apostila curso confinados

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Texto da NR Em Consulta Publica

Apostila

Espao Confinado

Nome:____________________________

Empresa:__________________________

Data:_____________________________

Definio de espao confinado

Qualquer rea no projetada para ocupao contnua, a qual tm meios limitados de entrada e sada e na qual a ventilao existente insuficiente para remover contaminantes perigosos e/ou deficincia/enriquecimento de oxignio que possam existir ou se desenvolver.

Por exemplo: tanques, vasos, silos, armazns de estocagem, containers, caldeiras, reatores qumicos, dutos de ventilao, depsitos, tneis, galerias e caixas subterrneas, poos, e fossos. No projetado para uso ou ocupao contnua.

Risco de Espao Confinado

CONSEQNCIAS DAS CARACTERSTICAS DOS ESPAOS CONFINADOS:

Ventilao precria: A circulao de ar precria, fazendo com que a atmosfera dentro do espao confinado seja bastante diferente da atmosfera fora dele. Gases perigosos podem ficar contidos no seu interior, principalmente se o espao for utilizado para estocagem em processos qumicos ou decomposio de matrias orgnicas. Pode haver uma quantidade de oxignio inferior ao limite necessrio para a respirao humana ou pode haver uma quantidade de oxignio excessiva, o que aumenta o risco de exploso do ambiente.

Entradas e sadas de pequenas dimenses:As entradas e sadas normalmente so pequenas. O que dificulta a passagem de ferramentas, a mobilidade do homem, a utilizao de equipamentos de proteo individual e conseqentemente o escape.

No ser projetado para a ocupao contnua do homem:Normalmente foram projetados para armazenar, isolar ou transportar produtos e materiais, o que aumenta a possibilidade de contato do homem com substncias nocivas sua sade quando necessria a sua entrada no espao confinado.Deficincia de oxignio

Alm das concentraes de aerodispersdeis, gases e vapores, o socorrista dever tambm se preocupar com o nvel de oxignio. Em uma atmosfera comum, ao nvel do mar, a concentrao de oxignio fica em torno de 20,9%. Valores inferiores a 18% representam um perigo imediato para o homem. Portanto, imprescindvel que se faa o monitoramento do ar no ambiente confinado utilizando um oxmetro, antes de qualquer interveno de socorro. Vale tambm ressaltar, que as medies devero ser efetuadas em pelo menos trs nveis: no alto, no fundo e na altura intermediria. Caso se verifique que os nveis de oxignio esto abaixo de 18%, o socorrista dever usar um EPR em que o ar respirado seja totalmente independente do ar do ambiente, ou seja, um kit de respirao autnoma ou uma linha de ar mandado.

Algumas causas da deficincia de oxignio nos espaos confinados so:

O deslocamento do ar por gs ou vapor devido inertizao, desvaporizao, elevadas concentraes de outros gases e vapores de incndio.

A digesto de matria orgnica por microorganismos.

A oxidao do ferro (ferrugem).

Independente das causas, as conseqncias sero a PRESENA DE UMA ATMOSFERA INCAPAZ DE SUSTENTAR A VIDA, EM FUNO DA BAIXA CONCENTRAO DE OXIGNIO.

Exposio a agentes perigosos:

Qumicos so representados pelos aerodispersides, poeiras, fumaas, fumos, gases, vapores, lquidos e materiais slidos que causem algum efeito deletrio, quando inalados, ingeridos ou absorvidos pela pele e mucosas.

Fsicos so representados pelo rudo, vibrao, radiao, iluminao, presso e temperatura anormais.

Em todos os casos, o socorrista deve estar atento para esses riscos, devendo para isso, providenciar a verificao de todas estas variveis, ou fazer um levantamento atravs de funcionrios ou outros profissionais que tenham credibilidade para passar essas informaes.

Exploses e Incndios

A presena de gs, vapores e ps inflamveis em espaos confinados, constituem duas situaes de risco: a exploso/incndio e a exposio do trabalhador a concentraes perigosas. Uma srie de medidas preventivas devem ser tomadas, para minimizar a exposio a esses riscos.

As exploses ou os incndios esto relacionados a:

Presena de gases, vapores e ps em concentraes que formem misturas inflamveis, devido ausncia ou deficincia na remoo desses gases.

Modificao das condies inicialmente presentes, como por exemplo, a penetrao de gases, vapores e outras substncias aps o incio dos procedimentos de salvamento.

Erros nas medies de monitoramento.

Eltrico e Mecnico

Os riscos proporcionados por fatores eltricos e mecnicos em espaos confinados dependem diretamente das atividades desenvolvidas. Ambos os fatores podem oferecer riscos como fontes de ignio ou at mesmo ocasionar acidentes em funo de mau estado de conservao. Salvamentos que requerem o uso de materiais como refletores, exaustores, moto-rebolo, kit oxi-acetileno, desencarcerador hidrulico, ferramentas de puno e etc, sempre oferecem risco eltrico ou mecnico.

Ergonmicos

Estes riscos existem nos locais onde o espao a ser ocupado no compatvel com as dimenses do corpo humano. O desconforto e a falta de maneabilidade, alm de dificultarem as aes de salvamento, podem provocar leses como distenses, cimbras e tores.

Riscos Combinados

A combinao de riscos deve ser observada cautelosamente, pois esta pode representar outros riscos, como o exemplo: um curto circuito pode provocar uma centelha que pode causar uma exploso ou um incndio que pode gerar deficincia de oxignio... Na maioria dos casos, ser muito complexo o processo de avaliao de todas as possibilidades.

A ocorrncia de uma atmosfera perigosa pode ter como causa gases e vapores remanescentes do material armazenado anteriormente no espao ou ainda, numa forma mais sutil, deslocados atravs de tubulaes ou outras formas de ligao quando o espao esta agregado a um sistema. Alm disso, mesmo a gua ou outros lquidos que por alguma razo estejam presentes nesse espao podem absorver ou reagir com o oxignio do ar, podendo ocorrer ainda na remoo de lamas ou resduos ocorrer a liberao de gases e vapores. Devemos tambm levar em conta que a prpria operao a ser realizada no local pode conduzir a riscos e perigos, como por exemplo soldas e cortes a maarico.

Vejamos a seguir um pouco de mais detalhes sobre este assunto. Trata-se de uma parte bastante interessante para quem deseja conhecer um pouco mais sobre o assunto, embora seja matria bsica de qualquer curso de formao em Segurana do Trabalho.

Os casos de atmosfera perigosa caracterizam-se geralmente basicamente em:

deficincia de oxignio

gases e vapores combustveis ou inflamveis

gases e vapores txicos

Nvoas ou neblinas txicas e fumos metlicos

Quando falamos de deficincia de oxignio nos referimos ao ar normal conter 21 % de oxignio. Nos espaos confinados este nvel pode baixar, seja pelo seu consumo lento ou pelo deslocamento causado por outros gases. Trata-se na verdade de riscos bastante difceis de serem vistos pelos olhos dos leigos, j que o consumo lento pode ocorrer devido a ao de bactrias aerobicas (que consomem oxignio) e liberam gs carbnico ou mesmo pela oxidao de metais, um caso comum - o enferrujamento de ferro. J o deslocamento ocorre pela presena ou uso de gases como nitrognio, carbnico, argnio e o hlio.

J ao falarmos de gases e vapores combustveis e inflamveis, nos referimos a presena de elementos que podem inflamar ou explodir mediante uma fonte de ignio. Obviamente, isso depende das concentraes estarem dentro das faixas de inflamabilidade ou explosividade. Ateno especial deve ser dada a espaos utilizados ou ligados a instalaes com uso de solventes, gasolina, GLP, lcool, desengraxantes, etc.

No que diz respeito aos gases e vapores txicos, a primeira referncia a ser tomada como base so o limite de tolerncia e tempo de exposio. No entanto, uma anlise simplria e sem maior embasamento tcnico ou pesquisa e ainda AVALIAO POR INSTRUMENTOS pode ser catastrfica, principalmente por no sabermos ao certo o que de fato h dentro de um espao destes, segundo pela possibilidade de gases e vapores serem formados em reaes, sejam elas naturais ou causadas pela natureza do trabalho a ser realizada, seus equipamentos e meios. Para liberar este tipo de trabalho necessrio que o profissional responsvel tenha alguns conhecimentos de toxicologia, em especial no que diz respeito aos gases irritantes e asfixiantes.

J no caso das nvoas ou neblinas txicas e fumos metlicos , estes esto geralmente associados a realizao de soldas em superfcies metlicas que contenham chumbo, cromo, nquel, etc. ou ainda em casos de pintura.

Alm das questes da atmosfera perigosa, devemos em conta ainda a possibilidade de riscos menos subjetivos, tal como o contato da pele e olhos com substncias agressivas.

Essencial a qualquer programa de riscos para espaos confinados e o estudo dos meios e possibilidades para retirada e socorro das pessoas. Os meios de minimizao de conseqncias devem ser levados em conta em trabalhos desta natureza

Condies de Entrada Aceitveis

Especificar condies de entrada aceitveis como:

Isolar o espao confinado;

Purga, inertizao, lavagem ou ventilao do espao confinado so medidas de controle necessrias para eliminar ou controlar os riscos atmosfricos;

Providenciar barreiras para proteger os trabalhadores que entraram nos espaos confinados dos riscos externos;

Verificar que as condies nos espaos confinados so aceitveis para a entrada no perodo em que estaro sendo desenvolvidos os procedimentos de entrada.

Equipamentos

Providenciar os seguintes equipamentos, sem custos aos trabalhadores, manuteno para que o equipamento funcione adequadamente e assegurar que os trabalhadores usaro os equipamentos corretamente:

Equipamento de teste e monitoramento necessrios;

Equipamento de ventilao necessrio para obter as condies de entrada aceitveis;

Equipamentos de comunicao necessrio;

Equipamento de proteo individual, a menos que as medidas de controle como as de engenharia e prticas seguras de trabalho no protejam adequadamente os trabalhadores;

Equipamento de iluminao prova de exploso necessrio para permitir que os trabalhadores vejam suficientemente bem o trabalho que deve ser desenvolvido de forma segura e permitir a sada rpida do espao numa emergncia;

Barreiras e escudos;

Equipamentos tais como escadas, necessrias para entrada e sada seguras pelos trabalhadores autorizados;

Equipamentos de emergncia e resgate necessrios, exceto aqueles que so fornecidos pelo servio de resgate;

Quaisquer outros equipamentos necessrios para entrada segura e resgate nos espaos confinados.

