apostila de direito previdenciário - 2° e 3° parte para 8° período da fadivale

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Faculdade de Direito do Vale do Rio Doce (FADIVALE)

Direito Previdencirio(Apostila 2 e 3 Parte) 8Perodo

Prof. Dante Alighiere

Regime Geral de Previdncia Social (2Parte)3. Beneficirios do Regime Geral de Previdncia Social 3.1 - Conceito: Consiste naquelas pessoas que fazem jus s prestaes previdencirias, esto cobertas, diretamente ou indiretamente, pelos benefcios da previdncia social. 3.2 Diviso: De forma didtica, podemos dividir os beneficirios da seguinte forma: - empregado - empregado domstico obrigatrios - trabalhador avulso - contribuinte individual - segurado especial facultativos

Segurados

- cnjuge Preferenciais - companheira - filho( no emancipado, de qualquer condio, menor de 21 anos ou invlido e equiparado a filho(menor tutelado e enteado) Dependentes No preferenciais - os pais - os irmos no emancipado, de qualquer condio, menor de 21 anos ou invlido

3.2.1 - Segurados Obrigatrios:

empregado:

-Conceito ( art. 3 CLT C/C , art.12 da Lei 8212/91): Consiste na pessoa fsica, que presta servios ao empregador, mediante remunerao, sob. dependncia deste e em carter no eventual. -Caractersticas: Pessoalidade a) Carter no eventual Subordinao Remunerao Atividade de natureza urbana ou rural a empresa ou equiparado a esta.

Observaes importantes: 1)Empresa: a firma individual ou a sociedade que assume o risco de atividade econmica urbana ou rural, com fins lucrativos ou no, bem como os rgos e as entidades da administrao pblica direta, indireta e fundacional. 2) Equiparam-se a empresa, para efeito deste regulamento. contribuinte individual, em relao a segurado que lhe presta servio; Firma individual; Sociedade, civil ou comercial; Cooperativa.

3) Contrato de trabalho: Pode ser definido como sendo...., tendo como caractersticas: Sinalagmtico(obrigao recprocas ) Continuidade ( sucessivo) Pessoalidade Onerosidade Consensual.

b) empregado domstico O empregado domstico presta servio com vinculo semelhante ao empregado ( carter no eventual, mediante remunerao mensal, subordinado), a pessoa fsica ou famlia, no mbito residencial desta, em atividade sem fim lucrativo. Caractersticas: 1) 2) 3) 4) Trata-se de contrato celebrado entre pessoas fsicas Natureza continua: necessidade permanente; Atividade no-lucrativa; mbito residencial.

Obs: A falta de qualquer dos requisitos acima descritos qualifica a prestao de servios como emprego e no emprego domestico, como, por exemplo, a prestao de servio a empresa, atividade urbana, mesmo se desempenhada em localidade rstica, no interior ( sede de um sitio ou fazenda). Obs: Empregador Domstico : o que admite a seu servio mediante remunerao mensal e sem finalidade lucrativa, empregado domstico. Ex.: - Caseiro; Empregada domstica; Etc. c) Trabalhador Avulso( art. 9,VI e parg. 7 do RPS) Aquele que, sindicalizado ou no, presta servio de natureza urbana ou rural a diversas empresas, sem vinculo empregatcio, com intermediao obrigatria do sindicato da categoria ou do rgo gestor de mo de obra , nos termos da Lei n 8630/93. Aspecto fundamental na caracterizao deste segurado a prestao de servio intermediada. Assim, o sindicato ou rgo gestor interpe -se entre o trabalhador avulso e o requisitante do servio, organizando a prestao laborativa, negociando preo, recatando trabalhadores e repassando a cota individual correspondente. Caractersticas do Trabalhador Avulso servios de natureza urbana e rural; prestao a diversas empresas; sem vnculo empregatcio; sindicalizado ou no; obrigatria intermediao do OGMO(rgo Gestor de Mo de Obra) ou SINDICATO na contratao. o ensacador de caf, cacau, sal e similares; o carregador de bagagem em porto; o trabalhador que exercer atividade porturia de capatazia, estiva, conferncia e conserto de carga, vigilncia de embarcaes e bloco. etc.

Ex.: -

d ) Contribuinte Individual ( art. 9 V RGPS). So todos os trabalhadores excludos das demais categorias de segurado obrigatrio ser contribuinte individual. Esta categoria foi criada pela Lei n 9876/99, a qual reuniu trs categorias existentes( empresrio, autnomo e equiparado a autnomo) em uma nica classe,

denominada contribuinte individual. Estes segurados so definidos na legislao previdenciria art. 11, V, da Lei 8213/91 e art. 9, parg. 15 do RPS. Ex. o ministro de confisso religiosa e o membro de instituto de vida consagrada, de congregao ou de ordem religiosa. OBS.: Esta categoria foi recentemente alterada pela Lei 10403/2002, a qual excluiu a restrio da necessidade de serem mantidos pela entidade a que pertencem, salvo se filiados obrigatoriamente Previdncia Social em razo de outra atividade ou o outra atividade ou a outro regime previdencirio, militar ou civil, ainda que na condio de inativos. e) Segurado Especial ( art. 195 parg. 8 CF/88, art. 11, VII e parg. 1 da lei 8213/91 c/c art. 9 VII e parg. 6 do RPS) O produtor, o parceiro, o meeiro e o arrendatrio rurais, o pescador artesanal e seus assemelhados, que exeram suas atividades, individualmente ou em regime de economia familiar, como ou sem auxilio eventual de terceiros, bem como seus respectivos cnjuges ou companheiros e filhos maiores de dezesseis anos de idade ou a eles equiparados, desde que trabalhem comprovadamente com o grupo familiar respectivo. O segurado especial traduz-se, resumidamente, no pequeno produtor rural e no pescador artesanal, desde que no exera outra atividade remunerada. A legislao previdenciria tambm define esta figura, porm determinando que este segurado no tenha empregados, atuando em regime de economia familiar, sendo somente possvel o auxlio eventual de terceiros, que exercido ocasionalmente, em condies de mtua colaborao, no existindo subordinao nem remunerao. OBS: So excludos desta categoria( art. 9, parg. 8 do RPS) - a pessoa fsica que explora atividade agropecuria ou pesqueira por intermdio de prepostos, sem o auxlio de empregados. - O membro do grupo familiar que possui outra fonte de rendimento, qualquer que seja a sua natureza, ressalvados o dirigente sindical, a penso por morte deixada por segurado especial e os benefcios auxlio-acidente, auxlio-recluso e penso por morte, cujo valor seja inferior ou igual ao menor benefcio de prestao continuada. - Dirigente sindical ( mantm o mesmo enquadramento de antes da investidura e, se era segurado especial, continuar sendo, mesmo que dando cumprimento ao seu mandato sindical). - O segurado especial aps a aposentao.

Ex:

Facultativo( art. 11-RGPS) - So aquelas pessoas que no exercem atividade remunerada, mas desejam estar filiadas previdncia social.

Dona de casa; O sindico no remunerado O estagirio O presidirio sem atividade remunerada e sem vnculo a qualquer regime. O brasileiro residente e domiciliado no exterior, o membro do conselho tutelar no remunerado.

3.2.1.1 - Manuteno( Perodo de Graa art. 13 do RPS) e perda qualidade de segurado(art. 14 do RPS) mantm-se a qualidade de segurado (Perodo de Graa)

sem limite de prazo: - Durante o perodo em que o segurado estiver em gozo de benefcio; At 3 meses: - Aps o licenciamento do segurado incorporado s foras armadas para o servio militar. At 6 meses: - Aps a cessao das contribuies do segurado facultativo. At 12 meses : - Aps cessao do benefcio por incapacidade; - Aps cessao das contribuies; - Aps cessao da segregao; - Aps o livramento do segurado detido ou recluso. Nota: O Prazo de 12 meses ( Aps a cessao das contribuies e do benefcio por incapacidade, apenas, nestas duas hipteses) poder ser prorrogado para at 24 meses, se o segurado j tiver pago mais 120 contribuies mensais, sem interrupo que acarrete a perda da qualidade de segurado. E ainda, este prazo, poder ser aumentado em doze meses para o segurado desempregado, desde que faa jus ao seguro desemprego ou comprove sua situao de desempregado, involuntariamente, por registro no rgo prprio do MTE. Perda da qualidade de segurado (art. 14 RPS)

A perda qualidade de segurado ocorrer no dia 16 do segundo ms seguinte ao trmino dos prazos acima. Este prazo existe em razo do recolhimento previdencirio ser feito somente no ms seguinte ao da competncia. A desfiliao, no ltimo ms do

perodo de graa, somente ocorre aps o vencimento desta competncia, que ocorrer no dia 15 do ms seguinte. Ex.: Jos Josias segurado empregado da empresa DANTE ALIGHIERE LTDA, foi admitido como auxiliar de escritrio em 29/ 12/1995, e foi demitido em 12/11/2000, sendo sua ltima contribuio recolhida em 02/12/2000. Contm apenas 60 contribuies antes da demisso. Contudo, o segurado fez jus ao seguro desemprego. Assim sendo, qual o perodo de graa e quando ocorrer a perda da qualidade de segurado? Resposta: O perodo de graa: - 12 meses (como regra geral por segurado obrigatrio, contados a + partir da cessao da ltima contribuio) - 12 meses ( segurado fez jus ao seguro desemprego) -----------------------24 meses ( Perodo de graa) O quando ocorrer a perda qualidade de segurado: 11/2000 ( ltima competncia recolhida) + 24 ( perodo de graa) ------------------------11/2002 + 1 ms e 15 dias = 16/01/2003 data da perda qualidade de segurado. -

3.2.1.2-Filiao e Inscrio de Segurado Filiao: Consiste no vnculo que se estabelece entre a pessoa fsica, na qualidade de segurado que contribue para a previdncia social, e esta, gerando direitos e obrigaes recprocas.Segurados Previdncia Social

Filiao

Prestao (obrigao previdenciria)

Contraprestao ( benefcios e servios)

Obs: A filiao automtica com o exerccio de atividade remunerada pelos segurados obrigatrios. Portanto, para estes, a filiao independe da vontade, fruto da lei. Encontrando-se o trabalhador desempenhando a funo que a adere regra matriz filiado. Obs: Para o facultativo decorre do pagamento da primeira contribuio, como segurado nessa condio.

