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  • 8/14/2019 Apostila Contabilidade Bsica V

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    Apostila: Contabilidade Bsica por Prof Daniela Miranda

    Apostila de Contabilidade

    Assunto:

    CONTABILIDADE BSICA

    Autor:

    Prof DANIELA MIRANDAContadora, Ps-Graduao em Auditoria Interna e Externa e Ps-Graduao(MBA) em Administrao de Recursos Humanos.

    IESAM INSTITUTO DE ESTUDOS SUPERIORES DA AMAZNIACurso: Agronegcios /Economia/Sistemas de InformaoDisciplina: Contabilidade Bsica / Contabilidade e Anlise de BalanoData: 18/02/2002

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    Apostila: Contabilidade Bsica por Prof Daniela Miranda

    CONCEITOS E TIPOS DE CONTABILIDADE

    INTRODUO

    A Contabilidade um dos conhecimentos mais antigos e no surgiu em funo dequalquer tipo de legislao fiscal ou societria, nem embasada em princpios filosficos,ou em regras estipuladas por terceiros, mas pela necessidade prtica do prprio gestor dopatrimnio, normalmente seu proprietrio, preocupado em elaborar um instrumento quelhe permitisse, entre outros benefcios, conhecer, controlar, medir resultados, obter informaes sobre produtos mais rentveis, fixar preos e analisar a evoluo de seupatrimnio. Esse gestor passou a criar rudimentos de escriturao que atendessem a taisnecessidades.

    Muitas tentativas foram sendo elaboradas, ao longo dos sculos, at que o mtododas partidas dobradas (que consiste no princpio de que para todo dbito em uma conta,existe simultaneamente um crdito, da mesma maneira que a soma do dbito ser iguala soma do crdito, assim como a soma dos saldos devedores ser igual a soma dossaldos credores) mostrou-se o mais adequado, produzindo informaes teis e capazesde atender a todas as necessidades dos usurios para gerir o patrimnio.

    Com a formao de grandes empresas, a Contabilidade passou a interessar a

    grupos cada vez maiores de indivduos: acionistas, financiadores, banqueiros,fornecedores, rgos pblicos, empregados, alm da sociedade em geral, pois avitalidade das empresas tornou-se assunto de relevante interesse social.

    Assim, pode-se dizer que a Contabilidade surgiu ou foi criada em funo de suacaracterstica utilitria, de sua capacidade de responder a dvidas e de atender asnecessidades de seus usurios. Conjunto este de caractersticas que no s foi eficientepara o surgimento da Contabilidade como tambm para sua prpria evoluo.

    A Contabilidade formatou-se em concordncia com o ambiente no qual opera.Como as naes tm histrias, valores, e sistemas polticos diferentes, elas tambm tmpadres diferentes de desenvolvimento financeiro-contbil. A Contabilidade no Brasil no como a de outros pases. De fato, o que se observa a diversidade, pois os sistemas emtodos contbeis diferem muito em cada pas devido, principalmente, sua cultura e aoseu desenvolvimento econmico (o desenvolvimento de cada cincia est intimamenteligado ao desenvolvimento econmico de uma nao).

    Esta diversidade uma pequena parte da variedade de ambientes empresariais aoredor do mundo e a Contabilidade tem se mostrado sensitiva ao ambiente no qual opera. interessante notar, tambm, que quando o ambiente empresarial dos pases similar,seus sistemas financeiro-contbeis tambm tendem a ser similares.

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    Em alguns pases, tais como os Estados Unidos, a informao financeira dirigidaprincipalmente s necessidades dos investidores e credores, e a utilidade da deciso ocritrio para julgar sua qualidade. Entretanto, em outros pases, a Contabilidade tem umenfoque diferente e desempenha papis diferentes. Por exemplo, em alguns pases, esta

    designada primeiramente para assegurar que o montante apropriado do imposto derenda seja arrecadado pelo governo. Este o caso de muitos pases sul americanos. NoBrasil este enfoque ainda permanece, a Lei n 6.404/76 contempla o tratamento tributrio,porm est mais voltada proteo dos credores da entidade. Em outros pases (Europacontinental e Japo), a Contabilidade designada para auxiliar no cumprimento daspolticas macroeconmicas, tais como o alcance de uma taxa pr-determinada decrescimento na economia nacional.

    Dentre os vrios modelos existentes, cada um com suas particularidades,atendendo a interesses especficos, percebe-se que a Contabilidade tem uma dinmica euma maleabilidade muito grande e se adapta perfeitamente em qualquer contexto em queesteja inserida.

    Evoluo da Contabilidade

    Pr-histria: 8.000 a.C. at 1.202 d.C. (empirismo, conhecimento superficial):experincias e prticas vividas pelas civilizaes do mundo antigo, destacando-se osestudos sumrios, babilnios, egpcios, chineses e romanos.

    Idade Mdia: 1.202 d.C., com a obra Leibe Abaci, de Leonardo Fibonacci: perodo desistematizao dos registros.

    Idade Moderna: 1494, com a publicao da obra Tratatus Particularis de Computis etScripturis (Tratado Particular de Conta e Escriturao), do frei e matemtico LucaPaccioli, em Veneza, onde este fez o estudo sobre o mtodo das Partidas Dobradas,tornando-se um marco na evoluo contbil.

    Idade Contempornea: do sculo XVIII, o perodo cientfico da Contabilidade,quando esta deixa de ser mera arte para tornar-se cincia. A partir da surgiramvrias doutrinas contbeis, como: Contista, Controlista, Personalista, Aziendalista ePatrimonialista.

    Obs 1 Na Contabilidade, como em todos os outros ramos, o saber humano distingue-seem dois aspectos: pelo raciocnio atravs da investigao dos fatos e pela prtica atravsda aplicabilidade.

    O primeiro aspecto corresponde cincia como um sistema de conhecimentos e osegundo arte como um sistema de aes. A cincia depende da arte para ser til vidae a arte torna-se esclarecida e consciente de seus fins e potencialidade com o auxlio dacincia.

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    Introduo da Demonstrao de Lucros e Prejuzos Acumulados, mostrando de formaclara o lucro ou prejuzo do exerccio;

    Introduo da Demonstrao de Origens e Aplicaes de Recursos, mostrando aeficincia da administrao;

    Obrigatoriedade das Notas Explicativas para fornecer informaes complementares;Escriturao e registros desvinculados da legislao fiscal (mais importante);Contabilidade elaborada para a entidade;Valorizao do profissional;

    Novas funes e reas de atuao: gerencial, custos, auditoria, analista financeiro,perito contbil, consultoria, tributarista, controller;

    Classificao das contas no Balano;Horizonte temporal: distino do curto e longo prazo;Definio do Exerccio Social.

    Abordagens Utilizadas para o Estudo da Teoria Contbil

    O estudo da Contabilidade a partir de qualquer das abordagens igualmentevlido, desde que propicie o desenvolvimento da cincia contbil.

    Abordagem tica: coloca em evidncia a questo da tica, na qual a informaodeveria ter alto grau de fidedignidade e o profissional deve ser imparcial a qualquer interesse.

    Abordagem da Teoria do Comportamento: est ligada sociologia e psicologia docomportamento e enfatiza que a informao deve ser divulgada de acordo com suautilidade a cada usurio.

    Abordagem Macroeconmica: mostra a afinidade da Contabilidade com a Economia,de acordo com estas a informao deve considerar as polticas econmicas adotadas.

    Abordagem Sociolgica: enfoca que a Contabilidade deve divulgar as relaes entre aentidade e a sociedade, fornecendo informaes qualitativas que demonstrem ofavorecimento do bem-estar social.

    Abordagem da Teoria da Comunicao: mostra a importncia da Contabilidadeexternar seus resultados, de forma clara e objetiva.

    Abordagem Pragmtica: enfoca a praticidade, a utilidade e a relao custo x benefcioda informao.

    CONCEITOS

    A Contabilidade a cincia que estuda e controla o patrimnio, objetivandorepresent-lo graficamente, evidenciar suas variaes, estabelecer normas para sua

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    interpretao, anlise e auditagem e servir como instrumento bsico para a tomada dedecises de todos os setores direta ou indiretamente envolvidos com a empresa.

    a cincia que estuda e pratica, controla e interpreta os fatos ocorridos no

    patrimnio das entidades, mediante o registro, a demonstrao expositiva e a revelaodesses fatos, com o fim de oferecer informaes sobre a composio do patrimnio, suasvariaes e o resultado econmico decorrente da gesto da riqueza econmica.

    (Hilrio Franco)

    FUNES

    As principais funes da Contabilidade so: registrar, organizar, demonstrar,analisar e acompanhar as modificaes do patrimnio em virtude da atividade econmicaou social que a empresa exerce no contexto econmico.

    Registrar : todos os fatos que ocorrem e podem ser representados em valor monetrio;

    Organizar : um sistema de controle adequado empresa;

    Demonstrar: com base nos registros realizados, expor periodicamente por meio dedemonstrativos, a situao econmica, patrimonial e financeira da empresa;

    Analisar: os demonstrativos podem ser analisados com a finalidade de apurao dosresultados obtidos pela empresa;

    Acompanhar : a execuo dos planos econmicos da empresa, prevendo os pagamentosa serem realizados, as quantias a serem recebidas de terceiros, e alertando paraeventuais problemas.

