apostila - curso mÉdio em teologia

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    CURSO MDIO EM TEOLOGIA

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    Bem Vindo!

    Prezado (a) Aluno (a)

    "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que no tem de que seenvergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade."(II Tm 2.15)

    O SETADC - Seminrio de Educao Teolgica da Assemblia de Deus em Cruzeiro

    - SP sente-se honrado em ter o(a) prezado (a) irmo () como nosso aluno (a). Por mais de

    20 anos temos nos esforado para proporcionar uma educao teolgica de qualidade. O

    conhecimento de Deus nos leva a uma busca incessante, pois so insondveis,incalculveis e impossvel de desvend-lo no seu todo. Por issoo apstolo aconselha -procura...

    Neste ano, reformulamos nossas apostilas, utilizando a Coleo de Ensino Teolgico

    editada pela CPAD.

    Seja Bem Vindo. Temos certeza de que este Seminrio corresponder s suas

    expectativas.

    Ao seu dispor

    Diretoria e Professores

    SETADC

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    SUMRIO

    BIBLIOLOGIA III PENTATEUCO ................................................................. 4

    EVANGELHOS .............................................................................................. 58

    TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO MANUAL ........................... 117

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    BIBLIOLOGIA III

    PENTATEUCO

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    SUMRIO

    INTRODUO ...................................................................................................................... 7

    AUTOR .................................................................................................................................. 7

    A DIVISO DOS LIVROS .............................................................................................. 8

    A LEIE SUA REPETIO TINHAM DE SER DEMONSTRADAS ................................ 9

    1. GNESIS ................................................................................................... 10

    INTRODUO ................................................................................................................... 10

    ESFERA DEAO ........................................................................................................... 10

    DIVISO ..................................................................................................................... 11

    1. A ORIGEM DO MUNDO E DO GOVERNO HUMANO (1-11) ................................... 11

    2. A HISTRIA DO POVO ELEITO OU DOS PATRIARCAS (12.50) ........................ 20

    2. XODO ...................................................................................................... 33

    INTRODUO .................................................................................................................. 33

    AUTOR ...................................................................................................................... 33

    ESFERA DE AO .................................................................................................... 33

    DIVISO ...................................................................................................................... 33

    1. OPRESSO (1-12.36) ............................................................................................. 34

    2. LIBERTAO (12.37-18) .............................................................................................. 393. DADA A LEI OU CONCERTO (19-40) ........................................................................ 40

    3 LEVTICO ................................................................................................... 44

    INTRODUO ................................................................................................................... 44

    AUTOR ............................................................................................................................. .. 45

    DIVISO ............................................................................................................................. 45

    1. OCAMINHO PARA DEUS MEDIANTE O SACRIFCIO (1-10) .................................. 452. O ANDAR COM DEUS OBTIDO PELA SANTIFICAO (11-27) ...................... 46

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    4 NMEROS .................................................................................................. 50INTRODUO ................................................................................................................... 50

    DIVISO ..................................................................................................................... 50

    1. ISRAEL NO SINAI .................................................................................................. 50

    2. DO SINAI A MOABE ............................................................................................... 53

    5 DEUTERONMIO ...................................................................................... 54

    INTRODUO ........................................................................................................... 54

    AUTOR ............................................................................................................................. .. 54

    DIVISO ..................................................................................................................... 55

    1. OLHANDO PARA O PASSADO .............................................................................. 55

    2. OLHANDO PARA O FUTURO (27-34)........................................................................... 56

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    INTRODUO

    Pentateuco - Vocbulo grego

    para indicar os cinco primeiros livros da

    Bblia: Gnesis, xodo, Levtico,

    Nmeros e Deuteronmio, que so

    chamados "Livros da Lei de Moiss" (2

    Cr 25.4; Ne 8.1). "Tudo o que nos dado saber sobre as origens do

    Universo e do que nele existe, bem

    como o incio e evoluo da revelao

    divina ao homem, centralizado no plano

    da redeno, acha-se registrado nos

    livros do Antigo Testamento.

    A Palavra "Pentateuco" vem de

    "penta", cinco - e "teucos", volume ou

    livro. O nome originou-se com a famosa

    traduo do Antigo Testamento

    chamada Septuaginta, feita do hebraico

    para o grego, no terceiro sculo antes

    de Cristo. Originalmente, esses livros

    formavam um s volume. Quando

    foram divididos em cinco partes, com

    seus prprios ttulos, no se sabe;

    porm, parece que surgiu na

    Septuaginta. H razo para crer que o

    Pentateuco, como existe atualmente,

    substancialmente igual, ao que saiu

    das mos de Moiss.

    O Pentateuco indispensvel

    revelao completa, isto , o que est

    na Bblia. Sendo Gnesis o prefcio

    legtimo da Lei, a Lei a introduo naturaldo Antigo Testamento, e este preldio a

    revelao do Evangelho, no podia ele

    ser omitido. Aquilo que os quatro

    evangelhos representam no N.T. os cinco

    livros de Moiss representam no A.T.

    O Pentateuco registra os mais

    antigos acontecimentos da Histria, comotambm das origens do povo de Israel e

    de seus costumes e tradies. Registra a

    entrega da Lei, o culto divino, etc. Os

    judeus conheciam-no como a "Tora" ou

    "Lei", sendo essa obra tambm o cdigo

    normativo da vida da nao. Os judeus

    ainda chamavam o Pentateuco de o Livro

    da Lei, ou a Lei de Moiss, ou a Lei do

    Senhor (Js 1.8-31; Ed 7.10). O Senhor

    Jesus citou a Lei para seus discpulos,

    dizendo: "So estas as palavras que eu

    vos falei, estando ainda convosco, e que

    importava se cumprisse tudo o que de

    mim est escrito na Lei de Moiss" (Lc

    24.44,45).

    AUTOR

    Moiss o autor do Pentateuco (x

    24.4; Nm 33.2; Dt 31.9,24-26; Jo 1.17; Mc

    12.19; Lc 20.28).

    A autenticidade do Pentateuco tem

    sido muito discutida, especialmente pelos

    modernistas, que negam ter ele sido

    escrito por Moiss, mas, at o presente,

    no apresentaram outro autor. A maior

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    prova que temos a autenticao deJesus (Jo 5.46; 7.19; Mc 7.10; 12.26;

    Lc 24.44). Contra fatos no h

    argumentos. Alm dessas provas

    irrefutveis de que o Pentateuco de

    autoria de Moiss, temos neste

    particular as evidncias internas e

    externas.As evidncias internas ... que

    consistem nas declaraes do prprio

    texto bblico ao ser investigado". E as

    externas: "a crena universal e milenar

    dos judeus - os escritores e guardies

    da Bblia; o testemunho da Cincia,

    como da arqueologia bblica e da

    crtica textual, e ainda o testemunho

    dos primitivos lderes da Igreja". Os

    mais abalizados escritores e

    estudiosos do assunto so unnimes

    em afirmar que Moiss o autor dos

    primeiros cinco livros da Bblia. Para

    ns, em matria de f suficiente o

    testemunho do nosso Senhor Jesus

    Cristo, como acima j foi dito. "Se esta

    parte, que o comeo da Bblia, for

    posta em dvida, ento toda a Bblia o

    ser tambm, porque toda ela d

    testemunho do Pentateuco escrito por

    Moiss".

    Alm de tudo, Moiss recebeu a

    revelao divina, tornando-se assim um

    instrumento de Deus (Nm 12.6-8; At

    7.38). Essa revelao abrange o tempopassado, o presente e tambm o futuro.

    "Isto explica como Moiss podia escrever

    da sua prpria morte" (Dt cap. 34). - Se

    no fosse assim teria escrito como?

    Ningum estava presente, s Deus e

    Moiss.

    A DIVISO DOS LIVROSOriginalmente, esses livros que

    formam o Pentateuco eram um s volume,

    como j dissemos, sem nenhuma diviso.

    A diviso foi feita pelos eruditos hebreus

    em Alexandria, no preparo da verso

    grega, chamada Septuaginta. Nesse

    tempo, a obra de Moiss, escrita por

    inspirao divina, foi dividida em cinco

    livros, cujos nomes foram dados de acordo

    com o contedo de cada um, conforme se

    v:

    1. Gnesis - "Contm as origens do

    Universo e do governo humano; a origem,

    formao e histria do povo de Israel at a

    sua ida para o Egito. No livro de Gnesis,

    vemos como Deus escolheu uma famlia

    dentre as demais da terra e separou-a para

    dela constituir seu povo peculiar - Israel. Da

    o vocbulo 'Gnesis' - origem, princpio.

    2. xodo - Sada dos israelitas do Egi-

    to, conduzidos por Moiss at ao sop do

    monte Sinai. L receberam as leis - religiosa

    e civil.

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    3. Levtico - Trata do culto religiosono Tabernculo, cujo ritual executado

    somente pela tribo sacerdotal de Levi,

    separada por Deus para esse servio.

    4. Nmeros - Leva esse nome

    porque trata de dois recenseamentos do

    povo de Israel, ambos repletos de

    nmeros. O primeiro, quando Israel seachava no Sinai, e o segundo entrada

    da terra prometida, ao final dos quarenta

    anos de peregrinao no deserto. o

    livro da ordem, assim como xodo o da

    redeno, e Levtico o da adorao.

    5. Deuteronmio - Literalmente,

    significa Segunda Lei, isto , a repetio

    da Lei contida em xodo, Levtico e

    Nmeros. Lei que foi dada a um povo em

    peregrinao no deserto. Em

    Deuteronmio, este povo est na fronteira

    de Cana, mas, um novo povo, porque

    toda a gerao anterior pereceu no

    deserto pelo juzo divino, por causa da

    sua rebelio e murmurao contra Deus

    (Dt 1.35,36; 2.14-16). Da a necessidade

    da repetio.

    A LEI E SUA REPETIO

    TINHAM DE SER DEMONSTRADAS

    1. As Tbuas da Lei preservadas -

    "Virei-me, desci do monte e pus as

    tbuas na Arca que fizera, como o

    Senhor me ordenou" (Dt 10.5).

    2. O livro da Lei conservado - "TendoMoiss acabado de escrever

    integralmente as palavras desta lei num

    livro, deu ordem aos levitas, os quais

    levavam a Arca da Aliana do Senhor

    dizendo: 'Tomai este livro da Lei, e ponde-

    o ao lado da Arca da Aliana do Senhor

    vosso Deus, para que ali esteja portestemunho contra ti'" (Dt 31.24-26).

    3. Aceitao demonstrada - A Lei

    devia ser lida na presena do povo cada

    sete anos (Dt 31.10-13).

    No Novo Testamento, vrias vezes

    empregado o termo "Lei", referindo-se

    ao Pentateuco, aos cinco livros (Mt 12.5;

    Jo 1.45; At 13.15; 24.14).

    O Pentateuco nos fornece os fatos

    principais da revelao divina: A criao,

    tendo Deus como o Criador do mundo em

    que vivemos. Em seguida vem a queda do

    homem, trazendo com ela a revolta da

    criatura contra o Criador. Conjuntamente,

    vem a promessa do Salvador: "a semente

    da mulher" (Gn 3.15). Neste contexto

    histrico, Deus resolveu preparar um

    povo, de onde sairia o Salvador, tomando

    Abrao, da descendncia de Sem, para o

    cumprimento desse plano (Gn 12.1,2).

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    1. GNESIS

    INTRODUO

    Gnesis o primeiro livro da Bblia.