Obs: Pode ocorrer segurado que esteja filiado, e no inscrito. Ex. empregado sem carteira assinada. Obs: Por meio do exerccio da atividade remunerada que pode o segurado contribuinte individual fazer a retrao de DIC. Obs: O STJ j decidiu que no existindo norma ou lei que regulamentasse a categoria do estudante poca do perodo que se pretende reconhecer no h como computar o tempo dessa atividade para fins previdencirios, por ser irretroativa a sua inscrio na previdncia social RGPS n 183.893-SP- rel. Min. Fernando Gonalves, julgado em 16/05/2000. Inscrio: o ato do segurado em que este se cadastra no RGPS. NIT ( PIS / PASEP / CCI) Nota: Matrcula da empresa Somente pessoas fsicas so inscritas, pois, as empresas sero matriculadas. Esta matrcula, tem por objetivo cadastr-la perante a previdncia social, para o devido controle de arrecadao das contribuies. Assim, podemos dizer que consiste uma obrigao acessria da empresa. Por fim, informamos que ela feita simultaneamente com a inscrio no Cadastro Nacional de Pessoa Jurdica CNPJ, ou ainda, perante a Secretaria de Receita Previdenciria aps 30 dias, a partir do incio de suas atividades, quando no sujeita inscrio no CNPJ. Inscrio de alguns segurados

Empregado: procedida, automaticamente, pela empresa por meio da assinatura da carteira de trabalho do empregado. Trabalhador avulso: cadastro e registro no OGMO ou no sindicato. Empregado Domstico: realizada pelo INSS com a apresentao da carteira de Trabalho. Segurado Especial: comprove o exerccio da atividade rural por meio de documento, sendo a inscrio realizada no INSS. Facultativo: documento de identidade e declarao que no exerce outra atividade que o enquadre como segurado obrigatrio, realizada no INSS. Contribuinte Individual: feita pelo INSS atravs de documento que comprove a atividade . Obs: A Medida Provisria n 83, de dezembro de 2002, dispe que a cooperativa de trabalho e a pessoa jurdica so obrigadas a efetuar a inscrio no instituto Nacional do

seguro social - INSS dos seus cooperados e contratados, respectivamente, como contribuintes individuais, se ainda no inscritos. Sendo assim, o contribuinte individual, somente obrigado a proceder, diretamente, no INSS sua inscrio se no prestar servio a empresa ou se no for cooperado em cooperativa de trabalho.

3.2.2- Dependentes Os dependentes, de acordo com o art. 16 do RGPS aprovado pelo decreto n 3.048 de 06/5/1999, so divididos em preferenciais e no-preferenciais, tendo como integrantes dessas classes: So dependentes preferenciais;

a) o cnjuge; a companheira ou o companheiro; e Obs: Do dependente companheiro ou companheira homossexual De acordo com a deciso proferida na Ao Civil Pblica n 2000.71.00.009347, o companheiro ou a companheira homossexual de segurado inscrito no RGPS passa a integrar o rol dos dependentes e, desde que comprovada a unio estvel, concorra, para fins de penso por morte e de auxlio-recluso, com os dependentes preferenciais de que trata o inciso I do art. 16 da Lei n 8.213, de 1991, para bitos ocorridos a partir de 5 de abril de 1991. Conquanto, Ressaltamos que a respectiva ao, concedeu efeito retroativo aos companheiros homossexuais, cujos os seus parceiros havia falecido antes do julgamento desta, mas que, os mesmos tero que comprovar o vnculo existente entre eles, por meio de trs provas elencadas no artigo 22 parg. 3 do decreto 3048/1999. c) o filho no emancipado de qualquer condio, menor de vinte e um anos ou invlido. Obs: filhos de qualquer condio so aqueles havidos ou no da relao de casamento, ou adotados , que possuem os mesmos direitos e qualificaes dos demais, proibidas quaisquer designaes discriminatrias relativas filiao, nos termos de parg. 6 do art. 227 da Constituio Federal. Obs: O filho maior invlido far jus penso, desde que a invalidez, concluda mediante exame mdico pericial, seja anterior data do bito do segurado, e o requerente no tenha se emancipado at a data da invalidez. Obs: O pensionista invlido est obrigado, independentemente, de sua idade e sob pena de ter seu beneficio suspenso, a submeter-se a exame mdico a cargo da previdncia social, a processo de reabilitao profissional por ela prescrito e custeado e a tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirrgico e a transfuso de sangue. So dependentes no-preferenciais :

a) os pais; b) o irmo no emancipado, de qualquer condio, menor vinte e um anos de idade ou invlido.

3.2.2.1 - Comprovao da qualidade de dependente Os documentos ou provas necessrias comprovao da qualidade de dependente do segurado, no ato do requerimento, de acordo com o artigo 22 do decreto 3048/99, so: a) cnjuge- certido de casamento; b) filhos Certido de nascimento; c) pais certido de nascimento do segurado e documentos de identidade dos mesmos, e comprovao de dependncia econmica; d) irmo Certido de nascimento e comprovao de dependncia economia; e) companheira ou companheiro- Documento de identidade e certido de casamento com averbao as separao judicial ou divrcio, quando um dos companheiros ou ambos j tiverem sido casados ou de bitos, se for o caso, e comprovao do vnculo. Obs: incumbe ao dependente apenas, no momento da requisio do beneficio de penso por morte, comprovar sua qualidade. Portanto, no necessrio que seja promovida sua inscrio, nas carteiras de trabalho, junto ao INSS, de segurado vivo. ( designao de dependentes extinta pela lei 9032 de 28/04/1995). Para comprovao do vnculo ou da dependncia econmica devem ser apresentados no mnimo 3( trs), conforme artigo 22, 3 do decreto 3048/99, dos seguintes documentos:I - certido de nascimento de filho havido em comum; II - certido de casamento religioso; III- declarao do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente; IV - disposies testamentrias; V - anotao constante na Carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previdncia Social, feita pelo rgo competente; VI - declarao especial feita perante tabelio; VII - prova de mesmo domiclio; VIII - prova de encargos domsticos evidentes e existncia de sociedade ou comunho nos atos da vida civil; IX - procurao ou fiana reciprocamente outorgada; X - conta bancria conjunta; XI - registro em associao de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do segurado; XII - anotao constante de ficha ou livro de registro de empregados; XIII- aplice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiria;

XIV - ficha de tratamento em instituio de assistncia mdica, da qual conste o segurado como responsvel; XV - escritura de compra e venda de imvel pelo segurado em nome de dependente; XVI - declarao de no emancipao do dependente menor de vinte e um anos; ou XVII - quaisquer outros que possam levar convico do fato a comprovar.

Obs: As trs provas acima solicitadas podero ser da mesma espcie de documentos(Ex.: trs certido de nascimento de filhos havidos em comum, valer como trs provas, etc...). Obs: concorrem entre si, em igualdade de condies, os dependentes pertencentes mesma classe, excluindo o direito s prestaes os das classes seguintes. 3.2.2.2 - Perda da qualidade de dependente: a) o cnjuge pela separao judicial ou o divrcio, desde que no recebam Penso Alimentcia, pela anulao do casamento, pelo bito ou por sentena judicial transitada em julgado, observando-se o disposto no art. 266 desta Instruo Normativa; b) a companheira ou companheiro, pela cessao da unio estvel com o segurado ou segurada, desde que no recebam Penso Alimentcia; c) o filho e o irmo, de qualquer condio ao completarem vinte e um anos de idade, salvo se invlidos, ou pela emancipao, ainda que invlido.

Nota: Observaes Importantes: 1) assegurada a qualidade de dependentes perante a Previdncia social, do filho e irmo invlido maior de 21 (vinte e um ) anos, que se emanciparem em decorrncia, unicamente, de colao de grau cientfico em curso de ensino superior, assim como para o menor de 21 ( vinte e um ) anos, durante o perodo de servio militar, obrigatrio ou no. 2) O dependente que recebe benefcio de penso por morte na condio de menor e que, no perodo anterior a sua emancipao ou maioridade, torna-se invlido, ter direito manuteno do beneficio, independentemente da invalidez ter ocorrido antes ou aps o bito do segurado, observado o disposto no inciso III do art. 17 e art. 115 do RPS e nos ??1 e 2 do art. 264 desta Instruo Normativa. 3) O cnjuge ou o companheiro do sexo masculino passa a ser dependente em casos de requerimento de penso por marte, para bitos ocorridos a partir de 05/04/1991, desde que atendidos os requisitos legais, observando o disposto no art. 268 da Instruo Normativa n 95. E, ainda, devem ser mantidos os benefcios concedidos com base na legislao anterior, que fixava o termo inicial de concesso em 6 de outubro de 1988, em obedincia ao inciso XIII, art. 2 da Lei n 9.784/99.

4) O enteado ( filho de um dos cnjuges ou companheiro, sendo fundamental para esse fim a apresentao da certido de Casamento ou comprovao da unio estvel entre eles lei 10559/2002) e o menor que estejam sob sua tutela, equiparam-se aos filhos mediante declarao escrita do segurado e desde que no possua bens suficientes para o prprio sustento e educao e comprovem a dependncia econmica, na forma estabelecida no ?? 3 do art. 22 do RGPS. 5) O menor sob guarda deixa de integrar a relao de dependentes para os fins previstos no RGPS, inclusive aquele j inscrito, salvo se o bito do segurado ocorreu em data anterior, a partir de 14 de outubro de 1996, data da publicao da MP n 1.523, reeditada e convertida na Lei n 9.528, de 1 de dezembro de 1998. Portanto, conforme j salientado acima, o menor que reside com o segurado, somente ter direito ao beneficio, caso possua: a) termo de Tutela; b) declarao escrita do segurado relatando sua qualidade; c) provas que demonstre no possuir bens suficientes para o prprio sustento e educao, devendo comprovar a dependncia econmica, na forma estabelecida no ?? 3 do art. 22 do RPS. Nota: Dependentes designados O dependente designado consistia na inscrio, em vida, pelo segurado, de seu futuro beneficirio. No entanto, cabe salientar que estas inscries s geravam mera expectativa de direito, devendo para tanto ser comprovado a qualidade de destes atravs de outros documentos exigidos pelo INSS. A partir da lei 9032 de 28/04/1995 estas inscries tornaram-se nulas, deixando de integrar o rol de dependentes as pessoas designadas, mesmo s designadas antes da publicao da lei. Entretanto, a pessoa cuja designao como dependente do segurado tenha sido feita at 28 de abril de 1995, far jus penso por morte ou auxliorecluso, se o fato gerador do beneficio, o bito ou a priso ocorreu at aquela data, desde que comprovadas as condies exigidas pela legislao vigente.