    FINALIDADES

    Desde os seus primrdios que a finalidade bsica da Contabilidade tem sido oacompanhamento das atividades realizadas pelas pessoas, no sentido indispensvel decontrolar o comportamento de seus patrimnios, na funo precpua de produo ecomparao dos resultados obtidos entre perodos estabelecidos.

    A contabilidade faz o registro metdico e ordenado dos negcios realizados e averificao sistemtica dos resultados obtidos. Ela deve identificar, classificar e anotar asoperaes da entidade e de todos os fatos que de alguma forma afetam sua situaoeconmica, financeira e patrimonial. Com esta acumulao de dados, convenientementeclassificados, a Contabilidade procura apresentar de forma ordenada, o histrico dasatividades da empresa, a interpretao dos resultados, e atravs de relatrios produzir as

    informaes que se fizerem precisas para o atendimento das diferentes necessidades.

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    As finalidades fundamentais da Contabilidade referem-se orientao daadministrao das empresas no exerccio de suas funes. Portanto a Contabilidade ocontrole e o planejamento de toda e qualquer entidade scio-econmica.

    Controle: a administrao atravs das informaes contbeis, via relatrios podecertificar-se na medida do possvel, de que a organizao est agindo em conformidadecom os planos e polticas determinados.

    Planejamento: a informao contbil, principalmente no que se refere ao estabelecimentode padres e ao inter-relacionamento da Contabilidade e os planos oramentrios, degrande utilidade no planejamento empresarial, ou seja, no processo de deciso sobre quecurso de ao dever ser tomado para o futuro.

    A CONTABILIDADE APLICADA

    A Contabilidade, enquanto cincia que estuda o patrimnio das entidades,encontra aplicaes em todas estas, independente do tipo, ramo de atividade, segmentoeconmico ou localizao geogrfica. Assim, a identificao do campo de aplicao daContabilidade tambm pode ser analisada atravs da definio do patrimnio, como oconjunto de bens, direitos e obrigaes relacionados a uma pessoa fsica ou jurdica, dedireito pblico ou privado, com ou sem fins lucrativos.

    A idia de que a Contabilidade do setor pblico diferente do setor privado ou,ainda que a Contabilidade de uma entidade filantrpica diferente da entidade privada,no correta, pois cada entidade, dentro do seu ramo de atividade e das suaspeculiaridades apresenta especificidades prprias, s encontradas naquele segmento, ouseja, em uma entidade filantrpica a Contabilidade ser exercida observando toda alegislao que envolve este tipo de entidade.

    Se compararmos a Contabilidade pblica com a Contabilidade privada,observaremos que enquanto a pblica no tem objetivo de apurar resultados (lucros), aprivada tem. O conjunto de bens da rea pblica recebe um tratamento contbil

    especfico, enquanto na rea privada esses mesmos bens recebem outro tratamento.Note-se que enquanto no setor pblico os bens no so depreciados e corrigidosmonetariamente, no setor privado estes bens tm objetivos de gerar resultados, ou seja,so realizados atravs da depreciao e so corrigidos monetariamente para manter oseu valor atualizado.

    Muitos outros exemplos poderiam ser expostos para demonstrar que aContabilidade igual em qualquer entidade, tendo como diferena entre elas asespecificidades de cada entidade. Assim, conclumos que independentemente do tipo deatividade, do setor, da entidade, etc., a Contabilidade tem a mesma finalidade, o mesmoobjetivo e utiliza-se das mesmas tcnicas e mtodos para registrar e controlar os

    patrimnios das entidades.

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    A entidade econmico-administrativa o patrimnio de propriedade pblica ouprivada, que tem como elementos indispensveis: o trabalho, a administrao e opatrimnio, e tem finalidades: sociais, econmicas e scio-econmicas.

    Sociais: que possuem a riqueza como meio para atingir seus fins. Ex: associaesbeneficentes, educacionais, esportivas, culturais e religiosas

    Econmicas: so as que tm a riqueza como meio e fim e tm como objetivo aumentar seu patrimnio, obtendo lucro.Ex: empresas mercantis.

    Scio-econmicas: que possuem a riqueza como meio e fim, porm o aumento dopatrimnio que possuem serve para beneficiar toda a comunidade. Ex: instituto deaposentadorias e penses e fundaes.

    A Contabilidade distingue-se em duas grandes ramificaes: a pblica e aprivada.

    Contabilidade Pblica: ocupa-se com o estudo e registro dos fatos administrativos daspessoas de direito pblico e da representao grfica de seus patrimnios, visando trssistemas distintos: oramentrio, financeiro e patrimonial, para alcanar os seus objetivos,ramificando-se conforme a sua rea de abrangncia em federal, estadual, municipal eautarquias.

    Contabilidade Privada: ocupa-se do estudo e registro dos fatos administrativos daspessoas de direito privado, tanto as fsicas quanto as jurdicas, alm da representaogrfica de seus patrimnios, dividindo-se em civil e comercial.

    Contabilidade Civil: exercida pelas pessoas que no tm como objetivo final o lucro,mas sim o instituto da sobrevivncia ou bem-estar social. Divide-se em:

    Contabilidade Domstica: exercida pelas pessoas fsicas em geral,individualmente ou em grupo.

    Contabilidade Social: usada pelas pessoas que tm como objetivo final o bem-

    estar social da comunidade, tais como: clubes, associaes de caridade, sindicatos,igrejas, etc.

    Contabilidade Comercial: exercida pelas pessoas que exploram atividades queobjetivam o lucro. Divide-se em:

    Contabilidade Mercantil: usada por pessoas com objetivo social de compra evenda direta de mercadorias. Ex: Supermercados, sapataria e aougues.

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    Contabilidade Industrial: exercida por pessoas que tm como objetivo social aproduo de bens de capitais ou de consumo, atravs do beneficiamento ou datransformao de matrias-primas, do plantio, da criao ou extrao de riquezas. Ex:Indstria de mveis, pecuria, agricultura.

    Contabilidade de Servios: usada pelas pessoas que tm como objetivo social aprestao de servios. Ex: Estabelecimento de ensino, telecomunicaes e clnicasmdicas.

    reas de Atuao em Geral

    Fiscal: auxilia na elaborao de informaes para os rgos fiscalizadores, do qualdepende todo o planejamento tributrio da entidade.

    Pblica: o principal instrumento de controle e fiscalizao que o governo possui sobretodos os seus rgos. Estes esto obrigados preparao de oramentos que soaprovados oficialmente, devendo a Contabilidade pblica registrar as transaes emfuno deles, atuando como instrumento de acompanhamento dos mesmos. A Lei n4.320/64, constituindo-se na carta magna da legislao financeira do Pas, estatui normas gerais para aelaborao e controle dos oramentos e balanos pblicos.

    Gerencial: auxilia a administrao na otimizao dos recursos disponveis na entidade,atravs de um controle adequado do patrimnio.

    Financeira: elabora e consolida as demonstraes contbeis para disponibilizar informaes aos usurios externos.

    Auditoria: compreende o exame de documentos, livros e registros, inspees e obtenode informaes, internas e externas, relacionadas com o controle do patrimnio,objetivando mensurar a exatido destes registros e das demonstraes contbeis delesdecorrentes.

    Percia Contbil: elabora laudos em processos judiciais ou extrajudiciais sobre

    organizaes com problemas financeiros causados por erros administrativos.

    reas de Atuao Especfica

    Anlise Econmica e Financeira de Projetos: elabora anlises, atravs dos relatrioscontbeis, que devem demonstrar a exata situao patrimonial de uma entidade.

    Ambiental: informa o impacto do funcionamento da entidade no meio ambiente, avaliandoos possveis riscos que suas atividades podem causar na qualidade de vida local.

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    Atuarial: especializada na Contabilidade de empresas de previdncia privada e em fundosde penso.

    Social: informa sobre a influncia do funcionamento da entidade na sociedade, sua

    contribuio na agregao de valores e riquezas, alm dos custos sociais.Agribusiness: atua em empresas com atividade agrcola de beneficiamento in-loco dosprodutos naturais.

    USURIOS DA CONTABILIDADE

    Os usurios so as pessoas que se utilizam da Contabilidade, que se interessampela situao da empresa e buscam nos instrumentos contbeis as suas respostas.Podem ser divididos em: usurios internos e usurios externos.

    USURIOS

    BANCOS

    FORNECEDORES

    EXTERNOSGOVERNO CLIENTES CONCORRENTES

    Usurios Internos: so todas as pessoas ou grupos de pessoas relacionadas com aempresa e que tm facilidade de acesso s informaes contbeis, tais como:

    Gerentes : para a tomada de decises;

    Funcionrios: com interesse em pleitear melhorias;

    Diretoria: para a execuo de planejamentos organizacionais.

    O usurio interno principal da informao contbil na entidade moderna a alta-administrao que pela proximidade Contabilidade, pode solicitar a elaborao de

    relatrios especficos para auxiliar-lhe na gesto do negcio.

