apostila equipamentos de medição

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1 1 Medidor Monofásico O medidor monofásico pode ser entendido como sendo um conjunto constituído de um único elemento motor, montado na respectiva base. O medidor monofásico, com relação aos números de fios, pode ser de 02 ou 03 fios. 1.1 Medidor monofásico de 02 fios O medidor é formado por uma bobina inteira de corrente com “n” espiras e uma bobina de potencial, formando 01 elemento motor, para ser alimentado com tensão nominal, do equipamento, de 120 ou 240V. 1.1.1 Esquema interno de ligações

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O medidor monofásico pode ser entendido como sendo um conjunto constituído de um único elemento motor, montado na respectiva base. O medidor é formado por uma bobina inteira de corrente com “n” espiras e uma bobina de potencial, formando 01 elemento motor, para ser alimentado com tensão nominal, do equipamento, de 120 ou 240V. 1.1.1 Esquema interno de ligações O medidor monofásico, com relação aos números de fios, pode ser de 02 ou 03 fios. 1

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Page 1: Apostila Equipamentos de  Medição

1

1 Medidor Monofásico

O medidor monofásico pode ser entendido como sendo um conjunto constituído de um único elemento motor, montado na respectiva base.

O medidor monofásico, com relação aos números de fios, pode ser de 02 ou 03 fios.

1.1 Medidor monofásico de 02 fios

O medidor é formado por uma bobina inteira de corrente com “n” espiras e uma bobina de potencial, formando 01 elemento motor, para ser alimentado com tensão nominal, do equipamento, de 120 ou 240V.

1.1.1 Esquema interno de ligações

Page 2: Apostila Equipamentos de  Medição

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1.2 Medidor monofásico de 03 fios

O medidor é formado por duas “meias” bobinas de corrente, com “n/2” espiras, cada uma, e uma bobina de potencial, formando 01 elemento motor, para ser alimentado com tensão nominal de 240W.

1.2.1 Esquema interno de ligações

2 Medidor Polifásico

O medidor polifásico caracteriza-se da seguinte forma: � 02 ou 03 elementos � 03 ou 04 fios � Tensão nominal 120 ou 240W

Page 3: Apostila Equipamentos de  Medição

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2.1 Medidor Polifásico de 02 elementos, 03 fios

O medidor é formado por dois medidores monofásicos de 2 fios, conforme esquema de ligação interna.

2.1.1 Neutro entre fases (medição direta)

2.1.2 Medição indireta

CARGA LINHA LINHA CARGA

Page 4: Apostila Equipamentos de  Medição

4

2.2 Medidor Polifásico 02 elementos, 04 fios

O medidor é formado por dois medidores monofásicos, onde um elemento é constituído pelo monofásico de 3 fios e o outro pelo monofásico de 2 fios, conforme esquema de ligação interna.

2.2.1 Medição direta

2.2.2 Medição indireta

CARGA CARGA LINHA LINHA

CARGA CARGA LINHA

LINHA

Page 5: Apostila Equipamentos de  Medição

5

2.3 Medidor Polifásico 03 elementos, 04 fios

O equipamento é formado por 3 medidores monofásicos de 2 fios, conforme esquema de ligação interna.

CARGA CARGA LINHA LINHA

CARGA CARGA LINHA LINHA

Page 6: Apostila Equipamentos de  Medição

6

3 Identificação dos Elementos Motores

Para facilidade na identificação dos elementos nos polifásicos eles são assim denominados:

3.1 Medidores Polifásicos de 03 elementos, 03 discos

FABRICANTE:

General Eletric/Siemens/Inepar (atual Landis+Gyr)

ELEMENTO

SUPERIOR

ELEMENTO

FRONTAL

ELEMENTO INFERIOR

ELEMENTO SUPERIOR

ELEMENTO FRONTAL

ELEMENTO

INFERIOR

Page 7: Apostila Equipamentos de  Medição

7

3.2 Medidores Polifásicos de 02 elementos, 02 discos

FABRICANTE:

General Eletric/Siemens/Inepar (atual Landis+Gyr)

ELEMENTO

SUPERIOR

ELEMENTO

INFERIOR

ELEMENTO

SUPERIOR

ELEMENTO

INFERIOR

Page 8: Apostila Equipamentos de  Medição

8

3.3 Medidores Polifásicos de 02 elementos, 02 discos

Esquema válido para o medidor 02 elementos, 04 fios.