    Na Bblia hebraica, ele chamado

    "Bereshit" - no princpio ou origem.

    exatamente isso o que faz o livro. Origemou princpio do mundo, do gnero

    humano, do povo hebreu e das primitivas

    naes; origem dos cus e da terra;

    princpio de tudo o mais que envolve a

    histria do mundo, no seu princpio. A

    palavra chave do livro : "No princpio".

    Isto no significa nos dias da criao, poiseste princpio eterno.

    Gnesis contm a sntese da

    Criao; descreve eloquentemente o j

    conhecido e chamado "Hino da Criao"

    (1.1-2). Os livros das geraes dos cus

    e da terra (2.4). O livro das geraes de

    Ado (5.1-6). Geraes de No (6-9).

    Geraes dos filhos de No (10.1ss).

    Geraes de Sem (11.10ss). Geraes

    de Tera (11.27ss). Geraes de Ismael

    (25.12-18). Geraes de Isaque

    (25.1Oss). Geraes de Esa (36.1-46).

    Geraes de Jac (37.2 a 50.26).

    "Esses onze documentos

    primitivos (originalmente registros de

    famlia da linhagem escolhida de Deus),

    que compe o livro de Gnesis, cobrem

    os primeiros 2000 anos da histriahumana, desde a criao do homem ao

    estabelecimento do povo escolhido do

    Egito".

    No versculo primeiro fundamenta-

    se toda a Bblia. "Aceitar o versculo

    primeiro de Gnesis abrir caminho

    crena em toda e qualquer revelaobblica e contemplar Deus, o Criador".

    Existem na Bblia dois livros que o

    grande inimigo da humanidade odeia de

    maneira particular, e contra os quais, tem

    usado todo o seu poder para desacreditar:

    Gnesis e Apocalipse. - Por que

    esta averso? - Porque ambos profetizam

    sua derrota final.

    ESFERA DEAO

    A histria do livro de Gnesis

    abrange um perodo de 2.370 anos - da

    criao morte de Jos (50.26). Neste

    perodo, surgiram as primeiras revelaes

    atravs de patriarcas que viveram antes e

    depois do Dilvio:

    - Da Criao ao Dilvio - 1656 anos

    - Do Dilvio a Abrao - 528 anos

    - De Abrao a Isaque - 105 anos

    - De Isaque a Jac - 27 anos

    "Os primeiros cinco livros de Moiss

    (Pentateuco) apresentam entre si uma

    mensagem corrente, uma perfeio espiri-

    tual, ao mesmo tempo em que cobrem a

    histria da humanidade durante os pri-

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    meiros dois milnios de sua existncia.Eles excedem toda e qualquer pesquisa

    cientfica - so uma mensagem divina!"

    DIVISO

    O livro de Gnesis divide-se em

    duas partes:

    1. A origem do mundo e do

    Governo Humano (1-11)2. A histria do povo eleito, ou

    patriarcal (12-50)

    Algum estudando os primeiros

    onze captulos de Gnesis, chamou-os

    de "Histria estilizada". H razo para

    refletir sobre essas duas palavras.

    Trata-se de um relato real de fatos

    remotos, portanto histricos. Mas o

    relato exatamente resumido e

    simplificado, portanto estilizado.

    1. A ORIGEM DO MUNDO E DO

    GOVERNO HUMANO (1-11)

    Em se tratando de um estudo

    sinttico, resumiremos esta primeira

    parte do livro em quatro partes:

    1.1. A origem do Universo (Caps.

    1 a 2)

    1.2. A queda e a promessa

    (Caps. 3 a 5)

    1.3. O Dilvio como castigo

    (Caps. 6 a 10)

    1.4. BabeI (Cap. 11)

    Ao refletir sobre os relatos do

    princpio da humanidade, perguntas da

    mais elevada importncia surgem nocorao: - "Por que criou Deus o mundo?"

    - "Qual foi o seu maior propsito com a

    criao?" "Onde e por que surgiu a falha?"

    - "Que far Deus se o vaso quebrou na

    mo do oleiro?.

    1.1. A origem do Universo (Caps. 1-

    2). "No princpio criou Deus os cus e aterra" (v. 1). Frase curta, porm expressi-

    va: constitui significativa mensagem de

    Deus aos homens de todos os tempos. Ja-

    mais um cientista poderia descrever na

    sua linguagem todo o esplendor e

    singeleza de to significativa mensagem:

    ela excede toda e qualquer pesquisa

    cientfica - uma mensagem divina. E,

    ainda no primeiro captulo, vemos que

    "Deus criou", "Deus fez", "Deus separou",

    "Deus ps..." e "Deus abenoou". Isto

    posto, Deus a origem e o autor de todas

    as coisas que h algo que a cincia no'

    pode provar, tampouco desmentir, mas que

    tem como garantia nica e suficiente a

    Palavra de Deus. Desde o princpio surgiu o

    Universo Material, e nele, para moradia do

    ltimo ser criado (o homem), o planeta Terra.

    A Bblia d nfase s condies

    privilegiadas do homem. Fala-nos de sua

    grandeza: foi-nos assegurado o direito de ter

    contato e comunho com o Criador. Fala-nos

    de sua fragilidade: fomos entregues merc

    das foras naturais da terra ou do mar, ou

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    dos astros, mas o prprio Criador encar-regou-se de cuidar de ns. Fala-nos da

    sua responsabilidade: recebemos uma

    incumbncia da qual teremos de dar

    contas ao Criador: o homem o nico ser

    criado a quem Deus dotou de

    responsabilidade.

    Agostinho diz que o raciocniohumano capaz de discernir e entender o

    desgnio divino da histria, mas "s

    quando purificado e instrudo por f".

    "No princpio (v. 1). - Quando se

    iniciou esse "princpio"? - A Cincia

    moderna afirma que este mundo formou-

    se h milhes e milhes de anos. A Bblia

    no contradiz isso porm ela se limita a

    dizer no "princpio". Afirma que Deus criou

    o Universo, mas no entra em detalhes:

    no diz quando e como.

    "Deus conhecido, segundo o

    Velho Testamento, no porque os

    homens nos seus esforos intelectuais

    o descobriram, mas, somente porque

    Ele mesmo se revelou" (A. R. Crabtree

    - Teologia do Velho Testamento).

    A harmonia da criao est no

    dizer que antes dela houve um poder

    dinmico que a gerou. O mundo teve

    um princpio e ter um fim. O mundo

    no eterno. Deus, o ser que o gerou,

    esse sim, eterno. "No princpio era o

    Verbo, e o Verbo estava com Deus e o

    Verbo era Deus" (Jo 1.1). "O apstoloconfirma Gnesis: 'No princpio' das

    coisas e dos tempos, 'o Verbo' j existia.

    Ento Deus foi o princpio, mas o princpio

    eterno, a causa primria de tudo o que

    existe."

    A palavra chave no livro de

    Gnesis, "No princpio". Esse princpio eterno. Vrios comentaristas abalizados,

    admitem que o versculo dois do captulo

    primeiro: "... e a terra era sem forma e

    vazia" supe que a criao original de

    Deus foi destruda por uma terrvel

    catstrofe. Assim, o versculo primeiro

    descreve o ato inicial de Deus, a criao

    propriamente dita, a criao do Universo.

    Partindo deste princpio catastrfico que a

    terra sofreu, os seis dias ela criao,

    registrados em Gnesis, constituem a

    chamada recriao. Exemplo: Antes da

    "recriao" houve caos, e antes do caos,

    o perodo antecatico ou Dispensao

    dos Anjos (Is 14.12-14; CI 1.16). Foi no

    fim desse perodo antecatico que houve

    a queda de Lcifer, registrada no livro de

    Ezequiel.(Cap. 28).

    "A narrao de Gnesis no foi,

    portanto, redigida em moldes cientficos,

    talvez para melhor mostrar a sua

    inspirao divina. Graves conflitos tm

    surgido entre prematuras concluses da

    Cincia e falsas dedues cientficas da

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    Escritura." Entretanto, "estudosposteriores tm vindo provar que, por

    um lado, no eram vlidas as

    concluses cientficas, ou, por outro

    lado, eram mal interpretadas no texto

    essas afirmaes.

    Na realidade, ao homem dado

    compreender pela f estes mistrios(Hb 11.26): "Pela f entendemos que o

    mundo, pela palavra de Deus, foi

    criado; de maneira que aquilo que se

    v no foi feito de modo aparente" (Hb

    11.3).

    Quanto obra da criao,

    Moiss descreve as diferentes fases da

    ao divina, as quais se estendem por

    seis dias: trs para a formao dos

    espaos habitveis e trs para a obra

    de povoamento.

    a. Dia primeiro - Disse Deus:

    "Haja luz..." (v. 3). - Que tipo de luz

    seria esta que Deus viu que era boa e

    fez separao entre a luz e as trevas e

    entre o dia e a noite? (v. 4), de vez que

    os luminares, inclusive o Sol, s

    apareceram no dia quarto. Segundo

    abalizados comentaristas, o Sol foi

    criado juntamente com a Terra, mas

    havia acmulo de grandes neblinas e

    vapores que envolviam a esfera

    terrestre. Por mandado de Deus, houve

    separao entre a luz e as trevas (v. 4),

    e Deus chamou luz - Dia, e s trevas -Noite, tudo antes do quarto dia.

    Subentende-se que seja essa luz o que

    chamamos de luz csmica, que envolvia a

    Terra com grandes neblinas que foram

    dissipadas por ordem de Deus, dando

    lugar ao aparecimento, no quarto dia, dos

    grandes luminares, inclusive o Sol."O aparecimento da luz entre a

    espessa escurido parecido com um

    espectador que, de repente, surge em

    cena". "Pela palavra do Senhor foram

    feitos os cus, e todo o exrcito deles pelo

    esprito da sua boca. Ele ajunta as guas

    do mar como um monto; pe os abismos

    em tesouros. Tema toda a terra ao

    Senhor, temam-no todos os moradores do

    mundo, porque falou e tudo se fez;

    mandou e logo tudo apareceu" (SI 33.6-9).

    "Como um bom artista, Deus comea por

    iluminar o campo de ao. No se trabalha

    no escuro, porque sem luz condio

    fundamental de toda obra (cineticamente

    provado) - tudo confuso. O versculo 3

    revela a relao entre o movimento do

    Esprito sobre a matria inerte e o efeito

    nela produzido. uma figura que ocorre

    no milagre da converso operada no

    pecador pelo Esprito Santo".

    b. Dia segundo - "Haja uma

    expanso" (v. 6). Separao entre gua e

    gua. " a separao da matria gasosa

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    da qual surgira a luz". O que Deuschamou de "expanso" ou "cus", no

    significa simplesmente a atmosfera

    volta da Terra, mas a "grande cmara"

    universal onde o Sol, a Lua e as

    estrelas se localizam (SI 148.4).

    c. Dia terceiro - Disse Deus:

    "Produza a terra" (vv. 11,12). Havendoseparao entre gua e terra, houve

    surgimento das plantas e ao mesmo

    tempo produo, para que os que

    habitariam a terra pudessem

    sobreviver.

    d. Dia quarto - "Haja luminares"

    (vv. 14,19). Eles j existiam: faltava

    aparecerem e serem definidos. Pela

    primeira vez o Sol, a Lua e as estrelas,

    aparecessem em "sua grandeza", para

    os devidos fins e organizao de

    nosso sistema solar, com o Sol

    (estrela), a Lua e os planetas. A funo

    do Sol e da Lua controlar o dia e a

    noite. O Sol e a Terra marcam o

    tempo. "O autor de Gnesis mostra

    que os astros no so deuses nem

    habitaes de deuses, e sim

    elementos criados por Deus, a cujas

    leis obedecem. Feitos para o homem,

    este os usufrui." Alm de esses

    luminares servirem para "sinais, para

    "estaes" e "anos", "meses e dias",

    marcaro o ano para o servio de Deus edos homens (Lv 23.48).

    negada aqui toda a astrologia,

    antiga e moderna. Os luzeiros, os "sinais",

    so fornecidos para o bem do homem e

    no como poderes sobrenaturais (Jr 10.2).