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    GERENTES

    INTERNOS

    DIRETORIA FUNCIONRIOS

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    Os relatrios especficos podem, alm de abranger quaisquer reas de informao(fluxo financeiro, disponibilidades, contas a pagar, contas a receber, aplicaesfinanceiras, compra e vendas no dia ou no perodo e os gastos gerais de funcionamento),ser elaborados diariamente ou em curtos perodos de tempo (semana, quinzena, ms,

    etc..), de acordo com as necessidades administrativas.

    Usurios Externos: so todas as pessoas ou grupos de pessoas sem facilidade de acessodireto s informaes, mas que as recebem de publicaes das demonstraes pelaentidade, tais como:

    Bancos: interessados nas demonstraes financeiras a fim de analisar a concessode financiamentos e medir a capacidade de retorno do capital emprestado;

    Concorrentes: interessados em conhecer a situao da empresa para poder atuar nomercado;

    Governo: que necessita obter informaes sobre as receitas e as despesas parapoder atuar sobre o resultado operacional no que concerne a sua parcela detributao;

    Fornecedores : interessados em conhecer a situao da entidade para poder continuar ou no as transaes comerciais com a entidade, alm de medir a garantiade recebimento futuro;

    Clientes: interessados em medir a integridade da entidade e a garantia de que seupedido ser atendido nas suas especificaes e no tempo acordado.

    OS FUNDAMENTOS CIENTFICOS DA CONTABILIDADE

    Postulados Ambientais

    Os postulados so uma proposio ou observao de certa realidade no sujeitaa verificao e constituem a lei maior da Contabilidade, pois definem o ambienteeconmico, social e poltico no qual esta deve atuar, o seu objeto de estudo e a suaexistncia no tempo. Os postulados contbeis, segundo alguns autores consultados so:

    a entidade e a continuidade.

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    Postulado Contbil da Entidade: define a entidade contbil, dando, a esta vida epersonalidade prpria, pois determina que o patrimnio de toda e qualquer unidadeeconmica que manipula recursos econmicos, independente da finalidade de gerar ou

    no lucros, de ser pessoa fsica ou jurdica, de direito pblico ou privado, no deve seconfundir com a riqueza patrimonial de seus scios ou acionistas, ou proprietrioindividual e nem sofrer os reflexos das variaes nela verificadas .Ex: quando uma firmaindividual paga uma despesa o caixa da firma que est desembolsando o dinheiro e noo dono da empresa, embora materialmente, muitas vezes, as duas coisas se confundem .

    Observa-se que este postulado importante na medida em que ele identifica ocampo de atuao da Contabilidade, pois onde existir patrimnio administrvel existircertamente a Contabilidade.

    Postulado Contbil da Continuidade: determina que a entidade um empreendimentoem andamento, com inteno de existncia indefinida, ou por tempo de duraoindeterminado, devendo sobreviver aos seus prprios fundadores e ter seu patrimnioavaliado pela sua potencialidade de gerar benefcios futuros, e no pela sua capacidadeimediata de ser til somente entidade. Ex: o balano patrimonial somente refleteadequadamente a situao econmico-financeira do patrimnio no momento de suaelaborao quando h presuno de que a entidade prosseguir no processo contnuo derealizao de suas atividades, pois se estas forem interrompidas, a realizao dos valorespatrimoniais no ser processada de acordo com o balano, devido a motivos como aimediata interrupo de suas receitas e no dos custos fixos, que prosseguem na fase deliquidao, quando h cessao das atividades da entidade .

    Princpios Contbeis

    Os princpios originaram-se da necessidade do estabelecimento de um conjuntode conceitos, princpios e procedimentos que no somente fossem utilizados comoelementos disciplinadores do comportamento do profissional no exerccio daContabilidade, seja para a escriturao dos fatos e transaes, seja na elaborao dedemonstrativos, mas que permitissem aos demais usurios fixar padres de

    comparabilidade e credibilidade, em funo do conhecimento dos critrios adotados naelaborao dessas demonstraes.

    Alm de delimitar e qualificar o campo de atuao da Contabilidade, os princpiosservem de suporte aos postulados. E atravs da evoluo da tcnica contbil em funode novos fatos scio-econmicos, modificaes na legislao, novos pontos de vista, ououtros fatores, um princpio que hoje aceito, poder ser modificado, para atender sinovaes ocorridas na vida empresarial.

    Os princpios bsicos, essenciais ao exerccio da Contabilidade so: o princpiodo custo como base de valor, o princpio da realizao da receita e confrontao da

    despesa, o princpio do denominador comum monetrio e o princpio da competncia.

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    Princpio do Denominador Comum Monetrio : estabelece que a Contabilidade sejaprocessada em uma nica moeda, oferecendo maior consistncia aos registros e maior confiabilidade s informaes constantes nos relatrios contbeis.

    Considerando que as entidades realizam transaes com base em outrasmoedas, esse princpio torna-se muito importante por estabelecer que as transaessejam convertidas em moeda nacional no momento do registro contbil, evitando aimpossibilidade de se comparar os diversos fenmenos patrimoniais e de reuni-los em ums balano demonstrativo, pois no se podem somar ou comparar coisas heterogneas.Ex: registro no valor da moeda nacional de equipamentos importados pagos em dlar .

    Princpio da Competncia : estabelece que as receitas e as despesas devem ser atribudas aos perodos de sua ocorrncia, independentemente de recebimento epagamento.

    Como exemplo temos a folha de pagamento de funcionrios no ms dedezembro, que ser registrada como despesa de dezembro, mesmo que na prtica opagamento s seja efetuado no incio do ms de janeiro.

    Convenes Contbeis

    As convenes so mais objetivas e tm a funo de indicar a conduta adequadaque deve ser observada no exerccio profissional da Contabilidade. So: conveno daobjetividade, da materialidade, da consistncia e do conservadorismo.

    Conveno da Objetividade: o profissional deve procurar sempre exercer a Contabilidadede forma objetiva, no se deixando levar por sentimentos ou expectativas deadministradores ou qualquer pessoa que venha a influenciar no seu trabalho e osregistros devem estar baseados, sempre que possvel, em documentos que comprovem aocorrncia do fato administrativo.

    Conveno da Materialidade: a informao contbil deve ser relevante, justa e adequadae o profissional deve considerar a relao custo x benefcio da informao que sergerada, evitando perda de recursos e de tempo da entidade.

    Conveno da Consistncia : os relatrios devem ser elaborados com a forma e ocontedo das informaes consistentes, para facilitar sua interpretao e anlise pelosdiversos usurios.

    Obs: Quando houver necessidade de adoo de outro critrio ou mtodo de avaliao, o

    profissional deve informar a modificao e apresentar os reflexos que a mudana podercausar se no for observada pelo usurio.

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    Conveno do Conservadorismo: estabelece que o profissional da Contabilidade devemanter uma conduta mais conservadora em relao aos resultados que sero

    apresentados, evitando que projees distorcidas sejam feitas pelos usurios. Assim, prefervel ter expectativa de prejuzo e a entidade apresentar resultados positivos, ou seja,se houver duas opes igualmente vlidas deve-se optar sempre por aquela que acusaum menor valor para os ativos e para as receitas e o maior valor para os passivos e paraas despesas.

    OBJETIVIDADEMATERIALIDADE

    CONVENES CONSISTNCIACONSERVADORISMO

    CUSTO COMO BASE DE VALORREALIZAO DA RECEITA CONFRONTAO

    PRINCPIOS CONTBEIS DA DESPESAD

    ENOMINADOR COMUMMONETRIO

    COMPETNCIA

    ENTIDADE

    POSTULADOS AMBIENTAIS CONTINUIDADE

    * Prof. Daniela Miranda, Contadora, Ps-Graduao em Auditoria Interna e Externa e

    Ps-Graduao (MBA) em Administrao de Recursos Humanos.Referncia Bibliogrfica

    1. ALMEIDA, M.C.Curso bsico de contabilidade: introduo metodologia dacontabilidade . So Paulo: Atlas, 1996.

    2. ANDERSEN, A.Normas e prticas contbeis no Brasil . So Paulo: Atlas, 1997.

    3. ASSAF NETO, A.Estrutura e anlise de balanos: um enfoque econmico-financeiro . So Paulo: Atlas, 1993.

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    4. CREPALDI, S.A.Curso de Contabilidade: resumo e teoria . So Paulo: Atlas,1995.

    5. EQUIPE DE PROFESSORES DA FEA/USP.Contabilidade introdutria . SoPaulo: Atlas, 1998.

    6. FRANCO, H. Contabilidade Geral . 23 Ed. So Paulo: Atlas, 1999.

    7. IUDICIBUS, S. & MARION, J.C.Curso de contabilidade para no contadores .So Paulo: Atlas, 1997.

    8. IUDICIBUS, S. & MARION, J.C.Contabilidade Empresarial . So Paulo: Atlas,1997.

    9 MARION, J.C.Contabilidade empresarial . So Paulo: Atlas, 1997.

    10. WALTER, M.A.Contabilidade bsica . So Paulo: Saraiva, 1996.

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    A ESTRUTURAO DO PROCESSO CONTBIL

    O PATRIMNIO

    Noes de Coisas/Bens/Riqueza

    Dadas as afinidades entre os termos que compem o patrimnio, interessanteconceitu-los, para que se possa fazer perfeita distino entre eles.

    Coisa: o que simplesmente existe na natureza, independente da vontade einterveno humana. Ex. as florestas, o mar, a terra.

