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APOSTILA – CONCEITOS TÉCNICOS

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APOSTILA – CONCEITOS TÉCNICOS

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SAO® - Sistema para Ancoragem Ortodôntica

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Produto Imagem Modelos

Sistema Ancoragem

Flex

(uso com ADV)

Miniplaca Sistema Flex – Furo

Formatos:

• T

• Y

• C

• L

• J

Parafuso Tamanhos:

• 2.0 X 6.0mm

• 2.3 X 6.0 mm

ADV - Adaptador Duplo Vertical

Dimensões: Espessura: 0,9 mm

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SAO® - Sistema para Ancoragem Ortodôntica

RAHOS Technology Ltda

Edição: 2001-00-01

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Produto Imagem Modelos

Sistema Ancoragem Gancho

Miniplaca Sistema Gancho

Formatos:

• T

• Y

• C

• L

• J

Tamanhos:

• C (curta)

• P (pequena)

• M (média)

• L (longa)

Parafuso

Tamanhos:

• 2.0 X 6.0mm

• 2.3 X 6.0 mm

Dimensões: Espessura: 0,9 mm

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Edição: 2001-00-01

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Produto Imagem Modelos

Chave SAO - Apoio Curva

Chave SAO - Apoio Curva Nota: Indicado para auxílio na inserção e/ou remoção do parafuso/placa.

Chave SAO - Apoio Reta

Chave SAO - Apoio Reta Nota: Indicado para auxílio na inserção e/ou remoção do parafuso/placa.

Chave SAO - Fixação Cruciforme

Chave SAO - Fixação Cruciforme Nota: Indicado para auxílio na inserção e/ou remoção do parafuso/placa.

Estojo para Miniplaca, Parafuso e Fresa

Estojo para Miniplaca, Parafuso e Fresa Nota: Indicado para acondicionar e facilitar o transporte e a esterilização das Miniplacas, Parafusos e Fresa.

Fresa

Fresa SAO - PM 1.5 Nota: Indicado para auxílio no encaixe do Parafuso Cross Drive na Miniplaca

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INTRODUÇÃO O avanço tecnológico relacionado aos materiais ortodônticos tem proporcionado a

utilização de forças mais leves e constantes. A introdução e o desenvolvimento de novas ligas

metálicas, tais como os fios de níquel-titânio termodinâmicos, titânio-molibdênio, titânio-nióbio,

entre outros, e a reintrodução de braquetes auto-ligados, possibilitam a realização de

tratamentos ortodônticos em menor período de tempo. Essa diminuição do tempo de

tratamento é crucial no tratamento de pacientes adultos e pode ajudar a explicar o aumento

da demanda dos mesmos nos consultórios ortodônticos.

Atualmente existem vários protocolos de tratamento ortodôntico, onde sequências de

trocas de fios e diferentes tipos de braquetes são preconizados, de maneira a atender a maior

parte dos casos considerados padrão. No entanto, particularmente no Brasil, assimetrias

dentárias geradas por perdas de dentes permanentes em diferentes idades são características

comumente encontradas no dia-a-dia do ortodontista. A utilização de tais protocolos nestes

casos pode não surtir o efeito esperado, aumentando significativamente a quantidade de

efeitos colaterais e por consequência o tempo requerido para resolução do problema inicial.

Há ainda os casos onde a cirurgia ortognática seria a opção mais simples e ideal, entretanto,

o alto custo de um tratamento orto-cirúrgico, além da dificuldade de aceitação deste tipo de

intervenção, tem gerado a necessidade de tratamentos mais conservadores onde a

compensação ortodôntica é requerida, não obstante o resultado ser um pouco mais distante

do ideal.

As técnicas ortodônticas que preconizam arcos contínuos, na maior parte das vezes,

utilizam apoio nos dentes vizinhos como ancoragem para determinada movimentação

ortodôntica. Se a movimentação necessária é pequena, provavelmente o efeito colateral que

pode ser causado será também pouco expressivo. No entanto, se a movimentação dentária é

extensa, ou se os dentes a serem movimentados têm raízes volumosas em comparação com

seus vizinhos, ou se ambos os fatores estão presentes, a possibilidade de efeitos colaterais

extensos se torna provável. Nestes casos a aplicação de protocolos convencionais de

tratamento pode ser questionada. É, ainda, importante lembrar que alguns movimentos

ortodônticos ocorrem com mais facilidade do que outros. Por exemplo, movimentos extrusivos

ocorrem muito facilmente enquanto os intrusivos necessitam de mais tempo com cargas leves

e constantes.

É neste cenário que a biomecânica se torna uma ferramenta imprescindível. Ao invés

de protocolos de tratamento, sequências mecânicas individualizadas são planejadas visando

evitar os prováveis efeitos colaterais. A utilização do conceito de “dois dentes” e da Técnica

do Arco Segmentado (TAS) descritos por Burstone, permite o planejamento racional de casos

com movimentações ortodônticas extensas ou complexas. Nestes casos, inicia-se pela

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avaliação de quais movimentos dentários podem provocar efeitos adversos, é planejado então

um sistema de forças que melhor soluciona o problema por meio de dispositivos mecânicos

tais como: cantiléveres, barras palatinas e arcos linguais, alças retangulares e de correção

radicular, entre outros. Dependendo da magnitude do problema, a ancoragem para tal

movimentação é planejada. Pode-se usar como ancoragem somente grupos de dentes unidos

por meio de fios mais rígidos, esplintes de resina acrílica colados ou cimentados aos dentes,

além da possibilidade do uso de ancoragem esquelética, que utiliza miniimplantes, miniplacas

e implantes ósseo-integrados que diminuem ou eliminam os efeitos colaterais.