Avaliao

Avaliar as condies dos espaos confinados como segue quando as operaes de entrada forem conduzidas:

Testar as condies nos espaos confinados para determinar se as condies de entrada aceitveis existem antes que a entrada seja autorizada, a comear, exceto que, se o isolamento do espao no for possvel porque o espao muito grande ou parte de um sistema contnuo (tais como esgoto) os testes de pr-entrada devero ser extensivamente realizados antes que a entrada seja autorizada, e se a entrada for autorizada, as condies de entrada devero ser continuamente monitoradas nas reas onde os trabalhadores autorizados estiverem trabalhando;

Testar e monitorar os espaos confinados para determinar se as condies de entrada so aceitveis e se esto sendo mantidas durante o curso das operaes de entrada;

Quando testar os riscos atmosfricos deve-se testar primeiramente o teor de oxignio, depois gases e vapores inflamveis e depois os vapores e gases txicos.

Procedimentos

Providenciar ao menos um vigia no exterior do espao confinado que responsvel pela autorizao da durao das operaes de entrada.

Designar as pessoas que tem obrigaes ativas (como por ex. trabalhadores autorizados, vigias, supervisores de entrada, ou pessoas que testam ou monitoram as atmosferas em espaos confinados) nas operaes de entrada, identificando os deveres de cada trabalhador e providenciar que cada trabalhador tenha o treinamento requerido;

Desenvolver e implementar procedimentos para a chamada dos servios de emergncia e de resgate, para o resgate dos trabalhadores de espaos confinados para providenciar os servios de emergncia necessrios para os trabalhadores resgatados, e para prevenir que pessoal no autorizado atenda um resgate;

Desenvolver e implementar um sistema para preparao, emisso, uso e cancelamento de permisses de entrada;

Desenvolver e implementar procedimentos de coordenao de operaes de entrada com os trabalhadores de mais de um empregador que estiver trabalhando simultaneamente com os trabalhadores autorizados num espao confinado, de tal modo que os trabalhadores de um empregador no coloque em risco os trabalhadores de um outro empregador;

Desenvolver e implementar procedimentos (tais como fechamento de um espao confinado e o cancelamento de uma permisso) necessrios para a concluso de entradas depois que as operaes de entrada tiverem sido completadas;

Revisar as operaes de entrada quando o empregador tiver razo para acreditar que as medidas tomadas sob o programa de espao confinado que requer permisso de entrada no puder proteger os trabalhadores e revisar o programa para corrigir as deficincias encontradas que existam antes que entradas subsequentes sejam autorizadas;

NOTA: Exemplos de circunstncias que requerem a reviso do Programa de Entrada em Espao Confinado que Requer Permisso de Entrada: qualquer entrada no autorizada num espao confinado, a deteco de um risco no espao confinado no coberto pela permisso, a deteco de uma condio proibida pela permisso, a ocorrncia de um dano ou quase-acidente durante a entrada, uma mudana no uso ou na configurao do espao confinado e queixas dos trabalhadores sobre a eficincia do trabalho.

Revisar o programa usando as permisses canceladas retendo-as por um ano aps cada entrada e revisar o programa quando necessrio, assegurar que os trabalhadores participantes nas operaes de entrada estejam protegidos dos riscos do espao confinado.

Sistema de Permisso.

Antes que a entrada seja autorizada, o empregador dever documentar o elenco de medidas necessrias para a preparao de uma entrada segura.

Antes que a entrada comece, o supervisor de entrada identificado na permisso assinar a Permisso de Entrada para autorizar a entrada.

A permisso completa estar disponvel para todos os trabalhadores autorizados pela sua fixao na porta de entrada ou por quaisquer outros meios igualmente efetivos, de tal forma que os trabalhadores possam confirmar que as condies de preparao de pr-entrada tenham sido completadas.

A durao da permisso no pode exceder o tempo requerido para completar as tarefas designadas ou trabalhos identificados na permisso de entrada.

O Supervisor de Entrada terminar a entrada e cancelar a Permisso de Entrada quando:

As operaes de entrada cobertas pela Permisso de Entrada tiverem sido completadas;

Uma condio que no permitida sob a Permisso de Entrada ocorre dentro ou nas proximidades do espao confinado.

O empregador dever reter cada Permisso de Entrada cancelada por pelo menos um ano para facilitar a reviso do programa. Quaisquer problemas encontrados durante uma operao de entrada sero anotados na permisso pertinente de tal forma que as revises apropriadas no programa possam ser feitas.

Permisso de EntradaA Permisso de Entrada que documenta conformidade com a lei e autoriza a entrada num espao confinado identificar:

O espao confinado a ser adentrado;

O objetivo da entrada;

A data e a durao da autorizao da Permisso de Entrada;

Os Trabalhadores Autorizados num espao confinado devero ser relacionados por nome;

O pessoal, por nome que correntemente auxilia como Vigia;

As pessoas, pelo nome, que correntemente atuam como Supervisor de Entrada, com um espao para assinatura do supervisor que autorizou a entrada;

Os riscos do espao confinado a ser adentrado;

As medidas usadas para isolar o espao confinado e para eliminar ou controlar os riscos do espao confinado antes da entrada;

NOTA: Estas medidas podem incluir o lacre ou travamento do equipamento e procedimentos para purga, inertizao, ventilao ou lavagens de espaos confinados.

A permisso de Entrada vlida somente por 8 horas. Devero ser feitas 2 cpias, uma para ser arquivada no setor do espao confinado e outra no SESMT. Todas as cpias devero ficar no local de trabalho at o trmino do trabalho. Uma cpia dever retornar ao SESMET.

Condies de Entrada Aceitveis:

Os resultados dos testes iniciais e peridicos realizados e acompanhados pelos nomes dos trabalhadores que realizaram os testes e pela indicao de quando os testes foram realizados.

Os servios de resgate e emergncia que podem ser chamados e os meios (tais como o equipamento a ser usado e os nmeros telefnicos a serem chamados) para efetu-los;

Os procedimentos de comunicao usados pelos trabalhadores autorizados e pelos vigias para manterem contato durante a entrada;

Equipamento, tais como equipamento de proteo individual, equipamentos de teste e monitoramento, equipamentos de comunicao, sistemas de alarme e equipamentos de resgate a serem providenciados;

Quaisquer outras informaes cuja incluso seja necessria, dadas certas circunstncias de um espao confinado em particular, de forma a assegurar a segurana dos trabalhadores; Quaisquer permisses adicionais, tais como para trabalhos a quente, que tenham sido emitidas para autorizar o trabalho no espao confinado.

Deveres dos Trabalhadores Autorizados.

O empregador dever assegurar que todos os Trabalhadores Autorizados:

Conheam os riscos que possam encontrar durante a entrada, incluindo informaes sobre o modo, sinais ou sintomas e conseqncias da exposio;

Uso adequado de equipamentos;

Comunicao com o Vigia quando necessrio para permitir que o Vigia monitore o estado atual do trabalhador e permita que o Vigia alerte os trabalhadores da necessidade de abandonar o espao;

Alertas

Alertar o Vigia sempre que:

O trabalhador reconhea algum sinal de perigo ou sintoma de exposio a uma situao perigosa;

O trabalhador detecte uma condio proibida;

Abandono

A sada de um espao confinado deve ser processada o mais rpido possvel se:

O Vigia ou Supervisor de Entrada emitirem uma ordem de abandono;

O trabalhador reconhea algum sinal de perigo ou sintoma de exposio a uma situao perigosa;

Um alarme de abandono for ativado.

Deveres dos Vigias.

O empregador deve se assegurar que cada Vigia:

Conhea os riscos que possam ser enfrentados durante a entrada, incluindo informao sobre o modo, sinais ou sintomas e conseqncias da exposio.

Esteja ciente de possveis efeitos ambientais, dos riscos de exposio nos Trabalhadores Autorizados;

Mantenha continuamente uma contagem precisa do nmero de Trabalhadores Autorizados no espao confinado e assegure que os meios usados para identificar os trabalhadores autorizados sejam exatos na identificao dos trabalhadores que esto no espao confinado;

Permanea fora do espao confinado durante as operaes de entrada at que seja substitudo por um outro Vigia;

NOTA: Quando o Programa de Permisso de Entrada em espaos Confinados que requerem permisso de Entrada do empregador permite que o Vigia entre para resgate, os Vigias podem adentrar em um espao confinado se os mesmos tiverem sido treinados e equipados para operaes de resgate.

A comunicao com os Trabalhadores Autorizados necessria para monitorar o estado dos trabalhadores e para alert-los quanto necessidade de abandonar o espao confinado;

No realizar tarefas que possam comprometer o primeiro dever do Vigia que o de monitorar e proteger os trabalhadores autorizados;

Abandono

As atividades de monitoramento dentro e fora do espao determinam se h segurana para os trabalhadores permanecerem no espao confinado e ordenar aos trabalhadores autorizados o abandono do espao confinado imediatamente sob quaisquer das seguintes condies:

Se o Vigia detectar uma condio proibida;

Se o Vigia detectar os efeitos ambientais de uma exposio a risco num trabalhador autorizado;

Se um Vigia detectar uma situao externa ao espao que possa causar perigo aos trabalhadores autorizados;

Se o Vigia no puder desempenhar efetivamente e seguramente todos os seus deveres;

A chamada de resgate e outros servios de emergncia no puder ser atendida to cedo quanto determinar o Vigia que autorizou os trabalhadores e que possam necessitar desta assistncia para escapar dos riscos de um espao confinado;

Pessoas No Autorizadas

Tomar as seguintes aes quando as pessoas no autorizadas se aproximarem ou entrarem num espao confinado enquanto a entrada estiver transcorrendo:

Avisar as pessoas no autorizadas que elas devem sair ou ficar longe do espao confinado;

Avisar as pessoas no autorizadas que elas devem sair imediatamente caso elas tenham adentrado no espao confinado;

Informar aos trabalhadores autorizados e ao supervisor de entrada que pessoas no autorizadas entraram no espao confinado;

Realizar resgate de pessoas no autorizadas;

Os Deveres do Supervisor de Entrada.

O empregador dever assegurar que cada Supervisor de Entrada:

Conhea os riscos que possam ser encontrados durante a entrada, incluindo informao sobre o modo, sinais ou sintomas e conseqncias da exposio;

Verifique, pela checagem, que tenham sido feitas entradas apropriadas segundo a Permisso de Entrada e que todos os testes especificados na permisso tenham sido executados e que todos os procedimentos e equipamentos listados na permisso estejam no local antes que ocorra o endosso da permisso e permita que se inicie a entrada;

Cancele os procedimentos de entrada e a Permisso de Entrada quando necessrio;

Verifique que os Servios de Emergncia e Resgate estejam disponveis e que os meios para acion-los estejam operantes;

Remova as pessoas no autorizadas que entram ou que tentam entrar no espao confinado durante as operaes de entrada;

Determine, no caso de troca de turno do Vigia, que a responsabilidade pela operao de entrada no espao confinado seja transferida para o prximo vigia.

Mantenha as condies de entrada aceitveis.

