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    AAPPEERRFFEEIIOOAAMMEENNTTOO PPAARRAA EELLEETTRRIICCIISSTTAA DDEE

    CCOOMMAANNDDOOSS EELLTTRRIICCOOSS

    ( Tiragem sujeita a alteraes )

    Comandos Eltricos

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    AAppeerrffeeiiooaammeennttoo EElleettrriicciissttaa ddee CCoommaannddooss EEllttrriiccooss

    SS UU MM RR II OO

    Tenso Eltrica ................................................................................... 03

    Corrente Eltrica ................................................................................. 04

    Resistncia eltrica ............................................................................. 05

    Circuitos eltricos srie ....................................................................... 05

    Circuitos eltricos paralelo e misto ................................................ 09

    Lei de OHM ......................................................................................... 07

    Potncia eltrica ................................................................................. 10

    Energia consumida ............................................................................. 13

    Motores eltricos ................................................................................ 15

    Fusveis .............................................................................................. 16

    Rel de sobrecarga ........................................................................... 17

    Boto de comando .............................................................................. 19

    Disjuntor industrial .............................................................................. 20

    Contatores .......................................................................................... 21

    Chave fim de curso ............................................................................. 24

    Rel de tempo .................................................................................... 25

    Auto-transformador de partida ............................................................ 26

    Chave de partida direta....................................................................... 26

    Chave de partida direta com reverso ................................................ 27

    Chave de partida estrela / tringulo .................................................... 28

    Chave de partida compensada ........................................................... 29

    Inversor de frequncia ........................................................................ 30

    Principais defeitos em chaves de partida e suas causas .................... 32

    Bibliografia .......................................................................................... 35

    Comandos Eltricos 2

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    ELETRICIDADE BSICA

    ELETRICIDADE - o efeito do movimento de eltrons de um ponto

    para outro, ou efeito causado pelo excesso ou falta de eltrons em um

    material.

    A produo de Eletricidade para melhor entendimento foi dividido

    em duas partes: ELETROSTTICA e ELETRODINMICA.

    Eletrosttica - estuda os fenmenos que acompanham as cargas

    eltricas em repouso: ex. produo pelo processo de atrito.

    Eletrodinmica - estuda as cargas eltricas em movimentos, mas s

    se preocupa com o que ocorre nos caminhos em que as cargas eltricas se

    locomovem (nos circuitos); ex: produo de eletricidade pelos processos

    de: presso, calor, luz, ao qumica e eletromagnetismo.

    GRANDEZAS ELTRICAS

    GRANDEZAS ELTRICAS - So as grandezas que provocam ou

    so provocadas por efeitos eltricos; ou, ainda que contribuem ou

    interferem nesses efeitos.

    TENSO ELTRICA - para que haja movimento de eltrons

    atravs de um condutor, necessrio que alguma fora ou presso faa com

    que esses eltrons se movimentem. Esta presso (presso ou fora)

    Comandos Eltricos 3

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    denominada diferena de potencial (d.d.p.), fora eletromotriz (f.e.m.) ou

    simplesmente tenso eltrica.

    A tenso eltrica a grandeza representada pelas letras " E ", " U "

    ou " V ", e a unidade e o volts, simbolizada pela letra " V ". E o

    instrumento utilizado para medir a tenso eltrica o VOLTMETRO que

    ligado em paralelo com a carga.

    A tenso eltrica uma grandeza que depende da fonte geradora; portanto

    podemos ter fonte de Corrente Contnua " CC ", ( baterias e pilhas ) ou

    fontes de Corrente Alternada " CA ", ( usinas hidroeltricas ). Uma vez

    que a distribuio de energia eltrica feita em corrente alternada.

    As tenses de distribuio da concessionria de energia eltrica em alta

    tenso " AT " de 13,8 KV e em baixa tenso " BT " so: tenso de linha =

    380 V e tenso de fase = 220 V, isto no estado de Gois. Sendo, tenso de

    linha a tenso que alimenta os consumidores trifsicos e a tenso de fase a

    tenso que alimenta os consumidores monofsicos. Quanto a frequncia

    da rede eltrica de 60 Hertz (Hz).

    CORRENTE ELTRICA - o movimento ordenado dos eltrons livres

    em um material condutor ( ex. fios de cobre ); para representar a corrente

    eltrica utiliza-se a letra " I " e a unidade o ampere cujo smbolo a letra

    " A ". A corrente eltrica uma grandeza que depende da potncia

    eltrica e da tenso eltrica do consumidor. (ex. um chuveiro de 4400 W e

    220 V, requer da rede eltrica uma corrente eltrica de 20 A para seu

    funcionamento ). O instrumento utilizado para medir a corrente eltrica

    o Ampermetro.