FABRICANTE:

General Eletric/Siemens/Inepar (atual Landis+Gyr)

ELEMENTO

SUPERIOR

ELEMENTO SUPERIOR

ELEMENTO SUPERIOR

ELEMENTO

INFERIOR

ELEMENTO INFERIOR

Page 9: Apostila Equipamentos de  Medição

9

3.4 Medidores Polifásicos 03 elementos, 02 discos

FABRICANTE:

Schlumberger (atual Actaris)

ELEMENTO

SUPERIOR

ELEMENTO INFERIOR DA

ESQUERDA

ELEMENTO

SUPERIOR

ELEMENTO INFERIOR DA

DIREITA

ELEMENTO INFERIOR DA

ESQUERDA

ELEMENTO INFERIOR

DA DIREITA

Page 10: Apostila Equipamentos de  Medição

10

3.5 Medidores Polifásicos 02 elementos, 02 discos

Neutro entre fases

FABRICANTE:

Schumberger (atual Actaris)

ELEMENTO INFERIOR

DA ESQUERDA

ELEMENTO INFERIOR DA

DIREITA

ELEMENTO INFERIOR

DA

ELEMENTO

INFERIOR DA DIREITA

Page 11: Apostila Equipamentos de  Medição

11

3.6 Medidores Polifásicos 03 elementos, monodisco - 01 disco

FABRICANTE:

� Schumberger (atual Actaris), Aprel/ABB (atual Elster), Nansen, FAE

ELEMENTO DA

ESQUERDA

ELEMENTO POSTERIOR

ELEMENTO DA DIREITA

VISTA SUPERIOR

VISTA FRONTAL

ELEMENTO

DA

ESQUERDA

ELEMENTO DA DIREITA

ELEMENTO

DA DIREITA

ELEMENTO DA

ESQUERDA

ELEMENTO

POSTERIOR

ELEMENTO

POSTERIOR

Page 12: Apostila Equipamentos de  Medição

12

3.7 Medidores Polifásicos 02 elementos, monodisco - 01 disco

Neutro entre fases

FABRICANTE:

Schlumberger (atual Actaris), Aprel/ABB (atual Elster), Nansen, FAE

ELEMENTO DA ESQUERDA

ELEMENTO DA DIREITA

ELEMENTO DA ESQUERDA

ELEMENTO DA DIREITA

Page 13: Apostila Equipamentos de  Medição

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3.8 Medidores polifásicos 02 elementos, modisco - 01 disco

Esquema válido para o medidor 2 elementos, 4 fios

FABRICANTE:

Aprel/ABB (atual Elster), Nansen, FAES

ELEMENTO DA ESQUERDA

ELEMENTO

DA DIREITA

ELEMENTO DA

DIREITA

ELEMENTO DA

ESQUERDA

ELEMENTO DA ESQUERDA

Page 14: Apostila Equipamentos de  Medição

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3.9 Procedimentos da lacração de medidor

3.9.1 Objetivo

Estabelecer procedimentos padronizados para a utilização, fornecimento / recebimento e guarda dos dispositivos de lacração da Eletropaulo, a fim de garantir a integridade de seus equipamentos e evitar fraudes.

3.9.2 Conceitos

� Lacre - Dispositivo mecânico de propriedade exclusiva da Eletropaulo, colocado no sistema de medição e suas dependências, para preservação de seus equipamentos e ajustes.

� Lacre Violado - Quando o lacre está rompido com vestígios aparentes de abertura forçada do corpo ou rompimento do rabicho metálico, podendo ocorrer por religação abusiva ou procedimento irregular.

� Lacre Adulterado - Quando o lacre apresenta marcas de violação e encontra-se fechado e/ou vestígios de agente fixador (cola).

� Lacre não Reconhecido pela Concessionária - Quando o tipo de lacre não coincide com aqueles utilizados pela concessionária, ou foram furtados com o respectivo BO, ou falsificados / copiados.

3.9.3 Responsabilidades

A responsabilidade sobre os dispositivos de lacração fornecidos pela empresa, passa a ser, imediatamente após à saída do mesmo da fábrica, do funcionário que os receber. Deverá ser preenchido e assinado o “Termo de recebimento de lacres”, contendo a numeração de cada lacre recebido, e a data.

3.9.4 Diretrizes Gerais

Nenhum lacre deverá ser fornecido sem que o “Termo de Recebimento” seja devidamente preenchido;

Os lacres recebidos deverão ser conferidos, antes da assinatura do “termo de Recebimento”, sendo que qualquer lacre que estiver faltando ou errado deverá ser comunicado imediatamente.