    Bem: toda coisa suscetvel de avaliao em dinheiro e que satisfaz umanecessidade humana.

    Riqueza: tudo o que til (tem valor econmico e de troca), limitado (existe emquantidade relativamente pequena), material (se fosse incorpreo no poderia ser apropriavel e nem permutvel) e apropriavel ( a qualidade do que pode ser propriedade de algum).

    BENS, DIREITOS E OBRIGAES

    O patrimnio constitui-se de uma parte com valores positivos, denominada ativo, ede uma parte com valores negativos denominada passivo. O ativo formado pelos bens edireitos e o passivo pelas obrigaes. O excesso do ativo sobre o passivo o capital,conhecido como patrimnio lquido que aparece no passivo, para completar a igualdadeentre o total do ativo e o do passivo, resultando na equao patrimonial.

    ATIVO: representa a parte dos valores positivos do patrimnio, tudo aquilo que aentidade possui ou que ela tem a receber de terceiros. Abrange o conjuntode bens e direitos da entidade.

    Os elementos que compe o ativo so revestidos de algumas caractersticasespeciais, tais como: devem apresentar a potencialidade de gerar benefcios econmicospara a entidade, devem ser um recurso econmico, devem ser de propriedade ou estar naposse de alguma entidade contbil e devem ser mensurveis monetariamente.

    Assim, todo o elemento ativo que no seja mais til entidade e, portanto tenhaperdido sua capacidade de gerar fluxo de caixa, no deve ser classificado como um

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    elemento ativo. Existem entidades que apresentam de 10 a 15% do seu ativo totalmenteobsoleto, no tendo nenhuma utilidade, devendo ser excludo do patrimnio.

    Bem: qualquer coisa que satisfaz a necessidade humana e que pode ser avaliadoeconomicamente.

    Os bens so divididos em: tangveis que representam os bens materiais (tmforma fsica e so palpveis) e intangveis que tm como principal caracterstica ainexistncia como coisa e seu valor vinculado a um bem tangvel ou a uma determinadasituao da empresa (so incorpreos e no palpveis).

    Ex: bens tangveis : destinados instalao (prdios, terrenos, mveis e utenslios),destinados a produo (mquinas, equipamentos, instrumentos e acessrios), destinadosa transformao (matria-prima, material secundrio e material para embalagem),destinados ao consumo (material de escritrio, material de limpeza e selos postais),destinados circulao (dinheiro, dinheiro em bancos e aplicaes financeiras) edestinados venda (mercadorias e produtos comprados para revenda).

    Ex: bens intangveis : marcas de comrcio e patentes de inveno.

    O Cdigo Civil Brasileiro distingue os bens em: mveis que so os que podem ser movidos por si prprios ou por outras pessoas, tais como: animais, mquinas,equipamentos, estoques de mercadoria, entre outros, e bens imveis que so osvinculados ao solo e que no podem ser retirados sem destruio ou danos, tais como:edifcios, rvores, entre outros.

    Direito: ato da pessoa ou empresa ceder algum bem ou servio em troca dopagamento no imediato, originando um direito correspondente. Portanto representaos bens da empresa que esto em mos de terceiros, como os crditos a receber deterceiros.

    PASSIVO: representa todas as obrigaes financeiras que uma empresa tem para comterceiros, provenientes de transaes passadas, realizadas a prazo, com

    data de vencimento e beneficirio certo e conhecido. Todas as contas dopassivo representam os valores negativos do patrimnio.

    Neste grupo est includo por fora de lei o capital prprio, apesar de no ser umaobrigao do patrimnio. A classificao do capital prprio no grupo do passivo umamera questo para atender necessidade da Contabilidade para garantir a igualdadeentre os dois grupos (ativo e passivo).

    O passivo abrange ento o capital de terceiros (obrigaes) e o capital prprio esuas variaes.

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    Obrigaes: constituem-se em ato da pessoa ou empresa dispor de algum bem ouservio e que em troca destes originam um compromisso futuro de pagamento,representado por um documento, como as duplicatas a pagar.

    PATRIMNIO LQUIDO: a diferena entre os valores positivos do ativo (bens edireitos) e os valores negativos do passivo (obrigaes) de umaentidade em um determinado momento. a parte do balanoque representa o capital investido pelos scios e estgraficamente localizado no seu lado direito.

    Obs. - Sendo o patrimnio lquido a diferena algbrica entre o ativo e o passivo, no temsentido falarmos em ativos ou passivos negativos. Assim conclumos que a entidade tersempre A > ou = zero, P > ou = zero e PL > = ou < zero . Se a entidade possuir ativose/ou passivos, ela os ter positivamente, ou no os ter .

    ABORDAGEM CONCEITUAL DO PATRIMNIO

    o conjunto de bens, direitos e obrigaes vinculados a uma pessoa fsica ou jurdica, com finalidade definida e mensurvel economicamente. Tem-se do lado esquerdoo conjunto de bens e direitos pertencentes a uma pessoa ou empresa, e o lado direitoinclui as obrigaes a serem pagas por essa pessoa ou essa empresa.

    Patrimnio de Pessoa Fsica ou Jurdica

    Bens Obrigaes (a serem pagas)Direitos (a receber)

    ABORDAGEM QUALITATIVA E QUANTITATIVA

    O patrimnio de uma entidade pode ser visto e analisado sob os seguintes

    aspectos:

    Aspecto Qualitativo ou Especfico: estuda a terminologia tpica de cada um dos elementosque compem o patrimnio, tais como: bens numerrios (caixa e bancos), bens de venda(mercadorias, produtos acabados e matria-prima), bens de renda (veculos para alugar eimveis para alugar) e bens de uso (mquinas e equipamentos, materiais teis eferramentas). Ex: caixa, capital social, etc...

    Aspecto Quantitativo: os componentes patrimoniais devem ser expressos em valoresmonetrios.

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    Ex: caixa .....................................R$ 1.000,00capital social ........................R$ 50.000,00

    REPRESENTAO GRFICA DO PATRIMNIO

    O grfico do patrimnio representado pelo Balano Patrimonial, no qual do ladoesquerdo encontram-se os valores ativos e do lado direito os valores passivos, comomostra o exemplo abaixo:

    ATIVO PASSIVO

    Bens ObrigaesEdifcios FornecedoresMveis e Utenslios Emprstimo BancrioMarcas e Patentes Salrios a Pagar Banco c/Movimento Impostos a Recolher DireitosAluguis a Receber PATRIMNIO LQUIDODuplicatas a Receber Capital Integralizado

    Lucros Acumulados

    A REPRESENTAO ALGBRICA DO PATRIMNIO

    Equao Fundamental

    Sendo o patrimnio o conjunto de bens, direitos e obrigaes com terceiros ecapital prprio, a equao fundamental do patrimnio assim definida:

    CAPITAL PRPRIO = BENS + DIREITOS OBRIGAES COM TERCEIROS

    Substituindo os termos bens e direitos por ativo, obrigaes com terceiros por passivo, e capital prprio por patrimnio lquido, podermos afirmar que:

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    P.L. = A - P

    Supondo que a entidade venda todos os seus bens, receba todos os seus direitose pague todas as suas obrigaes com terceiros, a sobra ou situao lquida o capitalprprio, que denominado pela Contabilidade de patrimnio lquido.

    Variaes do Patrimnio Lquido

    A partir da equao fundamental do patrimnio, pode-se deduzir que em dadomomento, o patrimnio assume, invariavelmente, um dos cinco estados a saber:

    1 Quando o ativo maior que o passivo, teremos patrimnio lquido maior que zero, oque revela a existncia de riqueza patrimonial.

    A = P + PL

    2 Quando o ativo maior que o passivo e o passivo igual a zero, teremos patrimniolquido maior que zero, revelando inexistncia de dvidas.

    A = PL

    3 Quando o ativo igual ao passivo, teremos patrimnio lquido igual a zero, revelandoinexistncia de riqueza prpria.

    A = P

    4 - Quando o passivo maior do que o ativo, teremos patrimnio lquido menor que zero,revelando m situao financeira e existncia de passivo a descoberto.

    A + PL = P

    5 Quando o passivo maior do que o ativo, e o ativo igual a zero, teremos patrimniolquido menor que zero, revelando pssima situao financeira, inexistncia de bens edireitos e somente obrigaes.

    PL = P

    ESTRUTURAO E CLASSIFICAO DE GRUPOS DO ATIVO

    De acordo com a Lei n 6.404/76 que regulamenta as sociedades por aes(S.A.), as contas do ativo devem ser alocadas em ordem decrescente do grau de liquidez(capacidade de pagamento), enquanto as contas do passivo devem ser alocadas deacordo com o prazo das exigibilidades.

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    Podemos visualizar esta obrigao no balano patrimonial que um instrumentocontbil que indica em um determinado momento a situao financeira, econmica epatrimonial de uma entidade e no qual as contas so classificadas nos seguintes grupos:

    Ativo Circulante: composto pelos bens e direitos que iro ser convertidos em dinheiro,no prazo de at 12 (doze) meses. Divide-se nos subgrupos: disponvel, realizvel a curtoprazo, estoques e despesas antecipadas.