    Comandos Eltricos 4

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    RESISTNCIA ELTRICA - a dificuldade que os materiais oferecem

    a passagem da corrente eltrica. uma grandeza que depende do

    consumidor, representada pela letra "R" e a grandeza Ohms

    representada pela letra grega MEGA, ( ). Porm todo material tem

    resistncia e tem condutncia eltrica; sendo que a resistncia

    inversamente proporcional a condutncia. Portanto no temos nem

    condutor e nem isolante perfeitos.

    O instrumento utilizado para medir a resistncia eltrica o Ohmmetro.

    CIRCUITO ELTRICO - o caminho fechado por onde circula a

    corrente eltrica. E eles podero ser: srie, paralelo ou misto.

    Para que haja circuito eltrico so necessrios trs elementos fundamentais:

    fonte geradora, condutor e consumidor; sendo que sem um deles no h

    circuito eltrico. Existe ainda um quarto elemento que apesar de no ser

    fundamental ele esta presente em todos os circuitos eltricos, que o

    dispositivo de manobras, pois, sem o qual no temos controle do circuito

    eltrico. (imagine voc com uma lmpada instalada sem interruptor, como

    voc iria conseguir apaga-la).

    Circuitos Eltricos em Srie - o circuito eltrico que oferecem um

    nico caminho para circulao da corrente eltrica; no circuito eltrico em

    srie, funciona todos os consumidores ou no funciona nem um. Em

    relao ao comportamento da corrente eltrica e da tenso eltrica no

    circuito em srie podemos dizer que a corrente eltrica a mesma em

    Comandos Eltricos 5

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    qualquer ponto do circuito eltrico; enquanto a tenso eltrica diferente

    em cada consumidor instalado no circuito eltrico. ( estes circuitos so

    encontrados com maior frequncia nos equipamentos eletrnicos ).

    Podemos ainda dizer que a soma das tenses eltricas a qual esto

    submetidos os consumidores no circuito eltrico em srie igual a tenso

    eltrica da fonte.

    Ex. Et = E1 + E2 + E3 + ... + En

    Circuitos Eltricos em Paralelo - So os circuitos eltricos que

    caracterizam por oferecerem vrios caminhos para corrente eltrica. Nos

    circuitos eltricos em paralelo um consumidor no depende do

    funcionamento do outro. Podemos dizer que nos circuitos eltricos em

    paralelo, todos os consumidores esto ligados aos terminais da fonte ou

    seja a tenso eltrica a mesma em todos os consumidores. E a corrente

    eltrica depende da potncia eltrica de cada consumidor; portanto as

    correntes eltricas so diferentes. ( os equipamentos eltricos das

    nossas residncias, no caso em Gois devem ser de 220V ). Podemos ainda

    dizer que a soma das correntes eltricas dos consumidores no circuito

    eltrico em paralelo igual a corrente eltrica requerida da fonte. Ex. It =

    I1 + I2 + I3 + ... + In

    Circuitos Eltricos Mistos - como o prprio nome diz, circuito

    eltrico misto aquele que apresenta aparelhos consumidores eltricos

    ligados em srie e em paralelo. Neste caso cada consumidor eltrico dever

    ser analisado individualmente, verificando a posio do mesmo no circuito

    eltrico, se esta em srie ou em paralelo.

    Comandos Eltricos 6

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    GEORG SIMEON OHM ( 1789 - 1854 ) - foi um cientista alemo

    que viveu no sculo XVIII, e descobriu a relao entre Tenso eltrica,

    Corrente eltrica e a Resistncia eltrica. At foi criada uma expresso

    matemtica denominada LEI de OHM.

    E I = ------ ( A ) R

    Onde:

    I = corrente eltrica em Amperes ( A )

    E = tenso eltrica em Volts ( V )

    R = resistncia eltrica ( )

    Da expresso acima pode-se concluir que a Resistncia eltrica

    inversamente proporcional a Corrente eltrica.

    Ex.: 1) Qual a corrente que uma lmpada de resistncia eltrica de

    484 , ligado a uma rede de 220 V ?

    E 220 I = ------ = ------- = 0,45 A R 484

    Comandos Eltricos 7

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    2) Qual a resistncia eltrica de um chuveiro de corrente eltrica 20

    A, ligado a uma tenso de 220 V ?

    E 220 R = ---- = ------ = 11 I 20

    3) Qual a tenso eltrica pode ser submetida uma lmpada de

    resistncia eltrica de 484 , que requer da rede de energia eltrica a

    corrente eltrica de 0,45 A ?