2. BIOMECÂNICA APLICADA

Os conceitos básicos de força, momento, centro de resistência, princípio de

transmissibilidade, proporção momento/força, assim como a soma ou decomposição vetorial

por meio da “lei do paralelogramo” foram explorados nos capítulos anteriores ou podem ser

encontrados no artigo escrito por Sakima et al.. O conceito de “dois dentes” utilizado na

Técnica do Arco Segmentado de Burstone facilita a análise mecânica dos sistemas de forças.

Neste conceito, são definidas duas unidades: unidade ativa, ou seja, o(s) dente(s) a ser(em)

movimentado(s) e a unidade de ancoragem ou reativa, que servirá de suporte para a

movimentação requerida na outra unidade. Entre os dois segmentos pode-se ter duas

situações possíveis. Na primeira, o fio ortodôntico é inserido dentro do braquete ou tubo de

uma das unidades e do outro lado, apenas um ponto de contato é fixado na unidade de

ancoragem (fig. 1). Este tipo de sistema de forças é chamado de estaticamente determinado.

Na segunda, denominado de sistema estaticamente indeterminado, o fio ortodôntico é inserido

dentro do braquete ou tubo nas duas unidades.

Figura 1: Cantilever para intrusão do canino.

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2.1. Sistemas estaticamente determinados

São caracterizados por ter uma das extremidades do fio inserido no braquete ou tubo e a outra

amarrada formando apenas um ponto de contato. O cantilever é o principal representante dos

sistemas estaticamente determinados. Tem como característica ser fácil o cálculo das forças

e momentos gerados nas duas unidades. Uma vez inserida uma das extremidades do fio no

tubo ou braquete de uma unidade, mede-se a força gerada na outra extremidade diretamente

com o auxílio de um tensiômetro (fig. 1). Para a determinação da magnitude do momento na

unidade onde o fio está inserido, a distância entre o tubo ou braquete até o ponto onde o

cantilever é amarrado é medida, e multiplicada pela magnitude da força (M=F*d). No sistema

estaticamente determinado só é possível a geração de momento na unidade onde o cantilever

está inserido na canaleta do tubo ou braquete. Do outro lado, a presença de somente um

ponto de contato não é capaz de gerar binário. A característica mais importante deste tipo de

sistema é a constância durante a desativação, ou seja, conforme desativa as forças e

momentos permanecem com as mesmas direções e proporções. Além do cantilever simples

que utiliza um segmento de fio reto, pode-se ter diferentes configurações (fig. 2). A

incorporação de curvaturas, dobras e helicoides neste segmento de fio gera diferentes

direções de força. O cantilever com configuração logarítmica (fig. 2a) promove além das forças

verticais e transversais, possíveis nos cantiléveres simples, força de atração entre as

unidades. Outra forma de incorporar este tipo de força de atração/retração é utilizar um

helicoide como demostrado na figura 2b. A configuração em forma de arco utilidade promove

forças de repulsão entre as unidades além das forças verticais e transversais (fig. 2c). As

forças em cada um dos planos do espaço devem ser medidas com o auxílio de um

tensiômetro. Desta forma, os cantiléveres simples promovem forças no sentido vestíbulo-

lingual e cervico-oclusal enquanto que os de configuração alterada podem produzir forças de

atração ou repulsão concomitantemente a estas geradas pelos simples. É importante

relembrar que o cantilever deve ser inserido na canaleta do braquete ou tubo da unidade que

vai receber o momento (tendência rotacional), ou seja, se desejamos um momento grande na

unidade ativa, o cantilever deve ser inserido dentro da canaleta da unidade ativa. Caso

somente a força seja desejada na unidade ativa, o cantilever deve ser inserido na unidade de

ancoragem e somente amarrado em um ponto na unidade ativa.

Figura 2: Diferentes configurações de cantiléveres.

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2.2. Sistemas estaticamente indeterminados

Quando o fio ortodôntico é inserido dentro do braquete ou tubo nas duas extremidades dá-se

o nome de Sistema Estaticamente Indeterminado. Neste tipo de sistema têm-se seis diferentes

possibilidades denominadas de “seis geometrias”. Este tipo de sistema caracteriza-se por não

ser facilmente calculado como o estaticamente determinado. Ainda, o sistema de forças

gerado não é estável durante a desativação, sendo muito importante o estudo de como ocorre

a desativação de determinada geometria em cada situação clínica. Este estudo determina a

frequência de reativação de cada sistema instalado. Nesta categoria se inserem os seguintes

dispositivos mecânicos: alça de correção radicular, barra transpalatina, arco lingual, alça em

“T” de retração e alça retangular.

3. ANCORAGEM

O estudo da ancoragem é fundamental na Técnica do Arco Segmentado. Diferentemente das

técnicas de arcos contínuos que geralmente utilizam os dentes vizinhos como ancoragem, na

TAS o bloco de ancoragem é estudado em detalhes. Para dar sequência, faz-se necessário a

conceituação de alguns termos:

1. Consistência absoluta: o sistema de forças desenvolvido é desejável nas unidades ativa e

de ancoragem.

2. Consistência relativa: a movimentação deve ocorrer somente na unidade ativa e a unidade

de ancoragem deve permanecer na mesma posição inicial.

3. “Free anchorage”: dentes que por algum motivo vão ser extraídos poderão servir de

ancoragem para a movimentação da unidade ativa.

4. Oclusão estável: a utilização da força oclusal, bem como a intercuspidação dos dentes

podem ajudar na manutenção do posicionamento da unidade de ancoragem. Esplintes

também ajudam neste conceito, principalmente se forem edentados.