    Disponvel: composto pelas exigibilidades imediatas, representadas pelas contas decaixa, bancos conta movimento, cheques para cobrana e aplicaes no mercado aberto.Ex: caixa, bancos e fundo de aplicao financeira.

    Realizvel a Curto Prazo: alocam os direitos a receber no prazo de at 12 (doze) meses.Ex: impostos a recuperar, duplicatas a receber ou clientes, (-) duplicatas descontadas, (-)proviso para devedores duvidosos . Estas duas ltimas contas representam contasretificadoras da conta duplicatas a receber ou clientes e so classificadas no ativo, tendosaldos credores, por isso so demonstradas com o sinal (-).

    Estoques : representam os bens destinados venda e que variam de acordo com aatividade da entidade. Ex: produtos acabados, produtos em elaborao, matrias-primase mercadorias.

    Despesas Antecipadas : compreende as despesas pagas antecipadamente que seroconsideradas como custos ou despesas no decorrer do exerccio seguinte. Ex: seguros avencer, alugueis a vencer e encargos a apropriar.

    Ativo Realizvel a Longo Prazo : composto pelos direitos que sero recebidos aps otrmino do exerccio seguinte, isto , aps 12 (doze) meses. Ex: duplicatas a receber (+12meses), aluguis a receber e contas a receber.

    Independente do prazo, ainda so classificadas neste grupo, de acordo com a Lein 6.404/76, as seguintes contas: adiantamentos a scios, adiantamentos acionistas,emprstimos coligadas, emprstimos controladas, etc...

    Ativo Permanente: compreende os bens fixos necessrios para que a entidade alcanceseus objetivos. Divide-se nos subgrupos: investimentos, imobilizado e diferido.

    Investimentos: so todas as aplicaes de recursos que no tem por finalidade oobjetivo principal da entidade.Ex: imveis para aluguel, terrenos para expanso, aesem outras empresas, participao em empresas coligadas, participao em empresascontroladas e obras de arte.

    Imobilizado: representam as aplicaes de recursos em bens instrumentais que servemde meios para que a entidade alcance seus objetivos. Os bens materiais sofrem

    depreciao, os bens imateriais sofrem amortizao e os terrenos sofrem exausto . Ex:

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    veculos, mquinas e equipamentos, imveis, embarcaes, marcas e patentes e direitosautorais.

    Diferido: representa as aplicaes de recursos em despesas que iro influenciar oresultado de mais de um exerccio. Ex: gastos de implantao, gastos pr-operacionais,gastos com modernizao e reorganizao.

    ESTRUTURAO E CLASSIFICAO DE GRUPOS DO PASSIVO

    Passivo Circulante: composto por todas as obrigaes com prazo de vencimento em at12 (doze) meses. Ex. fornecedores, duplicatas a pagar, salrios a pagar, proviso parafrias, proviso para imposto de renda e emprstimos bancrios .

    Passivo Exigvel a Longo Prazo : representa as obrigaes com prazo de vencimentoaps 12 (doze) meses. Ex: emprstimos bancrios e financiamentos. Neste grupotambm so classificadas as seguintes contas: adiantamentos de scios, adiantamentosde acionistas, emprstimos de coligadas e emprstimos de controladas .

    Resultado de Exerccio Futuro : compreende as receitas recebidas antecipadamenteque de acordo com o regime de competncia pertence a exerccio futuro. Ex: receitaantecipada e custos atribudos receita antecipada.

    ESTRUTURAO E CLASSIFICAO DE GRUPOS DO PATRIMNIO LQUIDO

    Patrimnio Lquido : representa o capital que pertence aos proprietrios. Ex: capitalsocial, reservas de capital, reservas de reavaliao, reservas de lucros (legal, estatutria,contingncia, investimentos e lucros a realizar), lucros acumulados ou prejuzosacumulados.

    Capital Social : discrimina o valor subscrito e o valor que ainda ser realizado pelos

    scios ou acionistas.Reservas de Capital : so as contas que registram doaes recebidas, eventualmente,pela entidade. No caso de sociedades annimas, o gio na emisso de aes, o produtoda alienao de partes beneficirias, entre outras.

    Reservas de Reavaliao : registram os aumentos de valor atribudos a elementos doativo em virtude de novas avaliaes feitas pela entidade com base em laudo.

    Reservas de Lucros : so as contas formadas pela apropriao de lucro da empresa.

    Lucros ou Prejuzos Acumulados : registra os resultados acumulados pela entidade,quando ainda no distribudos aos scios, ao titular ou ao acionista.

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    BALANO PATRIMONIAL

    ATIVO PASSIVOAtivo Circulante Passivo CirculanteDisponvel Exigvel a Longo PrazoRealizvel a Curto Prazo Resultado de Exerccio FuturoEstoques PATRIMNIO LQUIDODespesas Antecipadas Capital SocialAtivo Realizvel a Longo Prazo Reservas de CapitalAtivo Permanente Reservas de ReavaliaoInvestimentos Reservas de LucrosImobilizado Lucros ou Prejuzos AcumuladosDiferido

    AS CONTAS

    CONCEITOS

    Uma conta um recurso contbil para reunir sob um nico item todos os eventose valores patrimoniais de mesma natureza. Ex: a conta do Banco Ultramarino rene todosos movimentos, depsitos e retiradas de dinheiro realizadas no Banco Ultramarino; aconta Veculos informa os movimentos, compras e vendas, de veculos. (S. A. Crepaldi)

    Conta o registro de dbitos e crditos da mesma natureza, identificados por umttulo que qualifica um componente do patrimnio ou uma variao patrimonial.

    NATUREZA E SALDO DAS CONTAS

    As contas devedoras so as representativas dos bens, direitos, despesas ecustos. Possuem permanentemente saldo devedor, devendo ser primeiro debitadas edepois creditadas. Ex: caixa, bancos, mercadorias, salrios e custos dos produtosvendidos.

    As contas credoras so as representativas das obrigaes, do patrimnio lquido,das receitas e dos ganhos. Possuem permanentemente saldo credor, devendo ser primeiro creditadas e depois debitadas. Ex: salrios a pagar, imposto a pagar,fornecedores e juros recebidos.

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    A diferena entre o dbito e o crdito denominada de saldo. Se o valor dosdbitos for superior ao valor dos crditos, a conta ter um saldo devedor. Se ocorrer ocontrrio, a conta ter um saldo credor.

    REPRESEN T AO GRFICA DAS CONTAS

    A conta a representao grfica da relao dbito e crdito de um determinadofato administrativo.

    Graficamente, podemos represent-la na forma da letra T, a qual chamamos deConta em T ou Razonete.

    Nome da ContaDbito | Crdito

    LANAMENTOS A DBITO E A CRDITO DAS CONTAS

    As operaes registradas (de acordo com a natureza de cada conta) atravs delanamentos ocasionam aumentos e diminuies do ativo, do passivo e do patrimniolquido.

    As contas do ativo so debitadas quando bens ou direitos entram no patrimnio ecreditadas quando saem.

    As contas passivas so creditadas quando o patrimnio assume obrigaes edebitada quando as liquida.

    O patrimnio lquido, como complemento do passivo para igualar ao ativo,

    obedece ao mesmo mecanismo das demais contas passivas, ou seja, suas contas socreditadas quando h aumento de patrimnio, e debitadas quando h reduo.

    ATIVO PASSIVO

    + d c BENS - d + c OBRIGAES

    + d c DIREITOS - d + c PATRIMNIO LQUIDO

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    As contas de despesas so debitadas, pois representam reduo do patrimniolquido, enquanto as contas de receitas so creditadas, pois representam aumento dopatrimnio lquido.

    CLASSIFICAO DAS CONTAS

    As contas so classificadas em dois grupos: patrimoniais e de resultado.

    Patrimoniais: representam os elementos ativos e passivos (bens, direitos, obrigaes esituao lquida).Ex: Caixa, Duplicatas a Receber, Fornecedores, Emprstimos, Capital Social.

    Resultado: registram as variaes patrimoniais e demonstram o resultado do exerccio(receitas e despesas).Ex: Salrios, Juros Passivos, Receitas Financeiras .

    O PLANO DE CONTAS

    O plano de contas um elenco de todas as contas previstas como necessriasaos registros (uma vez que o instrumento que o profissional consulta quando vai fazer um lanamento contbil, pois indica qual conta deve ser debitada e qual conta deve ser creditada) contbeis de uma entidade, oferecendo a vantagem de uniformizao dascontas utilizadas em cada registro, alm de servir de parmetro para a elaborao dasdemonstraes contbeis.

    A finalidade principal do plano estabelecer normas de conduta para o registrodas operaes da organizao, e na sua elaborao devem ser considerados trsobjetivos fundamentais:

    Atender s necessidades de informaes da administrao da entidade;

    Observar formato compatvel com os princpios contbeis e com a norma legal queregula a elaborao do balano patrimonial e das demais demonstraes contbeis,ou seja, a Lei n 6.404/76;

    Adaptar-se tanto quanto possvel s exigncias dos agentes externos entidade(fornecedores, bancos, rgos fiscais, auditoria externa) e, particularmente, s regrasda legislao do Imposto de Renda.

    O plano completo deve apresentar o ttulo das contas, a classificao, a funo,explicar o funcionamento, apontar a relao entre os grupos ou mesmo entre as contas,regular o registro das contas, estabelecer a anlise e os cdigos das contas e prever asderivaes das contas.