    E = R x I

    E = 484 x 0,45

    E = 220 V

    OBS.: Queda tenso um dos problema que pertuba o funcionamento dos

    equipamentos eltricos. As maiores causa de queda de tenso so:

    condutores mal dimensionados e conexes mal feitas ( emendas ). Segundo

    a NBR - 5410 (Norma Brasileira que regulamenta as ligaes em Baixa

    Tenso). Determina que a queda de tenso eltrica mxima admissvel em

    baixa tenso seja de 4 %. Os condutores devero ser dimensionados pela

    queda de tenso e pela capacidade de conduo:

    A ) - pela queda de tenso dimensionado pela seguinte frmula:

    x L S = ------------- ( mm ) R

    Comandos Eltricos 8

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    Onde.:

    S = seo do condutor ( mm )

    = resistividade especfica ( ) do cobre 0,017

    L = comprimento do condutor ( m )

    R = resistncia ( )

    b) pela capacidade de conduo ( tabela do fabricante )

    Seo Capacidade de Conduo

    1,0 mm 10 A

    1,5 mm 15 A

    2,5 mm 20 A

    4,0 mm 28 A

    6,0 mm 36 A

    10,0 mm 50 A

    16,0 mm 69 A

    25,0 mm 89 A

    35,0 mm 111 A

    50,0 mm 134 A

    70,0 mm 171 A

    95,0 mm 207 A

    OBS.: aps o clculo, pela queda de tenso deve pegar a tabela do

    fabricante de condutores, e verificar pele capacidade de conduo; e adotar

    o de maior bitola. Ex.: pela queda de tenso deu condutor de 3,25 mm,

    porm a corrente eltrica de 32 A; no podemos adotar o de 4,0 mm, e

    Comandos Eltricos 9

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    sim o de 6,0 mm. Porque o de 4,0 mm tem capacidade de conduo de 28

    A, e a corrente eltrica do circuito 32 A .

    POTNCIA ELTRICA Potncia Eltrica - a capacidade de realizao de trabalho eltrico

    em um espao de tempo; potncia eltrica uma grandeza e a unidade

    watts ( W ). Potncia eltrica tenso eltrica x Corrente eltrica.

    P = E x I ( W )

    Onde.:

    P = potncia ( W )

    E = tenso ( V )

    I = corrente ( A )

    Ex.: Qual a potncia de um chuveiro de tenso 220 V e 20 A ?

    P = E x I

    P = 220 x 20

    P = 4400 W

    Porm esta frmula s serve para calcular potncia eltrica em

    corrente eltrica Contnua ( CC ) e em Corrente Alternada ( CA ) s em

    circuitos resistivos puro. Uma vez que em Corrente Alternada necessrio

    Comandos Eltricos 10

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    verificar o tipo de consumidor, pois em circuitos onde existem motores e

    capacitores existem o defasamento angular entre tenso eltrica e corrente

    eltrica; ou seja deve ser considerado o fator de potncia . Nestes circuitos

    existem trs tipos de potncia que so: Pa = potncia aparente ( potncia

    requerida da rede eltrica ); e calculada pela frmula Pa = E x I ( VA );

    Pe = potncia efetiva (potncia que esta sendo transformada em trabalho); e

    calculada pela frmula Pe = E x I x cos ( W ). Pr = potncia reativa (

    essa potncia no realiza trabalho util ); calculada pela frmula Pr = E x

    I x sen ( Var). O ngulo o ngulo que indica a defasagem entre

    tenso e corrente nos circuitos indutivos e capacitivos. O fator de potncia

    a relao entre a potncia efetiva e potncia aparente.

    Pe Fp = -------

    Pa Onde.:

    Fp = fator de potncia ( cos )

    Pa = potncia aparente ( VA )

    Pe = potncia efetiva. ( W )

    Como j foi mencionado existem circuitos eltricos de Corrente

    Contnua " CC " e de Corrente Alternada " CA ".

    Potncia em circuitos eltricos de Corrente Contnua " CC ".

    P = E x I ( W )

    Comandos Eltricos 11

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    Potncia em circuitos eltricos Resistivos Puro em Corrente Alternada

    " CA ".

    P = E x I ( W )

    Potncia em circuitos eltricos Indutivos e Capacitivos em Corrente

    Alternada "CA".

    Pa = E x I ( VA )

    Pe = E x I x cos ( W )

    Pr = E x I x sen ( Var )

    Ex.: calcule as Potncias aparente, efetiva e reativa de um motor

    trifsico com os seguintes dados: E = 380 V, I = 22,5 A, cos = 0,85.(

    refere-se ao ngulo de 31 40' )

    Pa=1,732 x E x I Pe = 1,732 x E x I x cos

    Pa=1,732 x 380 x 22,5 Pe = 1,732 x 380 x 22,5 x 0,85

    Pa = 14808,6 VA Pe = 12587,3 W

    Pr = 1,732 x E x I x sen

    Pr = 1,732 x 380 x 22,5 x 0,53

    Pr = 7848,5 Var

    OBS.: a potncia aparente Pa (potncia requerida da rede), resume

    em potncia efetiva Pe (potncia util) e potncia reativa Pr (potncia

    Comandos Eltricos 12

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    perdida). S que potncia aparente no igual a potncia efetiva mais

    potncia reativa, pois existe uma razo trigonomtrica entre elas. Para tanto

    foi utilizado teorema de Pitgoras para melhor entendimento da relao

    entre as potncias. Onde: Pa = Pe + Pr.