5. Ancoragem intra-óssea: diz respeito ao uso de miniimplantes, miniplacas e implantes

ósseo-integrados como ancoragem.

A consistência absoluta não é fácil de ser encontrada nos casos assimétricos. Um

exemplo típico é a utilização da barra transpalatina para a correção de dois primeiros molares

superiores com giroversão para mesial. A aplicação de uma barra ativada em geometria 6 é

boa para movimentar as duas unidades de maneira favorável. No entanto, na grande maioria

das situações a consistência relativa é que está presente. Nestes casos, a movimentação

requerida é somente da unidade ativa e a unidade de ancoragem deve manter a sua posição.

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A primeira pergunta que se deve fazer ao iniciar o planejamento mecânico é se vai haver a

necessidade de extrações dentárias para a solução do caso em questão. Se a resposta for

positiva, a unidade de ancoragem pode ser o dente a ser extraído (“free anchorage”). Caso

contrário, pode-se planejar a unidade de ancoragem contendo poucos dentes, vários dentes,

esplintes ou mesmo ancoragem intraóssea dependendo da quantidade de movimentação

requerida na unidade ativa.

3.1. Esplintes

Uma das principais características da Técnica do Arco Segmentado é a aplicação de

forças leves e constantes. O planejamento do sistema de forças mais adequado em cada caso

deve ser aliado com o cuidado clínico de deixar o caminho livre para que a movimentação

ortodôntica ocorra. De nada adianta a colocação de dispositivos ortodônticos liberando os

sistemas de forças necessários se a intercuspidação dos dentes e a força oclusal estiverem

presentes como obstáculos à movimentação. Neste cenário a utilização de esplintes em

Ortodontia, especialmente em pacientes adultos, pode ser uma ferramenta poderosa tanto no

sentido de liberar a unidade ativa para que ela possa ser movimentada sem problemas, quanto

no lado de ancoragem. Os esplintes também podem servir para diminuir o trauma oclusal de

alguns dentes abalados periodontalmente e devem ser planejados juntamente com a melhor

mecânica para a movimentação dos mesmos. Como ancoragem ajudam especialmente no

controle vertical, ou seja, no sentido de evitar extrusão de dentes posteriores, mas também

servem como ancoragem sagital e transversal, dependendo da forma como são planejados.

Desta forma, os esplintes tem duas funções bem específicas: 1. desocluir os dentes a serem

movimentados e 2. criar um bloco de ancoragem mais rígido, utilizando a força oclusal e a

intercuspidação dos dentes para evitar a movimentação ortodôntica indesejada.

Os esplintes podem ser fixos ou removíveis e, lisos ou edentados. Os esplintes fixos

são colados diretamente na superfície oclusal dos dentes utilizando resina acrílica

fotopolimerizável (“Triad” em bastão da Dentisply), ou são esplintes feitos em acrílico e

cimentados com cimento de ionômero de vidro. Por ser colada diretamente nas superfícies

oclusais dos dentes posteriores, a resina “Triad” não deve permanecer por um longo período

de tempo, pois existe o risco de descalcificações e cáries. Quando é necessário um tempo

superior a seis meses de uso de um esplinte fixo, recomenda-se o esplinte cimentado. Os

esplintes removíveis são aparelhos removíveis com cobertura oclusal e servem principalmente

para ajudar a remover a intercuspidação e facilitar a movimentação dos dentes antagonistas.

No entanto, se utilizado com edentações, pode ajudar no controle transversal e sagital para

evitar a perda de ancoragem.

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3.2. Ancoragem intraóssea

Os meios de ancoragem intraóssea representam uma grande evolução no conceito de

ancoragem intrabucal e podem ser divididos em dois grupos: os dispositivos de ancoragem

temporária e os implantes ósseo-integrados. O fato da Técnica do Arco Segmentado utilizar o

conceito de “dois dentes” onde uma unidade serve de ancoragem enquanto a outra é

movimentada com o auxílio dos dispositivos mecânicos, faz com que a movimentação

ortodôntica necessária apoiada em ancoragem intraóssea ocorra praticamente sem efeitos

colaterais. Ainda, estes dispositivos mecânicos tem como característica a liberação de cargas

leves e constantes, cargas estas consideradas estáticas e ótimas se a referência for estes

dispositivos intraósseos. Dentre os dispositivos de ancoragem temporária dois merecem

destaque especial: os miniimplantes e as miniplacas.

A ancoragem em miniplacas foi reintroduzida por Sugawara e sua equipe18 em 1998.

Desde então, estes autores têm publicado inúmeros artigos mostrando movimentações

dentárias em pacientes considerados limítrofes ou até cirúrgicos, tratados sem cirurgia

ortognática3,13,14,15,16. A possibilidade de intrusão e movimentação sagital de dentes anteriores

e posteriores têm sido demonstradas com sucesso.

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APRESENTAÇÃO DO SAO®

O Sistema de Apoio Ósseo para Mecânica Ortodôntica foi especialmente desenvolvido

para ancoragem esquelética e consiste de: miniplacas, parafusos monocorticais e

adaptadores que se encaixam na haste transmucosa da Miniplaca. As miniplacas são feitas

de titânio comercialmente puro, o que lhes confere biocompatibilidade. São cirurgicamente

sobrepostas ao osso basal e fixadas por meio de parafusos monocorticais. Os parafusos são

de liga de titânio-vanádio. Os adaptadores duplos verticais (ADV) são de cromo-cobalto e não

entram em contato direto com o osso.

O corpo subperiostal da miniplaca, parte que fica em contato com o osso basal,

apresenta três perfurações para a fixação através de parafusos monocorticais. Esses anéis

são ordenados de cinco maneiras distintas: em forma de “T”,“Y”, “L”,”C”e “J” (Fig. 3).