Servios de Emergncia e Resgate:

Os seguintes requerimentos se aplicam aos empregadores que tenham trabalhadores que entrem em espaos confinados para executar os servios de resgate:

O empregador dever assegurar que cada membro do servio de resgate tenha equipamento de proteo individual e de resgate necessrios para realizar resgates de espaos confinados e sejam treinados no uso adequado dos mesmos.

Cada membro do servio de resgate dever ser treinado para desempenhar as tarefas de resgate designadas. Cada membro do servio de resgate dever tambm receber tambm o mesmo treinamento requerido para os Trabalhadores Autorizados.

Cada membro do servio de resgate dever praticar fazendo resgate de espaos confinados ao menos uma vez a cada doze meses, por meio de operaes de resgate simuladas nas quais eles removam manequins ou pessoas dos atuais espaos confinados ou espaos confinados representativos.

Espaos confinados representativos so os que, com respeito ao tamanho da abertura, configurao e meios de acesso, simulam os tipos de espaos confinados dos quais o resgate ser executado.

Cada membro do servio de resgate ser treinado em primeiros socorros bsicos e em reanimao cardiopulmonar (RCP). Ao menos um membro do servio de resgate dever estar disponvel e ter certificao atual em primeiros socorros e em RCP.

Servios de Terceiros

Quando um empregador contrata servios de terceiros para atuar no resgate de espaos confinados, o mesmo dever:

Informar ao servio de resgate dos riscos que eles podero encontrar quando chamados para realizar resgate numa instalao do empregador contratante;

Providenciar que o servio de resgate tenha acesso a todos os espaos confinados nos quais o resgate possa ser necessrio de tal forma que o servio de resgate possa desenvolver planos de resgate apropriados e operaes de resgate prticas;

Sistemas de Resgate

Os sistemas de resgate devero ter os seguintes requerimentos:

Para facilitar a retirada de pessoas do interior de espaos confinados sem que a equipe de resgate precise adentrar no mesmo, podero ser utilizados sistemas de resgate ou mtodos que sero utilizados sempre que um trabalhador autorizado entre em um espao confinado a menos que o equipamento de resgate aumente o risco geral da entrada ou no contribua para o resgate de um trabalhador.

Cada trabalhador autorizado usar um cinto de corpo inteiro ou de trax, com uma linha de resgate conectada no centro das costa do trabalhador prxima do nvel dos ombros, ou acima da cabea do trabalhador. Pulseiras podem ser usadas ao invs do cinto de corpo ou de trax. Se o empregador puder demonstrar que o uso de um cinto de corpo inteiro ou de trax invivel ou aumenta o risco e que o uso das pulseiras mais seguro e eficiente.

A outra extremidade da linha de resgate dever estar conectada a um dispositivo mecnico ou ponto fixo externo ao espao confinado de tal forma que o resgate possa comear logo que o socorrista perceber o risco. O dispositivo mecnico dever estar disponvel para resgatar pessoas de espaos confinados tpicos verticais com mais de 1,5 m de altura.

A folha de dados, ficha tcnica, bem como toda e qualquer informao de substncias txicas ou asfixiantes que possam estar presentes na atmosfera do espao confinado, dever estar disponvel na instalao mdica(onde o trabalhador exposto ser tratado), nas instalaes do empregador, com a equipe de resgate, o supervisor de entrada e tambm com o vigia, para o pronto atendimento de emergncia, no caso de um trabalhador ser afetado .

MATERIAIS TEIS NA REALIZAO DE SALVAMENTOS EM ESPAOS CONFINADOS

Como j foi mencionado, cada situao requer uma estratgia especfica. A retirada de uma vtima inconsciente de dentro de um tanque que possui a resduos qumicos, por exemplo, certamente dispender tcnicas e cuidados diferentes da retirada de uma vtima do interior de um motor em uma usina termoeltrica. No entanto, para que se esteja preparado para atuar com eficcia e brevidade, necessrio que se disponha de todo o aparato, para que nas emergncias, o material necessrio esteja prontamente disponvel.

Embora se saiba que muitas vezes o xito de uma operao se deva versatilidade, coragem e inteligncia dos homens envolvidos, a relao dos materiais abaixo descritos, apenas representa a situao ideal de aporte e segurana para os salvamentos em ambientes confinados.

Equipamentos de Proteo Individual:

Capacete;

Roupas de proteo qumica (nveis A, B e C);

Sistema de respirao autnoma com cilindro de fuga;

culos de segurana;

Luvas (PVC ou vaqueta);

Kit de salvamento em altura.

Equipamentos de Proteo Coletiva:

Exaustor;

Trip;

Iluminao;

Bomba porttil com resistncia qumica.

Equipamentos para Salvamento:

Prancha de imobilizao Off Shore;

Ked;

Colar cervical;

Cinto cadeira;

Capacete;

Corda esttica com 50 metros;

Fitas tubulares;

Mosqueto;

Desencarcerador hidrulico;

Moto Cortador;

Tirfor;

Croque;

Escada prolongvel;

Ferramentas pequenas (alicate, chaves de fenda, chaves combinadas, etc);

Instrumentos:

Rdios transceptores;

Detector de gases;

Explosmetro.

OBS.: todos os equipamentos eltricos, eletrnicos ou que produzam centelhas, devem ser a prova de exploso, ou seja, intrinsecamente seguros.

PROTOCOLO DE ATENDIMENTO A EMERGNCIAS EM AMBIENTES CONFINADOS

Como foi visto at aqui, muito ampla a gama de cenrios possveis em uma emergncia em ambiente confinado. No entanto, h como estabelecer, em linhas gerais, um plano de atuao abordando os cuidados necessrios para se garantir o mximo de segurana, tanto para a vtima como para o socorrista. Neste caso, o segredo est descrito nos seguintes passos:

1 passo: Agir em equipe

completamente incabvel uma ao planejada de resgate em ambiente confinado que envolva apenas um socorrista. A complexidade das operaes no salvamento mais simples, exige ao menos dois bombeiros preparados para fazer a interveno e a retirada de vtimas. E neste caso, o segundo homem atuar como vigia do primeiro. Em situaes com uma complexidade maior, a equipe mnima necessria ser de quatro homens.

2 passo: Identificar todos os riscos que a atividade envolve.

Alm de dispor e estar treinado para utilizar os equipamentos j citados anteriormente, importante que o socorrista seja assessorado por pelo menos um funcionrio que conhea os processos que envolvem o espao confinado onde ocorreu o acidente e esteja capaz de transmitir informaes precisas e seguras, tanto no que tange arquitetura do local, como s manobras necessrias para interromper todas as atividades inerentes a ele. Como j foi mencionado, o socorrista dever mensurar a presena dos riscos referentes a deficincia de oxignio; exposio a agentes perigosos; exploses e incndios; fatores mecnicos, eltricos e ergonmicos.

3 passo: Traar um planoque equilibre as trs vertentes: adequao aos recursos disponveis, rapidez e segurana.

Uma vez identificados os riscos, o socorrista dever planejar suas aes considerando todas as possibilidades de falhas e acidentes. O ideal que se elimine os riscos sempre que for possvel, e quando no for, escolher o EPI mais adequado para a viabilizao do servio. Exemplo: se o risco em uma determinada situao a eletrocusso, a melhor conduta seria desligar a fonte de energia, o que na maioria dos casos fcil. J em casos onde o risco seja a atmosfera contaminada com gases asfixiantes, caso no seja possvel purificar o ar do ambiente, a melhor conduta seria equipar-se com um kit de respirao autnoma.

4 passo: Ter em mente caminhos alternativospara se lanar mo sempre que for necessrio.

Caso a estratgia traada pelo socorrista seja inviabilizada por qualquer motivo, preciso que uma segunda conduta esteja previamente preparada, pois o tempo uma das variveis mais importantes e valiosas, e por isso no poder ser desperdiado.

5 passo: Escolher o EPI adequado e equipar-se corretamente.

A escolha do EPI algo que exige bastante preparo tcnico. evidente que o mau uso do equipamento correto, ou a escolha de uma equipamento aqum do necessrio, convergiro inevitavelmente para o fracasso da operao, por outro lado, o EPI muitas vezes restringe as aes e a mobilidade do socorrista, o que da mesma forma, poder prejudicar o xito no salvamento se houver exagero na sua escolha.

6 passo: Tomar providncias que garantam a manuteno de todas as manobrasde segurana durante a realizao do servio.

Esta a etapa mais importante e mais difcil a ser realizada, pois exige o conhecimento a cerca dos processos especficos do ambiente em questo. Consiste em providenciar o fechamento de vlvulas ou o bloqueio de tubulaes, o corte da energia eltrica, o estabelecimento de exaustores e etc, sempre mantendo algum tipo de proteo que assegure que nenhuma dessas medidas seja violada. Este intento alcanado por meio de sinalizaes; uso de cadeados ou trancas; superviso ou ainda, a pelo uso simultneo de todos esses recursos.

Os aes de resgate devem ser estabelecidas antes da entrada e devem ser especficos para cada tipo de espao confinado. Dever haver um socorrista adicional, pronto para entrar em ao a cada interveno que for planejada. O socorrista reserva, dever estar equipado com todo o aparato de resgate, incluindo kit de respirao autnoma, roupas de proteo, calados adequados, etc. Os procedimentos de resgates devem ser freqentemente treinados, para prover um alto nvel na qualidade no socorro, garantindo uma resposta calma e efeciente para todas as emergncias.

Condies do Trabalhador

Todo trabalhador deve:

Ser qualificado

No apresente transtorno ou doena que possam ser desencadeadas ou agravadas durante a realizao do trabalho em ambientes confinados.Estar psicologicamente preparado para o trabalho nas condies especiais que representam o espao confinado. Devem ter suficiente grau de instruo que o permita compreender o treinamento ministrado para ao trabalho.

Evitar o excesso de peso;

No deve ser portador de alergia respiratria como asma, rinite alrgica, pois necessitar usar muitas vezes mscara contra poeira, vapores e gases, ou suprimento de ar puro;

No deve ser portador de doena cardiovascular como hipertenso arterial, arritmias cardacas, insuficincia coronariana.

No deve ser portador de transtornos mentais e neurolgicos como ansiedade, esquisofrenia, depresso, distrbio bipolar, esquizofrenia, epilepsia, fobia de altura (acrofobia), fobia de locais fechados (claustrofobia) e outras.

No deve ser portador quaisquer doenas na fase aguda contra-indicam o trabalho em espaos confinados desde uma gripe, sinusite, dermatoses e outras.

Riscos a Sade

Asfixia :Existem riscos a vida e a sade. A falta de oxignio pode causar asfixia e morte. Antes disso o trabalhador poder ficar desorientado, confuso, agitado e inadvertidamente pensaro que estar tendo uma crise nervosa. Esses so sintomas de asfixia, como ocorre com uma pessoa est se afogando.