    ENERGIA ELTRICA CONSUMIDA " T " ( KWh )

    a energia gasta para realizao de trabalho, o que determina o

    faturamento da conta de energia durante um perodo de 30 dias.

    calculada pela frmula:

    E x I T = P x t (kwh) ou T = ---------- x t ( kwh ) 1000

    T = energia consumida (kwh)

    P = potncia (kw)

    t = tempo (h)

    E = tenso (V)

    I = corrente (A)

    Ex.: 1) Qual a energia consumida por uma lmpada de 100 W que

    funciona 12 horas por dia, durante 30 dias ?

    Comandos Eltricos 13

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    P x t T = -------- t = 12 horas x 30 dias 1000 t = 360 horas 100 x 360 T = ------------- 1000 T = 36 kwh

    2) Qual a energia consumida por uma lmpada que consome I = 0,45 A,

    E = 220 V e funciona 12 horas durante 30 dias ?

    E x I T = -------- x t ( kwh ) t = 12 horas x 30 dias 1000 t = 360 horas

    220 x 0,45 T = -------------- x 360 1000 T = 36 kwh

    Comandos Eltricos 14

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    MOTORES ELTRICOS INDUSTRIAIS

    Motor eltrico a mquina destinada a transformar energia

    eltrica em energia mecnica, o mais usado de todos os tipos de

    motores, pois combina as vantagens da utilizao de energia

    eltrica, baixo custo, facilidade de transporte, limpeza e

    simplicidade de comando. Com construo simples, custo reduzido,

    grande versatilidade de adaptao as cargas, dos mais diversos

    tipos e melhores rendimentos.

    Os motores eltricos podem ser:

    * Motores de corrente contnua - funciona com

    velocidade ajustvel entre amplos limites se prestam a

    controles de flexibilidade e preciso; porm requer um

    dispositivo que converta CA em CC.

    * Motores de corrente alternadas - so os mais utilizados, porque a distribuio de energia eltrica

    feita normalmente em corrente alternada.

    Os principais tipos de motores de Corrente Alternada so:

    * Motor sncrono - funciona com velocidade fixa, utilizados somente para grandes potncias ou quando

    necessita de velocidade invarivel.

    Comandos Eltricos 15

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    * Motor de induo - funciona normalmente com velocidade constante, que varia ligeiramente com a

    carga mecnica aplicada ao eixo.

    Devido a sua grande simplicidade, robustez e baixo

    custo, o motor mais utilizado de todos, sendo adequado para

    quase todos os tipos de mquinas acionadas encontradas na

    prtica; e podem ser de rotor de gaiola ou rotor de anis.

    FUSVEIS

    So dispositivos de proteo, contra sobrecorrente que

    quando usado em circuitos alimentadores de motores, protegem

    principalmente contra correntes de curto-circuito e contra

    sobrecarga de longa durao.

    OPERAO Sua operao consiste na fuso do elemento fusvel. O

    elemento fusvel e o ponto fraco do circuito, que um condutor de

    pequena seo transversal que sofre devido a sua alta resistncia,

    e com isso aquece mais que os outros condutores do circuito com a

    passagem da corrente.

    Os fusveis podem ser do tipo D ( de 2 A 63 A ), a

    maioria das instalaes com proteo entre 2 A 63 A usam fusvel

    Comandos Eltricos 16

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    tipo D , pois os mesmos alm de serem mais baratos, oferecem

    mais segurana para os mantenedores; os fusveis tipo D tem

    capacidade de conduo impressa no cartucho e capacidade de

    interrupo de 70 KA.

    Os fusveis tipo NH ( de 6 A 1000 A ), so elementos de

    proteo que tambm tem capacidade de conduo impressa no

    corpo do fusvel e capacidade de interrupo de 100 KA, porm o

    manuseio desta proteo requer uma maior preparao profissional

    do mantenedor, bem como utilizao de ferramentas adequadas,

    pois os dois contatos do fusvel devem ser puxados da base ao

    mesmo tempo e bruscamente para evitar o arco voltico.

    Os fusveis devem serem dimensionados para proteo

    dos circuitos contra corrente de curto-circuito, considerando o valor

    da corrente e durao deste surto. Uma vez que estabelecendo o

    curto a corrente tende-se ao infinito, ou seja a valores

    excessivamente elevados.

    REL DE SOBRECARGA, TRMICO OU BIMETLICO

    o dispositivo de proteo do circuito eltrico que protege

    contra sobrecarga de corrente.

    Cada fase do rel montada por duas lminas de metais

    de coeficiente de dilatao diferentes ligadas entre si.

    Comandos Eltricos 17

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    O princpio de funcionamento do rel est fundamentado

    nas diferentes dilataes que apresentam os metais, quando

    submetidos a uma variao de temperatura.

    O rel permite que o ponto de curvatura das lminas possa

    ser ajustado com o auxlio de um dial, possibilitando com isso, o

    ajuste do valor da corrente que provocar a atuao do rel.