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    O ttulo de cada conta deve expressar o significado adequado das operaesnela registradas, pois as demonstraes contbeis podem no ser apenas utilizadas pelosusurios internos, mas tambm dos usurios externos. Alm disso, no caso de sociedadeannima de capital aberto (com aes negociadas em bolsas de valores), fundamental

    que suas demonstraes tenham uma linguagem precisa e clara para facilidade de seusacionistas em particular e do mercado em geral.

    A classificao das contas dada em grupos que permitam a comparao entresi, evidenciando a proporcionalidade entre bens, direitos e obrigaes.

    O responsvel pela elaborao do plano de contas precisa ter absolutaconscincia das necessidades da empresa e das normas tcnicas, fazendo com que oelenco apresente contas de funo bem definida, ou seja, esclarea para que serve cadaconta e qual o papel que desempenha na escriturao. Ex: caixa registra osmovimentos de dinheiro em poder da empresa, mercadorias registra os movimentos deaquisio das mercadorias destinadas venda.

    O funcionamento estabelece a relao da conta com as demais e evidencia como

    se comporta perante seu objeto. Demonstra como se debita a conta, como se credita,qual a natureza de seu saldo e quais as outras contas com que normalmente tem contato.

    Ex: caixa D: pelo recebimento em dinheiroC: pelo pagamento em dinheiroSaldo: representa o numerrio em poder da empresa e s pode ser devedor.

    Quando da elaborao do plano de contas devem ser analisados os graus dascontas que so a medida de dependncia na anlise destas, sendo que a dependentedeve ter sempre classificao inferior com relao a principal. Normalmente soempregados dois graus: conta sinttica ou principal (1 grau) e conta analtica ou derivada(2 grau).

    Ex: 1. Ativo - sinttica1.1 Ativo Circulante - analtica

    Cada conta deve ser identificada por um cdigo que a distingue das demais (esta

    codificao poder ser numrica ou alfabtica, ou ainda utilizar a combinao de letras enmeros).

    Ex: 1. Ativo1.1.1 Ativo Circulante

    O plano varia de acordo com o tipo de cada entidade e no pode ser rgido einflexvel, devendo permitir as alteraes que se mostrarem necessrias por ocasio desua utilizao, pois a rpida evoluo da economia moderna gera constantes

    modificaes e aperfeioamentos na legislao comercial e fiscal, bem como nas normase mtodos que regulam a atividade empresarial, o que exige a criao de novas contas, o

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    cancelamento de algumas e o desdobramento de outras, de modo que os registrosacompanhem a evoluo dos fatos e permitam a constante atualizao dosacontecimentos.

    ATOS E FATOS ADMINISTRATIVOS

    O conjunto de acontecimentos que constituem a dinmica patrimonial provenientedos atos e fatos administrativos.

    Atos Administrativos: so as ocorrncias que no alteram diretamente o patrimnio. Ex.Admisso e demisso de funcionrios e solicitao de mercadoria.

    Fatos Administrativos: so todas as ocorrncias que alteram o patrimnio permutandoos seus valores ou modificando o patrimnio lquido. A Contabilidade tem como contedoo estudo e o registro contbil dos fatos administrativos e atravs dos demonstrativoscontbeis pode conhecer seus efeitos sobre o patrimnio. Os fatos administrativos podemser: permutativos e modificativos.

    Permutativos: so os fatos que provocam variaes especficas, permutando oselementos do ativo e do passivo, sem alterar a situao lquida. Este fato altera aqualidade do patrimnio.Ex: compra de um veculo a vista (+A -A), pagamento de umadvida (-A P).

    Modificativos: so os fatos que produzem alterao na situao lquida do patrimnio,ora diminuindo-o, ora aumentado-o. Assim, os fatos modificativos podem ser aumentativos e diminutivos.Ex: despesa a vista (-A -PL) diminutivo

    receitas em geral (+A + PL) aumentativo

    EXEMPLO DE PLANO DE CONTAS

    A seguir apresentamos um exemplo de plano de contas, que com as devidasadaptaes, pode ser utilizado por empresas industriais, comerciais ou prestadoras deservios.

    1. ATIVO1.1Ativo Circulante1.1.1 Disponvel1.1.1.1 Caixa

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    1.1.1.2 Banco c/Movimento1.1.1.02.01 Banco X1.1.1.02.02 Banco Y1.1.1.3 Aplicao de Liquidez Imediata

    1.1.1.4 Cheques em Cobrana1.1.1.5 Numerrios em Trnsito1.1.2 Realizvel a Curto Prazo1.1.2.01 Duplicatas a Receber 1.1.2.02 (-) Duplicatas Descontadas1.1.2.03 (-) Proviso p/Devedores Duvidosos1.1.2.04 Impostos a Recuperar 1.1.2.04.01 ICMS a Recuperar 1.1.2.05 Cheques a Receber 1.1.2.06 Adiantamento a Fornecedores1.1.2.07 Adiantamento a Empregados1.1.3 Estoque1.1.3.01 Matrias - Primas1.1.3.02 Material Secundrio1.1.3.03 Produtos em Elaborao1.1.3.04 Produtos Acabados1.1.3.05 Mercadorias1.1.3.06 Material de Expediente1.1.4 Despesas Antecipadas1.1.4.01 Seguros a Vencer 1.1.4.02 Encargos Financeiros a Apropriar 1.1.4.03 Assinaturas e Anuidades1.2Ativo Realizvel a Longo Prazo1.2.1 Duplicatas a Receber 1.2.2 (-) Duplicatas Descontadas1.2.3 (-) Proviso p/Devedores Duvidosos1.2.4 Adiantamentos a Scios1.2.5 Adiantamentos a Acionistas1.2.6 Emprstimos a Coligadas1.2.7 Emprstimos a Controladas1.3Ativo Permanente1.3.1 Investimentos

    1.3.1.01 Aes de Controladas1.3.1.02 Aes de Coligadas1.3.1.03 Aes de Outras Empresas1.3.1.04 Imveis p/Alugar 1.3.1.05 Objetos de Arte1.3.2 Imobilizado1.3.2.01 Imveis1.3.2.02 Mveis e Utenslios1.3.2.03 Veculos1.3.2.04 Embarcaes1.3.2.05 Mquinas e Equipamentos

    1.3.2.06 (-)Depreciao Acumulada1.3.2.07 Direitos Autorais

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    1.3.2.08 (-) Amortizao Acumulada1.3.2.09 Terrenos1.3.2.10 (-) Exausto1.3.3 Diferido

    1.3.3.01 Custos Pr-Operacionais1.3.3.02 Gastos c/Estudos e Projetos1.3.3.03 Gastos c/ Modernizao

    2. PASSIVO2.1 Passivo Circulante2.1.1 Fornecedores2.1.2 Duplicatas a Pagar 2.1.3 Salrios a Pagar 2.1.4 INSS a Recolher 2.1.5 FGTS a Recolher 2.1.6 Proviso p/ 13 Salrio2.1.7 Dividendos a Pagar 2.1.8 Imposto de Renda a Recolher 2.1.9 Contribuio Social a Recolher 2.1.10 Proviso p/Frias2.1.11 ICMS a Recolher 2.1.12 PIS a Recolher 2.1.13 Cofins a Recolher 2.1.14 Emprstimos Bancrios2.2 Passivo Exigvel a Longo Prazo2.2.1 Adiantamento de Scios2.2.2 Adiantamento de Acionistas2.2.3 Emprstimos de Coligadas2.2.4 Emprstimos de Controladas2.3 Resultado de Exerccio Futuro2.3.1 Receitas Antecipadas2.3.2 (-) Custos Atribudos as Receitas Diferidas2.4 Patrimnio Lquido2.4.1 Capital Social2.4.2 Reservas de Capital2.4.2.01 Reservas da Correo Monetria do Capital

    2.4.3 Reservas de Reavaliao2.4.4 Reservas de Lucros2.4.4.01 Reserva Legal2.4.5 Lucro Acumulado2.4.6 (-) Prejuzo Acumulado2.4.7 (-) Aes em Tesouraria

    3. RECEITAS3.1 Receitas Operacionais3.1.1 Vendas3.1.1.01 Receita de Vendas de Produtos

    3.1.1.2 Receita de Vendas de Mercadorias3.1.1.3 Receita de Prestao de Servios

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    3.1.2 Financeiras3.1.2.01 Juros Ativos3.1.2.02 Juros de Aplicaes Financeiras3.1.2.03 Descontos Obtidos

    3.1.2.04 Variao Monetria Ativa3.1.3 Outras Receitas Operacionais3.1.3.01 Alugueis e Arrendamentos3.1.3.02 Vendas Acessrias3.1.3.03 Dividendos e Lucros Recebidos3.2 Receitas No-Operacionais3.2.1 Diversas3.2.1.01 Lucro na Venda de Bens3.2.1.02 Lucro na Alienao de Imveis3.2.1.03 Lucro na Alienao de Veculos3.2.1.03 Lucro na Alienao de Mveis e Utenslios3.2.1.03 Indenizaes Recebidas