    Nada de azar existe.

    e. Dia quinto -"Produzam as guas"(vv. 20-25). Neste dia surgem os grandes

    e pequenos peixes, como tambm toda

    variedade de aves.

    f. Dia sexto - "Produza a terra alma

    vivente" (v. 24). Os animais (alma

    vivente), dividem-se em trs grupos, a

    saber: 1) gado ou animais domsticos; 2)

    Feras ou animais selvagens; 3) rpteis

    que se arrastam pelo solo.

    Neste dia o homem tambm foi

    criado (vv. 26-31). At aqui tudo "foi

    criado", mas quanto ao homem, ele no

    foi somente criado, mas gerado ou

    formado (Gn 2.7). "Sendo o ato resultado

    da cooperao da Trindade, vista na

    forma plural faamos.

    g. Dia stimo - "E Deus abenoou,

    santificou e descansou". O homem foi

    abenoado em forma trplice: 1) frutificai;

    2) multiplicai; 3) enchei a terra (Gn 1.28).

    Este dia foi diferente dos demais. Foi um

    dia santificado. - Mas os outros seis no

    teriam sido santificados? - Claro que sim.

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    Neste dia o Senhor descansou de suaobra.

    Isto no quer dizer que Ele

    estivesse cansado, tal um trabalhador

    humano. (Compare Gnesis 2.3 com

    xodo 20.11.) O termo, no original,

    indica apenas cessao.

    Aps um relato introdutrioacerca da criao e das origens da

    terra e da vida que nela h (Gn 1.2,3),

    encontramos os princpios da histria

    do homem, como acima foi dito,

    divididos em dez partes, as chamadas

    "Estas so as origens" (Gn 2.4): em

    hebraico "toledoth", que identificamos

    claramente pela expresso "Estas so

    as origens:

    "Estas so as origens" (dez

    histrias)

    1. Histria da criao (Gn 2.4 a

    4.26)

    2. Histria da gerao de Ado (5

    a 6.8)

    3. Histria de No (10.1 a 11.9)

    4. Histria dos filhos de No

    (10.1 a 11.9)

    5. Histria de Sem (11.10-26)

    6. Histria de Tera e Abrao

    (11.27 a 25.11)

    7. Histria de Ismael (25.12-18)

    8. Histria de Isaque (25.19 a

    35.29)

    9. Histria de Esa (36.1-43)10. Histria de Jac e seus filhos

    (37.2 a 50.26)

    Somente para efeito de estudo,

    registramos as dez histrias. Em sntese,

    estas dez criaes, esto divididas em

    duas partes:

    a. Histria Primitiva (1-11)b. Histria dos Patriarcas (12.50)

    a. Histria Primitiva (1-11) - Em

    resumo, a Histria Primitiva com os seus

    mais importantes acontecimentos,

    apresenta quatro assuntos importantes:

    (a) A criao - A soberania de Deus

    na criao fsica. Deus eterno, antes de

    tudo.

    (b) A queda - A soberania de Deus

    pela prova do homem. A autoridade moral

    de Deus.

    (c) O Dilvio -A soberania de Deusna sua recompensa histrica. O

    julgamento, severidade e justia de Deus.

    (d) A crise de BabeI - A soberania

    de Deus na diviso e expanso da raa. A

    majestade e a liderana de Deus.

    A primeira parte (histria primitiva)

    tem um carter universal: fala sobre a

    histria da humanidade.

    A segunda parte (histria dos

    patriarcas) contm a histria da grande

    famlia do povo escolhido e das suas

    geraes. Abrao convocado a seguir

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    para Cana essa terra seria sua.Abrao seria o pai de uma grande

    nao - a nao de Israel. Abrao seria,

    enfim, aquele por quem viria o

    cumprimento da promessa, conforme

    Gnesis 3.15.

    1.2. A queda e a promessa (Caps.

    3-5) Tal como um oleiro, do p da terraDeus criou o homem, sua imagem,

    conforme sua semelhana (Gn 1.26,27).

    A imagem o carter moral, separado da

    substncia, e foi perdida na queda. Por

    exemplo: os filhos de Ado j foram feitos

    sua semelhana de Ado", e no

    de Deus" (Gn 5.3). Deve-se saber que

    "imagem e semelhana" no so para se

    entender material e fisicamente, mas sim,

    moralmente.

    Para esse homem (Ado) Deus

    preparou um lindo jardim, no den, pelo

    qual ele deveria zelar. Para completar,

    fez-lhe uma ajudadora. At ento o

    homem vivia em paz com Deus, no Jardim

    do den, lugar de delcia, onde se

    contemplavam a rvore da Vida e a da

    Cincia do Bem e do Mal (2.9).

    A rvore da Vida assim chamada

    pelo seu carter simblico, como sinal e

    selo da vida imortal e objeto de

    observao e interesse dirio, e para

    relembrar-nos constantemente de Deus e

    do futuro eterno. A rvore da Cincia do

    Bem e do Mal tem essa designao porquetinha por objetivo provar o homem na sua

    obedincia, a fim de constatar se era bom ou

    mau o seu carter, se obediente a Deus, ou

    se rebelde aos seus mandamentos. At

    ento o homem vivia em paz com Deus,

    contemplando a rvore da Vida e a rvore da

    Cincia do Bem e do Mal.No que tange rvore da Cincia do

    Bem e do Mal, "No pense que se tratava de

    uma rvore estranha e feia, antes era boa

    para se comer, e agradvel aos olhos... No

    entanto, no podia ser tocada pelo homem,

    por ordem divina. Desobedecer a essa

    ordem representava para o homem o seu

    afastamento de Deus, a perda de seu estado

    de pureza e ficar ele sujeito morte fsica e

    espiritual. E foi o que aconteceu".

    Induzidos pela serpente, Ado e Eva,

    pecaram, por haverem comido do fruto da

    rvore, que lhes havia sido proibido (3.17).

    Assim foram banidos da comunho direta

    com Deus, e, agora, escondiam-se dele

    (3.8). Passaram a ter medo, e com razo,

    pois colocaram -se ao alcance do juzo de

    Deus (3.22-24). O relacionamento com o

    prximo rompeu-se, surgiram as desavenas

    e as queixas (3.12,13) e apareceu o dio e o

    homicdio (4.5). At o bom relacionamento

    que o homem tinha com a natureza sofreu,

    pois ela tornou-se agressiva para com ele

    que, de senhor da natureza, tornou-se

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    dependente dela (3.17,19). Tudo o queDeus criara e fizera, parecia ter-se per-

    dido: "Por um homem entrou o pecado no

    mundo, e pelo pecado a morte" (Rm

    5.12).

    "Ado e Eva tentaram cobrir sua

    nudez por meio de folhas. Que triste

    situao! Uma verdadeira revoluoaconteceu-lhes na mente. Procurando

    cobrir sua nudez, provaram" que haviam

    sido despidos da glria de Deus. Os

    artifcios do homem, ainda que baseados

    em bons princpios de moral, jamais

    mostraro o caminho certo para a paz que

    ele tanto deseja ter com Deus. Isso s se

    pode obter por Jesus Cristo (Rm 3.22;

    5.1).

    "Quando o Senhor chama o

    homem justia, no porque seja mero

    capricho de Deus que os homens sejam

    justos. Mas porque Ele mesmo justo,

    e, havendo criado o homem sua

    imagem, deseja que espelhe a sua

    prpria justia. Quando Deus pede que os

    homens manifestem esprito compassivo

    para com os fracos, porque Ele mesmo

    revelou este esprito na libertao do povo

    de Israel da escravido do Egito" (A.R.

    Crabtree).

    Em Gnesis 3.15, est apromessa,

    que se denomina Prto-Evangelho, isto ,

    a primeira referncia feita ao necessrio

    Redentor, e capaz de efetuar a purificaodo pecado, bem como pagar a horrenda

    pena que o pecado acarreta.

    A gloriosa promessa de um Redentor

    a luz da esperana que desde ento

    comeou a brilhar. Todas as demais

    promessas foram feitas em consequncia

    desta. Tudo o que se l na Bblia, todos osacontecimentos, subsequentes, giram em

    torno do cumprimento desta profecia. A

    Bblia no a histria do mundo, ou do

    homem, mas sim, a histria da redeno

    do homem.

    "E porei inimizade entre ti e a

    mulher, e entre a tua semente e a sua

    semente; esta te ferir a cabea, e tu lhe

    ferirs o calcanhar." A, o prprio Deus se

    encarrega de lutar contra a serpente, para

    livrar os que esto no domnio do pecado

    e da morte. A palavra proferida

    especificamente mulher e, quando o

    Redentor veio, Ele foi "nascido de mulher"

    (GI 4.4), e de forma miraculosa. "A obra de

    Cristo em sua base a vindificao e a

    vitria de Deus sobre o Maligno". Note-se

    o fato de a "semente" da mulher estar no

    singular: somente em Cristo, "a semente

    da mulher", que essa vitria poderia ser

    realizada (1 Jo 3.8). "E da semente da

    mulher viria a vitria sobre o pecado." V-

    se, a partir do Gnesis, o retrato de Cristo,

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    o Salvador, que viria esmagar a cabeada serpente - Satans.

    A Igreja Crist considera

    unicamente esta promessa como uma

    previso da vinda de Jesus. E, tendo

    como pano de fundo a queda e,

    consequentemente, a maldio, a obra

    de Cristo a restaurao da paz comDeus, da paz uns com os outros e da

    paz com o meio ambiente. Toda

    humanidade tem o direito de beneficiar-

    se da obra de restaurao efetuada por

    Jesus (Rm capo 5).

    1.3. O Dilvio como castigo (Caps.

    6-10)

    A soberania de Deus na sua

    recompensa histrica. O julgamento,

    severidade e justia de Deus.