FIGURA 3. Miniplacas SAO em diferentes formatos para áreas distintas.

A haste transmucosa, como o nome sugere, é a porção que atravessa a mucosa oral.

Apresenta um único tamanho e pode ser cortada (diminuída) para melhor se adaptar a região

implantada. A diminuição da miniplaca pode ser feita pelo cirurgião com alicate de corte antes

da cirurgia, ou pelo ortodontista com fresa 702 ou diamantada em alta-rotação. Clinicamente,

a extremidade da miniplaca não deve ultrapassar a linha cervical dos bráquetes para se evitar

que eventuais fraturas possam ocorrer (Fig. 4). A haste possui oito orifícios, dos quais apenas

dois deles são utilizados para fixação do Adaptador Duplo Vertical (ADV). Desta forma,

existem sete diferentes possibilidades de altura nas quais o adaptador pode ser fixado. Outros

sistemas geralmente necessitam de vários tamanhos de miniplacas para se adaptarem às

diferentes situações clínicas.

FIGURA 4. Corte da miniplaca abaixo da linha dos braquetes.

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O Adaptador Duplo Vertical possui dois pinos, que são encaixados em dois dos

orifícios da haste transmucosa, na posição que mais favorecer a mecânica ortodôntica e/ou a

anatomia local (Fig. 5-A).

Dois outros pinos em forma de gancho, posicionados em lados opostos, servem

para reter o fio de amarrilho que mantém o ADV fixo à haste transmucosa. Esses dois

ganchos, um voltado para mesial e outro para distal, ainda permitem o uso de acessórios

ortodônticos como molas e elásticos (Fig. 5-C).

O corpo principal do ADV possui dois tubos verticais 0,022 x 0,028’’ que

permitem o uso concomitante de dois fios retangulares por duas vias de inserção, superior e

inferior (Fig. 5-B).

Após o encaixe do ADV na haste transmucosa, um fio de amarrilho (0,030”) em

forma de laço captura o gancho distal, percorre o lado interno da haste transmucosa e envolve

o gancho mesial, onde é amarrado. Esse fio de amarrilho mantém o ADV firmemente fixado

na haste transmucosa (Fig. 6).

FIGURA 5: Adaptador Duplo Vertical (ADV). A: Pinos para encaixe na haste transmucosa; B: Slots C: Ganchos.

A

B

A B C

FIGURA 6: Fixação do ADV na haste transmucosa. A: Laço confeccionado com fio de amarrilho. B: Laço envolvendo o gancho distal e percorrendo a face interna da haste transmucosa. C: Amarrilho amarrado no gancho mesial, fixando o ADV firmemente à haste transmucosa.

C

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Os parafusos utilizados na fixação da miniplaca confeccionados em liga de

titânio-vanádio são auto-rosqueáveis, possuem um orifício fenda cruciforme na cabeça onde

se adapta a chave manual e apresentam diâmetro de 2 mm ou 2,3 mm e comprimento de 6

mm (4,5 mm de rosca) para fixação em cortical óssea (Fig. 7).

O Sistema de Apoio Ósseo para Mecânica Ortodôntica (Fig. 8) possibilita a

utilização simultânea de mecânicas e dispositivos ortodônticos diversos como “cantilevers”,

alças para verticalização de molares, alças retangulares e fios rígidos que podem funcionar

como ancoragem indireta. Nos ganchos podem ser engatadas molas de níquel-titânio ou aço

e cadeias elásticas. Uma das limitações das outras miniplacas existentes no mercado é o fato

de não existir uma distância razoável da miniplaca até os dentes a serem movimentados, o

que na maioria das vezes ocasiona a aplicação de forças muito pesadas e difíceis de serem

medidas. A presença dos tubos neste sistema permite a utilização de dispositivos da Técnica

do Arco Segmentado de Burstone e desta forma, forças leves e mais constantes, consideradas

biologicamente mais aceitáveis particularmente nos movimentos intrusivos, podem ser

obtidas, diminuindo os riscos de reabsorção radicular. A versatilidade gerada pela presença

dos tubos e ganchos permite que movimentações em diferentes locais dentro da mesma

arcada possam ser realizadas simultaneamente. Se vários dispositivos mecânicos podem ser

acoplados simultaneamente a uma mesma miniplaca, uma menor quantidade de miniplacas é

necessária para a solução dos diversos problemas ortodônticos. A desvantagem deste novo

sistema é o volume maior representado pelo adaptador duplo vertical (ADV). Para se evitar

injúria de tecidos moles é recomendado o recobrimento do adaptador com Triad Gel

(Dentisply) ou resina flow.

Desta forma, uma imensa gama de possibilidades surge no tratamento de casos

considerados complexos se tratados com abordagem convencional. A figura 9 mostra o kit

cirúrgico do SAO®.

FIGURA 7: Parafusos monocorticais utilizados na fixação do SAO®.

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FIGURA 9: Kit cirúrgico do SAO®.

FIGURA 8: Sistema de Apoio Ósseo: Miniplaca e ADV acoplado.

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SÍTIOS ANATOMICOS DE FIXAÇÃO DO SAO®

Na maxila, a miniplaca do SAO® é fixada em dois sítios anatômicos: pilar

zigomático e abertura piriforme. Essas duas regiões atendem as necessidades mecânicas

para a correção de más-oclusões relacionadas ao arco superior.