Das Prestaes Social(3Parte)

do

Regime

Geral

de

Previdncia

1 - Introduo O RGPS, no que tange aos seus benefcios e servios, vem sofrendo, constantemente, diversas alteraes em suas regras de concesso. Isto se explica, por que, atualmente, h uma enorme preocupao de se preservar o equilbrio atuarial e financeiro do sistema, conforme visto nos captulos anteriores. Em decorrncia disso, estaremos apresentando, neste tpico, os benefcios do RGPS com suas regras de concesso em vigor ate o fechamento desta obra.

Mas, antes de navegarmos no estudo das prestaes previdencirias, importante tecermos alguns comentrios acerca de institutos imprescindveis compreenso da matria, dentre os quais, citamos o perodo de carncia, salrio-decontribuio, salrio-de-benefcio, fator previdencirio e renda mensal inicial dos benefcios. 1.1 - Perodo de Carncia do Benefcios - Conceito: Consiste no nmero mnimo de contribuies mensais, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competncias, indispensveis para que o beneficirio faa jus ao beneficio. Em outros termos considera como lapso de tempo durante o qual os beneficirios no tm direito a determinadas prestaes, em razo de ainda no houver pago o numero mnimo de contribuies mensais exigido para este fim . Observaes importantes: 1) No importa se o segurado comeou a contribuir em 2 ou 20 de maro, pois ser considerada a competncia maro. 2) Segurado empregado e trabalhador avulso ( recolhimento presumido) e para contribuinte individual que a partir de 04/2003 o recolhimento passou a ser feito pela empresa. -Para os demais o nus da prova do prprio segurado. 3) O segurado que se desvincule deste regime, ter as contribuies para este regime consideradas para todos os efeitos inclusive para os de carncia. 4) Havendo perda da qualidade de segurado, dever o segurado contribuir com 1/3 da carncia mnima do beneficio. Contudo, a medida provisria 242/05 elevado ao beneficio de auxlio, para requisio da qualidade de segurado a 1 ano. - Contagem do perodo de carncia: Para o segurado especial que no seja contribuinte individual a partir do efetivo exerccio da atividade rural, mediante comprovao documental, na forma do disposto no artigo 62 do regulamento da Previdncia Social.

- Carncia dos benefcios previdencirios. Auxlio-doena Aposentadoria por invalidez mensais. 12 contribuies

( Exceto nos casos de acidente de qualquer natureza, e nos que o segurado, aps filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenas ou afeces especificadas em lista elaborada pelos MS/ MPREU. IMAS).

Salrio maternidade 10 contribuies mensais para o contribuinte individual e o facultativo, a segurada especial 10 meses de exerccio de atividade rural. Aposentadoria por idade Aposentadoria por tempo de contribuio; Aposentadoria Especial.

180 meses de contribuio

Nota: Benefcios que so isentos de carncia Salrio famlia; Penso por morte; Auxlio-acidente; Auxlio-recluso; Salrio maternidade ( seguradas empregadas, inclusive domestica, trabalhadora avulsa) 6) Reabilitao profissional; 7) Servio Social; 8) Auxlio e aposentadoria por invalidez, nos casos acima excetuados. E ainda, nos casos em que o segurado for acometido por alguma doena ou afeco, prevista em lista elaborada pelo ministrio da Sade, Previdncia social e do Trabalho, que na sua ocorrncia incentaro a carncia exigida. 1) 2) 3) 4) 5) EX.: Portaria Interministerial n 2998 de 23/08/2001 (doenas ou afeces que no exigem carncia): 1) Tuberculose ativa; 2) Hansenase; 3) Alienao mental; 4) Neoplasia maligna; 5) Cegueira; 6) Paralisia irreversvel e incapacitante; 7) Cardiopatia grave; 8) Doena de Parkinson 9) Espondiloartrose anquilosante; 10) Nefropatia grave; 11) Estado avanado da doena de Pagetosteite deformante; 12) AIDS; 13) Contaminao por radiao; 14) Hepatopatia grave. - Regra de Transio para Aposentadoria por Idade

Para os segurados filiados antes de 07/91 foi criada uma tabela de transio iniciando em 1998 com exigncia de 102 contribuies + idade mnima. Cabe destacar, ainda, que no ser exigido a manuteno da qualidade de segurado face disposio da lei 10666 de 2003, Assim, bastar o segurado ter a idade mnima e o tempo de contribuio necessrio para gozo do benefcio pretendido.

Ano em que o segurado completou a idade para aposentadoria por idade 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2 - Salrio - de - contribuio

Nmero de contribuies necessrias para requerimento 102 108 114 120 126 132 138 144 150 156 162 168 174 180

Conceito - O salrio - de contribuio, instituto exclusivo do direito previdencirio, pode ser qualificado como a expresso que quantifica a base de calculo da contribuio previdencirio dos segurados da previdncia social, configurando a traduo numrica do fato gerador . A remunerao e vista como gnero, englobando como espcies o salrio, a gorjeta e as conquistas sociais. O salrio a parte fixa da remunerao, prevista contratualmente pela contra prestao do servio. Gorjeta, diz respeito a parte varivel da remunerao calculada a partir da produo, do trabalhador, da sua produtividade. J as conquistas sociais so todas os acrescemos vinculao mediata a prestao de servios, concedidos em virtude de lei, como por exemplo, frias, horas extras, gratificao natalina, descanso semanal remunerado etc. Ficam excludos da remunerao parcelas de natureza indenizatria ou ressarcitria, as quais no tem vinculao direta com o labor, mas sim com alguma pena contratual no caso de indenizao; ou o reembolso de despesas realizadas pelo trabalhador, no exerccio de sua atividade. O fato gerador para o trabalhador ocorre em momento idntico ou da empresa, isto e, quando da ocorrncia do credito jurdico, momento em que a remunerao passa a ser devida, ainda que no pago. Todos os comentrios fitos sobre a hiptese de incidncia da contribuio patronal incidente sobre a folha de pagamento so aqui diretamente aplicveis.

- Consiste o salrio de contribuio(base de clculo): Para o empregado e o trabalhador avulso: a remunerao auferida, em uma ou mais empresas; sendo o total dos rendimentos pagos; derivados ou creditados, a qualquer titulo, durante o ms para retribuir o trabalho, inclusive ao gorjetas, ganhos habituais sob a forma de utilidade, adiantamentos decorrentes de reajuste, quer pelos servios prestados, quer pelo tempo de disposio do empregador na forma de lei, contrato, conveno acordo coletivo ou sentena normativa. Para o empregado domstico: a remunerao registra na CTPS, observado os limites mnimo e mximo, conforme j verificamos. Para o contribuinte individual: a remunerao em uma ou mais empresas ou a advinda do exerccio de atividade por conta prpria. Tambm observados os limites mnimos e mximos. Para o dirigente sindical: quando empregado, a remunerao advinda da empresa, da entidade sindical ou de ambas, quando trabalhador avulso a remunerao da entidade sindical, observando os limites. Para o facultativo: o valor por ele declarado, observados os limites mnimos do salrio de contribuio.

- Limite mximo de salrio-de-contribuio: fixado em lei, sofrendo as mesmas atualizaes dos benefcios de prestao continuada da previdncia social (art. 28 parg. 5da lei n 82/2/91/. Assim todo o segundo, ainda que receba remunerao muito superior ao teto fixado, contribura somente sobre a base mxima, ficando o excesso a salvo de qualquer cobrana. Este limite no se aplica contribuio patronal que e desprovida de qualquer limite mximo. - Limite mnimo de salrio-de-contribuio : corresponde ou piso salarial, legal ou normativo da categoria ou, ainda, inexistindo este, o salrio mnimo, tomando no seu valor mensal, dirio ou horrio, conforme o ajustado e o tempo de trabalho afetivo durante o ms (art. 28 parg. 3da lei 82/2/91). Como se observa, o limite mnimo do salrio de contribuio, como regra no e necessariamente o salrio mnimo, mas sim o piso salarial da categoria profissional. Somente caso no haja piso e que a base mnima de contribuio ser equivalente ao salrio mnimo! -Parcelas Integrantes do Salrio-de-contribuio a)Remunerao salrios e gorjetas; b)adicional de ferias (1/3 constitucional ); c)gratificao natalina (13 salrio); d)dirias para viagens excedentes a 50%;

e)Abonos; f)comisso e porcentagens; g)gratificao; h)frias; I)ganhos habituais; j)adicionais. - Parcelas no integrantes do salrio-de-contribuio No compem o salrio de contribuio s seguintes parcelas: 1) Benefcios da previdncia social; 2) A ajuda de custo e o adicional mensal do aumento; 3) Parcela in natura de acordo com o PAT( programa de Alimentao do Trabalhador) da Lei n 6321/76; 4) Frias indenizadas e respectivo Adicionado, inclusive a dobra; 5) Indenizao compensatria de 40% do FGTS, como proteo do trabalhador a dispensa arbitraria ou sem justa causa; 6) Indenizao do no-optante pelo FGTS; 7) Indenizao por despedida sem justa causa nos contratos por prazo Determinado; 8) Indenizao do tempo do safrista quando da expirao normal do canhoto de trabalho; 9) indenizao por dispensa sem justa causa no perodo de 30 dias antecede a correo social; 10) Incentivo a demisso; 11) Aviso prvio indenizado; 12) Abono de ferias convertido; 13) Abono de ferias; 14) ganhos eventuais; 15) Abono expressamente desvinculado da remunerao por forca da lei; 16) licena - prmio indenizado; 17) Outras indenizaes previstas em leis; 18) vale transporte na forma da lei; 19) ajuda de custo, em percela nica, em decorrncia de mudana de local de trabalho; 20) Dirias de viagens no excedentes a 50% da remunerao; 21) bolsa do estagio de acordo com a lei n 6494/77; 22) participao nos lucros e resultados de acordo com a lei n 101.10 de 2d12/00; 23) Abono PIS/PASEP; 24) Transporte, alimentao e habitao; 25) Bolsa de aprendizagem do menor, nos termo do artigo 64 do E.C.A, para o adolescente ate 14 anos; 26)Complementao do auxilio doena; 27) Assistncia do trabalhador da industria canavieira;

28) Previdncia complementar; 29) Assistncia mdico- odontolgica; 30) Vesturios e equipamentos para uso no local de trabalho; 31) Plano educacional(educao bsica), cursos de capacitao vinculadas as atividades do trabalhador desde que no ocorram em substituio da parcela salarial; 32) Cesso de direitos autorais; 33) valor devido a demora do pagamento das verbas rescisrias; 34) Reembolso creche; 35) reembolso baba; 36) Prmio do seguro de vida em grupo; 37) honorrios de peritos em ao judicial; 39) valores despendidos pelas entidades religiosas e instituies de ensino vocacional com ministro de confisso religiosa, membros de instituto de n da consagrada, de congregaes ou de ordem religiosa em face do seu mestre religioso ou para sua subsistncia. Observaes importantes: a) a relao exaustiva, para estar neste rol, dever ter previso legal. b) Essas declaraes da base de clculos tambm se aplicam as empresas e equiparados(art.. 22 52 da lei n 8212/91).