    "O captulo 6 de Gnesis

    descreve a corrupo total do gnero

    humano. O pecado assumiu proporo

    to desastrosa, a ponto de pesar no

    corao de Deus o fato de haver posto

    o homem na Terra (6.6). Ento,

    retribuindo, Deus determinou a

    destruio do homem atravs de um

    dilvio, catstrofe em que seriam

    poupados No, homem ntegro, que

    desfrutava da ntima comunho com

    Deus (6.9), e sua famlia.

    a. O Dilvio. Deus, na sua

    longanimidade, deu ainda ao homem

    um prazo de 120 anos, durante os quais ajustia foi pregada (2 Pe 2.5), mas sempre

    rejeitada. A Arca foi construda e o Dilvio

    chegou. O tempo cumprira-se e os que

    ficaram do lado de fora da Arca

    pereceram. "Pela f No, divinamente

    avisado das coisas que ainda se no via,

    temeu e, para salvao de sua famlia,preparou a Arca, pela qual condenou o

    mundo, e foi feito herdeiro da justia, que

    segundo a f" (Hb 11.7).

    b. Os filhos de Deus e as filhas dos

    homens (6.2). Naquela poca havia duas

    raas distintas: os descendentes de Sete e

    os descendentes de Caim. Os setistas

    eram chamados filhos de Deus. Seriam

    naturalmente aqueles em que se via

    refletida a santidade divina. Ao passo que

    os "filhos dos homens" seriam aqueles

    considerados corruptos, os descendentes

    de Caim. Dentre os filhos de Ado e Eva,

    s trs nomes so mencionados: Caim,

    Abel e Sete. Eles adoraram a Deus

    trazendo ofertas. Por haver Deus rejeitado

    a oferta de Caim, devido s suas ms

    obras (1 Jo 3.12), Caim se irou e matou o

    seu irmo AbeI. O pecado de Caim e sua

    descendncia refletiu-se em uma

    civilizao pecadora, chamada "filhos dos

    homens" (4.17-24). Por outro lado, os

    filhos de Sete, voltaram-se para Deus e

    invocaram o Senhor (4.26). Nada se fala

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    sobre Caim, isto porque ele "saiu dediante da face do Senhor" (4.16).

    Devido aos casamentos mistos

    entre os filhos de Deus e as filhas dos

    homens (descendncia de Sete e

    descendncia de Caim), "a corrupo e

    a iniquidade aumentaram de tal

    maneira, que todos os planos eesquemas dos homens se

    caracterizavam pela maldade. S No

    achou favor aos olhos do Senhor!"

    c. A Arca e sua tipologia. "A Arca,

    meio da salvao de No e sua famlia,

    prefigura Cristo. Ela atravessou as

    guas da morte, saindo ilesa. Produz,

    ento, um novo incio - um mundo alm

    do juzo. Cristo, pela sua morte e

    ressurreio, salva da condenao

    eterna todo aquele que se chega a Ele".

    "Assim que, se algum est em Cristo,

    nova criatura , as coisas velhas j pas-

    saram: eis que tudo se fez novo" (2 Co

    5.17).

    "No entrou na Arca sete dias

    antes que comeasse a chover (7.4-10).

    A chuva comeou no 17 dia do 2 ms

    do ano 600 de No (7.11). Choveu

    quarenta dias (7.12). As guas

    permaneceram 150 dias (7.24; 8.3). A

    Arca repousou no 17 dia do 7 ms

    (8.4). Os picos dos montes comearam

    a ser vistos no 1 dia do 10 ms (8.5).

    Removeu-se a coberta da Arca no 1diado 1 ms do ano 601 de No (8.13). Na

    Arca, passaram um ano e dezessete dias:

    5 meses vagando e sete meses no

    monte." (Transcrito do Manual Bblico de

    Halley.)

    Jesus considera o Dilvio um fato

    histrico e o assemelhou ao tempo de suasegunda vinda (Mt 24.27-39).

    d. Aps o Dilvio. Aps o Dilvio,

    Deus estabeleceu um concerto: no

    haveria mais dilvio sobre a terra e o sinal

    do concerto seria o Arco-ris (9.11-13). Na

    aliana registrada entre Deus e No, esto

    registrados trs fatos importantes em

    sentido proftico (9.25-27) concernente

    aos seus trs filhos (9.18): Sem, Co e

    Jaf: 1) Os descendentes de Sem

    (semitas) preservariam o conhecimento do

    verdadeiro Deus. (Est escrito: Bendito

    seja o Deus de Sem, e no, bendito seja

    Sem.) "A bno de Sem, profeticamente

    revelada, residia no fato de que a eles

    (seus descendentes) seria confiado o

    conhecimento de Jeov." Jesus, segundo

    a carne, vem de Sem. 2) De Jaf viriam as

    raas que dominariam a maior parte do

    mundo e superariam as raas semticas. O

    Governo, a Cincia e a Arte, tm vindo

    geralmente de descendentes de Jaf. 3)

    Os descendentes de Co - o mais moo

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    dos irmos - seriam raas cerviz,sempre inferiores.

    1.4. Babel(Cap. 11)

    A chamada Torre de Babel, o

    reflexo da vida moral e espiritual da

    poca. Depois do Dilvio, os

    descendentes de No, liderados por

    Ninrode (10.8-10) rebelaram-se contraDeus: queriam fazer uma torre, um

    nome e uma s religio - ecumenismo

    (11.1-6). Ninrode foi o mais eminente

    lder nos quatrocentos anos entre o

    Dilvio e Abrao. Edificar uma cidade e

    uma torre no era pecado: no havia

    nisso nenhum crime, porm da maneira

    que eles tentaram, estavam frustrando

    os desgnios de Deus, impedindo a

    emigrao, que era o plano de Deus

    para a multiplicao dos homens e

    povoamento da terra (9.7).

    Ninrode, o poderoso "Caador",

    foi o fundador da civilizao babilnica:

    "O princpio do seu reino foi Babel".

    O trabalho da construo da torre

    foi suspenso pela confuso das lnguas

    (11.7). Por este meio sobrenatural,

    Deus sustou o plano e fez cumprir a

    sua palavra (11.8). "A confuso das

    lnguas ocorreu na quarta gerao aps

    o Dilvio, e mais ou menos ao tempo

    do nascimento de Pelegue (10.25) 101

    anos depois do Dilvio". Com a inter-

    rupo da construo, os povos se disper-saram pela terra. "O orgulho, e a

    exaltao humana s trazem confuso",

    mas a obra do Esprito promove unio,

    unidade e paz.

    2. A HISTRIA DO POVO ELEITO

    OU DOS PATRIARCAS (12.50)

    Na Histria dos Patriarcas, temosquatro personalidades proeminentes:

    2.1. Abrao - Chamada

    sobrenatural

    2.2. Isaque - Nascimento

    sobrenatural

    2.3. Jac - Cuidado sobrenatural

    2.4. Jos - Autoridade sobrenatural

    2.1. Abrao

    Dois mil anos aps a criao e a

    queda do homem, e 400 anos depois do

    Dilvio, Deus chama Abrao para sair da

    terra onde mora, com a promessa de

    fazer dele uma grande nao (12.1,2).

    Abrao, homem justo, crente em Deus,

    no-idlatra, um dos poucos que ainda

    mantinham a tradio do monotesmo

    primitivo, recebeu de Deus promessa

    sobre seus descendentes:

    a. Herdariam a terra de Cana

    b. Tornar-se-iam uma grande nao

    c. Por meio deles, todas as naes

    seriam abenoadas

    "Abrao no era idlatra, mas viveu

    no meio da idolatria. - Como Abrao

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    conheceu a Deus? - Cremos que foi porrevelao divina. Alm disso, Abrao

    era varo de grande capacidade e

    sabedoria. 'Sai-te da tua terra... e far-te-

    ei uma grande nao, e abenoar-te-ei

    e engrandecerei o teu nome e tu sers

    uma bno'" (Gn 12.1,2).

    Por ele seria constitudo o povoeleito, e desse povo, em tempo

    oportuno, viria o Redentor, segundo a

    promessa divina em Gnesis 3.15.

    Deus, algumas vezes, manifestou-se a

    Abrao, fazendo aliana com ele:

    Primeira, em Ur dos caldeus (Gn 11.31;

    At 7.2-4). Segunda, em Har (12.1-4).

    Terceira, em Siqum (12.7). Quarta, em

    Betel (13.14.17). Ricas promessas

    foram includas nessas alianas. Entre

    elas destacamos as trs principais:

    a. Seria uma grande nao (12.2;

    13.16; 22.17) - esta parte da promessa

    cumpriu-se, tanto literalmente, pois os

    judeus (descendncia de Isaque), so

    incontveis como as estrelas dos cus,

    quanto espiritualmente: todos os que

    morrem em Cristo, so, pela f,

    descendncia de Abrao (Rm 4.16; GI

    3.6,7,29).

    b. Uma terra gloriosa (12.7; 13.14-

    17; 15.7; 17.8) e esta parte da

    promessa j se cumpriu mais de uma

    vez: quando Israel, vindo do Egito,

    ocupou a sua terra; quando osdeportados para Babilnia, voltaram para

    reedificar sua terra; e, recentemente,

    quando muitos judeus da Dispora volta-

    ram para sua terra, agora independente.

    c. Um filho segundo a promessa

    (15.4; 17.6). O nascimento de Isaque era

    condio "sine qua non" para que aspromessas anteriores (a e b) se

    cumprissem, mas o nascimento de Jesus,

    "O filho da promessa" (GI 3.16), permitiu

    que, em Abrao, "fossem benditas todas

    as famlias da terra.

    2.2. Isaque

    Seu nome significa riso. Seu

    nascimento trouxe riso casa de Abrao

    (17.17). Ele era filho da promessa e

    herdaria a promessa feita a Abrao

    (26.24). No relato bblico, Isaque parece

    "apagado", quando comparado a Abrao

    ou a Jac. Sua mulher veio da famlia de

    Abrao em Bar. A descrio da escolha

    de Rebeca uma das mais belas de toda

    a Bblia (Gn 24.1-67).

    2.3. Jac

    A histria de Jac ocupa

    praticamente a metade de Gnesis. No

    captulo 25, o seu nascimento, no 50, a

    sua morte e o sepultamento. Entre estes

    extremos, teve uma vida de aventuras.

    Fugindo de Esa, chegou a Har onde

    fixou residncia com seu tio Labo. Do

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    seu casamento nasceram-lhe dozefilhos. Por causa do seu estremeci-

    mento com Labo, Jac retomou terra

    de Cana. No vale de Jaboque,

    encontrou-se com o Senhor, e, aps

    lutar uma noite inteira para ser

    abenoado por Ele, foi-lhe dado o nome

    de Israel. Este ficou sendo o nome dopovo que dele descendeu, at hoje. Ao

    morrer, Jac abenoou seus filhos,

    traando o perfil psicolgico de cada

    um. Moiss confirmou as palavras de

    Jac (Dt 33.1-29).

    2.4. Jos

    Jos foi o penltimo filho de Jac.

    Seus irmos o aborreciam e venderam-

    no como escravo a mercadores. No

    Egito, foi Jos elevado ao cargo de

    Ministro de Fara e Governador-geral

    de todo o pas. Aps alguns incidentes

    na corte de Fara, Jos foi reconhecido

    por seus irmos e estes, com seu pai

    Jac, emigraram de Cana para o

    Egito.

    preciso distinguir Dispensao,

    de Aliana. "Dispensao o modo de

    Deus revelar-se, de tratar com o

    homem, de testar o estado espiritual do

    povo em determinado espao de tempo.

    Em suma: uma fase de prova moral".

    Aliana um pacto ou concerto entre

    Deus e o homem, podendo ser

    condicional ou incondicional. A AlianaAbramica incondicional e perptua (Gn

    17.19; Gl 3.19-29; 4.1-7).

    " evidente que, para Abrao e

    seus descendentes, a aliana feita foi de

    infinita importncia, alm de ser

    incondicional. No entanto, os

    descendentes de Abrao deveriampermanecer em sua terra (Cana) para

    herdarem a bno. No Egito, eles

    perderam as bnos, mas no a aliana"

    (Dr. Scofield).

    A Dispensao da Promessa, ou

    Patriarcal terminou quando Israel de bom

    grado aceitou a lei (x 19.8). A graa

    tinha provido um "Libertador" - Moiss,

    permitindo um sacrifcio para o culpado, e,

    por divino poder, libertado Israel da

    escravatura (x 19.4). Mas no Sinai eles

    trocaram a Graa pela Lei. A Dispensao

    da Promessa era exclusiva dos israelitas.

