgenos que sobrevivem no solo de uma ano para o outro;12. contra certas pragas plante em volta do canteiro por exemplo, cravo de defunto ou tagetes quemantm os pulges longe, hortel que afugenta as formigas, e arruda contra lesmas;13. ao perceber o incio de ataque de doenas, inicie a colheita antes que perca toda a produo;14. faa tambm todo ano tratamento de inverno (aplicao de caldas), para prevenir contra doenas e

    pragas, alm de preparar a planta para a brotao, florescimento e frutificao;e15. adquirir sempre mudas sadias; e16. ao utilizar uma planta como matriz de mudas, observe se ela