3 - Salrio-de-Benefcio( art. 29 da lei n 8213/91 com redao conferida pela Lei n 9876/99 )

-Conceito: o valor bsico utilizado para calculo da renda mensal dos benefcios de prestao continuada, inclusive os registros por normas especiais, exceto o salrio famlia, a penso por morte, o salrio maternidade e os demais benefcios de legislao especial ( penso especial aos deficientes fsicos portadores da sndrome do talidomida e penso por morte do anistiado). a) aposentadoria por idade e por tempo de contribuio dos maiores salrios- de contribuio correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo, multiplicada pelo fator previdencirio. b) Aposentadorias por invalidez e especial, auxlio-doena e auxlio-acidente na media aritmtica simples dos maiores salrio de contribuio correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo. Observao: Nos casos de auxlio doena e de aposentadoria por invalidez, contando o segurado com menos 144 contribuies mensais no perodo contributivo, o salrio de beneficio corresponder soma dos salrios de contribuio dividido pelo nmero de contribuies apurado.

Observao: Caso, no perodo bsico de calculo, o segurado tenha recebido beneficio por incapacidade, considera-se como salrio de- contribuio, no perodo, o salrio de beneficio que serviu de base para o calculo da renda mensal, reajustado nas mesmas pocas e nas mesmas bases dos benefcios em geral, no podendo ser inferior ao salrio mnimo nem superior ao limite Maximo do salrio de contribuio. Nota: Regra de Transio Para o segurado filiado previdncia social at 28/11/1999, inclusive o oriundo de regime prprio de previdncia social, ser utilizado as seguintes formas para calculo do salrio de beneficio: a) segurados que implementaram as condies para aposentadoria por idade aps a lei: Mdia aritmtica simples dos maiores salrios de contribuio, correspondentes a, no mnimo, 80% de todo o perodo contributivo decorrido desde a competncia julho de 1994, observadas as regras para aplicao do fator previdencirio.

Para a obteno do salrio de benefcio, o fator previdencirio ser aplicado de forma progressiva, incidindo sobre 60 da mdia aritmtica, por competncia que se seguir a 28/11/1999, cumulativa e sucessivamente, at completar 60/60 da referida- mdia, na competncia novembro de 2004. No caso das aposentadorias por idade, por tempo de contribuio e especial, o divisor considerado no calculo da mdia no poder ser inferior a 60% do perodo decorrido da competncia julho de 1994 at a data de inicio do beneficio, limitado a 100% de todo o perodo contributivo. Para o auxlio-doena e a aposentadoria por invalidez, contando o segurado com salrio- de contribuio em numero inferior a 60% do numero de meses decorridos desde a competncia julho de 1994 at a data do incio do beneficio, o salrio de beneficio corresponder soma dos salrios de- contribuio dividido pelo numero de contribuies mensais apurado. b)Segurados que haviam implementado as condies para aposentadoria antes da lei. O clculo do valor inicial segundo as regras at ento urgentes, considerando-se como perodo bsico de clculo os 36 meses imediatamente anteriores aquela data, e assegurada, em qualquer caso, a opo pelo mais vantajoso.

Nota: Atividades concomitantes 1) Ocorre quando o segurado da previdncia social possuir pelo menos dois vnculos que lhe ofeream duas ou mais fontes de rendimentos distintas simultaneamente enquadradas no RGPS.

2) O salrio- de beneficio ser calculado com base na soma dos respectivos salrios de contribuio quando o segurado satisfizer, em relao a cada atividade, as condies para obteno do beneficio requerido. Ex: Ricardo exercia suas atividades como mdico empregado do Hospital Necessitados, recebendo remunerao equivalente a R$ 900,0, durante todo o perodo contributivo. Ricardo tambm possua consultrio, recebendo nesta atividade, como contribuinte individual, e equivalente a R$500,00. Para fins didticos vamos supor que no houve variao dos salrios de contribuio. Supondo que Ricardo necessitou do auxlio doena e completou o perodo de carncia nas duas atividades, neste caso o seu salrio de beneficio corresponder a R$1400,00 (mdia aritmtica dos maiores salrios de contribuio correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo. Obs: quando no se verificar a hiptese acima, o salrio de beneficio corresponder soma das seguintes parcelas 1- O salrio de benefcio calculado com base nos salrios de contribuio das atividades em relao as quais so atendidas as condies do beneficio requerido; e 2- Um percentual da mdia do salrio de contribuio de cada uma das demais atividades, equivalente relao entre o nmero de meses completos de contribuio e os do perodo da carncia do beneficio requerido. Exceto quando se tratar de beneficio por tempo de contribuio, em que o percentual ser o resultante da relao entre os anos completos da atividade e o nmero de anos de contribuio considerado para a concesso do beneficio. Obs: Atenta-se que esses percentuais no podem ser superiores a 100% do limite mximo do salrio de- contribuio.

4 - Fator Previdencirio Surgido a partir da entrada em vigor da Lei n 9876/99, visa estabelecer uma correspondncia maior entre o custeio, por meio das contribuies, e o beneficio, aproximando-se do regime de capitalizao. Deve se destacar que sua apurao se d atravs da frmula a seguir: F= tc x a x [ 1 + (1d + tc x a) ] Es 100 Onde: F= fator previdencirio; Tc tempo de contribuio; A= alquota de contribuio correspondente a o, 31; Es expectativa de sobrevida no momento da aposentadoria; Id= idade no momento da aposentadoria.

Obs: Para efeito de clculo do fator previdencirio ser adicionado: 5 anos, quando se tratar de mulher; ou 5 ou 10 anos, quando se tratar, respectivamente, de professor ou professora, que comprovem exclusivamente tempo de efetivo exerccio das funes de magistrio na educao infantil e no ensino fundamental e mdio.

Exemplo de clculo utilizando o fator previdencirio. Ferdinando Mayre, segurado com 35 anos, 8 meses e 10 dias de contribuio, requer aposentadoria por tempo de contribuio aos 55 anos e 6 meses de idade, com expectativa de sobrevida de 28,2 anos. Qual o fator previdencirio aplicado para este segurado. 1) tempo de contribuio convertido em dia e depois em ano. 2) Ex: 35 anos = 35 x 365 dias + 8meses = 8/12 x 365 dias + = 13.028 = 35,6932 anos 365 F = 35,6932 x 0,31 x [ 1+55,5014 + (35,6932 x0,31 ) ] 28,2 100 F = 0,6536

5 - Renda Mensal Inicial do Benefcio Consiste no rendimento que o beneficirio, segurado ou dependente, ir receber da previdncia social, relativo aos benefcios, com exceo do salrio famlia, que no h envolvimento deste conceito. Obs: no poder ter renda mensal inferior ao salrio mnimo. Nos casos de benefcios de prestao continuada a renda mensal ser calculada aplicando-se sobre o salrio de benefcio os seguintes percentuais ( art. 39 do RGPS ) auxlio- doena 91% do salrio de benefcio. Aposentadoria por invalidez 100% do salrio de benefcio. Aposentadoria por idade 70 % do salrio de benefcio, mais 1% deste por grupo de 12 contribuies mensais, at o mximo de 30%, presumir-se efetivado o

recolhimento correspondente, quando se tratar de segurado empregado ou trabalhador avulso. Aposentadoria por tempo de contribuio: para mulher 100% aos 30 anos para homem 100% aos 35 anos. 6 Classificao das Prestaes do Regime Geral de Previdncia Social Para melhor anlise das prestaes do RGPS, providenciamos distribulas numa tabela, destacando as prestaes que cada beneficirio poder gozar, ou seja, as devidas somente ao segurados, as devidas aos dependentes e as destinadas aos segurados e dependentes: Benefcios devidos Benefcios devidos Benefcios devidos aos segurados aos dependentes aos segurados e dependentes a) Aposentadoria por a)Penso por morte a)Habilitao profissional invalidez e reabilitao profissional b) Auxlio-doena b)Auxlio-Recluso c) Aposentadoria por b) Servio Social Idade d) Aposentadoria por tempo de contribuio e) Aposentadoria Especial f) Salrio maternidade g) Auxlio acidente h) Salrio famlia

Face o exposto, passaremos, a partir de agora, a promover uma anlise, pormenorizada, de cada prestao, destacando seus pontos mais importantes.

Auxlio Doena

- Conceito: O auxlio doena, com previso constitucional no art. 201, I da CF/88 e regulado pela Lei n 8213/91, artigos 59 a 64, devido ao segurado que, aps cumprida, quando for o caso, a carncia exigida, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos.

-Objetivo: Visa garantir a manuteno da remunerao dos segurados da previdncia social por ocasio da incapacidade laborativa em virtude de doena ou leso. -Perodo de carncia: 12 contribuies mensais . a) No h carncia para os casos de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como para os casos do segurado obrigatrio e facultativo, que aps filiarem-se ao RGPS, forem acometidos de alguma das doenas ou afecoes especificadas em lista elaborada pelos Ministrio da sade e da Previdncia e Assistncia Social a cada 3 anos, de acordo com os critrios de estigma, deformao,mutilao, deficincia ou outro fator que lhe confira especifividade e gravidade que meream tratamento particularizado ( art.30, III, do RGPS). Obs: Ser devido o auxlio doena para o segurado que exercer mais de uma atividade abrangida pelo RGPS, mesmo no caso de incapacidade apenas para o exerccio de uma delas devendo a percia mdica ser conhecedora de todos as atividades que o mesmo estiver exercendo. - Salrio de Benefcio: O salrio de beneficio consiste na media aritmtica simples dos maiores salrios de contribuio correspondentes a 80 % de todo o perodo contributivo. Obs: Contado o segurado com menos de 144 contribuies mensais no perodo contributivo, o salrio de- beneficio corresponder soma dos salrios de contribuio dividido pelo numero de contribuies apurado. - Renda mensal Corresponder a 91% do salrio de - benefcio, sendo devido da seguinte forma: b) a contar do 16 dia do afastamento da atividade para o segurado empregado, exceto o domstico. c) A contar da data do inicio da incapacidade, para os demais segurados, ou d) A contar da data da entrada do requerimento, quando requerido aps o 30 dia do afastamento da atividade, para todos os segurados. - Encerramento - O auxlio doena cessa pela recuperao da capacidade para o trabalho, pela transformao em aposentadoria por invalidez ou auxlio acidente de qualquer natureza, neste caso se resultar seqela que implique recluso da capacidade para o trabalho que habitualmente o segurado exercia. Observaes importantes: 1) No caso de acidente de trabalho a renda mensal ser de 100% do salrio-debenefcio.