    A promessa atingia: Abrao seria

    pai de um grande povo; esse povo

    habitaria a terra de Cana, e o Salvador

    do mundo nasceria dentre a descendncia

    de Abrao. Esta aliana foi dada a Isaque

    como herana (Gn 26.2-5), dele passou

    para Jac (28.13-15) e se constituiu na

    base da vocao de Israel como povo da

    promessa (SI 105.8-11; At 3.25; 7.8). O

    sinal desta aliana era a Circunciso (Gn

    17.10-14), mas a natureza essencial da

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    aliana era a graa de Deus, recebidapela f. O apstolo Paulo enfatiza que a

    aliana foi celebrada antes da Lei (Rm

    4.1-11; Gl 3.15-18).

    Separao entre Abrao e L

    (13.7-18). Surgem desentendimentos

    entre tio e sobrinho e a separao

    inevitvel (13.9). Abrao leva consigo asua f, o seu amor, cercado do cuidado

    do Senhor (vv. 15,16,17) e edifica ali um

    altar(13.18b). Enquanto L escolheu as

    campinas do Jordo, sem ver que mais

    a frente estava Sodoma. L representa

    a f materializada (13.12).

    Contraste racial entre gentios e

    israelitas. At o captulo 12, a Bblia

    descreve a raa humana como um todo.

    No havia gentios nem israelitas. "Daqui

    em diante, a humanidade poder ser

    comparada a um grande rio que ser

    purificado por um pequeno crrego,

    representado pela chamada de Abrao

    e a formao do povo de Israel.

    Melquisedeque, tipo de Jesus

    Cristo (cap. 14). Melquisedeque, rei de

    Salm (14.18), nada existe de mistrio a

    respeito dele. "Ele era rei semita, que

    ainda ocupava Salm, antes de os

    jebusitas terem-na capturado... Nunca

    houve extino completa do

    conhecimento de Deus no mundo e

    aqui, igualmente, Deus tinha preservado

    algum conhecimento sobre si mesmo, emMelquisedeque, esse homem sem

    genealogia, sem pai e sem me. O

    escritor aos Hebreus apresenta-o como

    "semelhante ao Filho de Deus". Note que

    ele foi um sacerdote do Senhor, um

    homem crente e normal como qualquer

    outro.A ele coube abenoar Abrao,

    quando este voltava da matana dos reis

    (vv. 1820), e receber dzimos:

    a. Por ser Melquisedeque o primeiro

    sacerdote citado na Bblia, tem sido

    escolhido pelo Esprito Santo como um

    tipo de Cristo - um sacerdote maior que

    Aro.

    b. Melquisedeque era rei e tambm

    sacerdote. "Rei de Salm" (Paz) e seu

    nome significa Rei da Justia (Hb 7.9; Zc

    6.12,13).

    c. O Salmo 110.4 diz de Cristo: "Tu

    s sacerdote para sempre, segundo a

    ordem de Melquisedeque".

    d. No h recordao bblica quanto

    a seu pai ou a sua me. Tambm quanto

    ao seu nascimento ou morte. Hebreus 7.3

    descreve-o como um tipo de Cristo, o

    Sacerdote eterno.

    Abrao cobra a promessa (12.2).

    Abrao j estava com 90 anos (17.1) E

    no tinha filhos. "Far-te-ei uma grande

    nao" (12.2). Nesta promessa Abrao

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    esperava! Deus lhe deu uma revelaosublime quando ele "caiu sobre o seu

    rosto". "E creu ele no Senhor e foi-lhe

    imputado isto por justia" (15.6). Quo

    maravilhosa a capacidade de crer!

    Agostinho diz: "F crer naquilo que se

    no v e a recompensa desta f ver o

    que se cr. Um profundo sono caiusobre Abrao, durante o qual Deus lhe

    revelou sobre a escravido do seu

    povo, por 400 anos, com a promessa:

    "... eu julgarei a gente qual serviro"

    (15.12-14).

    Abrao procura antecipar a

    promessa (16). Persuadido por Sara,

    sua mulher, e, na nsia de ver

    cumprida a promessa divina na bno

    de paternidade, Abrao toma Hagar,

    escrava egpcia, por mulher, e esta d-

    lhe um filho. Este ato antecipado de

    Abrao causou muita desarmonia. O

    contexto da histria comprova isto. No

    obstante nos dias de Abrao fosse

    praticado o concubinato e a bigamia, a

    ao foi precipitada, o que lhe trouxe

    amargas consequncias. Por 13 anos

    ficou sem ouvir a voz do Senhor (16.16;

    17.1). O captulo 17, versculo 1, revela

    que Deus voltou a falar-lhe: "Anda em

    minha presena" e "s perfeito". Isto ,

    "No te coloques mais entre mim e o

    homem, Abrao!" "Abrao o adorouhumildemente" (17.3).

    Aquela ao precipitada de Abrao

    tem trazido tanta luta, at nos nossos dias

    (as guerras rabe-israelenses). Viver fora

    do plano de Deus s traz ms

    consequncias. Os rabes descendem de

    Ismael, e os israelenses de Isaque.Com a mudana de nome de Abro

    para Abrao, Deus estabelece um

    concerto, tendo por base a circunciso

    (17.7-14).

    "O Concerto da Circunciso foi insti-

    tudo como sinal do pacto entre Deus e

    Abrao, assim como o sbado foi sinal do

    pacto entre Deus e a nao israelita" (x

    31.16,17).

    Trs anjos aparecem a Abrao (18).

    Estando Abrao em sua tenda "levantou

    os olhos e olhou e eis trs vares estavam

    em p diante dele" (18.2). Ele foi ao

    encontro dos anjos (trs vares - v. 2) e os

    chamou de "meu" Senhor (v. 3). Abrao os

    trata como se fossem um s. Tratava-se

    sem dvida de algo sobrenatural. Os

    "vares" confirmaram que Sara teria um

    filho (v. 10). O versculo 3 diz: "E disse o

    Senhor a Abrao..." O versculo 22 mostra

    que dois vares seguiram para Sodoma

    para cumprirem uma misso, mas o

    terceiro permaneceu com Abrao. A esse,

    o texto chama de Senhor.

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    Dois anjos vm a Sodoma, ondeestava L (19.1). O outro, que

    chamado de Senhor, ficou com Abrao.

    L era hospitaleiro. Entretanto os anjos

    no queriam pousar em sua casa,

    somente o fizeram aps instante apelo.

    Faa uma anlise: Deus recusando-se a

    entrar na casa de um cristo, emnossos dias, assim como aconteceu na

    casa de L! - Podem os anjos de Deus

    pousarem em sua casa?

    L do tipo convencido, mas no

    convertido, uma espcie de meio-crente.

    80doma tipifica o mundo e sua

    carnalidade.

    Diz MacNair: "A histria de L

    ensina-nos que, embora o crente

    mundano consiga para si salvao, sua

    famlia, porm, pode perder-se. Filhos

    criados num meio corrupto, sero

    corrompidos".

    Isaque e Ismael como tipos (Gl

    capo 4). "Ismael, nascido de carne,

    tipifica as obras da Lei" (Gl 3.10)

    atravs das quais jamais algum

    herdar as promessas dadas por Deus

    a Abrao. Isaque fruto da f. Nele foi

    revelado todo o amor de Deus para co-

    nosco.

    Abrao provado (22). Depois

    destas coisas, tentou Deus a Abrao.

    Trata-se aqui, de uma prova para

    fortalecimento da f, e no de umatentao para o mal. Porque "Deus no

    pode ser tentado pelo mal, e a ningum

    tenta" (Tg 1.13). Abrao provado at o

    momento extremo: " melhor confiar em

    Deus a ponto de dar crdito a aparentes

    impossibilidades, do que descrer nele".

    Na vida de f, o crente tem decolocar Deus sempre em primeiro lugar. A

    palavra da f em seu corao era esta: ...

    em Isaque ser chamada a tua semente"

    (21.12b). Assim, Abrao no duvidou do

    que Deus havia dito, e disse: "Deus prove-

    r", esperando que Deus ressuscitasse

    seu filho (Hb 11.18,19). Abrao no

    duvidou e nem tampouco pediu a Deus

    que tivesse misericrdia de seu filho. A

    nica sada foi: "Deus prover".

    Tipos simblicos em Isaque. A

    submisso de Isaque um tipo perfeito da

    obedincia de Cristo at a morte ("Deus

    prover para si Cordeiro"). Abrao proferiu

    uma palavra proftica. Era a anunciao

    do Cordeiro de Deus que tira o pecado do

    mundo", o que foi confirmado em Jesus

    Cristo 2.000 anos depois: "Abrao exultou

    para ver o meu dia, viu e alegrou-se" (Jo

    8.56). "O Carneiro travado pelas pontas"

    (22.13) foi o substituto de Isaque, entre-

    tanto para o Filho unignito de Deus no

    houve substituto - o sacrifcio foi consu-

    mado.

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    Segundo casamento de Abrao(25).

    "Abrao toma outra mulher"

    (25.1). Esta mulher era uma concubina

    (1 Cr 1.32) que lhe deu seis filhos. Sem

    dvida Abrao casou-se com ela,

    especialmente por ela lhe haver dado

    filhos. Abrao antes de morrer deu tudoquanto tinha a Isaque (25.5) e aos seus

    filhos da segunda esposa e aos das

    concubinas deu "presentes" (25.6). Com

    a morte de Abrao cumpriram-se as

    promessas de Deus a seu respeito

    (15.15). Abrao chamado "Pai dos

    crentes" e "Amigo de Deus". Nada

    sabemos de detalhes acerca de sua

    morte, mas nele se cumpriu o que Jesus

    disse: "Pelos frutos os conhecereis" (Mt

    7.16). O maior testemunho dele foi dado

    por Deus (Mt 22.32). O prprio Senhor

    Jesus afirma que ele foi para o Cu (Lc

    16.22).

    A morte de Sara e de Abrao

    (23.1,2; 25.7-11). Estes captulos

    registram um dos mais belos

    acontecimentos bblicos: O casamento de

    Isaque com Rebeca (24.22-27). ...

    Abrao era velho e seu desejo era ver seu

    filho casado e conservar sua posio

    como seu substituto dentro da prpria tri-

    bo, como Patriarca, segundo a promessa

    divina. Abrao temia que seu filho se ca-

    sasse com uma mulher estranha" (cana-nia). O casamento de Isaque com Rebeca

    o tipo ou smbolo de unio entre Cristo e

    sua Igreja: a) Abrao providenciou o casa-

    mento de Isaque - a Igreja tambm foi pre-

    parada pelo Pai; b) o servo Eliezer, foi quem

    selecionou ou separou a noiva - o Esprito

    Santo chama e prepara a Igreja (1 Co6.11,12); c) a plena alegria com que Rebeca

    aceitou seu noivo, mesmo sem conhec-lo,

    um tipo da Igreja que, pela f, aceita Cristo,

    e pela mesma f, caminha ao seu lado; d)

    assim como Isaque foi ao encontro de

    Rebeca, assim acontecer no arrebatamento

    da Igreja (Jo 14.1-3); e) do modo como

    Isaque conduziu Rebeca tenda de sua

    me, dando-lhe direitos e privilgios,

    como os demais membros da famlia,

    tambm a Igreja de Cristo reinar em

    glria com Ele (1 Co 6.2; CI 3.4). "Se

    Isaque tivesse desposado uma moa

    canania, quo diferente no seria a

    histria de Israel. Que lio para os

    moos nesta questo da escolha do

    cnjuge!"