    Por ser um dispositivo de proteo, o rel de sobrecarga

    deve der dimensionado ajustado para corrente nominal da carga

    que ele ir proteger; sendo que as principais causas de sobrecarga

    de corrente so:

    1. QUEDA SE TENSO verificada com auxilio do voltmetro.

    2. EXCESSO DE CARGA NO EIXO DO MOTOR esta causa poder ser verificada visualmente.

    3. PROBLEMA MECNICO NO MOTOR OU NA MAQUINA QUE ELE EST ACIONANDO para verificar esta causa ( se o motor no estiver travado ),

    necessrio ligar o motor e acompanhar o seu

    funcionamento; e s neste caso que devemos ajustar

    o rel, usando o fator de servio do motor ( dado

    construtivo do motor, impresso na placa de

    identificao ), que uma reserva de carga que o

    motor capaz de suportar; mas s devemos usa-la

    para a causa do desarme do rel de sobrecarga. O rel de sobrecarga vem calibrado de fabrica e isto que garante

    o seu funcionamento dentro da rea de operao determinada pelo

    Comandos Eltricos 18

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    fabricante de acordo com dial de ajuste do mesmo. S deve

    rearmar o rel aps INVESTIGAR-IDENTIFICAR-ELIMINAR a

    causa do desarme, isto deve ser feito para garantir o seu

    funcionamento; a no observncia desta sugesto far com que o

    rel perda a sua calibragem, passando com isto no atuar na faixa

    estabelecida pelo fabricante do mesmo.

    BOTES DE COMANDO

    So dispositivos destinados a comandar, no local ou a

    distncia e de forma indireta, os equipamentos de manobras e / ou

    de operao atravs de um acionamento de curta durao

    A funo desse dispositivo comandar e automatizar

    circuitos indutivos e resistivos. Atravs do acionamento dos botes

    de comando eltrico, torna-se possvel a interrupo momentnea e

    ligao normal dos circuitos, bem como as interrupes de

    emergncia e operaes de segurana nos circuitos.

    Botes de comando podem ser:

    Botes de comandos por impulso - so aqueles nos quais o acionamento obtido atravs da presso do dedo do

    operador no cabeote de comando.

    Os botes de comandos por impulso podem ser:

    Comandos Eltricos 19

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    * Por impulso livre: quando o operador cessar a fora externa o boto de comando retorna a posio de

    repouso.

    * Por impulso por reteno: quando pressionado, se mantm na posio em que foi acionado, at um novo

    acionamento.

    Os botes de comando so compostos de:

    * Cabeote: o elemento destinado ao acionamento do

    boto de comando eltrico.

    * Bloco de contatos: so elementos responsveis pela

    continuidade da passagem da corrente eltrica no

    circuito e contm um contato normalmente aberto NA -

    fechador e um contato NF - abridor.

    DISJUNTOR INDUSTRIAL um dispositivo eltrico de manobra, com capacidade de

    ligao e interrupo de circuitos em condies normais, e ainda

    capacidade de interrupo automtica dos mesmos em condies

    anormais como: curto - circuito, sobrecarga e subtenso.

    A funo principal do disjuntor conduzir com segurana a

    corrente do motor, bem como interromper automaticamente o

    circuito nos casos de curto - circuito, sobrecarga e subtenso.

    Comandos Eltricos 20

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    O disjuntor industrial composto de:

    * Contatos principais - por onde circula a corrente que

    alimenta o motor.

    * Rel de sobrecarga - composto por elementos

    bimetlicos, que ao ser atravessado por uma corrente

    excessiva aquecido, provocando o disparo que solta o

    engate e abre os contatos principais do disjuntos.

    * Rel eletromagntico de curto - circuito - sua finalidade

    desarmar o disjuntor no caso de curto - circuito.

    Quando uma corrente de curto - circuito circula pela

    bobina, o induzido atrado e solta o engate que abre o

    circuito principal do disjuntor.

    * Rel de subtenso - protege o circuito de uma

    subtenso, um dispositivo que desarma

    automaticamente o disjuntos quando h uma queda de

    tenso.

    CONTATORES

    a chave de operao eletromagntica, que tem uma

    nica posio de repouso, e capaz de estabelecer, conduzir e

    interromper corrente em condies normais do circuito, inclusive

    sobrecarga no funcionamento.

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    FFUUNNCCIIOONNAAMMEENNTTOO

    Ao ser energizada a bobina cria-se um campo magntico

    no ncleo fixo que atrai o ncleo mvel fazendo com que os

    contatos mveis encontrarem os fixos mudando o seu estado.

    DDIIMMEENNSSIIOONNAAMMEENNTTOO Os contatores devem ser dimensionados para a corrente

    nominal que circula no trecho do circuito onde estiverem inseridos,

    respeitando a sua categoria de emprego.