Deverá ser lavrado boletim de ocorrência todas as vezes que um ou mais lacres forem extraviados, por perda ou furto, após o fato ter sido comunicado ao superior imediato, imediatamente após a constatação.

Por que devemos lacrar o medidor?

� Pode-se dizer que o conceito de lacre é tão antigo quanto a escrita. Os correios do rei da Babilônia já levavam mensagens lacradas com rodelas de argila, impressas pelo sinete de relevo do soberano.

� Hoje, decorridos milênios, os lacres continuam sendo úteis em malas diplomáticas, integridade de cargas, exatidão de válvulas e Medidores de Energia Elétrica.

� O lacre para a concessionária tem por objetivo garantir a quantidade de energia elétrica fornecida ao consumidor, tenha o seu registro correto pelo medidor de Wh e consequentemente que o

Page 15: Apostila Equipamentos de  Medição

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faturamento seja real. O lacre também visa indicar ao consumidor o seu limite de acesso ao sistema de medição.

� Em um sistema de medição, podemos encontrar o lacre em diversas cores e diversos pontos. O novo lacre tem um número de controle que identifica o responsável pela lacração.

� É importante a guarda e a utilização correta do lacre.

Algumas Novidades sobre o Novo Lacre:

� Fio de lacração (rabicho) é feito de aço;

� A lâmina possui 7 (sete) números;

� Há uma letra na cápsula que indica a série numérica (lado do fabricante);

� Os lacres são fornecidos em pacotes de 100 unidades;

� Alicate Autenticador não é mais usado.

Onde podemos encontrar o lacre no sistema de medição?

� Tampa do vidro do medidor;

� Tampa do bloco de terminais;

� Caixa do sistema de medição;

� Cubículo dos transformadores da medição;

� Bloco/chave de aferição;

� Dispositivo da demanda;

� Viseira da demanda;

� Auto-transformador de defasamento (ATD);

� Relés de proteção;

� Registradores digitais (RDTD, RDMT, REP) e indicador de pulsos.

Quais são as cores, onde e quem deve utilizar o lacre?

AMARELA

Lacração de medidores calibrados em laboratório CETEMEQ Tampa de Vidro

BRANCA

Primeira lacração da tampa de vidro dos medidores Fabricante de Medidores Wh Tampa de Vidro

Page 16: Apostila Equipamentos de  Medição

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AZUL

Lacração dos medidores de demanda; lacração das caixas de medição; inspeção de postos primários; lacração de equipamentos de medição aferidos. Leituristas de postos primários “média tensão”. Caixa do sistema de medição, dispositivo/viseira da demanda

VERMELHA

Instalações com irregularidades. Equipes de inspeção de fraude Tampa de vidro, tampa de bloco de terminais; caixa do sistema de medição, cubículo dos transformadores da medição; bloco chave de aferição; dispositivo/viseira da demanda; ATD; relés de proteção; RDTD, RDMT, REP e IP.

PRETA

Corte - Equipes de corte Caixa do sistema de medição e tampa do bloco de terminais.

VERDE

Lacração de todos os pontos em uma cabine primária Equipes de inspeção em média e alta tensão Tampa de vidro, tampa de bloco de terminais; caixa do sistema de medição, cubículo dos transformadores da medição; bloco chave de aferição; dispositivo/viseira da demanda; ATD; relés de proteção; RDTD, RDMT, REP e IP.

LARANJA

Serviços de baixa tensão, exceto corte e fraude não regularizada Equipe de profissionais da Eletropaulo (turma própria) Tampa de vidro, tampa do bloco de terminais, caixa de medição

MARRON

Todos os serviços de baixa tensão, exceto corte, fraude não regularizada e leitura em média tensão Prestadores de serviços (empreiteiras) Tampa do bloco de terminais, caixa de medição

Tópicos Importantes:

1. Solicitar somente a quantidade de lacres necessários às suas atividades diárias;

2. Os lacres sob sua guarda são de uso pessoal e intransferível;

3. Em caso de férias, você deverá manter os lacres que sobraram do último pacote que você retirou sob sua guarda.

4. Antes de iniciar qualquer tarefa no sistema de medição você deve “avaliar” os lacres que se encontram instalados, observando os seguintes aspectos:

a) Se o lacre realmente é da Eletropaulo;

Page 17: Apostila Equipamentos de  Medição

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b) Se a cor do lacre está adequada aos pontos de lacração da medição;

c) Se o lacre está danificado, com indícios de tentativa de violação ou mesmo a falta deste no ponto de lacração;

NOTA: Quando detectada qualquer anomalia, você deve comunicar imediatamente ao seu gerente para que os procedimentos adequados sejam tomados.