    Esa, tipo de homem carnal (25.22-

    34). O direito de primogenitura era

    sagrado, alm de trazer muitos privilgios.

    - Por que Esa o desprezou? Os direitos

    da primogenitura: a) ser o cabea da

    famlia; b) responder pelos aspectos

    materiais e espirituais; c) ter a

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    responsabilidade de edificar o altar enele adorar o Senhor com sua famlia.

    A rejeio da primogenitura tipifica o

    homem natural (Hb 12.16,17). Esa era

    um homem sem f, por isso "desprezou

    a primogenitura". Sem f impossvel

    agradar a Deus. Esa, como

    primognito, estava na linha direita dabno messinica (Gn 12.3). Esta

    primogenitura ele a vendeu por motivos

    carnais (o prato de lentilhas simboliza o

    desejo da carne). O processo usado

    por Jac para alcanar a bno, foi

    indevido, precipitado e carnal,

    entretanto, em seu desejo havia uma f

    real.

    Jac engana seu pai. O nome de

    Jac significa "suplantador", devido

    maneira em que se deu o seu

    nascimento (25.26): Nasceu segurando

    o calcanhar de Esa e teve em Rebeca

    uma me parcial que o favorecia.

    O perigo do favoritismo. O

    favoritismo entre pais e filhos pode

    causar a queda da unidade da famlia.

    Por aquele procedimento, Rebeca

    usava de parcialidade, ensinando o seu

    filho a mentir ao prprio pai (27.6-10) e

    contribuiu para um quadro desolador,

    de dio e de vingana entre Esa e

    Jac (27.41). Contudo, o direito de

    primogenitura foi transferido de Esa

    para Jac, quando Isaque o abenoou(28.1-4) e Deus confirmou isso na viso

    da escada (28.1017): "Eu sou o Senhor, o

    Deus de Abrao, teu pai, e o Deus de

    Isaque".

    Viso e voto de Jac (28). Fugindo

    da ira de seu irmo, aps receber a

    bno do pai, Jac, cansado, dorme naestrada, tomando uma pedra por

    travesseiro. Sonhou com Deus, que lhe

    confirma as promessas feitas a Abrao

    (28.10-17). At a Jac no tinha certeza

    da presena de Deus em sua vida (v. 16).

    Em sua viso, via uma escada. No topo,

    estava Deus. A escada seria o caminho

    para Deus, o meio que ligaria o Cu

    Terra (Jo 1.51). Jesus tornou-se essa

    escada por onde os anjos de Deus

    subiam e desciam (28.12). "Talvez Deus

    tencionasse dar a entender a Jac que

    sua necessidade era realmente subir at

    sua presena, e que, em resposta, Ele faria

    descer a sua ajuda.

    O voto de Jac (20.22). 1) O Senhor

    ser o meu Deus. 2) Erguerei ali um altar(Casa de Deus). 3)Serei dizimista de tudo

    que o Senhor me der (vv. 21,22).

    Jac em Har (caps. 29,30,31). "Tudo

    o que o homem semear, isto tambm ceifa-

    r" (GI 6.7). Har era a terra de seus an-

    cestrais. Ali se criara sua me, Rebeca, e

    dali seu av, Abrao, migrara anos antes.

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    Labo era tio de Jac. Os seus vinte anosem Har foram de lutas. Ele colheu em

    abundncia aquilo que semeara.

    Enganado pelo tio, em lugar de

    Raquel recebeu Lia (29.18-23). Para

    receber a sua legtima esposa teve de

    trabalhar mais sete anos. Note a desculpa

    de Labo: Lia devia casar primeiroporque era a mais velha. Lembre-se que

    um dia Jac tinha enganado o seu pai.

    a lei da semeadura e da colheita (GI 6.7).

    A famlia de Jac (30). No nos

    dado compreender os desgnios de Deus,

    mas certo que Deus aceitou esta famlia

    como um todo. "Segundo seus propsitos,

    Deus usa qualquer pessoa, at aquelas

    que no pertencem ao seu rebanho, para

    realizarem os seus propsitos". Segundo

    Gnesis 28.15, Deus protege Jac

    atravs do prprio rebanho de Labo, por

    meios sobrenaturais (30.37-43).

    Jac teve duas esposas e duas

    concubinas. Delas nasceram-lhe doze

    filhos que vieram a ser os cabeas das

    doze tribos de Israel. Foi esta famlia

    polgama que, apesar de contrariar os

    princpios da Lei, Deus aceitou para dar

    incio s doze tribos, que se tornariam a

    nao messinica. "As Escrituras

    Sagradas no escondem as faltas dos

    santos nem ocultam as virtudes de

    pessoas no-crentes. Isto mostra:

    a. "Que Deus usa os sereshumanos como so, para servirem aos

    seus propsitos, e, por assim dizer, faz o

    melhor que pode como material com que

    tem de operar".

    b. Que no h garantia de que todas

    as pessoas usadas por Deus sero salvas

    eternamente. Algum pode ser til aosplanos divinos neste mundo, todavia, por

    no corresponder ou no ter qualificaes

    por causa de sua desobedincia e

    transgresso, estar sujeito a julgamento,

    para determinar-lhe o destino (Rm 2.12-

    16). "Nenhum outro livro no mundo narra

    as fraquezas dos seus herois e os fatos

    que so contrrios aos ideais que deseja

    promover, seno a Bblia." - "Jac quando

    partira de Cana, os anjos desejaram-lhe

    boa viagem (28.15). Agora que est de

    regresso, os anjos lhes do boas-vindas"

    (32.1,2).

    Jac luta com o Anjo de Deus e

    enfrenta Esa (caps. 32,33). Os captulos

    32,33, registram a luta de Jac com um

    anjo; luta que chega a deslocar ajuntura

    da sua coxa. - Quem era esse anjo? - Era

    sem dvida o anjo de Deus. Observe o

    nome novo de Jac - "Israel" - aquele que

    luta com Deus.

    Desta anlise podemos destacar

    trs pontos importantes:

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    a. Jac sentiu-se em conflito comDeus e compreendeu que no estava

    em tudo agradando ao seu Senhor.

    b. Jac desconhecia aquele com

    quem lutava, por isso quis saber o seu

    nome.

    c. Jac prevaleceu, no momento

    em que mais que nunca sentiu a suaprpria fraqueza.

    Houve, consequentemente, trs

    mudanas na vida de Jac: 1) Mudana

    fsica - quando o Senhor tocou em seu

    corpo (coxa). 2) Mudana moral - o seu

    procedimento foi completamente

    mudado. 3) Mudana espiritual - seu

    novo viver, confirmado ao ser-lhe

    mudado o nome. No dia seguinte fez as

    pazes com seu irmo. Quando o

    homem se encontra com Deus, h

    mudanas em toda a sua vida.

    No obstante Jac ser amado de

    Deus, vez por outra sentiu na sua carne

    a dor e os dissabores dos seus erros.

    Leia o captulo 34 e veja o que

    aconteceu com Simo e Levi. "A Bblia

    no oculta erros de quem quer que

    seja". S um livro divino podia ser

    imparcial assim. Ela tanto diz que No

    achou graa diante de Deus (Gn 6.8)

    como afirma que ele se embebedou

    (Gn 9.21).

    ltima jornada de Jac (35.1-7). Porordem divina, parte Jac para Betel, onde

    ergue um altar e faz uma limpeza total dos

    dolos, coisa que ele prometera fazer 20

    anos antes, e at ento no havia feito.

    Nascimento de Benjamim (35.16-20).

    O nascimento de Benjamim ocasionou a

    morte de Raquel, sua me. Raquel deu luz e chamou o filho de Benoni, "filho da

    minha tristeza": Mas Jac o chamou "filho

    da minha direita". Era duplamente um tipo

    de Cristo. de notar que Benjamim era

    especialmente honrado entre os gentios

    (Gn 45.22).

    A vida de Jos (cap. 37). "O teatro

    da histria bblica muda agora de Cana

    para o Egito, acompanhando Jos terra

    onde, inconscientemente, iria preparar um

    lugar para o povo que um dia possuiria

    Cana os filhos de Israel - seus irmos e

    seus prprios descendentes". Do captulo

    37 ao captulo 50, Jos a pessoa

    central. Uma das maiores narrativas da

    histria do Velho Testamento a biografia

    de Jos, nome que significa: "O Senhor

    acrescenta". Aos 17 anos de idade, ele

    surge no cenrio bblico - bom, puro,

    perdoador e cheio de misericrdia. Jos

    era o 11 filho de Jac, e o primognito de

    Raquel. Era o filho favorito de Jac (37.3)

    por isso foi distinguido com uma tnica de

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    vrias cores, causando suspeita ecimes entre seus irmos.

    Os sonhos de Jos (37.5-10). Os

    sonhos de Jos vieram agravar a

    situao entre ele e seus irmos (v.

    11): ... sem malcia, mostrou-se

    imprudente, contando os sonhos a

    seus irmos. Entretanto, tudo faziaparte do plano divino, conforme se

    conclui". Afinal, Jos foi vendido aos

    ismaelitas e midianitas (37.25-28).

    Assim, foi levado para o Egito e

    vendido a Potifar, como escravo. Treze

    anos passou Jos entre a casa de Po-

    tifar e a priso. Aos trinta anos tornou-

    se governador do Egito. Morreu com

    110 anos.

    Jud e Tamar (38). As relaes

    ilcitas entre Jud e Tamar no h

    necessidade de relatar. Citamos para

    destacar o fato de que esta histria

    serve de alerta contra o pecado e

    revela os seus amargos frutos. "Se a

    histria de cada homem fosse

    publicada, todos teriam seus pontos

    negativos". O fato mais importante

    que Deus permitiu que dessa

    personagem sasse a genealogia de

    Jesus (Mt 1.3). De igual modo, temos o

    caso de Salomo, de Rute, a moabita,

    etc. (Mt 1.5,7).

    Jos promove bno na casa dePotifar (39). Isto aconteceu porque Deus

    estava com ele (vv. 2,3,22,23). Seu

    carter foi formado e edificado no Senhor

    (v. 5). O Senhor tanto o amou, como o

    abenoou, e esta bno alcanou a casa

    de Potifar, onde ele vivia, "porque Deus

    era com ele".Jos na priso. ... e Jos era

    formoso de presena e de formosura

    vista" (v. 6). Sua formosura custou-lhe um

    alto preo a pagar. A esposa de Potifar

    tentou-o. Ele recusa-se. Ela, irada, conta

    a seu marido. Potifar planeja mat-lo e ele

    preso. Mas, algum tempo depois, torna-

    se governador do Egito. "Em Jos temos

    o retrato de um homem, no s fiel a

    Deus, mas tambm fiel a seu amo. Sem

    dvida ele teria sido morto, se no fosse a

    mo de Deus. Na viso, ao ser chamado

    para interpretar sonhos, Jos confessou

    abertamente que a interpretao pertence

    a Deus (40.8). Levado presena de

    Fara, reconheceu que Deus utilizava

    seus sonhos para revelar o futuro (31.25-

    36) .