O pilar zigomático oferece uma espessura satisfatória de cortical óssea para

gerar ancoragem esquelética no arco superior. Nesse sítio utiliza-se a miniplaca em forma de

“J” ou “Y” fixada ao osso através de três parafusos. Uma incisão mucoperiostal vertical é

realizada no fundo de sulco superior, próximo aos ápices radiculares do primeiro molar, com

início na junção muco gengival e extensão de aproximadamente 15 mm. O corpo subperiostal

da Miniplaca requer adaptações para melhor se conformar ao contorno do pilar zigomático.

Uma baioneta deve ser confeccionada na haste transmucosa para distanciar a miniplaca do

osso, próximo à junção muco-gengival, onde a miniplaca fica atravessada no tecido. A porção

que fica exposta na cavidade oral deve localizar-se entre o primeiro molar e o segundo pré-

molar superior, em uma posição mediana no arco, estratégica para realização de diversas

mecânicas ortodônticas (Fig. 10).

O contorno lateral da abertura piriforme também apresenta espessura de cortical óssea

adequada para receber os parafusos de fixação do SAO® e proporciona ancoragem

esquelética em uma posição mais anterior na maxila, o que favorece algumas configurações

mecânicas aplicadas em determinadas situações clínicas.

Uma incisão mucoperiostal vertical, entre as raízes do incisivo lateral e do canino

superior, iniciando-se na altura da junção muco-gengival e com aproximadamente 15 mm de

comprimento é realizada para expor o sítio receptor. Uma miniplaca em forma de “C” é

FIGURA 10: Adaptação e posicionamento do SAO® no pilar zigomático. A: Placa em “J” B: Placa em “Y”.

A B

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adaptada na região. Uma baioneta também é realizada na haste transmucosa para afastar a

miniplaca do osso na altura que ela atravessa o tecido gengival (Fig. 11).

Na mandíbula, dois sítios anatômicos recebem as miniplacas do SAO®: início do

ramo ascendente da mandíbula sobre a linha oblíqua e sínfise mandibular.

O início do ramo ascendente da mandíbula, sob a linha oblíqua, é uma região de

reforço ósseo mandibular e apresenta espessa cortical óssea ideal para receber os parafusos

de fixação do SAO®. Além disso, a região proporciona estabelecimento de ancoragem

esquelética em uma posição distal em relação aos dentes inferiores, favorecendo mecânicas

de retração.

Uma incisão mucoperiostal de aproximadamente 20 mm é realizada

acompanhando a anatomia da linha oblíqua, com início no ramo ascendente da mandíbula. A

miniplaca em forma de “J” é utilizada nessa região. Diferentemente dos outros sítios

anatômicos, nessa região, a miniplaca é adaptada de uma forma em que a haste transmucosa

toma um posicionamento inclinado, tendendo ao horizontal (Fig. 12).

A haste transmucosa deve ser colocada sempre distante da linha de oclusão

dentária para evitar interferências e a fratura da miniplaca durante a mastigação. O

comprimento pode ser reduzido para fixação neste sítio anatômico. Uma baioneta também é

confeccionada na haste transmucosa para gerar afastamento em relação ao osso e permitir a

exteriorização na cavidade oral em uma posição entre o primeiro e segundo molares.

FIGURA 11: Adaptação e posicionamento do SAO® na abertura piriforme.

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A região anterior do mento mandibular também tem características ósseas que

favorecem a fixação do SAO®.

A técnica cirúrgica de instalação é semelhante à realizada no corpo da

mandíbula. Uma incisão horizontal de aproximadamente 15 mm é realizada próximo à junção

muco-gengival, entre as raízes do incisivo central e canino inferior, em uma região anterior ao

forame mandibular.

A miniplaca adaptada em forma de “L” é utilizada nessa região. A haste

transmucosa deve exteriorizar o tecido próximo ao canino e os parafusos devem ser

posicionados o mais anterior possível devido à presença do forame mandibular.

Da mesma maneira que nos outros sítios de fixação na mandíbula, é necessário

confeccionar uma baioneta na haste transmucosa para distanciá-la do osso na altura da

junção muco-gengival e também reduzir seu comprimento de modo a evitar a carga

mastigatória excessiva. (Fig. 13).

FIGURA 12: Miniplaca do SAO® adaptada à região de início do ramo ascendente da mandíbula, sobre a linha obliqua.

FIGURA 13: SAO® fixado na sínfise mandibular. A: Posicionamento e adaptação da miniplaca anterior ao forame mentoniano. B: Vista frontal

destacando a baioneta confeccionada na haste transmucosa.

A B

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A escolha do sítio de fixação do SAO® deve fazer parte de um minuncioso plano

de tratamento. Quando determinado caso clínico requer o uso de ancoragem esquelética, a

miniplaca deve ser posicionada de acordo com a movimentação ortodôntica planejada.

PROTOCOLO PARA TRATAMENTO DE ALGUMAS SITUAÇÕES CLÍNICAS

1- CORREÇÃO DA MORDIDA ABERTA ANTERIOR POR INTRUSÃO DE MOLARES

A correção da mordida aberta anterior geralmente é obtida através da intrusão

dos dentes posteriores, da extrusão dos anteriores ou da combinação de ambas. Dados

obtidos da análise facial do paciente auxiliam na definição do tratamento: a exposição dos

incisivos em repouso e sorrindo definem se a extrusão dos dentes anteriores é uma alternativa

viável.

Restringir o crescimento vertical do processo alveolar e da parte posterior da

maxila através de aparelhos ortopédicos é uma forma de tratar a mordida aberta esquelética

durante o crescimento crânio-facial. No entanto, em pacientes adultos a intrusão de dentes

posteriores para a correção da mordida aberta por meio de aparelhos ortopédicos não é uma

alternativa eficaz. O uso de miniplacas pode ser indicado em pacientes com bom selamento

labial ou com provável selamento caso a mordida seja fechada por intrusão dos dentes

posteriores. Nos casos mais extremos, a cirurgia ortognática é a melhor opção.