Outro risco a presena de gs ou vapor txico, sendo muito comum se encontrar gs sulfdrico, aquele com cheiro de ovo podre. O H2S muito comum nas galerias de esgoto, estaes subterrneas de energia eltrica, minas. Tambm o asfixiante simples metano pode ser encontrado nos espaos confinados deslocando o oxignio.

So produzidos pela decomposio da matria orgnica. Vrias doenas causadas por micro-organismo (vrus, bactrias, helmintos e protozorios) podem ser adquiridas quando as regras bsicas de proteo so desrespeitadas. A mais comum a Leptospirose transmitida pela urina de rato contaminada pela bactria Leptospira. Esta doena poder causar a morte por hepatite aguda fulminante ou Insuficincia renal aguda.

Hepatite A outra doena comum de ocorrer perfeitamente evitvel atravs da vacinao e medidas adequadas de proteo ao trabalhador.

Infeces da pele podem ser causadas pelo contato com matria orgnica infectada de microorganismo. Todas evitveis com o uso de equipamentos de proteo adequados.

As doenas decorrentes dos produtos qumicos usados na limpeza de tanques, reatores e outros equipamentos. Os contatos com a pele, mucosas e vias respiratrias podem causar desde irritao at intoxicaes generalizadas.

Inalao dos fumos das soldas ou a ao das radiaes no ionizantes procedentes do trabalho com solda e corte nesses ambientes tambm propiciam leso na pele, olhos e vias areas.

Porque as doenas ocorrem

Existem vrios motivos. A m ventilao dos espaos confinados predispe a diversas doenas respiratrias. A falta de EPI ou o uso inadequado dos mesmos. A falta de higiene da pele e do EPI. O desconhecimento dos fatores de risco ou certo grau de negligncia.

Como trat-las?

O melhor tratamento a preveno. Cada caso deve ser tratado de acordo com sua especificidade. No caso de asfixia o resgate deve ser imediato, a vtima deve ser colocada em local arejado, sem substncias txicas, e ser adequadamente ventilada com oxignio e a seguir removido para o servio mdico da empresa ou hospital. Quando houver contaminao do vesturio, este deve ser substitudo imediatamente para que seja evitado o contato com a pele. Em caso de contato cutneo deve-se providenciar a imediata remoo da substncia txica da pele.

Como preveni-las?

O trabalhador necessita ser adequadamente informado dos fatores de riscos existentes no espao confinado e principalmente compreender a natureza desses riscos e como enfrent-los. Deve conhecer bem a razo para usar os equipamentos de proteo individual, dos procedimentos de comunicao com o observador (vigia) e do sistema de resgate em caso de alguma anormalidade. Trabalhadores sem boas condies fsicas e psquicas no devem trabalhar nos ambientes confinado.

importante ressaltar que para que os sintomas e leses sejam minimizados preciso um bom sistema de intercomunicao e resgate. Quanto mais tempo se perder no resgate maiores sero as chances de complicaes.

Os trabalhadores em geral deveriam obrigatoriamente ser vacinados contra o ttano. Aqueles que forem trabalhar em locais com material biolgico deveriam ser vacinados contra a hepatite A e por extenso contra a hepatite B. Estes tambm deveriam receber no incio do outono a vacina anti-gripal. Outras vacinas dependeriam da realidade epidemiolgica da regio onde os trabalhos sero realizados. Por exemplo, aqueles que necessitarem trabalhar na regio onde a febre amarela endmica tambm deveriam receber a vacina contra essa doena pelo menos 10 dias antes de irem para o local de trabalho.

Texto da NR Em Consulta Publica

MINISTRIO DO TRABALHO E EMPREGOSECRETARIA DE INSPEO DO TRABALHOPORTARIA N 30, DE 22 DE OUTUBRO DE 2002Divulgar para consulta pblica a proposta de texto de criao da Norma Regulamentadora N. 31 - Segurana e Sade nos Trabalhos em Espaos Confinados.

A SECRETRIA DE INSPEO DO TRABALHO e o DIRETOR DO DEPARTAMENTO DE SEGURANA E SADE NO TRABALHO, no uso de suas atribuies legais e considerando o estabelecido na Portaria MTB n 393/96 resolvem: Art. 1 - Divulgar para consulta pblica o texto anexo de proposta da Norma Regulamentadora N 31- Segurana e Sade nos Trabalhos em Espaos Confinados.Art. 2 - Fixar o prazo de 90 (noventa) dias, aps a publicao deste ato, para o recebimento de sugestes ao texto, que devero ser encaminhadas para: MINISTRIO DO TRABALHO E EMPREGODepartamento de Segurana e Sade no TrabalhoEsplanada dos Ministrios, Bloco F, Edifcio Anexo, 1 andar, Ala "B" - CEP 70059-900 - Braslia / DF

Art. 3 - Esta portaria entra em vigor na data de sua publicao.

VERA OLMPIA GONALVES

Secretria de Inspeo do Trabalho

JUAREZ CORREIA BARROS JUNIOR

Diretor do Departamento de Segurana e Sade no Trabalho

NR 31 - NORMA REGULAMENTADORA DE SEGURANA E SADE NOS TRABALHOS EM ESPAOS CONFINADOS

31.1 - Objetivo, definio e atribuies.

31.1.1 - Esta Norma tem como objetivo estabelecer os requisitos mnimos para identificao de espaos confinados, seu reconhecimento, monitoramento e controle dos riscos existentes, de forma a garantir permanentemente a segurana e sade dos trabalhadores.

31.1.2 - Espao confinado qualquer rea no projetada para ocupao humana que possua ventilao deficiente para remover contaminantes, bem como a falta de controle da concentrao de oxignio presente no ambiente.

31.1.3 - Cabe ao empregador:

a)indicar o responsvel tcnico pelo cumprimento desta norma; b) identificar os espaos confinados existentes no estabelecimento ou de sua responsabilidade; c) identificar os riscos especficos de cada espao confinado; d) implementar a gesto em segurana e sade no trabalho de forma a garantir permanentemente ambientes e condies adequadas de trabalho;

e) garantir a capacitao permanente dos trabalhadores sobre os riscos, as medidas de controle, de emergncia e resgate em espaos confinados;

f) garantir que o acesso a espao confinado somente ocorra aps a emisso da Permisso de Entrada, conforme anexo II desta NR; g) fornecer s empresas contratadas informaes sobre os riscos potenciais nas reas onde desenvolvero suas atividades; h) acompanhar a implementao das medidas de segurana e sade dos trabalhadores das empresas contratadas provendo os meios e condies para que possam atuar em conformidade com esta NR; i) interromper todo e qualquer tipo de trabalho nos casos de suspeio de condio de risco grave e iminente, procedendo imediata evacuao do local; j) garantir informaes atualizadas sobre os riscos e medidas de controle antes de cada acesso aos espaos confinados; k) garantir que os trabalhadores possam interromper suas atividades e abandonar o local de trabalho sempre que suspeitarem da existncia de risco grave e iminente para sua segurana e sade ou a de terceiros; l) implementar as medidas de proteo necessrias para o cumprimento desta NR.

31.1.4 - Cabe aos trabalhadores:

a) colaborar com a empresa no cumprimento desta NR; b) utilizar adequadamente os meios e equipamentos fornecidos pela empresa; c) comunicar aos responsveis as situaes de risco para sua segurana e sade ou de terceiros, que sejam do seu conhecimento;

31.2 - Gesto de segurana e sade nos trabalhos em espaos confinados

31.2.1 - A gesto de segurana e sade deve ser implementada, no mnimo, pelas seguintes aes: a) antecipar, reconhecer, identificar, cadastrar e sinalizar os espaos confinados para evitar o acesso de pessoas no autorizadas; b) estabelecer medidas para isolar, sinalizar, eliminar ou controlar os riscos do espao confinado; c) controlar o acesso aos espaos confinados procedendo implantao de travas e bloqueios; d) implementar medidas necessrias para eliminao ou controle das atmosferas de risco em espaos confinados; e) desenvolver e implementar procedimentos de coordenao de entrada que garantam informaes, conhecimento e segurana a todos os trabalhadores; f) desenvolver e implantar um procedimento para preparao, emisso, uso e cancelamento de permisses de entrada; g) estabelecer procedimentos de superviso dos trabalhos e trabalhadores dentro de espaos confinados; h) monitorar a atmosfera nos espaos confinados para verificar se as condies de acesso e permanncia so seguras.

31.3 - Medidas de proteo

31.3.1 - As medidas para implantao e reviso do sistema de permisso de entrada em espaos confinados devem incluir, no mnimo: a) afixar na entrada de cada espao confinado avisos de advertncia, conforme o anexo I da presente norma; b) emitir ordem de bloqueio e ordem de liberao do espao confinado, respectivamente, antes do incio dos servios e aps a concluso dos mesmos; c) assegurar que o acesso ao espao confinado somente seja iniciado com acompanhamento e autorizao de superviso qualificada; d) designar as pessoas que participaro das operaes de entrada, identificando os deveres de cada trabalhador e providenciando o treinamento requerido;

e) garantir que as avaliaes iniciais sejam feitas fora do espao confinado;f)proibir a ventilao com oxignio;g) disponibilizar os procedimentos e permisso de entrada para o conhecimento dos trabalhadores autorizados, seus representantes;h) testar e calibrar os equipamentos antes de cada utilizao;i) utilizar equipamento de leitura direta, intrinsicamente seguro, protegido contra emisses eletromagnticas ou interferncias de radio-freqncias providos com alarme;j) encerrar a permisso de entrada quando as operaes forem completadas, ocorrer uma condio no prevista ou quando houver pausa ou interrupo dos trabalhos;k) manter arquivados os procedimentos e permisses de entrada;l) utilizar equipamentos e instalaes, inclusive o sistema de iluminao fixa ou porttil, certificados no mbito do Sistema Brasileiro de Avaliao da Conformidade, em locais onde h presena de atmosfera potencialmente explosiva;

31.3.2 - vedada a realizao de qualquer trabalho de forma individualizada ou isolada em espaos confinados.

31.3.3 - Todo trabalho realizado em espao confinado deve ser acompanhado por superviso capacitada para desempenhar as seguintes funes:a) emitir ordem de bloqueio dos espaos confinados antes do incio das atividades;b) executar os testes, conferir os equipamentos e os procedimentos contidos na Permisso de Entrada;c) cancelar a Permisso de Entrada quando necessrio;d) manter o monitoramento e a contagem precisa do nmero de trabalhadores autorizados no espao confinado e assegurar que todos saiam ao trmino dos trabalhos;e) permanecer fora do espao confinado mantendo contato permanente com os trabalhadores autorizados;f) adotar os procedimentos de emergncia e resgate quando necessrio;g) operar os equipamentos de movimentao ou resgate de pessoas;h) ordenar o abandono do espao confinado sempre que reconhecer qualquer indcio de situao no prevista ou quando no puder desempenhar efetivamente suas tarefas; i) emitir ordem de liberao dos espaos confinados aps o trmino dos servios.