    4. DESPESAS4.1 Despesas Operacionais4.1.1 Despesas Administrativas4.1.1.01 Honorrios da Diretoria4.1.1.02 Salrios e Ordenados4.1.1.03 Encargos Sociais4.1.1.04 Energia Eltrica4.1.1.05 Material de Expediente4.1.1.06 Indenizaes e Aviso Prvio4.1.1.07 Manuteno e Reparos4.1.1.08 Servios Prestados por Terceiros4.1.1.09 Seguros4.1.1.10 Telefone4.1.1.11 Propaganda e Publicidade4.1.2 Despesas com Vendas4.1.2.01 Honorrios da Diretoria4.1.2.02 Salrios e Ordenados4.1.2.03 Encargos Sociais4.1.2.04 Energia Eltrica

    4.1.2.05 Material de Expediente4.1.2.06 Indenizaes e Aviso Prvio4.1.2.07 Manuteno e Reparos4.1.2.08 Servios Prestados por Terceiros4.1.2.09 Seguros4.1.2.10 Telefone4.1.1.11 Propaganda e Publicidade4.2 Despesas No-Operacionais4.2.1. Perdas na Alienao de Imveis4.2.2 Perdas na Alienao de Mveis e Utenslios4.2.3 Perdas na Alienao de Veculos

    4.2.3 Outras Baixas do Ativo Permanente4.2.4 Provises para Perdas Permanentes

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    ESCRITURAO

    CONCEITOS

    a tcnica utilizada pela contabilidade para registrar, em ordem cronolgica, todosos fatos administrativos que ocorrem no patrimnio das entidades, para fornecer informaes sobre a composio do patrimnio e as variaes nele ocorridas emdeterminado perodo.

    o registro dos fatos contbeis, segundo os princpios e normas tcnico-contbeis,tendo em vista demonstrar a situao econmico-patrimonial da entidade e os resultadoseconmicos por ela obtidos em um exerccio. (Hilrio Franco)

    MTODO DE ESCRITURAO

    O mtodo de escriturao constitui-se em um conjunto de regras observadas comuniformidade para o registro dos fatos administrativos.

    Muitas tentativas de escriturao foram sendo elaboradas, ao longo dos sculos,para registrar os fatos contbeis at que, em 1949, em Veneza, atravs da publicao daobra Tratatus Particularis de Computis et Scripturis (Tratado Particular de Conta eEscriturao), o frei e matemtico Luca Paccioli, divulgou omtodo das PartidasDobradas, que se mostrou o mais adequado, produzindo informaes teis e capazesde atender a todas as necessidades dos usurios para gerir o patrimnio, tornando-se ummarco na evoluo contbil.

    O mtodo das Partidas Dobradas consiste no princpio no qual para todo dbitoem uma conta, existe simultaneamente um crdito, da mesma maneira que a soma dodbito ser igual a soma do crdito, assim como a soma dos saldos devedores ser iguala soma dos saldos credores.

    PROCESSOS DE ESCRITURAO

    Existem diversas maneiras para registrar os fatos administrativos na contabilidade,tais como: manual (escriturao manuscrita), maquinizada (efetuada em mquinasdatilogrficas comuns) e eletrnica (com a utilizao de programas de computador).

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    No processo eletrnico os lanamentos so introduzidos por digitao eprocessados por programa de computador, que poder a qualquer tempo fornecer informaes contbeis, tais como: o saldo e a movimentao das contas, clculo deimpostos e de encargos sociais, folhas de pagamentos, balancetes de verificao,

    demonstrativos contbeis, entre outros. o mais moderno e utilizado, atualmente, pelasempresas, principalmente as de mdio e de grande portes, por movimentarem centenasou milhares de operaes por dia (exige pessoal altamente especializado).

    LIVROS DE ESCRITURAO

    Para registrar os fatos contbeis ocorridos no patrimnio e atender as obrigaesdas legislaes: comercial, tributria, trabalhista e/ou previdenciria, as empresas, sejaqual for sua natureza jurdica, utilizam diversos livros de escriturao que podem ser classificados em:

    Quanto Necessidade de Manuteno:

    Obrigatrios: exigidos por lei.

    Ex: Dirio, todos os livros fiscais exigidos pela legislao federal, estadual emunicipal, os livros exigidos pela Lei n 6.404/76 das Sociedades Annimas.

    Facultativos: criados para prestar maior clareza e controle dos registros contbeis.

    Ex: Razo, Caixa, Bancos, Fornecedores, Controle de Estoques .

    Quanto Utilidade:

    Principais: registram todos os fatos ocorridos, constituindose no centro deinformao.

    Ex: Dirio e Razo.Auxiliares: servem para desdobrar os registros constantes nos livros principais.

    Ex: Caixa, Conta Corrente, Livro de Duplicatas.

    Quanto Natureza:

    Cronolgicos: registram as datas de ocorrncias dos fatos em ordem rigorosa.

    Ex: Dirio, Caixa.

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    Sistemticos: registram os fatos separadamente por espcie, ou seja, por conta.

    Ex: Razo, Conta Corrente.

    LANAMENTOS

    o registro dos fatos contbeis realizado atravs do mtodo das partidasdobradas, sendo a partida devedora representada pela aplicao do recurso e a partidacredora sendo representada pela origem do recurso.

    D: AplicaoC: Origem

    Os lanamentos atendem a duas funes: histrica que consiste na narrao dofato em ordem cronolgica (dia, ms, ano e local) e monetria que compreende o registroda expresso monetria dos fatos e o seu agrupamento conforme a natureza de cada um.E devem ser escriturados de acordo com algumas disposies tcnicas, tais como:evidenciar o local e a data do registro, a(s) conta(s) debitada(s), a(s) conta(s) creditada(s),o histrico da operao e o valor da operao.

    Ex: Compra de mercadorias vista, em Belm (PA), no dia 10 de agosto de 2002, da Cia.das Mquinas, conforme nota fiscal n 666, no valor de R$ 35.000,00.

    Lanamento :

    Belm (PA), 10 de agosto de 2002.Mercadoriasa Caixa 35.000,00

    Compra de mercadorias vista, conforme nota fiscal n 666, da Cia. das Mquinas.

    FRMULAS DE LANAMENTOS

    H 04 (quatro) frmulas para registrar os fatos contbeis, de acordo com o nmerode contas debitadas e creditadas.

    1 Frmula : uma conta debitada e outra creditada;

    Ex: Recebimento, em dinheiro, de duplicatas no valor de R$ 4.000,00

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    D: CaixaC: Duplicatas a Receber 4.000,00

    2 Frmula : uma conta debita e mais de uma conta creditada.

    Ex: Recebimento, em dinheiro, de duplicatas no valor de R$ 4.000,00, mais 10% de jurosdevido ao atraso no pagamento efetuado pelo cliente.

    D: Caixa 4.400,00C: Duplicatas a Receber 4.000,00C: Juros Ativos 400,00

    3 Frmula : mais de uma conta debitada e uma conta creditada.

    Ex: Pagamento de fornecedores, em dinheiro no valor de R$ 4.000,00 mais juros de 10%devido ao atraso no pagamento.

    D: Fornecedores 4.000,00D: Juros Passivos 400,00C: Caixa 4.400,00

    4 Frmula : mais de uma conta debitada e mais de uma conta creditada.

    Ex: Compra de mercadorias no valor de R$ 2.000,00 e de mveis e utenslios no valor deR$ 3.000,00, com pagamento de 50% vista e o restante prazo.

    D: Mercadorias 2.000,00

    D: Mveis e Utenslios 3.000,00 5.000,00 C: Caixa 2.500,00C: Duplicatas a Pagar 2.500,00 5.000,00

    TCNICAS DE CORREO DOS ERROS DE ESCRITURAO

    Os erros de escriturao devem ser corrigidos mediante retificao de lanamentoatravs de estorno, complementao e transferncia.

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    Estorno : utilizado quando ocorre a duplicidade de um mesmo lanamento contbil oupor erro de lanamento da conta debitada ou da conta creditada.

    Complementao : efetuada para corrigir o valor anteriormente registrado,aumentando-o ou reduzindo-o.Transferncia : regulariza o lanamento da conta debitada ou creditada indevidamente,atravs da transposio do valor para a conta adequada.Obs: Os lanamentos realizados fora da poca devida devero registrar nos seushistricos, as datas de sua efetiva ocorrncia e o(s) motivo(s) do atraso.

    Exemplos de erros de lanamentos:

    1- Erros de valor: Pago despesa com salrios no valor de R$ 2.000,00, em dinheiro.

    Incorreto

    D: Despesas c/ SalriosC: Caixa ...................................................200,00

    Correto

    D: Despesas c/SalriosC: Caixa ...................................................1.800,00

    2- Troca de contas: Compra de matria-prima, vista, por R$ 8.650,00.

    Incorreto

    D: Matria-primaC: Fornecedores ........................................ 8.650,00

    Correto

    D: FornecedoresC: Caixa ......................................................8.650,00

    3- Inverso de contas: Compra de um equipamento, vista, por R$ 14.000,00.

    Incorreto

    D: CaixaC: Equipamentos ....................................... 14.000,00

    Cancelamento do Incorreto

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    D: EquipamentosC: Caixa ...................................................... 14.000,00

    CorretoD: EquipamentosC: Caixa ...................................................... 14.000,00

    EXERCCIO ECONMICO

    A atividade de gesto administrativa das entidades contnua, mas necessrioestabelecer perodos, geralmente, de um ano, coincidindo com o ano civil, para obter informaes sobre a situao patrimonial, econmica e financeira em determinadosperodos.