O posicionamento e a quantidade de miniplacas a serem utilizadas dependem

de como a mordida aberta se apresenta em cada caso clínico. Se o paciente apresenta má-

oclusão de Classe II de Angle, duas miniplacas (uma de cada lado) no pilar zigomático são

indicadas; no caso de Classe III, são indicadas duas miniplacas nos ramos mandibulares.

Nos casos de Classe II de Angle o uso de um esplinte (como o ilustrado na figura

14) auxilia o controle transversal. Devido às forças verticais aplicadas por vestibular, uma

tendência de inclinação dos dentes posteriores para vestibular pode ser observada. Os lados

direito e esquerdo do esplinte são unidos através de duas barras transpalatinas confecionadas

com fio de aço 1,0 mm. Essas barras ficam afastadas do palato para não interferir na intrusão

dos dentes. Dois fios de aço são incluídos no acrílico e posicionados por vestibular, onde

forças de intrusão são aplicadas através de dois cantivelers. O esplinte é cimentado aos

dentes e a união dos lados direito e esquerdo impede a ocorrência de alterações transversais.

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Podem ser indicadas duas opções dependendo de cada caso. Se a mordida

aberta se inicia na região de segundos ou terceiros molares, apenas um cantilever feito com

fio TMA 0,017”x 0,025” com 150 g de força vertical intrusiva é colocado (Fig. 15). O cantilever

é encaixado num dos tubos do ADV e pode conter um helicóide para possibilitar maior

ativação. Nos casos onde a mordida aberta está mais restrita a região anterior, recomenda-se

o uso de dois cantilevers, sendo um posterior com 100 g e outro anterior com força entre 70 e

80 g (Fig. 16).

FIGURA 14: Vista oclusal do esplinte de acrílico.

FIGURA 16: Mecânica de intrusão dos dentes posteriores da maxila com dois cantilevers (posterior 100 g e anterior 80 g) usando esplinte acrílico para conter a vestibularização.

FIGURA 15: Mecânica de intrusão dos dentes posteriores da maxila com um

cantilever (150 g) usando esplinte acrílico para conter a vestibularização.

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O controle clínico é realizado medindo-se a distância vertical entre os incisivos

após a cimentação do esplinte e avaliando a diminuição desta medida com o decorrer do

tempo. Após a obtenção de sobrecorreção da quantidade de intrusão dos molares, o esplinte

é removido e aparelhos fixos são montados.

A intrusão dos molares superiores, associada a um correto controle da extrusão

dos molares inferiores, promove a auto-rotação mandibular no sentido anti-horário, o que

corrige ou colabora para a correção da Classe II. Se a Classe II não for totalmente corrigida

pela rotação mandibular, o SAO® também deve ser utilizado para o relacionamento ântero-

posterior durante a intrusão ou posteriormente a ela.

Quando a força intrusiva é aplicada sobre o arco do aparelho fixo, vestibular ao

centro de resistência do conjunto de dentes, além do movimento intrusivo, ocorre

vestibularização dos dentes posteriores, o que é favorável para a correção da mordida cruzada

posterior e da inclinação palatina excessiva desses dentes, característica marcante da atresia

maxilar comum nesses pacientes.

FIGURA 17: Mecânica de intrusão dos dentes posteriores da maxila usando dois cantilevers.

FIGURA 18: Variação na forma do cantilever para intrusão dos dentes posteriores da maxila.

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A vestibularização excessiva dos dentes posteriores pode ser controlada por

meio de barra palatina, confeccionada em fio de aço 0,9 mm, de forma passiva ou ativada em

geometria VI para gerar torque lingual resistente.

Em algumas situações clínicas, a supra-erupção dos dentes posteriores está

presente no arco inferior. Nesses casos está indicado o uso do SAO® para a intrusão dos

molares e pré-molares inferiores, principalmente em casos de Classe III, nos quais a

ancoragem absoluta também é utilizada para o relacionamento ântero-posterior.

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2. CORREÇÃO DA MORDIDA PROFUNDA

A mordida profunda geralmente não requer a utilização de ancoragem

esquelética para a sua correção, desde que os dentes posteriores não estejam ausentes.

Entretanto, quando o SAO® é instalado para a correção de outro problema ou na ausência de

dentes posteriores, a mordida profunda também pode ser corrigida fazendo uso da ancoragem

esquelética disponível.

É comum encontrarmos pacientes Classe II divisão 1 de Angle com

sobremordida acentuada. Nessa situação, além do SAO® ser utilizado para promover o

relacionamento ântero-posterior dos arcos dentários, sem a necessidade de extração de pré-

molares ou uso de ancoragem extra-oral, também pode ser usado na correção da mordida

profunda. Nesse caso, duas miniplacas em forma de “J” são bilateralmente implantadas no

pilar zigomático. Após o relacionamento ântero-posterior dos dentes posteriores, um cantilever

logarítmico (curvatura mais próxima ao segmento anterior) inserido em um dos tubos do ADV

é utilizado para gerar uma força intrusiva e de retração nos dentes anteriores (Fig. 19).

A conformação do cantilever logarítmico (feito com fio de TMA 0,017”x 0,025”),

com uma curvatura na região anterior, permite a obtenção de força ântero-posterior e vertical

intrusiva. Conhecendo a localização aproximada do centro de resistência dos dentes

anteriores da maxila e variando o ponto de aplicação da força e a conformação do cantilever

é possível realizar o movimento de retração e intrusão com previsibilidade e controle. A força

ântero-posterior deve variar entre 100 e 150g e a força intrusiva entre 10 a 15g por dente.