2) Para o segurado especial o valor do auxlio doena de um salrio mnimo, caso no tenha optado por contribuir facultativamente como contribuinte individual. 3)O benefcio do auxlio doena no integra o salrio de contribuio para nenhum fim. Ressalva-se que o lapso temporal em que o segurado recebeu auxlio doena entre perodos de atividade contado como tempo de contribuio para a previdncia social 4) A empresa que garantir ao segurado licena remunerada ficar obrigada a pagar-lhe durante o perodo de auxlio-doena a eventual diferena entre o valor deste e a importncia garantida pela licena. 5) O auxlio doena beneficio de carter temporrio, que pode ou no ter perodo de carncia para sua concesso, vincula-se incapacidade para o trabalho por mais de 15 dias consecutivo, sendo pago ao segurado. 6) Quando em gozo de auxlio-doena, o segurado est obrigado, independentemente de sua idade e sob pena de suspenso do beneficio, a submeter-se a exame mdico a cargo da previdncia social, processo de reabilitao profissional por ela prescrito e custeado e tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirrgico e a transfuso de sangue, que so facultativos.

Auxlio Acidente-Conceito - Consiste numa indenizao ao segurado empregado, exceto o domstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial quando, aps a consolidao das leses decorrentes de acidente de qualquer natureza, ressultar seqela definitiva que implique: b) reduo da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e se enquadre nas situaes discriminadas no Anexo III do Regulamento da Previdncia Social, aprovado pelo decreto n 3048/99. c) Reduo da capacidade para o trabalho que habitualmente exerciam e exija maior esforo para o desempenho da mesma atividade que exerciam poca do acidente; d) Impossibilidade de desempenho da atividade que exerciam poca do acidente, porem permita o desempenho de outra, aps processo de reabilitao profissional, nos casos indicados pela percia mdica do INSS. -Perodo de carncia - De acordo com o art. 26 da Lei n 8213/91, independe de carncia a concesso de auxlio-acidente de qualquer natureza. -Inicio do Beneficio - O auxlio-acidente ser devido a contar do dia seguinte ao da cessao do auxlio-doena, independentemente de qualquer remunerao ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulao com qualquer aposentadoria.

Obs: O benefcio deixa de ser pago no anterior ao incio do recebimento de qualquer aposentadoria, pois o valor mensal do auxlio somado ao salrio de contribuio no perodo bsico de calculo da aposentadoria. Obs: No ferem direito ao auxlio acidente: a) quem apresente danos funcionais ou reduo da capacidade funcional sem repercusso na capacidade laborativa, e b) de mudana de funo, mediante readaptao profissional promovida pela empresa, como medida preventiva em decorrncia de inadequao do local de trabalho. - Suspenso - No caso de reabertura de auxlio-doena por acidente de qualquer natureza que tenha dado origem a auxlio-acidente, este ser suspenso at a cessao do auxlio-doena reaberto, quando ser reativado. Obs: o auxlio-acidente poder ser acumulado com o auxlio-doena, se este for originado por outro acidente ou doena. - Salrio de- Benefcio - Consiste na mdia aritmtica simples dos maiores salrios de contribuio correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo. - Renda Mensal -Corresponder a 50% do salrio-de-benefcio que deu origem ao auxlio-doena do segurado, corrigido at o anterior ao do inicio do beneficio. - Concesso - No cabe a concesso de auxlio-acidente quando o segurado estiver desempregado, podendo ser concedido o auxlio-doena previdencirio, desde que atendidas as condies inerentes. Obs: Caso seja concedido o auxlio-acidente no curso da relao de emprego, este beneficio se mantm, mesmo aps o empregado ser demitido, e neste caso o segurado manter sua qualidade independente de prazo, uma vez que estar em gozo de beneficio previdencirio.

Aposentadoria por Invalidez- Conceito Consiste num benefcio de prestao continuada concedido ao segurado que estando ou no em gozo de auxlio-doena, for considerado incapaz para o trabalho e insuscetvel de reabilitao para o exerccio de atividade que lhe garanta a subsistncia, e ser-lhe- paga enquanto permanecer nessa condio. - Perodo de Carncia a) 12 contribuies mensais .

b)No h carncia para os casos de acidente de qualquer natureza ou causa, bem como para os casos do segurado obrigatrio e facultativo, que aps filiarem-se ao RGPS, forem acometidos de alguma das doenas ou afecoes especificadas em lista elaborada pelos Ministrio da sade e da Previdncia e Assistncia Social a cada 3 anos, de acordo com os critrios de estigma, deformao,mutilao, deficincia ou outro fator que lhe confira especifividade e gravidade que meream tratamento particularizado ( art.30, III, do RGPS). - Salrio de Benefcio( lei 9876/99) M.A 80% de todo o perodo contributivo. - Renda Mensal. 100% do salrio de beneficio . - Renda Mensal Inicial A aposentadoria por Invalidez consiste numa renda mensal de 100% do salrio-de-benefcio, sendo devida: e) a contar do 16 dia do afastamento da atividade para o segurado empregado, exceto o domstico. f) A contar da data do inicio da incapacidade, para os demais segurados, ou g) A contar da data da entrada do requerimento, quando requerido aps o 30 dia do afastamento da atividade, para todos os segurados. Obs: Para o segurado especial o valor da aposentadoria por invalidez de um salrio mnimo, caso no tenha optado por contribuir facultativamente como contribuinte individual. Nota:1) O segurado apto poder retornar atividade? Caso o segurado deseje retornar ao mercado de trabalho ou seja identificado desenvolvendo alguma atividade remunerada. Deve ser o mesmo, imediatamente, submetido a uma percia mdica para que, est, conclua pela recuperao da capacidade laborativa. 2) O que acontecer com o segurado que recupera sua capacidade laborativa? - recuperao total (dentro do 5 anos contados da DIB) aposentadoria por invalidez ou do auxlio-doena que a antecedeu sem interrupo, e beneficio cessar. 5) De imediato, para o segurado empregado que tiver direito a retornar funo que desempenhava na empresa ao se aposentar na forma da legislao

trabalhista, valendo como documento comprobatrio, o certificado de capacidade fornecido pela previdncia social, ou 6) Aps tantos meses quantos forem os anos de durao do auxlio-doena e da aposentadoria por invalidez, para os demais segurados. - recuperao parcial ou ocorrer aps o perodo de 5 anos, ou ainda quando o segurado for declarado apto para o exerccio de trabalho diverso do qual habitualmente exercia a aposentadoria ser mantida, sem prejuzo da volta atividade: 1) pelo seu valor integral, durante 6 meses contados da data em que for verificada a recuperao da capacidade. 2) Reduo de 50%, aps os 6 meses iniciais por um prazo de igual perodo. 3) Reduo de 75%, tambm por igual perodo de 6 meses ao termino do qual cessar definitivamente. Observaes importantes: 1 Segurado ter que passar por percia mdica. 2 O Ministrio emitiu uma lista contendo as doenas ou afeces que esto isentas de carncia, mas que esteja o segurado filiado ao RGPS. 3 A doena ou leso de que o segurado j era portador ao filiar-se ao RGPS no lhe conferir direito aposentadoria por invalidez, exceto quando a incapacidade sobrevier por motivo de progresso ou agravamento dessa doena ou leso.

Nota: Auxlio acompanhanteConsiste num acrscimo de 25% no valor da aposentadoria por invalidez(Apenas neste tipo de benefcio) caso o segurado comprove necessitar da assistncia permanente de outra pessoa. Cumpre ressaltar que a enfermidade deve constar na relao do anexo I do RPS, sendo devido ainda que o valor da aposentadoria atinja o limite mximo legal e recalculado quando o benefcio que lhe deu origem for reajustado. Por fim, informamos que esse acrscimo cessar com a morte do aposentado, no sendo incorporado ao valor da penso por morte.

Salrio FamliaConceito: Beneficio da previdncia social, de natureza trabalhista, atpico ( no visa proteo contra os riscos sociais), pago aos empregados, exceto o empregado domstico, ao trabalhador avulso, aos aposentados por invalidez ou por idade e aos demais com 65 anos, se do sexo masculino, ou 60 anos, se do sexo feminino, na

proporo do respectivo nmero de filhos, enteados ou tutelados, menores de 14 anos, ou maiores de 14 anos, desde que sejam invlidos( comprovao em percia mdica), cuja o salrio-de-contribuio no seja superior R$654,67. Portanto, cabe salientar que somente os trabalhadores de baixa renda que tero direito ao beneficio, ou seja, aqueles que tem renda de ate R$ 654,67, de acordo com o art. 201, IV da CRFB/88), implementada pela EC-20/98.

Objetivo Conforme preceitua no conceito acima, o presente beneficio visa propiciar uma maior manuteno da famlia do empregado ou aposentado, visto que sua renda no suficiente para tanto. Quem tem direito De acordo com art. 82 do RPS- Regulamento da Previdncia Social aprovado pelo decreto 3048/99, a. Recebem o salrio-famlia: 9) os empregados, pago pela empresa junto ao respectivo salrio; 10) os trabalhadores avulsos, pago pelo rgo Gestor de Mo de Obra ou pelo sindicato, mediante convnio; 11) ao empregado e trabalhador avulso aposentado por invalidez ou por idade ou em gozo de auxlio-doena, pago juntamente com o beneficio; 12) ao trabalhador rural aposentado por idade aos 60 anos de idade, se do sexo masculino, ou 55 anos, se do sexo feminino, pelo INSS, juntamente com a aposentadoria; e 13) aos demais empregados e trabalhadores avulsos aposentados aos 65 anos de idade, se do sexo masculino, ou 60 anos de idade, se do sexo feminino, pelo INSS, juntamente com a aposentadoria. a. No recebem salrio-famlia: 1) 2) 3) 4) o contribuinte individual; o segurado facultativo; o segurado especial; empregado domstico.

Pagamento e valor da cota O pagamento do salrio-famlia, proceder-se- a juntamente com o pagamento dos rendimento mensal do empregado, aposentado ou trabalhador avulso. No entanto, convm salientar que, o mesmo, s ser devido a este a partir da comprovao do termo de filiao.

