apostila de locação de obra
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Locação
de obra
Segundo ano – Técnico em edificações
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Sumário
1 Locação de Obras .................................................................................................................. 2
1.1 Introdução ..................................................................................................................... 2
2 Processos de locação (Gabarito): .......................................................................................... 2
2.1 Locação por cavaletes ................................................................................................... 2
2.1.1 Vantagem .............................................................................................................. 2
2.1.2 Desvantagem ......................................................................................................... 3
2.2 Locação por tábua corrida ............................................................................................. 4
2.2.1 Vantagens .............................................................................................................. 4
2.2.2 Desvantagem ......................................................................................................... 4
3 Tipos de nivelamento ............................................................................................................ 4
4 Procedimentos que antecedem a locação da obra ................................................................. 5
5 Equipamentos e ferramentas necessários para se realizar a locação de uma obra ................ 5
6 Sequencia genérica para a locação de obra ........................................................................... 5
7 Termos utilizados na locação de obras .................................................................................. 7
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1 Locação de Obras
1.1 Introdução
A locação da obra é o processo de transferência da planta baixa do projeto da edificação
para o terreno, ou seja, os recuos, os afastamentos, os alicerces, as paredes, as aberturas
etc.
Na fase de execução da locação da obra deve se adotar o máximo rigor possível. A
presença do Arquiteto ou do Engenheiro Civil nesta fase deve ser constante.
Deve-se ter em mente que os elementos de locação deverão permanecer na obra por um
tempo razoável, até que se possam transferir para a edificação os pontos de referência
definitivos.
2 Processos de locação (Gabarito):
2.1 Locação por cavaletes
É indicada para obras de menor porte – garagens, barracões e ampliações – e com
poucos elementos a serem locados.
Nesse tipo de locação, os alinhamentos são definidos por pregos cravados nos cavaletes
constituídos de duas ou três estacas cravadas diretamente no solo e travadas por uma
travessa nivelada pregada nas estacas.
2.1.1 Vantagem
Utiliza menos quantidade de material (estacas e tábuas).
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2.1.2 Desvantagem
Por serem isolados existe uma maior dificuldade de se perceber possíveis
deslocamentos provocados pela circulação de equipamentos e operários, resultando
alinhamentos e locações fora do esquadro previsto.
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2.2 Locação por tábua corrida
Também chamada de tabela ou tabeira, é indicada para obras com muitos elementos a
serem locados.
Consiste em contornar toda a futura edificação com um cavalete contínuo constituído de
estacas e tábuas niveladas e em esquadro (polígono em esquadro).
Depois de definidas as linhas do gabarito, sempre que possível distanciadas 1,20 a 1,50
metros da futura construção fincam-se no solo os pontaletes que darão rigidez ao
cercado, devendo desde já ficar alinhados e nivelados.
No caso do terreno apresentar uma inclinação acentuada a locação pode ser feita com
gabaritos em degraus (patamares), sempre em nível e esquadro.
Após a fixação dos pontaletes, estes devem ser serrados com o topo ficando no nível
desejado.
2.2.1 Vantagens
Menor chance de perda do nível e alinhamento.
2.2.2 Desvantagem
Maior consumo de materiais, tais como tábua, pontaletes e pregos.
3 Tipos de nivelamento
Nível eletrônico a laser;
Nível de mangueira, constituído de uma mangueira transparente (cristal) de 12 a
15 mm de diâmetro, cheia de água limpa e livre de bolhas de ar no interior;
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Outro método de transferir o nível é esticando uma linha entre os pontaletes e
pregando uma tábua nivelada com nível de bolha, logo abaixo da linha (não é
muito preciso mais serve para marcações preliminares).
4 Procedimentos que antecedem a locação da obra
O terreno deve estar limpo (capinado) e, preferencialmente na cota de
arrasamento das fundações (estacas ou sapatas);
É necessário conseguir a referência inicial que pode ser um ponto definido no
terreno e um rumo ou uma parede de construção vizinha. A referência mais
comum em obras urbanas é o alinhamento predial que geralmente é marcada
por uma equipe topográfica da prefeitura ou por empresa prestadora de serviços
contratada pelo município;
Estudar muito bem os projetos;
Providenciar todos os equipamentos e ferramentas necessários.