FIGURA 19: Mecânica de intrusão e retração dos dentes anteriores da maxila usando um cantilever logarítmico com ancoragem absoluta.

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3 - CORREÇÃO DA CLASSE II

O SAO® permite a correção da classe II através da distalização de dentes

posteriores superiores. Esta movimentação pode ser realizada levando apenas os dentes

posteriores, no caso de apinhamento na região anterior, ou toda a arcada dentária. Após o

nivelamento e alinhamento dos arcos dentários, elásticos ou molas pré-calibradas podem ser

fixadas diretamente nos furos da haste transmucosa ou nos ganchos do ADV. A grande

versatilidade no posicionamento vertical do ADV ou mesmo na escolha de um dos furos da

haste transmucosa permite o posicionamento da linha de ação da força próximo ao centro de

resistência dos dentes da maxila. Um power-arm na distal do canino é utilizado para transmitir

a força distal para os dentes superiores (Fig. 20).

Em situações em que o arco superior inteiro deve ser distalizado, é usada uma

força de 300g de cada lado aplicada diretamente no arco ideal. Nos casos que apresentam

apinhamento de dentes anteriores, a força distal deve ser aplicada sobre os dentes posteriores

ainda em fase de alinhamento e nivelamento com fios redondos. A força aplicada deve ser de

150 a 200 g para distalização dos dentes superiores posteriores. Ainda, um cursor (“sliding

jig”) pode ser utilizado no segundo molar para aumentar a eficiência da distalização (Fig. 21).

Se molas de NiTi forem utilizadas é necessária a indicação de um aparelho removível com

cobertura oclusal posterior para uso noturno.

FIGURA 20: Mecânica de retração do arco superior usando uma mola pré-calibrada entre um power-arm e o SAO®.

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FIGURA 21: Cursor tocando a mesial do tubo do segundo molar amarrado junto ao tubo do primeiro

molar para melhor conforto do paciente. Cadeias elásticas presas à miniplaca e ao canino e ao cursor.

4 - CORREÇÃO DA CLASSE III

A camuflagem ortodôntica da má-oclusão de Classe III de Angle pode ser feita

na arcada superior por meio de vestibularização dos dentes anteriores seguidos da

mesialização dos posteriores, e na arcada inferior pela distalização dos dentes posteriores

para permitir a inclinação lingual dos incisivos, o relacionamento sagital de caninos e a

correção da mordida cruzada anterior.

Para a distalização dos molares inferiores indicam-se duas miniplacas

implantadas no ramo ascendente da mandíbula para receber mola pré-calibrada ou cadeia

elástica que fornecerá a força distal aos dentes (Fig. 22). O arco dentário inferior pode ser

distalizado como um todo, através de um power-arm fixado no fio de nivelamento ou em

etapas, com poucos dentes de cada vez. Para a distalização de todo o arco inferior utiliza-se

até 300g de força e a distalização restrita aos dentes posteriores, em casos de apinhamento

dos dentes anteriores, requer de 150 a 200g. A mecânica utilizada é semelhante à ilustrada

na figura 21 para a arcada superior.

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5- VERTICALIZAÇÃO DE MOLARES

A possibilidade de encaixe de fios no ADV do SAO® permite o emprego de alças

para verticalização de dentes posteriores. As alças de verticalização de molares podem ser

aplicadas individualmente para cada dente, ou podem verticalizar vários dentes ao mesmo

tempo se os mesmos estiverem unidos por fio rígido. Uma miniplaca em forma de “L” é

instalada no mento, na região próxima aos caninos. A alça de correção radicular feita em fio

de TMA 0,017 x 0,025” é utilizada para gerar um sistema de forças que permite a verticalização

sem geração de forças extrusivas, entre o ADV e o braquete do dente inclinado ou entre o

ADV e um tubo cruzado posicionado no segmento de dentes inclinados (Fig. 23). Os dois

tubos do ADV permitem a instalação de dois fios de TMA para a verticalização de dois dentes

separadamente.

A figura 24 mostra a ativação em geometria VI indicada para a alça de correção

radicular.

FIGURA 23: Mecânica de verticalização de molares através de uma alça de correção radicular ativado em geometria VI, usando ancoragem esquelética SAO®.

FIGURA 22: Mecânica de distalização do arco inferior usando uma mola pré-calibrada entre um power arm e o SAO®.

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FIGURA 24: Ativação da alça de correção radicular para verticalização de molar inferior.

Quando as duas extremidades são encaixadas simultaneamente, ocorre o

aparecimento de dois momentos iguais e opostos nas extremidades do segmento de fio, sem

a presença de forças (Fig. 25-A).

A desativação do sistema de forças é benéfica para movimentação desejada.

Como uma das extremidades do fio apóia-se na miniplaca e não se movimenta, a desativação

da geometria VI gera força intrusiva no molar conforme ocorre a correção da inclinação,

alterando para a geometria V. A reativação do sistema deve ser feita a cada dois meses até a

completa correção da inclinação (Fig. 25-B).

A B

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6 – MESIALIZAÇÃO DE DENTES POSTERIORES

Pacientes adultos com perda de elementos dentários posteriores comumente

questionam o ortodontista sobre o fechamento do espaço em vez da reabilitação protética da

região. Na ortodontia convencional, mesializar um grupo de dentes posteriores apoiados em

dentes anteriores significa obter mais efeito colateral do que o movimento desejado.