31.3.4 - A Permisso de Entrada deve conter, no mnimo, as informaes previstas no anexo II desta NR.

31.3.5 - Os equipamentos de proteo e resgate devem estar disponveis e em condies imediatas de uso;

31.3.6 - A Permisso de Entrada vlida somente para cada entrada;

31.3.7 - Os trabalhos quente, tais como solda, queima, esmerilhamento, corte ou outros que liberem chama aberta, fascas ou calor, somente podero ser autorizados aps a implantao de medidas especiais de controle.

31.3.8 - Os procedimentos para trabalho em espaos confinados e a Permisso de Entrada devem ser avaliados e revisados no mnimo uma vez ao ano ou sempre que houver alterao dos riscos, devendo ser encaminhados para apreciao por parte da CIPA, onde houver, ou do designado.

31.3.9 - Os procedimentos de entrada em espaos confinados devem ser revistos quando da ocorrncia de qualquer uma das circunstncias abaixo:a) entrada no autorizada num espao confinado;b) identificao de riscos no descritos na Permisso de Entrada;c) acidente, incidente ou condio imprevista durante a entrada;d) qualquer mudana na atividade desenvolvida ou na configurao do espao confinado;e) identificao de condio de trabalho mais segura.

31.3.10 - todo trabalhador designado para trabalhos em espaos confinados deve ser submetido a exames mdicos especficos para a funo que ir desempenhar, conforme estabelece a NR-07, com a emisso do respectivo Atestado de Sade Ocupacional (ASO).

31.3.11 - Cabe ao empregador garantir que todos os trabalhadores que adentrarem em espaos confinados disponham de, no mnimo:a) equipamento de comunicao;b) dispositivo de iluminao; ec) equipamento de proteo individual adequado ao risco, conforme estabelecido na NR 6.

31.3.13 - Na impossibilidade de identificao dos riscos existentes ou atmosfera IPVS, o espao confinado somente poder ser adentrado com a utilizao de mscara autnoma de demanda com presso positiva ou com respirador de linha de ar comprimido com cilindro auxiliar para escape.

31.3.14 - Quando o responsvel tcnico constatar que o espao confinado no possui riscos potenciais que requeiram procedimentos de trabalho especiais, este deve emitir um documento onde conste a identificao do espao, a data e sua assinatura, certificando que todos os riscos foram eliminados.

31.3.14.1 - A documentao descrita no "caput" deve ser mantida no estabelecimento a disposio dos trabalhadores e seus representantes.

31.3.15 - Nos estabelecimentos onde ocorrerem espaos confinados devem ser observadas, de forma complementar a presente NR, a NBR 14606 - Postos de Servio - Entrada em espao confinado e a NBR 14787 - Espao Confinado - Preveno de acidentes, procedimentos e medidas de proteo.

31.4 - Capacitao para trabalhos em espaos confinados

31.4.1 - O empregador deve desenvolver programas de capacitao sempre que ocorrer qualquer das seguintes situaes: a) antes que o trabalhador seja designado para desempenhar atividades em espaos confinados;b) antes que ocorra uma mudana no trabalho;c) na ocorrncia de algum evento que indique a necessidade de novo treinamento;d) pelo menos uma vez ao ano.

31.4.2 - O programa de capacitao deve possuir no mnimo:a) contedo programtico versando sobre: definies; identificao de espao confinado; reconhecimento, avaliao e controle de riscos; funcionamento de equipamentos utilizados; tcnicas de resgate e primeiros socorros; utilizao da Permisso de Entrada.b) carga horria adequada a cada tipo de trabalho, estabelecida a critrio do responsvel tcnico, devendo possuir no mnimo oito horas, sendo quatro horas de treinamento terico e quatro horas de treinamento prtico;c) instrutores designados pelo responsvel tcnico, devendo os mesmos possuir proficincia no assunto;d) informaes que garantam ao trabalhador, ao trmino do treinamento, condies para desempenhar com segurana os trabalhos para os quais seja designado.

31.4.3 - vedada a designao para trabalhos em espaos confinados sem a prvia capacitao do trabalhador.

31.4.4 - O contedo programtico das capacitaes devem ser mantidos na empresa a disposio dos trabalhadores e seus representantes.

31.4.5 - Ao trmino do treinamento dever ser emitido um certificado contendo o nome do trabalhador, contedo programtico, a especificao do tipo de trabalho e espao confinado, data e local de realizao do treinamento, assinaturas dos instrutores e do responsvel tcnico.

31.4.6 - Uma cpia do certificado dever ser entregue ao trabalhador e outra arquivada na empresa.

31.5 - Medidas de emergncia e resgate

31.5.1 - O empregador deve elaborar e implantar procedimentos de emergncia e resgate adequados aos espaos confinados incluindo, no mnimo:a) identificao dos riscos potenciais atravs da Anlise Preliminar de Riscos - APR;b) descrio das medidas de salvamento e primeiros socorros a serem executadas em caso de emergncia;c) utilizao dos equipamentos de comunicao, iluminao de emergncia, resgate e primeiros socorros;d) designao de pessoal responsvel pela execuo das medidas de resgate e primeiros socorros para cada servio a ser realizado;e) exerccio anual em tcnicas de resgate e primeiros socorros em espaos confinados simulados.

ANEXO I - SINALIZAO DE IDENTIFICAO DE ESPAO CONFINADO.

ANEXO II - MODELO DE PERMISSO DE ENTRADA EM ESPAO CONFINADO

Nome da Empresa:________________________________________Local de Trabalho: ________________Espao Confinado:_________Data e Horrio da Emisso: _____________________Data e Horrio do Trmino:_____________________Trabalho a ser Realizado:_______________________Trabalhadores Autorizados:_____________________Vigia:_________________ Pessoal de Resgate:__________________

Telefones e Contatos: Ambulncia: _________ Bombeiros:_________ Segurana:__________

REQUERIMENTOS QUE DEVEM SER COMPLETADOS ANTES DA ENTRADA

Descrio dos espaos adjacentes _____________________________

1. Isolamento - rea de Segurana (sinalizada com cartaz) - Isolada e/ou bloqueada por cercas, cones, cordas, faixas, barricadas, correntes e/ou cadeados. __________S( ) N( )

2. Bloqueios e Desconexes - caldeiras, bombas, geradores, quadros, circuitos eltricos e linhas desenergizadas, desligados e isolados; tubulao, linhas e dutos, bloqueados, isolados, travados e/ou desconectados ___________ N/A( ) S( ) N( )

3. Avaliao Inicial da Atmosfera: Horrio _____________________Oxignio ___________________________________________% O2Inflamveis _________________________________________ %LIEGases/vapores txicos __________________________________ ppmPoeiras/fumos/nvoas txicas_____________________________________________ mg/m3Nome Legvel / Assinatura do Responsvel pelas Avaliaes:_____

4. Purga, Inertizao e/ou Lavagem______ N/A( ) S( ) N( )

5. Ventilao - tipo e equipamento___________ N/A ( ) S( ) N( )

6. Avaliao aps purga, inertizao e/ou ventilao: Horrio _______Oxignio ________________________% O2 > 19,5% ou < 23,0 %Inflamveis ____________________________________%LIE < 10%Gases/vapores txicos __________________________________ ppmPoeiras/fumos/nvoa txicos_____________________________________________ mg/m3Nome Legvel/Assinatura do Responsvel pelas Avaliaes:______________________________________________

7. Iluminao Geral (a prova de exploso?)_______ N/A( ) S( ) N( )

8. Procedimentos de Comunicao: ___________ N/A( ) S( ) N( )

9. Procedimentos de Resgate: ________________ N/A( ) S( ) N( )

10. Equipamentos:Equipamento de monitoramento de gases de leitura direta com alarmes?___________________________________N/A( ) S( ) N( )Lanternas ?________________________________ N/A( ) S ( ) N( )Extintores de incndio ?_____________________ N/A( ) S( ) N( )Roupa de proteo, Capacetes, botas, luvas, protetor auricular e ocular?________ ____________________________N/A( ) S( ) N( )Equipamentos de proteo respiratria?__________ N/A( ) S( ) N( )Cintos de segurana e linhas de vida para os trabalhadores autoriza-dos ? _____________________________________ N/A( ) S( ) N( )Cintos de segurana e linhas de vida para a equipe de resga-te?_______________________________________N/A( ) S( ) N( )Equipamento de iamento? ___________________ N/A( ) S( ) N( )Equipamento de Comunicao _________________N/A( ) S( ) N( )Equipamento de respirao autnoma para os trabalhadores autorizados ? _______________________________N/A( ) S( ) N( )Equipamento de respirao autnoma para a equipe de resgate?___________________________________ N/A( ) S( ) N( )Equipamentos eltricos e outros prova de exploso?_________________________________ N/A( ) S( ) N( )

11. Treinamento de Todos os Trabalhadores? atual?__________________________________ N/A( ) S( ) N( )

ENTRADA AUTORIZADA POR __________________________(nome legvel e assinatura)

REQUERIMENTOS QUE DEVEM SER COMPLETADOS DURANTE O DESENVOLVIMENTO DOS TRABALHOS.

12. Medies Peridicas: Horrio_____________________________Oxignio _________________________% O2 > 19,5% ou < 23,0 %Inflamveis ___________________________________% LIE < 10%Gases/vapores txicos _________________________________ ppmPoeiras/fumos/nvoas txicas __________________________mg/m3Nome Legvel / Assinatura do Responsvel pelas Avaliaes: ________________________________________________________

13. Permisso de Trabalhos Quente - Operaes de solda, queima, esmerilhamento e ou outros trabalhos que liberem chama aberta, fascas ou calor esto autorizados com as respectivas medidas de controle de engenharia, administrativas e pessoais _________________________________N/A( ) S( ) N( )

Procedimentos de Emergncia e Resgate: ____________________

A entrada no pode ser permitida se algum campo no for preenchido ou contiver a marca na coluna "no". Obs.: "N/A" no se aplica, "S" sim e "N" no.

Qualquer sada por qualquer motivo implica na emisso de nova Permisso de Entrada.

Esta Permisso de Entrada e todas as cpias devero ficar no local de trabalho at o trmino do trabalho, logo aps devero ser arquivadas no SESMT.

As informaes contidas neste documento foram emitidas, recebidas, compreendidas e so expresso da atual condio operacional do Espao Confinado, permitindo-se desta forma a Entrada no Espao Confinado e o desenvolvimento de trabalhos no seu interior.