    Categoria de emprego: o que determina as condies

    para a ligao e interrupo da corrente e da tenso nominal de

    servio correspondente, para a utilizao normal do contator nos

    mais diversos tipos de aplicao, para CA e CC , sendo: AC1, AC2,

    AC3 e AC4.

    * AC1 - manobras leves - aquecedores

    * AC2 - comandos de motores com rotor bobinado.

    * AC3 - servio normal de manobras de motores com

    rotor de gaiola.

    * AC4 - manobras pesadas, acionar motores com carga

    plena, reverso a plena carga, e parada por contra

    corrente (pontes rolantes e tornos).

    A funo dos contatos auxiliares dos contatores compor os

    circuitos de comando ou controle e o circuito de sinalizao; sendo

    Comandos Eltricos 22

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    que os contatos auxiliares podem assumir trs funes nos

    circuitos: sustentamento ou selo, seguimento e intertravamento. Os contatos auxiliares dos contatores so identificados com os seguintes nmeros: (13 14), (21 22 ), ( 31 32 ) e ( 43 44 ); sendo que o primeiro algarismo ( 1, 2, 3, e 4 ) indica a posio do contato auxiliar no contator ( referencia visto de frente da esquerda para a direita ). E o segundo algarismo indica o estado do contato sendo:

    - 1 2 = para contatos normalmente fechados NF

    - 3 4 = para contatos normalmente abertos NA

    A especificao do contator tambm um detalhe que deve ser considerado. Ex. 3TF47 17 0 A 22 onde:

    - 3TF srie de fabricao ( siemens );

    - 47 capacidade de conduo do circuito principal ( ver

    catlogo do fabricante );

    - 17 OA ou 12 AO indica quantidade de contatos

    auxiliares ( 17 AO 04 e 12 AO 02 );

    - 22 indica o estado dos contatos auxiliares; o primeiro

    algarismo refere ao numero de contatos NA e o

    segundo ao numero de contatos NF .

    Sendo o contator o equipamento que caracteriza a chave

    magntica.

    Os contatores podem ser:

    Contator Principal este contator tem circuito principal ( que por onde circula a corrente que a carga requer ), e circuito

    auxiliar ( como j foi dito serve para compor os circuitos de

    comando ou controle e de sinalizao );

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    Contator Auxiliar s inserido nos circuitos de comando

    ou controle e de sinalizao. Por este contator no pode circular a

    corrente para alimentar a carga, pois, o mesmo no tem cmara de

    extino de arco voltico.

    CHAVE FIM DE CURSO So dispositivos de acionamento retilneo ou angular, com

    retorno automtico ou pr acionamento, destinados a situao de

    comando, sinalizao e segurana, em circuitos auxiliares de

    processos automticos, controlando movimento de mquinas e / ou

    equipamentos.

    As chaves fim de curso so compostas de duas partes, o

    corpo e o cabeote.

    - Corpo - o componente onde est fixado o cabeote e

    no qual esto alojados os contatos e os bornes.

    Os contatos so geralmente de prata dura e podem ser

    montados em trs sistemas:

    * Contatos simples por impulso - so os mais utilizados e dependem da natureza do trabalho em que sero

    aplicados. Ao serem acionados, os contatos por impulso

    se fecham ou se abrem de acordo com a velocidade

    imprimida nos componentes de ataque. Eles possuem

    um estgio intermedirio (ambos os contatos NA e NF

    abertos).

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    * Contatos instantneos - caracterize-se pela mudana de posio dos contatos instantaneamente

    independendo da velocidade imprimida nos

    componentes de ataque.

    * Contatos prolongados - so tidos como especiais e usados em situaes bem especficas, porque quando

    acionados o contato NA fecha antes do NF abrir.

    - Cabeote - a parte de comando eltrico que aloja os

    mecanismos de acionamento, e podem ser: retilneo ou angular.

    REL DE TEMPO

    O rel de tempo para comando eltrico um dispositivo

    eltrico que possui um ajuste de tempo para operar com

    retardamento no acionamento ou no desligamento de circuitos de

    comandos, e podem ser: Pneumtico, Eletromecnico ou

    Eletrnico.

    Pneumtico - funciona atravs de uma cmara e uma

    vlvula pneumtica.

    Eletromecnico - funciona atravs de um motor, redutores

    e engrenagens.

    Eletrnico - funciona atravs de um circuito bsico " RC "

    acionado de uma bobina eletromagntica.

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    AUTO - TRANSFORMADOR DE PARTIDA

    o componente que caracteriza a chave de partida

    compensada. Possui a funo de reduzir a tenso que recair sobre

    o motor trifsico de rotor de gaiola, durante o perodo de partida.

    Mesmo diminuindo a tenso, mantm um conjugado

    suficiente para a partida e a acelerao do motor.

    O auto - transformador de partida se difere dos outros

    transformadores na parte construtiva, no entanto, no

    funcionamento semelhante. Ele possui apenas um enrolamento

    que serve como primrio e secundrio ao mesmo tempo e existe

    neste enrolamento derivaes de 80% e 65% de onde retirado

    alimentao para o motor no momento da partida.