Nos casos em que se planeja a perda de ancoragem de um grupo de dentes

posteriores, as miniplacas do SAO® devem ser implantadas na região mais anterior do arco

dentário, tanto na maxila quanto na mandíbula. As perfurações da haste transmucosa do

SAO® ou os ganchos do ADV são utilizados para manter molas ou elásticos em cadeia

responsáveis por gerar uma força mesial de 150 a 300g (Fig. 26).

As situações mais comuns que requerem ancoragem absoluta, como a correção

da mordida aberta e da classe II e III, utilizam as miniplacas implantadas em região posterior.

Nesses casos, as miniplacas já instaladas, tanto na maxila como na mandíbula, também

podem ser utilizadas para a perda de ancoragem sem a necessidade da instalação de

miniplacas adicionais. Nessas situações, utiliza-se um cantilever em forma de arco base, em

TMA 0,017 x 0,025”, inserido no ADV para gerar força mesial de 150 a 300g (Fig. 27).

FIGURA 26: Mecânica de perda de ancoragem através de uma mola pré-calibrada entre os dentes e o SAO®. A: Na maxila. B: Na mandíbula.

A B

FIGURA 25: Ação da alça de correção radicular ativada em geometria VI. A: As duas extremidades do fio encaixadas geram dois momentos de mesma magnitude e de sentidos opostos. B: A desativação do sistema se dá conforme ocorre a movimentação dos dentes inclinados e a geometria muda de VI para V. Nessa nova configuração, o sistema gera um momento menor e uma força intrusiva sobre os dentes posteriores.

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A figura 28 ilustra a possibilidade de ancoragem indireta. A partir do tubo do ADV pode

ser colocado um fio rígido de aço inoxidável 0,019” X 0,025” de forma passiva até o canino.

Sobre o canino podem ser então aplicadas as forças para mesialização dos dentes

posteriores. Para todos estes movimentos sagitais recomenda-se a utilização de aparelho

removível com cobertura oclusal para uso noturno na arcada antagonista.

FIGURA 28: Ancoragem indireta para mesialização de dentes posteriores apoiada em miniplaca

na região de pilar zigomático.

A B

FIGURA 28: Mecânica para mesialização de dentes posteriores por meio de um cantilever usando as Miniplacas do SAO® implantadas para outras finalidades em região posterior. A: Na maxila. B: Na

mandíbula.

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Sistema de Apoio Ósseo para Mecânica Ortodôntica (SAO®) utiliza um

adaptador (ADV) encaixado na haste da miniplaca. Neste adaptador, composto por dois

ganchos e dois tubos, além das molas, elásticos e cadeias elásticas possíveis de serem

usados também nos outros tipos de miniplacas, dispositivos mecânicos como cantilevers,

alças de correção radicular e alças de retração podem ser aplicados. Estes dispositivos

mecânicos possibilitam a aplicação de forças leves e constantes utilizando a linha de ação da

força necessária para a correção do problema ortodôntico em questão.

A presença dos dois ganchos e dos dois tubos permite que diversas mecânicas

possam atuar simultaneamente. Desta forma, a intrusão de dentes posteriores em conjunto

com a correção sagital, por exemplo, podem ser feitas de forma simultânea. A presença de

tubos permite que molares possam ser verticalizados por meio de alças de correção radicular

que não geram componentes de força extrusivos. Ainda, forças vestíbulo-linguais podem ser

geradas por meio de cantilevers corrigindo problemas transversais. Estas possibilidades são

o grande diferencial do SAO®, pois nas miniplacas convencionais ou no SAS não se tem tubos

para encaixe de fios.

O kit cirúrgico do SAO® contém menos peças que os kits das miniplacas

cirúrgicas e que o SAS, por apresentar tamanho único. Nos casos onde uma miniplaca menor

é necessária, a presença dos oito orifícios permite a diminuição da haste transmucosa da

miniplaca em altura, com alicate de corte de fio grosso antes da cirurgia de instalação ou com

fresa diamantada ou 702 em alta rotação após instalação.

Em relação aos mini-implantes, as miniplacas possibilitam a utilização de forças

mais pesadas o que facilita a movimentação em bloco dos dentes. Por ser instalada em osso

basal, permite o movimento simultâneo dos dentes sem a necessidade de remoção e troca de

local de inserção. Isto diminui o tempo de tratamento em boa parte dos casos. Tem ainda

como vantagem o fato dos insucessos estarem na faixa de 1%. Todas as miniplacas SAO

apresentam 3 parafusos monocorticais. Em caso de perda de um parafuso, a miniplaca ainda

se mantém estável sem a necessidade de nova cirurgia.

Nem sempre somente as forças desejadas são geradas por determinadas

mecânicas sugeridas. É comum observarmos certo descontrole no sentido transversal quando

forças horizontais ou verticais são colocadas de maneira assimétrica. Mordidas cruzadas,

tanto para vestibular quanto para lingual, podem surgir como efeito colateral destas forças

assimétricas e às vezes o tempo necessário para a correção do problema gerado pode ser

ainda maior do que o levado pela movimentação pretendida. Forças (compensatórias) no

sentido lingual ou vestibular podem ser facilmente conseguidas por meio de cantilevers

inseridos nos tubos dos ADVs.

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As miniplacas representam atualmente uma ótima opção de ancoragem

esquelética, permitindo que alguns tratamentos orto-cirúrgicos possam ser abordados de

maneira mais conservadora. A apresentação do Sistema de Apoio Ósseo para mecânica

ortodôntica (SAO®) representa uma evolução dos sistemas de miniplacas existentes no

mercado, feito especificamente para ancoragem ortodôntica. Possibilita a aplicação de todas

as mecânicas utilizadas nos outros tipos de miniplacas e ainda, a colocação de dispositivos

mecânicos que permitem um melhor controle da movimentação ortodôntica requerida.

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