5. Quando você lacra o medidor, a responsabilidade sobre a idoneidade da instalação passa a ser sua.

6. Lacrar todos os pontos de lacração no sistema de medição, pois estes foram criados visando preservar a idoneidade da medição.

7. Ao retirar o lacre, corte o fio de lacração (rabicho) com alicate apropriado, nunca tente arrancá-lo.

8. O fio de lacração (rabicho) é metálico, portanto condutor, não devendo jamais entrar em contato com pontos energizados (tensão).

9. Sempre utilize os EPI’s necessários em sua tarefa, em caso de dúvida consulte a INO 10.

10. Estar sempre atento ao lacrar o medidor, pois a partir do momento que o mesmo foi lacrado o cliente fica isento de qualquer tipo de autuação.

11. Atentar a qualidade do lacre que está no equipamento e ao que será instalado.

Page 18: Apostila Equipamentos de  Medição

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4 O que você deve saber para fazer uma leitura correta

Ao efetuar a leitura de um medidor, você está relatando o que foi consumido a partir da última leitura.

Se esta leitura for incorreta podem ocorrer duas situações:

A O valor relacionado ser menor do que o consumido. Neste caso, a Companhia poderá ter prejuízos financeiros.

B. O valor relacionado ser maior do que o consumido. Neste caso, o cliente terá prejuízos financeiros, e ainda incorrendo no risco de uma imagem negativa da companhia.

4.1 O Registrador Conjunto formado pelo mostrador, sistema de engrenagens ponteiros ou tambores, que tem a função de acumular (somar) a quantidade de rotações do elemento móvel (disco, eixo, rosca sem fim).

4.2 Os Ponteiros Os ponteiros do registrador registram os valores da direita para a esquerda: unidade, dezena, centena e milhar. (Obs.: No caso do registrador ciclométrico há também a dezena da milhar).

O conjunto de engrenagens é projetado para que seja registrado no mostrador o consumo em kWh, através das rotações do elemento móvel.

Quando o medidor é construído, determina-se a quantidade de energia necessária para fazer o elemento móvel dê um volta completa. Esta energia será sempre constante, mesmo que a velocidade do elemento móvel seja variável.

A posição de cada ponteiro indica a leitura do consumo.

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5 Como se faz a leitura?

A tomada de leitura deve ser feita lendo os mostradores da direita para a esquerda.

Verificar se a leitura está correta, isto é, se não há deslocamento de ponteiro.

Após a verificação, efetuar a anotação da leitura anotando os números da ESQUERDA para a DIREITA.

Exemplo:

Normalmente, um medidor novo, no dia de sua instalação, apresenta todos os ponteiros em zero. No caso do medidor, a leitura normalmente é diferente de zero.

Conforme a necessidade do consumidor, no primeiro dia, ou seja, nas primeiras horas de funcionamento, o consumo será registrado pelo ponteiro da unidade.

3

Page 20: Apostila Equipamentos de  Medição

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Ao atingir novamente a posição zero, dando uma volta completa, o ponteiro da unidade “movimentou o ponteiro da dezena”, isto é, foram consumidos 10 KWh.

Com a continuação do consumo, o ponteiro da dezena também dará uma volta completa, movimentando o ponteiro da centena, isto é, foram consumidos 100 kWh.

Mais algum tempo e, por sua vez quando o ponteiro da centena der uma volta completa, movimentará o ponteiro do milhar, isto é foram consumidos 1000 kWh.

5.1 Macete

Se o ponteiro da unidade já saiu do 0 (zero), portanto o ponteiro da dezena está saindo do 9 (nove) em direção ao 0 (zero, considerar o 9 (nove).

Para se saber se é 9 (nove) ou 0 (zero) é preciso olhar o ponteiro da dezena, se ainda não chegou no 0 (zero), considerar o 9 (nove).

Se o ponteiro da centena não chegou ao 0 (zero), embora o ponteiro da milhar já tenha atingido o número 4 (quatro), devemos considerar o 3 (três).

