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Desenvolvida por Gabriel Caju e Raphael Chalhub APOSTILA DA ESCOLA DE OPTIMIST DO CLUBE DOS CAIÇARAS

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Page 1: APOSTILA DA ESCOLA DE OPTIMIST DO CLUBE DOS CAIÇARAS...contravento o velejador precisa navegar em zigue-zague em relação ao vento, pois ao receber o vento exatamente pela proa o

Desenvolvida por Gabriel Caju e Raphael Chalhub

APOSTILA DA ESCOLA DE OPTIMIST

DO CLUBE DOS CAIÇARAS

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................. 1

HISTÓRIA DA VELA E DO OPTIMIST ............................................................................................ 2

OBJETIVO DO CURSO E RECOMENDAÇÕES ............................................................................... 3

CONHECENDO O OPTIMIST ........................................................................................................ 4

PARTES DO BARCO ..................................................................................................................... 5

CONHECENDO OS NÓS ............................................................................................................... 6

MONTANDO O OPTIMIST ........................................................................................................... 8

APRENDENDO A DESVIRAR O OPTIMIST .................................................................................. 10

CONHECENDO O VENTO .......................................................................................................... 11

CONHECENDO AS MANOBRAS ................................................................................................ 12

O VELEJO OLHANDO O VENTO ................................................................................................. 15

POSIÇÃO DO OPTIMIST EM RELAÇÃO AO VENTO ................................................................... 18

PERCURSOS .............................................................................................................................. 19

LARGADA .................................................................................................................................. 21

VOCABULÁRIO NÁUTICO ......................................................................................................... 23

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INTRODUÇÃO

Olá, neste curso você vai conhecer a arte de velejar, de movimentar um barco

Optimist a partir do vento, sem necessidade de utilizar motores ou remos. Velejar é um

esporte especial, pois além de exigir força e preparo físico, exige, mais do que qualquer outra

coisa, inteligência e raciocínio. Velejar despertará em você o interesse pelas mais diversas

forças da natureza que, somadas, influenciarão no desempenho do seu barco. Não existe

sensação melhor do que ganhar uma regata e perceber que ninguém soube domar os ventos,

as ondas e as marés melhor do que você.

E, quando você não estiver correndo regatas, vai adorar passear com seu barco,

observar o mar, ver os peixes, os golfinhos e ouvir o delicioso barulho da proa cortando as

ondas. Podemos dizer, portanto, que você a partir de agora é um privilegiado, que muito em

breve será um homem do mar e que, como poucas pessoas, terá um contato amigo e

cúmplice com as águas e com toda essa natureza fantástica que aí está para desfrutarmos.

Bons ventos!!!

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HISTÓRIA DA VELA E DO OPTIMIST

Os barcos a vela são utilizados desde a antiguidade e representam uma peça muito

importante para o desenvolvimento da humanidade. As primeiras referências à navegação a

vela foram encontradas em pinturas onde hoje é o Kwait (Oriente Médio) e datam do 5000

a.C..

O Optimist foi projetado em 1947 nos Estados Unidos para velejadores de 8 a 15 anos

de idade. É uma das classes mais numerosas que existem e é um barco considerado um

excelente barco-escola, já tendo iniciado na vela diversos campeões.

O Optimist chegou ao Brasil no ano de 1972

através do Dr. José Gonella Castelo Branco que

descobriu o barco em uma revista náutica francesa. Com

o projeto do barco e a ajuda do Marinheiro Luis (Seu

Luis) construiu os 10 primeiros Optimist do Brasil (um

deles ainda se encontra preso ao teto da garagem

náutica do Clube dos Caiçaras).

O Castelão

Inspirado no Optimist, Dr. Castelo desenvolveu o barco-escola chamado Castelão, tal

barco tem escala maior que o Optimist, o que lhe permite comportar até quatro crianças

mais um instrutor. Seu objetivo é facilitar as primeiras aulas de vela, quando o aluno ainda

não desenvolveu equilíbrio e confiança suficientes para pilotar sozinho um Optimist.

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OBJETIVO DO CURSO E RECOMENDAÇÕES

Neste curso básico de Optimist, passaremos todos os conceitos teóricos e práticos

que consideramos necessários para torná-lo apto a velejar sozinho em um veleiro monotipo,

desde que este seja adequado ao seu porte físico.

Seja bem-vindo a este saudável estilo de vida e bons ventos!

Recomendações

1. É indispensável o uso de colete salva-vidas durante as aulas na água. Este material será

entregue pela escola.

2. Para as aulas na água, o aluno deverá levar apenas objetos essenciais. Bolsas, tênis,

telefones, etc. devem ficar em terra.