A cota do salrio-famlia ser no valor de R$ 22,34 para quem tem rendimento ate R$ 435,56, e de R$ 15,74 para quem tem rendimento varia de R$ 435,57 a 654,67, devida ao segurado em tantas cotas forem o nmero de filhos enquadrados na previso legal. Observaes importantes:

a) O salrio famlia do trabalhador avulso do nmero de dias trabalhados no ms, devendo o seu pagamento corresponder ao valor integral da cota. Assim, se o trabalhador convocado pelo sindicato ou rgo gestor de mo-de-obra para trabalhar um nico dia, j jus ao beneficio. No que diz respeito ao segurado empregado. O valor da quota ser proporcional nos meses de admisso e demisso. b) Caso o pai e me sejam segurados empregados ou trabalhadores avulso, ambos tero direito ao salrio-famlia. Entretanto, caso sejam separados ou divorciados, o beneficio ser pago quele que ficar com a guarda da criana. c) As cotas do salrio-famlia e do salrio maternidade ( conforme lei n 10.710/2003, devero ser deduzidas quando do recolhimento das contribuies sociais sobre a folha de salrio. d) Durante o perodo em que o segurado estiver em gozo de auxlio-doena, caber ao INSS o pagamento da cota do salrio- famlia. Portanto, neste perodo, a empresa ou sindicato ou rgo gestor de mo- de obra, no estaro obrigadas a proceder o pagamento. e) No devido salrio-famlia no perodo entre a suspenso do beneficio, motivada pela falta de comprovao de freqncia escolar ou pela falta de atestado de vacinao e o seu reativamento, salvo se provada a freqncia escolar regular no perodo ou apresentado o atestado de vacinao obrigatria, respectivamente. Documentao necessria Para pagamento da cota do salrio-famlia necessrio a apresentao dos seguintes documentos: - Certido de nascimento de filhos menores de 14 anos; - Carto de vacinao anualmente, no ms de maio, a partir do ano de 2000; - Declarao escolar apresentada nos meses de maio e novembro, a partir do ano de 2000, relatando a freqncia escolar do filho maior de 7 anos; - Documentao comprobatria da dependncia econmica do enteado ou tutelado; - Comprovao de invalidez, a cargo da Percia Mdica do INSS, para dependentes maiores de 14 anos. Obs: A falta de apresentao de algum dos documentos, acima referenciados, ensejar a suspenso do beneficio. Encerramento do benefcio

Ocorrer automaticamente a cessao do salrio-famlia, de acordo com o art.88 do RPS, nos seguintes casos: - por morte do filho ou equiparado, a contar do ms seguinte ao do bito; - quando o filho ou equiparado completar 14 anos de idade, salvo se invalido, a contar do ms seguinte ao da data do aniversario; - pela recuperao da capacidade do filho ou equiparado invlido, a contar do ms seguinte ao da cessao da incapacidade; ou - pelo desemprego do segurado.

Salrio-Maternidade( art. 93 a 103 do RPS) Conceito: consiste num benefcio previdencirio, por prazo determinado, que tem por escopo conservar a qualidade de vida da seguradas pela manuteno da remunerao quando do afastamento da atividade laborativa por ocorrncia do parto ou de aborto no criminoso, e a partir da Lei n 10421/2002, por ocasio da adoo de criana. Obs: Considera-se parto, o nascimento ocorrido a partir da 23a semana de gestao, inclusive natimorto. Obs: Nos abortos espontneos ou previstos em lei (estupro ou risco de vida para a me ), ser pago o salrio-maternidade por duas semanas. Obs: Cabe empresa pagar o salrio-maternidade devido empregada gestante, efetivando-se a compensao, de acordo com o disposto no art. 248, da Constituio Federal, poca do recolhimento das contribuies incidentes sobre a folha de salrios e demais rendimentos pagos ou creditados, a qualquer ttulo, pessoa fsica que lhe preste servio. A empresa dever conservar durante 10 ( dez) anos os comprovantes dos pagamentos e os atestados correspondentes. Quem tm direito? As trabalhadoras que contribuem para a Previdncia Social tm direito ao salrio-maternidade nos 120 dias em que ficam afastadas do emprego por causa do parto. O beneficio foi estendido tambm para as mes adotivas. O salrio-maternidade concedido segurada que adotar uma criana ou ganhar a guarda judicial para fins de adoo: - se a criana tiver at um ano de idade, o salrio-maternidade ser de 120 dias; - se tiver de um ano a quatro anos de idade, o salrio-maternidade ser de 60 dias; se tiver de quatro anos a oito anos de idade, o salrio-maternidade ser de 30 dias.

Obs: A trabalhadora que exerce atividades ou tem empregos simultneos tem direito a um salrio-maternidade para cada emprego/atividade, desde que contribua para a Previdncia nas duas funes. Carncia Para concesso do salrio-maternidade, no exigido tempo mnimo de contribuio das trabalhadoras empregadas, empregadas domesticas e trabalhadoras avulsas, desde que comprovem filiao nesta condio na data do afastamento para fins de salrio maternidade ou na data do parto. A contribuinte facultativa e a individual tm que ter pelo menos dez contribuies para receber o beneficio. A segurada especial receber o salriomaternidade se comprovar no mnimo dez meses de trabalho rural. Se o nascimento for prematuro, a carncia ser reduzida no mesmo total de meses em que o parto foi antecipado. A partir de quando tem direito? O salrio-maternidade devido a partir do oitavo ms de gestao ( comprovado por atestado mdico ) ou da data do parto ( comprovado pela certido de nascimento ). Em casos comprovados por atestado mdico, o perodo de repouso poder ser prorrogado por duas semanas antes do parto e ao final dos 120 dias de licena.

Aposentadoria por tempo de contribuio e especial( art. 56 a 70 do RPS)

ConceitoConsiste num benefcio de prestao continuada que visa conferir rendimentos aos segurados que tenham contribudo para a previdncia social durante um determinado perodo de tempo.

BeneficiriosComo regra geral, todos os segurados (obrigatrios e facultativo) tm direito ao benefcio, exceto os segurados especiais. Ressalta-se, guisa de reforo, que o segurado especial no possuem este direito por no contribuir com o RGPS, e sim, deve comprovar o efetivo exerccio da atividade rural.

CarnciaO segurado para fazer jus ao benefcio deve comprovar a carncia : 180 contribuies mensais. Contudo, os segurados filiados at 24/07/1991, bem como os trabalhadores e empregadores rurais amparados pela previdncia social rural, devem comprovar que possuem na data do requerimento a carncia mnima exigida na tabela abaixo. A citada regra prev o aumento progressivo da carncia para segurados, de acordo com o anos de implemento das demais condies para o benefcio: Ano em que o segurado completou a idade para aposentadoria por idade 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Nmero de contribuies necessrias para requerimento 102 108 114 120 126 132 138 144 150 156 162 168 174 180

Tempo de ContribuioO segurado (obrigatrio e facultativo) para ter direito a tal vantagem, deve comprovar, alm da carncia supramencionada, um tempo de contribuio correspondente a 30 anos mulher e 35 anos homem. Obs: O professor aos 30 anos de contribuio e professora aos 25 anos, desde que comprove efetivo exerccio em funo de magistrio na educao infantil, no ensino fundamental ou mdio. Portanto, comprovada tal atividade, estes, tero uma reduo em 5 anos, conforme prev a constituio federal. Obs.: O que considerado como tempo de contribuio? Fazemos tal ressalva, por achar muito importante o item dentro do tema aposentadoria por tempo de contribuio. Contudo, devido ao tempo exguo do leitor e nosso, sugerimos fazer uma leitura ao art. 60 do decreto n 3048/99.

Salrio-de-benefcio

Consiste na mdia aritmtica simples dos maiores salrios de contribuio correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo( de acordo com a lei n 9876/99 o perodo contributivo ser computado a partir da competncia 07/1994), multiplicado pelo fator previdencirio ( Obrigatrio).

Renda mensal InicialConsiste numa renda mensal calculada com 100% sobre o salrio-debenefcio. para o segurada mulher aos 30 anos de contribuio e para o homem aos 35 anos de contribuio, ou para o professor aos 30 anos de contribuio e professora aos 25 anos de efetivo exerccio em funo de magistrio na educao infantil, no ensino fundamental ou mdio.

Incio do benefcioa) segurado empregado, inclusive o domestico: - partir da data do desligamento do emprego, quando requerida at 90 dias depois dela; ou - a partir da data do requerimento, quando no houver desligamento do emprego ou quando for requerida aps o prazo de 90 dias . b) demais segurado: a partir da data da entrada do requerimento.

Nota: Aposentadoria especial(art. 64 a 80 do RPS) Consiste num benefcio do RGPS que visa substituir o salrio-decontribuio ou rendimento do trabalho dos segurados que exercerem suas atividades sujeitas condies que possam prejudicar a sua sade ou sua integridade fsica. Uma vez cumprida a carncia exigida, a aposentadoria especial ser devida ao segurado que tenha trabalhado durante 15, 20 ou 25 anos, conforme o caso, sujeito a condies especiais que prejudiquem a sade ou integridade fsica. De acordo com a medida Provisria n 83/2002 as disposies sobre aposentadoria especial aplicam-se, tambm, ao cooperado filiado cooperativa de trabalho e de produo que trabalha sujeito a condies especiais que prejudiquem a sua sade ou integridade fsica. O benefcio possui os quesitos, abaixo elencados, idnticos ao da aposentadoria por tempo de contribuio. Por suma, iremos destacar, para ganhar tempo em nossos estudos, apenas os requisitos obrigatrios a serem observados para concesso de tal vantagem.

Quesitos idnticos ao da aposentadoria por tempo de contribuio(vide aposentadoria por tempo de contribuio para leitura): carncia; salrio-de-benefcio; renda mensal inicial; nicio do benefcio; beneficirios

Requisitos obrigatrios para concesso da aposentadoria especial: a) Comprovao do tempo de trabalho de 15, 20 ou 25 anos correspondentes ao exerccio de atividade permanente e habitual( no ocasional nem intermitente), durante toda a jornada de trabalho, em cada vnculo, sujeito a condies especiais que prejudiquem a sade ou a integridade fsica, inclusive frias, licena mdica e auxlio-doena, decorrente do exerccio dessas atividades . Obs.: Para o segurado que houver exercido sucessivamente duas ou mais atividades sujeitas a condies especiais prejudiciais sade ou integridade fsica, sem completar em qualquer delas o prazo mnimo exigido para aposentadoria especial, os respectivos perodos sero somados aps converso, conforme tabela abaixo, considerada a atividade preponderante.