Elaborada por: Nome Legvel / Assinatura Responsvel Tcnico:_________________________________________________

Preenchida por: Nome Legvel / Assinatura Supervisor de Entrada_________________________________________________

ANEXO III - GLOSSRIO

Anlise Preliminar de Risco (APR): avaliao inicial dos riscos potenciais, suas causas, conseqncias e medidas de controle.Atmosfera IPVS: atmosfera imediatamente perigosa vida e sade.Avaliaes iniciais da atmosfera: conjunto de medies preliminares realizadas na atmosfera do espao confinado.Bloqueios: dispositivos que impedem a liberao de energias perigosas tais como: presso, vapor, fluidos, combustveis, gua, esgotos e outros.Contaminantes: referem-se aos gases, vapores, nvoas, fumos e poeiras presentes na atmosfera do espao confinado.Deficincia de Oxignio: atmosfera contendo menos de 19,5% de oxignio em volume.Engolfamento: a captura de uma pessoa por lquidos ou slidos finamente divididos que possam ser aspirados causando a morte por enchimento ou obstruo do sistema respiratrio, ou que possa exercer fora suficiente no corpo para causar morte por estrangulamento, constrio ou esmagamento.Enriquecimento de Oxignio: atmosfera contendo mais de 23% de oxignio em volume.Folha de Permisso de Entrada (FPE): documento escrito contendo o conjunto de medidas de controle, visando a entrada e desenvolvimento de trabalho seguro e medidas de emergncia e resgate em espaos confinados.Inertizao: deslocamento da atmosfera por um gs inerte, resultando numa atmosfera no combustvel.Intrinsecamente Seguro: situao em que o equipamento no capaz de liberar energia eltrica ou trmica suficientes, para em condies normais ou anormais, causar a ignio de uma dada atmosfera explosiva, conforme expresso no certificado de conformidade do equipamento.Medidas especiais de controle: medidas adicionais de controle necessrias para permisso de trabalho em espaos confinados em situaes peculiares, tais como trabalhos a quente, atmosferas IPVS ou outras.Ordem de Bloqueio: ordem de suspenso de operao normal do espao confinado.Ordem de Liberao: ordem de reativao de operao normal do espao confinado.Proficincia: competncia, aptido, capacidade e habilidade aliadas experincia.Purga: mtodo pelo quais gases, vapores e impurezas so retirados dos espaos confinados.Incidente: qualquer evento no programado que possa indicar a possibilidade de ocorrncia de acidente.Responsvel Tcnico: profissional habilitado e qualificado para identificar os espaos confinados existentes na empresa e elaborar as medidas de engenharia, administrativas, pessoais e de emergncia e resgate.Sistema de Permisso de Entrada em Espaos Confinados: procedimento escrito para preparar uma permisso de entrada segura e para o retorno do espao confinado ao servio depois do trmino dos trabalhos.Supervisor de Entrada: tcnico encarregado para operacionalizar a permisso de entrada, responsvel pelo acompanhamento, comunicao e ordem de abandono para os trabalhadores.Travas: dispositivo que utiliza um meio tal como chave ou cadeado para garantir isolamento de dispositivos que liberem energia eltrica ou mecnica.

NBR 14787

Proteo dos trabalhadores e do local de trabalho contra os riscos de entrada em espaos confinados.

Sumrio

Prefcio

1 Objetivo

2 Referncias normativas

3 Definies

4 Requisitos

5 Programa de entrada em espao confinado

6 Equipamentos

7 Reconhecimento e avaliao

8 Procedimentos gerais

9 Procedimento de permisso de entrada

10 Permisso de entrada

11 Treinamento

12 Deveres

13 Servios de emergncia e resgate

ANEXOS

A Permisso de entrada em espao confinado

B Bibliografia

Prefcio

A ABNT - Associao Brasileira de Normas Tcnicas - o Frum Nacional de Normalizao. As Normas Brasileiras, cujo contedo de responsabilidade dos Comits Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalizao Setorial (ABNT/ONS), so elaboradas por Comisses de Estudo (ABNT/CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratrios e outros).

Os Projetos de Norma Brasileira, elaborados no mbito dos ABNT/CB e ABNT/ONS, circulam para Consulta Pblica entre os associados da ABNT e demais interessados.

Esta Norma contm os anexos A e B, de carter informativo.

1 Objetivo

Esta Norma estabelece os requisitos mnimos para proteo dos trabalhadores e do local de trabalho contra os riscos de entrada em espaos confinados.

2 Referncias normativas

As normas relacionadas a seguir contm disposies que, ao serem citadas neste texto, constituem prescries para esta Norma. As edies indicadas estavam em vigor no momento desta publicao. Como toda norma est sujeita a reviso,

Recomenda-se aqueles que realizam acordos com base nesta que verifiquem a convenincia de se usarem as edies mais recentes das normas citadas a seguir. A ABNT possui a informao das normas em vigor em um dado momento.

NR 7 - Norma Regulamentadora do programa de controle mdico de sade ocupacional da Portaria 3214/78 do Ministrio do Trabalho e Emprego

NR 15 - Norma Regulamentadora de atividades e operaes insalubres da Portaria 3214/78 do Ministrio do Trabalho e Emprego

3 Definies

3.1 abertura de linha: Alvio intencional de um tubo, linha ou duto que esteja transportando ou tenha transportado substncias txicas, corrosivas ou inflamveis, um gs inerte ou qualquer fluido em volume, presso ou temperatura capaz de causar leso.

3.2 aprisionamento: Condio de reteno do trabalhador no interior do espao confinado, que impea sua sada do local pelos meios normais de escape ou que possa proporcionar leses ou a morte do trabalhador.

3.3 rea classificada: rea na qual uma atmosfera explosiva de gs est presente ou na qual provvel sua ocorrncia a ponto de exigir precaues especiais para construo, instalao e utilizao de equipamento eltrico.

3.4 atmosfera pobre em oxignio: Atmosfera contendo menos de 19,5% de oxignio em volume.

3.5 atmosfera rica em oxignio: Atmosfera contendo mais de 23% de oxignio em volume.

3.6 atmosfera de risco: Condio em que a atmosfera, em um espao confinado, possa oferecer riscos ao local e expor os trabalhadores ao perigo de morte, incapacitao, restrio da habilidade para auto-resgate, leso ou doena aguda causada por uma ou mais das seguintes causas:

a) gs/vapor ou nvoa inflamvel em concentraes superiores a 10% do seu limite inferior de explosividade (LIE)

(lower explosive limit - LEL);

b) poeira combustvel visvel em uma concentrao que se encontre ou exceda o limite inferior de explosividade (LIE)

(lower explosive limit - LEL);

NOTAS

1 Misturas de ps combustveis com ar somente podem sofrer ignio dentro de suas faixas explosivas, as quais so definidas pelo limite inferior de explosividade (LIE) e o limite superior de explosividade (LSE).

O LIE est geralmente situado entre 20 g/m3 e 60 g/m3 (em condies ambientais de presso e temperatura), ao passo que o LSE situa-se entre 2 kg/m3 e 6 kg/m3 (nas mesmas condies ambientais de presso e temperatura); se as concentraes de p puderem ser mantidas fora dos seus limites de explosividade, as exploses de p sero evitadas.

2 As camadas de poeiras, diferentemente dos gases e vapores, no so diludas por ventilao ou difuso aps o vazamento ter cessado.

3 A ventilao pode aumentar o risco, criando nuvens de poeira, resultando num aumento da extenso.

4 As camadas de poeira depositadas podem criar um risco cumulativo, enquanto gases ou vapores no.

5 Camadas de poeira podem ser objeto de turbulncia inadvertida e se espalhar, pelo movimento de veculos, pessoas, etc.

c) concentrao de oxignio atmosfrico abaixo de 19,5% ou acima de 23% em volume;

d) concentrao atmosfrica de qualquer substncia cujo limite de tolerncia seja publicado na NR-15 do Ministrio do

Trabalho e Emprego ou em recomendao mais restritiva (ACGIH), e que possa resultar na exposio do trabalhador acima desse limite de tolerncia;

e) qualquer outra condio atmosfrica imediatamente perigosa vida ou sade - IPVS.

NOTA - IPVS - tambm conhecido como IDLH - Immediately dangerous to health and life.

3.7 auto-resgate: Capacidade desenvolvida pelo trabalhador atravs de treinamento, que possibilita seu escape com segurana de ambiente confinado em que entrou em IPVS.

3.8 avaliao de local: Processo de anlise onde os riscos aos quais os trabalhadores possam estar expostos num espao confinado so identificados e quantificados. A avaliao inclui a especificao dos ensaios que devem ser realizados e os critrios que devem ser utilizados.

NOTA - Os ensaios permitem aos responsveis planejar e implementar medidas de controle adequadas para proteo dos trabalhadores autorizados e para garantir que as condies de entrada esto aceitveis e podero ser mantidas durante a execuo do servio.

3.9 condio de entrada: Condies ambientais que devem permitir a entrada em um espao confinado onde haja critrios tcnicos de proteo para riscos atmosfricos, fsicos, qumicos, biolgicos e/ou mecnicos que garantam a segurana dos trabalhadores.

3.10 condio imediatamente perigosa vida ou sade (IPVS): Qual quer condio que cause uma ameaa imediata vida ou que possa causar efeitos adversos irreversveis sade ou que interfira com a habilidade dos indivduos para escapar de um espao confinado sem ajuda.

NOTA - Algumas substncias podem produzir efeitos transientes imediatos que, apesar de severos, possam passar sem ateno mdica, mas so seguidos de repentina possibilidade de colapso fatal aps 12 h a 72 h de exposio. A vtima pode no apresentar sintomas de mal-estar durante a recuperao dos efeitos transientes, porm est sujeita a sofrer um colapso. Tais substncias em concentraes perigosas so consideradas como sendo "imediatamente" perigos a vida ou sade.

3.11 condio proibitiva de entrada: Qualquer condio de risco que no permita a entrada em um espao confinado.

3.12 emergncia: Qualquer interferncia (incluindo qualquer falha nos equipamentos de controle e monitorao de riscos) ou evento interno ou externo, no espao confinado, que possa causar perigo aos trabalhadores.

3.13 engolfamento/envolvimento: Condio em que uma substncia slida ou lquida, finamente dividida e flutuante na atmosfera, possa envolver uma pessoa e, no processo de inalao, possa causar inconscincia ou morte por asfixia.

3.14 entrada: Ao pela qual as pessoas ingressam atravs de uma abertura para o interior de um espao confinado. Essa ao passa a ser considerada como tendo ocorrido logo que alguma parte do corpo do trabalhador ultrapasse o plano de uma abertura do espao confinado.

3.15 equipamentos de resgate: Materiais necessrios para a equipe de resgate utilizar nas operaes de salvamento em espaos confinados.

3.16 equipamento intrinsecamente seguro (Ex-i): Situao em que um equipamento no capaz de liberar energia eltrica (fasca) ou trmica suficiente para, em condies normais (isto , abrindo ou fechando o circuito) ou anormais (por exemplo, curto-circuito ou falta terra), causar a ignio de uma dada atmosfera explosiva, conforme expresso no certificado de conformidade do equipamento.