Quando o ponteiro estiver entre os números 0 (zero) e 1 (um),

considerar o zero.

Page 21: Apostila Equipamentos de  Medição

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5.2 Regra prática

1º - Se o ponteiro estiver entre dois números, anotar o de menor valor.

Exemplos:

Leitura: 0005 kWh.

Leitura: 0150 kWh.

Leitura: 2456 kWh.

Obs: Se o ponteiro estiver entre o 0 (zero) e o 9 (nove), o menor é o nove porque o 0 (zero) equivale ao 10 (dez).

Leitura: 0019 kWh.

Se o ponteiro estiver em cima de um número, verificar o ponteiro da direita, se ele estiver entre o 0 (zero) e 3 (três) anotar o numero, caso contrário anotar o número anterior.

Page 22: Apostila Equipamentos de  Medição

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Exemplos:

Leitura: 0120 kWh.

Leitura: 0095 kWh.

Leitura: 7110 kWh.

Leitura: 6910 kWh.

6 Transformador de Corrente (Tc)

O transformador de corrente tem a finalidade de reduzir um valor de corrente elevado para um valor de corrente compatível ao equipamento de medição, numa relação pré-estabelecida.

Este equipamento é constituído por um núcleo sobre o qual estão enrolados dois grupos de espiras, constituindo desta forma o primário e secundário.

Page 23: Apostila Equipamentos de  Medição

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O enrolamento primário dos transformadores de corrente (TC´s) é normalmente constituído de poucas espiras (duas ou três espiras, por exemplo) feitas de condutor de cobre de grande secção. Há transformadores de corrente (TC´s) em que o próprio condutor do circuito principal serve como primário, sendo esse caso considerado este enrolamento como primário apenas uma espira. Na AES Eletropaulo os transformadores de corrente (TC´s) são projetados e construídos para uma corrente secundária nominal padronizada em 5 A, sendo a corrente primária nominal é estabelecida de acordo com a ordem de grandeza do circuito em que o transformadores de corrente (TC´s) serão ligados. Assim, são encontrados no mercado transformadores de corrente (TC´s) para: 200 – 5A, 400 – 5A, 1000 – 5A, etc; isto significa que: a) quando o primário é percorrido pela corrente nominal para qual o transformadores de corrente (TC´s) foi

construído, no secundário têm-se 5A. b) quando o primário é percorrido por uma corrente menor ou maior do que a nominal, no secundário têm-

se também uma corrente menor ou maior do que 5A, mas na mesma proporção das correntes nominais do transformadores de corrente (TC´s) utilizados. Exemplo: se o primário de um transformadores de corrente (TC´s) de 100 – 5A é percorrido por uma corrente de 84A, têm-se no secundário 4,2A; para os mesmos transformadores de corrente quando a corrente primária que está circulando é de 106A, têm-se no secundário 5,3A.

6.1 Relação Nominal do Transformador de Corrente

É a relação entre os valores nominais das correntes primária e secundária, respectivamente, correntes estas para as quais o transformadores de corrente (TC´s) foram projetados e construídos.

Relação nominal: IP nominal = RTC IS nominal

I 1 = Corrente elevada I 2 = Corrente reduzida

N 1 = Espiras do Primário

Page 24: Apostila Equipamentos de  Medição

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A relação nominal é informada pelo fabricante na placa de identificação do transformador de corrente. É chamada de “relação de transformação de corrente” ou simplesmente de “relação de transformação”.

Polaridade

Os transformadores de corrente possuem normalmente 4 terminais de ligação, sendo 2 primários e 2 secundários. Os terminais primários são identificados por P1 e P2 e os terminais secundários por S1 e S2.

TERMINAIS PRIMÁRIOS

(P1 E P2)

POTENCIAL

TERMINAIS SECUNDÁRIOS (S1 e S2)

LINHA CARGA P1

P2

S1

S2

Page 25: Apostila Equipamentos de  Medição

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6.2 Ligação Correta dos Transformadores de Corrente

6.2.1 Ligação Padronizada

Primário: Conexão do terminal P1, no cabo do ramal de entrada, e P2 no cabo de alimentação da chave geral do consumidor. Secundário: Conexão do terminal S1, no bloco de terminais do medidor no lado da linha, e S2 no lado da carga.