    CHAVE DE PARTIDA DIRETA

    um dispositivo que d condies ao motor de partir com

    a teno nominal de servio. Consiste num sistema simples e

    seguro, recomendado para motores de gaiola.

    H no entanto algumas limitaes quanto s suas

    aplicaes. So elas:

    * Ocasiona alta queda de tenso da rede devido a

    corrente de partida (IP) no caso dos grandes motores,

    Comandos Eltricos 26

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    este um dado construtivo do motor que vem impresso

    na placa de identificao do motor; e situa entre seis a

    nove vezes a corrente nominal do motor; que deve ser

    limitada por imposio das concessionrias de energia

    eltrica.

    * Interferncia em equipamentos instalados no sistema

    devido a elevada queda de tenso.

    * Sistema de proteo superdimensionados, ocasionando

    alto custo, no caso de corrente de partida muito alta.

    OBS.: Sempre que possvel o motor deve partir com chave de

    partida direta, pois a nica chave de partida que alimenta os

    terminais do motor desde o momento de partida com a tenso

    nominal ou seja com a tenso da rede.

    CHAVE DE PARTIDA DIRETA COM REVERSO

    Este dispositivo aplicado quando o equipamento requer a

    um dado momento a inverso de sentido de rotao em plena

    marcha e feita atravs da troca de duas fases.

    O sistema dotado de dois contatores, sendo que no

    primeiros so conectados os cabos com a seqncia normal, e no

    segundo, dois cabos so trocados de posio.

    Na chave reversora se faz necessrio o intertravamento

    entre os dois contatores, para evitar curto - circuito entre as fases.

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    CHAVE DE PARTIDA ESTRELA / TRINGULO

    o mais simples dos sistemas de partida com tenso

    reduzida, no qual o motor parte com seus enrolamentos conectados

    em estrela, para posteriormente serem conectados em tringulo,

    sendo que as manobras de partida e de troca de ligao, so

    executadas atravs da ao de trs contatores e um rel de tempo.

    A chave de partida estrela/tringulo reduz o pico de corrente no

    momento da partida a 1/3 em relao a partida direta.

    Para que possa utilizar a chave de partida estrela /

    tringulo necessrio alguns dados do motor e condies de

    funcionamento, que so:

    motor parte sem carga, ou seja, vazio.

    motor seja de dupla tenso:

    (220 / 380, 380 / 660 ou 440 / 760 v) e que a tenso

    tringulo seja igual a tenso de alimentao.

    Que o motor tenha no mnimo seis terminais acessveis.

    Comandos Eltricos 28

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    CHAVE DE PARTIDA COMPENSADA

    a chave de partida de tenso reduzida, que no h

    restries quanto a sua utilizao, pois a reduo da tenso no

    momento da partida feito por um auto transformados de partida.

    Que dimensionado para potncia do motor, tenso nominal de

    alimentao, numero de partidas por hora ( mximo dez partidas ) e

    durao da partida ( mximo vinte segundos ).

    A reduo da tenso nas bobinas do motor s ocorre no

    momento de partida e depende do TAP em que estiver ligado no

    auto - transformador.

    Exemplo:

    - TAP 65% - reduz a corrente para 42% em relao a

    corrente se o motor estivesse partindo direto.

    - TAP 80% - reduz para 64% do valor da corrente em

    relao se o motor estivesse partindo direto.

    Comandos Eltricos 29

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    INVERSORES DE FRENQUNCIA A utilizao dos inversores de freqncia na alimentao de

    motores trifsicos de rotor de gaiola, est proporcionando grandes

    inovaes no setor de acionamento em geral, com os elevados

    recursos e possibilidades oferecidas por este tipo de acionamento,

    com velocidade varivel, em comparao com os acionamentos de

    velocidade fixa, consegue-se obter maior otimizao em processos

    industriais e consequentemente, produes mais elevadas com

    qualidade igual ou superior.

    Os motores com rotor de gaiola, alimentados por inversor

    de freqncia tem alcanado uma importncia especial devido aos

    seguintes fatores:

    - Possibilidade de efetuar grande faixa de variao de

    velocidade.

    - Ajuste na velocidade de variao.

    - Controle da rampa de acelerao / desacelerao do

    sistema.

    - Iseno de desgaste, devido a utilizao de um sistema

    eletrnico.

    - Utilizao de motor de gaiola (que proporciona

    manuteno reduzida e baixo custo).

    - Possibilidade de acionamento atravs de sistemas

    microprocessados.

    O inversor de freqncia acionando motores de rotor de

    gaiola trazem grande vantagem de possuir um rendimento na

    Comandos Eltricos 30

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    ordem de 95% a 98% em toda faixa de variao e com manuteno

    praticamente desprezvel.