3.17 equipe de resgate: Pessoal capacitado e regularmente treinado para retirar os trabalhadores dos espaos confinados em situao de emergncia e prestar-lhes os primeiros-socorros.

3.18 espao confinado: Qualquer rea no projetada para ocupao contnua, a qual tem meios limitados de entrada e sada e na qual a ventilao existente insuficiente para remover contaminantes perigosos e/ou deficincia/enriquecimento de oxignio que possam existir ou se desenvolver.

3.19 espao confinado simulado: Espao confinado representativo em tamanho de abertura, configurao e meios de acesso para o treinamento do trabalhador, que no apresenta riscos.

3.20 inertizao: Procedimento de segurana num espao confinado que visa evitar uma atmosfera potencialmente explosiva atravs do deslocamento da mesma por um fluido inerte. Este procedimento produz uma atmosfera IPVS deficiente de oxignio.

3.21 isolamento: Separao fsica de uma rea ou espao considerado prprio e permitido ao adentramento de uma rea ou espao considerado imprprio (perigoso) e no preparado ao adentramento.

3.22 limite inferior de explosividade (LIE): Mnima concentrao na qual a mistura se torna inflamvel.

3.23 limite superior de explosividade (LSE): Concentrao em que a mistura possui uma alta porcentagem de gases e vapores, de modo que a quantidade de oxignio to baixa que uma eventual ignio no consegue se propagar pelo meio.

3.24 Permisso de entrada: Autorizao escrita que fornecida pelo empregador, ou seu representante com habilitao legal, para permitir e controlar a entrada em um espao confinado.

3.25 permisso para trabalho a quente: Autorizao escrita do em pregador, ou seu representante com habilitao legal, para permitir operaes capazes de fornecer uma fonte de ignio.

3.26 procedimento de Permisso de entrada: Documento escrito do empregador, ou seu representante com habilitao legal, para a preparao e emisso da Permisso de entrada. Assegura tambm a continuidade do servio no espao confinado permitido, at sua concluso.

3.27 programa para entrada em espao confinado: Programa geral do empregador ou seu representante, com habilitao legal, elaborado para controlar e proteger os trabalhadores de riscos em espaos confinados e para regulamentar a entrada dos trabalhadores nestes espaos.

3.28 reconhecimento: Processo de identificao dos ambientes confinados e seus respectivos riscos.

3.29 supervisor de entrada: Pessoa com capacitao e responsabilidade pela determinao se as condies de entrada so aceitveis e esto os presentes numa Permisso de entrada, como determina esta Norma.

3.30 trabalhador autorizado: Profissional com capacitao que recebe autorizao do empregador, ou seu representante com habilitao legal, para entrar em um espao confinado permitido.

3.31 vedo (tampa ou tampo): Vedao para qualquer abertura, horizontal, vertical ou inclinada.

3.32 vigia: Trabalhador que se posiciona fora do espao confinado e monitora os trabalhadores autorizados, realizando todos os deveres definidos no programa para entrada em espaos confinados.

4 Requisitos

4.1 Todos os espaos confinados devem ser adequadamente sinalizados, identificados e isolados, para evitar que pessoas no autorizadas adentrem a estes locais.

4.2 Se o empregador, ou seu representante com habilitao legal, decidir que os trabalhadores contratados e subcontratados no devem entrar no espao confinado, o empregador dever tomar todas as medidas efetivas para evitar que estes trabalhadores entrem no espao confinado.

4.3 Se o empregador, ou seu representante com habilitao legal, decidir que os trabalhadores podem entrar no espao confinado, o empregador dever ter desenvolvido e implantado um programa escrito de espaos confinados com permisso de entrada. O programa escrito dever estar disponvel para o conhecimento dos trabalhadores, seus representantes autorizados e rgos fiscalizadores.

4.4 O empregador, ou seu representante com habilitao legal, deve coletar dados de monitorao e inspeo que daro suporte na identificao de espaos confinados.

4.5 Antes de um trabalhador entrar num espao confinado, a atmosfera interna dever ser testada por trabalhador autorizado e treinado, com um instrumento de leitura direta, calibrado e testado antes do uso, adequado para trabalho em reas potencialmente explosivas, intrinsecamente seguro, protegido contra emisses eletromagnticas ou interferncias de radiofreqncias, calibrado e testado antes da utilizao para as seguintes condies:

a) concentrao de oxignio;

b) gases e vapores inflamveis;

c) contaminantes do ar potencialmente txicos.

4.6 O registro de dados deve ser documentado pelo empregador, ou seu representante com habilitao legal, e estar disponvel para os trabalhadores que entrem no espao confinado.

4.7 As seguintes condies se aplicam a espaos confinados:

a) devero ser eliminadas quaisquer condies que os tornem inseguros no momento anterior remoo de um vedo,tampa ou tampo de entrada;

b) em casos de trabalho em atmosfera IPVS ou potencialmente capaz de atingir nveis de atmosfera IPVS, os trabalhadores devero estar treinados e utilizar EPI (equipamentos de proteo individual) que garantam sua sade e integridade fsica.

4.8 Se uma atmosfera perigosa for detectada durante a entrada:

a) o espao dever ser analisado para determinar como a atmosfera perigosa se desenvolveu, para registro de dados;

b) o empregador, ou seu representante com habilitao legal, dever verificar se o espao confinado est seguro para entrada e garantir que as medidas que antecedem a entrada tenham sido tomadas atravs de Permisso de entrada por escrito.

5 Programa de entrada em espao confinado

5.1 Manter permanentemente um procedimento de Permisso de entrada que contenha a permisso de entrada, arquivando-a.

5.2 Implantar as medidas necessrias para prevenir as entradas no autorizadas.

5.3 Identificar e avaliar os riscos dos espaos confinados antes da entrada dos trabalhadores.

5.4 Providenciar treinamento peridico para os trabalhadores envolvidos com espaos confinados sobre os riscos a que esto expostas, medidas de controle e procedimentos seguros de trabalho.

5.5 Manter por escrito os deveres dos supervisores de entrada, dos vigias e dos trabalhadores autorizados com os respectivos nomes e assinaturas.

5.6 Implantar o servio de emergncias e resgate mantendo os membros sempre disposio, treinados e com equipamentos em perfeitas condies de uso.

5.7 Providenciar exames mdicos admissionais, peridicos e demissionais - ASO - Atestado de Sade Ocupacional, conforme NR-7 do Ministrio do Trabalho.

NOTA - Abordar exames complementares, requisitados pelo mdico do trabalho, de acordo com a avaliao do tipo de espao confinado.

5.8 Desenvolver e implementar os meios, procedimentos e prticas necessrias para operaes de entradas seguras em espaos confinados, incluindo, mas no limitado, aos seguintes:

a) manter o espao confinado devidamente sinalizado e isolado, providenciando barreiras para proteger os trabalhadores que nele entraro;

b) proceder a manobras de travas e bloqueios, quando houver necessidade;

c) proceder avaliao da atmosfera quanto presena de gases ou vapores inflamveis, gases ou vapores txicos e concentrao de oxignio; antes de efetuar a avaliao da atmosfera, efetuar teste de resposta do equipamento de deteco de gases;

d) proceder avaliao da atmosfera quanto presena de poeiras, quando reconhecido o risco;

e) purgar, inertizar, lavar ou ventilar o espao confinado, para eliminar ou controlar os riscos atmosfricos;

f) proceder avaliao de riscos fsicos, qumicos, biolgicos e/ou mecnicos.

6 Equipamentos

Devero estar disponveis os seguintes equipamentos, sem custo aos trabalhadores, funcionando adequadamente e assegurando a utilizao correta:

a) equipamento de sondagem inicial e monitorizao contnua da atmosfera, calibrado e testado antes do uso, adequado para trabalho em reas potencialmente explosivas. Os equipamentos que forem utilizados no interior dos espaos confinados com risco de exploso devero ser instrinsecamente seguros (Ex i) e protegidos contra interferncia eletro-magntica e radiofrequncia, assim como os equipamentos posicionados na parte externa dos espaos confinados que possam estar em reas classificadas;

b) equipamento de ventilao mecnica para obter as condies de entrada aceitveis, atravs de insuflamento e/ou exausto de ar. Os ventiladores que forem instalados no interior do espao confinado com risco de exploso devero ser adequados para trabalho em atmosfera potencialmente explosiva, assim como os ventiladores posicionados na parte externa dos espaos confinados que possam estar em reas potencialmente explosivas;

c) equipamento de comunicao, adequado para trabalho em reas potencialmente explosivas;

d) equipamentos de proteo individual e movimentadores de pessoas adequados ao uso em reas potencialmente explosivas;

e) equipamentos para atendimento pr-hospitalar;

f) equipamento de iluminao, adequado para trabalho em reas potencialmente explosivas.

7 Reconhecimento e avaliao

Reconhecer os espaos confinados existentes, cadastrando-os e sinalizando-os.

Restringir o acesso a todo e qualquer espao que possa propiciar risco integridade fsica e vida.

Garantir a divulgao da localizao e da proibio de entrada em espao confinado para todos os funcionrios no autorizados.

Designar as pessoas que tm obrigaes ativas nas operaes de entrada, identificando os deveres de cada trabalhador, e providenciar o treinamento requerido.

Testar as condies nos espaos confinados para determinar se as condies de entrada so seguras. Monitorar continuamente as reas onde os trabalhadores autorizados estiverem operando.

8 Procedimentos gerais

Todo e qualquer trabalho em espao confinado, obrigatoriamente, dever ter no mnimo, duas pessoas, sendo uma delas denominada vigia.

Desenvolver e implementar procedimentos para os servios de emergncia especializada e primeiros-socorros para o resgate dos trabalhadores em espaos confinados.

Desenvolver e implementar um procedimento para preparao, emisso, uso e cancelamento de permisses de entrada.

Desenvolver e implementar procedimentos de coordenao de entrada que garantam a segurana de todos os trabalhadores, independentemente de haver diversos grupos de empresas no local.

Interromper as operaes de entrada sempre que surgir um novo risco de comprometimento dos trabalhos, em conformidade com 12.1.2 e 12.2.1

Circunstncias que requerem a reviso da Permisso de entrada em espaos confinados, porm no limitada a estas:

a) qualquer entrada no autorizada num espao confinado;

b) deteco de um risco no espao confinado no coberto pela permisso;

c) deteco de uma condio proibida pela permisso;

d) ocorrncia de um dano ou acidente durante a entrada;

e) mudana no uso ou na configurao do espao confinado;

f) queixa dos trabalhadores sobre a segurana e sade do trabalho.

As permisses de entrada canceladas por motivo de surgimento de riscos adicionais devem ser arquivadas pelo perodo de um ano e serviro de base para a reviso do programa.