3. O aluno só deverá entrar na água após autorização do instrutor.

4. Durante a permanência no bote o aluno deverá permanecer com as pernas para dentro

dos mesmos.

5. Os alunos deverão velejar apenas na área demarcada pelas bóias da escola.

6. O uso de protetor solar ou roupas com proteção UV (boné, lycra e etc..) nos dias quentes é

muito importante. Assim como nos dias frios é recomendado o uso de casaco (casacos de lã

ou impermeáveis são os mais indicados).

7. É importante cada aluno levar sua própria água para hidratação durante o exercício,

evitando não só a sede, como uma possível contaminação ao partilhar a garrafa com colegas.

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CONHECENDO O OPTIMIST

FICHA TÉCNICA:

Comprimento – 2,32 m

Boca (largura) – 1,22 m

Peso – 35 kg

Área Vélica – 4 m²

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PARTES DO BARCO

Proa

A parte da frente da embarcação.

Popa

A parte de trás da embarcação. Onde fica fixado o leme do Optimisit.

Bombordo

O lado esquerdo da embarcação quando se

está olhando para a proa.

Boreste

O lado direito da embarcação quando se está

olhando para a proa.

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CONHECENDO OS NÓS

Todo bom velejador tem obrigação de conhecer os nós de marinharia. Existe uma

infinidade de nós que podem ser utilizados em um barco. Recomendamos o aprendizado da

maior quantidade possível destes nós, principalmente por considerarmos esta prática uma

excelente terapia.

Para este curso, selecionamos quatro nós imprescindíveis ao velejador. Vale lembrar

que o nó eficiente é o que não solta sozinho, mas que é fácil de desfazer, em qualquer

momento, pelo velejador:

Nó de oito

É um nó simples, usado principalmente em pontas de cabos para que estes não

escapem de um moitão. Seu nome deve-se ao seu formato idêntico ao número oito.

Nó de frade

Mesma função do nó de oito.

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Nó direito

É utilizado para emendar dois cabos ou unir as pontas de um mesmo cabo. É um nó

fácil, mas devemos ter cuidado para não confundi-lo com o nó torto. Este último por sua vez,

jamais deve ser usado em uma embarcação.

Lais de guia

É extremamente eficiente e útil na maioria das situações. Recomendamos muito

treino no aprendizado deste nó, que para os iniciantes pode parecer complicado.

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MONTANDO O OPTIMIST

1 - Montar a vela;

● Abra a vela no chão;

● Coloque o mastro na testa da vela e comece a amarrar os olhais da vela no mastro;

● Coloque a retranca na esteira da vela e encaixe-a através da boca de lobo ao mostro,

por fim amarre os olhais da vela na retranca;

● Coloque a espicha no tope da vela e prenda no cabo de regulagem que fica no meio

do mastro;

2 - Passe o mastro pela enora do barco e depois encaixe no copo do mastro;

3 - Coloque o moitão na retranca e passe a escota da vela pelos moitões. Se a escota já

estiver montada apenas coloque o moitão na retranca conferindo se a escota não está

torcida;

4 - Amarre o mastro no barco;

5 - Amarre o cabo de reboque no mastro;

6 - Amarre a bolina no barco;

7 - Ao colocar o barco na água coloque o leme e depois a bolina;

Boa velejada!

Antes de entrar na água, observe sempre com muito cuidado e atenção:

● Se os salsichões estão cheios;

● Se o cabo de reboque está sem nós e preso ao barco;

● Se os baldes estão amarrados;

● Se o leme e a bolina estão encaixando sem problemas de ajuste;

● Se o mastro está preso;

● Se a alça de escora está presa;

● Se todos os nós estão corretos e se todo o equipamento está montado conforme a

orientação do professor.

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Boca de lobo, cabo de segurança do

mastro e regulagem do burro.

Detalhe da esteira.

Barco preparado para ir para a água.

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APRENDENDO A DESVIRAR O OPTIMIST

Caso o barco vire, não se assuste, é uma situação que às vezes acontece. Para

desvirar o Optimist, devemos subir na borda do casco, segurando a bolina e jogando o peso

do corpo para trás, até que o barco fique de lado. Suba então na bolina e segurando na borda

do barco, jogue novamente o peso do corpo para trás até que o barco fique novamente “em

pé”. Procure fazer todos esses movimentos da maneira mais suave possível, para que o barco

se posicione de frente para o vento e também para que não vire para o outro lado por cima

de você.

Uma vez desvirado devemos usar os baldes que estão amarrados no barco para tirar a

água de dentro do barco e voltar a navegar.

O professor sempre estará por perto, no bote, dando instruções, fazendo as

correções, dando dicas, orientando na execução das manobras. Ele é o seu apoio na lagoa ou

no mar. Em qualquer necessidade, nunca abandone seu barco. O Optimist não afunda.