    Jos feito governador (41). Jos

    interpretou os sonhos e aproveitou o

    momento para falar do seu Deus a Fara

    (41.16). E o fez com muita segurana,

    dizendo que o poder para a interpretao

    dos sonhos no lhe pertencia, mas sim a

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    Deus, e tudo o que tinha de ser feitonotificou a Fara (41.25b-32). Jos,

    alm de interpretar os sonhos, mostrou

    o meio de resolver o problema. Diante

    disso, o rei disse: "Acharamos um

    varo como este, em quem haja o

    Esprito de Deus?" (38). Assim Jos

    tornou-se Governador do Egito. Sedermos o melhor para Deus, Deus ser

    glorificado em ns. Foi o que aconteceu

    com Jos e acontecer tambm

    conosco, se procedermos como ele

    procedeu. O incidente mais tocante

    nesta histria passou-se com "Jud

    que, anos antes, tomara a iniciativa de

    vender Jos como escravo (37.26). Ele

    se ofereceu como refm de Benjamim

    (44.18-24) o que em parte o redimiu do

    instinto perverso demonstrado antes. A

    tribo de Jud produziu Cristo".

    O encontro de Jud com seus

    irmos (42-45). "Jos, engrandecido no

    reino, no se prevaleceu do poder para

    vingar-se de seus irmos. Encontrando-

    se com eles, esqueceu as injrias,

    perdoou-lhes de corao, abraou-os,

    levantou a voz e chorou longamente ao

    pescoo deles."

    Cana atingida pela fome. L

    estava a famlia de Jos. Jac mandara

    seus filhos ao Egito comprarem

    alimento. Tudo dentro do plano divino.

    A confisso de Jud (44.16-34). Estprovado, atravs da confisso de Jud, a

    transformao que houve em seu corao,

    bem como em seus irmos. Estavam

    arrependidos das faltas cometidas no

    passado. Seus coraes j no abrigavam

    dio, mas arrependimento e muito amor.

    Muitas vezes d-se o mesmo conosco.No nos preocupamos com o pecado do

    passado que no foi perdoado e quando

    esse pecado ativado, somos

    constrangidos a dizer: "Na verdade somos

    culpados" (42.21). E Deus ento, chega

    confirmando o seu amor para conosco, ante

    o nosso sincero arrependimento.

    Jos reconhecido por seus irmos

    (45). A famlia de Jos compunha-se de 75

    pessoas (At 7.14).

    Jos, ento, disse humildemente

    diante de seus irmos: "Assim no fostes

    vs que me enviaste para c, seno Deus"

    (45.8). Confiemos no Senhor, pois estando

    Ele conosco, e ns com Ele, tudo o que

    possa acontecer, ou parecer derrota,

    transforma-se em bno.

    Vontade "permissiva" e vontade

    "positiva". "O Egito nunca esteve no plano

    divino para a habitao do povo escolhido, e

    as visitas que ali fizeram os patriarcas

    Abrao, Isaque e Jac nunca foram orde-

    nados por Deus. Diz Scofield que preciso

    descobrir em Deus sua vontade "permissiva"

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    e sua vontade "positiva", conformeGnesis 46.1-4. A famlia de Jac estava

    dividida, e parte dela se encontrava no

    Egito, razo por que o Senhor permitiu

    que Jac seguisse para l. Deus sempre

    protege o seu povo, embora no esteja

    ele no lugar onde devia estar. Exemplo:

    Quando Israel escolheu um rei; quandovoltou a Cades-Barnia; quando enviou

    os espias, etc. No preciso dizer que a

    vontade permissiva de Deus nunca se

    estende ao que impuro e pecaminoso.

    A maior bno possvel est sempre

    no caminho da "sua vontade positiva.

    Jac abenoa seus filhos e morre

    (4850). Nos ltimos dias de vida, Jac

    abenoou os seus filhos, e os filhos de

    Jos. S que sua mo direita recaiu

    sobre a cabea do mais moo, Efraim; e

    a sua mo esquerda sobre o mais

    velho, Manasss. ( importante ler

    48.17-22.) No era simplesmente a

    vontade de Jac, mas a vontade de

    Deus.

    Aps abenoar seus filhos, Jac

    morreu. Foi sepultado na cova de

    Macpela que fora comprada dos filhos

    de Hete. Seu corpo foi embalsamado

    pelos mdicos egpcios. Note a

    expresso: "Foi congregado ao seu

    povo" (49.33).

    O captulo 49 proftico. Cadabno de Jac sobre seus filhos

    correspondia a uma profecia a respeito do

    futuro de cada um. Entretanto, h uma

    distino sobre Jud: no obstante seus

    atos negativos, ele recebeu supremacia

    sobre seus irmos: "Os filhos de teu pai a

    ti se inclinaro." Coube-lhe aprimogenitura, e como tal, teria de dar ao

    mundo o Messias.

    Nota - H muitas interpretaes

    judaicas ou gentias, sobre a palavra "Sil"

    (v. 10), e todas elas concordam que se

    refere a Cristo.

    Jos, tipo de Cristo. Para conhecer

    algo sobre Jos, dependemos inteiramente

    da Bblia. Por ela sabemos que ele alcanou

    uma posio elevada no reino egpcio.

    Entrou no Egito como escravo e tornou-se

    primeiro ministro, graas sua habilidade e

    interpretao dos misteriosos sonhos de

    Fara.

    Vendido pelos seus irmos, Deus

    permitiu que Jos fosse revendido no Egito,

    a fim de preservar Israel (45.7,8; 50.20).

    Jos entrou no Egito com a idade de 17

    anos (37.2) e viveu ali 93 anos (50.26). Seu

    corpo foi embalsamado e, 400 anos depois,

    levado para Cana (x 13.1-19).

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    2 XODO

    INTRODUO

    xodo o segundo livro da Bblia e

    significa sada. Enquanto Gnesis

    registra em seus ltimos captulos o

    estabelecimento das tribos de Israel noEgito, a morte de Jac, e a morte de Jos,

    o livro de xodo descreve a sada do

    povo hebreu do Egito, mostrando como

    Deus tirou os filhos de Israel da

    escravido; relata a histria da redeno

    pelo sangue (12.13) e a entrega da Lei

    comunidade."As narrativas de Gnesis e xodo

    esto ligadas entre si pela conjuno 'e',

    isto , a histria do povo hebreu tem

    continuidade, e assim vai se

    processando de um para outro livro do

    Pentateuco."

    A Bblia hebraica chama este

    livro de "shomot", que significa nomes,

    pois o livro comea relacionando os

    nomes dos filhos de Israel. A

    Septuaginta chama-o de xodo - Sada.

    AUTOR

    Moiss foi o seu autor. E tudo

    indica que o escreveu no deserto,

    durante a peregrinao, mais ou menos

    em 1688 a.C. H quem afirme que foi

    escrito depois do acidente de Cades-Barnia, no ano 39 da jornada.

    ESFERA DE AO

    Os acontecimentos registrados em

    xodo abrangem um perodo de 216

    anos, de 1706 a 1490 a.C., isto , da

    morte de Jos construo do

    Tabernculo (1.6; 40.1-38).Nota - Entre o Gnesis e o xodo

    h um intervalo de quase 300 anos, da

    morte de Jos ao nascimento de Moiss,

    ou um total de 430 anos da migrao de

    Jac para o Egito ao xodo (12.40,41).

    Nesse intervalo, os israelitas aumentaram

    excessivamente (1.7). Morrendo Jos,

    uma mudana de dinastia levou o povo de

    Israel condio de escravos, sendo o

    trabalho deles de muito proveito para os

    faras. No tempo do xodo, havia

    seiscentos mil homens, maiores de 20

    anos, alm das mulheres e crianas (Nm

    1.46), o que dava um total aproximado de

    3.000.000. Para 70 pessoas alcanarem

    este total em 430 anos, era necessrio

    que o nmero se multiplicasse cada 25

    anos mais ou menos, o que foi fcil (M.

    Bblico de Halley). Ali moravam,

    cultivavam o solo, criavam rebanhos e

    multiplicavam-se maravilhosamente (v. 7).

    DIVISO

    1. Opresso (1-12.36)

    2. Libertao (12.37-18)

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    3. dada a Lei ou Concerto (19-40)

    1. OPRESSO (1-12.36)

    1.1. A estada no Egito (1.1-2.24).

    Quando Jac e seus filhos desceram ao

    Egito, foi-lhes designada uma "reserva

    especial" para morarem. Foram

    enviados para uma provncia frtil noDelta do Nilo, chamada Gsen (Gn

    47.6). Calcula-se que isto ocorreu

    durante o perodo dos Hicsos.

    Nota - "Os hicsos ou reis

    pastores, da linhagem semtica,

    conquistadores vindos da sia,

    parentes prximos dos hebreus,

    assediaram o Egito pelo norte e se

    uniram aos governos do Egito e da

    Sria. Apepi 11, cerca de 1700 a.C. da

    16 dinastia, segundo se pensa, foi o

    Fara que recebeu Jos. Enquanto os

    hicsos governaram, os israelitas foram

    favorecidos no pas. Quando porm

    foram expulsos pela 18 dinastia, a

    atitude do governo egpcio mudou"

    (Manual Bblico de Halley).

    A estada dos hebreus no Egito

    viria a ser longa. Este pas era a

    primeira potncia no mundo de ento, e

    as artes, a literatura, a arquitetura e a

    indstria, eram evoludas para a poca.

    Ali os israelitas aprenderam artes e

    ofcios, que viriam a ser teis na

    construo do Tabernculo, eposteriormente na construo do templo

    de Salomo e do seu palcio. Depois os

    hicsos perderam o poder, e a situao dos

    israelitas mudou completamente. Eram

    tratados como uma minoria subversiva,

    uma ameaa estabilidade poltica do

    pas.1.2. Sob ojugo da escravido (cap. 1)

    "Depois levantou-se um rei... que no

    conhecera Jos" (8). Trata-se de um rei da

    18 dinastia. A grandeza do povo de Israel

    os amedrontava, e provavelmente foi esta

    a razo que os levou a baixarem trs

    decretos: Primeiro - Sujeitava os hebreus a

    trabalhos forados (os israelitas eram em

    maior nmero). Mas, tanto mais os afligia,

    tanto mais se multiplicavam, de maneira

    que os egpcios se enfadavam por causa

    dos filhos de Israel (v. 12). Segundo (vv.

    15,16) - Todos os meninos seriam

    estrangulados ao nascer. Entretanto as

    parteiras se negaram a executar esta

    ordem, ainda que fosse do rei. - Por qu?

    - Elas eram tementes a Deus.

    "Provavelmente elas (as parteiras) eram

    hebrias, pois temiam a Deus"

    (Davidson). Terceiro (v. 22) - Todos os

    meninos recm-nascidos, filhos de

    hebreus, seriam atirados ao Nilo. Foi

    justamente a que Deus veio em socorro

    dos hebreus, com o nascimento de

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    Moiss. Com este decreto surgiu aprovidncia de Deus: uma destacada

    personagem hebria estaria na corte

    egpcia - era uma grande expectativa

    para os hebreus. "Daqui em diante a

    histria do povo hebreu deixa de ser

    geral para ser pessoal; deixa de ser

    sobre uma famlia, para ser sobre umapessoa". Moiss estava dentro dos

    planos de Deus, seno no teria

    escapado morte. Seu pai chamava-

    se Anro e sua me Joquebede; era da

    tribo de Levi (2.1; Nm 26.59). Moiss

    foi preservado por providncia divina e

    salvo das guas, foi educado por sua

    me. J menino, sua me o entregou

    princesa, a qual o educou em toda a

    sabedoria dos egpcios (At 7.22).