Tempo a ser convertido De 15 anos De 20 anos De 25 anos

Para 15 nos Para anos 1.00 1.33 0.75 1.00 0.60 0.80

20 Para anos 1.67 1.25 1.00

25 Para 30 anos 2.00 1.50 1.20

Para 35 anos 2.33 1.75 1.40

b) Comprovao, pelo segurado, da efetiva exposio aos agntes nocivos qumicos, fsicos, biolgicos ou associao de agentes prejudiciais sade ou integridade fsica, pelo perodo equivalente ao exigido para a concesso do benefcio, conforme previsto no art. 57 parg. 4 da Lei n 8213/91, com redao conferida pela Lei n 9032/95. c) A citada exposio, referendada no item anterior, deve ser comprovada mediante formulrio denominado PPP(Perfil Profissiogrfico Previdencirio), emitido pela empresa ou seu preposto, com base em laudo tcnico de condies ambientais de trabalho expedido por mdico do trabalho ou engenheiro de segurana do trabalho nos termos da legislao trabalhista.

Obs: Converso do tempo tempo especial para especial: sim tempo especial para comum: sim comum para especial: no

Obs: Aposentado que volta a trabalharO aposentado nesta espcie de benefcio, no poder voltar a trabalhar em atividades sujeitas a condies especiais. Portanto, depois de aposentado poder trabalhar em outros atividades que no esteja sujeita a atividades especiais.

Aposentadoria por Idade ( arts. 51 a 55 do RPS e art. 48 a 51, Lei 8213/91)Conceito: Consiste num benefcios de prestao continuada que visa conferir rendimentos aos segurados em virtude de idade avanada, possibilitando a retirada destes do mercado de trabalho.

Beneficirios: Os segurados que completarem 65 anos de idade, se homem, ou 60 se mulher, reduzidos esses limites para 60 e 55 anos de idade para os trabalhadores rurais . Carncia:180 contribuies mensais ou 180 meses para o segurado especial, que no tem que provar contribuio. OBS: O art. 143 da lei n 8213/91 garante a concesso ao trabalhador rural de aposentadoria por idade, bastando ao segurado, alm da idade mnima, demonstrar o desempenho de atividade rural pelo tempo de carncia necessrio ao benefcio, mesmo que de forma descontnua. Por exemplo : trabalhador rural que, em 2002, tinha 60 anos de idade e comprovou ter trabalhado na rea rural por 126 meses, ainda que de forma descontnua, mesmo sem qualquer recolhimento, ter direito a aposentao por idade. Ratifica o entendimento o parecer/CJ n 2551/01. Requerimento:

a) segurado empregado, inclusive o domstico: - a partir da data do desligamento do emprego, quando requerida at 90 dias depois dela, ou - a partir da data do requerimento, quando no houver desligamento do emprego ou quando for requerida aps o prazo de 90 dias . b) demais segurado: a partir da data da entrada do requerimento. Obs: Esse beneficio poder ser requerido pela empresa, desde que o segurado tenha cumprido a carncia, quando este completar 70 anos de idade, se do sexo masculino, ou 65 se do sexo feminino, sendo compulsria, caso em que ser garantida ao empregado a indenizao prevista na legislao trabalhista, considerada como data da resciso do contrato de trabalho a imediatamente anterior do inicio da aposentadoria. Obs: A aposentadoria por idade poder ser decorrente da transformao de aposentadoria por invalidez ou auxlio-doena, desde que requerido pelo segurado, observado o cumprimento da carncia exigida na Dara de inicio do beneficio a ser transformado. Salrio de Benefcio Consiste ma mdia aritmtica simples dos maiores salrios de contribuio correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo, multiplicado pelo fator previdencirio ( Facultativo) Obs: O segurado especial ter seu salrio de beneficio consistindo em 1/13 da mdia aritmtica simples dos maiores valores sobre os quais incidiu a sua contribuio anual, correspondentes a 80% de todo o perodo contributivo, multiplicada pelo fator previdencirio. Contudo, a citada regra, atualmente, esta em desuso, visto a inexigibilidade de contribuio por parte deste segurado. Renda Mensal Consiste numa renda mensal calculada com 70% sobre o salrio de beneficio, mais 1% deste por grupo de 12 contribuies mensais at o Maximo de 30%. O tempo de contribuio na administrao pblica federal, estadual, do Distrito Federal ou municipal ser considerado para efeito do percentual de acrscimo. Obs: Recolhendo sobre a receita bruta da comercializao da produo rural, o segurado especial tem direito aposentadoria por idade no valor de um salrio mnimo. Caso recolha como contribuinte individual ter direito a todos os benefcios do RGPS, sem necessariamente ter que observar o limite de um salrio mnimo, mas desde que cumprido a carncia exigida para estes benefcios, no sendo considerado como perodo de carncia o tempo de atividade rural no contributivo.

Obs: Mesmo para o clculo da renda mensal da aposentadoria por idade, dever ser considerado o tempo de contribuio de que trata o art. 60 do RGPS. Obs: O trabalhador rural ora enquadrado como contribuinte individual ou segurado especial, pode requerer a aposentadoria por idade, no valor de 1 salrio mnimo, durante 15 anos a partir de 25 de julho de 1991, desde que comprove o exerccio de atividade rural, ainda que de forma descontinua no perodo imediatamente anterior ao requerimento do beneficio, em numero de meses idntico carncia do beneficio. Obs: As aposentadoria por idade, por tempo de contribuio e especial concedidas pela previdncia social so irreversveis e irrenunciveis.

B) Benefcios para os dependentes Auxlio Recluso( art. 116 a 119 do RPS) Conceito Consiste num beneficio previdencirio, atribudo aos dependentes do preso a partir do momento em que este for recolhido ao estabelecimento prisional, desde que no momento de sua priso seja segurado de baixa renda da previdncia social. No entanto, cabe salientar que segurado de baixa de renda, como ainda no existe legislao regulamentando o tema, consiste naquele cujo salrio de contribuio seja inferior R$ 654,67( Valor descrito conforme portaria n 342/2006 em que o salrio mnimo R$ 350,00) Objetivo O presente beneficio tem por objeto propiciar aos dependentes do preso, a manuteno dos rendimentos que este auferia, de modo a preservar o seu sustento, ate que este seja reintegrado ao mercado de trabalho. Dependentes: Os dependentes, de acordo com o art. 16 do RGPS aprovado pelo decreto n 3.048 de 06/5/1999, so divididos em preferenciais e no-preferenciais, tendo como integrantes dessas classes: So dependentes preferenciais;

a) o cnjuge; b) a companheira ou o companheiro; e Obs: Do dependente companheiro ou companheira homossexual

De acordo com a deciso proferida na Ao Civil Pblica n 2000.71.00.009347, o companheiro ou a companheira homossexual de segurado inscrito no RGPS passa a integrar o rol dos dependentes e, desde que comprovada a unio estvel, concorra, para fins de penso por morte e de auxlio-recluso, com os dependentes preferenciais de que trata o inciso I do art. 16 da Lei n 8.213, de 1991, para bitos ocorridos a partir de 5 de abril de 1991. Conquanto, Ressaltamos que a respectiva ao, concedeu efeito retroativo aos companheiros homossexuais, cujos os seus parceiros havia falecido antes do julgamento desta, mas que, os mesmos tero que comprovar o vnculo existente entre eles, por meio de trs provas elencadas no artigo 22 parg. 3 do decreto 3048/1999. c) o filho no emancipado de qualquer condio, menor de vinte e um anos ou invlido. Obs: filhos de qualquer condio so aqueles havidos ou no da relao de casamento, ou adotados , que possuem os mesmos direitos e qualificaes dos demais, proibidas quaisquer designaes discriminatrias relativas filiao, nos termos de parg. 6 do art. 227 da Constituio Federal. Obs: O filho maior invlido far jus penso, desde que a invalidez, concluda mediante exame mdico pericial, seja anterior data do bito do segurado, e o requerente no tenha se emancipado at a data da invalidez. Obs: O pensionista invlido est obrigado, independentemente, de sua idade e sob pena de ter seu beneficio suspenso, a submeter-se a exame mdico a cargo da previdncia social, a processo de reabilitao profissional por ela prescrito e custeado e a tratamento dispensado gratuitamente, exceto o cirrgico e a transfuso de sangue.

So dependentes no-preferenciais :

a) os pais; e b) o irmo no emancipado, de qualquer condio, menor vinte e um anos de idade ou invlido. Comprovao da qualidade de dependente Os documentos ou provas necessrias comprovao da qualidade de dependente do segurado, no ato do requerimento, de acordo com o artigo 22 do decreto 3048/99, so: f) cnjuge- certido de casamento; g) filhos Certido de nascimento; h) pais certido de nascimento do segurado e documentos de identidade dos mesmos, e comprovao de dependncia econmica; i) irmo Certido de nascimento e comprovao de dependncia economia; j) companheira ou companheiro- Documento de identidade e certido de casamento com averbao as separao judicial ou divrcio, quando um dos

companheiros ou ambos j tiverem sido casados ou de bitos, se for o caso, e comprovao do vnculo. Obs: incumbe ao dependente apenas, no momento da requisio do beneficio de penso por morte, comprovar sua qualidade. Portanto, no necessrio que seja promovida sua inscrio, nas carteiras de trabalho, junto ao INSS, de segurado vivo. ( designao de dependentes extinta pela lei 9032 de 28/04/1995). Para comprovao do vnculo ou da dependncia econmica devem ser apresentados no mnimo 3( trs), conforme artigo 22, 3 do decreto 3048/99, dos seguintes documentos:I - certido de nascimento de filho havido em comum; II - certido de casamento religioso; III- declarao do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente; IV - disposies testamentrias; V - anotao constante na Carteira Profissional e/ou na Carteira de Trabalho e Previdncia Social, feita pelo rgo competente; VI - declarao especial feita perante tabelio; VII - prova de mesmo domiclio; VIII - prova de encargos domsticos evidentes e existncia de sociedade ou comunho nos atos da vida civil; IX - procurao ou fiana reciprocamente outorgada; X - conta bancria conjunta; XI - registro em associao de qualquer natureza, onde conste o interessado como dependente do segurado; XII - anotao constante de ficha ou livro de registro de empregados; XIII- aplice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiria; XIV - ficha de tratamento em instituio de assistncia mdica, da qual conste o segurado como responsvel; XV - escritura de compra e venda de imvel pelo segurado em nome de dependente; XVI - declarao de no emancipao do dependente menor de vinte e um anos; ou XVII - quaisquer outros que possam levar convico do fato a comprovar.

Obs: As trs provas podero ser da mesma espcie de documentos(Ex.: trs certido de nascimento de filhos havidos em comum, valer como trs provas). Obs: concorrem entre si, em igualdade de condies, os dependentes pertencentes mesma classe, excluindo o direito s prestaes os das classes seguintes.