Mantenha a calma e aguarde ajuda. Lembre-se de ter sempre água para beber no seu barco.

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CONHECENDO O VENTO

A vela é a responsável pela captura da energia do vento, que após algumas reações

aerodinâmicas leva o veleiro ao movimento. O seu formato e sua curvatura, chamada de

“shape”, é muito importante. Sua regulagem é que determinará o quanto o veleiro usará essa

energia do vento a seu favor. Veja o que ocorre quando o vento passa pela vela.

Pela força do vento, a tendência do barco é de girar a favor dele, mas a interferência

da bolina e leme trabalhando juntos compensam essa força de torção, e o resultado é o

deslocamento do barco, conforme diagrama acima.

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CONHECENDO AS MANOBRAS

Arribar

Girar a Proa no sentido de afastá-la da linha do vento (contrário de orçar). Para

executar esta manobra o velejador deverá puxar a cana de leme para perto dele.

Importante lembrar que depois de arribar deve-se colocar o leme reto, para que o

barco volte a andar em linha reta e o velejador não perca o controle do barco.

Orçar

Girar a Proa na direção do vento (contrário de arribar). Para executar esta manobra o

velejador deverá empurrar a cana de leme para longe dele.

Importante lembrar que depois de orçar deve-se colocar o leme reto, para que o

barco volte a andar em linha reta e o velejador não perca o controle do barco.

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Cambada

Manobra de mudança de direção do barco em que cruzamos a linha do vento contra

o mesmo, ou seja, passando a proa do barco por onde esta vindo o vento. Esta manobra

ocasiona a passagem da vela de um bordo para o outro do barco.

Para cambar, o velejador deverá:

1. Empurrar suavemente a cana de leme, fazendo com que o barco vire em direção à

linha do vento.

2. Quando o barco estiver alinhado com o vento, a vela começará a panejar (bater).

Continue empurrando a cana de leme até que o vento atinja a vela pelo outro lado.

3. Passe para o outro bordo do barco (sempre lado oposto da vela), abaixando a cabeça

para que não bata na retranca, e volte a velejar, regulando adequadamente as velas.

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Jibe

É também uma manobra de mudança da direção do barco, sendo que cruzamos a

linha do vento em popa. Em consequência, a manobra é feita com a vela cheia, o que a torna

uma manobra mais rápida. Portanto, no momento do jibe, o velejador deve ter cuidado com

a retranca que poderá passar de um bordo para o outro com muita velocidade.

Para executar o jibe o velejador deverá:

1. Puxar a cana de leme e caçar um pouco a escota, a fim de diminuir o curso da

retranca, quando ela passar.

2. Assim que a vela mudar de lado, o velejador deve passar para o bordo oposto,

abaixando a cabeça para não ser atingido pela retranca.

3. Quando a vela chegar ao outro lado e o velejador estiver sentado na borda, soltar um

pouco a vela para não ter muita pressão.

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O VELEJO OLHANDO O VENTO

Contravento

É quando o vento está no sentido contrário à trajetória do barco. Para velejar em

contravento o velejador precisa navegar em zigue-zague em relação ao vento, pois ao

receber o vento exatamente pela proa o barco não consegue avançar.

Para velejar em contravento deve-se:

● Caçar a vela até a quina do barco.

● Abaixar toda a bolina.

● Orçar até o limite antes que a testa da vela comece a panejar. (Se começar a panejar

o velejador deve arribar até que pare).

Detalhe da posição da retranca no contravento (quina do barco).

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Través

É quando o vento atinge a embarcação pelo lado. É a situação em que o barco

desenvolve maior velocidade.

Para velejar com vento de través deve-se:

● Direcionar com o leme (orçando ou arribando) para onde está o rumo.

● Levantar um pouco a bolina

● Deixar a vela o mais solta possível (soltar a escota o máximo possível) até que a testa

da vela comece a panejar. Quando começar a panejar o velejador deve caçar um

pouco a escota.

Detalhe da bolina no vento de través.

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Vento em popa

É o vento que atinge a embarcação no sentido popa - proa. As primeiras embarcações

a vela só conseguiam navegar em vento de popa, de modo que uma das principais evoluções

da navegação à vela foi o desenvolvimento de velas e cascos com capacidade para orçar.

Para velejar no vento em popa deve-se:

● Soltar a vela até a retranca ficar a 90 graus com o barco.

● Levantar a bolina.

● Direcionar com o leme (orçando ou arribando) para onde está o rumo.

● Ficar atento para a manobra do jibe!

Detalhe da posição da vela solta no vento em popa.