    A velocidade sincroma de rotao de um motor trifsico de

    induo, depende da freqncia de alimentao e do nmero de

    polos do mesmo, conforme expresso abaixo:

    Ns = 120.f

    P

    Onde: Ns = Rotao Sincroma

    f = Freqncia de Alimentao

    P = Nmero de polos

    A expresso mostra que para mudarmos a rotao do

    motor devemos alterar a freqncia de alimentao e/ou o nmero

    de polos do motor. Mudar o nmero de polos s pode ser efetuada

    atravs da modificao do bobinado ( pouco utilizado porque

    possui o limite fsico dado pelo volume do motor).

    Por outro lado, a alterao da freqncia pode ser

    efetuado em uma faixa bem ampla.

    Para que o motor mantenha as caractersticas ideais de

    desempenho, a alterao da sua freqncia de alimentao deve

    Comandos Eltricos 31

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    ser efetuada, obedecendo-se alguns conceitos relacionados ao seu

    princpio de funcionamento, sendo que o conjugado nominal

    fornecido no eixo do motor diretamente proporcional ao fluxo

    magntico produzido no entreferro e a corrente que circula no rotor.

    A corrente considerada nominal e constante enquanto o

    fluxo magntico proporcional a relao entre tenso e freqncia.

    Desta forma, verifica-se que para o valor do fluxo

    permanecer constante, deve-se variar a freqncia (f) e a tenso (u)

    na mesma proporo. Obtendo assim a relao Volts / Hertz

    constante que ocasiona um fluxo magntico constante e um

    conjugado constante; e se a tenso for mantida e aumentarmos

    apenas a freqncia h uma diminuio do fluxo (enfraquecimento

    do Campo), que ocasiona reduo proporcional do conjugado

    nominal, e se a tenso mantida constante e reduzirmos apenas a

    freqncia, h um aumento do fluxo e, consequentemente, uma

    elevao excessiva do fluxo que pode provocar a saturao do

    ncleo e consequentemente a queima do motor.

    Principais defeitos e suas causas em chaves de partida

    1. Contator no liga

    Fusvel de comando queimado;

    Rel trmico desarmado;

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    Comando interrompido;

    Bobina queimada: - Por sobretenso;

    - Ligada em tenso errada;

    - Queda de tenso (principalmente em CC );

    - Corpo estranho no entreferro.

    2. Contator no desliga

    o Linhas de comando longas ( efeito de colamento capacitivo )

    o Contatos soldados: corrente de ligao elevada (por exemplo, comutao de transformadores a vazio);

    - ligao em curto circuito;

    - comutao estrela/tringulo defeituosa.

    3. Contator desliga involuntariamente

    o Queda de tenso fortes por oscilao da rede ou devido a operao de religadores.

    4. Faiscamento excessivo

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    o Instabilidade da tenso de comando; o Regulao pobre da fonte; o Linhas extensas e de pequena seo; o Corrente de partida muito altas; o Subdimensionamento do transformador de

    comando com diversos contatores operando simultaneamente.

    5. Fornecimento irregular de comando

    o Botoeiras com defeito; o Fins de curso com defeito.

    6. Contator zumbe ( rudo )

    o Corpo estranho no entreferro; o Anel de curto circuito quebrado; o Bobina com tenso ou freqncia errada; o Superfcie dos ncleos mvel e fixo sujas ou

    oxidadas, especialmente aps longas paradas;

    o Oscilao de tenso ou freqncia no circuito de comando;

    o Quedas de tenso durante a partida de motores.

    7. Rel atuou

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    o Rel inadequado ou mal regulado; o Tempo de partida muito longo; o Freqncia de ligaes muito alta; o Sobrecarga no eixo do motor; o Falta de fase; o Rotor do motor bloqueado/travado.

    8. Bimetais azulados, recozidos ou resistncia de aquecimento queimada

    o Sobrecarga muito elevada; o Fusvel superdimensionados;

    o Queda de uma fase (motor zumbe); o Elevado torque resistente (motor bloqueia); o Curto circuito.

    Bibliografia.:

    Material didtico do SENAI

    Manual de motores eltricos WEG

    Manual de chaves de partida WEG

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    APERFEIOAMENTO PARA ELETRICISTA DE COMANDOS ELTRICOSEx. Et = E1 + E2 + E3 + ... + EnFUNCIONAMENTODIMENSIONAMENTOA especificao do contator tambm um detalhe que deve ser considerado.CHAVE DE PARTIDA DIRETACHAVE DE PARTIDA DIRETA COM REVERSOINVERSORES DE FRENQUNCIAA utilizao dos inversores de freqncia na alimentao de motores trifsicos de rotor de gaiola, est proporcionando grandes inovaes no setor de acionamento em geral, com os elevados recursos e possibilidades oferecidas por este tipo de acionamen...com velocidade varivel, em comparao com os acionamentos de velocidade fixa, consegue-se obter maior otimizao em processosindustriais e consequentemente, produes mais elevadas com qualidade igual ou superior.