9 Procedimento de Permisso de entrada

Antes que a entrada seja autorizada, o empregador, ou seu representante com habilitao legal, dever documentar o conjunto de medi das necessrias para a preparao de uma entrada segura.

Antes da entrada, o supervisor, identificado na permisso, deve assinar a Permisso de entrada para autoriz-la.

A permisso completa estar disponvel para todos os trabalhadores autorizados, pela sua fixao na entrada ou por quaisquer outros meios igualmente efetivos.

A Permisso de entrada ser encerrada ou cancelada quando:

a) as operaes de entrada cobertas tiverem sido completadas;

b) uma condio no prevista ocorrer dentro ou nas proximidades do espao confinado;

c) houver a sada, pausa ou interrupo dos trabalhos em espaos confinados.

10 Permisso de entrada

A Permisso de entrada que documenta a conformidade das condies locais e autoriza a entrada em cada espao confinado, conforme apresentado no anexo A, deve identificar:

a) espao confinado a ser adentrado;

b) objetivo da entrada;

c) data e durao da autorizao da Permisso de entrada;

d) trabalhadores autorizados a entrar num espao confinado, que devem ser relacionados e identificados pelo nome e pela funo que iro desempenhar;

e) assinatura e identificao do supervisor que autorizou a entrada;

f) riscos do espao confinado a ser adentrado;

g) medi das usadas para isolar o espao confinado e para eliminar ou controlar os riscos do espao confinado antes da entrada.

NOTA - A Permisso de entrada vlida somente para uma entrada.

11 Treinamento

O empregador, ou seu representante com habilitao legal, deve providenciar treinamento inicial e peridico de tal forma que todos os trabalhadores envolvidos com a questo do espao confinado adquiram capacitao, conhecimento e habilidades necessrias para o desempenho seguro de suas obrigaes designadas.

11.1 Dever ser providenciado o treinamento:

a) antes que o trabalhador tenha as suas obrigaes designadas;

b) antes que ocorra uma mudana nas suas obrigaes designadas;

c) sempre que houver uma mudana nas operaes de espaos confinados que apresentem um risco sobre qual trabalhador no tenha sido previamente treinado;

d) sempre que houver uma razo para acreditar que existam desvios nos procedimentos de entrada nos espaos confinados ou que os conhecimentos dos trabalhadores no forem adequados (insuficientes ou imprprios) ou no uso destes procedimentos.

O treinamento deve estabelecer para o trabalhador proficincia nos deveres requeridos e introduzir procedimentos novos ou revisados, sempre que necessrio.

O empregador, ou seu representante com habilitao legal, deve assegurar que o treinamento requerido tenha sido realizado.

11.2 O contedo mnimo programtico requerido de treinamento :

a) definio de espao confinado;

b) riscos de espao confinado;

c) identificao de espao confinado;

d) avaliao de riscos;

e) controle de riscos;

f) calibrao e/ou teste de resposta de instrumentos utilizados;

g) certificado do uso correto de equipamentos utilizados;

h) simulao;

i) resgate;

j) primeiros-socorros;

k)ficha de permisso.

O certificado deve conter o nome de cada trabalhador, as assinaturas dos instrutores, o contedo programtico e as datas de treinamento. A certificao estar disponvel para inspeo dos trabalhadores e seus representantes autorizados.

12 Deveres

12.1 Deveres dos trabalhadores autorizados

O empregador, ou seu representante com habilitao legal, deve assegurar que todos os trabalhadores autorizados:

a) conheam os riscos e as medidas de preveno que possam encontrar durante a entrada, incluindo informaes sobre o modo, sinais ou sintomas e conseqncias da exposio;

b) usem adequadamente os equipamentos;

c) saibam operar os recursos de comunicao para permitir que o vigia monitore a atuao dos trabalhadores e os alerte da necessidade de abandonar o espao confinado.

12.1.1 Alertas

O trabalhador deve alertar o vigia sempre que:

a) reconhecer algum sinal de perigo ou sintoma de exposio a uma situao perigosa no prevista;

b) detectar uma condio proibida.

12.1.2 Abandono

A sada de um espao confinado deve ser processada imediatamente se:

a) o vigia e/ou o supervisor de entrada ordenarem abandono;

b) o trabalhador reconhecer algum sinal de perigo, risco ou sintoma de exposio a uma situao perigosa;

c) um al arme de abandono for ativado.

12.2 Deveres dos vigias

So deveres dos vigias:

a) conhecer os riscos e as medidas de preveno que possam ser enfrentados durante a entrada, incluindo informao sobre o modo, sinais ou sintomas e conseqncias da exposio ;

b) estar ciente dos riscos de exposio nos trabalhadores autorizados;

c) manter continuamente uma contagem precisa do nmero de trabalhadores autorizados no espao confinado e assegurar que os meios usados para identificar os trabalhadores autorizados sejam exatos na identificao dos trabalhadores que esto no espao confinado;

d) permanecer fora do espao confinado, junto entrada, durante as operaes at que seja substitudo por um outro vigia;

e) acionar a equipe de resgate quando necessrio;

f) operar os movimentadores de pessoas em situaes normais ou de emergncia;

g) manter comunicao com os trabalhadores para monitorar o estado deles e para alert-los quanto necessidade de abandonar o espao confinado;

h) no realizar qualquer outra tarefa que possa comprometer o dever primordial, que o de monitorar e proteger os trabalhadores.

12.2.1 Abandono

As atividades de monitorao dentro e fora do espao determinam se h segurana para os trabalhadores permanecerem

No interior do espao. Deve-se ordenar aos trabalhadores o abandono imediato do espao confinado sob quaisquer das seguintes condies:

a) se o vigia detectar uma condio de perigo;

b) se o vigia detectar uma situao externa ao espao que possa causar perigo aos trabalhadores;

c) se o vigia no puder desempenhar efetivamente e de forma segura todos os seus deveres.

12.3 Deveres do supervisor de entrada

So deveres do supervisor de entrada:

a) conhecer os riscos que possam ser encontrados durante a entrada, incluindo informao sobre o modo, sinais ou sintomas e conseqncias da exposio;

b) conferir que tenham sido feitas entradas apropriadas segundo a Permisso de entrada e que todos os testes especificados na permisso tenham sido executados e que todos os procedimentos e equipamentos listados na permisso

Estejam no local antes que ocorra o endosso da permisso e permita que se inicie a entrada;

c) cancelar os procedimentos de entrada e a Permisso de entrada, quando necessrio;

d) verificar se os servios de emergncia e resgate esto disponveis e se os meios para acion-los esto operantes;

e) determinar, no caso de troca de turno do vigia, que a responsabilidade pela continuidade da operao seja transferida para o prximo vigia.

13 Servios de emergncia e resgate

Os seguintes requisitos se aplicam aos empregadores que tenham trabalhadores que entrem em espaos confinados para executar os servios de resgate:

a) o empregador, ou seu representante com habilitao legal, dever assegurar que cada membro do servio de resgate tenha equipamento de proteo individual, respiratria e de resgate necessrios para operar em espaos confinados e que sejam treinados para seu uso adequado;

b) cada membro do servio de resgate dever ser treinado para desempenhar as tarefas de resgate designadas;

c) cada membro do servio de resgate dever receber o mesmo treinamento requerido para os trabalhadores autorizados;

d) cada membro do servio de resgate dever ser capacitado, fazendo resgate em espaos confinados, ao menos uma vez a cada 12 meses, por meio de treinamentos simulados nos quais eles removam manequins ou pessoas dos atuais espaos confinados ou espaos confinados representativos;

e) espaos confinados representativos so os que, com respeito ao tamanho da abertura, configurao e meios de acesso, simulam os tipos de espaos confinados dos quais o resgate ser executado;

f) cada membro do servio de resgate ser treinado em primeiros-socorros bsicos e em reanimao cardiopulmonar (RCP). Ao menos um membro do servio de resgate dever estar disponvel e ter certificao atual em primeiros-socorros e em RCP.

13.1 Sistemas de resgate

Os sistemas de resgate devero atender ao seguinte requisito:

- Para facilitar a retirada de pessoas do interior de espaos confinados sem que a equipe de resgate precise adentrar nestes, podero ser utilizados movimentadores individuais de pessoas, atendendo aos princpios dos primeiros-socorros, desde que no prejudiquem a vtima.

Anexo A (informativo)

Modelo - Permisso de entrada em espao confinado

Nome da empresa: _______________________________________________________

Local do espao confinado: ___________________Espao confinado n: _______________

Data e horrio da emisso: __________________ Data e horrio do trmino: ___________

Trabalho a ser realizado: _____________________________________________________

Trabalhadores autorizados: ___________________________________________________

Vigia: _________________ Equipe de resgate: ___________________________________

Supervisor de entrada: ______________________________________________________

Procedimentos que devem ser completados antes da entrada

1. Isolamento S ( ) N ( )

2. Teste inicial da atmosfera: horrio_________

Oxignio _____________________________________________________________% O2

Inflamveis___________________________________________________________%LIE

Gases/vapores txicos ___________________________________________________ ppm

Poeiras/fumos/nvoatxicos_____________________________________________mg/m3

Nome legvel/assinatura do supervisor dos testes: _________________________________

3.Bloqueios,travamento e etiquetagem ________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

4. Purga e/ou lavagem _____________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

5. Ventilao /exausto - tipo e equipamento __________________N/A ( ) S ( ) N ( )

6. Teste aps ventilao e isolamento: horrio___________

Oxignio ___________________________________________% O2 > 19,5% ou > 23,0 %

Inflamveis____________________________________________________ %LIE < 10%

Gases/vapores txicos ___________________________________________________ppm

Poeiras/fumos/nvoa txicos____________________________________________ mg/m3

Nome legvel/assinatura do supervisor dos testes:_________________________________

7. Iluminao geral _______________________________________N/A ( ) S ( ) N ( )

8. Procedimentos de comunicao :___________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

9. Procedimentos de resgate: ________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

10. Procedimentos e proteo de movimentao vertical: _________ N/A ( ) S ( ) N ( )

11. Treinamento de todos os trabalhadores? atual?_____________________ S ( ) N ( )

12. Equipamentos:

13. Equipamento de monitoramento contnuo de gases adequado para trabalho em reas potencialmente explosivas de leitura direta com alarmes em condies:______________________________________________________ S ( ) N ( )

Lanternas ________________________________________________N/A ( ) S ( ) N ( )

Roupa de proteo _________________________________________N/A ( ) S ( ) N ( )

Extintores de incndio ______________________________________N/A ( ) S ( ) N ( )

Capacetes, botas, luvas _____________________________________ N/A ( ) S ( ) N ( )

Equipamentos de proteo respiratria/autnomo ou sistema de ar mandado com cilindro de escape__ N/A ( ) S ( ) N ( )

Cinturo de segurana e linhas de vida para os trabalhadores autorizados ____ S ( ) N ( )

Cinturo de segurana e linhas de vida para a equipe de resgate _