Wh

CARGA LINHA

P PS S

CARGA LINHA CONDUTOR DA

CHAVE GERAL DO CONSUMIDOR

CONDUTOR DO RAMAL DE ENTRADA

Medir a corrente no primário do

TC

Medir a corrente no secundário do

TC

MEDIÇÃO DE CORRENTE

Page 26: Apostila Equipamentos de  Medição

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6.2.2 Ligação Não Padronizada

Primário: Conexão do terminal P2, no cabo do ramal de entrada, e P1 no cabo de alimentação da chave geral do consumidor. Secundário: Conexão do terminal S2, no bloco de terminais do medidor no lado da linha, e S1 no lado da carga.

6.2.3 Ligação Incorreta dos Transformadores de Corrente

Ligação Incorreta N.º 1

Primário: Conexão do terminal P1, no cabo do ramal de entrada, e P2 no cabo de alimentação da chave geral do consumidor. Secundário: Conexão do terminal S2, no bloco de terminais do medidor no lado da linha, e S1 no lado da carga.

Wh

CARGA LINHA

P PS S

CARGA LINHA CONDUTOR DA

CHAVE GERAL DO CONSUMIDOR

CONDUTOR DO RAMAL DE

ENTRADA

Medidor

Page 27: Apostila Equipamentos de  Medição

27

Ligação Incorreta N.º 2

Primário: Conexão do terminal P2, no cabo do ramal de entrada, e P1 no cabo de alimentação da chave geral do consumidor. Secundário: Conexão do terminal S1, no bloco de terminais do medidor no lado da linha, e S2 no lado da carga.

Wh

CARGA LINHA

P1 P

S S

CARGA LINHA FIO DA CHAVE GERAL DO

CONSUMIDOR

FIO DO RAMAL DE ENTRADA

Medidor

Wh

CARGA LINHA

P PS S

CARGA LINHA FIO DA CHAVE

GERAL DO CONSUMIDOR

FIO DO RAMAL DE ENTRADA

Medidor

Page 28: Apostila Equipamentos de  Medição

28

6.3 Classificação dos Transformadores de Corrente

Conforme a disposição dos enrolamentos do núcleo, os transformadores de corrente podem ser classificados nos seguintes tipos:

6.3.1 Transformador de Corrente tipo Barra: transformador de corrente cujo primário é constituído por uma barra, montada permanentemente através do núcleo do transformador.

6.3.2 Transformador de Corrente tipo Janela: transformador de corrente sem primário próprio construído com uma abertura através do núcleo, por onde passará um condutor do circuito primário, formando uma ou mais espiras.

P1

S1 S2

P1

S1 S2

Page 29: Apostila Equipamentos de  Medição

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Observações:

O secundário de um transformador de corrente nunca deve ficar em aberto em um circuito elétrico!

Quando o primário de um transformador de corrente está alimentado o seu secundário nunca deve ficar aberto, podendo ocorrer as seguintes conseqüências:

A – Aquecimento excessivo causando a destruição do isolamento, podendo provocar contato do circuito primário com o secundário e com a terra;

B – Surgimento de tensão elevada no secundário com iminente perigo para o operador;

C – Alteração das características de funcionamento e exatidão.

Por este motivo nunca se usa fusível no secundário dos Transformadores de Corrente.

Constante de Faturamento

Onde: CF = constante de faturamento

Kd = constante do disco

Ra = relação de acoplamento

Rr = relação do registrador

RTP = relação de transformação de potencial

RTC = relação de transformação de corrente

A constante de faturamento é um número pelo qual deve-se multiplicar à diferença entre leituras:

Leitura Atual – Leitura Anterior

Os medidores com constante de faturamento, possuem um “X” em vermelho na parte frontal da tampa de vidro, ou ainda, a informação multiplicar por.

CF= Kd . Rr . Ra . RTP . RTC

10.000

Page 30: Apostila Equipamentos de  Medição

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7 Medidor Monofásico Eletrônico Centron Modelo – C1br

7.1

Page 31: Apostila Equipamentos de  Medição

31

Page 32: Apostila Equipamentos de  Medição

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Informações Complementares:

• Não possui memória de massa;

• Registro somente de energia ativa ( kW ).

Page 33: Apostila Equipamentos de  Medição

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Recomendações:

• O medidor Centron novo ou recuperado pela AES Serviços, A princípio deve ser instalado somente em unidade consumidora com Histórico de irregularidade comprovada.

• Cuidados no manuseio, transporte e local de instalação;

• É constituído de placa e componentes eletrônicos sensíveis a umidade excessiva e queda.