Perda da qualidade de dependentes: d) o cnjuge pela separao judicial ou o divrcio, desde que no recebam Penso Alimentcia, pela anulao do casamento, pelo bito ou por sentena judicial transitada em julgado, observando-se o disposto no art. 266 desta Instruo Normativa; e) a companheira ou companheiro, pela cessao da unio estvel com o segurado ou segurada, desde que no recebam Penso Alimentcia;

f) o filho e o irmo, de qualquer condio ao completarem vinte e um anos de idade, salvo se invlidos, ou pela emancipao, ainda que invlido.

Observaes Importantes 1) assegurada a qualidade de dependentes perante a Previdncia social, do filho e irmo invlido maior de 21 (vinte e um ) anos, que se emanciparem em decorrncia, unicamente, de colao de grau cientfico em curso de ensino superior, assim como para o menor de 21 ( vinte e um ) anos, durante o perodo de servio militar, obrigatrio ou no. 2) O dependente que recebe benefcio de penso por morte na condio de menor e que, no perodo anterior a sua emancipao ou maioridade, torna-se invlido, ter direito manuteno do beneficio, independentemente da invalidez ter ocorrido antes ou aps o bito do segurado, observado o disposto no inciso III do art. 17 e art. 115 do RPS e nos ??1 e 2 do art. 264 desta Instruo Normativa. 3) O cnjuge ou o companheiro do sexo masculino passa a ser dependente em casos de requerimento de penso por marte, para bitos ocorridos a partir de 05/04/1991, desde que atendidos os requisitos legais, observando o disposto no art. 268 da Instruo Normativa n 95. E, ainda, devem ser mantidos os benefcios concedidos com base na legislao anterior, que fixava o termo inicial de concesso em 6 de outubro de 1988, em obedincia ao inciso XIII, art. 2 da Lei n 9.784/99. 4) O enteado ( filho de um dos cnjuges ou companheiro, sendo fundamental para esse fim a apresentao da certido de Casamento ou comprovao da unio estvel entre eles lei 10559/2002) e o menor que estejam sob sua tutela, equiparam-se aos filhos mediante declarao escrita do segurado e desde que no possua bens suficientes para o prprio sustento e educao e comprovem a dependncia econmica, na forma estabelecida no ?? 3 do art. 22 do RGPS. 5) O menor sob guarda deixa de integrar a relao de dependentes para os fins previstos no RGPS, inclusive aquele j inscrito, salvo se o bito do segurado ocorreu em data anterior, a partir de 14 de outubro de 1996, data da publicao da MP n 1.523, reeditada e convertida na Lei n 9.528, de 1 de dezembro de 1998. Portanto, conforme j salientado acima, o menor que reside com o segurado, somente ter direito ao beneficio, caso possua: d) termo de Tutela; e) declarao escrita do segurado relatando sua qualidade; f) provas que demostre no possuir bens suficientes para o prprio sustento e educao, devendo comprovar a dependncia econmica, na forma estabelecida no ?? 3 do art. 22 do RPS. Dependentes designados

O dependente designado consistia na inscrio, em vida, pelo segurado, de seu futuro beneficirio. No entanto, cabe salientar que estas inscries s geravam mera expectativa de direito, devendo para tanto ser comprovado a qualidade de destes atravs de outros documentos exigidos pelo INSS. A partir da lei 9032 de 28/04/1995 estas inscries tornaram-se nulas, deixando de integrar o rol de dependentes as pessoas designadas, mesmo s designadas antes da publicao da lei. Entretanto, a pessoa cuja designao como dependente do segurado tenha sido feita at 28 de abril de 1995, far jus penso por morte ou auxliorecluso, se o fato gerador do beneficio, o bito ou a priso ocorreu at aquela data, desde que comprovadas as condies exigidas pela legislao vigente.

Renda Mensal Inicial Valor do beneficio a renda mensal do beneficio do auxlio-recluso ser de 100% do valor da aposentadoria do segurado, caso seja aposentado, ou do valor da aposentadoria por invalidez que receberia na data do bito. No entanto, cabe ressaltar que o valor no poder ser superior ao salrio de contribuio do segurado, e, ainda, caso o segurado receba auxlio- decontribuio do segurado, e, ainda, caso o segurado receba auxlio-acidente, este, ser incluso para o clculo do Salrio de beneficio.

Obs: O auxlio-recluso a ser pago aos trabalhadores rurais de um salrio mnimo.

Penso por morte( art. 105 a 115 do RPS) Conceito Consiste num benefcio de prestao continuada da previdncia social, em alguns casos de carter permanente, atribudo aos dependentes do segurado no caso de seu falecimento. Tendo por objeto a manuteno destes, haja vista a morte do responsvel pelo seu sustento. Beneficirios So beneficirios do benefcio todos os dependentes elencados no benefcio de auxlio recluso.(Vide item anterior) Renda Mensal do benefcio

Valor do benefcio a renda mensal do benefcio de penso por morte ser de 100% do valor da aposentadoria do segurado, caso j fosse aposentado, ou do valor da aposentadoria por invalidez que receberia na data do bito . No entanto, cabe ressaltar que o valor no poder ser superior ao salrio-de-contribuio do segurado, e, ainda, caso o segurado receba auxlio-acidente, este, ser incluso para o clculo do Salrio-de-benefcio.

Obs.: A penso por morte deixada por trabalhadores rurais de um salrio mnimo. Obs: Concesso do beneficio ao cnjuge ausente O cnjuge ausente somente far jus ao benefcio a partir da data de sua habilitao e mediante prova de dependncia econmica, no excludo do direito a companheira ou o companheiro. Portanto, mesmo sendo esta dependente preferencial dever comprovar que dependia economicamente do segurado. Acredita-se que esta norma foi adotada, para evitar que a previdncia social custeia-se benefcios dependentes que no tinha mais elos de ligao. Obs: Concesso do benefcio por morte presumida do segurado No caso de morte presumida, a penso poder ser concedida, em carter provisrio, desde de que: 26) a morte seja declarada mediante sentena declamatria de ausncia, expedida por autoridade judiciria, a contar da data de sua emisso; ou 27) em caso de desaparecimento do segurado por motivo de catstrofe, acidente ou desastre, a contar da data da ocorrncia, mediante prova hbil (Boletim de Ocorrncia da Polcia, documento confirmando a presena do segurado no local do desastre, noticirio dos meios de comunicao e outros.). Obs.: Nesses casos, quem recebe a penso por morte ter de apresentar, de seis em seis meses, documento sobre o andamento do processo de desaparecimento at que seja emitida a certido de bito. Encerramento do benefcio Poder ocorrer a cessao do benefcio de penso por morte, quando : Pela morte do pensionista; Para o pensionista menor de idade, ao completar 21 anos, salvo se for invlido, ou pela emancipao, ainda que invlido, exceto, neste caso, se a emancipao for decorrente de colao de grau cientfico em curso de ensino superior;

Para o pensionista invlido, pela cessao da invalidez, verificada em exame mdico-pericial a cargo da previdncia social.

Obs.: Caso o pensionista venha contrair novo casamento, este, no perder seu benefcio por se tratar de um direito adquirido.

Penso Especial para os portadores da Sndrome de Talidomida.A lei n 7070 de 20/12/1982, estabeleceu penso especial, mensal, vitalcia e intransfesvel, aos portadores da deficincia fsica conhecida como Sndrome da Talidomida. O beneficio devido a partir da entrada do pedido de pagamento junto ao INSS. A Talidomida um remdio que a gestante tomava durante a gravidez para evitar a dor. A ingesto do referido remdio durante a gravidez provocava deficincia fsica na criana, razo pela qual a resolveu estabelecer a citada penso especial para os portadores do Sndrome de Talidemida. A percepo de beneficio depender unicamente da apresentao de atestado mdico comprolatrio das condies anteriormente mencionados, passando por junta mdica oficial para esse fim constituda pelo INSS, sem qualquer nus para os interessados. A penso especial ora em comento, ressaltado o direito de opo, no cumulvel com rendimento ou indenizao que, a qualquer titulo, venha a ser paga pela Unio a seus beneficirios. O beneficio em comentrio de natureza indenizatria, no prejudicando eventuais benefcios de natureza previdencirias, e no poder ser reduzido em razo de eventual aquisio de capacidade laborativa ou de reduo de incapacidade para o trabalho, ocorridos aps sua concesso. A penso ser mantida e paga pelo INSS, por conta do Tesouro Nacional. O valor da penso no ser inferior a um salrio mnimo ( parg. nico do art. 2 da Lei n 8686 ). A partir de junho de 1993, o valor da penso ser reajustados nas mesmas pocas e segundo os mesmos ndices aplicados aos benefcios de prestao continuada mantidos pela previdncia social. Os portadores da Sndrome de Talidomida tero prioridade no fornecimento de aparelho de rtese, prtese e demais instrumentos de auxlio, bem como nas cirurgias e na assistncia mdica fornecidas pelo ministrio da Sade, por meio do SUS.

Penso Especial s vtimas de hemodilise de Caruaru.A Lei n 9422, de 24/12/1996 instituiu penso especial as vitimas de hemodilise de Caruaru. A penso de um salrio mnimo, sendo devida ao cnjuge, companheiro ou companheira, descendente, ascendente e colaterais at segundo grau das vtimas fatais de hepatite txica, por contaminao em processo de hemodilise no Instituto de

Doena Renais na cidade de Caruaru ( PE), no perodo compreendido entre fevereiro e maro de 1996. Obs: Havendo mais de um dependente a penso ser rateada em partes iguais. Obs: A penso no se transmitir ao sucessor e se extinguir com a morte do ltimo beneficirio. Obs: A penso ser sustada no caso de a justia sentenciar os proprietrios do Instituto com o pagamento de indenizao ou penso aos dependentes das vtimas.

Penso Mensal vitalcia aos seringueirosOs seringueiros recrutados nos termos do Decreto-lei n 5813, de 14/09/43, e amparados pelo Decreto-lei n 9882, de 16/09/46, recebero, quando carentes, penso mensal vitalcia no valor de dois salrios mnimos. O beneficio estendido aos seringueiros que, atendendo o apelo do governo brasileiro, contriburam para o esforo de guerra, trabalhando na produo de borracha, na regio amaznica, durante a Segunda Guerra Mundial. So transferveis aos dependentes reconhecidamente carentes os benefcios ora em comentrio. A Lei n 7986/89 regulamentou o beneficio ao seringueiro. A comprovao da efetiva prestao de servios, inclusive mediante justificao administrativa ou judicial, s produzir efeito quando banada em incio de prova material, no sendo admitida prova exclusivamente testemunhal.