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POSIÇÃO DO OPTIMIST EM RELAÇÃO AO VENTO

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PERCURSOS

Quando disputamos uma regata de vela é muito importante sabermos o percurso que

temos que fazer com nosso barco para completar a prova. Os percursos são marcados por

boias (normalmente laranjas, vermelhas ou amarelas). Um barco chamado Comissão de

Regatas (CR) é utilizado pelos organizadores para marcar as posições de largada e chegada,

sinalizando instruções através de bandeiras.

Os percursos mais usados são:

Trapezoidal

1. Contravento

2. Través

3. Vento em popa

4. Contravento

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Barlavento-Sotavento (“Barla-Sota”)

1. Contravento

2. Vento em popa

3. Contravento

4. Vento em popa

5. Contravento

Triangular

1. Contravento

2. Través folgado

3. Través folgado

4. Contravento

5. Vento em popa

6. Contravento

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LARGADA

A largada de uma regata segue o padrão estabelecido nas regras de cada classe. No

Optimist, o procedimento é o seguinte:

5 minutos antes da largada

Sobe bandeira da classe Optimist e tem um aviso sonoro.

4 minutos antes da largada

Sobe bandeira da regra (nos diz a penalidade para quem cruzar a linha imaginaria

antes do tempo). No exemplo utilizaremos a bandeira PAPA (azul com quadrado branco).

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1 minuto antes da largada

Abaixa bandeira da regra e é dado um aviso sonoro.

Largada!

Abaixa bandeira da classe e é dado um aviso sonoro.

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VOCABULÁRIO NÁUTICO

Neste capítulo, além de dar o significado dos termos náuticos encontrados neste

material, incluímos outros que o velejador certamente ouvirá no meio náutico.

Abalroar: colidir.

Adernar: inclinação sobre um dos bordos.

Adriça: cabo que iça a vela ao mastro.

Amura: o bordo que recebe o vento.

Arribar: guinar para sotavento.

Barlavento: lado de onde sopra o vento.

Boca: largura máxima da embarcação.

Boca de lobo: peça para prender a retranca ao mastro no Optimist

Bolina: peça móvel que tem a função de quilha.

Bombordo: lado esquerdo da embarcação.

Bordejar: velejar alternando o bordo a ser atingido pelo vento, por meio de sucessivas

cambadas.

Boreste: lado direito da embarcação.

Brandal: cabo que sustenta o mastro lateralmente (não tem no Optimist).

Burro: cabo fixado sob a retranca para regular a sua altura.

Caçar: puxar um cabo, contrário de folgar.

Calado: máxima distância vertical a partir da linha d’água em direção à quilha.

Catraca: moitão com a finalidade de caçar cabos (escotas, adriças, etc).

Embarcação: construção feita de modo à flutuar e destinada a transportar pela água pessoas

e coisas.

Enora: a abertura por onde o mastro passa pelo convés do barco.

Escorar: fazer contrapeso, a fim de compensar a força que o vento imprime sobre a vela,

inclinando o barco.

Escota: cabo que determina a principal regulagem de uma vela, geralmente responsável pelo

formato da mesma.

Escotilha: Porta.

Esteira: é o lado inferior da vela.

Estibordo: lado direito da embarcação (mesma coisa que boreste).

Garlindéu: peça que fixa a retranca ao mastro em barcos grandes.

Gurutil: parte superior das velas redondas ou quadrangulares.

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Linha d’água: linha que separa a parte “fora da água” da parte “dentro da água” da

embarcação.

Manilha: peça em forma de “u” que tem a função de fixar peças ou cabos em qualquer parte

da embarcação.

Moitão: roldana.

Nó: Medida de velocidade (1 nó = 1,852 km/h).

Orça: capacidade de velejar contra o vento.

Orçar: velejar contra o vento.

Poita: peso no qual é amarrado um cabo com uma bóia na extremidade, tem a função de

âncora.

Popa: parte traseira da embarcação.

Popa rasa: situação em que se veleja com o vento atingindo o veleiro exatamente pela popa.

Proa: parte dianteira da embarcação.

Quilha: parte do barco localizada abaixo da linha d’água que tem a função de compensar a

força lateral gerada pela incidência do vento sobre a vela. A quilha faz com que o barco não

ande de lado e sim para a frente.

Retranca: peça fixada ao mastro que acompanha a esteira da vela.

Stopper: espécie de terminal usado para prender um cabo na altura desejada.

Sotavento: lado para onde sopra o vento.

Testa: lado da vela que acompanha o mastro.

Tope: topo do mastro.

Trimar: regular as velas.

Valuma: parte de trás da vela, mais próxima à popa, por onde o fluxo de ar sai.

Vigia: janela.