    A Lei n 6.404/76 que regulamenta as entidades constitudas em forma desociedades por aes (S/A), estabelece que seus balanos devem ter periodicidade deum ano, sem fixar a poca em que devem iniciar e terminar os perodos administrativos.

    A legislao do imposto de renda estabelece que os balanos apresentados combase no pagamento do imposto devem compreender o perodo de doze meses eencerrar-se no dia 31 de dezembro de cada ano, podendo esse perodo ser inferior adoze meses, caso a entidade tenha sido constituda no decorrer do ano-calendrio.

    O Banco Central exige que os bancos apresentem balanos a cada seis meses,embora seus exerccios sociais continuem por 12 meses.

    D-se o nome de exerccio ao perodo no qual so registrados os fatos contbeis,geralmente coincidindo com o ano civil, perodo em que se inicia, desenvolve e conclui aao da administrao patrimonial.

    Exerccio econmico : o perodo de gesto em que so registrados os fatos denatureza econmica para informar sobre o resultado do desempenho administrativo,evidenciando lucro ou prejuzo.

    As entidades sem fins lucrativos nas quais predominam registros contbeis depagamentos e de recebimentos, tais como: a Unio, os Estados e os Municpios,trabalham com o perodo administrativo de gesto denominado exerccio financeiro.

    OPERAES COM MERCADORIAS

    As empresas comerciais tm por finalidade a aquisio de mercadorias pararevenda servindo como intermedirias nas trocas entre fornecedores e clientes. O

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    controle da evoluo do patrimnio dessas empresas realizado pela ContabilidadeComercial que registra atravs de lanamentos todas as operaes relacionadas comcompras e vendas de mercadorias, despesas acessrias, descontos ou abatimentosincondicionais, devolues e incidncia de impostos, tais como: o Imposto sobre

    Circulao de Mercadorias (ICMS).

    Compra de Mercadorias

    As compras de mercadorias podem ser realizadas vista ou a prazo. Nas compras vista o pagamento realizado no ato, enquanto nas compras a prazo, cria-se umaobrigao de pagamento futuro.

    Ex.: Compra de mercadorias, vista, no valor de R$ 460,00, conforme nota fiscal n 0526de Neves & Pontes Ltda.

    Mercadoriasa Caixa 460,00

    Compra de mercadorias, conformenota fiscal n 0526, de Neves & Pontes Ltda.

    Venda de Mercadorias

    As vendas de mercadorias, assim como as compras, tambm podem ser realizadas vista ou a prazo, constitudo-se na principal fonte de receitas das empresas comerciais.

    Ex.: Venda de mercadorias, vista, conforme nossa nota fiscal n 325, no valor de R$230,00.

    Caixa

    a Venda de Mercadorias 230,00Conforme nossa nota fiscal n 325

    Despesas Acessrias

    As compras de mercadorias podem ter seu custo aumentado pela ocorrncia dedespesas acessrias, como o valor de fretes e seguros, quando pagas pelo destinatrio(comprador), sendo, geralmente, destacadas ema nota fiscal.

    Ex.: Compra de mercadorias, vista, no valor de R$ 840,00, conforme nota fiscal n 0415de Silva & Souza Ltda. As mercadorias foram transportadas por R.J.J. Transportes Ltda.,

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    pelo valor de R$ 36,00, correspondentes a fretes e seguros, conforme nota fiscal deservios e transportes n 03814 e aplice de seguro n 5638.

    Mercadoriasa Caixa 840,00Compra de mercadorias, conformenota fiscal n 0415, de Silva & Souza Ltda.

    Fretes e Segurosa Caixa 36,00

    Despesas com transporte sobre compras,igual a fretes mais seguros, pago R.J.J.Transportes Ltda., conforme nota fiscaln 03814 e aplice n 5638.

    Mercadoriasa Fretes e Seguros 36,00

    Correspondentes a fretes e seguros pagos nacompra supra que se transferem para integrar o custo de aquisio.

    Descontos ou Abatimentos Incondicionais

    O valor das mercadorias pode ser reduzido pela obteno de descontos ouabatimentos incondicionais, destacados em nota fiscal e no dependentes, para suaconcesso, de evento posterior emisso desse documento.

    Obs.: Quando a nota fiscal destacar o desconto ou abatimento incondicional e o valor totalda nota fiscal j estiver deduzido do valor do desconto, no obrigatria suacontabilizao.

    Ex.: Compra de mercadorias, vista, no valor de R$ 760,00, conforme nota fiscal n 2489,

    de Neves & Alves Ltda., com desconto incondicional no valor de R$ 60,00.Mercadoriasa Diversos

    Conforme nota fiscal n 2489, de Neves & AlvesLtda., como segue:

    a CaixaValor da nota fiscal supra 760,00

    a Descontos Incondicionais ObtidosConforme destaque na nota fiscal supra 60,00 700,00

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    Devoluo de Compras e de Vendas

    Aps a realizao de uma compra ou de uma venda, pode ocorrer sua anulao

    parcial ou total por diversos motivos, tais como: problemas financeiros do comprador,defeitos nas mercadorias, entre outros motivos desconhecidos no momento da aquisioou da venda, ocasionando sua devoluo.

    Ex.: Devoluo de compras correspondente ao valor total da nota fiscal n 0225 deMendes & Silva Ltda.

    Caixaa Devoluo de Compras 830,00

    Devoluo de compras conforme nota fiscaln 0225 de Mendes & Silva Ltda.

    Ex.: Devoluo de vendas efetuadas no dia 29.07.2002, correspondente ao valor total denossa nota fiscal n 04106.

    Devoluo de Vendasa Caixa 540,00

    Mercadorias recebidas em devoluo, conformenota fiscal n 04256, correspondente a vendaefetuada em 29.07.2002, atravs de nossa notafiscal n 04106.

    ICMS Incidente sobre Vendas

    O Imposto sobre Operaes Relativas Circulao de Mercadorias e sobre aPrestao de Servios de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicao ICMS, um imposto de competncia estadual, incidente sobre as atividades de circulaode mercadorias e sobre a prestao de alguns servios especficos como o transporteinterestadual e intermunicipal, comunicao e energia eltrica.

    O ICMS calculado mediante aplicao de uma alquota (porcentagem) sobre ovalor das mercadorias ou dos servios. Esta alquota estabelecida de acordo com o tipode mercadoria ou do servio, sua origem e sua destinao. No Par a alquota,atualmente, de 17%. A base de clculo do ICMS o valor da mercadoria ou servioregistrado na nota fiscal.

    O ICMS um imposto no-cumulativo, pois o valor pago em uma operao deveser compensado no valor do imposto a pagar na operao seguinte.

    Ex.: A empresa Neves & Pontes Ltda. comprou, vista, mercadorias para revenda, deSilva & Souza Ltda., conforme nota fiscal n 00118, no valor de R$ 400,00, com o ICMS

    destacado no valor de R$ 68,00.

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    Diversosa Caixa

    Compra de mercadorias, conforme nota fiscaln 00118 de Silva & Souza Ltda.

    MercadoriasValor lquido da compra. 332,00ICMS a Recuperar

    Valor do ICMS destacado pela alquota de 17%. 68,00 400,00Ex. A empresa Neves & Pontes Ltda, vendeu mercadorias, vista, por R$ 600,00,conforme nota fiscal n 515, no valor de R$ 600,00, com o ICMS destacado no valor deR$ 102,00.

    Caixaa Venda de Mercadorias

    Conforme nossa nota fiscal n 00118 600,00

    ICMS sobre Vendasa ICMS a Recuperar

    Valor do ICMS destacado pela alquota de 17%. 102,00

    * Prof. Daniela Miranda, Contadora, Ps-Graduao em Auditoria Interna e Externa ePs-Graduao (MBA) em Administrao de Recursos Humanos.

    Referncia Bibliogrfica

    1. ALMEIDA, M.C.Curso bsico de contabilidade: introduo metodologia dacontabilidade . So Paulo: Atlas, 1996.

    2. ANDERSEN, A.Normas e prticas contbeis no Brasil . So Paulo: Atlas, 1997.

    3. ASSAF NETO, A.Estrutura e anlise de balanos: um enfoque econmico-financeiro . So Paulo: Atlas, 1993.

    4. CREPALDI, S.A.Curso de Contabilidade: resumo e teoria . So Paulo: Atlas, 1995.

    5. EQUIPE DE PROFESSORES DA FEA/USP.Contabilidade introdutria . So Paulo:

    Atlas, 1998.

    6. FRANCO, H. Contabilidade Geral . 23 Ed. So Paulo: Atlas, 1999.

    7. IUDICIBUS, S. & MARION, J.C.Curso de contabilidade para no contadores . SoPaulo: Atlas, 1997.

    8. IUDICIBUS, S. & MARION, J.C.Contabilidade Empresarial . So Paulo: Atlas, 1997.

    9. MARION, J.C.Contabilidade empresarial . So Paulo: Atlas, 1997.

    10. WALTER, M.A.Contabilidade bsica . So Paulo: Saraiva, 1996.

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