    "Assim, teria ele aos doze anos,

    entrado para uma escola superior,

    onde aprenderia cincias, artes,

    lnguas e matemtica".

    A vida de Moiss dividida em

    quatro partes de quarenta anos cada

    uma. 40 anos no Egito (At 7.23); 40

    anos no deserto (At 7.30); 40 anos

    conduzindo o povo terra prometida

    (Dt 34.7).

    a. 40 anos no palcio - Nesse

    perodo recebeu a mais rica e fina

    educao que o Egito podia fornecer;

    no obstante, a cultura no pde tirar

    do seu corao a f que recebera em suainfncia atravs de sua me, nem virar-lhe

    a cabea para correntes filosficas e

    mudar a sua esperana.

    b. 40 anos no deserto - Esse perodo

    serviu para seu adestramento, a fim de

    enfrentar a oposio e a austeridade, o

    que dificilmente conseguiria se estivesseno palcio. Alm disso, familiarizou-se

    com a regio por onde, anos depois, teria

    de conduzir Israel terra prometida.

    c. 40 anos peregrinando para a terra

    prometida (Dt 34.7) - Estes trs perodos

    da vida de Moiss podem ser assim

    analisados:

    "Nos primeiros 40 anos, na corte de

    Fara, Moiss aprendeu a ser algum,

    uma pessoa instruda em toda a cincia

    do Egito. Nos 40 anos seguintes, no

    deserto de Midi, ele aprendeu que no

    era ningum. Mesmo quando Jeov o quis

    usar em sua obra, Moiss recusou-se

    (3.11; 4.10). Ns 40 anos finais,

    reconheceu que Deus tudo e suficiente

    para salvar uma nao inteira. Foi neste

    perodo que Moiss entregou-se

    completamente ao servio de Deus"

    (MacNair).

    d. Moiss foge do Egito (2.11-12) -

    Os motivos da fuga. "Moiss, sendo j

    grande, recusou-se a ser chamado filho da

    filha de Fara." Moiss renunciou a um

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    trono que por direito lhe caberia. Elesabia quanto seus irmos estavam

    sofrendo, e sabia tambm que eles

    deviam sair do Egito para possuir a

    terra prometida. "Sendo Moiss j

    grande, saiu a seus irmos, atentou

    para as suas cargas" (2.11). "Sendo j

    grande". Isto quer dizer que, tendoterminado o seu preparo, devia decidir-

    se por um caminho que o conduzisse a

    um lugar determinado na vida.

    Indignado por ver um egpcio maltratar

    um varo hebreu (seu compatriota),

    correu em defesa deste, matando o

    egpcio. Assim "Moiss fugiu de diante

    de Fara" (v. 15). Fugindo, Moiss foi

    parar em casa de um bom sacerdote

    chamado Jetro, na terra de Midi, na

    Arbia, a leste do atual golfo de caba,

    onde encontrou asilo e permaneceu por

    quarenta anos. Neste tempo, casou-se

    com uma midianita chamada Zpora,

    filha de Jetro (v. 21) tambm chamado

    Reuel (v. 18). "Os midianitas

    descendiam de Abrao, da parte de

    Cetura (Gn 25.2) e deviam possuir

    tradio acerca do Deus de Abrao.

    1.3. Morre o rei do Egito e surge

    um libertador(2.23-25; 3.1,2).

    Quarenta anos eram decorridos

    desde a fuga do Egito. Agora o rei havia

    morrido (2.23). Moiss, apreensivo

    quanto sorte de seus irmos queestavam no Egito, meditou sobre como

    deveria ajud-los. Junto ao monte Horebe

    (Sinai), ele recebeu a chamada atravs de

    uma voz que falava dum arbusto que

    ardia e no se consumia. Viso

    maravilhosa! Curioso, Moiss dirigiu-se

    para o lugar onde a sara ardia. Em 3.2diz que o anjo de Jeov apareceu-lhe e no

    versculo 4, que, vendo o Senhor que

    Moiss se virava para l, bradou Deus.

    Aqui se manifesta a Trindade divina: 1. O

    anjo do Senhor Jeov. 2. O Senhor. 3.

    Deus. "O anjo do Senhor o Senhor

    Jesus Cristo no estado de pr-

    encarnao; Jeov o nome prprio da

    Divindade, o Ser Eterno". "Vendo Deus

    que Moiss se encaminhava ao lugar da

    manifestao, dirigiu-lhe a palavra: -

    Moiss, Moiss! Moiss respondeu, e,

    depois de ouvir a recomendao de que

    deveria tirar o calado por ser santo

    aquele lugar, recebeu a comisso. Muita

    gente precisa aprender a ser reverente

    nos lugares onde se invoca a Deus".

    Deus se apresenta como o Deus de

    Abrao, de Isaque e de Jac (3.6), isto ,

    o Deus que esses patriarcas adoravam.

    Os que pensam que depois da morte

    cessa tudo, devem ler esta passagem.

    Deus no Deus de mortos (Mt 22.32).

    Abrao, Isaque e Jac, que h longos

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    anos haviam desaparecido, estavamvivos. Disse Deus: "Tenho visto a

    aflio do meu povo... desci para livr-

    los" (3.7,8). "A linguagem antropo-

    mrfica, como vemos muitas vezes em

    Gnesis. Como se Deus tivesse visto a

    desgraa do povo e agora descesse do

    Cu para livr-lo, quando Ele est emtoda parte, em todo tempo, vendo tudo

    a cada instante". Naquele momento de

    contemplao e reverncia, Deus falou

    a Moiss e o chamou, dizendo: "Vem

    agora, pois eu te enviarei a Fara, para

    que tires o meu povo do Egito" (v. 10).

    Moiss se sentiu incapaz para o

    cumprimento da misso: - "Quem sou

    eu?" O Senhor est pronto a usar

    aquele que humildemente se coloca em

    suas mos. "Certamente eu serei

    contigo", diz o Senhor. "Sou o que sou."

    "Esta expresso a repetio do verbo

    ser na primeira pessoa do singular,

    modo indicativo. Assim o nome Jeov,

    conforme outra soletrao, YEHYEH, ou

    JAVEH, vem do mesmo verbo ser na

    lngua hebraica, denotando o que , o

    que existe, o que por si mesmo" (A.

    Mesquita).

    1.4. A chamada de Moiss

    Juntamente com seu irmo, Aro,

    apresentou-se Moiss perante Fara e

    pediu que o povo fosse libertado. Diante

    da recusa, pesadas pragas vieram sobre oEgito: 1) gua tornada em sangue (7.14-

    25); 2) rs (8.1-16); 3) piolhos (8.16-19); 4)

    moscas (8.20-32); 5) peste nos animais

    (9.1-7); 6) lceras (9.8-12); 7) saraiva

    (9.13-15); 8) gafanhotos (10.1-20); 9) e

    trevas (10.21-29).

    Como estas nove pragas noconvenceram Fara a libertar o povo

    hebreu, veio a dcima e a mais punitiva -

    a morte de todos os primognitos. Para

    escapar desta praga, todo israelita deveria

    matar um cordeiro e aspergir o seu

    sangue nos umbrais da porta de sua casa,

    e no sair fora at a meia-noite, e estar

    preparado para partir logo a seguir. A

    noite que mataram o cordeiro pascal foi a

    ltima noite que passaram como

    escravos. Esse castigo foi to esmagador

    que Fara cedeu, ao ver que todos os

    primognitos do Egito, inclusive os dos

    animais e ainda o seu filho "que se

    sentava em seu trono" (12.29) haviam

    sido mortos. Em todos os lugares havia

    morte! O rei mandou, naquela mesma

    hora, chamar Moiss e Aro e ordenou

    que fossem embora e levassem todos os

    seus pertences.

    As pragas que se sucederam

    durante um perodo relativamente curto,

    demonstraram o poder do Deus de Israel,

    no somente para Fara e para os

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    egpcios, mas tambm, para osisraelitas. Deus permitiu que Fara

    vivesse, tendo-o dotado de capacidade

    de resistir s promessas divinas. (Veja

    xodo 9.16.) O propsito das pragas - o

    que claramente revelado em xodo

    9.16 - era o de mostrar o poder de

    Deus em favor de Israel" (Hist. Israel -Samuel J. Schultz).

    A Pscoa foi ordenada e

    praticada antes da morte dos

    primognitos. No poderia ser de outra

    maneira. O captulo 12 registra a maior

    solenidade festiva dos israelitas, a

    Pscoa. "Sua instituio antes da

    morte dos primognitos tinha razo de

    ser, porque, ao ser visitada a terra pelo

    anjo exterminador, seriam visitadas

    todas as casas em que no houvesse o

    sangue do cordeiro. O vocbulo

    'pscoa' significa em hebraico passar

    alm ou passar por cima. O anjo

    passaria alm e no faria mal algum".

    A Pscoa, alm de ser

    comemorativa, era tambm

    representativa. Representava a

    redeno e a santificao. (Leia

    12.26,27.) A "morte do Cordeiro", no

    somente salvou o homem da morte,

    mas tambm deu origem a uma vida

    nova.

    Examinemos os diversos elementosdesta festa e seu significado:

    a. O tempo - Dia determinado, 14 de

    Abibe ou Nis que corresponde ao ms

    de abril. Por sete dias no comeriam po

    levedado.

    b. Um cordeiro para cada famlia - No

    caso de uma famlia ser pequena, deveriajuntar-se a outra. No podia a carne ser

    levada para fora de casa ou guardada.

    Havendo sobra, seria queimada. No

    poderia ser cozida nem comida crua, mas

    assada ao fogo.

    c. Pes asmos (sem fermento) - Os

    israelitas, ao sarem apressadamente, no

    teriam tempo de esperar o po ser leveda-

    do: levaram consigo o fermento e as

    amassadeiras (12.34). S poderiam cozer

    o po em peregrinao. Por outro lado, a

    fermentao produz corrupo (estado de

    decomposio). Onde Deus est, no

    pode haver imundcie ou corrupo. O

    tempero por excelncia era ervas

    amargas (v. 8). "Alm de dar melhor sabor

    carne adocicada do cordeiro, lembrava

    a opresso do Egito". O cordeiro seria

    macho: a fmea no servia neste caso.

    Isto prova que no plano da salvao no

    existe medianeira.

    A festa da Pscoa um tipo de

    Cristo como nosso Redentor (1 Co 9.23-

    27). "O cordeiro era um prottipo do

  • 7/27/2019 APOSTILA - CURSO MDIO EM TEOLOGIA

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    'Cordeiro de Deus' que tira o pecado domundo. Como figura que era, no podia

    ser cego, coxo, aleijado, ou ter qualquer

    defeito".

    Isso tornou-se em memorial para

    todas as geraes. Toda vez que a

    famlia ou a nao celebrava esta festa,

    seria mencionada pelos pais aos filhosa libertao por Deus da servido

    egpcia. Aos hebreus era impossvel ver

    o Calvrio na Pscoa do Egito, mas

    para ns esta Pscoa fala dele bem

    claramente. A Pscoa dos hebreus foi o

    centro e a circunferncia da sua vida

    religiosa e social; a nossa Pscoa, que

    Cristo, deve ser tambm o centro de

    nossa vida. S podemos entender a

    Pscoa, entendendo tambm a obra de

    Cristo.

    2. LIBERTAO (12.