5 Equipamentos e ferramentas necessários para se realizar a locação de uma
obra
GPS, estação total, teodolito e nível eletrônico, nível de mangueira, trena metálica de 30
metros (jamais usar trena de lona, plástico ou metro de madeira), linhas de nylon, nível
de pedreiro, prumo, tinta esmalte (vermelha e branca), marreta, martelo, pregos, etc.
6 Sequencia genérica para a locação de obra
Conferir a referência e limitar o terreno a partir do alinhamento, marcando os
limites do terreno;
Marcar uma das faces (pode ser a frontal) do gabarito a 1,20 metros da futura
construção (1,20 – 1,50), considerando como a obra vai ficar no terreno (recuo)
o alinhamento frontal recuado em 5 metros, a partir do alinhamento predial
(depende do código de obras da cidade);
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Confeccionar a face escolhida com estacas ou pontaletes (3”x3”) espaçados de
1,50 a 3,00 metros e alinhados rigorosamente por uma das faces (esticar uma
linha de nylon);
Depois de consolidados no terreno, os pontaletes devem ser nivelados (nível de
mangueira), cortados no topo a uma altura de 40 a 50 centímetros do solo e ter
pregado na sua face interna tábuas (de boa qualidade) de 1”x6” (pode ser 1”x4”)
devidamente niveladas;
A partir da primeira face, marcar e confeccionar as demais faces do gabarito,
usando triângulos (gabaritos) para garantir a ortogonalidade do conjunto
(esquadro), conferindo sempre até travar todo o conjunto com mãos-fransas e
contraventamento, se necessário;
Pintar o gabarito, preferencialmente, com tinta esmalte branca (pode ser látex);
Dependendo do método de locação utilizado ou da existência de projeto de
locação, faz-se a marcação no topo da tábua interna colocando pregos em alturas
diferentes (ou de diferentes diâmetros) para identificar eixos, faces laterais de
paredes, etc;
Marcar na tábua a linha de pilares com tinta esmalte vermelha;
Marcar todos os pontos de referência na tábua sempre usando trena metálica e
efetuar a conferência (mestre, engenheiro ou arquiteto). Um bom método de
conferência é o inverso, ou seja, voltar do último ponto marcado, fazendo o
caminho inverso da locação;
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Com duas linhas de nylon nº80 esticadas a partir das marcações do gabarito e no
cruzamento das linhas transferir as coordenadas das estacas (sapata ou elemento
que venha a ser executado) para o terreno, usando um fio de prumo (250g)
marcar o ponto exato da estaca (centro), cravando um piquete (pintado de
branco);
No caso de haver movimentação de equipamentos pesados (bate-estacas,
máquinas e caminhões) proceder a cravação com um rebaixo em relação ao
terreno e marcar o local do piquete com cal ou areia, remarcar sempre que
ocorrer dúvida em relação a locação do piquete;
Colocar proteções e avisos da existência do gabarito para evitar abalroamento e
deslocamentos que possam por em risco a exatidão do controle geométrico da
obra. Alertar para que não utilizem o gabarito como andaime, apoio para
materiais, passarelas etc.
7 Termos utilizados na locação de obras
Cota de arrasamento ou de respaldo – é a cota da face superior das estacas ou
sapatas.
Esquadros – são gabaritos ou triângulos, com lados de 30, 40 e 50 cm, ou 60,
80 e 100, ou ainda, 90, 120 e 150 cm. Para esquadros maiores pode-se usar
trenas com lados de 3, 4 e 5 metros ou mais.
Piquetes – pequenas estacas de madeira que servem para marcar o local de
execução de um elemento estrutural.
Pontos notáveis – são pontos de referência iniciais, como por exemplo:
alinhamento de parede de edificação vizinha, alinhamento predial, marco
topográfico, árvore, poste etc.
RN – é referência de nível, ou seja a cota 0,00.
Testemunhos – é o erro admitido nas marcações (até 3 mm no lado maior do
esquadro de 5 metros).
Triangulação – verificação do esquadro com os triângulos retângulos.